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Introdução à UC
1.1. CIÊNCIA,
CIÊNCIA, INVESTIGAÇÃO
INVESTIGAÇÃO E METODOLOGIA
E METODOLOGIA
A aquisição de conhecimento
Requer:
Intuição
Tradição/Autoridade
INVESTIGAÇÃO
Experiência Pessoal/Tentativa e Erro
Raciocínio Lógico
INTUIAÇÃO
Exemplos:
1
TRADIÇÃO/AUTORIDADE
Tradição (o
que sempre foi Autoridade
feito. Não há
desenvolvimento)
Exemplos:
2
RACIOCÍNIO LÓGICO
O processo de Pesquisa
Ciência
3
Investigação Científica
Imparcial
Objetiva
Validada
Válida para todos os contextos
Conhecimento Científico
4
Objetivo – Descrever a realidade como ela é ou pode ser, mesmo que
falível e apenas temporariamente correta, mas nunca como gostaríamos
que fosse (ou seja, nunca aplicada às nossas crenças e vontades)
CONHECIMENTO
5
Contributo
2. 2. PERSPETIVA
PERSPETIVA HISTÓRICA
HISTÓRICA DADA INVESTIGAÇÃO
INVESTIGAÇÃO EMEM ENFERMAGEM
ENFERMAGEM
7
EUROPA
PORTUGAL
• 1º Doutoramento de uma Enfermeira Portuguesa
1982
8
Anos 90 – Portugal
ESEL - UIDE
Florence Nightingale
♦ Primeira Investigadora
♦ Através da investigação identificou diferenças na causa de morte de
soldados britânicos que eram internados em hospitais civis e militares (de
campanha)
♦ Utilizou os resultados para influenciar o poder político
9
Barreiras à investigação em Enfermagem
Organizacional
Inadequado sistema de desenvolvimento pessoal e profissional
Pessoal
Tempo no emprego é insuficiente para implementação de novas ideias
Falta de tempo para ler estudos de investigação
Sensação que as alterações resultantes de investigação na prática são
mínimas
Administração não vai permitir a sua implementação
4. ÉTICA EM INVESTIGAÇÃO
10
Estudos Observacionais – Recolha de dados, sobre um determinado grupo ou
sociedade, com recurso a entrevistas ou observação participante. Não há
manipulação direta! Existe uma relação que se estabelece entre investigadores
e sujeitos de investigação (onde há proteção dos envolvidos e envolvimento dos
investigadores).
Enfermeiros como:
Deve:
Investigadores
11
Human Rights Guidelines for Nurses in Clinical and Other Research (ANA,
1985)
Risco
Desconforto
Invasão da privacidade
Ameaça à dignidade humana
Problemas relacionados com o consentimento informado (livre e
esclarecido)
PORQUÊ?
PORQUÊ?
QUEPREJUÍZOS
QUE PREJUÍZOSPODE
PODETER?
TER?
Para os investigadores:
12
O saber não pode, enquanto tal, ser isolado das suas consequências
Implica
Ensaios Clínicos
Incentivo à
Suborno
Investigação
13
Os casos de violação das boas práticas científicas têm vindo a ser
descobertos, incluindo estudos clínicos e, mas precisamente, ensaios
clínicos de medicamentos
Existência de
Diretrizes Éticas
Internacionais para a
pesquisa envolvendo
seres humanos
Autodeterminação Informacional
Familiares
Instituição
Comissão de Ética
14
3. Devem ser tomadas todas as precauções para respeitar a
privacidade do indivíduo e minimizar eventuais danos
Exemplo: Acesso aos dados pode pôr em causa o anonimato das pessoas
envolvidas
O bem individual O bem-estar do ser
deve sempre humano deve ter
sobrepor-se ao bem prioridade sobre os
da sociedade em interesses da ciência
geral! e da sociedade
Acontecimentos Relevantes
1947
Código de Nuremberga
15
1964
1940/50
1932 – 1939
16
Década de 50 – EUA
Recusa de tratamentos experimentais/inovadores a grupos de
controlo – Num ensaio clínico, a vacina contra a poliomielite não foi
administrada ao grupo de controlo, o que teve consequências dramáticas
1966
Esclarece:
1978
17
Elaboração de pareceres institucionais à instituição de saúde a que
dizem respeito
1. Ao próprio
Aos tutores legais (Caso a pessoa tenha menos de 16 anos)
Consentimento Informado
Ao próprio indivíduo (Caso a pessoa tenha menos de 16 anos)
Consentimento Informado + Assentimento Informado (assentimento de
vontade na participação do estudo)
2. À comissão de Ética
18
Imparcialidade e Independência (Exemplo: Quando ocorrem
patrocínios e financiamentos por parte de certas empresas a um
determinado estudo/ investigação)
19
A investigação enquadrada no REPE:
20
Respeito pelos Participantes
21
pessoas têm o direito de aceder aos dados coligidos que lhes digam
respeito e de obter a respetiva retificação
Direito de acesso
dos participantes
ao texto integral
Proteção de Dados da investigação!
