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OSSOS DA CABEÇA (8)


Nome Classif Localização Orientação Conexões Descrição
.
- Face convexa: -Parietais
Placóide, anterior -Etmoide
ímpar e Parte antero- - Face com 2 -Esfenoide
Frontal mediano superior da cabeça cavidades separadas -Maxilar superior
(teste de por 1 chanfradura: -Malares
refluxo
inferior -Nasais
glabelar)
-Lacrimais
Porção supero- - Frontal
Placóide, lateral do crânio, -Face convexa: -Occipital
Parietal Par atrás do frontal, externa - Parietal
(unidos adiante do occipital -Bordo em bisel: - Esfenóide
pela sutura
e acima do inferior - Temporal
sagital)
temporal
- Esfenóide Contém o buraco
Placóide, Porção posterior e - Parietais occipital por onde passa a
Occipital ímpar inferior do crânio - Temporal medula espinal – onde se
- Atlas dá a irrigação sanguínea
do encéfalo;
Porção inferior e - Escamosa: apófise - Parietal
lateral, atrás do zigomática -Occipital
Temporal Placóide, esfenóide, para a - Mastóideia - Esfenóide
Par frente e para fora - Rochedo/petrosa: - Malar
do occipital e canal auditivo - Maxilar inferior
abaixo do parietal externo
- Frontal
- Esfenóide - Possui duas massas
Etmóide Curto, Parte anterior e - Palatinos laterais
ímpar média da base do - Nasais - Possui duas lâminas
crânio - Maxilares ósseas (vertical e
- Lacrimais horizontal ou crivada)
-Vómer
Porção anterior e - todos os ossos Possui 6 saliências:
mediana da base do crânio - 2 pequenas asas
Esfenóide Curto, do crânio, entre o -Malares - 2 grandes asas
ímpar etmóide, o frontal, -Palatinos - 2 apófises pterigoideias
occipital e os - Vómer Onde se encontra a sela
temporais turca (alberga a hipófise)

Nota: Fontanelas (avaliação de patologias no Recém-nascido) – áeras membranosas


da abóbada craniana, sendo o ponto de junção de ossos
- Fontanela Ptérica (onde surgirão as grandes asas do esfenóide) – Temporal e Occipital

- Fontanela Astérica – Temporal e Esfenóide

- Pequena Fontanela/Lambdoidea (dará origem à sutura lambdoidea) – Parietal e Occipital

- Grande Fontanela/Bragmática (líquido – hipertensão craniana) – Parietal e Frontal


3

Ossos da Face (14)


Nome Classif. Localização Orientação Conexões Descrição
- Nasal 2 faces:
Parte do teto - Palatino - Face interna (apófise frontal,
Maxilar Par, da cavidade - Etmóide seio maxilar e apófise palatina)
superior cubóide oral e parede - Fontal - Face externa (superfície
inferior das - Zigomático orbitária, apófise zigomática,
fossas nasais - Lacrimal apófise piramidal e canal
- Vómer lacrimal)
- Frontal Constituído por:
- Maxilar - Bordo antero-superior
Malar ou Parte lateral da superior - Bordo postero-superior
zigomático Osso par face - Temporal - Bordo antero-inferior
- Grande asa do - Bordo postero-inferior
esfenóide - Face interna
- Face externa
Parte anterior -Frontal Menor osso da face
Par da face interna - Etmóide A face interna corresponde às
Lacrimais da órbitra - Maxilar fossas nasais

Ossos - Frontal
Osso nasal que - Etmóide
próprios do Par forma a ponta - Apófise 2 faces e 4 bordos
nariz do nariz montante do
maxilar
superior
Constituído por duas lâminas:
Atrás da - Esfenóide - Horizontal (Face superior –
Palatino Par cavidade nasal, -Etmóide fossas nasais; face inferior –
entre o maxilar - Vómer abóbada palatina)
e o esfenóide - Maxilar - Vertical (face interna – parede
externa das fossas nasais)
Porção
posterior do Separa a fossa
Vómer Ímpar, septo das nasal esquerda Possui duas asas que ligam o
mediano fossas nasais, da direita vómer ao esfenóide
atrás do
palatino
- Etmóide
Parede lateral - Maxilar
Corneto Par da cavidade superior
inferior nasal - Lacrimal
- Palatino

Maxilar - Corpo (face posterior, bordo


Arcada dentária Articula com os superior – onde se articulam os
inferior Ímpar inferior temporais dentes, bordo inferior)
(mandíbula) - Ramos (face interna)
4

Ossos da coluna vertebral (26)


Nome Caract. Localização Descrição
C1-C7
-Corpos vertebrais -Atlas (C1) – duas massas laterais unidas
Cervical pequenos pelos arcos posterior e anterior e NÃO tem
(7) -Apófises espinhosas corpo nem apófise espinhosa mas sim
bífidas tubérculos anteriores e posteriores
-Buraco transverso - Axis (C2) – apófise odontoide ou dente
que encaixa no atlas

Torácicas -Corpo médio


- Apófises espinhosas T1-T12
(12) longas, finas e inclinadas As 10 primeiras possuem Facetas
para baixo Articulares de articulação com as costelas

Lombares L1-L5
-Corpos vertebrais -Apófises transversais mais pesadas
(5) maiores - Apófises espinhosas maiores, mais fortes
e retangulares, dirigidas para baixo

- Asas do sacro (união de


apófises transversas)
Sacro (1) - Crista Sagrada S1-S5
- Buracos Sagrados 5 vértebras unidas
- Promontório
- Hiato Sagrado

3 a 5 vértebras fundidas
Cóccix (1) em triângulo invertido 3 a 5 vértebras

Ossos do tórax
Nome Caract. Localização Descrição
-7 Verdadeiras (1-7) - Verdadeiras – ligadas ao esterno pelas
Costelas - 3 Falsas (8 a 10) cartilagens costais:
(12) - 2 Flutuantes (11 e 12) - Falsas – estão ligadas entre si
- Flutuantes – não unidas ao estreno

- Manúbrio (fúrcula e ângulo esternal)


Dividido em 3 regiões - Corpo (onde se faz massagem cardíaca)
Esterno - Apêndice Xifoideu (não se visualiza na
maioria das pessoas)
5

Ossos da mão (19) e do pulso (8)

Nome Caract. Localização Descrição


Constituído por duas - 1ª fileira: Escafóide, semilunar,
Carpo fileiras, sendo a primeira o piramidal, pisiforme
(Pulso) Prócarpo (proximal) e a (Eu Sou louco Por Pesca)
segunda o Mesocarpo
(distal) - 2ª fileira: trapézio, trapezóide,
grande osso, uniciforme
(Tiago Truta Gritou Urra)

As extremidades distais
dos ossos do metacarpo
Metacarpo ajudam a formar as Constituído por 5 ossos longos
(5) articulações das mãos e os numerados de 1 a 5 a partir do
espaços entre estes são polegar
ocupados por tecidos
moles

1 polegar e 4 dedos - Polegar: falange proximal e


Cada dedo é formado por falange distal
Dedos (14) 2 (polegar) ou 3 ossos - Restantes dedos: falange
chamados falanges. proximal, falange média e falange
distal
6

Ossos do membro superior

Nome Classif. Localiza Orientação Conexões Descrição


ção
- Extremidade acromial (externa) -Esterno
Parte que encaixa no acrómio pela fossa -Primeira
Clavícula Longo, par anterior da articular. cartilagem
cintura - Extremidade external (interna) costal
escapular que encaixa no manúbio do -Omoplata
esterno. (acrómio)
- Acrómio (inserção do músculo do
ombro)
Par, achatado, Parte -Espinha escapular - Clavícula
Omoplata também posterior -Fossa supra-espinhosa (atavés do
designado por da cintura -Fossa infra-espinhosa acrómio)
escápula escapular - Cavidade glenoideia (onde - Úmero
encaixa a cabeça do úmero)
- Apófise caracoideia
- Extremidade superior (cabeça, -Omoplata (pela
colo anatómico, colo cirúrgico, cabeça)
Úmero Longo, par Braço Troquino – frente, troquiter – fora) - Rádio (pelo
- Extremidade inferior (côndilo côndilo umeral)
umeral, tróclea umeral) - Cúbito (pela
tróclea umeral)
- Cabeça (extremidade proximal):
cavidade glenóideia que se articula
ao côndilo umeral - Úmero
Antebraço - Tuberosidade bicipital ou radial - Cúbito
Par, longo externo (liga-se o bícipe) -Escafóide
Rádio - Apófise estiloideia (extremidade -Semi-lunar
lateral distal): onde se ligam os
ligamentos do pulso e onde se
articula com o cúbito e carpo
- Grande cavidade sigmóideia
(articula com a tróclea)
Antebraço -Olecrânio (ponta do cotovelo) - Úmero
Cúbito Par, longo interno - Apófise coronoideia (Anterior) - Rádio
- Cabeça (rádio e ossos do pulso) - Piramidal
- Apófise estiloideia (onde se ligam
os ligamentos do pulso)

Nota:

Cintura escapular

Braço

Antebraço
7

Ossos membros inferiores


Cintura pélvica Coxa Perna

Nome Classif Localização Orientação Conexões Descrição


Constitui a bacia - Ílio (verilha): corpo, asa, crista
óssea juntamente ilíaca na porção superior - Sacro
Par, com a coluna - Ísquio (anca): tuberosidade - Fémur
Ilíaco achatado sacro-coccígea isquiática (ponto de inserção - Íliaco contra-
Une o membro muscular e suporte para sentar) lateral
inferior ao tronco - Púbis (zona genital): sínfise púbica
pelo acetábulo
- Cabeça (liga-se ao acetábulo) - Ilíaco
-Colo (cavidade
Constitui a coxa e - Grande trocânter (glúteos, cotiloideia)
Fémur Longo, par dirige-se gémeos, obturador interno e - Tíbia
obliquamente piramidal) (extremidade
para baixo e para -Pequeno trocânter (psoas-ilíaco) superior)
dentro -Côndilos interno e externo - Rótula (face
- Epicôndilos interno e externo posterior)
Par
sesamoide - Faz parte da articulação do joelho - Tíbia
Rótula ou Porção anterior e não da coxa - Músculos
periarticular do joelho - Local de inserção muscular - Tendões
(inserido - Articulações
num tendão)
- 2 cavidades glenoideias (interna e - Fémur
externa que articulam com os (extremidade
Parte interna da côndilos femurais) superior)
Tíbia Par, longo perna (suporta o - Tuberosidade anterior - Perónio
maior peso) - Crista anterior - Astrágalo
- Maléolo interno (articulação do (ambos
tornezelo) extremidade
inferior)

- Cabeça (extremidade superior) - Tíbia


Perónio Longo, par Parte posterior da - Maléolo externo ( extremidade -Astrágalo
perna inferior): articulação do tornezelo

Pélvis Feminina VS Pélvis Masculina

- Mais leve e larga

-Sacro mais largo

-Ângulo subpúbico maior

Formato oval
8

Ossos do pé (26)

Nome Caract. Localização Descrição


- 1ª fileira: astrágalo (tornezelo) e
calcâneo (calcanhar)
Tarso (7) Duas fileiras sendo a primeira o
Protarso (posterior) e a - 2ª fileira: cubóide, escafóide,
segunda o Mesotarso (anterior) ectocuneiforme, mesocuneiforme,
endocuneiforme)
(Cara, Eu Estou Mesmo Empenhado)

Metatarso (5) “Bola do pé” com consequente Constituído por 5 ossos longos
formação de ossos sesamoideus numerados de 1 a 5 a partir do
(que se formam em tendões) polegar
1 polegar e 4 dedos - Polegar: falange proximal e
Cada dedo é formado por 2 falange distal
Dedos (14) (polegar) ou 3 ossos chamados - Restantes dedos: falange
falanges. proximal, falange média e falange
distal

Nota
O pé é convexo dorsalmente e côncavo ventralmente
para permitir a distribuição do peso: ao andar, o peso é
transferido da tíbia e perónio para o astrágalo, deste
para o calcâneo e depois para o metatarso.
9

Músculos do pescoço
Nome Localização Movimento Descrição
Grande reto anterior - Extensão
Músculo anterior - Flexão
da cabeça - Rotação

Pequeno reto anterior - Extensão


Músculo anterior - Flexão
da cabeça - Rotação

- Extensão
Músculo anterior - Flexão
Longo do pescoço - Rotação

Esterno-cleido- - Flexão
Músculo lateral - Inclinação lateral
mastoideu - Rotação para o lado
oposto
Músculos laterais -Anterior (C3-C6) e Médio
(anterior, médio e (C3-C7): Elevação da 1ª
Escalenos posterior) costela
- Posterior (C5-C7):
Elevação da 2ª costela
Subcutâneo do
Músculo cervical Baixa a pele do mento e
pescoço superficial da comissura labial

Geni-hioideu - Geni e Milo hioideu:


(profundo), Milo-hioideu Abaixamento da
Supra-hióideu (médio), Digástrico mandúbula
(superficial), Estilo- -Estilo-hioideu: Elevação
hioideu (superficial) do hióide
Tiro-Hióideu (profundo),
Esterno-tiroideu
Infra-hióideu (profundo), Esterno- Inserem-se no esterno,
cleido-hióideu laringe e escápula
(superficial), Omo-
hióideu (superficial)

Movimentos da cabeça:
- Flexão

- Extensão

-Inclinação para a direita e para a esquerda

- Rotação para a direita e para a esquerda


10

Músculos da cabeça
Nome Localização Movimento Descrição
- Move o couro-cabeludo e
Ventre frontal e eleva os supracílios
Occipito-frontal ventre occipital (sobrancelhas)

Anterior, Superior e Superior

Auriculares Posterior - Mexer as orelhas Anterior

Posterior

Supraciliar
Extremidade medial - Movimento das
de cada sobrancelha sobrancelhas e franzir a testa

Orbicular das pálpebras


Circundam a órbitra - Fechar os olhos
do olho

Levantador da pálpebra Pálpebra superior do - Retrai a pálpebra superior,


olho permitindo um olhar para
superior cima

Músculos do nariz

Nome Descrição Função

Piramidal
Dilatadores e
compressores
Transverso das narinas,
permitindo os
movimentos de
inspiração e
Dilatador das narinas expiração

Mirtiforme
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Músculos da boca
Nome Função Descrição
Bucinador - Puxa para trás a comissura
labial (achatar as bochechas)
Franzem a
Orbicular dos lábios boca - Oclusão da boca

Grande e pequeno zigomático


- Elevam e abduzem o lábio
superior
Pequeno Grande
Sorriso - Eleva o ângulo da boca
Canino

Risorius de Santorini - Permite rir

Levantador comum do lábio


- Eleva o lábio superior e a asa do nariz
superior e da asa do nariz
Levantador do lábio superior
- Eleva o lábio superior

Triangular dos lábios


- Puxam a comissura labial
Expressão para baixo e para fora

Quadrado do mento “carrancuda”


Borla do mento - Eleva o mento

Músculos da mastigação
Função Nome Descrição
Temporal
Elevadores da mandíbula
(Eu Tenho Muitas Piscinas Interiores) Masséter

Pterigóideu interno

Geni-hióideu

Milo-hióideu
Abaixadores da mandíbula
(A Ana Gosta Mias De Piscinas Exteriores)
Digástrico

Pterigóideu externo
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Músculos do globo ocular


Nome Função Descrição
Oblíquo inferior - Eleva e desvia lateralmente o olhar

Oblíquo superior - Abaixa e desvia lateralmente o olhar

Reto inferior - Abaixa e desvia medialmente o olhar

Reto lateral - Desvia lateralmente o olhar

Reto medial - Desvia medialmente o olhar

Reto superior - Eleva e desvia medialmente o olhar

Músculos do dorso
Dorsais superficiais Nuca Goteiras Vertebrais

Nome Função Descrição


- Adutor e rotador do braço para dentro
Grande dorsal

- Porção Superior: elevação e adução da


omoplata; inclinação homolateral da cabeça e
rotação contralateral do pescoço.
Trapézio - Porção Média: adução da omoplata.
- Porção Inferior: depressão e adução da
omoplata

Angular da omoplata
- Elevação da omoplata

- Aproximam a omoplata da linha mediana


Rombóide

Pequeno dentado
- Abaixador das últimas costelas - expirador
postero-inferior
Pequeno dentado
- Elevador das costelas - inspirador
postero-superior
Esplénio do pescoço
Músculos superficiais de extensão, rotação e
lateralização da cabeça
Esplénio da cabeça
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Grande Complexo

Músculos superficiais de extensão da cabeça e


Pequeno complexo da coluna vertebral

Transverso do
pescoço
Pequeno reto
- Extensão da cabeça
posterior 2. 1.
(Profundo) 1. Pequeno oblíquo 4.
Pequeno oblíquo - Extensão da cabeça 3.
2. Pequeno reto posterior
(Profundo)
3. Grande oblíquo
Grande oblíquo - Rotação da cabeça
(Profundo) 4. Grande reto posterior

Grande reto posterior - Extensão da cabeça


(Profundo) - inclinação homolateral

Ílio-costal
Sacro-costais
(extensão e inclinação
homolateral)
Longo dorsal do tórax

Espinhais (cabeça, tórax e pescoço)

Transverso espinhoso
Raqui-raquidianos
(extensão e inclinação
homolateral)
Intertransverso

Interespinhoso

- Supinação

-Pronação
14

Músculos do tórax (respiração)


Nome Funções Descrição
Escalenos
- Elevação das duas primeiras costelas

Intercostais externos
(verdes) - Elevação das costelas durante uma inspiração forçada

Intercostais internos
e triangulares do - Baixar as costelas durante uma expração forçada
esterno
(vermelhos)
Principais movimentos da respiração (separa a cavidade
torácica da abdominal)
- Orifício esofágico (muscular, 10ª costela dorsal e
Diafragma atravessado pelo esófago e pelos dois nervos
pneumogástricos)
- Orifício aórtico (fibroso, passagem da aorta e do canal
torácico)
- Orifício da veia cava inferior (dá passagem à VCI)

Músculos abdominais

Nome Função Descrição


Grande reto do abdómen
- Flexão e rotação da coluna
Grande ou externo oblíquo - Expiração forçada
- Vómito
- Defecação
Pequeno ou interno oblíquo - Micção
- Parto
Transverso

- Baixa as costelas
Quadrado lombar - Inclina lateralmente a coluna
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Músculos do membro superior

Ombro Braço Antebraço

Nome Função Descrição


- Porção Superior: elevação e adução da omoplata;
inclinação homolateral da cabeça e rotação contralateral do
Trapézio pescoço.
- Porção Média: adução da omoplata.
- Porção Inferior: depressão e adução da omoplata

- Elevação da omoplata
Angular da omoplata

Grande rombóide
- Adução da omoplata
Pequeno rombóide

- Ação Inspiratória
Grande dentado - Abdução e depressão da omoplata
- Propulsão do ombro

- Depressão do Ombro
- Rotação Inferior da omoplata
Pequeno peitoral - Elevação as costelas (ação inspiratória)

Fixa o braço ao tórax


- Adução
- Rotação interna
Grande Peitoral - Flexão
- Depressão da cintura escapular
- Elevação das costelas (respiração)

Fixa o braço ao tórax


- Adução
Grande dorsal - Extensão
- Rotação interna

- Fibras anteriores: flexão


Deltóide - Fibras laterais: abdução
- Fibras posteriores: extensão

Coraco-braquial -Adução
(Anterior) - Flexão

Grande redondo - Adução


(Posterior) - Extensão
- Rotação interna
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Trícepe-braquial
(Posterior) -Extensão
- Adução

Supraespinhoso
COIFA DOS ROTADORES
- Abdução

COIFA DOS ROTADORES


- Extensão
Infraespinhoso - Rotação externa

COIFA DOS ROTADORES


- Extensão
Subescapular - Rotação interna

COIFA DOS ROTADORES


- Abdução
Pequeno redondo -Extensão
- Rotação externa

Bícipe braquial
(Anterior) -Flexão
- Supinação

Braquial Anterior
-Flexão

Flexão
Longo supinador - Supinação
(Posterior)

Curto Supinador - Supinação

Ancónio - Extensão
(músculo do cotovelo)

- Pronação
Quadrado Pronador

Redondo Pronador - Pronação


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Músculos do punho

Nome Função Descrição


Grande palmar - Flexão
(anterior) - Abdução

Pequeno palmar - Flexão


(anterior)

Cubital anterior
(anterior) - Flexão
- Adução

Flexor comum
- Flexão
superficial dos dedos
(anterior)

Flexor comum
- Flexão
profundo dos dedos
(anterior)

Longo flexor do 1º
- Flexão
dedo
(anterior)

Cubital posterior - Extensão


(posterior) - Adução

Longo radial - Extensão


(posterior) - Abdução
(verde)

Curto radial - Extensão


(posterior) - Abdução
(vermelho)

Curto extensor do
- Extensão
polegar - Abdução
(posterior)

Longo extensor do
- Extensão
polegar
(posterior)

Extensor próprio do 2º
- Extensão
dedo
(posterior)

Extensor próprio do 5º
- Extensão
dedo
(posterior)

Extensor comum do - Extensão

dedos
(posterior)

Longo abdutor do 1º - Extensão


- Abdução
dedo
(posterior)
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Músculos dos dedos

Nome Funções Descrição


Flexor comum
- Flexão do 2º ao 5º dedo
profundo dos dedos
Longo flexor do 1º
- Flexão do 1º dedo
dedo
- Flexão do 1º dedo
Curto flexor do 1º dedo

Extensor comum dos


- Extensão do 2º ao 5º dedo
dedos
Extensor próprio do 5º
- Extensão do 5º dedo
dedo
Extensor próprio do 2º
- Extensão do 2º dedo
dedo
Longo extensor do 1º
-Extensor do 1º dedo
dedo
Curto extensor do 1º
- Extensor do 1º dedo
dedo
- Adução
Interósseos palmares

Interósseos dorsais
- Abdução
Abdutor do 5º dedo
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Músculos dos membros inferiores


Coxa Perna

Nome Função Características


-Flexão
Ilíaco - Rotação externa

Psoas -Flexão

- Flexão
Tensor da fáscia lata - Abdução
- Rotação interna

Reto anterior - Flexão da coxa e perna


(Compartimento anterior da Coxa)

Reto interno - Adução


(Compartimento interno da Coxa)

Costureiro - Flexão
(Compartimento anterior da Coxa)

- Flexão
Longo adutor - Adução
(Compartimento interno da Coxa)
-Rotação externa

-Flexão
Curto adutor - Adução
(Compartimento interno da Coxa)
- Rotação externa

Grande adutor
(Compartimento interno da Coxa) - Adução
- Rotação externa

- Flexão
Pectíneo - Adução
(Compartimento interno da Coxa)
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Grande glúteo - Extensão


- Abdução
- Rotação externa
Médio glúteo - Abdução
- Rotação interna
Pequeno glúteo -Abdução
- Rotação interna

-Extensão
Semitendinoso - Rotação interna
(Compartimento posterior da Coxa)

-Extensão
Semimembranoso -Rotação interna
(Compartimento posterior da Coxa)

-Extensão
Bícipe crural - Rotação externa
(Compartimento posterior da Coxa)

-Abdução
Gémeos pélvicos - Rotação externa

-Abdução
Obturador interno - Rotação externa

Obturador externo
-Rotação externa

Piriforme -Abdução
- Rotação externa

-Rotação externa
Quadrado crural

Quadrícipe crural -Extensão da perna


(Compartimento anterior da Coxa)

- Flexão
Tibial anterior - Inversão do pé
(Anterior da perna)

Tibial posterior - Inversão do pé


(Posterior, pronfundo da perna)
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Peroneal anterior
(Anterior da perna) - Flexão
- Eversão do pé

- Flexão
Extensor próprio do 1º - Inversão do pé
dedo - Extensão do 1º
(Anterior da perna) dedo

- Flexão
Extensor comum dos - Eversão do pé
dedos - Extensão dos 4 últimos dedos
(Anterior da perna)

- Eversão
Longo peroneal lateral - Extensão do pé
(Externo da perna)

- Eversão
Curto peroneal lateral - Extensão do pé
(Externo da perna)

Solhar
(Por “baixo” do
Trícipe crural

Gémeos
gémeo) - Flexão da perna Solhar
(Posteriores, superficiais da
perna) Gémeos
(Sobreposto ao
solhar)

Estreito plantar - Flexão da perna


(Posteriores. superficiais da perna)

Longo flexor comum dos


dedos - Flexão da perna e dos 4 últimos dedos
(Posteriores. profundos da perna)
- Inversão do pé

- Flexão da perna e do 1º dedo


Longo flexor do 1º dedo - Inversão do pé
(Posteriores. profundos da perna)

Popliteu
(Posteriores. profundos da perna) - Flexão
- Rotação interna da perna

Nota:
- Inversão do pé (Levantar a parte interna – polegar

- Eversão do pé (Levantar a parte externa – mindinho)


22

Músculos do pé

Dorsais Plantares internos Plantares externos Plantares médios Interósseos

Nome Função Descrição


Curto extensor dos dedos
- Extensão dos dedos

Curto flexor do 1º dedo


(Profundo) - Flexão do 1º dedo

Abdutor do 1º dedo
(Profundo) - Abdução do 1º dedo

Adutor do 1º dedo - Adução do 1º dedo


(Superficial))

Curto flexor do 5º dedo - Flexão do 5º dedo


(Profundo)

- Flexão e abdução do pé
Oponente do 5º dedo
(Profundo)

- Abdução do 5º dedo
Abdutor do 5º dedo
(Superficial))

- Flexão dos 4 últimos dedos


Curto flexor do plantar

- Flexão dos 4 últimos dedos


Acessório do longo flexor
- Flexão das falanges proximais nos 4 últimos dedos
-Extensão das falanges médias e distais dos 4 últimos
Lumbricais dedos

