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Marcio Rodrigues de Almeida
Renato Rodrigues de Almeida
Introdução
Não é difícil, nem mesmo para um leigo, reconhecer a MAA, principalmente devido ao caráter
estético envolvido (Figuras 1A e B). Além de ser a maloclusão de maior prevalência entre as
discrepâncias verticais,8 ela pode comprometer não só a estética,9 como também a função
mastigatória e fonatória e a auto-estima.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, espera-se que o leitor possa:
descrever a MAA e comentar as principais características morfológicas dessa maloclu-
são;
identificar os prováveis fatores etiológicos envolvidos;
rio.
Prevalência
A prevalência da MAA alcança, aproximadamente, 16% da população melanoderma e 4%
da população leucoderma americana, segundo dados apresentados por Ngan e Fields.10
Estima-se que 17% das crianças na fase de dentadura mista apresentem MAA.11 Um estudo
a respeito da prevalência das maloclusões em jovens brasileiros, realizado por Silva Filho e
colaboradores,12 mostrou que em 2.416 escolares da região Bauru-SP, que se encontravam
no estágio de dentadura mista, entre 7 e 11 anos de idade, esse percentual alcançou 18,5%
do total das maloclusões encontradas nessa fase.
Etiologia
Como em todas as maloclusões, a busca de um fator etiológico específico para a MAA é
importante, uma vez que, independentemente de sua gravidade, apresenta origem multifa-
torial. Esse caráter plural deve-se a uma combinação de muitas variáveis, como a herança, o
potencial genético e o potencial de crescimento inerente a cada indivíduo. Segundo Watson,16
com respeito às influências hereditárias, os genes que controlam os padrões individuais de
crescimento são determinados na concepção, mas o resultado do potencial de crescimento
pode manifestar-se somente ao final da adolescência, o que complica sobremaneira a previsão
de um crescimento individual.
A B
O tecido ósseo é a segunda substância mais dura do organismo, mas é muito ma-
leável quando submetido a forças mais suaves.
Tubérculo faríngeo
Força Força
da língua dos lábios
Bucinador
Língua
palato profundo;
Sucção digital
A sucção é um dos mecanismos de troca com o mundo exterior mais importante no
recém-nascido. É durante a sucção desenvolvida na amamentação que a criança obtém não
só o alimento que necessita para satisfazer sua demanda fisiológica, como também as sensa-
ções de segurança, de aconchego e de aceitação, necessárias para o seu bem-estar e para o
seu desenvolvimento emocional adequado. Os lábios, um aguçado órgão sensitivo nessa
fase, transmitem as percepções exteriores diretamente para o cérebro.21
A interrupção brusca do hábito, antes dessa idade, deve ser cuidadosamente avaliada sob
a ótica de custo-benefício. Além disso, segundo Rodrigues de Almeida e Ursi,1 existe uma
tendência natural de que a própria criança venha a abandonar o hábito com o desenvolvi-
mento de sua maturidade emocional e com o início da socialização que, normalmente, ocorre
a partir dos 5 anos de idade.
A persistência do hábito durante a fase inicial da dentadura mista deve ser consi-
derada como deletéria, uma vez que os incisivos estão irrompendo, e o hábito pode
prejudicar o desenvolvimento normal da oclusão e do crescimento facial.10,23,24
Os dentes ântero-superiores e o processo alveolar sofrem uma pressão nos sentidos vestibular
e apical, o que favorece o aparecimento de diastemas entre os incisivos, enquanto os incisivos
inferiores são inclinados para lingual e apical, com conseqüente aumento do trespasse hori-
zontal.22 Com a interposição do dedo, ocorre, ainda, o bloqueio da irrupção dos incisivos
e criam-se condições para o desenvolvimento de uma MAA.
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Sucção de chupeta
A sucção de chupeta produz as mesmas alterações morfológicas que a sucção digital, porém, a
MAA desenvolvida nessas condições mostra um aspecto mais circular1,3,10 (Figuras 6A e B).
Figura 6 – A e B) A sucção da chupeta produz uma MAA com aspecto mais circular.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Para obter um selamento anterior adequado para a deglutição, o paciente sente a necessidade
de interpor a língua entre os incisivos, o que acaba por agravar e perpetuar o trespasse
vertical negativo e acentuar o trespasse horizontal que porventura exista.1,3,21,25,27 Ainda, quando
da dicção de certos fonemas, a interposição lingual também está presente, acentuando os
aspectos negativos mencionados.