Garantir a proteção dos dados
Colher apenas os dados adequados e relevantes para o estudo e evitar
colher dados desnecessários
Não guardar dados que possam identificar os participantes por períodos
prolongados
Utilizar códigos nos ficheiros dos participantes e separar dados que
possam permitir a identificação dos participantes (nome, morada,
telefone, data de nascimento)
Os dados devem ser processados legalmente para propósitos específicos
Nunca colocar os nomes reais dos participantes nas transcrições das
entrevistas
Nos casos em que houver necessidades de recorrer a transcritores de
entrevistas – Solicitar que assinem um documento escrito no qual se
comprometam a salvaguardar a proteção dos dados em questão
22
Todo o indivíduo que participe num estudo tem direito a ser informado da
sua finalidade e conteúdo:
23
Avaliar a situação em que se encontra o eventual participante permite que
este possa escolher livremente
Direito à Segurança
É de realçar:
Fabrico de resultados
Falsificação de processos, omissão ou falsificação dados/resultados
Plágio – apropriação das ideias, projetos, resultados ou palavras de
outras pessoas sem lhes atribuir o devido crédito
Práticas de Investigação discutíveis
Intimidar a participação no estudo
24
Descriminação dos participantes
o Má utilização de fundos
o Má gestão dos dados
o Publicação inapropriada
25
Importante A investigação deve ser desenhada, revista e desenvolvida
garantindo:
Integridade
Qualidade
Transparência
Condução de forma independente
o Informação inadequada
o Influenciar sem respeitar a voluntariedade
o Não respeitar a falta de competência dos participantes para decidirem
Direitos de Autor
Faculdades Conteúdo
Faculdades
de carácter
de carácter
pessoais e do direito
pratimonial de autor
morais
26
Síntese
Relevância do estudo
Validade Científica
Seleção da população e da amostra
Relação risco-benefício
Revisão ética independente
Garantia de respeito dos direitos dos participantes (consentimento
informado, esclarecido e livre + confidencialidade e proteção dos dados)
em todas as fases do estudo
27
Aula Teórico-Prática 1 (TP) – Módulo I
Investigação em Enfermagem
Por esta razão, deve de haver, desde o início, uma maior preocupação com
os grupos não autónomos e vulneráveis, por serem mais facilmente
instrumentalizáveis, como é o caso de doentes mentais, crianças e doentes em
coma. Nestes casos, o consentimento deve ser obtido junto dos familiares ou
dos tutores responsáveis pelos indivíduos.
28
qualquer penalização ou consequência negativa. Também não deverá ser
possível a sua identificação na divulgação de todo o trabalho.
Princípios Éticos:
Honestidade
Não Maleficência
Humildade
29
II – EPISTEMOLOGIA E METODOLOGIA
0. PRESSUPOSTOS DE PARTIDA
Impedimentos ao conhecer
Originando:
30
Homem como ser pensante e de pensamento ativo, cognitivamente,
que pode então determinar como quer conhecer as coisas
Estudar e
racionalizar Encontrar
Criação de
a mudança uma
leis
social para Engenharia
universais
organizar a Social
sociedade
Modernidade
(iluminismo e idades
da luz) e
transformações que
vão ocorrendo ao
Homem
Produzir
conhecimento Processo que
aceite pela acompanha todo o
comunidade desenvolvimento da
científica como um História
todo
Etapa 1
Tentativa Falhada!
31
Séc. XIX – Institucionalização das disciplinas por graus de determinismo
Conhecimento entre as várias ciências não fluía entre si. Não existia
partilha de conhecimentos entre os vários domínios disciplinares, por
terem determinismos muito diferentes.