- Flexão e adução do 3º a 5º dedo


- Extensão do 2º a 4º dedo
Interósseos
23

Articulações (união entre 2 ossos)

Podem ser divididas quanto à estrutura e quanto ao grau de mobilidade:

Mobilidade
Estrutura Fibrosas Sinartroses (imóveis)

Cartilagíneas Anfiartroses (semi-móveis)

Sinoviais Diartroses (móveis)

Fibrosas Cartilagíneas Sinoviais


Promovidas por tecido conjuntivo fibroso (2 Promovidas por cartilagem (unem 2 Maioria das articulações do esqueleto
ossos unidos por este tecido) ossos através de cartilagem) apendicular

Sem Cavidade Articular Sem Cavidade Articular Com Cavidade Articular

Contem líquido sinovial na cavidade


Pouco ou nenhum movimento Pouco ou nenhum movimento sinovial que permite movimentos amplos

Articulações fibrosas
Suturas Sindesmoses Gonfoses
- Especializadas
Linhas de junção entre ossos do crânio - União óssea promovida por um - Formato de cone que se ajustam aos
ligamento ou membrana interóssea; alvéolos e são mantidas no lugar por
- Fontanelas- área membranosa inter-suturas - Maior grau de mobilidade feixes de tecido conjuntivo
- Sinostose- Calcificação das suturas - Presentes no encaixe de cavidades
(dentes)

- Sutura coronal - Radio-cubital;


- Sutura escamosa - Tibio- peroneal; - Cavidades periodontais que fixam o
- Sutura lambdoide -Estilo- mandibular; dente ao osso
- Estilo- hióideia.
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Articulações Cartilagíneas
Sincondroses Sínfises

- Articulação assinovial -Articulação ligeiramente móvel


- Junção de dois ossos por cartilagem hialina - Fibrocartilagem a unir 2 ossos que aderem por superfícies
- Pouco ou nenhum movimento planas

- Sínfise púbica
Temporárias Permanentes - Sínfise manúbrio esternal
- Discos intervertebrais
- Placas Epifisárias Sínfise manúbrio esternal
- Articulação Costoesternal
- Articulação Esfenooccipital

Ocorrem no bebé e são


substituídas por
sinostoses

Discos Intervertebrais

Articulações Sinoviais
Estrutura
Cartilagem Cavidade Cápsula Articular Baínha
Articular Articular ou Líquido Sinovial Disco Articular Meniscos Bolsa Sinovial Tendinosa
Sinovial

- Envolve a - Promove a
cavidade articular absorção de
- Constituída e promove o energia - Placa plana ou - Estrutura - Contém - Bolsa
por cartilagem - Exclusiva movimento e - é viscoso e almofada de semelhante líquido sinovial que
hialina das ajuda a manter os lubrificante; fibrocartilagem ao disco sinovial. se estende
-Absorve articulações ossos juntos, - É filtrado do -Situa-se nas articular, -Diminui o ao longo
impactos sinoviais sendo formada sangue pelos cavidades mas com um atrito entre as dos
compressivos pela Cápsula capilares da articulares e liga- buraco no várias tendões
Fibrosa e pela cápsula e é se à cápsula centro. articulações.
Membrana reabsorvido fibrosa
Sinovial quando perde as
suas capacidades

Movimentos das articulações sinoviais


Monoaxiais Biaxial Multiaxial
- Movimento ao redor de 2 eixos com - Movimento que ocorre ao redor de vários
- Movimento ao redor de um eixo ângulos adequados entre eles eixos
Fatores que influenciam a Estabilidade Articular 25
Superfícies articulares Ligamentos Tónus muscular

- Papel pouco importante na estabilidade


articular - Promovem o fortalecimento da - Factor mais importante da estabilidade
- Os ligamentos e tendões existentes fora da articulação articular por manter os tendões firmes
cápsula fibrosa contribuem para a força e
estabilidade da articulação sinovial

Tipos de Articulações Sinoviais (CREPES)


Cilíndrica ou Roldana ou Esféricas Planas Elipsoide Sela
trocartrose Trocleartroses
- Monoaxiais - Monoaxiais - Multiaxial - Monoaxiais - Biaxiais - Biaxiais
- Osso cilíndrico - Cilindro convexo - Cabeça esférica que - Superficies planas - Superficies - Apresentam um
que roda em articulado com encaixa em superfície deslizantes articulares formato de sela
torno do seu eixo superfície côncava côncava elipsoides complementar
longitudinal
- Intervertebral
- Articulação - Cotovelo - Inter-cárpica - Articulação - Articulação
atlanto-axial - Joelho - Articulação do - Inter-társica Atlanto-occipital trapeziometacárpica
- Radio- cubital - Tornozelo ombro e da anca - Acromio-clavicular (C1-C2) do polegar
- Interfalângica - Carpo-metacárpica -
Tarsometatársica

Tipos de movimentos articulares


Deslizamentos Angulares Circulares Especiais Movimentos
Combinados
- Elevação/depressão
- Propulsão ou projeção, - Ação que implica uma
- Rotação; retropulsão ou retração (ex. combinação de
- Articulações Planas - Flexão/ extensão - Pronação/supinação mover a mandíbula para movimentos, por
- Abdução/ adução; (mãos) frente e trás); exemplo, flexão e
- Circundação - Lateralidade (mover a abdução em
(articulações esféricas) mandíbula para os lados); simultâneo
- Oponência (movimento do
polegar);
- Inversão/eversão (pé).
26

Articulações específicas
Temporo-
mandibular (ATM) Ombro Cotovelo Coxo-femural Joelho

- Articulação esferóide;
- O côndilo mandibular - A cabeça do úmero - Articulação - Articulação elipsóide que
encaixa-se dentro da fossa articula-se com a cavidade - Articulação esférica inclui a rótula.
mandibular do osso temporal glenoideia roldana - Cápsula articular - Ligamentos articulares
- É uma combinação articular - Bolsa infra-acromial que - Forçada por reforçada por que fortalecem a
plana e elipsoide se separa da cavidade ligamentos ligamentos e por articulação do joelho:
- Existência de um disco articular pela cápsula - Bolsa olecraniana músculo que 1: Ligamentos cruzados
articular entre a mandíbula e articular que cobre o tornam esta anterior e posterior
o osso temporal que divide a - 4 ligamentos e 4 olécrano (ponta do articulação mais 2: Ligamentos cruzados
cavidade articular em músculos (coifa dos cotovelo) estável mas menos medial e lateral
superior e inferior rotadores) responsável móvel 3: Menisco medial e
pelos movimentos lateral

Fisiologia do osso

Tecido conjuntivo Matriz extracelular Cartilagem Tecido ósseo


- Composto por condrócitos em
lacunas numa matriz extensa,
relativamente rígida (fibras - Matriz óssea
- Todos os órgãos do corpo: proteicas, substância 1. 65% Inorgânico (fosfato,
células separadas umas das - Fibras proteicas (sintetizadas fundamental e líquido) cálcio e potássio)
outras sendo especializadas pelos fibroblastos) - sem vasos sanguíneos nem 2. 35% Orgânico (Colagénio
- Proteínas não fibrosas (ácido nervos (cicatrização lenta) tipo I – Flexibilidade)
hialurónico e proteoglicano) - Rodeada por pericôndrio
- Líquido - Células Especializadas
- Blastos (criam mariz) - Hialina (+ associada ao osso) (osteoblasto, osteócito,
- Clastos (degradam matriz) - Fibrosa (áreas onde se aplica osteoclasto)
- Citos (mantém a matriz) muita força- joelho)
- Elástica (pavilhão auricular)
27

Tecido ósseo

Nota:
- Diáfise – corpo do osso

- Epífise – extremidades de um osso longo

- Periósteo - membrana composta por dupla camada de tecido conjuntivo.

Local de crescimento ósseo em diâmetro

- Endósteo - membrana fina de tecido conjuntivo que reveste as cavidades internas do osso

Constituição óssea:
- Células de suporte (Osteoblastos e osteócitos)

- Células de degradação (Osteóclastos)

- Matriz extracelular não mineral (colagénio por ex)

- Sais minerais inorgânicos (depositados na matriz)

Osteoblasto Osteócito Osteoclasto


- Síntese da parte orgânica da matriz - Atividade sintética secundária - Células destruidoras de osso
óssea (depositam osso novo) - Osteoblasto rodeado de matriz óssea – - Gigantes, multinucleadas, móveis, muito
- Participação na mineralização da matriz torna-se numa célula madura ramificadas
orgânica, expondo a matriz inorgânica (“osteoblastos mais inativos”) - Destruição e reabsorção de matriz óssea
para ação dos osteoclastos - Manutenção da matriz óssea mineralizada (removem o osso velho)
- Produzem colagénio e proteoglicanos - Ocupam cavidades na matriz (lacunas)

Classificação do osso:
Quantidade de matriz
Fibras de colagénio

Reticular (Primeiro tecido ósseo/Imaturo/Não Lamelar)


osso esponjoso (Menos matriz óssea, mais espaço)
óssea

Lamelar (Secundário/Maturo)
Osso compacto (Mais denso, mais matriz óssea, várias camadas)
28

Desenvolvimento ósseo – de osso reticular a


lamelar
Comprimento Largura
- A partir da placa epifisária (que separa a sínfise da diáfise)

- Os osteoblastos alinham-se na superfície da cartilagem Crescimento de osso sob o periósteo


calcificada e depositam nova matriz óssea (crescimento
aposicional), mais tarde será remodelado

Fisiologia do músculo

Fibras musculares:
- Unidade celular do músculo

- Membrana celular - sarcolema

- Citoplasma -- sarcoplasma

- Diversos núcleos à periferia

- Miofibrilhas (organizadas em sarcómeros)

Músculo esquelético Músculo liso Músculo cardíaco


- Juntamente com o tecido conjuntivo faz - Parede dos órgãos e tecidos ocos - Músculo do coração
parte de 40% do peso corporal - Desempenha várias funções - Auto-rítmico
- Maior parte dos movimentos do corpo - Depende do controlo involuntário do SNA e - Depende do controlo involuntário do
- Ligado aos ossos do Sistema Endócrino SNA e do Sistema Endócrino
- Depende do controlo voluntário do SN

Efeitos do envelhecimento no músculo esquelético:


- Redução da massa muscular

- Aumento do tempo de resposta ao estímulo nervoso

- As fibras musculares diminuem em número (a partir dos 25 anos. 80 anos - 50%)

- As unidades motoras diminuem em número

- O tempo de recuperação aumenta


29

Estrutura do músculo esquelético

O conjunto de sarcómeros formam miofibrilas e estas juntas formam as fibras musculares


Composição proteica:
2 miofilamentos proteicos: Actina (finos - verdes) e miosina
(grossos - vermelhos) que
juntos formam os sarcómeros. Estes unem-se por discos Z (6
miofilamentos de actina rodeiam um filamento de miosina)
Cada sarcómero possuiu:

Banda A Banda I Banda H Linha M Linha Z

- Mais escura: - Mais clara:


anisotrópica isotrópica
- No meio da Banda A
Tem o comprimento dos
filamentos de miosina Entre extremidades de - No meio da Banda H - No meio da Banda I
num sarcómero filamentos de Miosina
e inclui um disco Z e - No centro da banda H
- No centro da Banda A actina (linha M) mantém os
há uma Banda H miofilamentos de
miosina no lugar
Nervos e vasos sanguíneos:

- Neurónios motores: células nervosas especializadas que - Junção neuromuscular: os axónios dos neurónios motores
estimulam a contração muscular ramificam-se e cada ramo projeta-se para uma fibra muscular,
- Estendem-se em associação com as artérias e veias pelo tecido formando uma junção neuromuscular
conjuntivo dos músculos esqueléticos

Nota:
- O número de fibras musculares não aumenta após o nascimento

- O crescimento muscular não aumenta o número de fibras, mas sim o seu tamanho
30

Modelo de deslizamento (contração e distensão) –


Os músculos contraem devido às propriedades elétricas das fibras musculares, visto que são
eletricamente excitáveis (geram potenciais de ação)

- Miofilamentos de actina e miosina não


mudam de comprimento durante a
O que contração, mas sim deslizam uns sobre os - As bandas I e zonas H tornam-se
acontece ao outros de forma a levar ao encurtamento dos mais estreitas durante a contração - Contração máxima:
sarcómeros (contração) e a banda A mantém um desaparece a zona H
nível das fibras - Os discos Z aproximam-se e o sarcómero comprimento constante
musculares encurta

Como se
- A acetilcolina libertada do terminal pré- - Quando a membrana de uma
processa o sináptico liga-se a recetores da membrana célula excitável é despolarizada - Moléculas de actina
sinal elétrico pós sináptica, alterando a permeabilidade da além de um limiar, a célula dispara têm de se ligar às
(Há sempre uma membrana e produzindo um potencial de um potencial de ação (positiva no cabeças da miosina
diferença entre a carga ação interior e negativa no exterior) para haver contração
elétrica no interior – - Após o potencial de ação, a - A alteração é rápida e assim, volta muscular
negativa; e no exterior acetilcolinesterase desdobra a acetilcolina em rapidamente ao normal
da membrana - ácido acético e colina
positiva)

Tipos de contração muscular


Contração Contração isotónica
isométrica - Alteração no comprimento, com movimento articular (dinâmica) Tónus muscular
Concêntrica Excêntrica
- Manutenção de uma
- Alteração de tensão, - Levam os músculos a encurtar e a - Levam os músculos a aumentar o tensão uniforme por
mas não do sua tensão a aumentar (maioria dos seu comprimento, diminuindo a longos períodos de
comprimento (contração esforços) extensão (levantar um “peso morto” tempo
estática)

https://www.youtube.com/watch?v=Jg1JTZEu7B4

https://www.youtube.com/watch?v=H_5_0PIvJ5s
31

Anatomia do coração

Funções do coração:
- Gerar a pressão sanguínea (contrações cardíacas)

- Encaminhar o sangue (separação da circulação sistémica da pulmonar)

- Assegurar o fluxo unidirecional (válvulas cardíacas)

- Regular o aporte de sangue (frequência e força das contrações)

4 Câmaras Pericárdio Parede cardíaca


2 aurículas 2 ventrículos Membrana que envolve o coração Epicárdio Miocárdio Endocárdio
(externa) (média) (interna)
Superfície interna das Têm trabéculas
aurículas praticamente lisa carnosas por ser Fibroso Seroso (interno)
(Apêndices auriculares necessária mais força (externo)
com músculo pectíneo) para expulsar o sangue
- Reduz a fricção
Aurícula Aurícula Ventrículo Ventrículo durante os - Reduz a
esquerda direita esquerdo direito batimentos fricção
cardíacos - Protege da - Permite a resultante
Tem dois folhetos: fricção entre contração da
- Manutenção - Parietal (+ órgãos do coração passagem
do coração na próximo do de sangue
sua posição fibroso) pelo
anatómica - Visceral (reveste coração
o exterior do
coração)
- Cavidade
pericárdia (entre
os folhetos e
contém líquido)

Veias e artérias
Veias Artérias
Transportam o sangue para o coração Transportam o sangue do coração para o corpo

Cava inferior e Pulmonares Seios coronários Aorta Pulmonar Coronárias


superior (esquerda e direita)
- De todas as partes - Das paredes do - Do ventrículo - Do ventrículo - Ramificações da
do corpo para a - Dos pulmões para coração para a esquerdo para o direito para os aorta nos sulcos
aurícula direita a aurícula esquerda aurícula direita corpo todo pulmões coronários que
irrigam o coração
32

Cavidades e válvulas
Septo interauricular Septo Válvulas aurículo-ventriculares Válvulas semi-lunares
interventricular
Tricúspide Bicúspide Pulmonar Aórtica
-Separa a aurícula - Separa o ventrículo
esquerda da direita esquerdo do direito - Separa a aurícula - Separa a aurícula - Separa o ventrículo - Separa o ventrículo
direita do ventrículo esquerda do direito da artéria esquerdo da artéria
direito ventrículo esquerdo pulmonar aorta

Circulação pulmonar e sistémica


Veias cavas Aurícula direita Válvula tricúspide Ventrículo direito Válvulas semilunares

Corpo Artéria pulmonar

Aorta Pulmões

Ventrículo esquerdo Válvula bicúspide Aurícula esquerda Veias pulmonares

Histologia do coração
Esqueleto Músculo cardíaco Sistema de condução
(sistema de suporte)
- Células musculares ramificadas ricas em
- Membrana de tecido fibroso entre as mitocôndrias (contração síncrona)
aurículas e os ventrículos e em redor das - Contração de início lento, mas
válvulas prolongada
- Células musculares cardíacas modificadas
- Apoio rígido para a inserção dos músculos - Células ligadas por discos intercalares que retransmitem o potencial de ação
cardíacos (transmissão dos potenciais de ação de uma elétrico através do coração
célula para a seguinte)
- Isolante elétrico (permite um tempo de - Importante vascularização
contração adequado) - Respiração aeróbia
33

- Ciclo cardíaco: processo de bombagem repetitivo que se inicia com o começo da contração muscular
cardíaca e acaba com o início da contração seguinte

- Sístole: contração

- Diástole: dilatação

Sístole Diástole
Contração Período de ejeção Período de relaxamento Enchimento ventricular Enchimento ventricular
Isovolumétrica isovolumétrico passivo ativo
- Contração ventricular, - Relaxamento - Fluxo de sangue das
mas o volume mantém- - Abertura das válvulas ventricular, mas o aurículas (onde a pressão
se constante semilunares volume mantém se é mais elevada) para os - Contração auricular
constante ventrículos (onde a com impulso do sangue
- Todas as válvulas - Todas as válvulas pressão é mais baixa, por para os ventrículos
fechadas fechadas se encontrarem
relaxados)

Nota: O sangue passa sempre do local de maior pressão para os de menor pressão.
Isovolumétrico: Volume mantém-se e válvulas ficam fechadas

Atividade elétrica do coração


Os potenciais de ação têm Propaga-se pelo nódulo AV e O Feixe de His tem dois ramos, Os potenciais de ação são
origem no nódulo sinosal (SA) e pelo Feixo de His, que se o direito e o esquerdo e é transportados pelas fibras da
propagam-se através da parede estande através do esqueleto através desses ramos que os Rede de Purkinje até às paredes
da aurícula até ao nódulo fibroso até ao septo potenciais de ação descem para ventriculares
auriculoventricular (AV) interventricular o vértice de cada ventrículo

O nódulo AV está ligado ao - Os potenciais de ação sofrem - A deslocação dos potenciais de


Nódulos SA e AV estão situados septo interventricular pelo Feixe um atraso no nódulo AV, ação pelo feixe AV, seus ramos
na aurícula direita AV que dá origem às fibras da permitindo a contração da e fibras da rede de Purkinje
Rede de Purkinje aurícula e passagem de sangue provocam a contração dos
para os ventrículos ventrículos (com início no apex)
34

Eletrocardiograma (ECG)
- Lê a condução dos potenciais de ação, isto é, a passagem de corrente elétrica.
- Assim indica a soma dos potenciais de ação, isto é, os eventos elétricos que causam a contração e o relaxamento das aurículas e
ventrículos.
Onda P Complexo QRS Onda T Onda Q
- A repolarização das
- Despolarização das - Despolarização dos aurículas ocorre durante - Repolarização dos
aurículas: início da ventrículos: contração o complexo QRS (não é ventrículos - Indica patologia
contração auricular ventricular visível)

Pressão arterial = Débito cardíaco x Resistência Vascular


Quantidade de sangue Totalidade da resistência de
Pressão com que o sangue
bombeado pelo VE para a encontro à qual o sangue é
circula nos vasos
aorta por minuto bombeado (diâmetro das
artérias)

Volume de Ejeção - Volume Frequência cardíaca –


de sangue que sai do Número de vezes que o
coração durante cada coração se contrai por
batimento minuto

Regulação da função cardíaca


Pré-carga Inotropismo Pós-carga
- Lei de Starling: O músculo cardíaco tem - Carga imposta ao miocárdio no início da
- Carga imposta ao miocárdio antes do a capacidade de aumentar a sua força de contração
início da contração contração proporcionalmente ao - Pós carga - soma das forças que se
aumento do seu comprimento opõem ao esvaziamento ventricular
durante a sístole
- Tensão parietal ventricular durante a
- Como o músculo distenda as fibras ficam - Assim, quanto mais distendidas sístole e depende de fatores variados
com maior cumprimento determinando o estiverem as fibras musculares no final do como a pressão que a contração dos
volume ventricular enchimento, maior será a sua força de ventrículos tem de produzir para superar
contração a pressão na aorta e impulsionar o sangue
para dentro desta durante a sístole
35

Sistema Arterial
Artéria Aorta Sai do coração e nasce
Artéria Aorta no ventrículo esquerdo Artéria da cabeça,
pescoço e
membros
Aorta Subdividida Aorta ascendente Crossa da superiores
descendente no diafragma Aorta

Parótida
Carótida
Artéria coronária Artéria posterior
posterior
Aorta torácica esquerda coronária esquerda
esquerda
direita Tronco
braquiocefálico
Aorta
abdominal Artéria descendente Artéria
anterior circunflexa Subclávica esquerda

Artérias diagonais Artérias obtusas


marginais

Mais ao pormenor: Poplítea


Aorta Digital
Descendente

Torácica
Abdominal

Ramo Ramo
parietal Renais
visceral

Intercostal Ilíaca Primitiva


Brônquica
Diafragmática Mesentérica superior
Esofágica e inferior
Superior Tronco celíaco

Tronco cefálico
36
Artéria da cabeça,
Crossa da pescoço e
Aorta membros
superiores

Tronco Carótida Posterior Subclávia


Braquiocefálico Esquerda Esquerda

Carótida Torácica
Primitiva Subclávia externa
Direita Direita Externa Interna
Tronco
Artéria tireocervical
vertebral
Irriga o Cérebro Basilar
Vertebral
Torácica
Interna
Cerebral
Posterior
Tronco
Tirocervical
Cerebral
Anterior

Comunicante
anterior

Artérias dos Membros Superiores


Subclávia

A artéria é sempre
a mesma, apenas
Axilar
vai mudando o
nome

Umeral

Umeral Profunda

Radial Cubital

Arcadas
Palmares

Artérias
Digitais
37

Polígono de Willis

Comunicante anterior Cerebral Anterior Carótida Interna Comunicante posterior Cerebral posterior

Sistema Venoso
Três grandes veias fazem o retorno venoso ao coração

Sistema Venoso

Traz sangue da Traz sangue que irriga o


cabeça, pescoço, tórax
Veia cava superior Veia cava inferior Seio coronário coração de volta a este
e membros superiores

Traz o sangue do abdómen, bacia


e membros inferiores
38
39

Veias torácicas

Troncos branquiocefálicos Veia ázigo Veia hemiázigo Veia hemiázigo


acessória

Entram diretamente
na veia cava inferior

Veias dos membros


inferiores

Profundas Superficiais

Peronial Safena interna

Tibiais anterior e Safena externa


posterior

Popliteia

Femural

Ilíaca externa
40

Veias gástricas

Veias provenientes
Transporta o sangue que contém
do estômago,
Veias porta substâncias e nutrientes de vários órgãos
intestino, baço e
para o fígado
pâncreas

Drena o intestino Via mesentérica


Veia esplénica Drena o baço
delgado e parte do superior
cólon
Recebe

Veia mesentérica inferior Veia pancreática

Drena o cólon Drena o pâncreas


descendente e o reto

Circulações especiais
• Circulação coronária
• Circulação cutânea
• Circulação no músculo esquelético
• Circulação cerebral
• Circulação intestinal
• Circulação hepática
• Circulação fetal

1. Circulação coronária
Assegurada pelas artérias e veias coronárias pois o fluxo cardíaco nestes vasos não é contínuo.

Quando o músculo cardíaco contrai na sístole, os vasos Quando o músculo cardíaco relaxa durante a diástole, os vasos
sanguíneos da parede cardíaca são comprimidos e o sangue não deixam de estar comprimidos e o sangue circula.
circula.
41

2. Circulação fetal
Placenta Veia umbilical Ductus venosus Foramen ovale Ductus arteriosus

Como os pulmões são Tem como função Comunicação entre Canal que conecta a artéria pulmonar
funcionalmente levar o sangue a veia cava inferior Orifício no septo à aorta e que desvia o sangue venoso
inativos, existe uma oxigenado e a veia umbilical e que separa a dos pulmões para a aorta, depois para
dependência da proveniente da é graças a ele que o aurícula esquerda a artéria umbilical que lava até à
placenta para fornecer placenta para todo sangue chega à da direita. placenta (visto que estes ainda não
oxigénio e nutrientes. o corpo aurícula direita. são ativos).

• Assim, o sangue oxigenado vem da placenta pela veia umbilical onde se divide em dois: parte vai para a circulação hepática
e outra vai pelo ductos venosus até à veia cava inferior. Entra na aurícula direita e passa para a esquerda pelo foramen
ovale.
• Vai para a aorta e parte vai para a cebeça, coronárias e extremidades superiores e outra parte, após misturar-se com o
sangue do ductos arteriosus é distribuído para o resto do corpo (incluindo a placenta).

No nascimento, os pulmões tornam-se ativos e há encerramento dos vasos umbilicais, ductos e forâmen ovale. (Se o forâmen não
fechar haverá o risco de insuficiência cardíaca).

