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11/03/2023

Introdução

Parte da Medicina que está à serviço da Justiça.

Princípios de Odontologia Legal / Estuda o ser humano:


Traumatologia Forense Vivo ou morto

Saudável ou doente

Odontologia Legal
Necessita o conhecimento de todas as áreas da
Professor: Elimar Fernando Bauer odontologia.

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Introdução Introdução
Necessidade de aprimoramento ao longo da história:

Transformações e adaptações
Objetivo: Como consequência temos a necessidade cada vez maior da
convivência social:
Orientar legisladores na elaboração das leis; Direitos e obrigações

Orientar os magistrados na aplicação das leis; Expressas ou costumes

Surgimento do Direito como necessidade para regular essa


Esclarecer questões processuais criminais e convivência.
cíveis.
A carência de princípios acabam resultando em transgressões das
normas Agente infrator.

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Introdução Terminologia

Odontologia Legal
Justiça avaliar de maneira legal o fato
Odontologia Forense
antijurídico.
Odontologia Judiciária
Medicina Legal/Odontologia Legal
como meio auxiliar do judiciário.

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Definição
Odontologia Legal ?
A área anatômica de
atuação clínico-cirúrgica do
cirurgião-dentista
é superiormente ao osso
hioide, até o limite do
ponto násio (ossos próprios
de nariz) e anteriormente
ao tragus, abrangendo
estruturas anexas e afins

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Definição

A Odontologia Legal é o
Restrita a cabeça e
ramo da Medicina Legal pescoço:
restrito à região de cabeça e Verdade absoluta?
pescoço.

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Definição

É uma especialidade da odontologia (e parte Competência da


da Ciência forense), especializada no auxílio
ao Poder Judiciário através da identificação de
Odontologia Legal?
pessoas (...)

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Hierarquia das Leis Hierarquia das Leis

Art. 5º, Caput, CF–“Todos são iguais perante a lei, sem


distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes;”

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Decreto-Lei nº 7.718/45

Ordenamento Jurídico Dispõe sobre a situação profissional de dentistas


Principais diplomados por faculdades que funcionaram com
autorização dos governos estaduais.

Diplomados até 31/12/1944.

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Lei 1.314/51 Lei 4.324/64


Regulamenta o Exercício Profissional dos
Institui o Conselho Federal e os
Cirurgiões Dentistas.
Conselhos Regionais de
Não fazia menção aos dentistas Odontologia.
práticos:
Regulamentada pelo
Profissionais formados em Decreto 68.704/71
escolas não reconhecidas.

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Lei 5.081/66 Lei 5.081/66


Regulamenta o Exercício da Odontologia
Contemplou apenas a figura do CD
Revogou a Lei 1.314/51
Exercício legal da odontologia no
Determina novas atribuições ao Cirurgião dentista Brasil só aplicado ao CD

Estabeleceu os requisitos exigidos para sua


“capacitação legal”

Contempla os
dentistas
práticos

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Lei 5.081/66 Resolução CFO 185/93

Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos


de Odontologia.
Art. 6º Compete ao cirurgião-dentista:
Primeira Resolução a reconhece a Odontologia Legal

como especialidade.
IV - proceder à perícia odontolegal em fôro civil, criminal,
trabalhista e em sede administrativa; Reconhece outros profissionais para a atividade
odontológica.

Revogada pela Resolução CFO 63/05.

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Resolução 63/05
Parágrafo único. A atuação da
Odontologia Legal restringe-se a
Consolidação das Normas para Procedimentos nos análise, perícia e avaliação de
Conselhos de Odontologia. eventos relacionados com a área de
competência do cirurgião-dentista
Art. 54 - Odontologia Legal é a especialidade que podendo, se as circunstâncias o
tem como objetivo a pesquisa de fenômenos exigirem, estender-se a outras
áreas, se disso depender a busca da
psíquicos, físicos, químicos e biológicos que podem verdade, no estrito interesse da
atingir ou ter atingido o homem, vivo, morto ou justiça e da administração.
ossada, e mesmo fragmentos ou vestígios,
resultando lesões parciais ou totais reversíveis ou
irreversíveis.