Etapa 2
Progressivo diálogo entre as diferentes ciências, uma vez que estas são
decorrentes de uma mesma história Investigação como processo
construtivo deste diálogo (traços não contínuos).
32
Investigação
Processo de
Conhecimento modificação - Sempre
em renovação
33
Argumentos: tornam-no válido e importante, diferente do senso-comum
Pode ser relativo: nós vemos o mundo como nós somos e não
necessariamente como ele é. Pode ser uma projeção que fazemos
tendo em conta o conhecimento que temos de nós próprios
Neutralidade axiológica –
Neutralidade do
conhecimento, para que este
seja isento de pré-
concessões.
34
Neutralidade Axiológica – Max Webber
Investigação
Conceitos-Chave
Metodologia
RIGOR na
Investigação 35
Metodologia Científica
Procedimentos Metodológicos
Procedimento Científico
Objetivos:
36
Procedimentos Metodológicos
Método
Do grego methodos
Técnicas
Exemplos:
37
1. RELAÇÃO ENTRE TEORIA E EMPIRIA NA PRODUÇÃO
DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Premissas de Partida
38
4. O conhecimento é uma procura da “verdade” (conhecimento válido,
rigoroso e com sentido) e não a procura da certeza (porque nunca
chegamos a certezas absolutas) – há ma continuidade e rutura entre
teoria e empiria (assente no sujeito e no objeto)
Tomar o senso comum como elemento, mas não como totalidade, ou seja, há a
rutura com o senso comum Existência de “verdades” que possam ser
questionadas e reconhecidas
39
Características do Senso Comum
40
CONHECIMENTO
TEORIA EMPIRIA CIENTIFICO
Teoria
Empiria
Determinar
modelo de
pesquisa
para as
etapas
seguintes
Definir o que se quer conhecer
41
Fazer investigação:
Epistemologia
42
Natureza do que vai ser conhecido depende do sujeito que o pretende conhecer
e da área em que isto se verifica!
Epistemologia Moderna
Interessa-se mais pelo saber que (saber proposicional) do que pelo saber
como (que meios foram utilizados e com que objetivos)
Sujeito Objeto
43
Paradigma
Potencialidades de riscos
do Racionalismo:
Irredutibilidade do
conhecimento teórico (muito
fechado sobre si próprio)
Circularidade do
Conhecimento
Empirismo
Primeiras etapas de
desenvolvimento da
ciência baseavam-
se no real para
chegar ao racional
Potencialidades de Riscos
do Empirismo: Ser afetado
pelas crenças pouco
fundamentadas Pouco
Base
controlo do sujeito face ao
que este está a observar 44
Epistemologia e Atos Epistemológicos AUTORES
GASTON BACHELARD
45
2. Construção do objeto de análise
3. Verificação
Confronto dos dados obtidos com aqueles que já existiam (de outros
autores), podendo estes ser iguais ou diferentes
46
KARL POPPER – Falsificacionismo Popperiano
47
As hipóteses devem ser claramente formuladas e disporem do máximo
conteúdo possível para poderem ser falsificáveis
IMRE LAKATOS
Argumento histórico
Significado preciso no contexto das teorias
Necessidade de desenvolvimento da ciência e das próprias teorias (o
que interessa)
Thomas Kuhn
48
Conhecimento e teorias do conhecimento pressupõem um processo e um
conjunto de etapas que são cíclicas
PAUL FEYERABEND
49
“Tudo é bom, tudo vale” – Forma de reaproximar o conhecimento a outros
modos de saber (possivelmente) não científicos.
Serendipidade
50
2. INDICADORES
o Contexto
o Processo Histórico
o Intervalo de Tempo
51
3. Escolha de indicadores para cada uma das dimensões. Pelo facto de
cada indicador medir geralmente apenas uma parte da dimensão torna-
se necessário multiplicar o número de indicadores utilizáveis
Um indicador remete para uma determinada dimensão!
Construção de questões que pudessem ser medidas e respondidas pelo
indivíduo
CONCEITOS
Que influência
psicológica tem
DIMENSÕES
o conceito de
doença para o
doente?
Dimensão Dimensão
Cobrem o indivíduo física/biológica psicológica
como um todo e
como realidade
psico-bio-social!
