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Questões

Comentadas
Bloqueios periféricos

2017
PRINCIPAIS CONCEITOS

• Nessa apostila apresentamos as questões comentadas dos últimos anos


da prova do TSA.
• Importante que todos os testes de múltipla escolha sejam respondidos e
que através dessa prática você melhora sua capacidade de compreensão e
de reposta.
• Indicamos que sempre que você olhe o gabarito para saber se teve êxito,
que você leia o comentário referente a questão. Muitas vezes é através
dessa ferramenta que conseguimos fixar alguns conceitos fundamentais.
• Por último, lembre-se que sempre é possível que alguns testes podem cair
novamente nas provas.
• Aproveite e boa prática!!!!
PERGUNTAS

1. (TSA-2013)- Homem de 39 anos será submetido a fixação de fratura dos ossos do


antebraço esquerdo. Informa ter realizado pneumectomia à direita há 5 anos. A
técnica anestésica escolhida é o bloqueio do plexo braquial esquerdo pela via in-
terescalênica. O paciente apresenta dispneia e diminuição da saturação periférica
de oxigênio trinta minutos após o bloqueio. A explicação para os sintomas apre-
sentados pelo paciente é:
A) acinesia diafragmática
B) absorção maciça de anestésico local
C) injeção subdural do anestésico local
D) injeção subaracnoidea do anestésico local
E) NDA

2. (TSA-2013)- Paciente de 32 anos é incapaz de opor o polegar e o dedo mínimo da


mão esquerda após laparotomia exploradora de 8 horas de duração sob anestesia
geral. Após a indução da anestesia, foi realizada punção venosa periférica na
fossa cubital esquerda. A causa provável para o déficit observado é a lesão do
nervo:
A) ulnar
B) radial
C) mediano
D) musculocutâneo

3. (TSA-2013) Quais são as estruturas encontradas no espaço perivascular interescalê-


nico?
A) plexo cervical e plexo braquial
B) plexo braquial e artéria carótida
C) plexo cervical, plexo braquial e artéria carótida
D) plexo cervical, plexo braquial e artéria subclávia
E) NDA

4. (TSA-2013) No bloqueio do nervo femoral, a estrutura anatômica que separa o nervo


da bainha femoral é a fáscia:
A) lata
B) ilíaca
C) extraperitoneal
D) do músculo sartório
PERGUNTAS

5. (TSA-2012) Na realização do bloqueio do plexo lombar pela via posterior, observa-


se que:
A) a dispersão peridural da solução anestésica é efeito adverso raro
B) o compartimento do psoas está localizado entre os músculos ilíaco e psoas maior
C) a distância entre o processo transverso de L4 e o plexo lombar é constante entre os indivíduos
D) a taxa de sucesso do bloqueio do nervo obturatório é semelhante àquela na técnica perivascu-
lar inguinal
E) NDA

6. (TSA-2012) Nos bloqueios do plexo braquial guiados por ultrassom, a incidência de


paresia diafragmática é reduzida quando é realizada técnica:
A) interescalênica, com injeções mais caudais
B) interescalênica, com soluções anestésicas diluídas
C) infraclavicular, com abordagem vertical mais medial
D) supraclavicular, com injeção rostral e medial à artéria subclávia
E) NDA

7. (TSA-2011) Que nervo periférico deve ser bloqueado no nível do tornozelo, para re-
alizar anestesia/analgesia em paciente com fratura de calcâneo?
A) Fibular profundo.
B) Tibial posterior.
C) Safeno.
D) Sural.
E) NDA

8. (TSA-2011) Em uma cirurgia de ombro, o anestesiologista optou por realizar um blo-


queio interescalênico. A maior complicação desse bloqueio está associada a uma
redução da função ventilatória de ___%, consequente a
_______________________.
A) 10 – paresia da musculatura intercostal;
B) 15 – paresia do diafragma;
C) 20 – paresia da musculatura intercostal;
D) 25 – paresia do diafragma.
E) NDA
PERGUNTAS

9. (TSA-2011) Os ramos anteriores primários que originam o plexo braquial são:


A) terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo ramos cervicais, com contribuições variáveis do se-
gundo e oitavo ramos cervicais e primeiro torácico;
B) quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo ramos cervicais e primeiro torácico, com contribuições
variáveis do terceiro ramo cervical e segundo torácico;
C) quinto, sexto, sétimo e oitavo ramos cervicais e primeiro torácico, com contribuições variáveis
do quarto ramo cervical e do segundo torácico;
D) sexto, sétimo e oitavo ramos cervicais, com contribuições variáveis do quarto e quinto ramos
cervicais e do primeiro e do segundo ramos torácicos.
E) NDA

10. (TSA-2010) Os nervos que devem ser bloqueados, para uso de torniquete ou gar-
rote pneumático, em cirurgia de membros superiores, são:
A) cutâneo medial e cutâneo lateral.
B) cutâneo lateral e musculocutâneo.
C) cutâneo lateral e supraescapular.
D) cutâneo medial e intercostobraquial.
E) cutâneo medial, cutâneo lateral e intercostobraquial.

