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FARMÁCIA

2024

NOME: ________________________________________________________________

Turma de laboratório_______________________Bancada nº ( )

Colegas de bancada: _______________________________________________________________

BIOQUÍMI
CA
PRÁTICA

perpetor@unipam.edu.br
Maria Perpétua Oliveira Ramos
TABELA PERÍODICA DOS ELEMENTOS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
IA IIA IIIB IVB VB VIB VIIB VIII IB IIB IIIA IVA VA VIA VIIA VIIIA
1 2
H He
1,0 4,0
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B C N O F Ne
6,9 9,0 10,8 12,0 14,0 16,0 19,0 20,2
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
23,0 24,3 27,0 28,1 31,0 32,1 35,5 39,9
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
39,1 40,1 45,0 47,9 50,9 52,0 54,9 55,8 58,9 58,7 63,5 65,4 69,7 72,6 74,9 79,0 79,9 83,8
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
85,5 87,6 88,9 91,2 92,9 95,9 97,9 101,1 102,9 106,4 107,9 112,4 114,8 118,7 121,8 127,6 126,9 131,3
55 56 57 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba a Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
132,9 137,3 71 178,5 180,9 183,9 186,2 190,2 192,2 195,1 197,0 200,6 204,4 207,2 209,0 209,0 210,0 222,0

87 88 89 104 105 106 107 108 109


Fr Ra a Rf Db Sg Bh Hs Mt
223,0 226,0 103 261,1 262,1 263,1 264,1 265,1 266,1

57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
No ATÔMICO La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
SÍMBOLO 138,9 140,1 140,9 144,2 144,9 150,4 152,0 157,2 158,9 162,5 164,9 167,3 168,9 173,0 175,0
MASSA 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
ATÔMICA Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
227,0 232,0 231,0 238,0 237,0 244,1 243,1 247,1 247,1 251,1 252,1 257,1 258,1 259,1 260,1

Farmacêutico: produtor de bem-estar, manipulador da cura e administrador da vida.


SUMÁRIO

GENERALIDADES SOBRE O CURSO DE BIOQUÍMICA PRÁTICA................................................................................


CARBOIDRATOS: 1ª parte......................................................................................................................................................
CARBOIDRATOS :2ª parte....................................................................................................................................................
PROPRIEDADES GERAIS DOS LIPÍDIOS..........................................................................................................................
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS...........................................................................................................................................
AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: 2ª Parte...........................................................................................................................
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ENZIMA............................................................................................................
EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ENZIMA UREASE DE SOJA...........................................................................
PESQUISA QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS DO LEITE..................................................................
BIOQUÍMICA DE SUBSTÂNCIAS LIGHT, DIET E NORMAL.........................................................................................
ÁCIDOS NUCLEICOS: EXTRAÇÃO DNA DO MORANGO.............................................................................................
CONSTRUÇÃO DO MAPA METABOLICO........................................................................................................................
GENERALIDADES SOBRE O CURSO DE BIOQUÍMICA PRÁTICA

____/____/2024
1 OBJETIVOS
O curso prático tem como objetivo:
I. Desenvolver habilidades para manipulação de reagentes e equipamento utilizado em bioquímica.
II. Manipular material biológico.
III. Reconhecer por meio de reações efetuadas, propriedades químicas das substâncias que compõem os
organismos vivos.
IV. Ler instruções, executá-las e interpretar resultados experimentais.

2 INTRODUÇÃO
Planifique a experiência e economize tempo
Antes de qualquer prática será feita uma exposição do assunto. Pede-se que o estudante leia e estude o roteiro
em casa, antes de iniciar o seu dia no laboratório. Caso contrário perderá o seu tempo executando experiências
mecanicamente, sem entendê-las, isto acarretando um baixo aproveitamento na aula prática.
I. Anote os dados experimentais no relatório enviado previamente pelo portal. Faça o seu relatório de tal
maneira que outras pessoas que não executaram as experiências possam entendê-lo facilmente.
II. Cada aluno deverá ter o seu relatório, não será permitido assistir as aulas o aluno que não o possui.
III. Anote alterações da cor da solução, formação de precipitados, emanação de gases e o tempo necessário para
a ocorrência do fenômeno.
IV. Procure esquematizar em tabelas curtas em lugar de descrever longamente as experiências.
V. Todos os relatórios deverão ser entregues ao final da aula ou segundo orientação do professor.

Reagentes
I. Ao iniciar uma experiência, verifique no rotulo o nome, concentração e demais informações da
solução/substância.
II. Verifique em que temperatura a experiência deverá ser executada e em que ordem adicionados os reagentes.
III. Após o uso, cada reagente deverá ser recolocado no seu lugar, para que outro colega possa utilizá-lo.
IV. Devem-se tomar alguns cuidados com os vidros de reagentes e as soluções neles contidas, a fim de se evitar
contaminações e estragos.
a) não trocar as tampas;
b) não introduzir pipetas nas soluções padrões (transferir um pouco da solução para um tubo e depois pipetar);
c) não devolver ao frasco original as soluções retiradas em excesso.

Material do estudante
Cada estudante deverá trazer para os trabalhos práticos:
I. Jaleco: Não será permitida a presença do aluno sem jaleco - Utilize jaleco de algodão.
II. Óculos e máscara de proteção
III. Relatório: sem o qual o aluno não executará as experiências.
IV. Pincel adequado para identificar a vidraria.
V. Lápis, borracha, calculadora etc.

Execução dos trabalhos práticos e limpeza


a) Para os trabalhos práticos exige-se atenção, rigor técnico, responsabilidade e disciplina.
b) Para maior eficiência é necessário que o aluno seja pontual, assíduo, ordeiro, asseado e tenha o prévio
conhecimento teórico da prática a ser executada.
c) Cálculos e anotações devem ser efetuados no relatório, já mencionado.
d) Finalizados os trabalhos práticos, o aluno deverá proceder à limpeza do seu lugar e material, deixando-o
limpo e em condições de ser utilizado novamente.
e) A vidraria deverá ser imediatamente lavada após o seu uso.

Prevenção de acidentes
a) Não é permitido fumar no laboratório
b) Usar avental de algodão
c) Não utilizar substâncias inflamáveis (álcool, éter, etc.) nas proximidades de uma chama: apague-a antes .
d) Ao abrir a torneira do bico de gás já ter à mão a chama com que vai acende a.
e) Reagentes corrosivos e tóxicos concentrados não deverão ser pipetados e sim medidos em cilindros
graduados, ou retirados com pipetas automáticas.
f) Certifique-se do lugar onde se encontra o extintor de incêndio.
g) Ao aquecer um tubo de ensaio, certifique-se de que a solução, ao sofrer um superaquecimento, não será
projetada na direção do seu rosto ou no rosto do seu colega. Para evitar superaquecimento da parte inferior da
solução, agite-a fortemente durante o aquecimento.

Material de Laboratório:
Alguns dos materiais usados em laboratório de bioquímica são béqueres, erlenmeyer, pipetas, buretas balão
volumétrico....
É necessário ainda o conhecimento de alguns procedimentos comuns em um laboratório. Segundo o exposto e
com base na literatura, responda o relatório a seguir.
CARBOIDRATOS: 1ª parte
___/___/___
1 OBJETIVOS

Análise qualitativa carboidratos referentes à presença destes glicídios em solução (reação de Molisch), à
presença de açúcares redutores (reação de Benedict), à presença de monossacarídeos (reação de Barfoed), à
presença de cetoses (reação de Seliwanoff).