Dimensão
Dimensão social
cultural
INDICADORES
52
Indicadores ou Variáveis
Modelo
Método Hipotético-Dedutivo
Método Hipotético-Indutivo
Hipóteses
Conceitos
Dimensões
Indicadores
53
Modelo Hipotético – Indutivo (se estivermos numa área de investigação nova)
Exemplo:
Variável: “Género”
54
Tipos de Variáveis
Exemplo:
Exemplo:
55
Classificação das Variáveis, quanto à sua natureza
Qualitativas
Quantitativas
56
Importantes para caracterizar – Análise descritiva! (Não é boa para
fazer uma análise interpretativa)
Escala Ordinal
57
Escala de Intervalos
58
Escala mal escolhida pode comprometer a validade dos dados e dos
resultados obtidos!
Escala cumulativa
59
Derivadas das variáveis que se limitam a designar situações.
Situam-se ao nível mais elementar da medida.
A relação entre o valor da variável e o número que a representa é
estritamente uma relação de equivalência
Importantes para caracterizar – Análise descritiva! (Não é boa para
fazer uma análise interpretativa)
IMAGENS PPT
Escala Ordinal
Escala de Intervalos
60
3. A METODOLOGIA: Métodos e Estratégias de Pesquisa
Estratégias de Investigação
1. Estratégia Extensiva
Vantagens:
2. Estratégia Intensiva
61
3. Investigação de Ação
Permitem
chegar a
dados e a
estudos!
1. Método Experimental
62
Método controlador e determinista – Diminui possibilidade de inovação
Apresenta 4 fases/momentos:
Fases do método:
o Classificação
o Contagem
o Apresentação
63
A finalidade deste tipo de método é a de possibilitar uma ampla
compreensão do fenómeno na sua totalidade
Utiliza instrumentos de recolha de informação flexíveis, principalmente a
observação-participante
Limitações:
1. A intensidade e profundidade
Multiplicidade das facetas a explorar na análise da unidade de
investigação e com a profundidade do estudo que implica as dimensões
históricas dessa unidade
2. A flexibilidade do método
Seleção e utilização mais livres e amplas da técnica
64
3. Grande quantidade de material informativo e por vezes
heterogeneidade
Resultante de diversos níveis de análise e da utilização de diferentes
técnicas
Extensivas-Quantitativas
Comparativas-Tipológicas
D
65
A técnica mais corrente é a das entrevistas, nas diversas variantes que
elas podem assumir, complementadas eventualmente por levantamentos
documentais ou períodos limitados de observação direta
Intensivas-Qualitativas
Níveis de Investigação
Exploratório
Descritivo
Explicativo
66
III – PREPARAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
Etapas da Investigação
O
O que
que vou
vou pesquisar?
pesquisar?
67
Scoping Review – Revisão que tem por objetivo explorar um tema e ver que
conceitos lhes estão associados, mas sem o rigor que está implicado numa
Revisão Sistemática da Literatura. É um processo menos complexo.
Teoria Principal
Teoria Auxiliar
68
Pertinência da investigação face à evidência
Justificação teórica ou com dados estatísticos
Importância do objeto de estudo
Definição clara do problema ou tema
o Qual o impacto?
o Quais as implicações emocionais e psíquicas?
o Qual o impacto familiar?
o Qual o impacto na sociedade?
Questões e Objetivos
Objetivo geral – Traduz o fim com que se faz a pesquisa Aponta para a
finalidade geral do trabalho de investigação
69
Necessária existência de coerência entre os objetivos estabelecidos e os
resultados obtidos!
Colocação Colocação
de de
Questões Afirmações
70
Qual a antevisão da análise de dados? Qual o tipo de
estudo? Quais os materiais e métodos a utilizar?
Metodologia Qualitativa:
Metodologia Quantitativa:
Recolha de Dados
Entrevista
Observação
Inquérito por questionário
Escala: Instrumento já feito, com um conjunto de perguntas, que nos
permite avaliar aquilo que queremos avaliar
Desenvolvimento de um instrumento ou tradução do mesmo (variável e
com a sua medida
O investigador
Os indivíduos preparados para fazer essa intervenção
71
Em que local (onde)?
Escola
Hospital
…
Análise de Dados
Qualquer dado, por si só, não vale nada se não for trabalhado e analisado!