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Art. 55 - As áreas de competência para Art. 55 - As áreas de competência para


atuação do especialista em Odontologia atuação do especialista em Odontologia
Legal incluem: Legal incluem:
a) identificação humana;
g) traumatologia odonto-legal;
b) perícia em foro civil, criminal e trabalhista;
h) balística forense;
c) perícia em área administrativa; i) perícia logística no vivo, no morto, íntegro ou em suas partes em fragmentos;

d) perícia, avaliação e planejamento em infortunística; j) perícia em vestígios correlatos, inclusive de manchas ou líquidos oriundos da
cavidade bucal ou nela presentes;
e) tanatologia forense;
l) exames por imagem para fins periciais;
f) elaboração de: m) deontologia odontológica;

1) autos, laudos e pareceres; n) orientação odonto-legal para o exercício profissional; e,

o) exames por imagens para fins odonto-legais.


2) relatórios e atestados;

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Noções Históricas

1924 - Prof. Luiz Lustosa Silva:

Denominação - Odontologia Legal


NOÇÕES HISTÓRICAS Primeira obra - Odontologia Legal
(primeiros limites do seu campo de
ação)

1932 - Inclusão obrigatória da


Odontologia Legal nos currículos
mínimos

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Noções Históricas Noções Históricas


2080 a. C. - Código de
Hamurabi (Mesopotâmia)

1997 - Prof. Dr. Moacyr da Silva: Primeira referência


escrita.
Compêndio de Odontologia
Legal Baseado na lei de talião:
“olho por olho, dente
por dente”

https://images.app.goo.gl/jRo7e6gfMsy3n4bp9

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Noções Históricas Noções Históricas


1897 - Bazar de la Charité:

Uma centena de 1909 - Incêndio no Consulado


carbonizados alemão no Chile

Alta sociedade - cuidados Secretário do consulado


odontológicos desaparecido Willy Guillermo
Becker
Cônsul do Paraguai sugeriu a
colaboração de CD na Encontrados restos de um corpo
identificação
CD Germán Velenzuela de
90% identificados Basterrica

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Noções Históricas Noções Históricas

1912 - Naufrágio do Titanic


1940 - II Guerra Mundial
1.513 óbitos
Navios brasileiros
Várias identificações através torpedeados por
dos arcos dentários submarinos alemães

Identificação odontolegal https://images.app.goo.gl/2GtBzYBd6rQ2hyuD7

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Noções Históricas Recentes Noções Históricas Recentes


2004 - Ilha de Sumatra

Tsunami

5.395 mortes
17 de julho de 2007 - Acidente da TAM
Especialistas de vários países

2.010 vítimas identificadas 187 mortos


61% exames dentários

19% datiloscopia
79 identificados pela Odontologia Legal
1,3% DNA
https://images.app.goo.gl/Yx7B5sjwGeLzhywN6

0,3 evidências físicas

18% por mais de um tipo de evidência

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Odontologia Legal

AGILIDADE
Notória a importância da odontologia
Legal na identificação humana. BAIXO CUSTO

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Odontologia Legal Odontologia Legal

Todo Instituto Médico Legal possui


habitualmente um profissional responsável O Odontolegista se faz importante quando o
pelo setor de Antropologia Forense, para reconhecimento visual é impossível e, também,
onde são encaminhados os cadáveres na ausência de dados como a datiloscopia, que
putrefeitos, carbonizados ou reduzidos a se define como a identificação através das
esqueleto para estudo e identificação. impressões digitais. (TERADA et al, 2011)
(TESSARIOLI, 2006)

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Odontologia Legal Odontologia Legal

Os elementos dentais são os orgãos mais duráveis


As identificações realizadas por odontolegistas do corpo humano (TERADA et al., 2011).
nos desastres em massa alcançam
aproximadamente 70% das identificações que
se tem realizado mundialmente, comprovando
ser um método de tradição e provada eficácia.
(FRARI et al, 2008)

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Odontologia Legal Modalidades de Identificação

Reconstrutiva: não se tem dados anteriores à morte


Exemplo disso, são em casos de guerra, do indivíduo;
acidentes de grande magnitude e desastres
naturais, a identificação dentária torna-se Comparativa: baseia-se em registros anteriores (ex.
necessária devido a grande decomposição dos prontuário).
corpos (BRKIC et al. apud MARTINHO, 1997).
Importância do preenchimento adequado do
prontuário odontológico.

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Fases Fundamentais no Processo de Fases Fundamentais no Processo de


Identificação - Reconstrutiva Identificação - Comparativa

Aquisição ou registro: por meio de papel,


radiografias, fotografias e moldagens.
Uma identificação positiva só ocorre caso haja uma
Verificação: conferir se os registros foram lançados base de dados para comparar.
corretamente. Sem o registro primário, não haverá confirmação
Classificação: grupamento com outros semelhantes. (COIRADAS, 2008).