A interposição lingual pode ocorrer também nos casos de hipertrofia das amígdalas
palatinas, na região da bucofaringe. Esse aumento, que pode acontecer isoladamente ou
conjuntamente com a obstrução das vias aéreas superiores, gera uma alteração postural da
língua e da mandíbula para uma posição mais anterior e inferior.
O contato da porção posterior da língua com as amígdalas aumentadas provoca uma sensa-
ção dolorosa, e a língua acaba por ser projetada, em um movimento reflexo, para frente e
para baixo, interpondo-se entre os incisivos e favorecendo o desenvolvimento de uma MAA
(Figuras 8A, B, C, D e E).
A interposição da língua, devido à hipertrofia das amígdalas palatinas, também pode ocorrer
na região dos pré-molares e dos molares, o que causa uma mordida aberta posterior3 de
prognóstico de correção pouco favorável e com menor estabilidade de resultados (Figuras 9A
e B). Essa condição ocorre frente a perdas precoces de muitos dentes decíduos da região
posterior, durante a fase de desenvolvimento oclusal. Desse modo, a língua perde seu anteparo
lateral e acaba interpondo-se, durante a deglutição, entre os espaços dos dentes posteriores,
o que bloqueia a irrupção dos sucessores permanentes e dá origem à maloclusão clássica,
denominada de Mordida Aberta Posterior.
A B
Figura 9 – A e B) Mordida aberta posterior causada por interposição lingual durante a deglutição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Respiração bucal
O hábito de respirar pela cavidade bucal acompanha cerca de 83% dos casos de MAA.28
A respiração, uma das funções reflexo-vegetativas executadas pelo sistema estomatognático,
constitui um estímulo ininterrupto e de importância considerável no crescimento do terço
médio da face dos jovens.
A respiração nasal exerce uma destacada influência na postura dos tecidos moles, permite
um selamento adequado dos lábios e um posicionamento correto da língua na cavidade bucal.
Essa homeostasia neuromuscular permite também o desempenho satisfatório de certas fun-
ções do sistema estomatognático, como a mastigação, a deglutição e a fala.28 O respirador
bucal apresenta-se em graus variados, mediante a incapacidade variável do fluxo aéreo nasal.
Como aplicação prática, deve-se avaliar se o desvio da respiração nasal induz ou atua como
fator de alterações funcionais e morfológicas.28
A avaliação clínica elucida algumas suspeitas que devem ser averiguadas com
procedimentos mais detalhados. Na realização do exame clínico, deve-se procurar
observar determinadas aparências distintas dos respiradores bucais.
dos lábios, a umidificação é falha e, com a passagem do fluxo aéreo, esses tornam-se
ressecados;
tonicidade labial alterada – os lábios entreabertos, sem que exerçam uma função
Características intrabucais
São características intrabucais do respirador bucal:
vestibuloversão dos incisivos superiores – pela falta do selamento labial, o lábio
superior não exerce sua função no equilíbrio labiolingual para o posicionamento den-
tário. A conformação atrésica da maxila em forma de “V” também induz à protrusão
dos incisivos superiores;
verticalização dos incisivos inferiores – como na respiração bucal, a mandíbula
permanece abaixada, uma maior porção do lábio inferior suplanta a borda incisal dos
incisivos inferiores, o que permite que as porções musculares mais inferiores e de maior
tonicidade exerçam pressão nas faces vestibulares dos incisivos inferiores, inclinando-os
para lingual;
palato ogival – ocasionado pelo estreitamento transversal da maxila, decorrente dos
A hipertrofia das tonsilas (faringeana e palatina), por ser a mais freqüente dentre os obs-
táculos respiratórios e por imprimir efeitos posturais duradouros, merece maior consideração.
As tonsilas, quando bastante hipertrofiadas, obstruem os espaços aéreos, superior e inferior,
e exigem uma adaptação dos tecidos moles e das estruturas esqueléticas adjacentes que con-
A hipertrofia das tonsilas palatinas induz uma protrusão da língua, propicia uma pressão
na face lingual dos incisivos inferiores e, até mesmo, dificulta o fechamento da boca; tam-
bém funciona como um obstáculo mecânico à passagem do bolo alimentar. Sua presença é
detectada pelo exame clínico da bucofaringe.