Em resumo:

Placenta Veia umbilical Ducto Veia cava Aurícula Foramen


venoso inferior direita Ovale

Ducto Ventrículo
arterial direito Aurícula
esquerda

Ventrículo
Artéria umbilical Corpo Aorta
esquerdo
42

Tubo Digestivo

Aparelho Digestivo

Tubo Digestivo Glândulas Anexas

- Boca; - Glândulas salivares;


- Faringe; - Fígado;
- Esófago; - Pâncreas;
- Estômago; - Vesícula Biliar
- Intestino delgado;
- Intestino grosso;
- Reto;
- Ânus

Histologia do Tubo Digestivo

+ Interna + Externa
Mucosa Submucosa Muscular Serosa/ Adventícia

- Epitélio pavimentoso - Músculo Liso


estratificado: - Camada Interna Circular
- Boca - Camada espessa de - Camada Externa Longitudinal - Tecido conjuntivo
- Orofaringe tecido conjuntivo
- Esófago - Nervos (Plexo Exceção: - Epitélio pavimentoso simples
- Canal Anal Submucoso – Plexo de - Parte superior do estômago tem
meissner) músculo estriado - 2 tipos:
- Epitélio Cilíndrico: - Vasos Sanguíneos - Estomago não tem 2, mas sim 3 - Peritoneu Visceral (reveste os
- Restante tubo - Glândulas camadas de músculo liso órgãos
- Peritoneu Parietal (reveste o
- Lâmina própria (Estômago e esófago - Plexo mioentérico (plexo de interior da cavidade abdominal)
não possuem) Auerbach): controla a motilidade
- Músculo liso (muscularis intestinal e situa-se entre as duas
mucosae) camadas de músculo liso.
43

Tubo Digestivo
Cavidade Oral Faringe Esófago Estômago
Vestíbulo (Dentes)

Lábios
• - Fundo
• Bochechas • Nasofaringe - Anterior às vértebras - Corpo
- Funções dos lábios e - Palato Mole: Coanas - Posterior à traqueia - Piloro
bochechas: Mastigar, falar, - Epitélio cilíndrico pseudo- - Passa através do hiato - Antro pilórico
expressão facial. estratificado esofágico do diafragma - Canal pilórico
- Amígdalas faríngeas ou - Epitélio pavimentoso - Esfíncter pilórico
• Palato ademóides estratificado húmido - Grande curvatura
- Parte Óssea: Palato duro - Trompas de Eustáquio - Pequena curvatura
- Parte não Óssea: Palato progridem desde o ouvido - Parte superior: Músculo
mole - Úvula médio e abrem-se na esquelético - Mucosa: Epitélio cilíndrico
- Função: Deglutinação- nasofaringe. simples
impede a passagem para as - Parte inferior: Músculo - Células mucosas da superfície
vias nasais. • Orofaringe liso (protegem a parede gástrica)

- Palato Mole: Epiglote - Células mucosas do colo (produzem


muco que protege a parede gástrica)
• Amígdalas - Epitélio pavimentoso - Esfíncter esofágico - Células parietais (HCL e fator intrínseco)
• Língua estratificado superior: conecta à faringe - Células principais (pepsinogénio e lípase
- Amígdalas lingual (1/3 - Parte lateral: Amígdalas gástrica)
posterior) palatinas - Esfíncter esofágico inferior - Células endócrinas (produção de
- Funções: Mistura de ou cárdia: conecta ao hormonas)

alimentos; Deglutinação; • Laringofaringe estômago


paladar e fala - Epiglote-esófago - Muscular
- Epitélio pavimentoso - Túnica muscular longitudinal
• Músculos Intrínsecos estratificado - Túnica muscular circular
- Túnica muscular oblíqua
• Músculos Extrínsecos
- Serosa

menos intensa - placas


de Peyer)

- 2 glândulas anexas:
Fígado e Pâncreas ligados
ao duodeno
44

Glândulas Anexas
Glândulas salivares Fígado Pâncreas

Constituição: - Cabeça, Corpo e Cauda


- Hilo Hepático:
Estruturas que entram: - Glândula endócrina
- Veia porta - Produzem insulina nas células beta e
- Artéria hepática glucagon nas células alfa.
- Plexo nervoso -Produzem somatostatina
- São formadas por alvéolos Estruturas que saem:
mucosos, serosos ou mistos. - Canais hepáticos direito e esquerdo - Glândula exócrina
- Vasos linfáticos - Glândula Acinar (Ácinos) que
- 3 Tipos: produzem enzimas digestivas.
Glândulas Parótidas: - 2 Lobos Principais (esquerdo e direito) separados pelo - Canal pancreático acessório
- Secreção ligamento calciforme - Esfíncter de Oddi
predominantemente serosa - Canais intralobulares e intercalares
- 2 Lobos Menores (lobo caudado e lobo quadrado) formam canais interlobulares que se
Glândula submandibular: ligam ao canal pancreático principal ou
- Secreção mista - Constituído por vários septos formando Lóbulos de Wirsung
Hexagonais
Glândula sublingual: Secreções Pancreáticas
- Secreção - Lóbulos Hexagonais/ Hepáticos: As Secreções exócrinas (suco
predominantemente - Um sistema porta em cada vértice: pancreático) são produzidas no
mucosa - 3 vasos: veia hepática, artéria hepática e canal pâncreas e é libertado no intestino
hepático delgado pelos canais pancreáticos.
- No centro do Lóbulo:
- Veia central → veia hepática → veia cava inferior 2 componentes:
- Componente aquosa
- Hepatócitos (6 funções = às do Fígado) - Inibe a ação da pepsina pela elevação
- Síntese de bílis do pH.
- Armazenamento - Proporciona ambiente favorável à
- Biotransformação de nutrientes ação das enzimas pancreáticas.
- Desintoxicação - Componente enzimática
- Fagocitose - As enzimas ajudam na digestão
- Síntese de componentes sanguíneos - Enzimas proteolíticas (digerem
proteínas)
- Sinusoides hepáticos - Amílase pancreática
- Lípase pancreática
- Canalículos biliares - Desoxirribonucleases e Ribonucleases
45

Funções do tubo digestivo:

Ingestão Mastigação Propulsão Mistura Secreção Digestão Absorção Eliminação


Entrada do Movimento Movimento dos Secreção de muco, - Mecânica Movimento de Remoção
alimento da mandíbula alimentos de uma Mistura água e enzimas (mastigação moléculas para a dos produtos
pela e músculos zona do tubo para com as que transforma o e mistura) circulação de excreção
cavidade da outra por: enzimas alimento em sanguínea ou (intestino
oral mastigação - Deglutição pequenas - Química linfática (intestino grosso)
- Peristaltismo moléculas (enzimas) delgado)

Deglutição
3 Fases:
Cefálica Faríngea Esofágica
Constritor inferior da faringe contrai - Movimento do bólus do esófago para o
Alimento empurrado para a orofaringe. esfíncter esofágico superior relaxa estômago através de contracções
- Fase Voluntária (entrada do bólus no esófago) peristálticas
- Fase Reflexa - Fase Involuntária

Secreções gástricas

Constituintes
Muco Ácido Clorídrico Gastrina Histamina Fator Intrínseco Pepsinógenio
- Alcalino e viscoso - Resulta no baixo - Glicoproteína - Forma inativa da
- Reveste e protege pH - Atua na - Atua na produzida pelas células pepsina
as células da parede - Matar as regulação da regulação da parietais. - Estimulado a
do estômago do bactérias que secreção secreção - Liga-se à vitamina transformar-se em
quimo ácido e da ingerimos estomacal estomacal B12 para que esta seja Pepsina (enzima que
pepsina juntamente com absorvida mais digere as proteínas)
os alimentos facilmente
Fases
Cefálica Gástrica (alimento entra no estômago) Intestinal (Quimo entra no duodeno)
- Estimulação do bulbo raquidiano pelo - Distensão do estômago e ativa - O quimo no duodeno com pH<2 inibe a secreção
meio exterior um reflexo parasimpático em gástrica de 3 formas:
- Estimulação da secreção das células que os nervos vagos (NC X)
parietais, principais e endócrinas transportam os potenciais de - Os quimiorrecetores no duodeno são estimulados
- A gastrina é libertada na circulação e ação para o Bulbo raquidiano pelo H+, os potenciais de ação gerados inibem
desloca-se até às células parietais - Secreções por células potenciais de ação parassimpáticos, diminuindo as
- Secreção de HCl, de pepsinogénio e de parietais, principais e secreções gástricas.
histamina endócrinas. - Reflexos locais ativados pelo H+ ou por lípidos
- Reflexos locais que aumentam também inibem secreções gástricas
a secreção gástrica. - Secretina e Colecistoquinina produzidas pelo
- A gastrina é transportada pela duodeno também diminuem as secreções
circulação de volta ao estômago gástricas.
46

Secreções biliares
Canal Hepático Canal Hepático
Esquerdo (1) Direito (2)

Canal Hepático Canal Cístico


Comum (3) (4)

O (1) e o (2) unem-se para


Canal Colédoco Canal (6)
formar o (3). A este canal une- (5) Pancreático
se o (4), que provém da vesícula
biliar, para formar o (5). O (5) e Ampola (7)
o (6) unem-se e formam a (7) Hepatopancreática
que drena para o duodeno ao
nível da (8). Grande Papila
Duodenal (8)

Sistema Hematopoiético

Medula óssea Sangue periférico Sistema Linfático


- Órgãos Linfáticos: Baço, gânglios linfáticos, tecido linfático, timo
- Tecido gelatinoso que e amígdalas
preenche a cavidade interna - Tipo de tecido conjuntivo
dos ossos - Células e fragmentos de células - Gânglios linfáticos: macrófagos e células dendríticas fagocitam
- Produção de elementos (elementos figurados) antigénios, processam-nos e apresentam-nos aos linfócitos →
figurados do sangue periférico - 8% do peso corporal produção de anticorpos, células de memória

- Linfa, vasos linfáticos


47

Funções do sangue (tipo de tecido conjuntivo):


- Transporte de gases, nutrientes e produtos de degradação

- Transporte de moléculas processadas (ex: vitamina D)

- Transporte de moléculas reguladoras (hormonas e enzimas)

- Regulação do pH e osmose

- Manutenção da temperatura corporal

- Proteção contra substâncias estranhas

- Formação de coágulos

Plasma (55%) Elementos figurados (45%) – formados através do processo de hematopoiese que ocorre na
medula óssea vermelha
Glóbulos Vermelhos ou Glóbulos brancos ou leucócitos Plaquetas ou trombócitos
hemácias (menos frequentes)

2 grandes grupos:

- 91 % de água - Agranulócitos
- 9% de proteínas - Tempo de semivida de 120 - Monócitos (3 a 8%): maiores
(Albumina, Globulinas e dias e não se dividem entre si dimensões (transformam-se em - Responsáveis pela
Fibrinogénio), iões, macrófagos e libertam heparina – coagulação do sangue
nutrientes, produtos - Função: Transporte de anticoagulante) (formação do rolhão
degradados, gases e Oxigénio, através da - Linfócitos (20-25%): produzidos no plaquetário e promovem a
substâncias reguladoras. hemoglobina (Globulina + sistema linfático e não na medula formação e contração dos
grupo heme com ião ferro) (respondem a infeções virais) – coágulos que ajudam a
- Colóide (líquido com - Oxihemoglobina (ligado a O2) Linfócitos T (diferenciam-se no timo e ocluir lesões maiores
partículas em suspensão) - Desoxihemoglobina (sem O2) matam) e B (diferenciam-se no baço e existentes nos vasos)
- Carbaminohemoglobina produzem anticorpos)
- Soro ≠ Plasma (ligada a CO2) - Cerca de 5 a 9 dias de vida
(Soro não tem fatores de - Se a hemoglobina estiver - Granulócitos (origem comum no
coagulação) baixa estamos perante uma mieloblasto) - Fragmentos de células
anemia. - Neutrófilos (60-70%): principal compostos por uma
sistema de defesa contra bactérias pequena quantidade de
- Têm a capacidade de mudar a (fagocitose) citoplasma envolvido por
sua forma - Eosinófilos (2-4%): Destroem uma membrana plasmática
histamina (importantes na resposta
- Formados per eritopoiese inflamatória) - O citoplasma da plaqueta
- Basófilos (0,5-1%): granulações contém actina e miosina
- Anidrase carbónica: intensas
catalização da combinação de - Superfície tem
dióxido de carbono com água. - Capacidade de migração glicoproteínas e proteínas
- Movimentos ameboides (mudam a que permitem fixar-se a
forma e dirigem-se para onde querem) outras moléculas
- Quimiotaxia (respondem a estímulos
químicos)
- Fagocitose
48

Hematopoiese

Hemóstase

Ação de parar uma hemorragia


Espasmo vascular Formação do rolhão plaquetário Coagulação

- Formação de um coágulo em que existe


um vaso contraído e é formado por
plaquetas e uma rede fibrina que retém as
plaquetas.

- Encerramento imediato, mas temporário - Adesão das plaquetas às feridas devido - Tem de existir múltiplos fatores de
de um vaso sanguíneo (diminui o calibre ao fator de Von Willebrand coagulação (dependentes de vitamina K e
para estancar) cálcio), trombina (+ trombina → + fibrina
- Contração da musculatura lisa da parede - Atração de mais plaquetas (através do → + fatores de coagulação), fibrina
vascular tromboxano) para o recetor (Glicoproteína (sustenta o coágulo e é a reformação do
- Contração secundária a reflexos IIB/IIIA) e formar uma agregação fibrinogénio)
nervosos, espasmo miogénico local e plaquetária
factores químicos - Via intrínseca
Inicia-se com substâncias químicas que estão dentro
das células. Quando existe dano, é exposto colagénio
no sangue que ativa os fatores de coagulação

- Via extrínseca
Molécula que dá início está fora do sangue. Os
tecidos lesados libertam tromboplastina que se liga
aos fatores de coagulação.

- Via comum
Depois do fator X ativo, a protrombina gera a
trombina que faz com que o fibrogénio passe a
fibrina e forme a rede de fibrina que sustenta o
coágulo.

Conclusão: Apesar de ser via intrínseca ou extrínseca,


o final do processo é sempre via comum
49

Nota:
No entanto existem anti-coagulantes naturais para que a coagulação não ocorra permanentemente e o
sangue não fique todo coagulado (impedem os fatores de coagulação de iniciar a formação de
coágulos).

- A heparina e a antitrombina inibem a atividade da Trombina (fibrinogénio não é convertido em fibrina)

- A prostaciclina neutraliza os efeitos da trombina (vasodilatação e impede a libertação de fatores de


coagulação a partir das plaquetas)

Transfusão – introduzir sangue no corpo

Transfusões sanguíneas – introduzir sangue no corpo

Quando existe uma transfusão deve se ter conta o grupo sanguíneo das pessoas.

Os grupos sanguíneos são determinados pelos antigénios de superfície dos eritrócitos (aglutinogénios).
Os anticorpos (aglutininas) podem ligar-se aos antigénios de superfície dos eritrócitos produzindo
aglutinação ou hemólise.

Grupos sanguíneos – Classificação ABO


Grupo A Grupo B Grupo AB Grupo O
- Antigénio A nas hemácias - Antigénio B nas hemácias - Antigénio AB nas hemácias - Não tem antigénio nas
- Anticorpo anti B em - Anticorpo anti A em (sem anticorpos para não hemácias (dador universal)
circulação circulação destruir as próprias células – - Anticorpos anti A e anti B em
recetor universal) circulação

Nota: O + recebe de todos, o - só recebe do -, o que faz do O- o dador universal e o AB+ o recetor universal
50

Sistema Rh
Rh positivo Rh negativo

- Hemácias têm antigénio D na sua superfície - Hemácias não têm antigénio D na sua superfície

Nota: No recém-nascido, quando a mãe é Rh- e o feto é Rh + (devido ao pai ser Rh+) o feto morre – Doença hemolítica no
Recém-nascido

Vasos Linfáticos (todos os órgãos menos SN)


- Transportam a linfa dos tecidos e são formados por capilares linfáticos (a diferença para os vasos sanguíneos é que que esses
possuem membrana basal, os linfáticos não o que permite a circulação livre da água e outras substâncias

- A linfa proveniente da - A linfa proveniente dos


- Os capilares - Os metade direita do membros inferiores, pélvis, - Cisterna
linfáticos não têm gânglios tórax, membro superior abdómen, metade - Os troncos jugular, quilosa ou de
membrana basal e linfáticos direito, e metade direita esquerda do tórax e metade subclávio e Pequet –
têm células estão da cabeça e pescoço esquerda da cabeça e broncomediastínicos resultante da
epiteliais distribuídos drena para as veias pescoço drena para as veias podem unir-se para união (em
ligeiramente ao longo torácicas direitas torácicas esquerdas formar o canal alguns casos)
sobrepostas dos vasos linfático direito dos troncos
(entrada fácil de linfáticos - A metade direita do corpo infra-torácica e todo o intestinais e
líquidos nos hemicorpo esquerdo drenam principalmente para o lombares.
capilares) canal torácico

- Troncos e canais linfáticos drenam para o sangue ao nível das veias torácicas (junção das veias jugulares internas e subclávias)

Funções do Sistema Linfático:


- Equilíbrio hídrico → linfa (água e solutos provenientes do plasma / células)

- Absorção de gorduras (quilíferos → quilo)

- Defesa do organismo (gânglios linfáticos e baço)


51

Órgãos Linfáticos
Capsulado (com cápsula e trabéculas) Não Capsulado (Sem cápsula)
maiores mais pequenos

Tecido Nódulos
Gânglios Linfáticos Baço/Esplénico Timo Linfático Linfáticos Amígdalas
Difuso (MALT)
- Localizado no - Placas de
- Apresenta um vaso hipocôndrio esquerdo - Linfócitos, Peyer: existem
aferente (por onde (cavidade abdominal) macrófagos e no íleo do
entra a linfa que se outras células intestino - Agregados de nódulos
destina à filtração) e - 2 superfícies: - Composto por dispersas delgado e no linfáticos na cavidade
um vaso eferente (por Gástrica e Renal 2 lóbulos apêndice oral e na nasofaringe
onde sai a linfa depois - Liga-se aos
da filtração) - Hilo (no centro): com - Função tecidos -Folículos -3 grupos:
uma veia esplénica e uma principal: circundantes linfoides: Palatinas (parte lateral
- Aprisiona as artéria esplénica maturação dos existentes nos da orofaringe)
substâncias estranhas linfócitos T -Está gânglios Faríngea (Nasofaringe)
para serem - Cápsula, trabéculas, associado a linfáticos e baço Lingual (1/3 posterior
combatidas substância polposa branca mucosas (em da língua)
e substância polposa todos os
vermelha órgãos que
possuem
-Filtra o sangue e controla mucosa existe
a defesa do organismo MALT em
baixo dessa
mucosa que
confere
proteção ao
órgão)

Funcionamento Sistema Linfático


Água sai do sangue para o A linfa percorre os vasos
Passa para os capilares
espaço intersticial (onde linfáticos chegando a
linfáticos (onde se forma a
não pode permanecer e todos os órgãos e nódulos
linfa)
tem de ser reabsorvida) (onde se filtra)

O baço faz a filtração do Passa depois para o ducto


sangue e ao mesmo tempo A gordura que é absorvida torácico esquerdo e ducto
ao longo do intestino
formam-se na medula torácico direito onde a
delgado pelos quilífricos
linfócitos B e pré-T que linfa é drenada pois a água
realizam a sua ação ao vai formar o quilo que vai é necessária no S.
nível dos gânglios. para o ducto torácico Circulatório
52

Imunidade (capacidade de resistir a um ataque externo)


• Inata (ou não específica): Ataca qualquer organismo

Interligados
• Adaptativa: Específica que ataca um organismo em particular com uma ação
específica àquele organismo. Tem como características a ESPECIFICIDADE (reconhecer
determinada substância) e a MEMÓRIA (recordar contactos prévios)

Imunidade Inata Imunidade Adaptativa


- Antigénios: grandes moléculas que estimulam uma resposta imunitária adaptativa
- Anticorpos: proteínas que defendem o organismo de antigénios dos corpos
estranhos
- Haptenos: pequenas moléculas que se combinam com outras para estimular uma
resposta imunitária adaptativa
- Linfócitos B: responsáveis pela imunidade mediada por anticorpos
- Linfócitos T: implicados na imunidade mediada por células

- Funções: Fagocitose de bactérias e outros - Ativação dos linfócitos (recetor antigénico (recetor da célula B ou T) na superfície do
agentes invasores, Destruição de linfócito combina-se com o determinado antigénico)
microrganismos
- Inibição dos linfócitos (eliminação de células autorreativas e prevenção da ativação
COMO? - 3 componentes: dos linfócitos)

1. Fatores mecânicos: evitam a entrada de 1. Imunidade Mediada por anticorpos (ocorre à custa das células B) – proteção contra
microrganismos (pele e mucosas) ou removem- organismos extracelulares (o anticorpo liga-se ao antigénio para que as células
nos (lágrimas, saliva e muco) responsáveis por destruírem reconheçam a substância como estranha e a matem)
• IgM (marcador de infeção aguda), IgG (aumentado em infeção crónica), IgA,
2. Mediadores Químicos: Histamina (alergias), IgE, IgD
interferões (atacam e matam vírus) e
complemento (atacar substâncias externas)
que promovem a fagocitose

3. Células: leucócitos, células natural killer, NK


(provocam a lise celular das células tumorais e
células virais)
2. Imunidade Mediada por Células (ocorre à custa das células T) – proteção
- Resposta Inflamatória (sequência complexa de contra organismos intracelulares
acontecimentos que envolve muitos dos • Depois da entrada de uma proteína intrusa, esta é fragmentada formando o
mediadores químicos e das células da complexo histocompatibilidade major (MHC) de classe I (mata diretamente
imunidade inata): Após inflamação, ocorre um as células), ou pode ser ingerida por endocitose ficando dentro de uma
processo que repara o tecido e que combate os vesícula e formando o complexo histocompatibilidade major (MCH) de classe
agressores II (estimula-se a defesa por células imunitárias)

- Adquirir Imunidade Adaptativa:


1. Imunidade natural ativa: exposição natural a um antigénio.
2. Imunidade artificial ativa: exposição deliberada a um antigénio
(vacinas)
3. Imunidade natural passiva: transferência de anticorpos da mãe para o
feto ou para o bebé
4. Imunidade artificial passiva: transferência de anticorpos (ou células de
um animal imune para outro não imune
53

Sistema Hidro-eletrolítico

Compartimentos de líquidos orgânicos (são diferentes)


Líquido intracelular Líquido extracelular

- 20% do peso corporal

- Todo o líquido existente no exterior das células:

1. Líquido intersticial (15%)


- 40% do peso corporal, sendo que varia no homem e na 2. Plasma (5%)
mulher (devido à quantidade de tecido adiposo, visto que a 3. Linfa, Líquor (Líquido Cefalo-raquidiano), líquido
fração de peso composta por água diminui quando sinovial (articulações)
aumenta a quantidade de tecido adiposo → mulheres têm
mais tecido adiposo)
- Na+ (excretado no rim)→ principal ião extracelular (Na+
- Todo o líquido das milhares de células existentes no no filtrado – Na+ reabsorvido sendo que a taxa de filtração
organismo glomerular determina a quantidade de Na+ que entra no
Nefrónio e a aldosterona determina a quantidade de Na+
reabsorvido)

- A concentração extracelular de K+ afeta potenciais de


membrana em repouso (intervalo normais de 3,5- 5,1
mmol/L). A aldosterona aumenta K+ excretado

As membranas que separam os dois compartimentos são permeáveis

Ocorrem trocas contínuas:


- A água difunde-se de um compartimento para o outro (osmose) e as pequenas moléculas e iões (Na+, K+ e Ca2+) são
transportados ou deslocam-se livremente entre eles (influencia a concentração de iões dentro e fora da célula)

- Grandes moléculas (proteínas) têm mobilidade limitada (não atravessam a membrana plasmática, sendo sintetizadas
dentro das células, influenciando a concentração de solutos no interior)

A proporção do peso do corpo que é composta por água diminui ao longo da vida (e esta diminuição é mais acentuada
nos primeiros 10 anos)

A quantidade de Na+ no organismo tem um efeito muito marcado sobre a pressão osmótica extracelular:
se aumenta o Na+ → aumenta a osmolalidade (+ soluto) do LEC (líquido extracelular)
54

Regulação do conteúdo de água


• Homeostasia → volume total de àgua corporal constante (H2O entra = H2O que sai)

• Volume total de H2O que entra por dia = 1500-3000 mL

Fontes de H20 Perda de H2O


- Urina (61%)

- Ingestão (90%) de líquidos (maior) e alimentos - Evaporação (35%)


1. Transpiração
- Metabolismo celular (10%) 2. Vias aéreas

- Fezes (4%)

A ingestão de água depende de mecanismos reguladores


Sensação de Sede (hipotálamo) Sistema renina-angiotensina-aldosterona (em resposta à redução do fluxo
sanguíneo no rim)

- Renina é libertada (pelo aparelho justaglomerular do rim)


- Aumento da osmolalidade, isto é, da concentração de
soluto nos líquidos extracelulares (hiperglicemia) - Formação da angiotensina II que:

1. Estimula a sensação de Sede (cérebro)


- Redução do volume do plasma (ex: choque 2. Secreção de aldosterona pelo córtex supra-renal (reabsorção)
hemorrágico) 3. Vasoconstrição

- Diminuição da Tensão arterial (hipotensão) e os


barorrecetores são ativados

O aumento da
reabsorção de água
provoca a diminuição
da osmolalidade e o
aumento da pressão
arterial
55

Regulação da osmolalidade do líquido extracelular

Nota para nunca esquecer:


- Aumento da osmolalidade é o aumento da concentração de soluto (pouca água que irá entrar por osmose)

- Diminuição da osmolalidade é o diminuição da concentração de soluto (pois a àgua entrou por osmose)
56

Regulação do volume de líquido extracelular

Nota:

HNA (hormona
natriurética auricular)
→ excreta Na+ e água

Nota:
Diminuição da reabsorção de Na+ → aumento do volume de urina → ↓ volume líquido extracelular