2 INTRODUÇÃO

Os carboidratos, ou sacarídeos, são mais simplesmente definidos como poliidroxialdeídos ou cetonas e


seus derivados. Muitos possuem a fórmula empírica [CH2O]n, que originalmente sugere “hidratos” de carbono.
Os monossacarídeos, também chamados de açúcares simples, consistem numa só unidade poliidroxialdeídica ou
cetônica, de fórmula empírica [CH2O]n, onde n = 3 ou um número maior. O esqueleto de carbono dos
monossacarídeos comuns é não-ramificado e cada átomo de carbono, exceto um, possui um grupo hidroxílico
no átomo de carbono remanescente, há um oxigênio carbonílico. Se o grupo carbonílico estiver na extremidade
da cadeia, o monossacarídeo é um aldeído derivado, denominado aldose; se estiver em qualquer outra posição, o
monossacarídeo é uma cetona derivada, denominada cetose.

Figura 1. Exemplos de aldose (D-glucose) e cetose (D-frutose) com seis átomos de carbono, mostradas
em fórmulas estruturais de cadeia aberta.

Os sacarídeos cujo grupo hidroxila ligado ao carbono anomérico está livre (ou seja, não está envolvido
em ligações químicas), possuem a capacidade de reduzir íons metálicos, tais com: Cu 2+, Ag+ ou ferrocianeto,
em meio alcalino. Os açúcares capazes de reduzir tais agentes são denominados açúcares redutores. De modo
geral, os monossacarídeos são açúcares redutores, enquanto os sacarídeos de cadeia maior nem sempre
apresentam essa propriedade. O dissacarídeo lactose é encontrado no leite, não tendo outra ocorrência na
natureza e sua hidrólise produz galactose e glucose. A lactose é um dissacarídeo redutor, uma vez que possui
um carbono anomérico livre na unidade de glucose.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Material

EPIs
Máscara Jaleco óculos
Em cada bancada
Água destilada Reagente de Benedict Solução de sucralose
Algodão Tubos de ensaio Reagente Seliwanorff
Solução de amido 2% Soluções de carboidratos Solução de iodo
Reagente de molisch Solução de sucralose reagente de Barfoed
HCL 3 mol/L NaOH 3 mol/L H2SO4 conc

3.2 Procedimentos

3.2.1 - Teste de Molisch: teste geral para carboidratos.

Adicione 10 gotas das soluções 1 a 10 em tubos de ensaio distintos. Dilua cada solução com 2 mL de água.
Adicione duas gotas de solução de α-naftol em cada um dos tubos e agite. Incline o tubo de ensaio e adicione
lenta e cuidadosamente 3 mL de ácido sulfúrico concentrado para formar uma fase abaixo da solução de açúcar.
Não agite o tubo de ensaio! A formação de um anel púrpura na interface indica a presença de carboidrato.

Preparação da solução de α-naftol: dissolva 10 g de alfa naftol em 100 mL de etanol 95%.

a) Resultados

Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose Sorbitol Ração

Positivo (+) negativo (-)

b) Desenhe as estruturas de dois compostos que apresentaram resultado positivo para carboidratos. (5
pontos)

3.2.2 - Teste de Barfoed: teste geral para distinguir monossacarídeos de dissacarídeos.

Adicione 2,5 mL do reagente de Barfoed a diferentes tubos de ensaio e junte a estes tubos 2,5 mL de
solução 1% dos carboidratos identificados no item anterior. Agite e coloque os tubos (todos ao mesmo tempo)
em banho de água fervente! Aqueça os tubos por cerca de 3 min. Durante este tempo observe os tubos e anote
qualquer mudança de cor. Teste positivo para monossacarídeos indica a formação de precipitado vermelho tijolo
de Cu2O dentro de 1 a 2 min! A não formação de precipitado neste tempo indica a presença de dissacarídeo.
Anote os tempos em que as mudanças 1 de coloração aconteceram!
Preparação do reagente de Barfoed: dissolva 66,5 g de acetato de cobre II em 800 mL de água, adicione 6,0
mL de ácido acético glacial e complete, com água destilada, o volume até 1000 mL.

c) Resultados

Amostras Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose Sucralose Ração

Cor

Tempo
+ ou -

Positivo (+) negativo (-). Tempo percorrido.

3.2.3 - Reação com reagente de Benedict: açucares redutores e não redutores.

1ª parte: Faça os testes usando soluções de carboidrato a 1%. Adicione 2,5 mL do reagente de Benedict e 1
mL da solução de cada carboidrato em diferentes tubos de ensaio e agite. Coloque os tubos em banho-maria
(todos ao mesmo tempo). Após 5-6 min observe o que aconteceu. Anote qualquer mudança de coloração
(turbidez) ou formação de precipitado.

A ação redutora de açúcares em meio alcalino é bastante utilizada para a determinação quantitativa e
qualitativa de açúcares. Com o aquecimento do açúcar com aumento redutor, em presença dos íons Cu 2+ e OH-,
o Cu2+ é reduzido a Cu+ e o açúcar é oxidado, e ocorre a formação de recipitados de Cu 2O (óxido cuproso). A
cor do precipitado depende do conteúdo de açúcar redutor.

Precipitado esverdeado -------- traços


Precipitado amarelado --------- 10 g/L
Precipitado vermelho -----------20 g/L

Preparação do reagente de Benedict: dissolver 85 g de citrato de sódio e 50 g de carbonato de sódio anidro em


cerca de 350 mL de água quente. Dissolver à parte, em 50 mL de água quente, 0,5 g de sulfato de cobre
cristalizado. Transferir lentamente, com agitação constante, a solução cúprica para a primeira. Completar o
volume para 500 mL com água destilada, e filtrar se necessário.

Amostras Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose


Cor

+ ou -

4 RELATÓRIO

4.1 Qual o papel dos monossacarídeos a bioquímica celular.


__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
4.2 Identifique a fórmula cíclica em que se encontram normalmente as aldohexoxes e as cetohexoses.

4.3 Descreva um procedimento para pesquisa de presença de glicose em urina.

CARBOIDRATOS :2ª parte


___/___/___
1 OBJETIVOS
Análise qualitativa carboidratos à presença de cetoses (reação de Seliwanoff), hidrólise de um dissacarídeo e
análise qualitativa de amido.

2 INTRODUÇÃO
A sacarose, ou açúcar de cana, é um dissacarídeo de glucose e frutose, sendo extremamente abundante no
reino vegetal e é conhecida como açúcar de mesa. Em contraste com a maioria dos dissacarídeos e
oligossacarídeos, a sacarose não possui átomos de carbono anomérico livres, uma vez que os átomos de carbono
anoméricos de ambos os monossacarídeos estão ligados entre si e não podem sofrer oxidação. Por esta razão, a
sacarose não age como açúcar redutor.

Figura 2 – Estruturas de lactose (açúcar redutor) e da sacarose (açúcar não redutor)

O amido e a sacarose são açúcares não-redutores, cujas ligações glicosídicas são hidrolisadas pelo
tratamento com ácidos fortes à quente, produzindo monossacarídeos. Estes produtos, por sua vez, são açúcares
redutores, pois possuem uma hidroxila livre no carbono anomérico. A comprovação da hidrólise ácida do amido
e da sacarose se dá pela positividade da reação de Benedict.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Material

EPIs
Máscara Jaleco óculos
Em cada bancada
Água destilada Reagente de Benedict Solução de sucralose
Algodão Tubos de ensaio Reagente Seliwanorff
Solução de amido 2% Soluções de carboidratos Solução de iodo
Reagente de molisch Solução de sucralose reagente de Barfoed
HCL 3 mol/L NaOH 3 mol/L H2SO4 conc

3.3 Procedimentos

3.3.1 Hidrolise ácida de sacarideos


2ª parte: Adicione 4-5 gotas de solução de HCl 3 mol/L a 5 mL de solução de sacarose e aqueça em banho-
maria por 5 min, a seguir adicione 4-5 gotas de NaOH 3 mol/L. Faça o mesmo com uma solução 1% de amido
mas deixe aquecer por cerca de 30 min. Faça o teste de Benedict usando 1-2 mL das soluções acidificadas
(sacarose e amido) e compare os resultados obtidos com as soluções sem a adição de ácido.
Amostras Amido Sacarose
Cor

+ ou -

Conclusão:

3.2.2 - Reação com o reagente de Seliwanoff: distingue cetoses de aldoses:

Coloque 2-3 gotas de soluções de carboidratos em diferentes tubos de ensaio. Adicione 5 mL de solução
de resorcinol. Coloque todos os tubos em banho-maria. Anote a cor em cada tubo de ensaio após 1 min e após 4
min. O desenvolvimento de cor vermelha após 4 min constitui teste positivo para cetoses. Aldoses reagem mais
lentamente.
Ceto-hexoses: solução vermelho-cereja
Cetopentoses: solução azul esverdeada.
Aldoses: não há desenvolvimento de cor.