Com exceção dos casos em que a medicação é capaz de controlar o quadro clínico, a hipertro-
fia das tonsilas (faringeanas e/ou palatinas) terá indicação cirúrgica quando representar um
obstáculo mecânico ou quando forem acometidas por processos infecciosos e repetitivos.
Interposição labial
Da mesma forma que para a interposição lingual, o posicionamento do lábio inferior entre
os incisivos pode decorrer de uma alteração morfológica já estabelecida, executada com o
objetivo de permitir o selamento labial durante a deglutição (Figuras 12A, B e C). A constância
desse hábito também acaba por prolongar a presença da maloclusão.
Embora a interposição labial seja, em geral, uma adaptação funcional às alterações já existentes,
realizada durante a deglutição, deve-se salientar que, em alguns casos, o desenvolvimento
de um trespasse horizontal acentuado pode favorecer a instalação de um verdadeiro
hábito de sugar o lábio inferior, o que traz tanta satisfação sensorial ao paciente quanto a
sucção do dedo.3,21
Padrão de Crescimento
O desenvolvimento de uma MAA, assim como o tipo e a gravidade da maloclusão, encontra-
se na dependência, também, da tipificação do padrão de crescimento esquelético do
paciente.
Nos indivíduos mesofaciais, que possuem crescimento equilibrado, a MAA pode desenvolver-
se, mas com boas chances de autocorreção se não houver a presença de hábitos secundários,
como a interposição lingual.
Já os indivíduos dolicofaciais (Figuras 13A, B e C) padrão “face longa”, ou seja, que apre-
sentam um crescimento facial excessivamente vertical, são os pacientes predispostos a esse
tipo de maloclusão, cuja gravidade pode ser ainda aumentada pela ocorrência concomitante
de hábitos de sucção, de deglutição atípica e de respiração bucal. 1,3,10
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11. O que deve ser feito quando o clínico detectar respiração bucal em um paciente?
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Classificação
A MAA pode ser classificada, tanto com base na sua etiologia quanto na severidade de sua
expressão.1 Richardson,9 por exemplo, propôs uma classificação que considera a etiologia,
dividindo as MAAs em:
transitórias, que ocorrem quando os incisivos permanentes estão irrompendo e pelo
causadas por patologias gerais com alterações esqueléticas (fissura palatina e disostoses
craniofaciais);
causadas pelo padrão de crescimento vertical não-patológico;
A B C
Figura 14 – A, B e C) MAA de origem dentária em um paciente de 6 anos e 10 meses, causada por interposi-
ção lingual. O paciente apresenta um padrão mesofacial com equilíbrio entre os planos mandibular e palatino
observado na telerradiografia em norma lateral.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
Geralmente, a maxila e a mandíbula giram para baixo e para trás (sentido horário), o que
resulta no aumento do ângulo do plano mandibular e na AFAI. O crescimento condilar se
expressa para cima e para posterior, e a direção de irrupção dos dentes inferiores, nesse caso,
ocorre quase que vertical. Pacientes que apresentam essa maloclusão são classificados como
pacientes com a “síndrome da face longa” e exibem, ainda, constrição maxilar e mordida
cruzada posterior, mandíbula e maxila retruídas e uma MAA combinada com o hábito de
interposição de língua.7 Em 2002, Buschang e colaboradores,36 descreveram e dividiram a
MAA em duas entidades: dentária e esquelética ou hiperdivergente (Figura 16).
O conhecimento das características mais comuns desse tipo de anomalia vertical pode ser
primordial para o neófito na ortodontia. Informações cefalométricas, angariadas por pesquisas
que estudaram indivíduos com MAA não-tratados passam a ser prioritárias. Buschang e colabo-
radores,36 em 2002, propuseram uma nova terminologia da MAA esquelética, denominando-a
de Mordida Aberta Hiperdivergente.
13. A MAA pode ser classificada, tanto com base na sua etiologia quanto na severidade
de sua expressão. Richardson, por exemplo, propôs uma classificação que considera a
etiologia. Como se dividem, então, as MAAs?
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14. Worms e colaboradores classificaram a mordida aberta quanto à sua extensão. Como se
compõe essa divisão?
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15. Segundo Rodrigues de Almeida e Ursi, a mordida aberta esquelética apresenta as seguintes
características, EXCETO:
A) rotação mandibular horária.
B) ângulo goníaco aberto.
C) divergência entre os planos palatino e mandibular.
D) diminuição na AFAI.