Sistema Urinário
Aparelho urinário

Dois rins Uma bexiga Dois ureteres Uma uretra (transporte


(transporte de urina rins --> de urina bexiga --> exterior)
bexiga)
57

Rins (2)
Localização e anatomia externa Anatomia interna Artérias e Veias
(Altura: 11 cm; largura: 5 cm; espessura: 3 cm;)
1. Medula (interna)
- Pirâmide renal (base voltada para fora e
vértices – papilas renais – voltados para o
seio; o seu conjunto forma o cálice menor)
que formam, pelas estriações para o córtex,
os raios medulares 1. Artérias
- Ao conjunto de cálices menores chama-se
- Os rins encontram-se na cavidade grande cálice. Estes agregam-se e formam - Artéria Renal (traz sangue da aorta
abdominal, por trás do peritoneu e dentro a pélvis renal (ou bacinete) que irá originar abdominal e entra no seio renal) → Artérias
da cavidade peritoneal, aproximadamente o ureter Segmentares → Artérias Interlobares →
entre a 12ª vértebra torácica e a 3ª Artérias Arqueadas → Artérias
vértebra lombar, um do lado esquerdo e 2. Córtex (externo) Interlobulares → Arteríola Aferente →
outro do lado direito - Prolonga-se entre as pirâmides renais Corpúsculo Renal
formando o espaço entre elas – coluna
- O rim direito é empurrado pelo fígado renal - Depois de chegar ao Glomérulo Renal, sai
para baixo, estando, anatomicamente, pela Arteríola Eferente → Capilares
numa posição inferior ao esquerdo 3. Nefrónio (unidade funcional) Peritubulares (onde há a passagem de
De cima para baixo: sangue arterial para sangue venoso)
- Cada rim é envolvido pela cápsula renal - Corpúsculo Renal: glomérulo renal +
(camada de tecido conjuntivo fibroso que cápsula de Bowman (podócitos e fenestras) 2. Veias
reveste cada rim), seguida da gordura peri- + artéria aferente (traz para o corpúsculo) +
renal (camada densa de tecido adiposo que artéria eferente (leva do corpúsculo) + - Capilares Peritubulares → Veia
rodeia a cápsula renal) e da fáscia renal aparelho justaglomerular - filtração (células Interlobular → Veia Arqueada → Veia
(fina bainha de tecido conjuntivo laxo que justaglomerulares e mácua densa) Interlobar → Veia Segmentar → Veia Renal
mantém o rim na cavidade abdominal) → Veia Cava Inferior
- Túbulo renal: Tubo Contornado Proximal
- Hilo renal: Bordo interno de cada rim, (reabsorção) + Ansa de Henle (descendente
onde entram a artéria e nervos renais e – água; e ascendente – impermeável) +
onde saem a veia renal e o ureter. Tem o Tubo Contornado Distal (reabsorção de
seio renal Na+, K+ e Cl-)

- Tubo coletor (união de vários TCD que se


liga à papila renal)

3.1 Nefrónio cortical – Ansa de Henle mais


curta e estão no córtex (85%)
3.2 Nefrónio Justamedular – Ansa de Henle
mais longa situados na parte mais interna
do córtex (15%)
58

Produção de urina
Filtração Reabsorção Secreção
(corpúsculo renal) (Tubo Contornado Proximal e Ansa de Henle) (Tubo Contornado Distal)

- Filtração do sangue que chega ao rim, - Filtrado é reabsorvido por transporte


originando o filtrado precursor de urina passivo - difusão simples e facilitada (água,
ureia e compostos lipossolúveis não
- O filtrado é composto por plasma sem polares), transporte ativo (sódio através da - Secreção permite a manutenção do pH do
células sanguíneas ou proteína parede do nefrónio) e simporte (iões e sangue
moléculas) do nefrónio para os capilares
- 99% é, depois, reabsorvido peritubulares - Secreção de H+ tanto no Tubo Contornado
Distal como no Tubo Contornado Proximal
- Taxa de filtração glomerular (19% de todo - 65% do filtrado é absorvido no Tubo
o plasma que chega ao rim e que é filtrado Contornado Proximal, com gasto de energia - Secreção de K+ no Tubo Contornado Distal
no glomérulo): regulada pelo mecanismo de
auto-regulação e pela estimulação simpática - 15% de reabsorção na Ansa de Henle: Mecanismo de Contracorrente
ramo descendente – água por osmose; ramo
1. Mecanismo de Auto-Regulação (permite ascendente – reabsorção ativa dos solutos - Filtrado circula num sentido e o sangue
que a TFG se mantenha constante, circula no sentido oposto, o que permite
independentemente das variações da - Ocorre ainda reabsorção ao nível do Tubo que a reabsorção e a secreção ocorram.
pressão arterial) Contornado Distal e do Tubo coletor (local
onde se concentra a urina)
- Aumento PA → arteríola aferente contrai
→diminui o seu calibre → chega menos Nota – Regulação da Concentração de
sangue aos capilares → menos sangue no urina: com a reabsorção, primeiramente,
filtrado saem solutos e a água sai também por
osmose. Em segundo lugar saem mais
- PA baixa → arteríola aferente dilata → solutos mantendo-se o volume de água
arteríola eferente contrai → mais sangue constante → diminui a concentração da
durante mais tempo no glomérulo → mais urina
sangue no filtrado

2. Estimulação simpática (diminui o


diâmetro da arteríola aferente)

2.
2.

3.
Hormona Natriurética auricular Inibe a ADH Água não é reabsorvida, havendo um maior volume de urina
59

Órgãos
Ureteres Bexiga Uretra
- Reservatório muscular oco, situado na - Função: transportar urina para o exterior
cavidade pélvica, com a capacidade de
distender de forma a acomodar um grande - Sai da bexiga pela sua porção antero-
- Função: transportar a urina dos rins à volume de líquido inferior
bexiga
- Possui trígono vesical (área triangular da - Homem: estende-se até à extremidade do
- Dirigem-se para baixo e para a linha parede da bexiga delimitada pénis onde se abre para o exterior e é
média, indo do bacinete, situado no hilo posteriormente pelos ureteres e constituída por 3 partes – uretra prostática,
renal, até à bexiga e entram na bexiga na anteriormente pela uretra): difere uretra esponjosa e uretra membranosa
sua face postéro-lateral histologicamente da restante parede e é
sujeita a expansão mínima quando a bexiga - Mulher: muito mais curta e exterioriza-se
enche – o aumento ou a diminuição do seu no vestíbulo, anteriormente à abertura
volume dependem da quantidade de urina vaginal
presente
- Junção uretra-bexiga
- Função: armazenar urina
Tecido conjuntivo elástico e músculo liso
- Homem: imediatamente anterior ao reto que retém a urina na bexiga até a pressão
- Mulher: imediatamente antero-inferior ao aumentar o suficiente para forçar a sua
útero saída → permite que se consiga contrair a
bexiga e controlar a urina

- Homens: possuem um esfíncter uretral


interno funcional – contrai para evitar que
o esperma entre na bexiga durante as
relações sexuais

- Mulheres: esfíncter uretral interno não


funcional porque o tecido e o músculo liso
são suficientes para reter a urina

- O esfíncter uretral externo (músculo


esquelético que circunda a uretra à medida
Histologia dos Ureteres e da Bexiga que esta atravessa o pavimento pélvico) é
importante nos dois sexos
Interno
- Epitélio de transição
Os esfíncteres controlam o fluxo de urina
- Lâmina própria (tecido conjuntivo)
através da uretra
- Camada muscular (músculo liso)
- Adventícia fibrosa (tecido conjuntivo)
- Histologia: epitélio cúbico estratificado ou
Externo
pseudoestratificado
1. Bexiga tem a parede muito mais espessa que a do ureter e distende porque:

- Camadas exteriores ao epitélio, compostas por músculo liso – Músculo Detrusor – que ao
contrair expulsa toda a urina da bexiga

- Parede com grandes pregas que se desfazem para aumentar a capacidade da bexiga,
diminuindo o nº de camadas de células à medida que aumenta o volume da urina
(4 a 5 camadas quando a bexiga está vazia → 2 a 3 quando está cheia)

- O revestimento da bexiga é de epitélio de transição que é distensível


60

Fluxo de urina pelo nefrónio e ureteres


Pressão hidrostática é de 10 mmHg na cápsula de Bowman e de 0 mmHg no bacinete, logo como o filtrado se desloca dos locais de
maior para os de menor pressão, percorre o nefrónio até ao bacinete. A partir daqui, já nenhum gradiente de pressão interfere com
a circulação passando até à bexiga por:
- Estimulação Parassimpática que aumenta a frequência das
- Contrações peristálticas das paredes dos ureteres (músculo liso ondas peristálticas nos ureteres (ex: situação de relaxamento)
circular).
Ou
- Propagam-se do bacinete até à bexiga e duram uns segundos
(até 2 a 3 min) - Estimulação Simpática que diminui a frequência das ondas
peristálticas (ex: situação de stress – porque o foco não é urinar)

Nota: A pressão interna da bexiga comprime o segmento do ureter que penetra na bexiga prevenindo o refluxo de urina

- Quando não há urina na bexiga, a sua pressão interna é 0 mmHg

- Com um volume de urina de 100 mL, a pressão sobre para 10 mmHg e continua a aumentar gradualmente até o volume atingir 400-
500 mL. A partir daqui a pressão sobe rapidamente e começa o desconforto. A capacidade máxima é de 1 L de urina. (A pressão na
bexiga não aumenta proporcionalmente ao enchimento)

- Quando a parede vesical está distendida, ativa o reflexo de micção.

Reflexo de micção
• Micção: processo de eliminação de urina contida na bexiga para o exterior. É integrado na região
sagrada da medula espinhal e modificado por centros existentes na protuberância do cérebro.

• O reflexo de micção integrado na medula espinhal predomina nas crianças e é automático.

• Músculos do abdómen contraem-se enérgica e voluntariamente → aumento a pressão abdominal


→ aumento da pressão aplicada na parede da bexiga → estímulo do reflexo da micção

À medida que a Os potenciais de ação,


Através dos nervos pélvicos,
bexiga enche de transportados pelos Avisa que a bexiga está
enviam potenciais de ação
urina são ativados neurónios sensoriais, cheia
eferentes aos segmentos
recetores de ascendem pela medula
sagrados da medula espinhal
estiramento para o centro de micção

A diminuição dos potenciais de Como resposta, são conduzidos


CONCLUSÃO: potenciais de ação para a
ação leva a que os nervos
motores somáticos provoquem bexiga, pelas fibras
A urina sai da o relaxamento do esfíncter parassimpáticas, dos nervos
bexiga quando a uretral externo para que a pélvicos para contrair o músculo
pressão urina seja eliminada liso da bexiga e ocorrer micção
aumenta o
suficiente para a
forçar a uretra,
enquanto o
esfíncter
externo está
relaxado
61

Sistema Respiratório

Funções:
- Respiração (trocas gasosas essenciais à vida)

- Síntese/secreção/reciclagem do surfactante pulmonar

- Clearence mucociliar (protecção)

- Equilíbrio ácido/base (controlo do pH no sangue)

- Fonação: o ar que atravessa as cordas vocais é essencial para a produção de sons e fala

- Olfato: fossas nasais

Inspiração Expiração
- Processo ativo em que há gasto de energia - Processo passivo em que não há gasto de
porque exige contração energia

- Contração do diagrama (desce) e dos - Relaxamento do diagrama (sobe) e dos


músculos intercostais externos músculos intercostais externos

- Expansão da caixa torácica - Retração da caixa torácica

-  Pressão intratorácica -  Pressão intratorácica

- Fluxo aéreo a favor do gradiente de - Fluxo aéreo a favor do gradiente de


pressão (entrada de ar) pressão (saída de ar)

- Mais rápida (2 segundos) - Mais lenta (3 segundos)


62

Sistema Respiratório Superior

Pirâmide Nasal Fossas Nasais Faringe Laringe

- Espaço desde as narinas (anterior) - Vai da base da língua à traqueia


até às choanas (posterior).
- Estrutura visível que forma - Constituída por 9 cartilagens
proeminência na face - Parede lateral (constituída, interligadas por músculos e
posteriormente, por estruturas - Aparelho respiratório e ligamentos:
- Constituída por porções ósseas e, anteriormente, por digestivo
cartilagíneas e ósseas cartilagem) e septo (Vómer, lâmina - 3 Ímpares
perpendicular do etmóide - Liga-se inferiormente à laringe 1. Epiglote (elástica)
cartilagem do septo nasal) (ap. respiratório) e ao esófago 2. Cartilagem tiroideia (“maçã de
(ap. Digestivo) Adão)
-Pavimento inferior: palato duro 3. Cartilagem cricoideia
- 3 porções: (Cartilagem aritnoideia articula-se com o bordo
postero-superior da cartilagem cricoideia)
1. Rino/nasofaringe (choanas-
palato mole) - 6 cartilagens (3 pares): permitem
2. Orofaringe (palato mole- a existência das cordas vocais
Choanas epiglote) 1. Cuneiformes
Narinas 3. Hipo/laringofaringe (epiglote – 2. Corniculada
laringe/esófago) 3. Aritnoideia
- Funções: - Cordas Vocais: vão da face
- A úvula, projeção do palato anterior das cartilagens aritnóideas
mole, evita que as substâncias até à face posterior da tiroideia.
deglutidas contactem com a Glote- espaço de abertura das
nasofaringe e as fossas nasais. cordas vocais
- A nasofaringe produz muco.
- Trompas de Eustáquio que vão - Funções:
- Funções do ouvido médio até à - Passagem de ar
nasofaringe, igualam as pressões - O encerramento da epiglote evita
- Passagem do ar atmosféricas que substâncias deglutidas não
- Filtração do ar passem para a traqueia
- Fonação
- Humidificação e aquecimento do ar evitando a agressão - Captura (pelo muco) de detritos
das vias aéreas inferiores pelo frio presentes no ar, conduzindo-os
para a faringe - através do reflexo
- Função olfactiva da tosse - mecanismo de defesa

- Câmaras de ressonância para a fala através das fossas


nasais e seios perinasais
63

Sistema Respiratório Inferior

Traqueia Árvore Traqueobrônquica Pulmões


- A Traqueia bifurca originando os brônquios
principais que, posteriormente, se vão - Pulmão direito > Pulmão esquerdo
ramificando em brônquios progressivamente
menores - Face interna: chamada de hilo, onde entram os
brônquios principais, vasos sanguíneos, vasos
- O brônquio direito é mais curto, tem maior linfáticos e nervos
calibre e é mais verticalizado
- Pulmão direito: 3 lobos (Superior, médio e inferior)
- As vias aéreas por onde passa o ar vão
- Tubo membranoso ligado à diminuindo de tamanho, mas aumentado em - Pulmão esquerdo: 2 lobos
laringe, constituído por número:
músculo liso e tecido - Os lobos são separados por cisuras
conjuntivo e reforçado por Brônquios Principais
15-20 cartilagens em forma
de C, que mantêm a traqueia Brônquios Lobares /2ªordem
aberta e permitem a
passagem de ar Brônquios Segmentares/ 3ª ordem

- Termina ao nível da 5ª Bronquíolos (< 1mm de diâmetro) Terminais


vertebra
Bronquíolos Respiratórios
- Funções
Alvéolos Pulmonares
- Captar as partículas - Pleura - membrana serosas sobre cada um dos
estranhas inaladas para a - Alvéolos Pulmonares (unidade funcional do pulmões que os protege (visceral – interior; e parietal
laringe e, posteriormente, pulmão – onde se dão as trocas gasosas): - exterior). As cavidades pleurais são separadas pelo
para a faringe para serem mediastino
deglutidas - Preenchidos com ar;
- Local onde ocorrem as trocas gasosas no - Entre as duas pleuras existe líquido pleural que
pulmão; confere lubrificação dos pulmões diminuindo o atrito,
- Envolvidos por tecido com fibras elásticas permitindo a sua expansão
- Reunidos no saco alveolar
- Epitélio alveolar sem cílios - Vasos linfáticos superficiais (abaixo da pleura
visceral): drenagem da linfa da pleura visceral e da
- Revestidos por 2 tipos de células: superfície pulmonar

1. Pneumócitos tipo I (90%) – maior parte das - Vasos linfáticos profundos (seguem o trajeto dos
trocas gasosas entre o ar alveolar e o sangue brônquios): drenagem da linfa dos brônquios
2. Pneumócitos tipo II - produtores da
surfactante alveolar essencial para a exoansão - Estes vasos saem do pulmão através do hilo
alveolar, evitando o colapso do pulmão pulmonar
64

Fisiologia do Sistema Respiratório


Difusão de Gases Transporte de 0xigénio e Dióxido de Regulação da Respiração
Carbono
- Em média, a PO2 alveolar é de 104 mmHg e a PO2
- Ventilação do sangue que flui para as capilares alveolares é a 40 - O ritmo básico da respiração é
Entrada de ar atmosférico até aos mmHg; assim, o oxigénio difunde-se dos alvéolos → controlado por centros respiratórias
alvéolos capilares pulmonares (a favor do gradiente de localizado no tronco cerebral
pressão). - AVC no tronco cerebral é quase sempre
(O CO2 circula dos capilares pulmonares → alvéolos) fatal

- Difusão de gases - Nos tecidos, O2 circula dos capilares tecidulares → -O tronco cerebral é constituído por 3
Entre os alvéolos e capilares tecidos; e o CO2 tecidos → capilares tecidulares) estruturas essenciais: bulbo,
pulmonares, para que possam ser protuberância e o mesencéfalo, sendo
transportados no sangue até às células - O O2 passa dos alvéolos para os capitares ligado à que, para a respiração, os mais
(perfusão). Ocorre do local com maior hemoglobina importantes são o bulbo e a
concentração para o menor protuberância
- Cada molécula de hemoglobina tem 4 grupos heme
- A difusão através da membrana e cada um destes grupos transporta uma molécula - Centro Respiratório Bulbar:
depende de: de O2

Complexo pré-Bötzinger
- Bulbo dorsal
1. Espessura da Membrana (aumento Curva de dissociação da Oxi- Hemoglobina Ativo na inspiração e é
da espessura diminui o transporte dos responsável pela estimulação da
gases) contração do diafragma
2. Coeficiente de difusão do gás na - Bulbo ventral
membrana (CO2 é 20 vezes superior à Ativo na inspiração e na expiração
de O2)
3. Superfície funcional da membrana
4. Gradiente de pressão parcial do gás - Ritmo da Ventilação:
entre os dois lados da membrana – - O centro respiratório bulbar estabelece
hiperventilação - aumento da pressão o ritmo respiratório basal:
de O2 e diminuição de CO2 alveolar
(aumento de O2 e diminuição de Co2 1º ativa os neurónios que estimulam os
no sangue); hipoventilação (inverso) - - % de hemoglobina saturada com oxigénio para músculos inspiratórios
diminuição da transferência de O2 cada valor de PO2 sanguíneo
para o sangue e aumento de CO2 2º contração muscular (2s) – inspiração
- A Hemoglobina está 100% saturada quando PO2 =
- Relação ventilação - perfusão: 104mmHg à saída dos capilares pulmonares 3º ativação dos neurónios inibidores
- Pressões de O2 entre 104 a 61mmHg a
Indica a relação entre o fluxo hemoglobina tem uma grande capacidade para 4º relaxamento dos músculos (3s) -
sanguíneo e a ventilação (ideal=1 nos captar o O2 nos pulmões expiração
vértices pulmonares) - É possível haver uma insuficiência respiratória até
- A ventilação é maior no ápex ou 60 mmHg de pressão e a hemoglobina continuar a - O controlo da respiração é feito
vértice do que na base porque essa ter a capacidade de transportar O2 também através do:
zona é mais oxigenada -Em pressões inferiores ou = a 60mmHg, a - Córtex cerebral - controla a respiração
- A desigualdade da relação ventilação- hemoglobina já não tem a capacidade transportar de forma involuntária, durante a fala, ou
perfusão é o mecanismo mais O2 voluntária em estado de apneia ou
frequente de hipoxemia. Em repouso é necessário menos O2 do que em hiperventilação
exercício
Em exercício aumentam as necessidades de O2 dos - Sistema límbico- influencia no controlo
tecidos, diminuindo a PO2 sanguínea, pela libertação da respiração associado às emoções.
de O2 para o metabolismo aeróbio celular.
- Regulação química da ventilação
Outros fatores que afetam a afinidade do O2: A informação que o cérebro transmite
- Ph baixo aos músculos da respiração é enviada
- Aumento da PCO2 por quimiorrecetores centrais ou
- Aumento da temperatura periféricos.
65

Avaliação da função pulmonar

- Radiografia

-TC
Exames de Imagem
- Ecografia

- Medicina nuclear;

- Sangue
Laboratório - Líquido pleural

- Lavado bronco-alveolar

- Capacidade de difusão

- Testes de Broncoprovocação

- Gasimetria

- Espirometria (meio de diagnóstico não evasivo, onde se respira, dentro de uma caixa, para um
tubo, segundo as indicações da técnica que se encontra no exterior da caixa).
Mede:

1. Volume pulmonar: quantidade de ar existente no pulmão, num dado momento


Avaliação funcional
respiratória 2. Volume corrente: volume de ar que se inspira ou expira durante cada ciclo respiratório

3. Volume residual: volume de ar que fica nos pulmões depois de uma expiração máxima

4. Capacidade vital: volume máximo de ar que pode ser expelido dos pulmões, por uma
expiração forçada, depois de uma inspiração forçada

5. Volume expiatório forçado no primeiro segundo: quantidade de ar que se consegue


expelir no primeiro segundo

6. Padrão obstrutivo

7. Padrão restritivo
66

Sistema Reprodutor Feminino


Órgãos
Ovários Trompas de Falópio Útero
- 2 pequenos órgãos -Dimensão e forma de pêra média
- São sustentados pelas pregas do ligamento Cima, + largo
largo (ligamento suspensor e ligamento - Fundo
ovárico) - Corpo
- As artérias, veias, vasos linfáticos e nervos - São duas, uma de cada lado do útero, - Colo uterino/cérvix
ováricos penetram no ovário através do associadas ao ovário e com associação à - Canal cervical- é revestido
mesovário mesossalpinge (estrutura do ligamento por epitélio cilíndrico e
largo) contém as glândulas mucosas
cervicais que produzem
muco
Ovário - Orifício externo do canal
- Abre-se diretamente na cavidade cervical - óstio
peritoneal, formando o - Vagina
Baixo, + estreito
Exterior pavilhão/infundíbulo (recebe o oócito do
Histologia: ovário) - “Papa-Nicolau” - exame que permite
- Epitélio ovárico/germinativo - Ampola tubárica avaliar células do canal cervical detetando
- Túnica albugínea - Istmo (+ próxima do útero) neoplasias (cancro do colo do útero)
- Parênquima ovárico (córtex e medula, - Porção intra-mural (atravessa a parede
no córtex é onde estão os folículos) uterina e termina num orifício uterino) Histologia
- Tecido conjuntivo: estroma (denso) Camada Exterior
Interior Útero
- Perimétrico (túnica
Ovulação: serosa/peritoneu)
- O oócito liberta-se do folículo para a - Miomério (túnica
cavidade peronial, sendo rapidamente muscular mais espessa
captado pelas trompas (se for fecundado, do corpo);
forma o ovo/ zigoto e sofre nidação) - Endométrio: formado
- O folículo que se rompeu passa a por epitélio cilíndrico e
denominar-se de Corpo Amarelo que por tecido conjuntivo
produz progesterona e estrogénios: chamado lâmina
• Quando há gravidez, o corpo própria: camada basal e
amarelo aumenta camada funcional
• Quando não há gravidez, forma-se - O pavilhão é revestido por umas extensões
Camada Interior
um folículo atrésico (após 10-12 chamadas franjas e cuja superfície interna é
dias), formando o corpo albicans revestida por epitélio mucoso ciliado. O - No colo do útero a camada muscular tem
epitélio ciliado auxilia a progressão da menos fibras e mais tecido conjuntivo denso
que desaparece
pequena quantidade de líquido e do óvulo
ao longo das trompas - O suporte do útero é feito por vários
ligamentos (largo, redondo e útero-
- A mucosa tubárica fornece nutrientes ao sagrado) e pelos músculo esqueléticos, que
oócito ou ao embrião em desenvolvimento, sustentam o útero à cavidade pélvica e
à medida que este progride ao longo das impedem que este colapse
trompas
67

Órgãos
Vagina Vulva Mama
- Apresenta um mamilo

- Tem uma Aréola circular e pigmentada,


- Canal com 10cm de comprimento que se contendo glândulas mamárias - glândulas
estende desde o útero até ao exterior. - Órgão genital externo areolares que protegem o mamilo e a aréola
da irritação devido à humidade que
- Funções: - Constituição: produzem
- Passagem do fluxo menstrual; - Vestíbulo - local onde se situam os dois
- Penetração; orifícios: meato uretral (anterior) por onde - Cada glândula mamária tem 15-20 lobos
- Nascimento; sai urina e orifício vaginal (posterior) cobertos por tecido adiposo
- Cada lobo tem um canal galactóforo e
- A extremidade superior (forma de cúpula) - Pequenos e grandes lábios lóbulos com sistema de canais
é inserida sobre o colo uterino e forma o - São suportadas pelos ligamentos
fundo de saco vaginal - Clitóris (até 2 cm comprimento - rico em suspensores da mama – ligamentos de
recetores sensoriais) Cooper
- Camada muscular exterior permite a
dilatação da vagina; - Glândulas sebáceas, sudoríparas, - As mamas desenvolvem-se na puberdade
Bartholin (geram humidade na vagina) pela ação da progesterona e estrogénios
- Mucosa de revestimento ou túnica mucosa
interior, produz secreções vaginais - Períneo: região entre a vagina e o ânus: - Mama produtora de leite (lactante):
(lubrificação); centro fibroso - Lóbulos com várias terminações
- Canalículos que se dilatam em sacos
- Orifício vaginal ou abertura vaginal - Alvéolos (armazenam o leite) rodeados de
coberto parcialmente pelo hímen. células mioepiteliais que se contraem para
expelir leite

- A mama não produtora de leite (não


lactante) está presente apenas o sistema de
canais
68
Ciclo Uterino Ciclo Ovárico

Hipófise

LH e FSH
v
Desenvolvimento Folicular
(25 foliculos) → Crescimento

v Produzem
Crescimento do endométrio (5º a 14º dia)
Visto que ocorre a rápida divisão das células
Fase epiteliais remanescentes, tornam-se
v Estrógenos (poucos)
Proliferativa cilíndricas e formam glândulas espirais Fase
(causam o crescimento) vv Folicular
Folículos aumentam

vv

+ Estrogénios

+ LH e + FSH
v
Oócito
completa a
Pico de LH primeira
Ovulação
ao 14º dia divisão e há
v rompimento
7 dias após a ovulação o do folículo
endométrio está preparado para
receber um embrião → Nidação
Oócito é libertado e há
formação do Corpo
v
Amarelo
Desenvolvimento do endométrio que adquire função vvv
secretora - as glândulas espirais iniciam a secreção de
+ Estrógenos e + Progesterona
Fase pequenas quantidades de um líquido rico em glicogénio
Feedback
Secretora devido às grandes quantidades de progesterona Negativo
produzida pelo corpo amarelo
v v - LH e - FSH
Corpo Amarelo
Fase
v Luteínica
vv
Gravidez Não Gravidez
v

HCG Degenera- Atrésia


v v
Continuação da produção
Menstruação
da progesterona
v e v
estrogénios para que o feto v
sobreviva
Fase Degeneração do endométrio pela morte das
Menstrual células, porque o nível de estrogénio e
progesterona baixo → Menstruação
69

Menopausa Gravidez Lactação

- Período fisiológico definido pelo - No momento da fecundação movimento dos - Produção de leite pela mama que se
processo gradual de cessação do espermatozoides é devido a 3 mecanismos: inicia após o parto
ciclo menstrual (amenorreia) e da
ovulação (há pelo menos 1 ano) - Propulsão própria dos espermatozoides - O aumento da progesterona e os
- 45 – 55 anos - Contração muscular do útero estrogénios gera o aumento da Ocitocina
- Menor sensibilidade à estimulação - Contração muscular das trompas e uma diminuição de: GH, Prolactina,
da LH e FSH, com menor nº de Hormonas tiroideias, Glucocorticoides,
folículos, corpos amarelos e - Ovulação: O oócito pode ser fecundado até 24h Insulina
consequentemente diminuição da após a ovulação
produção de estrogénios e Prolactina:
- A HCG (gonadotrofina coriónica humana) é a - Produzida pela adeno-hipófise
progesterona pelos ovários
hormona base dos testes de gravidez porque é - Responsável pela produção de
- Sem capacidade reprodutiva produzida pelo feto mais concretamente pelo leite.
Trofoblasto - Tem picos de secreção

- A progesterona e o estrogénio são produzidos no Ocitocina:


1º trimestre pelo corpo amarelo e no 2º e 3º - Produzida pela neuro-hipófise;
trimestre principalmente pela placenta - Responsável pela secreção do leite
(contração muscular);
- Contração uterina.