Essa prática segue os mesmos princípios teóricos que embasam a reação de Molisch, onde há formação
defurfural e hidroximetilfurfural (HMF). Esses dois produtos, isoladamente, são incolores. Assim, adiciona-se
um composto fenólico ao meio para que seja desenvolvida coloração visível (nesse caso, vermelha). A reação de
Seliwanoff só diferencia-se da reação de Molisch nos reagentes utilizados: o ácido que causará a desidratação
do carboidrato é o ácido clorídrico (HCl) e o fenol que reage como o furfural e HMF é o resorcinol
Esse teste permite diferenciar aldoses de cetoses porque a reação com a cetose é mais rápida e mais
intensa. Isso porque a formação do furfural é mais fácil que a formação do hidroximetilfurfural.

Figura 3 - Reação de Seliwanoff com cetose

Preparo do reagente de Seliwanoff: dissolver 0,05g de resorcinol em 100 mL de HCl diluído (na proporção
1:2).

Resultados
Amostras Lactose Maltose Amido Sacarose Frutose Dextrose
Cor

+ ou -

Colocar os tubos em banho-maria em ebulição, durante 10 minutos, observando os tubos de 3 em 3 minutos.


Observe se em alguns tubos a reação é mais rápida e intensa.

Conclusão

3.2.3 - Reação com Iodo: Reação do amido

Em um tubo de ensaio colocar 5,0 ml de água destilada, 10 gotas de amido 1% e uma gota de Lugol
Verificar o aparecimento de uma intensa coloração azul, que desaparece pelo aquecimento brando (banho
maria), e reaparece, porém, mais fraca, pelo resfriamento rápido.

Preparo da reação com iodo (Lugol): dissolvem-se 2 g de iodeto de potássio (KI) em 100 ml de água destilada. 2.
Acrescentar 1 g de cristais de iodo. 3. Completar a 300 ml de água destilada. Manter em frasco âmbar ou coberto com
papel alumínio.

Anote as mudanças observadas.

Explique o porquê da “coloração azul”

Procure na literatura, a estrutura do glicogênio, e responda se o teste daria positivo ou negativo, justificando sua
resposta.

Qual a diferença estrutural entre:


a) amilose e celulose
b) amilose e amilopectina

c) amilopectina e glicogênio

d) celulose e quitina

Bibliografia
CISTERNAS, José Raul. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2001. 275 p.

PROPRIEDADES GERAIS DOS LIPÍDIOS


____/____/____

1 OBJETIVOS  Reconhecer as propriedades dos lipídeos como solubilidade e propriedades saponificantes e


propriedades físicas.
2 INTRODUÇÃO

Lipídios
São substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e outros solventes polares e alta solubilidade em
solventes apolares. São vulgarmente conhecidos como gorduras e suas propriedades físicas estão relacionadas
com a natureza hidrófoba das suas estruturas. Na verdade, todas a relevância do metabolismo lipídico advém
desta característica hidrófoba das moléculas, que não é uma desvantagem biológica (mesmo o corpo possuindo
cerca de 60% de água). Justamente por serem insolúveis, os lipídios são fundamentais para estabelecer uma
interface entre o meio intracelular e o extracelular, francamente hidrófilos. São saponificáveis, pois reagem com
bases formando sabões. São as biomoléculas mais energéticas, fornecendo acetil-coA para o Ciclo de Krebs.

Função
· Componentes das membranas celulares, juntamente com as proteínas;
· Reserva de energia;
· Combustível celular;
· Funcionam como isolante térmico sobre a epiderme de muitos animais (tecido adiposo);
· Isolamento e proteção de órgãos;
· Funções especializadas como hormônios e vitaminas;
· Sinalização intra e intercelulares

Classificação
A. Ácidos Graxos Saturados :
· Não possuem duplas ligações
· São geralmente sólidos à temperatura ambiente
· Gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados

B. Ácidos Graxos Insaturados :


· Possuem uma ou mais duplas ligações sendo mono ou poliinsaturados
· São geralmente líquidos à temperatura ambiente
· A dupla ligação, quando ocorre em um ácido graxo natural, é sempre do tipo "cis".
· Os óleos de origem vegetal são ricos em Ácidos Graxos insaturados.
· Quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 3 carbonos. As duplas
ligações nunca são adjacentes e nem conjugadas

Propriedades
· O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta com o aumento da cadeia, mas diminui com o aumento do
número de insaturações. Isso ocorre porque a configuração "cis" das duplas ligações provoca uma dobra de 30º
na cadeia, o que dificulta a agregação das moléculas.

Hidrogenação: é a reação do ácido graxo insaturado + H2, formando ácido graxo saturado.
Halogenação : é a reação do ácido graxo insaturado com um halogênio, formando ácido graxo saturado
halogenado.
Saponificação : é a reação de um ácido graxo + base, formando sal (sabão).

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Teste da Solubilidade


Neste teste vamos identificar a presença de lipídios nas amostras. Para isso utilizamos algumas substâncias
como óleo vegetal, éter, água e álcool. Sabendo que os lipídios são moléculas apolares e conhecendo a lei de
dissolução "semelhante dissolve semelhante", certamente as amostras que contém lipídios formarão soluções de
apenas uma fase com as substâncias apolares; e com as substâncias polares soluções onde observaremos mais de
uma fase.

3.1.1.Material: óleo vegetal, álcool etílico (etanol), éter, água, tubos de ensaio com tampa, conta-gotas

3.1.2 Procedimento:
 Enumere 3 tubos de ensaio;
 Adicione no tubo 1, 1 mL de água e 1 mL de óleo vegetal;
 Adicione no tubo 2, 1 mL de etanol e 1 mL de óleo vegetal;
 Adicione no tubo 3, 1 mL de éter e 1 mL de óleo vegetal;
 Tape-os com uma rolha de cortiça e agite-os vigorosamente;
 Deixe-os em repouso por 1 minuto e observe a solubilidade o óleo nos solventes em cada um dos tubos.
 Anote o observado

Reativos Solúvel, insolúvel ou parcialmente solúvel


Água
Etanol
Éter

3.2 – Teste de formação de emulsão

Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de
finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. Exemplos de emulsões
incluem manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas
consistem de água e óleo.

3.2.1 Material: óleo vegetal, solução de Na2CO3 a 2%; tubos de ensaio com tampa.

3.2.2 Procedimentos:
 Enumere 2 tubos de ensaio;
 Acrescente no tubo 1, 5 gotas de óleo vegetal e 5 mL de água;
 Acrescente no tubo 2, 5 gotas de óleo vegetal e 5mL de Na2CO3 a 2 %;
 Agite vigorosamente os tubos e observe se ocorreu formação de emulsão e seu tempo de duração;

Reativos Ocorreu formação de emulsão Tempo de duração da emulsão (aprox.)