11. (TSA-2009) Em relação aos bloqueios de nervos periféricos realizados com auxílio
do estimulador, pode-se afirmar que:
A) a carga total do impulso elétrico não depende da duração do estímulo
B) fibras sensitivas necessitam de estímulo de menor duração que as motoras, para se despolari-
zarem, considerando uma mesma intensidade do estímulo
C) estímulos de duração de 100μsec podem ativar fibras Aα sem que haja ativação de fi-
bras Aδ
D) ao se usar frequência de estimulação de 2Hz, a introdução da agulha é feita mais lentamente
que quando é usada 1Hz
E) estímulos de longa duração estimam melhor a distância entre a ponta da agulha e o nervo do
que os de curta duração
PERGUNTAS
CE.TSA AMARELA

12. 23 - Em relação ao bloqueio do plexo braquial pela via axilar com auxílio do estimulador de nervos
(TSA-2009) Em relação ao bloqueio do plexo braquial pela via axilar com auxílio
doperiféricos
estimulador(ENP), observa-se
de nervos que:periféricos (ENP), observa-se que:

RESPOSTA MOTORA NERVO ESTIMULADO LOCALIZAÇÃO DA AGULHA


A) flexão do cotovelo axilar dentro da bainha neurovascular
B) extensão do punho radial abaixo da artéria axilar
C) pronação do antebraço ulnar abaixo da artéria axilar
D) adução do polegar mediano abaixo da artéria axilar
E) extensão dos dedos radial acima da artéria axilar

13. (TSA-2008) Bloqueio de nervos intercostais realizado por punção na linha axilar
Resposta: B
média:
A) prescinde de complementação, quando indicado para cirurgias da porção superior do tórax
Comentário:
B) não produz analgesia na área dos ramos perfurantes dos nervos intercostais
A flexão
C) necessita dodo cotovelo refl
bloqueio deete a estimul
pelo menosação4dosegmentos,
nervo musculopara
cutâneoa obtenção
que, neste nível
de, analgesia
está localizadoemfora1 metâ-
da
mero bainha neurovascular. A extensão do punho ou dos dedos reflete a estimulação do nervo radial, indicando
D) o anestésico é injetado na borda superior da costela
que a aagul
E) possibilita ha está provavel
abordagem de msegmentos
ente localizadamúltiplos
abaixo da artéria axilar. A pronação do antebraço ou a flexão
dos dedos reflete a estimulação do nervo mediano, indicando que a agulha está provavelmente localizada
14. (TSA-2008)
acima da artériaSão
axilapontos
r. A aduçãodedoreparo
polegar, apara
flexãoodobloqueio
4º e 5º dedosdoe anervo
flexão ullaríngeo
nar do carposuperior:
refletem a
A) cornoestimulação dodonervo
posterior ossoulnhióide;
ar, indicando quemédio
ponto a agulhadaestáincisura
provavelmdaentecartilagem
localizada abaixo da artéria axilar.
cricotireóidea
B) corno posterior do osso hióide; ponto médio da incisura da cartilagem tireóidea
C) cornoReferências:
anterior do osso hióide; incisura da membrana cricotireóidea
D) corno anterior do osso hióide; incisura da membrana tireóidea
E) terço Tsui BC, Hadzic
superior A – Peripheral
da língua Nerve Stimultireóidea
e a cartilagem ators & Electrophysiology of Nerve Stimulation, em:
Hadzic A
st
– Textbook of regional anesthesia and acute pain management, 1 Ed, New York, McGraw Hill, 2007: 93-
15. (TSA-2008)
104 A inervação da articulação do quadril é feita pelos seguintes nervos:
Wedelobturatório
A) femoral, DJ, Horlockere TT – Peripheral
cutâneo Nerve
lateral daBlcoxa
ocks, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. -
st
Anesthesiol
B) obturatório, ogy, 1 Ed,
cutâneo New York,
lateral McGraw
da coxa Hill, 2008:1025-1054
e isquiático
C) femoral, cutâneo lateral da coxa e isquiático
D) femoral, obturatório e isquiático
E) femoral e isquiático
24 - Na anestesia para ressonância magnética (RM), pode-se afirmar que o (a):

A) campo magnético é intermitente


B) campo magnético deve ser desligado antes da indução anestésica e religado após a anestesia ter sido
iniciada
C) anestesiologista não deve permanecer dentro da sala de exame uma vez que efeitos danosos às
células humanas pelo campo magnético da RM foram demonstrados
D) imagem é gerada rapidamente e o tempo dos procedimentos inferior a 20 minutos
PERGUNTAS

16. (TSA-2006) No bloqueio do gânglio de Gasser, qual o par craniano bloqueado?