- O leite materno nas primeiras semanas


chama-se colostro

Sistema Reprodutor Masculino


Função reprodutora - estágios

1. No estádio inicial, que 2. Da infância à puberdade são 3. No início da puberdade a 4. Finalmente a função
começa na idade fetal e termina muito baixos os ritmos secreção hormonal aumenta reprodutora diminui na fase
no 1º ano de vida (infância), são secretórios hormonais do eixo significativamente (constante). tardia da vida devido à menor
segregados níveis elevados de hipotálamo-hipófise-gónadas e A atividade reprodutora está responsividade (capacidade de
GnRH, de gonadotrofinas (LH e a função reprodutora não está desenvolvida dar respostas) das gónadas às
FSH), e hormonas sexuais desenvolvida gonadrotrofinas (hiporresposta)
70

Órgãos
Testículos (2)

- Órgãos suspensos fora do abdómen


- No desenvolvimento fetal estão na cavidade abdominal, mas descem para o escroto a partir do 7º mês de gestação
- Estão suspensos pelo cordão espermático (vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo)
- Os tubos seminíferos e o testículo produzem 5% do semem

Escroto Cremáster Tubos seminíferos Espermatozoides

- Têm paredes finas e centro flagelar (tubos de


produção de esperma)

- Células intersticiais produtoras de testosterona


- Cabeça: contém o
- Túnica albugínea – tecido conjuntivo denso fibroso citoplasma da célula,
o núcleo e o DNA; - Na
Células de Sertoli cabeça o acrosssoma,
localizadas nos tubos seminíferos entre as células é uma estrutura que
- Bolsa com dois - Músculo de contração germinativas em desenvolvimento que nutrem o contem enzimas que
compartimentos (um para involuntária esperma (estimuladas por FSH) facilitam a penetração
cada testículo) colocadas - Funções: do espermatozoide no
inferiormente à base do - Eleva ou desce a posição 1 - Suportam, protegem, nutrem, regulam e libertam óvulo
pénis testicular para as células germinativas
termorregulação - a 2 - Segregam a proteína transportadora dos - Peça intermédia:
- Mantém os testículos estimulação da face androgénios contém numerosas
abaixo da temperatura interna da coxa despoleta 3 - Fagocitam células em degenerescência e corpos mitocôndrias que
abdominal (-2º graus da o reflexo cremasteriano residuais produzem energia
temperatura corporal) – a gerando a elevação dos 4 - São constituintes da barreira hemato-testicular
temperatura é essencial testículos - Cauda: em forma de
para a espermatogénese Células de Leyding flagelo que permite os
- Entre os tubos seminíferos que segregam movimentos
testosterona (estimuladas por LH)

- Tubos seminíferos → rede testis → pequenos


ductos saem da rede para o epidídimo → canal
deferente (constituinte do cordão espermático) →
atravessa o canal inguinal → interior do abdómen

- Os canais das vesículas seminais juntam-se aos


canais deferentes e formam canais ejaculatórios →
penetram na próstata e juntam-se à uretra
71

Epidídimo Canais Deferentes Vesículas seminais (2) Canais ejaculatórios (2)


- Produzem 60% do sémen
- Um acima de cada testículo - Integram o cordão
espermático - A mucosa pregueada da vesícula
- Reservatório de esperma seminal é revestida por epitélio - Correspondem à
- Tem 3 camadas de tecido pseudoestratificado cilíndrico continuação do canal
- A maturação do esperma muscular liso - Este repousa sobre uma lâmina deferente até à próstata
ocorre no epidídimo durante própria fibroelástica
cerca de 18 horas altura a partir - Movimentos peristálticos - Junta-se à uretra no centro
da qual se torna móvel nas paredes conduzem o - Tem uma camada de fibras da próstata
conteúdo seminal do musculares lisas e uma camada
testículo para o exterior adventícia fibrosa em redor

- Produzem um fluído rico em frutose


que nutre o esperma

Próstata Glândulas de Cowper (2) Uretras Pénis

- Função: eliminar produtos do - Glande: com grande número de


sistema reprodutor e urinário terminações nervosas
- Função: produz 30% do
sémen (Ou glândulas Bulbouretrais) Fluído seminal (sémen) - Prepúcio: cobertura dermo-
1. Fornece os nutrientes para mucosa da glande
- Está imediatamente abaixo - Esvaziam a sua secreção na os espermatozoides (esperma)
da bexiga e com a uretra no uretra - Pénis:
seu centro 2. O seu pH é de 7.5, 1. Corpos cavernosos (face
- Responsável por 5% do ligeiramente básico para superior): 2 cilindros vasculares,
- Sofre hipertrofia com a idade fluido seminal. neutralizar a acidez da uretra e preenchidos de sangue durante a
e é um tecido com elevado da vagina ereção, sob controlo do Sistema
risco de desenvolvimento de Nervoso Autónomo Parasimpático;
neoplasia 3. Estimula a motilidade dos
espermatozoides 2. Corpo esponjoso (face inferior):
contém a uretra e termina na
4. 2,5-6 ml de fluído contém glande, sob o controlo do Sistema
50-100 milhões de células/ml. Nervoso Autónomo Simpático
(a libertação média de
espermatozoides é de 250
milhões por ejaculação)
72

Hormonas sexuais masculinas


FSH LH Inibina Testosterona – hormona sexual masculina dominante
Impacto da testosterona:
- Estimula as 1. Desenvolvimento e crescimento dos órgãos sexuais masculinos
- Estimula os células 2. Energia e humor
tubos intersticiais - Provoca um 3. Massa muscular e energia
seminíferos e (de Leydig) e feedback 4. Distribuição da gordura
células de a sua negativo na FSH 5. Desejo sexual
Sertoli produção de 6. Produção de esperma e fertilidade
(espermatogénese) testosterona 7. Função eréctil
8. Distribuição pilosa
9. Desenvolvimento da estrutura óssea

Sistema Endócrino
- Produção de hormonas que são lançadas na corrente sanguínea

Classes químicas hormonais


73

Classes químicas hormonais


Anímicas Péptidos e Proteínas Esteróides
- Derivadas do aminoácido tirosina
- Maioria das hormonas - São pouco solúveis e circulam
- Inclui hormonas: maioritariamente ligadas a proteínas
- Os Péptidos são solúveis na água e plasmáticas, permanecem horas a dias
1. Tiroideias que são pouco solúveis e circulam circulam livremente no sangue, são no sangue e atuam a nível intracelular e
maioritariamente ligadas a proteínas submetidos a endocitose pelas células e atuam na regulação da síntese proteica
plasmáticas, permanecem horas a dias no por sua vez degradadas dentro das a nível dos genes
sangue. Atuam a nível intracelular e atuam na células, são também rapidamente
regulação da síntese proteica a nível dos genes degradadas no sangue e tecidos, - Produzidas no córtex suprarrenal
mantendo-se ativas entre poucos (corticosteroides), gónadas e placenta
2. Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina minutos a 1h. Ligam-se a recetores na (durante a gravidez)
são produzidas na medula da glândula superfície celular
suprarrenal) - solúveis na água e circulam - O colesterol é precursor de todas as
livremente no sangue, são rapidamente - Inicialmente sintetizadas nos hormonas esteróides
degradadas no sangue e tecidos, mantendo-se ribossomas das células endócrinas
ativas entre poucos minutos a 1h. Ligam-se a (proteínas maiores => prépróhormona) - São altamente lipossolúveis e após a
recetores na superfície celular sua síntese, difundem-se pela
- São progressivamente clivadas por membrana celular para o espaço
3. Dopamina (produzida no hipotálamo) enzimas proteolíticas em pró-hormonas intersticial e subsequentemente o
no retículo endoplasmático das células sangue, onde se podem ligar a proteínas
- Existem 2 glândulas supra-renais no polo endócrinas plasmáticas, aumentando a quantidade
superior de ambos os rins contendo cada uma 2 de hormona transportada
glândulas endócrinas distintas: - Armazenadas em vesículas secretórias
no complexo de Golgi, sendo por sua vez O córtex está dividido em algumas
-Córtex – produz corticoides; clivadas em hormonas para subsequente zonas:
-Medula – produz noradrenalina e adrenalina exocitose - Zona glomerulosa - produz
para o sangue, sendo por isso endócrina aldosterona;
Préprohormonas - Zona fasciculada - produz DHEA e
-Múltiplas células têm recetores adrenérgicos androstenodiona – hormonas sexuais
(alfa e beta) que são metaborecetores (iniciam masculinas/androgéneos pouco
processo metabólico que altera a função celular) Próhormonas potentes
- Zona reticulares - produz
-Adrenalina estimula a libertação de beta 2 corticosterona;
(vasodilatação de brônquios) Hormonas (exocitose) - Zona medular - produz cortisol.

-Noradrenalina funciona como vasoconstritor


pela libertação de recetores alfa1
(vasoconstrição), alfa 2 (inibição) e beta 1
(taquicardia)
74

Tipos de disfunção endócrina


Hipossecreção Hipersecreção Hiporesposta Hiperresposta

- Secreção em baixa quantidade por: - Secreção em grande


quantidade por:
- Falência primaria - falência de - Quando há
produção de hormona pela glândula. ex. - Falência Primária- excesso de - Quando há quantidades quantidades
Tiroide; produção pela glândula; normais de hormona, mas normais de
resposta desadequada das hormona, mas
- Falência secundária - falência de -Falência Secundária- excesso células alvo por defeito, ex. resposta
produção de hormona por falta de de estimulação por hormona diabetes (à insulina) desadequada das
hormona estimuladora (produzida pela trófica (da hipófise), (primária células alvo por
hipófise); e secundária frequentemente excesso, ex.
de etiologia tumoral) hipertiroidismo
- Falência terciária - falência de causa
produção de hormona estimuladora -Falência terciária – excesso de hipersensibilidade
hipofisária por falta de trigger produção hipotalâmica à adrenalina
hipotalâmico (raro)
75

Fisiologia do hipotálamo e hipófise

Hipófise
- Assenta na sela turca do osso esfenoide na base do crânio
- Inferior à área do cérebro chamada hipotálamo Conectados pelo Infundíbulo
Hipotálamo
Hipófise anterior Hipófise posterior (neurohipófise)
(adenohipófise)
- Prolongamento do tecido neuronal do - Os neurónios hipotalâmicos distintos dos que produzem as
hipotálamo, formada por neurónios hormonas armazenadas na hipófise posterior (oxitocina e
- Conectada ao ADH) produzem as hormonas hipofisiotróficas que controlam
hipotálamo por vasos - Não produz hormonas, apenas armazena a secreção hormonal da hipófise anterior (adenohipófise).
sanguíneos – sistema hormonas produzidas no hipotálamo e liberta-as
porta hipotálamo- para a corrente sanguínea aquando de estímulo Hormonas hipofisiotrópicas
hipofisário - Estas hormonas são a primeira de uma cadeia de 3:
possibilitando uma As hormonas em causa são:
rápida resposta da 1. Oxitocina – estimula a produção de leite 1. Hormona hipofisiotrópica (hipotalâmica) - O controlo de
hipófise e materno e a contração uterina no período produção de hormonas na hipófise anterior provém de
minimizando a expulsivo do trabalho de parto hormonas hipotalâmicas ou hipofisiotrópica. São secretadas
quantidade de pelos neurónios do hipotálamo, mas ao invés de entrarem na
hormona 2. Arginina-Vasopressina ou hormona anti- circulação sistémica, entram no sistema porta hipotálamo-
hipotalâmica diurética (ADH) – permite a vasoconstrição hipofisário e exercem a sua ação em células alvo muito
produzida periférica e o aumento da pressão arterial; próximas – na hipófise anterior. Os seus nomes derivam da
permite a retenção hidrossalina para o aumento hormona hipofisária que controlam: TRH, CRH, GHRH e GNRH
do volume intravascular a partir da redução de
diurese 2. hormona hipofisária- TSH, ACTH, Prolactina, GH, FSH e LH

3. hormonas produzidas em múltiplas glândulas que por sua


vez atuam em células alvo (ex: tiroideias, cortisol,
progesterona, estrogénios, androgénios e IGF-1)

Importante

Mecanismos de Feedback negativo:

(exercido pelas hormonas resultantes da hormona hipofisiotrópica)

Short-Loop – quando o feedback negativo é resultado da hormona


hipofisária a diminuir a produção de hormona hipotalâmica (p. ex ACTH
diminui CRH e TSH diminui TRH)

Long-Loop – quando o feedback negativo é resultado da hormona


produzida na glândula-alvo a diminuir a produção de hormona
hipotalâmica e hipofisária (p. ex. cortisol diminui CRH e a ACTH) Exemplo de explicação do gráfico:
Hormona estimuladora da tiroide: O hipotálamo produz TRH
Este sistema de feedback previne respostas hormonais exageradas, que estimula a hipófise a produzir/libertar TSH e, por sua vez,
mantendo a homeostasia estimula a tiroide a produzir hormonas tiroideias (TH)

No sentido da produção de TRH para a de TH dá-se feedback


positivo e no sentido oposto ocorre feedback negativo
76

Tiróide
Anatomia Histologia Fisiologia Patologia

- Órgão endócrino superficial, - A sua unidade funcional básica Função:


bastante vascularizado, são os folículos (anéis de - Produção de hormonas
localizado na porção anterior células envolvendo o coloide – Tiróideias
do pescoço, à frente da centro gelatinoso envolvendo o
traqueia e acima da fúrcula folículo) Depende da estimulação pelo - Doenças da tiroide:
esternal e posteriormente aos hipotálamo e hipófise, 1. Hipotiroidismo: níveis
músculos esterno-tiroideu e - Cada folículo é composto por nomeadamente pela libertação insuficientes de hormonas
esterno-hióideo, ao nível das uma única camada de células da TRH e TSH respetivamente tiróideias
vértebras C5 e T1 foliculares, a envolver um
lúmen repleto de coloide As hormonas tiróideias 2. Hipertiroidismo: níveis
- Constituída por 2 lobos, um de provocam: excessivos de hormonas
cada lado da traqueia, unidos - O coloide é composto por tiróideias
entre si por uma ligação duas substâncias essenciais ao 1. Aumento do metabolismo
estreita, o istmo desenvolvimento de hormonas basal:
tiróideias (que são - Aumento do nº e tamanho das
determinantes críticos para o mitocôndrias
desenvolvimento das crianças e - Aumento do consumo de O2 e
para a atividade metabólica dos da produção de calor
adultos): - Aumento da utilização de
1. Tiroglobulina – produzida nutrientes
pelas células foliculares e é 3. Bócio: qualquer aumento do
- Irrigada pelas artérias transformada em hormonas 2. Estimulam as vias tamanho da tiróide
tiroideias superiores (ramos da tiroideias T3 e T4 que são metabólicas – as vias
artéria carótida externa) e libertadas no exterior do catabólicas são mais
inferiores (ramos dos troncos folículo para a corrente estimuladas que as vias
tiro-cervicais que emergem da sanguínea anabólicas (lipólise, glicólise,
artéria subclávia) 2. Iodo – adquirido através da glicogenólise, proteólise)
alimentação e é removido da
- O plexo venoso tiroideu é circulação para formar o 3. Promovem o crescimento e
formado por 3 pares de veias coloide desenvolvimento dos tecidos 4. Tumores/neoplasias da
tiroideias na superfície anterior tiróide
da tiróide e drenam para as - Composto ainda por outras 4. Ao nível do SN, promove o
veias jugulares internas e células endócrinas – células desenvolvimento (nascimento - A patologia da tiróide pode
braquiocefálicas parafoliculares ou células C, à puberdade) e o estar relacionada com o meio
que produzem calcitonina funcionamento (adultos): ambiente: a deficiência de iodo
-Os vasos linfáticos drenam (hormona indispensável ao - Aumento da mielinização das na dieta com consequente
para os gânglios linfáticos metabolismo do cálcio – fibras nervosas (transmissão diminuição da produção de
cervicais superiores e promove a fixação de cálcio ao dos estímulos nervosos) hormonas tiróideias conduz a
profundos inferiores osso, diminui a atividade - Aumento da velocidade dos hipotiroidismo e o excesso de
osteoclástica e diminui a reflexos iodo, geralmente por iatrogenia
- Inervação absorção intestinal do cálcio) - Aumento da atividade mental medicamentosa, pode levar ao
1. Simpática: gânglios hipertiroidismo
simpáticos cervicais superior, 5. Ao nível do sistema
médio (+++) e inferior Cardiovascular:
2. Parassimpática: nervo vago - Aumento do débito cardíaco
(X) e seu ramo recorrente - Efeitos sobre o inotropismo
laríngeo (contração cardíaca)
77

Paratiróide
Anatomia Histologia Fisiologia

- 4 glândulas endócrinas situadas - A paratormona (PTH):


posteriormente à glândula tiróide (1 par
superior e 1 par inferior), com 0,5cm de - Tem dois tipos de células: 1. Aumenta a atividade osteoclástica/
comprimento destruição óssea
1. Principais: são mais 2. Aumenta a absorção intestinal de cálcio
- Exerce uma função independente da abundantes e secretam a (por aumento da vitamina D) → hipercalcémia
tiróide paratormona (PTH) 3. Estimula a reabsorção de cálcio pelos rins
→ hipercalcémia
- A irrigação sanguínea é feita sobretudo 2. Oxifílicas: desconhece-se a sua 4. Aumenta a excreção renal de fósforo
pelas artérias tiroideias inferiores função (diminui a sua reabsorção) → hipofosfatémia
5. Efeito antagónico ao da calcitonina

Supra-renal
Anatomia Fisiologia Hormonas

- Glândulas endócrinas - Composta por 3 camadas: 1. Glucocorticóides (cortisol – capacidade anti-inflamatória e


envolvidas por uma cápsula, córtex e medula (nas imunossupressora, corticosterona) – importantes nos metabolismos
cápsula fibrosa e últimas duas há secreção de dos hidratos de carbono, das gorduras e das proteínas, na resistência
situadas acima dos rins, hormonas) ao stress e na ação anti-inflamatória
com um comprimento - Em excesso: Aumento do apetite, do peso, da TS, cefaleias, insónias,
de cerca de 5cm. - Córtex: acne e hiperglicemia
Encontram-se ao nível Parte externa da glândula, com - Em défice: Hipotensão, tonturas, hipovolémia, colapso cardiovascular
da 12ª vértebra torácica cor amarelada devido à grande
e são irrigadas pelas quantidade de colesterol. Divide- 2. Mineralocorticóides (aldosterona, através do sistema renina-
artérias supra-renais se em 3 regiões: angiotensina-aldosterona) – controlo do balanço de Na+ (absorve) e K+
1. Zona Glomerular (exterior) – (secreta)
- São órgãos produz aldosterona - Em excesso: Hipertensão e Hipocaliemia/Paralisia muscular
retroperitoneais (atrás 2. Zona fasciculada (intermédia) - Em défice: Toxicidade cardíaca, hipovolemia, colapso cardiovascular,
do peritoneu) e estão – produz glicocorticóides retenção de K+
envolvidos por tecido 3. Zona Reticular (interna) –
adiposo produz androgéneos 3. Androgénios (androstendiona) – caracteres sexuais secundários

- Medula: 4. Catecolaminas – libertadas em situações de stress psicológico ou


Parte interna de cor vermelha ou hipoglicémia
cinza escura
78

Pâncreas Endócrino
Anatomia
- Órgão endócrino (produz hormonas) e exócrino (produz enzimas),
composto por aglomerações de células especiais denominadas
Ilhéus de Langerhans, composto por 4 tipos de células:

1. Beta (50% a 80%): produzem insulina e amilina


2. Alfa (15% a 20%): produzem glicagina
3. Delta (3% a 10%): produzem somatostatina
4. PP (1%): produzem polipeptídeo pancreático

- As células alfa e beta secretam hormonas principais que regulam


os níveis de glicose (glicémia)

Hormonas Pancreáticas
Insulina Glicagina
- A glicose é o principal regulador da produção de insulina pelas
células beta: sempre que os níveis de glicémia são > 70mg/dl, o
pâncreas produz insulina
- Hormona que aumenta em situações de jejum
- A glicose estimula a produção de insulina para que a glicose seja
transportada para o interior das células através do seu Funções (opostas à insulina):
transportador (GLUT 2)
1. Promover a formação de glicose – gliconeogénese – em
- Em resposta ao aumento de glicose, são libertadas, pelas células situações de jejum prolongado
neuroendócrinas do intestino, as incretinas que amplificam a
secreção de insulina 2. Estimula a degradação do glicogénio em glicose – glicogenólise

- Depois, exerce as suas funções no tecido músculo-esquelético e 3. Estimula a lipólise, com consequente aumento dos ácidos
no tecido adiposo gordos livres (no fígado aceleram a produção de triglicéridos, com
Funções: aumento do risco cardiovascular e também de pancreatite)
1. Promover a entrada da glicose para as células
2. Diminui a glicogenólise (degradação do glicogénio)
3. Induz a síntese de glicogénio
4. Síntese de proteínas
5. Lipogénese
79

Em resumo

Sistema Nervoso

Sistema Nervoso

Sistema Nervoso Sistema Nervoso


Central (SNC) Periférico

Sistema Nervoso Sistema Nervoso


Encéfalo Medula Autónomo (SNA) Somático (SNS)
(Metencéfalo)
Espinhal
Cerebelo

Telencéfalo

Cérebro Sistema Nervoso Sistema Nervoso Sistema Nervoso


Autónomo Simpático Autónomo Autónomo Entérico
Diencéfalo Parassimpático

Tronco
cefálico

Ponte Bulbo Mesencéfalo


(Metencéfalo)

(Mielencéfalo)
80

Meninges
- Revestem o encéfalo e a medula espinhal e protegem o SNC de choques mecânicos

Dura-máter Aracnóide ou aracnóideia Pia-máter


(mais externa, espessa e resistente) (camada intermédia) (mais interna)

- Divide-se em dois: - Que está aderida ao encéfalo e à medula e


1. Peristial – Adere ao periósteo (osso) - Camada esponjosa por onde circula o tem vasos sanguíneos (que levam o O2 e
2. Camada meningeal – Adere às outras líquido (líquido cefalorraquidiano) nutrientes para as células do SNC) e
meninges granulações aracnóideias

Medula Espinhal

Características Configuração interna Origem e


Limites

- Local de passagem de todas as grandes vias


e de onde se destacam as raízes medulares
do nervo espinhal e os 31 pares das raízes - Existem duas substâncias:
raquidianas 1. Branca – parte mais
externa que cobre a
- Está envolvida pelas meninges e dentro de substância cinzenta - Origem: tubo
cada cavidade vertebral neural
2. Cinzenta – parte mais
- É irregular ao longo de toda a coluna porque interna, em forma de “H” - Limite
apresenta curvaturas (cervical e lombar) Superior: bordo
- No centro do “H” existe superior do
- Tem uma dilatação cervical que um canal central por onde atlas
corresponde à saída do plexo braquial de C5 passa o líquido
a T1 e uma dilatação lombar que cefalorraquidiano - Limite Inferior:
corresponde à saída do plexo lombo-sagrado bordo inferior
ou lombossacral de L1 a S4 da L1