Arquivamento: organizado e ordenado.

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Quando a identificação não acontece com sucesso, o Instituto


Médico Legal não pode fornecer o atestado de óbito,
impossibilitando a devolução do cadáver aos familiares e
deixando-o como desconhecido (PARANHOS et al, 2009).

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Métodos de Identificação

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Métodos de Identificação
Identificação pela arcada dental
Identificação pelo DNA
Traumatologia
Identificação pela rugoscopia palatina
Determinação do sexo pelas características cranianas
Forense
Estimativa da idade pelos dentes
Determinação da idade pelo ângulo mandibular
Estimativa da altura usando os dentes

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Traumatologia Forense Traumatologia Forense

Estudo sistemático das lesões produzidas por Fornece à Justiça subsídios como:
agentes lesivos exógenos. Diagnóstico
Lesão: ofensa à integridade corporal e/ou a saúde. Tipificação
Podem ser: Nexo causal
Fugazes, temporárias ou permanentes Se a lesão é vital ou “post mortem”
Superficiais ou profundas Gravidade do dano causado

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Traumatologia Forense Traumatologia Forense


Classificação: Lesões gravíssimas: resultam incapacidade
Lesões leves: danos com pouquíssima repercussão permanente para o trabalho; enfermidade incurável;
perda ou inutilização de membro, sentido ou função;
orgânica e fácil recuperação.
deformidade permanente; abortamento.
Lesões graves: incapacidade para as ocupações
Exigidos requisitos imprescindíveis como
habituais por mais de 30 dias. aparência, permanência ou irreparabilidade pelos
Não cabe quando a vítima se recusa a aparecer meios comuns;
em público. Que o dano estético cause impressão vexatória ou
interfira negativamente na vida social ou
Exame complementar após o 30º dia.
econômica do ofendido;
Pode resultar em debilidade permanente.

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PMMA - Polimetilmetacrilato

Traumatologia Forense

Ex.: paralisia facial; assimetria facial; cicatrizes


extensas e visíveis; qualquer lesão que cause
constrangimento, sentimento de repulsa ou
piedade.
Em desaparecendo o dano estético ou se
tornar insignificante, a lesão passa a ser
considerada leve.

https://images.app.goo.gl/v6FPF2SFaYdF2mii7

61 62

Traumatologia Forense

Campo de Interesse:

Acidentes caseiros, de trânsito e até


Energias Lesivas
acidentes de trabalho.

Mortes súbitas até mortes suspeitas.

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Traumatologia Forense Traumatologia Forense


Quando uma forma de energia entra em contato
com o corpo (ou o corpo entra em contato com ela),
no ponto em que ocorre a transferência de energia
Trauma é o resultado da ação vulnerante para o corpo, produzem-se alterações das estruturas
que possui energia capaz de produzir a superficiais, cutâneas (pele) ou profundas
lesão. (músculos, ossos).

A alteração morfológica ou funcional do corpo no


local em que ocorre uma transferência de energia é
o que se denomina lesão.

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Traumatologia Forense Traumatologia Forense

Objetivo do estudo: LESÃO Meios de Energia:

Peça de maior importância na elucidação Energias de Ordem Física


dos fatos. Energias de Ordem Química
“Dá-me as características da lesão e lhe Energias de Ordem Biológica
direi que agente a produziu” (Prof. Dr.
Daniel R. Muñoz). Energias de Ordem Psíquica

Energias de Ordem Mista

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Agentes Mecânicos
Formas Puras: obedecem as características geométricas na superfície
vulnerante.
Perfurante
Agentes Mecânicos
Cortante

São energias que tendem a modificar o estado Contundente

de repouso ou movimento de um corpo. Formas Mistas: se combinam as formas de um ou mais tipos puros.
Perfurocortante
Agentes Não-Mecânicos Cortocontundente
Perfurocontundente
Lacerocontundente

69 70

1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Agentes Perfurantes:

Punctória;
Não-Mecânicos
Temperatura Ponto que pressionado, lesa o corpo da
vítima;
Pressão atmosférica
Provoca o afastamento das fibras dos
Eletricidade
tecidos;
Radiação
Ferimento com sangramento mínimo ou
nulo;

Agulha, alfinete, prego.

