Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HARMONIZAÇÃO FACIAL
MÓDULO 1
DEONTOLOGIA ODONTOLÓGICA | DSD | VISAGISMO
PROTOCOLO FOTOGRÁFICO | ANATOMIA MUSCULAR
NOÇÕES DE TOXINA BOTULÍNICA
www.itco.odo.br
SUMÁRIO
MÓDULO 1
3 INTRODUÇÃO
4 DEONTOLOGIA ODONTOLÓGICA
9 VISAGISMO
17 PROTOCOLO FOTOGRÁFICO
35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3
4
INTRODUÇÃO
Ao longo deste primeiro módulo vocÊ terá a oportunidade de aprender mais
sobre a aplicação do direito na atuação odontológica, conhecer os conceitos
de visagismo e Digital Smile Design - DSD.
Ao final do primeiro dia você terá condição de ir, pela primeira vez, à clínica
planejar e atender paciente com necessidade de aplicação de toxina botulínica.
3
DEONTOLOGIA ODONTOLÓGICA
Frequentemente os pacientes que chegam aos consultórios odontológicos
sinalizam estarem muito bem informados a respeito de seus direitos e de quais
leis respaldam esses direitos. A partir do Código de Defesa do Consumidor o
paciente passou a exigir mais sobre a conduta profissional e a ingressar na
justiça em busca de seus direitos.
Estabelecido pela Lei 8.078, de 11
Além do Código de Defesa do de setembro de 1990, e que
Consumidor o paciente, como qualquer passou a vigorar a partir de 11 de
cidadão brasileiro, está respaldado pela março de 1991
Constituição, pelo Código Civil e, em
determinadas situações, pelo Código Penal. Além disso, a própria legislação que
ampara a profissão odontológica (Lei 4.324, de 14 de abril de 1964 e 5.081, de 24
de agosto de 1966) e o Código de Ética Odontológica, aprovado pela
Resolução CFO-42, de 20 de maio de 2003, atribuem direitos e deveres aos
profissionais, com a intenção de normalizar e normatizar a conduta profissional.
Odontologia Legal
Definida como sendo uma ciência de aplicação, visto que ela utiliza o
conhecimento odontológico cientificamente reconhecido e o coloca à
disposição do Direito Constituído, do Direito Constituendo e à Fiscalização do
exercício profissional
-
A aplicação do Direito não pode prescindir dos conhecimentos de outras
áreas, como a Odontologia, visto que advogados, promotores, juízes, etc.
podem vir a participar de questões que envolvam a Odontologia, e o seu
conhecimento sobre a área é superficial. Se entendermos que os Institutos
Legais existem para servir ao ser humano e que frequentemente existem
questões relativas à saúde do ser humano, fica claro a necessidade da
aplicação dos conhecimentos da saúde na área do Direito.
4
Direito Constituído
Direito Constituendo
Exercício Profissional
5
Exercício Legal
Lei 5.081
24 de agosto de 1966.
Regula o Exercício da Odontologia
6
RESOLUÇÃO Nº 176, DE 6 DE SETEMBRO DE 2016
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA, no uso de suas atribuições regimentais,
considerando que a Lei nº 5.081, de 24/08/1966, reza em seu artigo 6º, que compete ao
cirurgião-dentista: I - praticar todos os atos pertinentes à Odontologia, decorrentes de conhecimentos
adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação; II - prescrever e aplicar especialidades
farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia;
considerando que o Código de Ética Odontológica em seu artigo 2º, dispõe que a Odontologia é uma
profissão que se exerce em benefício da saúde do ser humano e da coletividade sem discriminação de
qualquer forma ou pretexto;
considerando que o Código de Ética Odontológica em seu artigo 5º, estabelece dentre os direitos
fundamentais do cirurgiãodentista: I - diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de
convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade
profissional;
considerando que o Código de Ética Odontológica em seu artigo 9º, estatui como dever fundamental do
cirurgião-dentista: VI - manter atualizados os conhecimentos profissionais técnicos, científicos e
culturais necessários ao pleno desempenho do exercício profissional;
considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como "um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades";
considerando que o cirurgião-dentista atua também na face (artigos 41, 42, 53, 54, 59, 60, 62, 73, 74,