A) olfatório
B) oculomotor
C) trigêmio
D) facial
E) glossofaríngeo

17. (TSA-2006) O bloqueio do nervo intercostobraquial é obtido por:


A) bloqueio supraclavicular
B) bloqueio interescalênico
C) bloqueio axilar
D) bloqueio infraclavicular
E) infiltração local

18. Inerva a região deltóide:


A) nervo axilar
B) nervo mediano
C) nervo musculocutâneo
D) nervo cutâneo medial do braço
E) nervo cutâneo medial do antebraço

19. Observe a figura abaixo. A administração correta da droga neurolítica, para rea-
lização do bloqueio do plexo celíaco, corresponde ao número:

A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5
PERGUNTAS

20. Em relação à anatomia da fossa poplítea é correto afirmar que:


A) a artéria poplítea é imediatamente lateral ao fêmur
B) a bifurcação do nervo ciático ocorre logo abaixo do joelho
C) o bíceps femural é localizado medialmente aos vasos poplíteos
D) os nervos tibial e fibular comum são continuação do nervo ciático
E) o músculo vasto lateral é um dos pontos de referência para o bloqueio clássico

21. Em relação à técnica 3 em 1 para bloqueio do nervo femural é correto afirmar que:
A) promove anestesia completa da perna
B) o nervo femural tem origem no plexo sacral
C) o bloqueio deve ser feito o mais distal possível
D) necessita de pequeno volume de anestésico local
E) bloqueia os nervos femural, cutâneo lateral e obturador

22. Observe a figura abaixo. Os nervos safeno e fibular profundo são bloqueados, respec-
tivamente, em:
A) BeA
B) BeD
C) CeD
D) AeB
E) CeE

23. (TSA-2010) O nervo do plexo lombossacral que apresenta componente sensitivo


e motor é o:
A) tibial.
B) sural.
C) safeno.
D) fibular profundo.
E) fibular superficial.
PERGUNTAS

24. (TSA-2014) Homem de 24 anos e 98 Kg é submetido a reparo cirúrgico de luxação


recidivante do ombro direito em posição de cadeira de praia sob bloqueio do
plexo braquial via interescalênica. A anestesia é realizada com 40 mL de bupiva-
caína 0,5% com adrenalina. O paciente queixa-se de dormência no braço e mão
direita 12 horas após a cirurgia. A causa mais provável destas queixas é:
A) anestesia residual
B) lesão direta pela agulha
C) neurotoxicidade da adrenalina
D) neuropraxia devido ao mau posicionamento
E) NDA

25. (TSA-2014) Durante a realização do bloqueio do plexo lombar por via posterior
com neuroestimulação, a resposta motora esperada refere-se ao estímulo do
nervo cujas raízes originam-se dos ramos:
A) anteriores de L1 e L2
B) posteriores de L2 e L3
C) anteriores de L2, L3 e L4
D) posteriores de L2, L3 e L4
E) NDA

26. Homem de 51 anos, 80 kg e 1,70 m será submetido a osteossíntese do úmero.


Apresenta fibrilação atrial e frequência ventricular de 130 bpm. Após realização
de bloqueio interescalênico do plexo braquial com 30 mL de lidocaína 2% sem
adrenalina evolui com fibrilação ventricular. A relação entre a taquicardia prévia
ao bloqueio e a complicação cardiovascular observada é explicada por:
A) tipo da taquiarritmia
B) bloqueio frequência dependente
C) menor latência do anestésico local
D) menor lipossolubilidade do anestésico local

27. (TSA-2007 e TSA-2015) No bloqueio anestésico do nervo cutâneo lateral femoral,


obtém-se anestesia nas regiões:
A) anterior da coxa e medial do joelho
B) lateral da coxa e posterior do joelho
C) anterior e lateral da coxa até o joelho
D) posterior e medial da coxa até o joelho
PERGUNTAS