Água
Na2CO3

3.2.3 - Teste do Iodo


Este teste identifica a presença de ácido graxo insaturado. Ocorre uma reação de halogenação, em que o iodo
reage com as duplas ligações do ácido graxo insaturado. Se houver dupla ligação, o iodo será consumido e a
coloração característica da solução de iodo diminuirá de intensidade.
Material: Solução de iodo a 1% em clorofórmio (lugol), Clorofórmio, óleo de soja, óleo de linhaça tubos de
ensaio, reagente de Bayer.

Procedimentos:
 Enumere 6 tubos de ensaio;
 Acrescente no tubo 1, 1 mL de óleo de soja e 2 mL de clorofórmio;
 No tubo 2, acrescente 1 mL de óleo de linhaça e 1 mL de clorofórmio;
 No tubo 3, acrescente 1 mL de azeite de oliva e 1 mL de clorofórmio;
 Acrescente nos tubos 1, 2 e 3 simultaneamente 5 gotas de solução de iodo (lugol) e agite vigorosamente,
observa a mudança de cor e deixe em repouso na estante.
 Acrescente no tubo 4, óleo de soja; no tubo 5, óleo de linhaça; no tubo 6, azeite de oliva;
 Acrescente nos tubos 4, 5 e 6 2 mL de reagente de Bayer e observe a mudança de cor. (Compostos insaturados
apresentaram uma cor marrom)

Resultados observados Cor observada em Cor observada no Tipo de cadeia


solução de iodo reagente de Bayer carbônica
Óleo de soja
Óleo de linhaça
Azeite de oliva

4 RELATÓRIO

1 Em que consiste o teste da solubilidade dos lipídeos?

2 Em que consiste o teste do iodo?

3 O que caracteriza o teste do iodo como positivo?

4 Por que o teste do iodo é capaz de identificar ácidos graxos insaturados?

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS
_
_____/_____/____
1 OBJETIVOS
 Determinar a composição elementar das proteínas.
 Métodos de análise e identificação de aminoácidos e proteínas.

2 INTRODUÇÃO
As proteínas são as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas células e perfazem 50% ou
mais de seu peso seco. São encontradas em todas as partes de todas as células, uma vez que são fundamentais
sob todos os aspectos da estrutura e função celulares. Existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada uma
especializada para uma função biológica diversa. Além disso, a maior parte da informação genética é expressa
pelas proteínas.
Pertencem à classe dos peptídeos, pois são formadas por aminoácidos ligados entre si por ligações
peptídicas. Uma ligação peptídica é a união do grupo amino (-NH 2) de um aminoácido com o grupo carboxila (-
COOH) de outro aminoácido, através da formação de uma amida.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1Material

EPIs Uso geral


Óculos de proteção Solução de (CH3COO)2Pb
Luvas (opcional) CHCℓ3
Jaleco Éter etílico
Máscara (opcional) Solução de ureia
Para cada bancada da direita e esquerda do laboratório
Caseína em pó colocados em tubos Papel filtro em tiras embebidos de solução de (CH3COO)2Pb
Sol. Glicina em béqueres Água destilada
Solução de NaOH 0,5mol/L Sol. Aminoácidos livres
6 Tubos de ensaio Solução de ração.
Fenolftaleína Clara de ovo diluída em água (albumina)
Fósforos Papel tornassol rosa
Solução de caseína 1g/100mL Pinça de madeira
Ninidrina 1g/mL Reagente de biureto

3.2 Procedimento
1ª PARTE
3.2.1 Teste da composição elementar das proteínas.
As proteínas são sempre compostas por Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio e geralmente
Enxofre. Através da pesquisa destes elementos pode-se determinar a composição elementar das proteínas.

ELEMENTO É IDENTIFICADO POR ...


Carbono Carbonização do pó (Proteína) pelo aquecimento.
Nitrogênio Formação de vapores de amônia (NH3) que tornam o papel de tornassol azul.
Hidrogênio
Enxofre Liberação de H2S e formação se sulfeto de chumbo (papel com acetato de
Hidrogênio chumbo torna-se preto).
Hidrogênio Deposição de vapores de água nas paredes do tubo.
Oxigênio

a) Adicione em um tubo de ensaio (1), uma pitada de caseína em pó (o pó e o tubo devem estar bem
secos).
b) Suspender na boca do tubo uma tira de papel tornassol vermelho umedecido em água destilada, e um
pedaço de papel filtro umedecido em solução de acetato de chumbo.
c) Aquecer o tubo diretamente na chama e observar.
d) Assinalar no quadro abaixo os resultados observados.

COR observada RESULTADO (elementos presentes)


Resíduo

Papel de tornassol

Papel em acetato de chumbo

Aparecimento de água após sim ( ) ou não ( )


aquecimento

Conclusão: ( O que se pode afirmar?)

3.2.2 Reações de coloração


 Reação da Ninidrina
As reações orgânicas características dos aminoácidos são aquelas de seus grupamentos funcionais, isto é,
os grupos carboxílicos, os grupos amino, e os grupos funcionais presentes nas diversas cadeias laterais. Essas
reações permitem, por exemplo, a identificação de aminoácidos nos hidrolisados proteicos, identificação da
sequência de aminoácidos de uma proteína, identificação de aminoácidos essenciais para a atividade de uma
enzima.
Uma reação bastante utilizada para verificar a presença de aminoácidos em pequenas amostras é a Reação
da Ninidrina, devido à sua elevada sensibilidade.
Princípio da reação da ninidrina: pelo aquecimento, o grupo α-amino de um aminoácido reage com duas
moléculas de ninidrina, produzindo um complexo de cor azul, denominado “Púrpura de Ruhemann”. A cor azul
é obtida na reação da ninidrina para todos os aminoácidos que apresentam um grupo α-amino livre. Enquanto a
prolina e a hidroxiprolina, em que o grupo α-amino está substituído, produzem derivados com uma cor amarela
característica.
Figura 01: Reação da ninidrina

Fonte http://www.cromlab.es/REAC_DER_AA_NINHYDRIN.htm

a) Separe mais 5 tubos de ensaio,


b) Adicione no tubo 2, 5 mL de H2O;
c) No tubo 3 adicione 5 mL de solução de glicina;
d) No tubo 4 adicione 5 mL de caseína;
e) No tubo 5 adicione 5 mL de aminoácidos livres.
f) No tubo 6 adicione 5 mL de solução de ração.
g) Acrescente nos tubos 2 a 6, dez gotas de ninidrina 1 g/100 mL;
h) A seguir coloque os tubos em banho-maria fervente durante 10 minutos e observe os resultados
obtidos e complete o quadro a seguir.
A cor violeta indica presença de aminoácidos livres (de grupos amino terminais de peptídeos e
proteínas e -amino da lisina),
A cor amarela indica presença de prolina e hidroxiprolina

TUBOS 2 ( H2O) 3 (Glicina) 4 (Caseína) 5 (a.a livres)


Cor observada após adição de ninidrina
Ausência ou presença de aminoácidos
livres

 Reação do Biureto
Em meio moderadamente alcalino, os íons Cu 2+ do reagente de Biureto interagem com átomos de nitrogênio
das ligações peptídicas das proteínas, formando complexos de cor violeta.
Para a formação do complexo são necessárias quatro ligações peptídicas para cada íon Cu 2+, conforme
ilustrado na figura a seguir.
A Reação do Biureto pode ser empregada também para determinar a concentração de proteínas em uma
amostra, pois a intensidade da cor é diretamente proporcional à concentração de proteínas.
Figura 2: Esquema da reação do Biureto.