Resposta no final do capítulo
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17. Quais são as características mandibulares mais freqüentes em pacientes com MAA?
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C D
inferior.
Geralmente, pacientes que apresentam esse tipo de maloclusão são classificados como pa-
cientes com a “síndrome da face longa” ou hiperdivergentes; exibem, ainda, constrição
maxilar e mordida cruzada posterior, mandíbula e maxila retruídas e uma MAA combinada
com o hábito de interposição de língua. Mordidas abertas esqueléticas extremas, freqüente-
mente estão associadas com malformações craniofaciais, como as síndromes de Down e
de Crouzon,7 em que há um grande desequilíbrio na estrutura esquelética nas três dimensões
da face. Normalmente, esse tipo de problema é corrigido por meio da cirurgia ortognática
ou da distração osteogênica.
Se um paciente com traços de hiperdivergência fenotípica não for tratado até o estágio de
desenvolvimento dos dentes permanentes, a oportunidade de modificação do crescimento
pode ser perdida; nesse caso, a correção cirúrgica pode ser a única possibilidade para o tra-
tamento. Além disso, o tratamento precoce melhora a aparência da criança, o que aumentará
a sua auto-estima.
Klocke,38 em 2003, questionado sobre a época ideal de se intervir nos pacientes com MAA,
respondeu que a grande maioria dos estudos indica o tratamento na dentadura mista como
sendo a melhor época. Por outro lado, o ortodontista nem sempre consegue intervir na fase
de dentadura mista, pois o paciente muitas vezes busca o tratamento tardiamente. Recen-
temente, Baccetti e colaboradores39 concluíram que a melhor época para o tratamento da
MAA em pacientes hiperdivergentes é quando este é iniciado durante o surto de crescimento
pubertário.
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20. Comente a afirmação: “Um dos pontos-chave da abordagem da MAA diz respeito à
época ideal de intervenção.”
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A B C
D E F
G H I
Figura 18 – A, B, C, D e E) Paciente com MAA de origem dentária associada a mordida cruzada posterior.
F) Aparelho expansor de níquel-titânio. G, H e I) Finalização do tratamento da MAA e da mordida cruzada
posterior após seis meses de uso do expansor.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Fonte: Peck S, Peck L, Kataja M. Mandibular lateral incisor-canine transposition, concomitant dental anomalies, and
genetic control. Angle Orthod 1998;68(5):455-6618.
Em pacientes jovens, para permitir que a região dentoalveolar anterior se desenvolva normal-
mente, a grade palatina pode constituir-se em um excelente método
PRO-ODONTO de tratamento,
| ORTODONTIA | SESCAD 71
17,23,40-43
uma vez que funciona como um obstáculo mecânico que impede a sucção do dedo ou chupeta
e que evita a interposição lingual.1-5
Caso clínico 1
D E F
A B C
D E F
G H I
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Caso clínico 3
D E F
Nos casos de dores miofasciais, indica-se terapia específica, que pode envolver fisio-
terapia, infiltrações e farmacoterapia.
Caso clínico 4
As Figuras 23A, B, C, D, E, F e G apresentam uma paciente com oito anos de idade, fase
de dentadura mista, período intertransitório, que apresenta MAA devido a sucção de
chupeta com interposição lingual secundária. Para a correção dessa MAA dentoalveolar,
o protocolo de tratamento consistiu na colocação de um aparelho removível do tipo
placa de Hawley com grade palatina (ver Figura 23C). Após cinco meses de tratamento,
observa-se o fechamento da mordida (ver Figura 23D).
A B C
D E F G
Figura 23 – A, B) Paciente com oito anos de idade na fase de dentadura mista, período intertransi-
tório, que apresenta MAA dentoalveolar por sucção de chupeta com interposição lingual secundária.
C) A placa de Hawley com grade palatina foi utilizada durante cinco meses. D, F e G) O fechamento da
mordida aberta ocorreu após cinco meses, o que se pode observar por meio das telerradiografias pré e
pós-tratamento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Caso clínico 5
Tabela 1
PREVALÊNCIA DE AGENESIAS DENTÁRIAS E INCISIVO LATERAL SUPERIOR CONÓIDE
DEM PACIENTES COM TRANSPOSIÇÃO
E F
ENTRE INCISIVO LATERAL E CANINO
PERMANENTES INFERIORES (N=60), COMPARADO COM A PREVALÊNCIA
DA POPULAÇÃO EM GERAL
Prevalência em pacientes
com transposição entre Prevalência
Anomalias dentárias
incisivo lateral e canino normal
inferiores
G Agenesia dentária H I
40% 25%
(incluindo terceiros molares)
Agenesia de terceiros molares 37% 21%
Agenesia dentária
12% 5%
(excluindo terceiros molares)
Nas Figuras 27A, B e C pode-se observar a adaptação do arco de extrusão na região da linha
média do aparelho 4x2 sobre o arco de nitinol .016”.