77, 78, 81 e 82 da Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, aprovada
pela Resolução CFO-63/2005) e em estética (artigos 43, 48, 52, 74, 81 e 83 da Consolidação das Normas
para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, aprovada pela Resolução CFO 63/2005);
considerando que a pele (epiderme e derme) é parte constituinte da face, que o cirurgião-dentista
sempre atuou nesta área anatômica, como em procedimentos de drenagens de abscessos, incisões, remoções
de lesões e suturas extra-orais, citando exemplos mais comuns;
considerando que tanto as aplicações de toxina botulínica como as de preenchedores faciais não são
considerados procedimentos cirúrgicos;
considerando que, por razões imunológicas, a toxina botulínica deve ser aplicada em toda face em uma
única sessão e que, separar a face em aplicações permitidas e proibidas trará enormes dificuldades
técnicas, além de transtornos ao paciente;
considerando que o cirurgião-dentista atua na harmonização da face (artigo 73, da Consolidação das
Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia, aprovada pela Resolução CFO63/2005);
considerando o parecer exarado pela Comissão Especial, designada para elaborar estudo sobre a
modificação da atual resolução sobre toxina botulínica e preenchedores faciais na Odontologia, nomeada
pela Portaria CFO-SEC-49/2016; resolve:
Art. 2º - Revogar as Resoluções CFO-112, de 02/09/2011, publicada no D.O.U., Seção 1, página 233, em
05/09/2011, alterada pela Resolução CFO-145, de 27/03/2014, publicada no D.O.U., Seção 1, página 174,
em 14/04/2014 e CFO-146, de 16/04/2014, publicada no DOU, Seção 1, página 116, em 06/05/2014.
Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação na Imprensa Oficial.
JULIANO DO VALE
7
Prontuário odontológico
Sua finalidade primária é clínica, podendo ter aplicação pericial, como no caso
das identificações humanas post-mortem, bem como, ensejar efeitos jurídicos.
Para que possa, todavia, produzir os resultados legais desejados é fundamental
que seja elaborado cumprindo requisitos administrativos, éticos e legais, pois
uma falha nesse processo pode comprometer sua validade de toda a
documentação.
8
VISAGISMO
O visagismo foi criado em 1936 por Fernand Aubry, o termo visagismo é
derivado da palavra visage, de origem francesa, que significa rosto. O conceito
defende que a imagem pessoal de um indivíduo pode ser harmonizada com
a individualização, ou seja, não utiliza padrões, estilos ou modismos e sim
expressa a beleza de uma pessoa de maneira individualizada (KAO, C. M. S;
RODRIGUES, D. D.; ARAÚJO, C.S.A.; SALOMÃO, 2014).
Jung teorizou que essa linguagem fazia parte do subconsciente. Embora ainda
não se saiba como o cérebro reconhece um arquétipo, pesquisas recentes
exploraram como esses símbolos são processados mentalmente e como eles
afetam o espectador (COACHMAN et al., 2011).
9
O neurocientista Joseph LeDoux descobriu que o sistema límbico não é
responsável pela criação de emoções, como por muito tempo assumido.
Análise facial
Agora, todos os profissionais que lidam com a estética facial podem aplicar
esses elementos ao seu trabalho. (MILUTINOVIC; ZELIC; NEDELJKOVIC, 2014)
10
Forte: Este tipo de indivíduo tem um rosto retangular formado por ângulos
bem-definidos, linhas verticais e horizontais em torno da testa e da boca, e
olhos profundos. Os indivíduos fortes possuem uma personalidade
caracterizada por fortes qualidades de liderança, determinação, ousadia e
destemor.
Dinâmico: este tipo de indivíduo tem uma face angular formada por linhas
oblíquas em torno dos olhos e da testa, um nariz proeminente e uma boca
larga. O indivíduo otimista / dinâmico é muito ativo, comunicativo e
extrovertido.
Sensível: este tipo de pessoa tem olhos fechados e um rosto oval com
características arredondadas ou formadas por linhas finas. A personalidade
melancólica / sensível é caracterizada pela gentileza e capacidade de
consciência e pensamento abstrato.
Pacífico: Este tipo de pessoa é gentil, discreto e diplomático; Ele ou ela tem
um rosto redondo ou quadrado, projeta lábios inferiores e pálpebras pesadas.