Para que a reação do Biureto seja positiva há necessidade da presença de pelo menos duas ligações
peptídicas na molécula. Portanto, aminoácidos e dipeptídios não dão reação do Biureto positiva.
a) Separe mais 5 tubos de ensaio;
b) No tubo 7 adicione 2 mL de H2O;
c) No tubo 8 adicione 2 mL de solução de albumina;
d) No tubo 9 adicione 2 mL de glicina;
e) No tubo 10 adicione 2 mL de aminoácidos livres;
f) No tubo 11 adicione 2 mL de ração;
g) Acrescente reagente de biureto gota a gota até o aparecimento de uma cor lilás em cada um dos
tubos acima.
h) Indique no quadro a seguir se ocorreu o aparecimento da cor violeta, isso indicará teste positivo
para proteínas e peptídeos com mais de 2 ligações peptídicas
TUBOS 7 (H2O) 8 (albumina) 9 (glicina) 10 (a.a. livres)
Cor observada
Ausência ou
presença de
proteínas,
peptídios, ...

4. RELATÓRIO
4.1 a) Em que se fundamenta a reação da ninidrina.

b) Indique 2 classes de substâncias que reagem positivamente com ninidrina?

4.2 a) Em que se fundamenta a reação do biureto?

b) Quais os grupos de proteínas responsáveis por esta reação?


c) Qual a importância da reação de biureto?

4.3 Apresente os 2 dos principais aspectos nutricionais da utilização da proteína.

d) Explique o que é Salting in e Salting out.

4.4 Você dispõe num laboratório de dois frascos idênticos, porém, não rotulados. Um deles contém solução
de aminoácidos e, o outro, contém uma solução de proteínas. Qual seria o seu procedimento para identificar
as duas soluções e rotular os frascos?

4.5 Consulte a FISPQ dos reagentes a seguir e complete o quadro.


Reagentes Medidas de primeiros socorros Manuseio e armazenamento
Ninidrina

Fórmula

Glicina

Fórmula

CHCℓ3
Nome

(CH3COO)2Pb
Nome

Ureia

Fórmula

BIBLIOGRAFIA

CISTERNAS, José Raul. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Editora
Atheneu, 2001. 275 p.

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS: 2ª Parte


1 OBJETIVOS
 Identificar soluções de proteínas, avaliar a desnaturação frente a diversas condições e a solubilidade em
relação à solventes orgânicos.

2 INTRODUÇÃO

A desnaturação de proteínas é um fenômeno bioquímico de grande relevância na


farmácia e em diversos campos da biologia. Este processo, que envolve a perda da estrutura
tridimensional nativa das proteínas, pode ser desencadeado por uma variedade de fatores,
como variações de temperatura, mudanças no pH, agentes químicos ou mecânicos. Na
indústria farmacêutica, a compreensão da desnaturação proteica é essencial para o
desenvolvimento e a estabilidade de medicamentos e produtos biotecnológicos. Por
exemplo, a desnaturação de proteínas pode afetar a eficácia de medicamentos proteicos,
como anticorpos monoclonais e vacinas, além de influenciar a qualidade e a segurança de
produtos farmacêuticos derivados de proteínas, como insulina e enzimas terapêuticas.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1Material

Encontra-se na primeira parte

2ª PARTE
3.2.3 Testar o potencial desnaturante de alguns reagentes químicos e a solubilidade da o albumina em relação
à solventes orgânicos.

As proteínas são formadas por aminoácidos unidos um ao outro através de ligações peptídicas (estrutura
primária), que conferem à mesma a capacidade de enovelamento (estrutura secundária, terciária e
provavelmente a quaternária). Uma vez que qualquer uma destas estruturas seja desfeita, a proteína perde a
capacidade de desempenhar sua função, seja ela qual for. Existem inúmeros agentes desnaturantes, como por
exemplo, a temperatura excessiva, ácidos, bases, ureia, dentre outros.

Fonte: https://interna.coceducacao.com.br/ebook/pages/704.htm
 Preparar uma solução de clara de ovo (2 claras para 200 mL) de água destilada;
 Identifique 5 tubos de ensaio;

TUBO 12: colocar 5mL de solução de ovoalbumina, em seguida, adicionar gota a gota ácido clorídrico
até aparecer precipitado.
a) Quais mudanças foram observadas:

b) O que provocou essas mudanças? Quais interações foram quebradas?


TUBO 13: colocar 2 mL de solução de ovoalbumina, em seguida adicionar 1mL de clorofórmio. Misturar
bem, deixar em repouso por 3 minutos.
a) Quais mudanças foram observadas:

b) O que provocou essas mudanças? Quais interações foram quebradas?

TUBO 14: colocar 2 mL da solução de ovoalbumina, em seguida aquecer em banho Maria por 3 minutos.
a) Quais mudanças foram observadas:

b) O que provocou essas mudanças? Quais interações foram quebradas?

TUBO 15: colocar 2 mL da solução de ovoalbumina, em seguida adicionar 2mL de solução de ureia.
Misturar bem, deixar em repouso por 3 minutos.
a) Quais mudanças foram observadas:

b) O que provocou essas mudanças? Quais interações foram quebradas?

TUBO 16: colocar 2mL da solução de ovoalbumina, em seguida adicionar 1mL de etanol. Misturar bem,
deixar em repouso por 3 minutos.
a) Quais mudanças foram observadas:

b) O que provocou essas mudanças? Quais interações foram quebradas?

Conclusão:
4. RELATÓRIO

4.1 a) Durante o processo de desnaturação, provocado pelos vários agentes acima, o que acontece com a
estrutura nativa da proteína?

b) O que acontece com as ligações peptídicas?

c) Cite 3 dos principais agentes desnaturantes?

d) Explique o que é Salting in e Salting out.

4.2 Que mudanças ocorrem com uma proteína quando em contato com o etanol?

EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ENZIMA


___/____/____
1ª ETAPA
1 OBJETIVOS
 estudar a natureza das enzimas
 reconhecer as principais características das enzimas
 conhecer a maneira através da qual é possível determinar qualitativamente a atividade enzimática

2 INTRODUÇÃO

As reações enzimáticas são muito importantes em alimentos, podendo ser tanto benéficas, quanto
prejudiciais. O amaciamento da carne, promovido pela enzima bromelina do abacaxi, e o aroma da cebola,
proporcionado pela alinase, são bons exemplos de efeitos interessantes dessas macromoléculas. A mesma coisa
não pode ser dita quando tratamos do escurecimento de frutas como banana ou maçã, quando expostas ao ar.
Esse escurecimento enzimático é causado pela polifenoloxidase e também pode ser observado na batata e
outros vegetais de cor clara.
As enzimas catalase e peroxidase também são exemplos de enzimas de grande interesse na área de
alimentos. Elas ocorrem em plantas, animais e microrganismos. Nos animais e vegetais, acredita-se que a
função delas é proteger os tecidos contra os efeitos tóxicos da água oxigenada (H 2O2) formada durante o
metabolismo celular, uma vez que aceleram a decomposição dessa substância em H 2O e O2. A diferença entre
elas está no mecanismo de ação. Enquanto a catalase reduz diretamente a água oxigenada a água e gás oxigênio,
a peroxidase o faz acelerando a reação da água oxigenada com um substrato específico,por exemplo,o guaiacol,
formando um composto marrom escuro. Os esquemas abaixo representam essas reações:

3. DESENVOLVIMENTO

3.1. Materiais

EPIs
Máscara jaleco óculos
Uso Geral
H2O2 20 V (preparado da 200V) reagente de biureto
Em cada bancada
Maçã Tubos de ensaio

3.2 Procedimento
3.2.1 Preparo do extrato enzimático (PREPARADO PELO ESTAGIÁRIO)
 Lave e descasque uma maçã de tamanho médio;
 triture no liquidificador com 250 mL de água destilada;
 filtre, através de uma gaze, e armazene o filtrado.