A B C
Figura 27 – Aplicação do arco de extrusão confeccionado com uma liga de TMA .017” x .025” para fechamento
da MAA, adaptado sobre um arco principal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
Da mesma forma que a ATM, a palpação dos músculos também é graduada, de acordo com
a resposta do paciente de 0 a 3.60 Nessa etapa do exame, procura-se detectar a presença de
pontos-gatilho nas estruturas miofasciais.
Em um caso com interposição de língua secundária, também pode-se adaptar
umaSe,grade palatina
durante em combinação
a palpação com o arcomúsculo,
de um determinado de extrusão, comoe ilustrado
bilateral nas o paciente
simultâneo,
Figuras 29A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K e L.
apresentar uma reação de dor severa, com reação de reflexo palpebral, deve-se manter
a palpação por 8 a 10 segundos e questionar ao paciente se além do local que está sendo
palpado, o mesmo sente dor em outro local. Desse modo, tenta-se reproduzir zonas de dor
referida que, uma vez confirmadas, sugerem um diagnóstico de dores miofasciais.
Nos casos de dores miofasciais, indica-se terapia específica, que pode envolver fisio-
terapia, infiltrações e farmacoterapia.
G H I
J K L
A B C
D E F
G H I
J K L
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Pacientes com padrão “face longa” e MAA esquelética exibem displasias craniofaciais
caracterizadas pela rotação no sentido anti-horário do processo palatino, associada a um
aumento da altura facial ântero-inferior, a um ângulo goníaco obtuso, a um ramo mandibular
encurtado e à hiperplasia dentoalveolar, tanto da maxila quanto da mandíbula.
A B C
D E F
G H I
J K L
D E
O caso clínico seguinte pertence a uma paciente com nove anos e nove meses de ida-
de, com maloclusão classe I e mordida aberta esquelética. Nesse caso, não se utilizou
o expansor colado, mas sim, o bi-hélice associado à mentoneira. Após o fechamento
da mordida e a irrupção de todos os dentes permanentes, instalou-se o aparelho fixo
(Figuras 33A, B, C, D, E, F, G, H e I).
A B C
D E F
G H I
Figura 33 – A, B, C, D e E) Paciente com nove anos e nove meses de idade com maloclusão classe I e
mordida aberta esquelética. F e G) Uso de um bi-hélice associado à mentoneira. H e I) Aparelho fixo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B
C D E
A B C
D E
Outros dispositivos vêm sendo utilizados para o controle da dimensão vertical de pa-
cientes hiperdivergentes com MAA, como o uso de magnetos,50 de bite-blocks51 (caso
clínico das Figuras 36A, B, D, E, F, G e H e 37A, B, C, D, E e F, da barra palatina com
botão de acrílico,52,53 de aparelho extrabucal associado ao Haas colado e de exercícios
musculares.18
A B C D
E F G
E F
Figura 37 – A) Um ano após o início do tratamento com bite-block, pode-se observar uma melhora
significativa da MAA. B, C, D, E e F) Ilustração do término do tratamento com aparelho fixo que tota-
lizou dois anos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C D
E F G
Figura 38 – A, B, C, D, E, F e G) Paciente padrão “face longa” fazendo uso de grade palatina para a
correção da MAA na dentadura mista.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C D
A B C D
E F G
A procura pelo tratamento ortodôntico por pacientes adultos vem crescendo rapidamente.
Uma parte desses indivíduos apresenta a MAA com origem primariamente esquelética.
O clínico deve estar preparado e municiado para oferecer uma forma de tratamento
condizente com as expectativas do paciente.