72
Ajuda no tratamento seguro dos dados Certeza de um tratamento
seguro e isento de erros
Análise dos
dados
Apresentação (comparação dos
dos dados (de dados que
Discussão
forma encontrámos Resultados
dos dados
descritiva e com o que já foi
extensiva) encontrado
noutros trabalhos
de investigação
Conclusões
73
Tipos de Estudos
Dicotomização
Estudos Mistos
74
Dicotomia – Qualitativos vs. Quantitativos
Qualitativos – “Profundidade”
Quantitativos – “Extensividade”
75
Historiografia - Qualitativos
- Deverão ser feitas algumas questões gerais que orientam a investigação nesta
fase:
76
Quantitativos – “Extensividade”
77
Utilização de dados que já Procura-se
Recolha de
foram recolhidos no passado analisar um
informação
(presentes em arquivo) acontecimento
ao longo do
“Olha para trás”, para um que ocorre no
tempo
fenómeno que já aconteceu presente
Avaliação de pessoas
(inicialmente saudáveis e
posteriormente doentes) ao longo
Quantitativos: do tempo, avaliando-as com
pessoas sempre saudáveis,
1. Estudos descritivos
avaliando os diversos fatores e
1º Passo na investigação! perfis de risco associados a
essa doença
Descrevem os fenómenos ou problemas sob estudo
Identificam, analisam e relacionam variáveis sem determinar relação de
causa e efeito
Fazem o inventário de factos ou situações
Analisam documentos
78
Este tipo de estudos não tem como objetivo principal apresentar
resultados de forma numérica com recurso às técnicas de análise
estatística
79
1.5. Estudos Longitudinais ou de coorte
Observações repetidas ao longo do tempo
2. Estudos Correlacionais
Têm como objetivo Identificar se existem correlações entre variáveis
80
2.3. Verificar modelos (verificar modelos teóricos – confirmação e
consolidação de modelos teóricos já existentes (paradigmas))
Estudo para Verificação de um Modelo
3. Experimentais
Presença de informação que queremos desenvolver
Verificar se existem diferenças significativas entre situações ou grupos
Faz-se a comparação de um atributo de um grupo de controlo com um
grupo experimental
81
3.1. Quase-experimental
Tem intervenção/experiência
Deixamos de ter dois grupos (experimental e de controlo) para termos
apenas um grupo de estudo, que é avaliado em dois momentos: antes da
intervenção e depois da intervenção
Estudo de natureza empírica que não cumpre dois dos pressupostos da
experimentação: a aleatoriedade na seleção dos grupos e o controlo.
Faz-se a comparação dos grupos e controlo de algumas variáveis
82
Relatório de Investigação Empírica
Capa (em papel mais resistente – sóbria. Protege o trabalho. Tem função
de identificar o autor e a instituição de pertença)
Página de rosto (apresenta mais elementos do que a capa)
Dedicatória (não obrigatória)
Epígrafe (não obrigatória) – Pensamento
Agradecimentos (não obrigatória)
Resumo (Abstract, Résumé, Resument) – Apresentado em 2 línguas
(língua mãe e outra, como o inglês ou francês)
Lista de siglas e abreviaturas
Índice e Índice de Quadros, Tabelas e Figuras
Introdução
Enquadramento Teórico (revisão da literatura)
Materiais e Métodos/Metodologia
Apresentação de Resultados
Discussão de resultados (apresentação e discussão de resultados)
Conclusão
Implicações Teóricas e Práticas
Referências Bibliográficas
83
Apêndices – Materiais produzidos pelos autores
Notas (não obrigatório)
Errata (não obrigatório) – Lista de erros de redação ou composição
gráfica e respetiva correção (pode ser entregue posteriormente à entrega
do trabalho, caso o erro seja detetado nessa altura)
Informação
2. FONTES DE INFORMAÇÃO E DE RECOLHA DE DADOS consultada
diretamente em
Tipos de Fontes teorias e teses
produzidas por um
autor
Primárias
Fontes de
Informação
Produção/Redação de Secundárias
(citações)
informação relativa a
informação já
FONTES
produzia por outro
autor Primárias - Dados
recolhidos pelo próprio
investigador
Fontes de recolha de
dados Secundárias -
Utilização de dados
recolhidos por outra
outra entidade,
instituição, INE ...
Fontes1.de
Fontes
Informação
de Informação
Fontes secundárias: O avaliador não foi responsável pela recolha direta dos
dados.