Pergunte ao estagiário se o suco da maçã escureceu com o passar do tempo?


Se escureceu? Por que isso acontece?

Além das enzimas catalase e peroxidase, a maçã, assim como a banana e a batata, possui a enzima
polifenoloxidase, responsável pelo escurecimento de frutos e vegetais depois de cortado e expostos ao ar. A
esse processo dá-se o nome de escurecimento enzimático. O mecanismo através do qual essa enzima atua
baseia-se na oxidação de compostos difenólicos (que possuem dois radicais hidroxila, -OH, ligado ao anel
benzênico) e monofenólicos (que possuem um único radical hidroxila, -OH, ligado ao anel benzênico) presentes
nas frutas e nos vegetais. A ação mais comum é sobre os difenóis, dentre os quais destaca-se o catecol, cuja
oxidação está representada na figura a seguir

3.2.1 Caracterização das enzimas

A) Reação do biureto: as enzimas têm natureza protéica?


 Prepare a 2 tubos de ensaio, identificando-os;
Tubo 1 adicione cinco gotas do filtrado acima (solução enzimática) + 2 mL de água destilada
Tubo 2 adicione 2 mL de água destilada
Agite e adicione 2 mL do reagente de biureto em cada um dos tubos, misture e compare os resultados.

Tubos Cor observada Presença de proteína (sim ou não)


1
2

B) Teste da atividade das enzimas: Teste para catalase


Separe 2 tubos de ensaio,
Tubo 3  adicione 5 gotas de água oxigenada 10V;
Tubo 4  adicione 5 mL do filtrado enzimático + 5 gotas de água oxigenada 10V;
Tampando a boca dos tubos, misture os conteúdos por inversão, sem agitar;
Deixe em repouso por alguns minutos;
Observe e explique os resultados.

Como você explicaria a diferença de comportamento dos conteúdos dos tubos 3 e 4?


Quais são os gases liberados nessa reação?

EXTRAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE ENZIMA UREASE DE SOJA


___/____/____

2ª ETAPA
1 OBJETIVOS
 Demonstrar a natureza proteica da enzima.
 Determinar quantitativamente a atividade enzimática.
 Exemplificar inibição enzimática.
 Mostrar desnaturação proteica.
 Demonstrar a especificidade da ação enzimática.

2 INTRODUÇÃO
Urease
Urease ocorre em algumas bactérias e plantas e pode facilmente ser extraída da soja ( Glycine max). A uréase
catalisa a hidrolise da ureia em amônia e dióxido de carbono.

Em meio aquoso, a amônia e o dióxido de carbono, produtos da reação catalisada pela urease, formam
carbonato de amônio a partir de três reações espontâneas
2NH3 + 2H2O  2NH4OH
Hidróxido de amônio

CO2 + H2O  H2O + CO2  H2CO3


ácido carbônico

2NH4OH + H2CO3  (NH4)2CO3 + 2H2O


carbonato de amônio

A atividade da enzima pode ser verificada pela formação de carbonato de amônio, que é um sal de caráter
básico e cuja presença pode ser revelada por meio de um indicador ácido-básico como vermelho de fenol. O
indicador passa de cor amarela em meio ácido ou neutro para cor vermelho em meio básico.
A enzima é específica para o substrato ureia, um composto estruturalmente análogo como a tiouréia, pode ser
utilizada pela urease, formando amônia, porem a eficiência catalítica é pelo menos seis vezes menor. A
interação da urease com a uréia é mais forte que a da tiuréia, devido a participação de uma ligação de hidrogênio
com o oxigênio da ureia com o sitio ativo da enzima, tornando a ureia o substrato preferencial.

Como a uréase contém grupos sulfidrila, a enzima é inibida por íons de metais pesados como sais de mercúrio
em concentrações reduzidas (10-4 mmol/L).
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Material
EPIs
Jaleco Máscara óculos
Uso geral
Cloreto mercurico a 0,01% Ácido nítrico concentrado Vermelho de fenol
Por bancada
Solução de uréase Tubos de ensaio
Tampão fosfato 1mmol/L, pH 7 Tampão fosfato 1 mmol/L pH 7, contendo 1% de ureia
Água destilada Tampão fosfato 1 mmol/L pH 7, contendo 1% de tioureia
Reativo de biureto

3.2 Procedimento

3.2.1 Reativo de Biureto


Dissolver 1,5 g de sulfato de cobre pentaidratado e 6g de tartarato duplo de sódio e potássio em 500 mL de água
destilada. Adicionar cuidadosamente 300 mL de hidróxido de sódio a 10 g% (p/v) com constante agitação e
completar o volume para 1 litro com água destilada.
3.2.2 Solução de vermelho de fenol
Dissolver 0,1 g de vermelho de fenol em 250 mL de água destilada alcalinizada com 2,82g de NaOH 0,1 mol/L.
3.2.3 Extração da uréase de soja
Pesar 15 g de farinha de soja e colocar em Erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 100 mL de glicerol a 75% em
água. Arrolhar o Erlenmeyer e agitar a suspensão com a mão por 15 minutos. Colocar no refrigerador até o dia
seguinte. Filtrar o extrato glicerinado através de gaze espremendo levemente com um bastão. A solução de
uréase assim obtida é estável por cerca de seis anos quando conservado em refrigerador.
3.2.4 Reação do biureto
Em um tubo marcado “1”, colocar 2 gotas solução de uréase e juntar 2 mL de água destilada. Agitar e adicionar
2 mL do reativo de biureto. Misturar. Em um tubo marcado “2”, colocar 2 mL de água destilada e 2 mL do
reativo de biureto. Misturar. Comparar a cor nos dois tubos e concluir o resultado.

Tubos Cor observada Resultado (presença ou não de proteínas)


1

3.2.5 Teste da atividade da enzima


Utilizar dois tubos de ensaio e marcar “4” e “5”. No tubo 4 colocar 3 mL de tampão fosfato 1mmol/L, pH 7,
contendo 1% de ureia e 2 gotas de uréase. No tubo 5 (branco) colocar 3 mL de tampão fosfato, 1mmol/L, pH 7,
sem ureia e 2 gotas de uréase. Em ambos os tubos adicionar uma gota de solução de vermelho de fenol. Agitar e
observar se há mudança de cor em 5 minutos, sendo que a reação se processa melhor a 37º C. Concluir o
resultado.
Tubos Cor observada (5,0) Resultado observado (5,0) pH (5,0)
4

5
3.2.7 Efeito do calor
Em um tubo de ensaio marcado como “6” colocar 2 mL de água destilada e 2 gotas de uréase. Agitar e ferver
durante 2 minutos. Em outro tubo marcado “7” colocar 3 mL de tampão fosfato 1mmol/L, pH 7, contendo 1%
de ureia. Adicionar 1 mL da solução de uréase fervida anteriormente contida no tubo “6” e colocar 1 gota da
solução de vermelho de fenol. Misturar e aguardar por 5 minutos.
Observar, comparar e descrever o resultado com o tubo 4. (5,0)

3.2.8 Efeito de sais de mercúrio


Em um tubo de ensaio marcado como “8” colocar 2 mL de água destilada, 2 gotas da solução de uréase. Agitar e
juntar cuidadosamente 1 gota de cloreto de mercúrio a 0,01%. Agitar e adicionar 3 mL de tampão fosfato
1mmol/L, pH 7, contendo 1% de ureia, e uma gota da solução de vermelho de fenol. Misturar e aguardar por 5
minutos.
Observar, comparar e descrever o resultado com o tubo 4. (5,0)

3.2.10 Especificidade da enzima


No tubo “9” juntar 3 mL de tampão fosfato 1mmol/L, pH 7, contendo tioureia, e 2 gotas de uréase, adicionar
uma gota da solução de vermelho de fenol. Misturar e aguardar por 5 minutos. Observar, comparar e descrever o
resultado com o tubo 4. (5,0)

4 RELATÓRIO
4.1 Qual é a reação catalisada pela uréase? (5,0)
4.2 Qual é a fonte de uréase utilizada nesse experimento? (5,0)

4.3 Como pode ser evidenciada a natureza proteica da enzima? (10,0)

BIBLIOGRAFIA

CISTERNAS, José Raul. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu,
2001. 275 p.