- Região cervical: 8 pares de nervos cervicais


- Região torácica: 12 pares de nervos
torácicos
- Região lombar: 5 pares de nervos lombares
- Região sagrada: 5 pares de nervos sacras
- Região coccígenea: 1 nervo coccígeneo
81

Cérebro
- Onde se integram e elaboram as grandes funções motoras, sensitivas e associativas do Sistema Nervoso
- Origem: Tubo neural
- Está dentro da caixa craniana e encontra-se coberto pelas meninges e ossos cranianos

Configuração interna
- Formações cinzentas centrais e substância branca abundante revestida por um córtex telencefálico
- Corte horizontal de Fleshisig – passa pela porção mediana do diencéfalo e mostra as principais estruturas cinzentas e brancas
- Corte frontal de Charcot – passa pelo diencéfalo ao nível dos corpos mamilares

Diencéfalo (intermédio) Telencéfalo (hemisférico)


Epitálamo Tálamo Hipotálamo Subtálamo
- Dividido em dois hemisférios cerebrais
- Principais - Duas massas volumosas - Funções: - É a zona
(esquerdo e direito) separados pela fenda
estruturas: de substância cinzenta, 1. Controlar o sistema de transição
inter-hemisférica e unidos pelo corpo caloso,
dispostas uma de cada nervoso autónomo entre o
septo pelúcido, fornix e diencéfalo
1. Habénula lado na porção látero parassimpático diencéfalo e
(dorsal do diencéfalo que (hipotálamo anterior) e o
- É onde está a sede da memória, nervos
2. Glândula recebe e transmite a simpático (hipotálamo mesencéfalo
sensitivos, sensoriais e motores
pineal ou informação) que posterior) e situa-se
epífise: corresponde a uma abaixo do
- Parte mais volumosa do encéfalo e
glândula aglomeração de neurónios 2. Regula a temperatura tálamo
constituído pelo córtex cerebral e por
endócrina e núcleos corporal
substâncias subcorticais (amígdala e núcleo
ímpar que se -
estriado)
localiza no teto - Todos os nervos passam 3. Regula o Constituído
do 3º pelo tálamo à exceção do comportamento pelo núcleo
- Lobos com diferentes funções:
ventrículo, nervo olfativo emocional subtalâmico
1. Frontal – função motora voluntária,
entre as
motivação, emoções e olfato; no pré-frontal
comissuras - 4 Faces: superior, 4. Regula a ingestão de - Funções:
estão envolvidas características da
posterior e inferior, interna e externa água e alimentos 1. Conexões
personalidade, ponderação e tomada de
habenular; com o globo
decisões
Regula o ciclo - 2 extremidades: anterior 5. Regula a diurese pálido
circadiano pela e posterior
2. Parietal – tato, linguagem
produção de 6. Regula o sistema 2. Participar
melatonina - Funções: endócrino na
3. Occipital – Receção e integração das
1. Sensibilidade regulação
imagens visuais
3. Comissura 2. Motricidade 7. Gera e regula ritmos da
branca 3. Comportamento circadianos motricidade
4. Temporal – Córtex da memória a curto
posterior emocional somática
prazo, semântica, audição e olfato; a área de
4. Ativação do córtex 8. Ativa a
Wernicke é responsável pela compreensão da
reação de luta ou fuga
linguagem
82

Cerebelo
Características Anatomia funcional Configuração Clínica
inferior

- Volumosa formação Filogénese Morfologia Conexões Funções - É um órgão de - Sintomatologia


encefálica Arqueocerebelo Lobo Aparelho Manutenção verificação/ homolateral: as lesões do
Floconodular vestibular do equilíbrio autorregulação que lado esquerdo aparecem
Lobo anterior Aparelho Manutenção
- Localização: atrás do espinhal do tónus
avalia se ação que no lado esquerdo do corpo
Paleocerebelo
bulbo raquidiano, na muscular ocorreu era a
proturberância anular; Coordenação desejada - Sintomas de lesão:
por baixo do cérebro Neocerebelo Lobo médio Córtex dos 1. Hipotonia (diminuição
cerebral movimentos
voluntários
- Após a do tónus muscular,
- Estruturas: comparação entre tensão, contração normal
1. Vérmis (mediano) desempenho e do músculo)
2. Hemisférios lateral – aquilo que se teve 2. Alterações posturais e
córtex, substância em vista realizar, da locomoção
branca, núcleos. Cada são enviados 3. Ataxia (perda da
hemisfério controla estímulos de volta faculdade de coordenar os
motoneurónios ao córtex para que movimentos voluntários)
homolaterais o desempenho real 4. Nistagmo (movimento
3. Lóbolus posterior e seja igual ao involuntário do globo
anterior separados pela pretendido. Assim, ocular)
fissura primária relaciona-se com os 5. Disartria (articulação
ajustes dos imperfeita das palavras)
- O hemisfério do lado movimentos,
direito controla o lado equilíbrio, postura - Síndromas cerebelosas:
direito e o do esquerdo e tónus muscular 1. Do vérmis
controla o esquerdo 2. Dos hemisférios
cerebelosos

Tronco cefálico
- Conecta a medula espinhal ao restante encéfalo
- É daí que saem a maioria dos pares de nervos cranianos. Dos XII pares, X saem do tronco cefálico, exceto os pares I e II
- Funções (desempenham ainda várias funções motoras e sensitivas):
1. Recebe informações sensitivas e controla os músculos da cabeça;
2. Contém circuitos nervosos que transmitem informações;
3. Regula a atenção, função mediada pela formação reticular;
Mesencéfalo Ponte Bulbo
- Atravessado por um canal oco (Aqueduto de Sylvius) e faz a - Funções: - Funções:
comunicação entre o 3º e o 4º ventrículo 1. Controlo da respiração 1. Recebe informações de
2. Centro de transmissão de impulsos para vários órgãos do corpo,
- Apresenta a lâmina quadrigémea que é a origem do III, IV e V o cerebelo controlando as funções
pares cranianos 3. Local de passagem para as fibras autonómicas: os
- Apresenta 4 faces: anterior, posterior e 2 laterais nervosas que ligam o cérebro à medula batimentos cardíacos, a
4. Passagem das vias ascendentes, respiração, a pressão
- Funções: descendentes, de associação e arterial, os reflexos de
1. Receção e coordenação de informação sobre o estado de transversais salivação, tosse, espirro e a
contração dos músculos e sobre a postura corporal 5. É a origem dos pares V, VI, VII, VIII deglutinação
2. Receção das vias ascendentes, descendentes, de associação 6. Formação reticular 2. Origem dos pares IX, X,
e transversais 7. Faz parte do 4º ventrículo XI, XII
83

Sistema Nervoso Periférico


Sistema Nervoso Autónomo Sistema Nervoso Somático
Simpático Parassimpático Entérico

- Diferem na localização dos corpos - Rede complexa de corpos


celulares dos neurónios pré- celulares neuronais
ganglionares e na localização dos (sensoriais, motores e
gânglios autonómicos entéricos) e axónios na - Tem como órgão efetor o músculo esquelético, sempre com
- Geralmente têm efeitos opostos espessura da parede do tubo efeito estimulativo
num mesmo órgão digestivo
- Apenas um neurotransmissor – Acetilcolina (ACh)

- Como órgãos efetores tem o músculo liso, as glândulas e o músculo


cardíaco, tendo um efeito estimulativo ou inibidor, dependendo do
neurotransmissor

- Neurotransmissores – Acetilcolina (ACh) e Noreprinefina

Tipos de nervos
Nervos Motores Nervos Sensitivos Fibras Vegetativas
- Ordem que o cérebro dá aos músculos: - Começa no membro recetor e ascende - Nerónio pré-ganglionar (motor) →
via descendente até ao córtex: via ascendente Neurónios pós-ganglionares (motor) →
órgão efetor
- Cordão anterior da medula espinhal → - Nervo sensorial → raiz posterior
raiz motora → músculo esquelético ganglionar ou sensitiva → raiz posterior da - Função involuntária
(contração) medula espinhal → córtex
84

Sistema Nervoso Autónomo


Simpático (adequar o corpo ao stress) Parassimpático (adequar o corpo ao relaxamento)
- Cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais, situada
bilateralmente ao lado da coluna vertebral torácica e lombar - Situa-se na porção craniana e caudal da coluna vertebral

- Os neurónios pré-ganglionares (os que interligam a medula - Fibras pré-ganglionares são longas e as fibras pós-ganglionares
espinhal com o gânglio nervoso) são curtos, eferindo do corno são curtas, já que os gânglios nervosos se situam próximo do
lateral da substância cinzenta medular. Libertam noreprinefina tecido alvo

- As fibras pós-ganglionares (partem dos gânglios autonómicos) - A maior parte das fibras são provenientes do nervo vago
são longas, atingindo os órgãos alvo do SNAS
- Principal neurotransmissor é a acetilcolina
- Como adequa o corpo ao stress, converge todas as energias para
os órgãos vitais (cérebro, coração e fígado)

Pré-ganglionar Pós-ganglionar

Vias da Motricidade (Cortico-espinhais)


Impulsos nervosos Estão agrupados em feixes Estas vias chegam ao nível dos cornos
Propagam-se a
emitidos pelo córtex nervosos que constituem as cinzentos anteriores da medula onde estão os
axónios que descem
cerebral e centros vias descendentes ou neurónios motores inferiores que enviam
a substância branca
nervosos superiores motoras axónios para os músculos esqueléticos pela
raiz raquidiana anterior, estimulando-os

Permitem executar ou controlar movimentos pois estimulam a musculatura esquelética

Neurónios (diferentes localizações dos corpos celulares e axónios)


Protoneurónio (primeiros neurónios motores) Teleneurónio (neurónios de associação) Deutoneurónio (segundos neurónios motores)
85

Tipos de motilidade
Consciente ou voluntária Inconsciente ou Involuntária
Área pré-motora → Área motora (1ºneurónio) → Tronco cefálico
→ Medula → músculo - Reflexa: sem qualquer intervenção voluntária (ex. Reflexo do
martelo)
- Área motoras do córtex cerebral:
Córtex motor primário: situado na circunvalação précentral - - Automática: executados repetidamente até deixarem de ser
responsável pelos movimentos finos controlados pela vontade

Área pré-motora: responsável pela organização das funções - Associada: executados ao mesmo tempo de movimentos
motoras (apraxia é uma lesão da área pré-motora que leva à voluntários de forma a permitir o equilíbrio (ex. Para me apoiar
incapacidade de executar movimentos apreendidos) apenas num pé realizo em simultâneo ao movimento de levantar
o pé do chão vários movimentos para me equilibrar)
Área pré-frontal: responsável pelas funções de motivação,
capacidade de previsão e planeamento de comportamento e - Estática: permite o tónus muscular e a manutenção
responsável pela motivação e regulação do comportamento da postura (ex.permite estar sentado numa cadeira)
emocional e afetivo

Vias descendentes (associadas à motricidade voluntária)


Piramidais (palavras de professor: única que vai perguntar na frequência)
- Constituída por:
- 1º neurónio (fazem sinapses com o 2º neurónio da medula ou tronco
cerebral)

- Fibras passam diretamente através das pirâmides bulbares e formam 2


feixes:

1. Cortico-espinhal
- Córtex cerebral → coroa radiada → cápsula interna → pedúnculos cerebrais
→ ponte → bulbo (fibras cruzam para o lado oposto – decussação das
pirâmides) →corno anterior da medula espinhal
Fibras
descendentes Óculo-
2. Cortico-bulbar Extrapiramidais do S. motoras
- Córtex cerebral → núcleos motores dos nervos cranianos no tronco cerebral Autónomo
na região bulbar
86

Vias da sensibilidade (espinotalamicas)


Estímulos são detetados por No SNC, as vias nervosas
Os potenciais de ação têm
recetores sensoriais e transportam os potenciais de
depois de ser traduzidos para
convertidos em potenciais de ação ao córtex cerebral, mais
se ter consciência do que se
ação que se propagam ao SNC precisamente ao lobo parietal
está a sentir
através dos nervos (córtex sensitivo)

Vias da sensibilidade ou
ascendentes (fazem parte
da substância branca da
medula espinhal)

Terminações nervosas sensoriais


Tátil Termo-álgica Propriocetiva
- Articulações saberem se estamos sentados
- Através do dedo, discriminar as sensações Dor e temperatura ou em pé para determinarem a sua função

- Via espinotalamica anterior - Via espinotalamica lateral ou posterior


- Feixes de Goll e Burdach (cordões
posteriores da medula)
Para que se perceba melhor (reprodução do desenho que o professor fez na aula):

Parte de trás
Cordões posteriores – terminação propriocetiva

Medula (subs. Branca e cinzenta)

HH

Parte da frente
Cordões laterais– terminação termo-álgica

Cordão anterior – terminação tátil


87

Sentidos especiais
5 sentidos que têm recetores altamente localizados que proporcionam informação específica sobre o ambiente

Olfato
Caracterização Células Vias olfativas Nervo olfativo
- Ocorre em resposta a - Projetam-se dos bulbos para o córtex - O I par craniano (nervo
odores que estimulam os - Células olfativas cerebral olfativo) faz sinapse nas
recetores sensoriais (neurónios) estão células mitrais ou tufada e, a
localizados na região mais suportadas por células 1. As células recetoras olfativas recebem os partir daí, toma o nome de
superior da cavidade nasal – de sustentação e por odores e estes ligam-se aos recetores, via auditiva que vai para o
recesso olfativo células basais e passam gerando um potencial de ação córtex olfativo (no rego de
pela lâmina crivada (do Silvius) que tem 3 áreas -
- O epitélio especializado étmoide) 2. As células do recetor olfativo são ativadas externa (envolvida na
nasal do recesso olfativo e enviam sinais elétricos para as lâminas perceção consciente do
chama-se epitélio olfativo - As células olfativas crivadas, até aos bulbos olfativos, onde cheiro); média (recebe
contêm axónios próprios existem glomérulos, onde se dão as informação das outras duas)
- É a única das sensações que que se projetam desde o sinapses dos neurónios recetores com os e interna (envolvida nas
é diretamente transmitida ao recesso olfativo para os 2ºs neurónios e inicia-se a ponte de respostas viscerais e
córtex sem ir primeiro ao bulbos olfativos transmissão até ao cérebro emocionais aos odores)
tálamo.

Paladar
Características Vários sabores Vias neuronáis
Salgado Ácido/Azedo Doce Amargo Umami

- As estruturas sensoriais que


detetam os estímulos gustativos - Os vários sabores são sentidos nos diferentes locais da língua por - Língua – 2/3 anteriores (à
chamam-se gomos ou botões diversas papilas exceção das papilas
gustativos circunvaladas)
transportada pelo ramo VII
- Associam-se a zonas (facial) nervo craniano.;
especializadas da língua – papilas 1/3 posterir transportado
1. Fugiformes ao centro da língua pelo IX nervo craniano;
(um único botão gustativo na base
da papila) - Salgado: entrada de Na+ da molécula pelo cana iónico que ativa - Faringe superior
2. Filiformes nas laterais estas células transportada pelo IX
3. Foliada ainda mais lateralmente (glosossofarínego) nervo
(botões gustativos nas laterais da - Ácido: Entrada de iões H+ por um canal; entrada de K+ por um craniano
papila) canal; ou entrada de catiões através de canais iónicos positivos;
4. Circunvaladas na zona posterior - Epiglote transportado
- Doce: É dado pela glicose que se liga ao recetor associado ao pelo X (vago) nervo
complexo de proteína G e quando se associa estimula o doce craniano;

- Amargo: É dado pela quinina que se liga a um recetor que se Fazem sinapse no gânglio
encontra associado ao complexo de proteínas G ativando a célula de cada nervo, no núcleo
gustativa do feixe solitário e no
tálamo, antes da
- Umami: Glutamato liga-se ao recetor do glutamato que se terminação na área
encontra no complexo da proteína G cortical do paladar
88

Visão
Características Retina Vias neuronais da visão
- Divide-se em duas partes: - Dependendo da lesão o que é que
- Olhos, estruturas 1. Pigmentada (externa) – epitélio pigmentar cubóide simples observamos
acessórias, nervos, com uma camada única de células. Está preenchida com
feixes e vias ópticas melanina e proporciona uma matriz negra que reforça a
acuidade visual
- Composto por 3
camadas ou túnicas: 2. Sensorial (interna) – contem 120 milhões de bastonetes
1. Camada externa ou (permitem captar imagens mesmo com pouca luminosidade,
túnica fibrosa – incapazes de distinguir cores); 6 a 7 milhões de cones (menos
esclerótida (branco do sensíveis à luz, conseguem captar cumprimentos de onda,
olho) e córnea permitindo as cores). Tem 3 camadas de neurónios:
2. Camada média ou fotorrecetores, bipolares e ganglionares
túnica coroideia –
corpo ciliar e iris (cor) - Estrutura e funcionamento da retina:
3. Camada interna ou 1º A luz entra no olho pela camada pigmentar da retina e
túnica nervosa – atinge as células fotorrecetoras da camada sensorial
retina 2º Os cones e os bastonetes passam a informação para a
camada bipolar e para a ganglionar devido à sinapse de todasas
fibras que se vão agrupar ao nervo ótico que entra pelo olho
até à cavidade do córtex visual

- Bastonetes
- Células fotorrecetoras envolvidas na visão não cromática que
contém rodopsina (proteína ligada a um pigmento) – A SEGUIR O ESQUEMA
absorção da luz pela rodopsina inicia uma sequência de O que nós vemos da parte temporal esquerda
reações que terminam na hiperpolarização dos bastonetes logo vem da reflexão do lado da retina nasal (lado
transmissão de informação de que estamos a ver algo direito) – olhar as cores; então se tivermos uma
lesão da retina nasal do olho esquerdo, nós não
- Cones vemos o campo visual temporal esquerdo
- A molécula fotorrecetora é a iodopsina intervindo na visão
cromática e acuidade visual Para perceber melhor ver pág 226 e 227 da
- Numerosos na fóvea e mácula lútea (zonas da retina) sebenta da Vanessa Silva

Audição
Características Vias neuronais
O ouvido pode dividir-se em 3 partes:
1. Ouvido externo (pavilhão auditivo – concentra e amplifica as ondas de son; canal
auditivo externo; e tímpano – membrana que transmite os impulsos para os
ossículos
2. Ouvido médio (ossículos – martelo, bigorna e estribo – transfere o impulso para a
cóclea para que passe para o nervo auditivo e para o córtex; trompa de Eustáquio)
3. Ouvido interno (labirinto – formado por uma série de cavidades cheias de líquido,
perilinfa; estão rodeadas por membranas que constituem um labirinto
membranosos que também contém líquido, endolinfa onde existem células ciliadas
que permitem captar sons mais altos ou mais baixos; existem também recetores
para o equilíbrio – 3 canais semi-circulares que permitem saber a posição da cabeça
conforme o movimento da cabeça e consequentemente do líquido)
89

Equilíbrio
Fisiologia vestibular Vias vestibulares centrais
- Células pilosas vestibulares têm uma orientação preferida para a - A informação das células pilosas vestibulares é levada através do
deflexão (alteração da posição). Quando o líquido se move para um gânglio vestibular, cujos axónios unem o ramo auditivo do VIII
lado, a nossa cabeça move-se para o lado oposto. nervo craniano (vestibulococlear)

- As fibras projetam-se isolateralmente para quatro núcleos


vestibulares dos quais se originam:

1. Trato vestibuloespinhal que se projeta para os neurónios


motores do pescoço e tronco;
2. Trato vestibuloespinhal lateral que se projeta para os neurónios
motores dos membros;
3. Trato vestibulomesencefálico que se projeta para os neurónios
motores dos músculos extra-oculares;
4. Fibras vestibulocerebelares que se projetam para os núcleos
cerebelares

Pares Cranianos
Nome Funções Imagens
I – Olfativo - Sensorial

II – Ótico - Sensorial

- Motora
III – Oculomotor - Parassimpática
- Propriocetiva
IV – Tróclear - Motora
- Propriocetiva
V – Trigémio - Sensorial
- Motora
VI – Abducente - Motora
- Propriocetiva
- Sensorial
VII – Facial - Motora
- Parassimpática
- Propriocetiva
VIII – Vestibulococlear - Sensorial

- Sensorial
IX – Glossofaríngeo - Motora
- Parassimpática
- Propriocetiva
- Sensorial
X – Vago - Motora
- Parassimática
- Propriocetiva
XI – Acessório - Motora

XII - Hipoglosso - Motora


- Propriocetiva
90

Anatomia e Fisiologia do Desenvolvimento

Período Fetal e Neonatal


Fecundação Nidação Desenvolvimento embrionário
- Gâmetas masculinos – espermatozóide
- Gâmetas femininos – oócito (que se - Nidação: fixação do embrião no - O zigoto é portador do material genético
encontra envolto na zona pelúcida formada endométrio (útero). Ocorre entre o 7º e o fornecido pelo espermatozóide e pelo
por uma rede de filamentos glicoproteicos) 10º dia após a fecundação óvulo. Uma vez formado, o zigoto irá
- A formação da placenta ocorre nas dividir-se muitas vezes por mitose até
- O espermatozóide penetra o óvulo e liga- primeiras semanas e constitui o elo de originar um novo indivíduo. Assim, todas as
se à coroa radiada do oócito secundária ligação entre a mãe e o filho células que formam o corpo de um
indivíduo possuem o mesmo património
genético que existia no zigoto.

- Célula ovo ou Zigoto: primeira célula do


novo indivíduo
- Mórula: grupo de células agregadas
- Blastócito: quinto ou sexto dia chega ao
Útero

Anexos embrionários (estruturas que derivam dos folhetos terminativos do embrião)

Vesícula vitelina ou saco Âmnio Córion Alantóide


vitelino
- Armazena substratos e nutrientes
para uso do embrião à medida que
se vai desenvolvendo - Fina membrana que envolve
o feto e o líquido amniótico - Membrana externa que do saco - Participa na formação da
- Está ligado ao intestino do embrião
amniótico que envolve o feto e a placenta e do cordão
e ao longo do desenvolvimento vai
- Faz parte do saco amniótico placenta umbilical
diminuindo
- Diferenciando-se a mesoderme e o - À medida que o feto se
tubo neural, parte dos folhetos desenvolve, o alantóide vai
germinativos desenvolvem-se atrofiando
formando uma membrana que
envolve toda a gema, constituindo o
saco vitelino (membrana+gema)
91

Desenvolvimento Embrionário

3ª semana
1ª e 2ª semanas
- Conjunto de células - Inicia-se a formação do Sistema
Nervoso que surge a partir do tubo
4ª semana
- O embrião apresenta uma cabeça

volumosa, os membros não estão
neural (corresponde ao SNC) formados, dispões de caracol, “mini
caracol”

Desenvolvimento Fetal
(Ocorre um rápido crescimento do corpo e diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas)

8ª 21ª a 25ª semana 35ª a 38ª


9ª a 12ª 13ª a 16ª 17ª a 20ª semana 26ª a 29ª 30ª a 34ª
semana semana
semana semana - Ganho de peso semana semana
- Crescimento mais lento
- Passa a ser - Membros com - Pele enrugada e 35ª semana
- Desenvolvimento - Crescimento muito - Pulmões e vasos - Olhos abrem
um ser proporção relativa final translúcida, avermelhada Seguram-se com
de reflexos rápido pulmonares capazes quando alertas e
humano - Ossos da cabeça e ouvido
- Desenvolvimento - Olhos mais centrais - Movimentos de realizar trocas fecham durante o firmeza e orientam-
reconhecível percetíveis endurecem e conduzem o se
genital na face - SNC maduro sono
passando a som
- Início da - Órgãos sexuais mais - Pele coberta por vernix - Movimentos - Desenvolvimento espontaneamente à
denominar- caseosa - Ondas cerebrais ativam o luz. Geralmente
migração visíveis respiratórios do sistema
se de feto - Ossos iniciam a sistema auditivo e visual gordos.
intestinal - Circulação completa rítmicos imunitário
produção de células - Boca e lábios mais
- Já estão - Mãos mais e funcional - Descida testicular - Unhas excedem os
sanguíneas sensíveis 36ª semana
formados funcionais dedos
- Imaturidade do - Início da abertura das Circunferência da
quase todos - Feto mais flexível 14ª semana 26ª semana - Apresentação
sistema respiratório narinas cabeça e abdómen
os sistemas - Deglutição - Movimento dos - Olhos abertos e cefálica
- Sistema Respiratório quase iguais
importantes - Formação da membros lanugo e cabelos
18ª semana ainda em formação
urina lançada no coordenados bem desenvolvidos 30ª semana
fluído amniótico Útero já formado, início - Reflexo pupilar 37ª semana
(discreto) e -Unhas e dedos dos
da canalização da 21ª semana Tamanho do pé
movimento lento dos pés visíveis dos olhos induzidos
olhos vagina; Já se formaram Movimentos rápidos dos - Boa quantidade de pela luz geralmente maior
folículos primários olhos que o fémur
gordura cutânea - Pele rosada e lisa
16ª semana - Membros parecem
20ª semana 24ª semana - Com a
- Cabeça mais 28ª semana gordos
Sobrancelhas e cabelo Células epiteliais aproximação do
pequena, membros Eritropoiese passa a - Gordura
visíveis, corpo coberto secretoras (pneumócitos nascimento,
inferiores mais ser feita pela representa cerca de
por Lanugo, testículos tipo II) das paredes crescimento fica
cumpridos, medula óssea 8% do peso
começam a descer mas interalveolares do pulmão mais lento
ossificação ativa, (antes era pelo corporal
ainda localizados na secretam surfactante, - Geralmente
olhos ocupam uma baço)
parede abdominal presença de unhas e dedos meninos pesam
posição anterior na
posterior tal como os das mãos mais e são mais
face, orelhas mais
ovários compridos
próximas da posição
definitiva