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1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Agentes Perfurantes:

Aplicação da Ferimento
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão)

Pressão - Alfinete,
Perfurante Ponto
penetração
Punctório
agulha, prego

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Agentes Cortantes:
Características da região atingida:
Incisa;
Esgorjamento: lesão cervical lateral ou anterior,
Agem idealmente por uma linha; produzida geralmente por instrumento cortante
ou cortocontundente;
Deslizamento maior que pressão;
Degola: lesão cervical posterior, geralmente
Lâmina com gume;
produzida por instrumento cortante ou
Secção uniforme do tecido; cortocontundente;

Rompimento das fibras; Decapitação: secciona o pescoço, separando a


cabeça do tronco;
Afastamento das bordas e sangramento;
Esquartejamento: lesões diversas por instrumento
Navalha, bisturi, folha de papel, linha de cerol,
estilhaços de vidro. de corte que divide o corpo em partes.

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Esgorjamento

77 78

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Degola Decapitação

79 80

1. Energia de Ordem Física


Esquartejamento
Mecânica
Agentes Cortantes:

Lei de Chavigny:

Quando duas lesões perfurocortantes se cruzam

Qual lesão foi feita primeiro

Aproxima-se os bordos da ferida.

Ferida primária apresentará os bordos alinhados

Ferida secundária apresentará desalinho, pois foi


gerada quando as bordas da primeira ferida já
estavam afastadas.

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1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Agentes Cortantes:

Aplicação da Ferimento
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão)

Navalha,
Cortante Linha Deslizamento Inciso gilete, lâmina
bisturi

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Agentes Contundentes:
Agentes Contundentes:
Superficiais com integridade da pele:
Contusa;
Equimose - derrame sanguíneo por ruptura capilar;
Atuam por pressão e tração (choque,
Hematoma - extravasamento por rompimento de vasos
podendo haver ou não de maior calibre;
deslizamento);
Petéquias - pequenas equimoses;
Podem originar impressões na
superfície cutânea; Bossa sanguínea - regiões em que abaixo da pele exista
osso (elevação nítida / “galo”);
Martelo, marreta, caibro, cassetete,
Impressão cutânea - agressões provocadas por dentes,
soco-inglês, bastão, pedra. unhas ou polpa dos dedos.

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Hematoma
Hematoma

87 88

Petéquias

Impressões Cutâneas / Petéquias

89 90

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Equimose Impressões Cutâneas / Hematoma

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Impressões Cutâneas Bossa Sanguínea /Hematoma

93 94

Espectro Equimótico 1. Energia de Ordem Física


Agentes Contundentes:

Superficiais sem integridade da pele:

Escoriação ou arranhadura - perda da epiderme


devido ao trauma (atrito e pressão);

Ferida Contusa - solução de continuidade que


abrange toda a pele e subcutâneo.

Agente contundente força a epiderme de


encontro a derme e esta de encontro ao
osso.

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Escoriação Escoriação

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Ferida Contusa
Escoriação

99 100

Ferida Contusa

Ferida Contusa

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Agentes Contundentes: Agentes Perfurocortantes:

Perfuram e cortam;

Possuem uma ponta e ao menos uma


Aplicação da Ferimento lâmina;
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão)
Pressão e deslizamento;
Pressão -
Cassetete,
esmagamento Punhal, peixeira, faca de ponta e
Contundente Área + Massa Contuso chão, pau,
Pressão -
para-choque corte, canivete.
esgarçamento

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105 106

1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Agentes Cortocontundentes:
Agentes Perfurocortantes:
Pressão + força do impacto;

Ação do gume associado ao peso do


Aplicação da Ferimento instrumento e a força viva do agente;
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão)
Costumam ser devastadoras,
decepando segmentos, fraturando ou
Peixeira, faca, seccionando ossos;
Perfuro - Pressão + Perfuro -
Ponto + linha canivete,
Cortante deslizamento incisivo
punhal
Foice, facão, machado.

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Agentes Cortocontundentes:

Agentes Perfurocontundentes:

Perfurante e contundente;
Aplicação da Ferimento
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão) Projétil de arma de fogo;

Pressão + Machado, Lesão por projétil único ou múltiplo*.