84
Relatórios de informação
que traduzam
investigações. Tudo o Monografias; Artigos
periódicos; Dissertações; Altas,
que traduz informação Literatura cinzenta
feita e realizada pelo (comunicações, relatórios e
próprio autor atas não publicadas);
Enciclopédias; Dicionários;
Primárias Reportórios Bibliográficos;
Coletânias; Diretórios (listas
que pretendem conter toda a
informação útil sobre
determinado tema); Anuário;
Fontes de Catálogos; Documentos de
Informação arquivo
Citações - A fonte
secundária compõe-se
Secundárias
de elemntos derivados
Informação gerada das obtas originais
de investigações e
conhecimentos
adquiridos por
outros
Bibliotecas
Centros de Documentação
Servições de Informação e documentação e arquivos (documentos
únicos – documentos oficiais ou privados, considerados de relevância
pela sua raridade ou singularidade)
Procura em
Centros de Investigação
fontes
Bases de dados on-line
credíveis!
Repositórios institucionais
Permite ao Investigador:
85
Identificação de novas aplicações
Facilita a abertura a disciplinas afins e a outras mais afastadas
86
Utilização de:
87
Dependem da autoridade
pública – Estado
Diário da República
Dados Arquivo de
Identificação
Relatórios do INE
Relatórios de Saúde
Contratos de Casamento
Fontes Não
Escritas
Estudo empírico!
88
Fontes Primárias: Dados que resultam da recolha através de:
Questionários
Entrevistas
Observação
Focus groups…
Fontes Secundárias:
Estatísticas
Bases de dados (oriundas de outros estudos)
Indicadores económicos e de saúde
INE
Artigos de Jornais
Reclamações (livro amarelo)
Fontes Secundárias
Fontes Estatísticas
1. Estatísticas Correntes
Referentes ao País
São reguladas e publicadas
2. Análises Estatísticas
Fornecem informação tratada
Devemos utilizar esta informação com cuidado, conhecendo os objetivos,
como foi feita a colheita e o tratamento da informação
Nota: A utilização
de dados
estatísticos exige do
investigador citação
em texto ou rodapé! 89
Crítica das Fontes
Crítica dos documentos escritos
Destacar as informações
Estabelecer uma ordem de certeza sobre o essencial e sobre os
pormenores
Identificar eventuais lacunas (falhas que deverão ser preenchidas por
outros meios que nos forneçam informação complementar!
90
Difere das fontes escritas nos meios a utilizar para fazer a crítica externa
(gravações, vídeos, fotografias), arte (móveis, esculturas).
Não dispensa o procedimento crítico e a obrigação de confrontar a
informação com recurso a outras fontes
Exemplo 2: Sondagens
91
IV – TÉCNICAS DE RECOLHA DE INFORMAÇÃO
1. OBSERVAÇÃO
92
Implica a mobilização dos vários sentidos!
Fases da Observação
93
3ª Fase – Observação seletiva Mais aprofundada e específica
Participar na observação:
Perda de objetividade
Perda de distanciamento do objeto de estudo
Problemas a nível do registo da situação, que se dificulta quando
participamos na ação (perda de registos, ou da subjetividade dos
mesmos)
94
Observação Participante
Exemplos:
Observação com “lentes de grande angular” - Observar com uma visão mais
aberta e não estrita!
Exemplos:
95
Insider/Outsider da situação
Grau de envolvimento:
96
Quando o investigador faz ou
fez o papel que
investiga/situação que está a
investigar e observar
Participação total naquele papel
Aquele que
Aquele que não participa
participa em
nem interagem, é só
algumas atividades
observador/espectador. É
considerado passivo (e
não não-participante)
Considerado como um
porque a sua presença
meio-termo entre o ser
física acaba só por si por
participante e o ser
ser uma forma de
observador Participa,
participação, ainda que
mas esta participação não
este não entre em
é necessariamente notória
qualquer tipo de
atividades
97
Observação Estruturada – Polit
Descrição objetiva dos componentes de uma dada situação social com
vista a extrair componentes dessa situação
Leininger, M. (1985)
o Principalmente observação
o Principalmente observação com alguma participação
o Principalmente participação com alguma observação
o Observação reflexiva
Observador completo – Papel passivo, não tem iteração social direta com o
contexto
98
Denzin & Lincoln (2005)
Observação Participante – Fundamentada no estabelecimento de relações
consideráveis entre investigador e comunidade. Requer imersão no campo
durante um longo período e no dia-a-dia
Determinar objetivo
Determinar o que vai observar
Determinar local de observação
Determinar hora e dia, e o tempo necessário para… e o tempo
necessário para… Consoante os objetivos estabelecidos e o
fenómeno em estudo, podendo variar consoante os mesmos
Preparar equipa
Planear notas/registos – das notas de campo às grelhas de observação
O que
observar?