Nota
Vernix Caseosa - material
gorduroso secretado por
glândulas sebáceas e células
mortas da epiderme com função
de proteção da pele

Lanugo – penugem delicada que


mantém a vernix presa à pele
92
Nota
- São obrigatórias 3 ecografias (mede-se sempre a
circunferência da cabeça, a abdominal, o comprimento do
fémur – que permite perceber o tamanho do feto – e o
comprimento crânio-caudal e insere-se todos os valores nos
percentis):

1. 12ª semana (rastreio de anomalias cromossómicas –


medição dos ossos próprios do nariz e a translucência da nuca)

2. 22ª semana (morfológica – órgãos formados e vai-se ver


órgão por órgão)

3. 32ª semana (ver o crescimento)

Crescimento fetal
Para o feto crescer precisa de substrato, sendo a fonte primária do alimento do feto a glicose (açucares)

Glicose
Vem do sangue da mãe Membrana placentária Feto

Fatores que influenciam o crescimento fetal


Mãe Bebé Ambiental
- Fumar
- Alcoolismo
- Desnutrição - Malformações do bebé - Stress e ansiedade
- Gravidez múltipla (crianças menos pesadas) - Erros genéticos - Infeções e doenças
- Alteração do fluxo sanguíneo (diminuição do crescimento) - Posição fetal
- Defeitos na placenta
- Diabetes (aumenta o peso do bebé)

Parto
Eutócico Distócicos
Forceps (Ferros) Ventosa Cesariana
- Parto sem ajuda de instrumentos
- Várias fases:

1. Dilatação (rompe a bolsa amniótica,


começam as contrações uterinas e há
dilatação do colo do útero)

2. Expulsão (Saída do feto com a ajuda das


contrações uterinas)

Posição normal Posições anormais

3. Nascimento (Corte do cordão umbilical)

4. Dequitadura (saída da placenta)


93

Infância (do 1º mês de vida à puberdade)

Medidas Antropométricas
Peso Estatura Perímetro Cefálico

- Na primeira semana de vida pode existir uma perda de


peso no máximo até 10% - Comprimento da criança
- 4 primeiros meses: ganho de 30g/dia - 4-7 meses: ganho de - Tamanho da circunferência da cabeça
25g/dia - Mede-se utilizando uma fita métrica
- 1 ano de idade: 3x peso do nascimento
- 2 anos de idade: 4x peso do nascimento - Normalmente mede-se até aos 2 anos

- Nunca se deve pesar crianças com fraldas, roupas pesadas,


a segurar objetos, com pulseiras, presilhas ou adereços no
cabelo e pescoço

Sinais vitais
(falamos de 3 dos 5 sinais vitais)
Tensão Arterial Pulso Respiração
(Frequência Cardíaca) (Frequência Respiratória)
- Número de ciclos respiratórios por
- Braço direito, decúbito dorsal e minuto (medida em cv/min – ciclos
braçadeira adequada ventilatórios por minuto)

Grupo Média 90º 95º - Número de batimentos cardíacos por - Crianças apresentam respiração
etário Percentil Percentil minuto maioritariamente abdominal
Recém- 65/41 75/49 78/52
nascido Idade Frequência média Idade Frequência média
1 mês 95/58 106/68 110/71 Nascimento 140 Recém-nascido 30 a 60 cv/min
a2
Primeiros 6 meses 130 Início da Infância 20 a 40 cv/min
anos
6 a 12 meses 115 Final da Infância 15 a 25 cv/min
2a5 101/57 112/66 115/68
1 a 2 anos 110
anos
2 a 6 anos 103 - Taquipneia: Aumento da frequência
6 a 10 anos 95 respiratória
- Normal: < 90º percentil
10 a 14 anos 85
- Limite superior do normal: 90º-95º
Idade Taquipneia
percentil
0 a 2 meses >60 cv/min
- Alta: > ou = 95º percentil
2 a 12 meses >50 cv/min
+ de 12 meses >40 cv/min
94

Reflexos
Preensão Preensão Moro Assimétrico Apoio Positivo Fundamental Encurvamento do Posicionamento e
Palmar plantar (susto) tónico da tronco deambulação
nuca
- Fazer com que
os pés toquem - Colocar o bebé
- Fazer ligeiramente na em posição vertical
movimento - Virar a superfície → os - Apoiar o bebé fazendo com que
brusco, em cabeça, em joelhos e pernas em decúbito um dos pés toque
decúbito decúbito fazem extensão - Tocar na pele central numa das na superfície →
dorsal, como dorsal, para e o bebé em torno da mãos e estimular flete uma perna e
se fosse o lado → consegue boca → ira um e o outro lado direciona a outra
queda → pernas e suportar o seu movimentar a da coluna, do para a frente
- Enrolar os - Fazer flexiona as braços desse peso ficando cabeça para o ombro às nádegas verificando-se
dedos à pressão na pernas, lado fazem numa posição lado do → o bebé curvará passos alternados
volta do sola do pé e abduz, extensão e ereta estímulo e a coluna
dedo do os dedos do estende os do lado sugar o objeto - Desde o 4º dia de
adulto bebé braços, e oposto - Até aos 6 - Até aos 2 meses vida e não tem
encurvam abre as fazem flexão meses - Até aos 3-4 término
- Até aos 3-4 mãos, meses - Ausência sugere
meses - Até aos podendo - Até aos 2 - Ausência do lesão na medula - Ausência do
6/8 meses chorar meses reflexo indica - Ausência reflexo pode
- + de 4 hipotonia e indica doença - A persistência indicar paralisia
meses → - + 8 meses - Até aos 4-6 - + de 2 flacidez generalizada sugere atraso no
disfunção → disfunção meses meses → - A extensão ou ou do SNC desenvolvimento - Bebés nascidos de
cerebral cerebral doença adução fixa das partos pélvicos
- + de 6 neurológica pernas (posição podem não ter este
meses → tesoura) sugere reflexo
doença doença
neurológica neurológica

Desenvolvimento motor

1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 8 meses 12 meses

- Segue a luz, - Sorri em - Mexe os - Agarra - Virar a cabeça - Reconhece pessoas - Levanta-se
levanta a resposta a ombros sem objetos, para seguir e familiares, senta- sem apoio e
cabeça e o pessoas e rumo e segura rebola, ouvir a objetos, levantar se sem apoio, pode começar a
peito em objetos a cabeça voz de alguém a cabeça e os estica-se para andar
decúbito ou música e ombros e sentar- alcançar objetos e
ventral murmurar se com apoio nas levanta-se com
costas apoio
95

Adolescência (11-14 anos aos 20)


Período caracterizado por alterações a nível psicológico, social e físico

Sexo feminino
- Menarca (1ª menstruação)
- Fase pré-puberal: alargamento dos ossos da bacia, início do ciclo menstrual (anovulatórios e irregulares durante 1 ou mais anos),
surgimento de pêlos na púbis e axilas, depósito de gordura nas nadgas, nos quadris e nas coxas e desenvolvimento dos seios;
Mamas Pêlos Crescimento estatural
(estágios de Tanner) (estágios de Tanner)
- P1 (pré-adolescência):
- M1 (mamas infantis): pré Ausência de pêlos
adolescentes, somente pubianos - Após a menarca, o ganho estatural é cerca
elevação das papilas de 7 centímetros ao ano
- P2 (9-14 anos): Crescimento
- M2 (8-13 anos) - Telarca: Início asperso de pêlos finos, - O crescimento estatural encontra-se
do crescimento mamário: longos discretamente acelerado na época do aparecimento do
Estádio de broto mamário, pigmentados, lisos ou broto mamário (M2)
com pequena elevação da discretamente
mama e da papua e encaracolados - A velocidade máxima de crescimento
aumento do diâmetro da aréola ao longo dos grandes lábios estatural é encontrada quando as mamas
estão no estádio M3
- M3 (10-14 anos): Crescimento - P3 (10-14,5 anos): Pêlos
da mama e da aréola. Não tornam-se mais escuros,
há separação dos mais espessos e mais
contornos da mama e encaracolados,
da aréola distribuindo-se na
sínfise púbica
- M4 (11-15 anos): Crescimento
e projeção da aréola e da - P4 (11-15 anos): Pêlos
papua formando uma do tipo adulto porém
elevação acima do corpo ainda em quantidade
da mama menor, não atingindo a
superfície interna das coxas
- M5 (13-18 anos): Estádio
adulto com projeção - P5 (12-16,5 anos): Pêlos
apenas da papua, pois a adultos em tipo e
aréola retorna para o quantidade, atingindo
contorno geral da mama a superfície interna
da coxa
- O intervalo entre os diferentes estágios
varia de menina para menina - O intervalo entre os diferentes estágios
varia de menina para menina
- A menarca ocorre numa fase avançada de
maturação sexual, entre os estágios M3 e - Os pêlos axilares surgen normalmente
M4, época em que se observa uma após o aparecimento da pilosidade pubiana
desaceleração do crescimento físico que se
completa aos 18 anos.
96

Sexo masculino
-Mais tardio que o sexo feminino
- Surgimento de pêlos na púbis, axilas e peito, aumento dos testículos e do pénis, crescimento da barba, voz grossa, ombros mais largos,
aumento da massa muscular, início da produção de espermatozóides e aumento do peso e da estatura
Genitália Pêlos Crescimento estatural
(estágios de Tanner) (estágios de Tanner)
- P1 (pré-adolescência):
- G1 (pré-adolescência): pénis, Ausência de pêlos
testículos e escroto de pubianos - No início do desenvolvimento genital, a
aparência e tamanho velocidade de crescimento estatural é
infantis - P2 (11-15,5 anos): Crescimento constante, encontrando-se entre os 5 e 6
asperso de pêlos finos, cm por ano.
- G2 (9-14 anos): Início de longos discretamente
aumento de testículos e pigmentados, lisos ou - A aceleração do crescimento começa
escroto cuja pele se torna discretamente cerca de 1 ano depois, no estágio G3.
mais fina e avermelhada; encaracolados
não há aumento do pénis na parte superior dos testículos - A velocidade máxima de crescimento
linear coincide com o estágio G4 e a
- G3 (10,5-15 anos): Continua - P3 (11,5-16 anos): Pêlos desaceleração gradual com o G5.
o crescimento escrotal tornam-se mais escuros,
e o pénis aumenta mais espessos e mais
principalmente em encaracolados,
comprimento distribuindo-se na
sínfise púbica
- G4 (11,5-16 anos): Continua
o crescimento de testículos e - P4 (12-16,5 anos): Pêlos
escroto. Há aumento do do tipo adulto porém
pénis em comprimento ainda em quantidade
e em diâmetro menor, não atingindo a
tornando-se a superfície interna das coxas
glande evidente
- P5 (12-16 anos): Pêlos
- G5 (12,5-17 anos): Genitais adultos em tipo e
adultos em forma quantidade, atingindo
e tamanho a superfície interna
da coxa

- Os pêlos pubianos aparecem depois do


- Antes do início do crescimento testicular, crescimento dos testículos pois crescem
o volume encontra-se entre os 3ml. Um pela ação dos androgénios que se
volume de 4 ou mais ml é indicativo de produzem nas células de Leyding dos
puberdade. Os volumes no adulto variam testículos.
de 12,5 a 25 ml.
- Depois desenvolvem-se os pêlos axilares e
só depois os faciais
97

Envelhecimento

- Segundo a OMS, idoso é a pessoa com 65 anos ou mais (em países desenvolvidos) e com 60 anos ou
mais (em países sub-desenvolvidos)

- Gerontologia: estudo do processo de envelhecimento

- Geriatria: estudo das doenças que afetam os idosos

Envelhecimento

- Resultado dinâmico de um processo global de modificações progressivas e incessantes no funcionamento do organismo (perda da
homeostasia) → Processo pessoal, natural e inevitável com mudanças biológicas, fisiológicas e psicossociais

Fatores que Homeostenose Precipício Diminuição das reservas funcionais do organismo com
influenciam o aumento da idade

- Diminuição das reservas funcionais da medula óssea e a


resposta também é mais tardia → aumenta a suscetibilidade a
infeções (diminuição dos leucócitos)
- Genética (25%) Conceito de
diminuição das Analogia que associa o
- Estilo de vida reservas que pode levar à morte 1. Perda de células não 3. Alterações na
(25%): praticar ou fisiológicas com o do idoso: substituídas no imunidade:
não exercício; avançar da idade organismo:
trabalhar por →+ - Internamento 2. Aumento do - Perda da
turnos vulnerabilidade hospitalar - Neurónios (pico no entrecruzamento de capacidade de
para doenças - Alterações cognitivas nascimento) fibras de colagénio resposta a
- Ambiente (50%) - Incontinência antigénios
- Paragem cardíaca - Células Tecidos menos estranhos ao
- Morte musculares/miócitos, elásticos/diminuição organismos (>
afetando a função da compliance infeções)
cardíaca e músculo-
esquelética (força Perda da - Maior
muscular no máximo elasticidade dos sensibilidade ao
20-30 anos): exercício tecidos e órgãos, antigénio do
retarda este processo com diminuição da próprio
sua eficácia organismo/auto-
- Declínio da função imunidade
do DNA
mitocondrial/produção Predisposição a
ATP doenças auto-
imunes
98

Termorregulação
Temperatura corporal normal
Animais, como o ser humano, que mantém a temperatura em intervalos estreitos são chamados de homeotérmicos.

Fatores que fazem variar a temperatura corporal normal (não patológicos):


- Variação circadiana da temperatura - a temperatura é mais elevada à tarde
- Temperatura varia ao longo do ciclo menstrual da mulher

A temperatura central é melhor estimada pela medicação rectal (no reto) ou timpânica (no tímpano), mas varia consoante o método
usado para a avaliar:
- temperatura oral é cerca de 0.5ºC inferior à temperatura central;
- temperatura axilar é cerca de 1ºC inferior

Não existe uma definição exata do que é a febre

A temperatura é controlada pelo balanço entre a produção e a perda de calor

Mecanismos de perda e ganho de calor


Radiação Condução Convexão Evaporação
- A passagem de água do
- Todas as substâncias com estado líquido para o estado
temperatura superior a zero - Corresponde à perda de calor gasoso necessita de grande
absoluto (0ºK, -273ºC) irradiam por contacto direto com - Mecanismo responsável pela quantidade de energia – 600
radiações infravermelhas, objetos (3%) ou contacto direto remoção contínua de ar ou kcal/L.
sendo o corpo um exemplo de com o ar (15%) água adjacente ao corpo,
irradiação de calor para o mantendo a perda de calor - Existe perda de energia e
exterior - Se o meio exterior tiver contínua. calor à superfície para
temperatura superior à sustentar este processo
- Se a temperatura externa for corporal, torna-se um - O ar quente, por convexão, é
superior à corporal é um mecanismo de ganho de calor; removido por ser menos denso - Se a temperatura externa for
mecanismo de ganho de calor; se inferior à corporal é um e ascender. superior à corporal é o único
se for inferior à corporal é um mecanismo de perda de calor mecanismo responsável pela
mecanismo de perda de calor perda de calor (22%) (quando
(60%) está mais calor transpiramos
mais)
99

Regulação da temperatura Corporal

Termorrecetores

Termorrecetores
Calor (hipótalamo

Periféricos
Centrais anterior) Pele (feedback
positivo e
Frio (Mesencéfalo) e«negativo)

Exposição a temperaturas elevadas Exposição a temperaturas baixas


- Mecanismos de diminuição de temperatura/adaptação ao - Mecanismos de aumento de temperatura/adaptação ao frio
calor que são ativados: que são ativados:

1. Vasodilatação: aumenta a transferência de calor 1. Vasoconstrição - diminui a taxa de transferência de calor


2. Inibição de apetite pela pele
3. Diminuição de atividade muscular 2. Piloereção
4. Alteração do comportamento (ligar ar condicionado, por 3. Aumento de apetite
roupas frescas, etc…) 4. Aumento de produção de adrenalina e hormona tiroideia
5. Diminuição da produção de adrenalina 5. Alteração do comportamento (ligar aquecimento, roupas
6. Aumento de sudorese/evaporação quentes, bebidas quentes, etc…)
6. Aumento de contração muscular voluntária e involuntária

Anomalias da regulação da temperatura corporal


Febre Hipertermia Golpe de Calor (ou Heat Stroke)
- A febre corresponde a uma elevação
do termostato corporal
- Corresponde a uma situação em que
- Decorre de uma agressão, os mecanismos de regulação da
normalmente infeção, mas também - É diferente de febre e corresponde ao temperatura deixam de funcionar
pode ser trauma, neoplasia, aumento de temperatura SEM
pancreatite, etc alteração do termostato, por exemplo - Aumento de temperatura causa
no exercício físico. delírio, choque, convulsões e alteração
- Uma febre baixa pode ser benéfica no do estado de consciência
combate à infeção, mas febre alta e - Hipertermia maligna - doença
mantida deve ser tratada porque pode genética rara secundária a fármacos -Normalmente ocorre em ambientes
provocar efeitos nefastos no sistema anestésico, tratamento com dantroleno quentes e húmidos
nervoso central
-A Sudorese e vasodilatação são
- Na subida térmica existem arrepios ou inexistentes
calafrios, sensação de frio,
vasoconstrição e tremores
100

Fisiologia do Exercício Físico


O exercício físico corresponde à atividade física planeada, estruturada e repetitiva com o objetivo de condicionar o
corpo ou alguma parte do corpo.

Compreende o estudo do corpo e da dinâmica corporal, estruturas e funções que são alteradas em consequência da
exposição ao exercício intenso e prolongado. Inclui 6 subtemas:

1. Atleta 2. Atividade muscular no exercício 3. Sistemas metabólicos musculares


- A força de contração muscular Fosfagénio Glicogénio Sistema
- A força muscular, ventilação depende do tamanho do músculo aeróbico
pulmonar e débito cardíaco - O poder de contração depende do - Metabolismo - Para
dependem da massa muscular - trabalho por unidade de tempo e - Fornece energia anaeróbio períodos
nas mulheres é 2/3 a 3/4 da dos depende da força muscular, da suficiente para 3 - Obtém-se 4 moléculas de
homens distância de contratilidade e do número min de ATP por cada contração
de vezes que contrai por minuto - Sistema molécula de glicose muscular
- O aumento de massa muscular - Endurance depende de manutenção complementado - Fornece energia prolongada
nos homens é devido a de nutrição muscular e das reservas de pelo suficiente para 1,5
testosterona glicogénio musculares, que são fosfocreatina minutos em contração
dependentes da dieta máxima
5. Sistema respiratório e
4. Hipertrofia muscular cardiovascular e mecanismo de 6. Benefícios do exercício físico
termorregulação
- Se existir contração prolongada Respiratório
sem carga, não existe significativo - Durante o exercício existe aumento da - Aumento da eficácia cardíaca
aumento da massa e força capacidade máxima de consumo de
muscular oxigénio - Aumento da rede capilar miocardia

- Aumento do número de fibras - Aumento da capacidade de difusão de - Aumento da capacidade vasodilatadora vascular
musculares (ligeiro) oxigénio pela membrana alvéolo-
- Aumento do tamanho das fibras capilar à custa da perfusão de capilares - Redução da incidência de obesidade
musculares pulmonares, habitualmente
- Aumento de 120% no número de encerrados, aumentado a área - Aumento da força e resistência musculares
mitocôndrias disponível para trocas gasosas
- Aumento de 50% nas reservas de - Melhoria da função articular
glicogénio Cardiovascular
- O fluxo de sangue para os músculos -Melhoria dos mecanismos de termólise e de tolerância a
aumenta até 25 vezes durante o ambientes quentes
exercício.
- Atraso do aparecimento da osteoporose desde que sejam
- Contributo pelo aumento da pressão utilizados exercício de força
arterial e dilatação das arteríolas.
- Aumento da tolerância à glicose
- O treino atlético aeróbico proporciona
condicionamento cardíaco. - Redução da dispneia em doentes com doença pulmonar
obstrutiva crónica e em doentes com insuficiência cardíaca
Termorregulação
- Existe produção de calor em grande - Aumento da sensação subjetiva de bem-estar
quantidade durante o exercício –
hipertermia - Ação antidepressiva e melhoria da autoestima

- Problemas na eliminação do calor - Melhoria da capacidade de transporte de O2 para os


podem comprometer a atividade física tecidos
e culminar em golpe de calor
Entre outros….
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Fisiologia e adaptação a variações barométricas


Altitude Espacial Mergulho
Em grandes altitudes existe:
< Pressão Atmosférica; - A pressão aumenta com a profundidade;
< Pressão parcial O2 alveolar; - O ar necessita de ser fornecido a altas
< Pressão parcial O2 arterial. pressões, expondo o pulmão a pressões
alveolares elevadíssimas dos respetivos
Hipóxia hipobárica- diminuição de oxigénio gases – hiperbarismo
(hipoxia) por diminuição da pressão
(hipobárica). A diminuição de O2 também pode - Problemas decorrentes de
ocorrer por alterações da ventilação - perfusão, ausência de peso/gravidade:
shunt pulmonar, hipoventilação, alterações na 1. Enjoo de movimento
difusão
2. Translocação de fluídos pela
ausência do efeito da gravidade
na pressão hidrostática

3. Diminuição de atividade pela


ausência de necessidade de
contração muscular para Lei de Boyle: proporcionalidade inversa
oposição à gravidade entre pressão e volume do gás, por isso,
quando duplica a pressão, o gás ocupa
metade do espaço
- Períodos prolongados no
A pressão de dióxido de carbono (no sangue) espaço provocam: O aumento da pressão de Oxigénio provoca:
vai reduzindo lenta e progressivamente com a -Aumento de capacidade de transporte de
aclimatização, visto que a hiperventilação é um - Diminuição do volume de oxigénio dissociado de hemoglobina e
mecanismo compensatório de adaptação sangue dissolvido no sangue
- Cérebro suscetível a intoxicação por
Existe aclimatização a elevadas altitudes e - Diminuição do número de oxigénio que provoca convulsões → coma
provoca: Eritrócitos (Efeito Paul Bert)
- Hiperventilação; - Radicais livres oxidam enzimas e causam
- Aumento do volume sanguíneo; - Diminuição de força muscular lesão sistemas metabólicos celulares
- Aumento do hematócrito/eritrócitos; -Alterações pulmonares como edema
- Aumento da vascularização dos tecidos; - Diminuição de débito pulmonar, atelectasia, congestão de vias
- Aumento da capacidade de entrega e aéreas (Efeito de Lorrain-Smith)
utilização de oxigénio do sangue aos tecidos; cardíaco máximo
- Aumento da capacidade de difusão de Doença de descompressão do mergulhador
oxigénio; - Diminuição de massa óssea - consiste na formação de bolhas de azoto na
- A Hemoglobina aumenta 50% corrente sanguínea e nos tecidos durante a
-Débito cardíaco aumenta 30% ascensão porque pressões elevadas de ar
inspirado também contém pressões elevadas
Chronic mountain sickness (Doença das de nitrogénio/azoto. Os capilares
montanhas) pulmonares ficam saturados com azoto que
- Corresponde à permanência em elevada acaba por ser absorvido para a circulação e
altitude por períodos prolongados e provoca: para os vários órgãos, estando dissolvido
1. Hematócrito elevado
2. Hipertensão pulmonar que provoca a - Assim, se existir rápido retorno à superfície
dilatação das avidades direitas do coração o azoto passa ao estado gasoso, formando
(colapso respiratório) bolhas que são responsáveis pelos sintomas
3. Insuficiência cardíaca global
4. Hipotensão/choque cardíaco
5. Morte

Resolve-se com o regresso ao nível do mar


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Pele
Apêndices:
Funções: Pelos: Presentes em praticamente todas as áreas da pele; a sua raiz
termina num bulbo e o pelo está contido numa invaginação de
- Proteção – de radiação solar, contra a desidratação, epiderme chamada folículo piloso
agressão física, agentes químicos, microrganismos
- Órgão sensorial – corpúsculos de Meissner nas papilas Unhas: Têm uma raiz, corpo e extremidade livre, o crescimento resulta
(derme) e corpúsculos de Pacini na hipoderme da proliferação celular do estrato espinhoso, e a substância da unha
(terminações nervosas); resulta do estrato lúcido e do estrato córneo
- Termorregulação – através de sudorese e Glândulas sebáceas: Pequenas; Localizadas na derme têm ductos que
vasoconstrição/vasodilatação; terminam no folículo piloso, este folículo tem 2 camadas- a interna é
- Imunidade – células que combatem microrganismos; continuação da epiderme e a externa é constituída por derme
- Permite crescimento e movimento – pela sua vascularizada, com nervos e com tecido fibroso; produção de sebo
elasticidade;
- Excreção de substâncias pelo suor – água e produtos Glândulas sudoríferas: Tubo originário na derme ou hipoderme
do catabolismo proteico (ureia, amónia, ácido úrico); que termina na superfície da epiderme; Particularmente
- Endócrina – síntese de vitamina D que é obtida através abundantes na região inguinal, axilas, palmas e plantas;
do sol; uma molécula que se transforma em vitamina D, Produção de suor
importante no metabolismo do cálcio

Epiderme:

- Protege a “verdadeira pele”, a derme


- Erosão das células superficiais, sendo
renovadas continuamente
- Impressões digitais caraterísticas de
Derme:
cada indivíduo - É a verdadeira pele;
- Produção de melanina – Proteção da - Resistente, elástica e flexível
radiação solar e confere pigmentação à - Espessura variável conforme
pele, olhos e cabelo. É estimulada pela
localização
ACTH.
- Tecido conjuntivo com fibras
- 5 Camadas:
elásticas, vasos, linfáticos e
• Estrato córneo- presença de nervos
queratina - 2 camadas (papilar –
Tecido Subcutâneo/Hipoderme
• Estrato lúcido superficial; reticular –
• Estrato granuloso profunda):
• Estrato espinhoso - A camada papilar contém
• Estrato basal- regeneração múltiplas proeminências
celular e melanócitos pequenas, vascularizadas e com
corpúsculos tácteis (de
Meissner), sobretudo na região
palmo-plantar
- A camada reticular contém
bandas entrelaçadas de tecido
fibroso e também fibras
elásticas. Contém também as
glândulas sebáceas, sudoríferas
e folículos pilosos
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Patologia
Atrofia
Caracterização Causas
- Redução do tamanho e função das células