11
Proporções faciais ideais
Trichion (Tr): O início da testa quando alguém levanta a sobrancelha | Canthus lateral (LC): Canthus lateral do olho
Glabella (Gl): O ponto mais proeminente da testa no limite superior das sobrancelhas | Mento (Me): O ponto mais
inferior no queixo do tecido mole
12
DIGITAL SMILE DESIGN
O conceito de Digital Smile Design (DSD), através da tecnologia digital, é uma
ferramenta para planejamento de tratamento odontológico que é usado na
odontologia estética interdisciplinar com o objetivo de auxiliar o diagnóstico,
melhorar a comunicação e melhorar a previsibilidade no decorrer do
tratamento (COACHMAN, 2012).
13
14
15
16
Protocolo Fotográfico
A boa relação entre o cirurgião-dentista e o paciente pode prevenir
acionamento judicial por algum problema ocorrido durante um tratamento. A
ciência odontológica é complexa visto que a relação profissional/ paciente
envolve questões éticas, jurídicas e administrativas, ultrapassando aspectos
técnicos dos procedimentos clínicos. (AMORIM et al., 2016)
17
De acordo com o artigo 33 do Código de Ética Odontológica (CEO), os
documentos, bem como qualquer impresso odontológico devem apresentar o
nome completo do profissional e o número de inscrição no Conselho Regional
de Odontologia (CRO). (AMORIM et al., 2016)
Termo de Consentimento
Prepraração do Paciente
Cabelo
18
Maquiagem
É ideal que qualquer paciente que seja fotografado esteja livre de maquiagem.
Uma maquiagem mínima pode ser aceitável desde que não interfira na
aparência do paciente. Além disso, quaisquer peças de vestuário ou acessórios,
como lenços que interfiram com a pose requerida ou a visibilidade da área a
ser fotografada, devem ser removidos ou reposicionados. Joias devem ser
removidas antes de fotografar para manter a uniformidade. (NAIR;
SANTHANAM, 2016)
Posição do Paciente
É necessário um fundo
uniforme. A câmera é colocada
no topo de um tripé em uma
posição fixa.
Observe a angulação de 45 °
entre as duas softboxes e a
câmera (eixo central).
(NAIR; SANTHANAM, 2016)
19
Vista frontal
20
ANATOMIA MUSCULAR DA FACE
Os músculos da face não possuem fáscia muscular. Se inserem na cútis e
também na mucosa (por isso são chamados de cuticulares). A contração
muscular movimenta a área da pele que estão fixados, produzindo depressões
em forma de linhas (fossas também) perpendiculares à direção das fibras
musculares, que com o tempo se transformam em pregas (rugas) (MADEIRA,
2013).
21
Músculo Origem Inserção Função
Quase todo cutâneo; Comprime os lábios
Pele e mucosa dos lábios;
Orbicular da boca fóveas incisivas da maxila contra os dentes; fecha
septo nasal
e mandíbula a boca; protraí os lábios
Pele da bochecha e
Risório Ângulo da boca Retrai o ângulo da boca
fáscia massetérica
Base da mandíbula
Abaixador do
(região molar ao Ângulo da boca Abaixa o ângulo da boca
ângulo da boca
tubérculo mentoniano)
Enruga a pele do
Platisma Base da mandíbula Pele do pescoço
pescoço
Comprime a narina
Nasal Eminência narina Dorso do nariz (parte transversa); dilata a
narina (parte alar)
(MADEIRA, 2013)
22
Músculo orbicular da boca: é o esfíncter da boca e está contido nos lábios,
formando a maior parte da sua substancia. Estende-se desde o nariz até o
sulco labiomentoniano. Apesar de não possuir inserção óssea, há quem
descreva pequenos feixes esqueléticos superior e inferior que se fixam nas
fóveas incisivas da maxila e da mandíbula e até os individualizam como
músculos incisivos (MADEIRA, 2013).
23
Músculo levantado do ângulo da boca: é bem desenvolvido, porém mais curto
que os três músculos precedentes. Sua fixação óssea é na fossa canina,
portanto abaixo do forame infra-orbital. Posiciona-se verticalmente e termina
no ângulo da boca, entrelaçando suas fibras com as de outros músculos que
nele também se inserem. É totalmente coberto pelo levantador do lábio
superior. Entre o levantador do ângulo da boca e os três músculos elevadores
do lábio superior há uma certa quantidade de tecido conjuntivo frouxo, no
qual correm vasos e nervo infra-orbitais (MADEIRA, 2013).