99
Dimensões de observação de situações sociais – Spradley, 1980
100
Particularidades - Obstáculos
101
2. ENTREVISTA
O que é a entrevista?
Condições Metodológicas
102
Fraca teorização reúne elementos cujo alcance não compreendemos
103
Classificação segundo o Grau de Liberdade
104
2. Permite conduzir uma investigação sem que se conheça previamente
o nível de informação dos entrevistados sobre o problema
105
Plano da Entrevista
Momentos Prévios
O início da entrevista
O entrevistador escolhe uma questão introdutória
106
Esta questão pode aflorar o tema central do estudo como dizer
respeito a aspetos relativos à situação do entrevistado – informações
que sejam úteis para a compreensão de respostas posteriores ou para
que o entrevistador fique melhor preparado para abordas as questões de
fundo
O Corpo da Entrevista
O Fim da Entrevista
Procedimentos de Incentivação
Expressões Breves
107
Exemplos:
“Estou a ver!”
“Hum! Hum!”
“Compreendo!”
“Sim sim!”
- Quando existem razões para pensar o que interlocutor não exprimiu totalmente
o seu pensamento, o entrevistador pode mostrar que está interessado em saber
mais
Exemplos:
Exemplos:
“Não percebo muito bem o que quer dizer porque não conheço”
“Quer explicar-me um pouco mais?”
“Essa expressão significa o quê?”
“Que pretende dizer?”
A Técnica do Espelho
108
A Técnica do Reflexo
Exemplos:
109
3. FOCUS GROUP
Entrevistas e análise de questões em grupo, através da recolha de
informação resultante da colocação de questões a vários indivíduos.
Vantagens
110
Denzin e Lincoln (1996)
Gibbs (1997)
Desvantagens
111
Procedimentos
1. Planeamento Geral
Primeiro passo de todo o processo, o sucesso depende da sua
preparação e tem como objetivo antecipar todas as decisões que têm de
ser tomadas
Sugerem que na fase inicial se dê resposta às questões: Porquê?;
Quem?; Quando?; Aonde?; Como? – Respostas que irão sustentar o
percurso e que são essenciais para as tomadas de decisão relativas aos
procedimentos utilizados
112
As questões são selecionadas de acordo com as funções pretendidas
podendo ser classificadas em 5 categorias de – abertura (para quebrar o
gelo), introdutórias (introduzem o tema), transição (focam-se no
assunto pretendido – Feito na 3ª pessoa), chave (foca-se na experiência
pessoal, feito na 1ª pessoa) e final (pergunta de segurança, que tem
como objetivo certificar-se que não há mais nada a acrescentar)
2. Recrutamento
113
Contactos telefónicos personalizados (construção de uma relação
interpessoal com os participantes)
Divulgação dos incentivos para motivar a participação
Responsabilização dos participantes pela sua colaboração no estudo
3. Moderação
114
4. Realização do Focus Group
4.1. Introdução do focus group
Muito do sucesso do focus group pode ser atribuído aos primeiros 5
minutos introdutórios. Se for demasiado formal pode inibir os
participantes, se demasiado descontraído e brincalhão os participantes
podem não levar a sério a discussão
Deve ser feita de um modo consistente, pequena, com instruções fáceis
que fluam facilmente e que contenha as seguintes fases:
o Receção aos participantes
o Apresentação
o Explicar a razão de estarem reunidos
o Definição das regras
o Questão de abertura
Pedir que falem um de cada vez para que s consiga compreender depois
as gravações
Informar que o papel do moderador e do assistente é sobretudo a escuta
ativa e não de intervenção
Sensibilizar os participantes para uma intervenção ativa, realçando que a
opinião de todos é importante
115
Alertar quanto à necessidade de interromper a discussão para dar a
palavra a outro participante menos interventivo ou se o assunto estiver a
desviar-se para outros que não são o objetivo deste trabalho
4.2. Moderação
No final do focus group é feita a questão final (questão de segurança) –
“Alguém quer acrescentar mais alguma coisa ao que já foi dito?”