- Caracterizada por: 1. Diminuição da carga de trabalho


1. Redução no volume celular 2. Perda da inervação
2. Preservação do padrão morfo-funcional 3. Isquémia (suspensão da circulação local de sangue)
3. Redução capacidade funcional 4. Nutrição inadequada
4. Condição reversível 5. Perda da estimulação endócrina
6. Envelhecimento
- Mecanismos: 7. Compressão
1. Autofagia (destruição de proteinas estruturais e organelas)
2. Diminuição das exigências metabólicas
3. Corpúsculos residuais (lipofuscina)

Hipertrofia
Caracterização Causas
Aumento do tamanho celular sem divisão (aumento da síntese de
proteínas estruturais e diminuição do catabolismo proteico) 1. Fisiológica
2. Patológica

Condições para haver hipertrofia:


1. Preservação da integridade da célula
2. Preservação da enervação
Caracterizada por: 3. Irrigação sanguínea adequada
1. Aumento do volume celular
2. Preservação do padrão morfo-funcional Limites para hipertrofia:
3. Condição reversível 1. Células incapazes de divisão – lesão
2. Células capazes de divisão - hiperplasia

Hiperplasia
Caracterização Causas
Aumento do número de células de um órgão ou parte dele por
aumento da proliferação e/ou retardo na apoptose 1. Fisiológicas:
- Só ocorre em órgãos com capacidade replicativa - Hormonal (Aumenta a capacidade funcional do tecido quando
- É reversível necessário pois hormonas funcionam como fatores de crescimento
e estimulam a transcrição de vários genes)
Características: - Compensatória (Aumenta a massa tecidular após dano ou
1. Aumento no nº de células remoção parcial)
2. Preservação do padrão morfo-funcional
3. Aumento da capacidade funcional 2. Patológica
Condições para haver hiperplasia = hipertrofia + capacidade de Causada por excesso de estimulação hormonal ou fatores de
divisão da célula crescimento. Regride caso a estimulação seja eliminada
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Metaplasia
Características

- É uma resposta adaptativa, estável e potencialmente reversível, que consiste na substituição de um tecido adulto bem diferenciado e
funcional por outro tecido mais resistente mas menos funcional – alterações morfológicas e funcionais

- Aumenta o risco de neoplasia

Acumulações intracelulares
- É uma adaptação algumas vezes reversível
- Podem ocorrer acumulações de substâncias intra ou extra-celular
Água Lípidos (degenerescência Proteínas Muco Carbohidratos
(degenerescência gorda) (degenerescência (degenerescência (degenerescência
hidrópica) hialinas) mucóides) glicogénica)
- Macroscopicamente Locais preferenciais são os
1. Aumento do hepatócitos, as células Alteração nas células
volume do órgão musculares estriadas cardíacas e ou no espaço Acumulação de muco
atingido as células dos túbulos renais extracelular, que no interior das células - Acumulação anormal
2. Órgão pálido e com apresenta uma intracelular de
perda de brilho Macroscopicamente aparência Ocorre: glicogénio
Há em geral aumento do volume, homogênea, vítrea, 1. Nas células
- Microscopicamente redução da consistência e rósea, na coloração epiteliais - Ex: Glicogénio em
1. Aumento do coloração amarelada hematoxilina-eosina 2. Nas inflamações das células epiteliais no
volume celular, com mucosas sistema renal e ilhéus
alteração da relação Depósitos de colesterol 2 tipos: 3. Em certos tumores de Langerhans →
citoplasma/núcleo Mais frequentes nas artérias 1. Extracelular (estômago, intestino e Diabetes Mellitus
2. Presença de (placas de ateroma), na pele e nos 2. Intracelular ovário)
vacúolos tendões (xantomas) e nas
citoplasmáticos pálpebras (xantelasmas)
Pigmentos

Melanina
Melanócito

Lesão celular
Características Causas Alvos Mecanismos
1. Redução do oxigénio - Carência de O2 ou nutrientes
2. Agressão por agentes 1. Membrana Celular - Produção de espécies reativas
Alterações morfológicas e 3. Agressão por agentes 2. Produção de Energia de O2
funcionais reversíveis ou químicos 3. Síntese Proteica - Lesão mitocondrial
irreversíveis 4. Agressão por agentes 4. Genes irreversível
infeciosos 5. Processos genéticos - Influxo de Ca2+
5. Desequilíbrios nutricionais 6. ADN - Perturbações da função da
membrana celular
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Necrose (morte celular num organismo vivo, seguida de autólise)


Mecanismos Características Tipos de necrose tecidual
celulares
- O aspeto morfológico da necrose depende do tecido e do fator etiológico, os quais determinam
os mecanismos que causam a morte celular

1. Por coagulação
Transformação do estado coloidal das proteínas celulares para um estado mais sólido com
desnaturação das proteínas e inativação das enzimas proteolíticas. O tecido torna-se firme, pálido
e ressecado e microscopicamente torna-se homogéneo e acidófilo, com perda do núcleo, mas
1. Inibição dos 1. Citoplasma preservando a arquitetura tissular
processos eosinófilo
respiratórios 2. Por liquefação
da célula 2. Cromatina Necrose associada à infeção de um tecido, ou no caso específico da lesão por isquemia ou hipóxia
agrega-se no tecido cerebral
2. Produção junto à
de radicais membrana 3. Gangrena
livres nuclear Morte do tecido, geralmente associada a um menor fornecimento de sangue à zona afetada e
seguida de uma invasão bacteriana. Área fica com aspeto de pregaminho
3. Ação direta 3. Picnose
sobre (transformação 4. Gordurosa
enzimas, do núcleo Necrose do tecido adiposo devido a ação de lipases. Ácidos graxos são produzidos e formam
inibindo numa massa complexos com o cálcio, criando sabões de cálcio, que nos cortes aparecem como depósitos
processos densa, rica em basofílicos, amorfos e granulosos
células cromatina,
sem estrutura 5. Caseosa
4. Agressão e que se cora A área necrosada adquire aspeto macroscópico de queijo
direta à fortemente
membrana pelos corantes 6. Fibrinóide
citoplasmática básicos) Ocorre principalmente na parede dos vasos e no tecido conjuntivo e constitui uma das lesões
características das chamadas "doenças do colágeno". O material fibrinóide é formado de fibrina e
outras proteínas precipitadas

7. Gomosa
Tecido necrosado assume aspeto compacto e elástico como borracha, ou fluido e viscoso

8. Hemorrágica
Geralmente devido a obstrução venosa

Apoptose

Características Características celulares Funções (Está relacionada com a manutenção da homeostasia


corporal e com a regulação fisiológica dos tecido mas pode também ser
causada por um estímulo patológico que induza lesão do DNA celular)
- Processo essencial para a manutenção e
desenvolvimento dos seres vivos e de - Moldar os tecidos durante o
grande importância na eliminação de 1. DNA fragmenta-se desenvolvimento embrionário
células dispensáveis e atípicas 2. Cromatina condensa - Eliminar células neoplásicas
3. Célula compacta-se - Renovação dos tecidos com grande
- Célula sofre alterações morfológicas - 4. Membrana forma invaginações atividade como é o caso da pele
retração com perda de volume, perda de 5. Formam-se e libertam-se corpos - Determinante nos tecidos que dependem
aderência ás células vizinhas, condensação apoptóticos que são fagocitados de estimulação hormonal (mama e
e fragmentação da cromatina e formação endométrio durante a menopausa).
dos corpos apoptóticos.
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Neoplasias
Características Etiologia

1. Desconhecida - Sem causa aparente proliferem clones celulares atípicos

2. Por ação de carcinogénios – fatores determinantes


- Proliferação celular não controlada
- Autónomo 3. Por facilitação de co-carcinogénios – fatores predisponentes
- Foge aos princípios que regulam a
multiplicação celular
- Irreversível
- As suas células têm reduzida ou mesmo
perdida a sua capacidade de se diferenciar

Neoplasias
Características celulares

Diferenciação Células anaplásicas Ritmo de crescimento Invasão local Mestásteses

- Permanecem no local - Presença de células ou


de origem, sem infiltrar massas tumorais em
a) Pleomorfismo Lentamente Vs ou invadir tecidos tecidos que não
b) Núcleo Rapidamente vizinhos ou provocar apresentam
Grau em que as células hipercromático metástase para outros continuidade com o
neoplásicas c) Relação núcleo- Depende: locais tumor primário
assemelham-se às citoplasma aumentada - Tipo de tumor
células normais d) Aumento no tamanho - Vascularização - Invasivas provocando - Disseminação das
e número dos nucléolos - Suprimento hormonal destruição dos tecidos células tumorais ocorre
e) Mitoses atípicas adjacentes e podendo através:
desenvolver metástase 1. Vasos sanguíneos
regional e à distância 2. Linfáticos
3. Cavidades corporais
Neoplasias Benignas VS Neoplasias Malignas
Benignas Malignas

Presença de células bem diferenciadas - Presença de células pouco diferenciadas


- Reduzido crescimento ou crescimento lento - Grande e rápido crescimento
- Irrigação tumoral normal - Irrigação sanguínea alterada favorecendo fenómenos de
- Geralmente encapsuladas e localizadas necrose, hemorragias intra tumorais e ulcerações periféricas
- Não metastizam - Infiltrativas
- Recidivam pouco - Metastizam
- Recidivam muito frequentemente.
Mas podem ter evolução não benigna , por exemplo pela
localização, pelo volume ou pela produção hormonal
Estadiamento
- Sistema TNM (T – Tamanho; N – Nódulo regional Comprometido; M – Metástase)
- A associação dos 3 fatores permite classificar os tumores em 5 estádios clínicos (0, I, II, III, IV)
Manifestações clínicas
Locais Sistémicas
- Obstruções - Caquexia neoplásica: Doentes terminais e neoplasias do tubo
- Compressão de órgãos vizinhos digestivo
- Deslocamento de órgãos e estruturas - Produção de hormonas: Carcinoma de pequenas células do
- Ulcerações pulmão
- Hemorragias - Síndromes paraneoplásicas (Acromegalia, hipercalcemia, …)
- Metástases
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Inflamação
Características Agentes Sinais Sinais Sistémicos Protagonistas
Etiológicos Cardinais
Intimamente ligada - Febre Proteínas de
com processos de fase aguda e
reparação - Agentes citocinas aumentadas
físicos 1. Rubor (PCR)
- Agentes 2. Calor - Leucocitose
- Regeneração de químicos 3. Tumor - Aumento da tensão
células - Agentes 4. Dor Arterial
parenquimatosas biológicos - Aumento da
- Preenchimento da - Reações frequência Cardíaca
lesão com tecido imunológicas - Anorexia
fibroso (cicatrização) - Sonolência
- Combinação de - Mal-estar
ambos (+ frequente) - Arrepios de frio

Inflamação dos tecidos


-Hemostase
Resposta Local
- Reparação
Agressão - Lesão
Complementar
Resposta Generalizada - Imunológica
- Circulatória
- Neuro-endócrina
- Metabólica
- Termoreguladora
- Hematopoiética

Inflamação Aguda
Características Estímulos Protagonistas Fases Mediadores Padrões
- Activação rápida - Vasos (só há Vascular: - Substâncias endógenas 1. Inflamação serosa (deriva do
(segundos ou -Microorganismos inflamação em - Alterações calibre vascular que regulam a resposta plasma ou secreções células
minutos) - Traumas tecidos e do fluxo sanguíneo inflamatória, solúveis e mesoteliais das cavidades
- Duração curta - Mecânicos vascularizados) - Aumento da de curta duração peritoneais, pleural ou pericárdica
(horas ou alguns - Tóxicos e - Células permeabilidade vascular →
dias) cáusticos sanguíneas, exsudado - Diferentes mediadores 2. Inflamação fibrinosa (lesões +
- Frio e Calor proteínas - Mediadores: Óxido nítrico e → diferentes alvos e graves, com maior aumento da
Principais - Radiações plasmáticas e histamina diferentes respostas permeabilidade vascular)
Características: - Reacções plasma
1. Exsudação de Imunológicas / - Células Celular: - Produzidos a partir de 3. Inflamação purulenta (produção
fluido e proteínas Hipersensibilidade circulantes - Infiltração tecidular por células (histamina, de pus ou exsudado)
plasmáticas - Hipóxia / - Células dos leucócitos – macrófagos e leucotrienos…) ou de
(anticorpos) Isquémia tecidos neutrófilos (extravasão e proteínas plasmáticas 4. Abcesso/Abscesso (coleção
2. Migração de - Corpos - Matriz fagocitose de (sistema de circunscrita de exsudado purulento)
leucócitos, estranhos extracelular microrganismos, tecido complemento…) em
principalmente - Neoplasia - Sistema Linfático necrosado e corpos resposta a um estímulo 5. Empiema (presença de pus numa
neutrófilos estranhos) cavidade corporal)

Nota:
Exsudação – saída de fluido, proteínas e células sanguíneas dos vasos para o tecido intersticial ou cavidades corporais

Exudado inflamatório é constituído por água, proteínas plasmáticas, restos celulares e neutrófilos. Tem a função de diluir o agressor
e a sua formação é limitada por plaquetas, desaparecimento dos mediadores, pressão hidrostática nos tecidos e drenagem linfática

Inflamação aguda Destruição tecidular Demolição Reparação


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Inflamação Crónica

Características Causas Mecanismo patogénico Inflamação


granulomatosa
- Duração mais longa (semanas ou meses) Libertação extracelular - Presença de
1. Infeções persistentes por alguns de produtos acumulações focais
- Persistente, recorrente e despropositada microrganismos (tuberculose, leucocitários: de macrófagos
sífilis) - Endocitose invertida ativados,
Pode iniciar-se: 2. Exposição prolongada a agentes - Libertação citotóxica denominados
-Após inflamação aguda potencialmente tóxicos endógenos granulomas
-Insidiosamente (artrite reumatoide, ou exógenos (silicose, Libertação de Espécies
aterosclerose) aterosclerose) Reactivas de Oxigénio - Reação
3. Auto-imunidade (artrite (ERO): imunológica
Principais características: reumatoide, esclerose múltipla) - Destruição de
1. Presença de macrófagos (+), linfócitos e proteínas, lípidos, - Ex.: Tuberculose,
plasmócitos Artrite reumatoide, Aterosclerose, hidratos de carbono, lepra, sífilis...
Tuberculose, Doenças pulmonares
2. Destruição tecidual, proliferação de vasos ácidos nucleicos
crónicas, Doença de Alzheimer
sanguineos, fibrose e necrose tecidual

Reparação tecidular (macrófagos são elementos chave)


Tipos de células
Labéis Estáveis Permanentes
- Multiplicam-se durante a vida toda - Não se dividem - Perderam totalmente a
- Células epiteliais, hematopoiéticas e - Têm a capacidade de proliferar quando estimuladas capacidade de se dividir
linfóides - Fígado, pâncreas, salivares, endócrinas e as células derivadas do - Células do SNC e
mesênquima como fibroblastos, osteoblastos músculo

Regeneração
Processo onde o tecido lesado é reposto por células da mesma origem daquelas que se perderam. Restitui à área lesada a completa
normalidade, tanto morfológica quanto funcional; seria portanto ideal que todo o processo de cura se efetuasse pela regeneração
1. Inflamação 2. Proliferação
Hemostase : 1. Tecido de granulação
- A lesão causa a rápida - Formado nas primeiras 24-78h por fibroblastos e células endoteliais vasculares
ativação das cascatas de Caracteriza-se por ter: Angiogénese, proliferação de fibroblastos, deposição de
coagulação proteínas da matriz e presença macrófagos/monócitos 3. Maturação
- Tem eritrócitos, fibrina,
fibronectina e componentes do 2. Angiogenese
complemento 2 formas:
- Pára a hemorragia e serve de - A partir de vasos preexistentes (VEGF e NO)
rede para a migração celular - Do recrutamento de progenitores endoteliais celulares da medula óssea (VEGF)
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Cicatrização

- Substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo fibroso


- Necessárias: Eliminação do agente agressor, manutenção do potencial de proliferação das células, irrigação e nutrição suficientes
- Cicatrização por tecido fibroso: tecido mais simples e mais primitivo
- Perda permanente da função fisiológica da região comprometida

Primária ou de 1ª intenção Secundária ou de 2ª intenção


- Necrose celular limitada - Necrose celular considerável
- Disrupção mínima da membrana basal - Disrupção da matriz extracelular → Cicatriz
Contração da ferida:
- Ocorre em feridas de grandes dimensões (cicatrização por 2ª intenção)
- Diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos
- Formação de uma rede de miofibroblastos nos bordos da ferida
- Processo inibido por exemplo pelos corticoides

Formação da cicatriz:
-Tecido avascular, constituído por colagénio denso, fibroblastos e por fragmentos de tecido elástico
-Sem apêndices cutâneos
- Substituição do tecido de granulação pela cicatriz
- Importância de metaloproteinases (enzimas que degradam os componentes da matriz extra-celular)
- Recuperação da Resistência
- Remoção de pontos ao fim de uma semana: força da cicatriz é de 10 %
-Ao fim de 3 meses atinge um patamar de 70-80%

Condicionantes
Fatores Locais Fatores Sistémicos
- Tipo, dimensão e localização da lesão - Idade
- Circulação sanguínea - Estado Nutricional
- Circulação linfática - Estado do Sistema Circulatório
- Infeção - Alterações metabólicas
- Corpos estranhos - Hormonas
- Tração e mobilização (precoces) - Defeitos da função leucocitária (Neutropénias, aderência
- Radiações ionizantes e ultra-violeta deficiente, fagocitose deficiente, ação microbicida deficiente e
locomoção e migração deficiente)

Úlceras
Pressão Arteriais Venosas
- Qualquer lesão causada por pressão não aliviada resultando em dano - Inadequado fluxo Insuficiencia venosa crónica →
dos tecidos subjacentes (localizam-se + sobre proeminências ósseas) sanguíneo arterial Doença hipertensão venosa →
vascular periférica, diabetes, Ulceração
Fatores Intrínsecos: Género, idade, imobilidade, peso, nutrição, trauma
medicação, incontinência, infeção Caracterizam-se por:
Fatores Extrínsecos: Pressão, fricção, deslizamento , humidade, Caracterizam-se por: - Exsudado moderado-elevado
substâncias irritantes - Dor tipo claudicação e que - Margens irregulares
agrava se o membro ficar - Cor vermelha escura
Estádios: em posição elevada - Pele em redor com
I – Vermelhidão persistente - Cor pálida hiperpigmentação dermatite e
II – Perda parcial da espessura da pele (derme e epiderme) - Bordos definidos e lipodermatoesclerose
III – Perda total da espessura da pele envolvendo danos ou necrose regulares - Indolores, normalmente
IV -Perda total da espessura da pele com destruição tecidular extensa - Exsudado mínimo melhora com elevação da
até ao músculo, osso ou estrutura de suporte - Pele circundante fria e fina perna e com compressão
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Edema
Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial, no interior das células ou nas cavidades orgânicas

- Mecanismos de entrada e saída de solutos e macromoléculas nas e das células:


Difusão Transcitose “Bulk flow” – fluxo em massa
- Mecanismo mais determinante e especialmente - Para as - É importante para a regulação dos
importante para os solutos: os solutos e iões difundem por macromoléculas (ex: volumes de sangue e de fluidos como
gradiente de concentração lípidos) determinantes do movimento dos solutos

- A velocidade de movimentação do soluto é diretamente – Implica uma sequência – Os movimentos da água e das
proporcional à diferença de concentração entre os dois de endocitose, substâncias dissolvidas depende:
meios formação de vesícula e 1. Pressão Hidrostática
exocitose para o espaço 2. Pressão Osmótica
- Não há gasto de energia (transporte passivo) intersticial

Nota:
Equilíbrio de Starling – Fluxo = kf (pressão hidrostática – pressão oncótica)

Mecanismo básico para o aparecimento de edema – desiquilíbrio das forças de Starling:

Aumento Pressão hidrostática capilar, diminuição da pressão oncótica do plasma, aumento da permeabilidade capilar, bloqueio da
drenagem linfática, retenção de água e sódio por alteração hormonal, aumento da pressão oncótica do tecido intersticial

Edema localizado Edema generalizado


- Erisipela - Síndrome Nefrótica
- Trombose Venosa - Síndrome Nefrítica IRA
Profunda - Insuficiência cardíaca congestiva
- Linfedema (duro, - Cirrose Hepática
inelástico, indolor, sem
fator de melhoria, com - Início maleolar
espessamento da pele, - Pode atingir as serosas e generalizar (anasarca)
acentuação dos sulcos e - Vespertino
dobras cutâneas, às vezes - Mole, frio, indolor Edema
com aspeto verrucoso) - Melhora com o repouso no leito nas
- Angioedema cavidades
- Antagonistas Cálcio Edema das Nefropatias:
Generalizado, predominantemente facial, caráter matutino, mole, frio e indolor
Edema inflamatório:
localizado, mole, doloroso, Cirrose Hepática:
quente e avermelhado - Síndrome de insuficiência hepatocelular -  síntese protéica.
- Síndrome de hipertensão portal - hipertensão nos sinusóides hepáticos com
extravasamento de líquido
- Manifestações clínicas: Icterícia, eritema palmar, encefalopatia hepática, equimoses,
hematemeses/melenas, esplenomegalia, aranhas vasculares, hipotrofia muscular,
alopecia, ginecomastia e atrofia testicular, ascite, circulação colateral
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Patologias causadas por agentes físicos

1. Radiação 2. Eletricidade
Não Ionizante Ionizante Determinantes para os efeitos:
- Frequências baixas - Altas frequências -Tipo de corrente
- Radiação UV -2 tipos: Naturais (luz solar, raios -Quantidade de corrente
cósmicos) Artificiais (Raios X) -Percurso da corrente
Efeitos nefastos -2 formas: Radiação -Potencial de corrente ou tensão
- Efeitos Agudos eletromagnética (raios X, raios -Duração do contacto
- Reação Inflamatória aguda, Gama) Partículas -Resistência
retardada e permanente
- Dermatose fototóxica Efeitos: Mecanismos e efeitos:
- Dermatose fotoalérgica - Ativação de proto-oncogeneses -Produção de calor
- Inativações de genes
Efeitos Benéficos oncossupressores Estimulação do Sistema Nervoso:
- Síntese de vitamina D na pele - Desregulação de genes envolvidos -Alterações da consciência
- Tratamento de doenças cutâneas na apoptose -Paralisia
- Alterações do material genético
- Lesões diretas e indiretas no DNA Estimulação do coração:
-Fibrilação ventricular
Determinantes para os efeitos: -Arritmia
- Dose total da radiação -Assistolia
- Idade
- Tratamentos associados ao Estimulação dos m. esqueléticos:
aparecimento de cancro Fracturas
Luxações
Insuficiência respiratória
3. Frio 4. Calor
Diminuição da temperatura corporal Mecanismo de eliminação de calor:
- Condução do corpo para estrutura sólida
- Convecção
Ativação dos mecanismos homeostáticos: - Radiação
- Vasoconstrição periférica - Evaporação (30%)
- Ativação dos m. esqueléticos - Vasodilatação renal e mesentérica
- Piloereção - Vasodilatação periférica

Fatores de risco: Causas:


- Lesão do hipotálamo/hipófise - Contacto dos tecidos com sólidos, líquidos ou gases a
- Hipoglicémia elevadas temperaturas
- Hipotiroidismo - Exposição a radiação UV
- Neuropatia induzida pelo alcoolismo ou diabetes - Corrente eléctrica
- Vasodilatação dos vasos superficiais induzida pelo álcool
- Quadros clínicos que conduzem a uma reduzida atividade muscular Efeitos:
- Lesões isquémicas
Efeitos: - Lesões das vias aéreas e pulmões por inalação de gases a
- Polipneia altas temperaturas
- Bradipneia - Infeções oportunistas ao nível das lesões cutâneas
- Bradicardia - Desequilíbrio hidro-eletrólítico por perda da água através
- Poliúria da pele lesada
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Patologias causadas por agentes químicos


1. Tóxicos 2. Poluição atmosférica
Intoxicações: Intencionais ou Involuntárias

Efeitos:
- Corrosivos- necrose; Desnaturação das proteínas Patologias:
- Metabólicos- compromete as funções vitais - Doenças das vias aéreas superiores
1. De membrana - Bronquite crónica
2. Mutagénicos - Asma brônquica
3. Endócrinos - Enfisema pulmonar
4. Alérgicos - Neoplasia
- Aumento do risco para as infeções
Fatores que influenciam a lesão:
- Estado de saúde
- Habituação
- Suscetibilidade individual
- Tipo de agente
-- Dose
- Concentração
- Ritmo de administração

3. Tabaco 4. Drogas
Efeitos mais comuns: Efeitos das que distorcem a perceção:
- Cegueira - Euforia;
- Cancro nas cavidades nasais - Fome intensa;
- Cancro dos pulmões, brônquios e traqueia - Pupilas dilatadas e olhos avermelhados;
- DPOC - Alucinações e delírios;
- Asma
- Falta de ar Efeitos das que diminuem a atividade mental:
- Cancro no fígado - Relaxamento muscular e sonolência;
- AVC - Alívio da dor;
- Cancro da próstata e dos ovários - Náuseas e vómitos;
- Falta de ar

Efeitos das que aumentam a atividade mental:


Estimula a atividade física e mental, causando diminuição
da sonolência e da fome

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