A B C
D E
Figura 40 – A, B, C, D e E) Paciente adulto com MAA de origem esquelética com retrognatismo man-
dibular, rotação mandibular horária e altura facial anterior aumentada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Os pacientes adultos que apresentam padrão “face longa” e perfil desfavorável com
queixa principal de melhora na estética facial requerem, freqüentemente, a combinação
do tratamento ortocirúrgico, como ilustrado no caso clínico das Figuras 41A, B, C, D e
E, Figuras 42A, B, C, D, E, F e G e Figuras 43A, B, C, D e E.
D E F
D E
Grande parte dos pacientes adultos com MAA nem sempre aceita a proposta de
realizar uma cirurgia ortognática, quer por medo, quer pela insegurança do proce-
dimento anestésico, ou, ainda, pelo fator financeiro envolvido. Um protocolo de
tratamento ortodôntico que vislumbre mascarar ou compensar a MAA esquelética
pode ser empregado com sucesso, mas deve-se observar com cautela os resultados
obtidos em relação à estabilidade em longo prazo.
Com o intento de confirmar que o tratamento da MAA com extração de pré-molares permite
obter menor grau de recidiva em relação ao protocolo sem-extração, Janson e colaborado-
res60 compararam dois grupos de MAA tratados ortodonticamente com protocolos com (31
pacientes) e sem-extração de pré-molares (21 pacientes). Concluíram que o tratamento da
MAA com extração permitiu obter maior estabilidade a longo prazo (74,2%), em comparação
ao tratamento sem-extração (61,9%).
Compartilhando das evidências científicas e dos resultados obtidos, vários casos de MAA de
origem esquelética podem, indubitavelmente, ser tratados com sucesso, com a utilização
de um protocolo de aparelho fixo e extração de pré-molares (caso clínico das Figuras
44A, B, C, D, E, F e G, Figuras 45A, B, C, D, E e F e Figuras 46A, B, C, D, E, F e G).
A B C
D E
F G
A B C
D E F
Figura 45 – A, B e C) O expansor colado com grade permaneceu um ano e dois meses. D, E e F) Me-
cânica fixa com extração de quatro pré-molares.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C D
E F G
A B C
D E
F G H
A B C
D E
F G H
I J
D E
F G
Caso clínico 14
D E
Figura 51 – A, B, C, D e E) Paciente jovem com MAA e mordida cruzada posterior na fase de dentadura
permanente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
Figura 52 – A, B e C) Tratamento fixo com extração dos primeiros pré-molares superiores e segundos
inferiores.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
D E
A B C
D E
A B
C D
Figura 55 – A, B, C e D) Traçados iniciais e finais do caso, bem como a superposição total da maxila e da
mandíbula. A superposição mandibular demonstra uma migração mesial notória dos primeiros molares
com pouca ou nenhuma extrusão, o que ajudou a fechar a mordida aberta.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
D E F
Figura 56 – A, B, C e D) Caso clínico de uma paciente jovem com MAA e história de hábito de sucção
de chupeta. E e F) Tratamento fixo realizado com extração dos primeiros pré-molares superiores e se-
gundos inferiores.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A B C
A B C
Justus,65 em 2001, afirmou que a estabilidade a longo prazo da correção da MAA está
ligada, principalmente, à repostura da língua para anterior, o que tende a ocorrer após a re-
moção dos aparelhos fixos ou móveis. Segundo Justus,65 a manutenção da postura lingual
entre os dentes anteriores, durante várias horas diárias, acaba por causar uma reabertura da
MAA. Para minimizar a recidiva da MAA, ele recomenda o uso de esporões na maxila.
A B
Figura 59 – A e B) Uso de esporões de Nogueira® (fabricante: Abzil) para evitar a interposição lingual ou para
corrigir a postura da língua.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O caso clínico das Figuras 60A, B, C, D, E, F, G e H mostra a aplicação clínica dos espo-
rões colados na superfície lingual dos incisivos superiores e inferiores, em um paciente
com 10 anos de idade, com o intento de fechar a MAA.
A B C
D E
F G H
Figura 60 – A, B, C, D, E, F, G e H) Paciente com 10 anos de idade, com MAA, que utilizou esporões
colados na superfície lingual dos incisivos superiores e inferiores por um período de sete meses. Observar
os resultados estético e oclusal satisfatórios obtidos com a terapêutica.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Após um período de sete meses (ver Figuras 60G e H), pode-se observar o fecha-
mento da mordida e a significativa melhora do aspecto estético do paciente.