Corto -
Linha + massa esmagamento Corto - contuso dente, foice,
Contundente (força) unha, facão

111 112

1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Mecânica Mecânica
Quanto à distância: Ferimento de entrada do projétil:
Disparos apoiados ou encostados Variável segundo a distância do
= distância zero disparo e conforme o projétil seja
Disparos a curta distância ou à único ou múltiplo.
“queima roupa” = próximos Existem elementos que são comuns a
Disparos a distância todo tipo de tiro:

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1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Efeitos Primários do Tiro:

Ferimento perfurocontuso

Orlas:
A
Orla de enxugo: produzida pela limpeza dos
n
e resíduos existentes no cano da arma (auréola
l escura).

d Orla de escoriação (contusão): localizada em


e
1- Orla de Enxugo
torno do ferimento em que a epiderme é
arrancada pelo atrito do projétil.
2- Orla de Escoriação
F 3- Orla Equimótica
i
Orla equimótica: quando o projétil impacta sobre
s
h o corpo.

115 116

1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Efeitos Secundários do Tiro:

Zona de chamuscamento: gases


superaquecidos resultante da
combustão do explosivo.

Zona de esfumaçamento: grânulos


de fuligem resultantes da combustão
da carga.

Zona de tatuagem: composta por 4- Zona de chamuscamento


partículas de carvão e de grânulos de 5- Zona de esfumaçamento
pólvora incombusta, dispersa em
6- Zona de tatuagem
torno do orifício de entrada.

117 118

119 120

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121 122

123 124

1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Tiros Encostados:

Câmara de mina de Hoffmann:

Ocorre nos disparos encostados nos quais existe


osso subjacente à pele.

Orifício de grande tamanho, estrelado, bordas


laceradas e irregulares, com aspecto de cratera
de uma mina, nos disparos encostados.

Sinal de Benassi:

esfumaçamento da tábua externa dos ossos do


crânio, em casos de tiro encostado.

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1. Energia de Ordem Física


Mecânica

Orifício de saída:

Maior que o de entrada (face aos


fragmentos arrastados pelo projétil);

Orifício de forma irregular;

Pode apresentar orla equimótica.

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1. Energia de Ordem Física


Mecânica
Agentes Perfuro-Contundente:

Aplicação da Ferimento
Instrumento Mecanismo Exemplo
Energia (lesão)

Perfuro - Pressão + Perfuro - PAF, chave de


Ponto + massa
Contundente penetração contuso fenda

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1. Energia de Ordem Física Eritema


Não-Mecânica
Temperatura:

Geladuras: lesões provocadas por baixas


temperaturas.

Classificação de Calissen:

1º grau - eritema (rubor)

2º grau - vesicação (bolha)


https://pt.play-azlab.com
3º grau - gangrena (necrose)

133 134

Necrose (gangrena)
Vesicação

https://pt.play-azlab.com
https://images.app.goo.gl/pAZCz9gxzphA7Ycu5

135 136

1. Energia de Ordem Física Eritema

Não-Mecânica
Temperatura:

Queimaduras: ação do calor em contato direto com a pele.

Classificação de Hoffmann e Lussena:

1º grau - eritema (rubor)

2º grau - flictena (bolha) - Sinal de Chambert

3º grau - escarificação (necrose) - coagulação necrótica


da derme e da tela subcutânea

4º grau - carbonização https://images.app.goo.gl/bry52Wf9DmDf612y6

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Eritema Fictena

https://bebemamae.com
https://images.app.goo.gl/Q885WngHV9ZbYSXj9

139 140

Flictena Flictena

https://images.app.goo.gl/KybeTcY7e5asYJ8U7

https://images.app.goo.gl/2wmKuGGVfrzEvYSD9

141 142

Escarificação Carbonização

143 144

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1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica Não-Mecânica
Pressão Atmosférica:
Diminuição: doença dos aviadores Pressão Atmosférica:
ou mal das montanhas.
Aumento: mal dos escafandristas.
Desequilíbrio na oxigenação
sanguínea. Perigo está na descompressão
inadequada.
Perda de autocrítica e controle
Embolias, hemorragias.
motor.
Cuidar com descompressão
7% de O2. sem rigor técnico.

145 146

1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica Não-Mecânica
Lesões por Eletricidade: Lesões por Eletricidade:

Natural ou Cósmica:
Natural ou Cósmica:
Fulguração:
Fulguração
Lesões localizadas;
Fulminação
Não letais;
Artificial ou Industrial:
Sinal de Lichtenberg (desenhos arboriformes
vasomotores).
Eletroplessão
Resultantes da paralisia vascular ou da difusão
Eletrocussão elétrica pela pele.