PESQUISA QUALITATIVA DOS CONSTITUINTES QUÍMICOS DO LEITE


___/___/____

1 OBJETIVOS  Analisar a presença de proteínas, açúcar redutor e presença de cálcio no leite.


2 INTRODUÇÃO

O leite é uma combinação de diversos elementos sólidos em água. Os elementos sólidos


representam aproximadamente 12 a 13% do leite e a água, aproximadamente 87%. Os principais
elementos sólidos do leite são lipídios (gordura), carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas.
Esses elementos, suas distribuições e interações são determinantes para a estrutura, propriedades
funcionais e aptidão do leite para processamento. As micelas de caseína e os glóbulos de gordura
são responsáveis pela maior parte das características físicas (estrutura e cor) encontradas nos
produtos lácteos.
Desde o nascimento do ser humano, o leite apresenta-se quase indissociável de sua
alimentação. A melhoria na qualidade de vida do ser humano é ressaltada pela vital necessidade de
se ter alimentos saudáveis. Conhecimento da bioquímica do leite e de seus subprodutos é essencial
ao profissional da área da saúde.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 PROCEDIMENTOS –
I EXTRAÇÕES
01 - Adicionar 50 ml de água destilada morna a 50 ml de leite em béquer de 250 ml.
02 - Acrescentar solução de ácido acético 10% gota a gota, agitando, até que o leite se coagule
(queijo).
03 - Deixar em repouso cerca de 5 minutos.
04 - Decantar o líquido sobrenadante sobre o papel de filtro, recolhendo o filtrado no erlenmeyer de
125 ml. Guardar o precipitado.
05 - Transferir o filtrado para o béquer de 250 ml. Aquecê-lo diretamente na chama até ebulição.
Baixar a chama e deixar fervendo até reduzir o volume a mais ou menos 40 ml. Soprar na superfície
quando houver formação de espuma.
06 - Filtrar e deixar esfriar. Esta solução será utilizada para os testes de alguns constituintes
químicos.
07 - Colocar o precipitado obtido no item 4 num béquer de 100 ml.
08 - Adicionar 10 ml de álcool e amassar com o bastão. Decantar e desprezar o sobrenadante.
09 - Adicionar novamente cerca de 10 ml de álcool e repetir a operação anterior.
10 - Adicionar cerca de 5 ml de éter e fazer a extração com auxílio do bastão.
11 - Passar o líquido sobrenadante para uma placa de Petri. Deixar evaporar o éter à temperatura
ambiente, e observar o resíduo.
12 - Recolher o precipitado lavado pelo éter em papel de filtro e deixar evaporar o éter restante à
temperatura ambiente.
13 - Interprete o resultado.

II - RECONHECIMENTO DA PORÇÃO PROTEICA DO LEITE –


Teste do Biureto
01 - Colocar um pequeno fragmento do precipitado em um tubo de ensaio.
02 - Adicionar 3 mL do reagente de biureto.
03 - Agitar.
04 - O aparecimento de uma coloração violeta indica reação positiva.
05 - Interprete o resultado.

III - PESQUISA DE AÇÚCAR REDUTOR –


Teste de Benedict
01 - Colocar 2 mL do reagente de Benedict num tubo de ensaio.
02 - Adicionar 1 mL do filtrado obtido no item I - 6. Misturar.
03 - Aquecer até a ebulição e observar a mudança de coloração do reagente.
04 - Interpretar o resultado.

IV - PESQUISA DE CÁLCIO
01 - Colocar 2 mL de filtrado em um tubo de ensaio.
02 - Adicionar o reativo de Sulkowitch gota a gota até aparecimento de uma turvação ou um
precipitado branco.
03 - Interpretar o resultado.

V - PESQUISA DE CLORETOS
01 - Colocar 2 mL do filtrado em um tubo de ensaio.
02 - Adicionar 2 a 3 gotas de HNO3 concentrado.
03 - Adicionar gotas de AgNO3 5% até o aparecimento de turvação ou precipitado.
04 - Interprete o resultado.

RELATÓRIO

1 Quais os carboidratos presentes no leite

2 O que é a lactose? Como ocorre a sua fermentação?

O que é o ponto isoelétrico da caseína?

Quais as principais diferenças entre intolerância a lactose e alergia ao leite?

BIOQUÍMICA DE SUBSTÂNCIAS LIGHT, DIET E NORMAL


___/___/____
1 OBJETIVOS  Compreender as diferenças entre alimentos light, diet e normal.

2 INTRODUÇÃO

A população ainda não está totalmente esclarecida quanto aos produtos diet e light que
existem no mercado. O que sabemos é que produto diet, a rigor é aquele que não contém açúcar,
mas tem uma quantidade grande de carboidrato na sua composição. O exemplo que damos é dos
pães. Todos têm farinha que é rica em carboidrato. Só que são anunciados como não contendo
açúcar ou gordura. Achocolatados também anunciam que não têm açúcar, mas têm carboidratos.
Uma especial atenção deve ser dada ao chocolate que se diz diet. Ele realmente não contém açúcar,
mas a quantidade de gordura é muito grande. Para emagrecer não é indicado, porque uma grama de
gordura tem nove calorias e uma grama de açúcar tem quatro calorias. A pessoa estará ingerindo
mais que o dobro das calorias que teria na proporção de gordura e açúcar. Os alimentos diet e light
podem ser usados na alimentação de quem está emagrecendo de forma balanceada e sempre
complementando o cardápio em substituição a outro alimento. Tendo cuidado para não ingerir
demais.

1. Identificação de proteínas

1. Sprite normal
2. Leite
3. Gelatina incolor
4. Suco de fruta

Coloque 2 ml de cada substância em tubos de ensaios e adicione 2 mL de biureto. Explique o que


aconteceu.

2. Identificação do amido

1. Amido
2. Gelatina incolor
3. Sprirte normal
4. Suco de fruta

Coloque 2 mL de cada substância em tubos de ensaio e adicione 2 gotas de lugol. Aqueça e explique
o que aconteceu.

3. Reação de Seliwanoff

1. Frutose
2. Glicose
3. Suco de fruta
4. Leite
5. Sprite Zero
6. Sprite normal

Coloque 1 ml de cada substância em tubos de ensaio e 5 ml de reativo de Seliwanoff. Aqueça por 3


min e explique o que aconteceu.

4. Identificação de açúcar redutor

1. Glicose
2. Gelatina normal
3. Sprite normal
4. Sprite Zero
5. Leite
6. Sacarose
7. Amido

Coloque 2 ml de cada substância em tubos de ensaio e adicione 1,5 ml de Benedict. Aqueça por 3
min e explique o que aconteceu.

RELATÓRIO
1.Qual a diferença bioquímica entre um alimento diet e um alimento light? E como isso afeta a
composição e valor nutricional dos alimentos.