O ortodontista é incapaz de antever quais casos irão recidivar e quais manter-se-ão estáveis
a longo prazo, em relação ao tratamento da mordida aberta. Vários fatores estão envolvidos
na recidiva da maloclusão vertical. Contudo, a maioria dos casos de MAA interceptados em
uma fase precoce de desenvolvimento (fase de dentadura mista ou permanente precoce)
apresenta restabelecimento do equilíbrio muscular peribucal, devolução da oclusão funcional
e pode permanecer estável.68
27. Quais os dispositivos utilizados para o controle da dimensão vertical de pacientes hiper-
divergentes com MAA?
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28. Como tratar os pacientes adultos que apresentam padrão “face longa” e perfil desfavo-
rável, com queixa principal de melhora na estética facial?
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31. O ortodontista é incapaz de antever quais casos irão recidivar e quais manter-se-ão es-
táveis a longo prazo, em relação ao tratamento da mordida aberta. Vários fatores estão
envolvidos na recidiva da maloclusão vertical. Quais são eles?
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Conclusão
Por se tratar de um problema com etiologia multifatorial, a MAA é uma das malo-
clusões que mais desafiam os ortodontistas.
32. Dois irmãos com 8 e 6 anos de idade, respectivamente, apresentam o hábito de sucção de
chupeta. O mais velho não tem MAA característica, enquanto que o mais novo apresenta
MAA do tipo esquelética. Qual o principal fator etiológico envolvido nesse caso?
A) Sucção de chupeta somente a noite.
B) Sucção de chupeta do tipo ortodôntica.
C) Tríade de Graber – duração, freqüência e intensidade da sucção.
D) Potencial genético com padrão de crescimento vertical.
Resposta no final do capítulo
33. Que protocolo de tratamento você indicaria para uma criança com 8 anos de idade, classe
I de Angle, com MAA e padrão de crescimento vertical?
A) Aparelho removível com grade palatina.
B) Aparelho de Haas modificado com aumento oclusal (bite-block) e grade palatina.
C) Aparelho removível ou fixo com grade palatina, mentoneira de uso noturno – 250 a
300 gramas de forças por 12 a 14 horas.
D) Aparelho expansor removível com grade palatina.
Resposta no final do capítulo
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: A interposição da língua, devido à hipertrofia das amígdalas palatinas, também
pode ocorrer na região dos pré-molares e molares, o que causa uma mordida aberta posterior,
de prognóstico de correção pouco favorável e com menor estabilidade de resultados.
Atividade 9
Resposta: B
Comentário: A respiração nasal exerce uma destacada influência na postura dos tecidos moles,
o que permite um selamento adequado dos lábios e o correto posicionamento da língua na
cavidade bucal. Essa homeostasia neuromuscular permite também o desempenho satisfatório
de certas funções do sistema estomatognático, como a mastigação, a deglutição e a fala.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: A mordida aberta anterior esquelética caracteriza-se por aumento na AFAI.
Atividade 18
Resposta: B
Comentário: A mordida aberta dentária se autocorrige quando o paciente cessa o hábito.
Atividade 23
Resposta: B
Comentário: Assim como as MAAs de origem dentária, as de origem dentoalveolar também
podem ser corrigidas com a utilização de aparelhos removíveis ou fixos.
Atividade 29
Resposta: B
Comentário: Aparelho fixo completo com extrações de pré-molares, pois, com esse protocolo,
os autores concluíram que o tratamento da MAA com extração obteve maior estabilidade a
longo prazo.
Atividade 30
Resposta: C
Comentário: O protocolo de contenção básico para o paciente com MAA consta de duas placas
de Hawley: uma sem grade para uso diurno e a outra com grade palatina de uso noturno;
contenção 3x3 no arco inferior e exercícios posturais da língua, geralmente realizados por
fonoaudiólogos, se necessário.
Atividade 32
Resposta: D
Comentário: Padrão de crescimento vertical: os pacientes portadores de crescimento vertical
ou hiperdivergentes, também conhecidos como “face longa”, estão predispostos a altera-
ções no sentido vertical, associado à sucção de chupeta torna-se o fator desencadeante da
maloclusão.
Atividade 33
Resposta: C
Comentário: No caso, o paciente apresenta MAA e padrão de crescimento desfavorável vertical.
Indica-se um aparelho removível ou fixo com grade palatina e mentoneira de uso noturno,
com 250 a 300 gramas de forças por 12 a 14 horas, com a finalidade de mudar o vetor de
crescimento da mandíbula do sentido horário para o anti-horário.
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