Músculo risório: é muito tênue, com feixes separados uns dos outros,
frequentemente ausente. Pode estar ligado às fibras posteriores do músculo
platisma ou surgir independentemente da fáscia massetérica ou da fáscia
parotídea. Nestas áreas suas fibras podem se agarrar também à pele e
durante a contração produzir uma fossa (covinha) na bochecha. Como o
risório termina no ângulo da boca, o qual retrai lateralmente, não tem
nenhuma fixação óssea (MADEIRA, 2013).
24
Músculo depressor do ângulo da boca: bastante superficial, cobre parte do
depressor do lábio inferior e do bucinador. Tem sua origem na base da
mandíbula entre as origens dos músculos platisma e depressor do lábio
inferior, numa linha que vai da região molar ao tubérculo mentoniano. Como
sua origem é larga e a inserção é reduzida no ângulo da boca, toma o
aspecto de um triangulo de base inferior (MADEIRA, 2013).
É uma lâmina muscular longa, larga e fina que cobre a maior parte das
regiões lateral e anterior do pescoço, chegando a cruzar a clavícula e
terminar na região infraclavicular (MADEIRA, 2013).
25
Músculo orbicular do olho: colocado em torno do olho, excede grandemente
os limites da órbita. Recobre músculo próximos nas regiões frontal, temporal
e geniana. É quase todo cutâneo, prendendo-se somete nos ligamentos
palpebrais medial e lateral e em dois pontos ósseos na maxila e no lacrimal.
Suas partes principais são a palpebral e a orbital (MADEIRA, 2013).
Por sua contração fecha as pálpebras e as comprime para dentro. É o
responsável pelo aparecimento das rugas conhecidas como “pé de galinha”
(MADEIRA, 2013).
26
TESTE DE FIXAÇÃO
Complete à frente de cada número o nome do músculo de acordo com a imagem abaixo:
10
11
12
13
14
15
16
17
27
ROTEIRO DE PINTURA FACIAL
1 - Osso zigomático até o processo zigomático da maxila
9 - Zigomático menor.
11 - Zigomático maior
12 - Depressor do septo
13 - Risório
14 - Nasal
15 - Prócero
16 - Corrugador do supercílio
17 - Fronto-occiptal
18 - Mentual
21 - Platisma
28
Noções de Toxina Botulínica
A toxina otulínica, também chamada de "veneno milagroso", é uma das
substâncias biológicas mais venenosas conhecidas. É uma neurotoxina produzida
pela bactéria Clostridium botulinum, uma cepa anaeróbica, gram-positiva,
formadora de esporos comumente encontrada em plantas, no solo, na água
e nos tratos intestinais de animais. A primeira aplicação em humanos foi
verificada a eficácia, da toxina botulínica tipo A, para o manejo do estrabismo
em seres humanos (BRIN 2013).
29
Mecanismo de Ação
O pico do efeito paralisante ocorre quatro a sete dias após a injeção. As doses
de todas as toxinas botulínicas comercialmente disponíveis são expressas em
termos de unidades de atividade biológica. Uma unidade de toxina botulínica
corresponde à dose líquida mediana intraperitoneal calculada (LD50) em
camundongos Swiss-Webster feminino (CHAO, 2007).
30
A toxina também inibe a liberação de acetilcolina em todos os neurônios
simpáticos, parasimpáticos e colinérgicos pós-ganglionares. Isso gerou interesse
em seu uso como tratamento para músculos lisos hiperativos (por exemplo,
na acalasia) ou atividade anormal das glândulas (por exemplo, hiperidrose)
(MUNCHAU, 2007).
Toxina Botulínica
Neurotransmissor
não liberado
Célula Muscular
Fibra Muscular Paralisada
31
32
Pontos de Aplicação
33
Guia de orientações para pontos de injeções de doses
34
COACHMAN, C. What is the Digital Smile Design Concept ( DSD ). p. 1–35, 2012.
35
MILUTINOVIC, J.; ZELIC, K.; NEDELJKOVIC, N. Evaluation of facial beauty using
anthropometric proportions. The Scientific World Journal, v. 2014, 2014.
36
PÓS-GRADUAÇÃO EM
HARMONIZAÇÃO FACIAL
www.itco.odo.br