A assistente de moderador deve clarificar alguns comentários ou
respostas de modo a que não surjam dúvidas no processo de análise
O assistente de moderador faz um pequeno sumário das principais ideias
do focus group com o objetivo de validar os dados (facultativo)
116
Especificidades:
117
118
4. INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO
Instrumento utilizado nos estudos do foro quantitativo!
Definição e Objetivos
119
Planeamento
Trabalho no Terreno
120
o No caso dos inquéritos autoadministrados – entregues em mão ou pelo
correio – isto não é necessário, mas certos pormenores de execução
material do questionário devem ser ponderados, como o aspeto gráfico,
problemas relacionados com o envio e devolução dos questionários
121
Apresenta-se ao inquirido uma questão com uma lista pré-estabelecida
de respostas possíveis de entre as quais lhe é pedido que indique a sua
melhor corresponde à sua opinião
Não devem comportar qualquer ambiguidade e devem ser de fácil
compreensão.
Apresentam, no entanto, o perigo de ditarem ou induzirem uma resposta,
dado que não permitem qualquer variante
122
Combinação de perguntas fechadas e abertas
Submetem ao inquirido algumas possibilidades de resposta, mas deixam
em aberto uma última categoria – “Outra possibilidade. Qual?” ou “Se
concorda com a afirmação, explicite?”
Podem dar origem a frases, fazendo-se análise de conteúdo temática
Podem dar origem a palavras que podem ser analisadas
quantitativamente
Pré-teste
123
o Não existem questões inúteis? – Por falta de informações
complementar para a interpretação das respostas, seja porque a
quase totalidade das pessoas dará a mesma resposta
o Como é que as pessoas reagirão ao conjunto do questionário?
– Não o acham longo, aborrecido, difícil, indireto, parcial
Análise da
qualidade e clareza
das palavras
Para adequar as
questões feitas à
amostra
populacional
pretendida
124
Versão final
Aplicação - Requisitos
125
Análise dos resultados - Codificação das respostas abertas, apuramento e
tratamento da informação e elaboração das conclusões fundamentais a que o
inquérito tenha conduzido.
Escalas
Estímulo
Ordinais – Têm
uma ordem
126
Dentro das escalas temos subescalas, que vão avaliar certos
domínios específicos, que todos juntos vão avaliar um certo
parâmetro
Sensibilidade – se é
sensível ao que
queremos
avaliar/contabilizar
Validade – se está a
contabilizar mesmo
aquilo que é
Questões fundamentais de construção: pretendido
127
128
Modos de Recolha de Informação – Comparação de Métodos
129
Aula Teórico-Prática 2 (TP) – Módulo IV
Discurso – Fala sempre à medida que faz os movimentos (relato de tudo o que
faz)
Minuto 2
130
Inspeção + Preensão
Imitação Funcional
Manipulação específica
Minuto 3
Minuto 4
Minuto 5
Minuto 6
131
Imitação simples
Combinação + Combinação no contexto mais alargado
Construção no contexto mais amplo
Dentro desta escala temos subescalas, que vão avaliar certos domínios
específicos. Por outro lado, dentro destas, encontra-se referidos itens
interrelacionados entre si (representativos de certas variáveis). Estes ajuda-nos
a ser precisos e a registar de forma adequada e aprofundada a observação feita.
132
Aula Teórico-Prática 3 (TP) – Módulo IV
Os Preliminares
O início da Entrevista
133
Após cada uma das intervenções, o entrevistador acompanha a
progressão do pensamento do interlocutor, vinca o seu apoio e a sua
compreensão, convidando deste modo o sujeito a exprimir o seu
pensamento profundo.
O fim da Entrevista
Exercício 1
134
Visualização do restante vídeo (14 min)
135
3. Ver 3º vídeo (14min) + Discussão em grupo acerca das principais
diferenças não só relativamente ao papel do entrevistador e
estratégias utilizadas, mas também relativamente ao conteúdo da
entrevista (fazendo um paralelismo com os diferentes tipos de perguntas
fechadas e abertas e o tipo de questionário)
Introdução
Põe entrevistada à vontade
Dá-lhe oportunidade e tempo de responder
Está atenta à entrevistada e ao que esta diz, com bastante contacto visual
“Hum Hum”
Permite desenvolvimento das respostas e promove discurso e
continuação do tema (“Can you tell me more about that?”; “For exemple?”)
Atenta à linguagem não-verbal da entrevistada
Confirmação do que foi dito, para ter a certeza de que percebe tudo
corretamente
Faz pergunta de segurança
136