2. Por que os alimentos "zero" frequentemente contêm substitutos de açúcar?


3. Compare a bioquímica dos alimentos normais com a dos alimentos light, diet e zero.

REFERÊNCIAS
NEPOMUCENO, M. de F; RUGIIERO, A. C.; Manual de Bioquímica: roteiro de análises
bioquímicas qualitativas e quantitativas. Ribeirão Preto: Tecmedd, 2004

ÁCIDOS NUCLEICOS: EXTRAÇÃO DNA DO MORANGO


1 OBJETIVOS  • Conhecer como se dá o procedimento de extração do DNA;
• Identificar o local onde o DNA é encontrado;
• Visualizar um aglomerado de fitas de DNA.

2 INTRODUÇÃO

O material genético dos seres vivos é formado por grandes cadeias orgânicas, basicamente
constituídas de um açúcar com cinco carbonos (pentose), um íon fosfato e uma base nitrogenada. Esses
três constituintes formam os chamados nucleotídeos presentes em toda molécula de DNA. O DNA, ou
ácido desoxirribonucleico, é um tipo de ácido nucleico formado por uma dupla hélice de nucleotídeos
unidos por pontes de hidrogênio através das bases nitrogenadas.

Um outro tipo de ácido nucleico é o RNA, ou ácido ribonucleico. A diferença básica entre essas
moléculas é que na molécula de DNA existem duas longas fitas de nucleotídeos enroladas em forma de
dupla hélice, enquanto na molécula de RNA existe apenas uma única fita, sintetizada pelo próprio
DNA. Funcionalmente, o DNA é responsável por armazenar e transmitir toda a informação genética de
cada ser vivo. Já a molécula de RNA atua na síntese proteica. Além disso, as células vegetais e animais
são bastante parecidas, com algumas diferenças como as paredes celulares e presença de cloroplastos.
As frutas são constituídas basicamente de semente e pericarpo (três partes: casca, parte
comestível e membrana que envolve a semente), como por exemplo, o abacate, o coco e o morango. O
DNA dessas frutas pode ser extraído de modos muito similares. Dentre as frutas utilizadas para a
extração do DNA, destaca-se o morango. Ele é uma fruta vermelha, que tem várias espécies, sendo a
principal delas, a Fragaria. Essa fruta possui minerais, como por exemplo, Cálcio, Potássio e Ferro.
Além disso, possui antioxidante a base de flavonoides, fibras alimentares e uma grande quantidade de
DNA. É uma fruta macia, fácil de homogeneizar e, também, quando madura, produz enzimas que
degradam a pectina e a celulose.
Para a extração do DNA do morango é necessário o uso de detergente, cloreto de sódio (NaCl) e o
etanol no processo. O cloreto de sódio aumenta a força iônica da solução com a ionização dos íons Na +
e Cl- . Isso proporcionará um ambiente favorável para a extração do DNA, visto que os grupos fosfatos
serão neutralizados pelo sal. O aurel éter sulfato de sódio, molécula presente no detergente, tem a
função de desestruturar os lipídios localizados nas membranas, promovendo a ruptura de todo o
conteúdo celular, inclusive o DNA, que ficará disperso na solução. Em etanol há formação de
aglomerados de DNA, pois o álcool desidrata essas moléculas, de forma que este não mais fica
dissolvido no meio aquoso. Como o DNA tem menor densidade que os outros constituintes celulares,
ele surge na superfície do extrato, podendo ser coletado com um palito. Além disso, quanto mais
gelado o álcool, menos solúvel será o DNA.
3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Materiais

EPIs
Jaleco Máscara óculos
Uso geral
Banho-maria (60ºC) Caixa de isopor com gelo Água destilada
NaCl Detergente neutro Etanol 92% gelado
Por bancada
Cadinho e pistilo Funil de vidro Morangos
Béquer 100 ml Papel de filtro Bastão de vidro
Proveta de 100 ml

3.2 Procedimento
1. Corte e amasse 6 morangos utilizando o cadinho e pistilo
2. Em um béquer contendo 100 mL de água, adicione 60 mL de detergente e 5 g de NaCl
(solução lise)
3. Mexa até a total dissolução
4. Adicione os morangos amassados a solução lise recém preparada
5. Deixe em banho-maria por 15 minutos
6. Resfrie a solução rapidamente, colocando o béquer no gelo durante 5 minutos
7. Filtre
8. Adicione ao filtrado 100 mL de álcool gelado, deixando-o escorrer vagarosamente pela borda.
9. Observe
10. Com o bastão de vidro limpo, faça movimentos circulares misturando as fases.
11. Observe

RELATÓRIO
01 Qual é a função da solução de lise utilizada no início do experimento? Qual a função do sal e do
detergente utilizados no preparo dessa solução?

02.No procedimento para a realização do experimento, é orientado que você pique (triture) o
material o máximo possível, de tal maneira que quanto mais picado ele estiver, melhor a qualidade
do resultado. A que se deve essa orientação?

03.Qual a importância da incubação à temperatura elevada de 70ºC?


04.Qual a importância da etapa de resfriamento do filtrado em gelo ou água fria?

05.No procedimento 6 é adicionado ao filtrado já resfriado cerca de 30 mL de álcool 92%. Qual a


função do álcool nesta etapa da extração do DNA vegetal?

CONSTRUÇÃO DO MAPA METABOLICO


___/___/____

1 OBJETIVOS
 Compreender o metabolismo geral;
 Habituar com os nomes das vias metabólicas
 Entender as aulas de metabolismo;
 Discutir com colegas os conhecimentos aprendidos;
 Entender textos técnicos e trabalhos científicos;
 Reconhecer os pontos chaves no metabolismo.

2. INTRODUÇÃO

Todo alimento depois que é digerido e suas unidades absorvidas e metabolizadas, a energia produzida é
aproveitada na forma de ATP. Metabolismo é o conjunto de reações químicas que ocorrem nas células e que lhe
permitem manter-se viva.
A via metabólica é uma série de reações químicas onde uma reação fornece o substrato da reação
seguinte sendo a reação seguinte dependente da anterior e em cada via deve haver no mínimo uma reação
irreversível, se não houver essa etapa irreversível a via é considerada um ciclo fútil onde só há dissipação de
energia. Em cada via, um composto químico é modificado por reações químicas. Estas reações são aceleradas
por enzimas. Minerais, vitaminas e outros cofatores são muitas vezes necessários para que a enzima execute a
sua atividade. Muitas vias são complexas. Várias vias metabólicas formam uma rede metabólica. As vias são
necessárias para que o organismo mantenha a sua homeostase. Toda via possui uma etapa limitante, que é a
reação mais lenta do processo.
O metabolismo é a modificação passo a passo da molécula inicial, com vista a modificá-la até um outro
produto. O resultado pode ser utilizado de diversas formas:
 Armazenando na célula.
 Uso imediato, como produto metabólico.
 Dar início a outra via metabólica.

3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Material

Cartolina ou papel A3 réguas Lápis de cor


Canetas coloridas Lápis e borracha Livro de bioquímica

3.2 Procedimentos
1,25 pontos para cada via completa
Construa o mapa metabólico, ligando as vias:
a) Glicólise;
b) Gliconeogenese;
c) Glicogenolise;
d) Ciclo de krebs;
e) Cadeia transportadores de elétrons;
f) Oxidação dos aminoácidos;
g) Ciclo da ureia;
h) Beta-oxidação dos ácidos graxos
1- Cada via deve ser construída com cor diferente;
2- As enzimas devem ser identificadas em cada reação;
3- As substâncias consumidas e produzidas em cada processo devem estar sinalizadas. Utilize setas-curva para
indicar o consumo e produção.
4. Construa as vias nas organelas. (onde ocorre cada via)
5. Use setas para indicar se as reações são reversíveis ou irreversíveis.

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