147 148

https://images.app.goo.gl/W7et5DW1G4673cmu5

https://images.app.goo.gl/m7yZ8gYpuvRhiskV9

149 150

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1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica
Lesões por Eletricidade:

Natural ou Cósmica:

Fulminação:

Lesões sistêmicas;

Letais;

Grandes traumatismos e queimaduras.


https://images.app.goo.gl/vQvehJpwQZyMqdZq5

151 152

1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica
Lesões por Eletricidade:
Artificial ou Industrial:
Eletroplessão:
Exposição do corpo a uma carga de energia
elétrica;
Acidental;
Causada pela passagem de corrente elétrica pelo
corpo, principalmente coração e cérebro;

153 154

1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica

Marca elétrica de Jellinek:


A eletricidade produz no local de entrada
uma lesão que assume a forma do
condutor que produziu a descarga.
Lesão de bordas elevadas e coloração
amarelado esbranquiçada e dura.
https://images.app.goo.gl/2x4uq8GVgNCW3zYm8

155 156

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1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica
Lesões por Eletricidade:

Artificial ou Industrial:

Eletroplessão:

Parada cardio-respiratória: fibrilação produzida pela corrente

Tensão abaixo de 120V.

Morte pulmonar ou por asfixia

Tensão entre 120 e 1.200V.

Morte cerebral: hemorragia das meninges e demais estruturas cerebrais


https://images.app.goo.gl/ajS4a8nspSCWMTox7
Acima de 1.200V.

157 158

1. Energia de Ordem Física 1. Energia de Ordem Física


Não-Mecânica Não-Mecânica
Radiação Ionizante:

Causam ionização;
Lesões por Eletricidade:
Provocam alterações químicas;
Artificial ou Industrial: Mutações.

Eletrocussão: Raio X, césio, energia atômica.

Radiações Não-Ionizantes:
Proposital;
Luz - cegueira;
Para execução de um condenado;
Som - lesões (surdez, ruptura da membrana do tímpano)

Acima de 85 db.

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2. Energia de Ordem Química 2. Energia de Ordem Química


Lesões por Meios Químicos:
Lesões por Meios Químicos:
Efeito Desidratante: ácido sulfúrico (escara roxa a preta), soda
Substâncias cáusticas; em escamas (escara vermelha a branca).

Efeito Oxidante: ácido nítrico (escaras amarelas), ácido


Causam reação química com célula viva; clorídrico (escaras cinzas a roxas).

Agem sobre os tecidos provocando desorganização e Efeito Fluidificante: soda cáustica (formam escaras moles e
necrose; úmidas, de esbranquiçadas a amareladas).

Denominadas queimaduras por cáusticos. Efeito Coagulante: sais de mercúrio, zinco, cobre, chumbo
(lesões esbranquiçadas).

Efeito Irritante: gases bélicos.

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3. Energias de Ordem Biológica

Substâncias como os venenos;

Entram em reação química com a


célula viva;

Causam processos degenerativos.

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3. Energias de Ordem Biológica 3. Energias de Ordem Psíquica

Grupos:

Medicamentos;
Alterações psíquicas e emocionais são responsáveis por
Produtos químicos de usos danos à integridade fisiológica e anatômica;
diversos;
Podem levar a morte.
Plantas tóxicas;

Venenos animais.

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3. Energias de Ordem Mista

Asfixia:

Suspensão da função respiratória por qualquer causa


que se oponha à troca gasosa nos pulmões, entre o
sangue e o ar ambiente.

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3. Energias de Ordem Mista 3. Energias de Ordem Mista


Asfixia: Asfixia:
Sufocação direta: oclusão dos orifícios respiratórios externos Engasgo: corpos estranhos, tamponamento com lenços, toalhas.
(travesseiros, sacos plásticos).
Afogamento: meio aéreo é substituído por líquido.
Constrição do pescoço:
Soterramento: substituição do ar por meio sólido, semi-sólido ou
pulverulento (tamponamento dos orifícios respiratórios).
Enforcamento: laço acionado pelo peso da própria vítima.
Compressão torácica: choque hipovolêmico.
Estrangulamento: força constritiva que atua
perpendicularmente ao eixo do corpo. Laço acionado por Oxiprivas:
força diversa do peso da vítima.
Confinamento: lugar não-ventilado até se esgotar o O2.
Esganadura: força física do agente na região anterior do
Exposição a gases inertes: gases deslocam o oxigênio (monóxido
pescoço (com as mãos, cotovelo ou pés). de carbono)

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