28. (TSA-2016) Você realizou bloqueio periférico para analgesia pós-operatória de


artroplastia total de joelho. No entanto, o mesmo acorda com dor em fossa po-
plítea. Tal fato pode ser explicado por falha de anestesia do nervo:
A) ciático
B) femoral
C) obturador
D) cutâneo lateral da coxa

29. (TSA-2016) Homem de 68 anos, 61 Kg e 1,70 m é submetido a tratamento cirúr-


gico de fratura de ossos do antebraço esquerdo. Bloqueio infraclavicular foi reali-
zado com auxílio de estimulador de nervo periférico, mas sem obtenção de todas
as respostas motoras esperadas e o paciente refere dor à incisão na face anterior
da borda lateral do antebraço. Quais movimentos no membro superior deveriam
ter sido evocados durante a realização da anestesia para limitar o risco da falha
observada no bloqueio?
A) Extensão do carpo e quirodáctilos
B) Flexão dos 3 primeiros quirodáctilos
C) Flexão do cotovelo e pronação do antebraço
D) Adução do polegar e flexão do 5º quirodáctilo

30. (TSA-2015) Homem de 28 anos, 85 kg e 1,90 m é submetido a artroscopia do om-


bro sob bloqueio do plexo braquial pela via interescalênica em posição de cadeira
de praia. Após o bloqueio e posicionamento, evolui com bradicardia e hipotensão
arterial graves acompanhadas de síncope. O evento hemodinâmico pode ser ex-
plicado pela ocorrência do reflexo de:
A) Bowdich
B) Bainbridge
C) Hering-Breuer
D) Bezold-Jarisch

31. Uma mulher de 50 anos está agendada para ser submetida a um reparo aberto de
uma fratura na região distal do rádio direito. Ela prefere um bloqueio do nervo
supraclavicular, mas está preocupada sobre uma possível lesão nervosa. Especi-
ficamente, ela está preocupada sobre o risco de injeção intraneural. Qual afirma-
ção melhor retrata o risco de injeção intraneural dos anestésicos locais?
A) A imagem ultrassonográfica sugere que a injeção intraneural ocorre frequentemente, resul-
tando em lesão clínica
B) Lesões nervosas não ocorrem por este mecanismo
C) Injeção intraneural deve ser evitada apenas em diabéticos
D) Injeções intraneurais não ocorrem, quando a ultrassonografia é usada
E) Injeção intraneural é uma preocupação apenas nos nervos periféricos, não nos plexos
PERGUNTAS

32. Você está oferecendo consentimento informado a uma paciente prestes a sofrer
um bloqueio isquiático-poplíteo. Ela está preocupada sobre o risco de lesão neu-
rológica a longo prazo em consequência de um bloqueio nervoso periférico. Você
explica que a incidência de déficits neurológicos tardios após bloqueios nervosos
periféricos é de:
A) 1/10.000
B) 4/10.000
C) 1/100.000
D) 4/100.000
E) 1/1.000.000

33. Durante a realização de um bloqueio do nervo femoral esquerdo, com o uso de


técnicas tradicionais de identificação de pontos de referência anatômicos, você
obtém uma contração patelar a uma corrente de 2,5 mA e continua a diminuir a
corrente enquanto ainda mantém uma contração patelar. A corrente estimulante
mais alta que prediz com segurança uma posição intraneural da agulha é:
A) 0,2 mA
B) 0,5 mA
C) 1,0 mA
D) 1,5 mA
E) 2,0 mA

34. Uma mulher de 72 anos com osteoartrite dolorosa é submetida a uma artroplastia
total de joelho. Foi realizado bloqueio do nervo femoral guiado por ultrassom. No
dia seguinte, a paciente relata incapacidade de realizar a dorsiflexão do pé di-
reito. O motivo mais provável seria:
A) Um bloqueio motor persistente ao nervo femoral direito
B) Lesão neurológica ao nervo fibular comum direito
C) Um bloqueio motor persistente ao nervo safeno direito
D) Lesão neurológica do nervo tibial direito
E) Lesão neurológica ao nervo fibular superficial
PERGUNTAS

35. Com o uso de uma técnica axilar transarterial, um bloqueio do plexo braquial é
realizado. Após confirmação de aspiração negativa de sangue, 5 mL de bupivaca-
ína 0,5% são administrados. Repentinamente, o paciente torna-se irresponsivo.
O manejo farmacológico inicial deve incluir a administração de:
A) Emulsão lipídica a 20%
B) Epinefrina 1 mg
C) Amiodarona 150 mg
D) Atropina 1 mg
E) Vasopressina 40 UI

36. Uma mulher de 39 anos se apresenta para cirurgia de descompressão do túnel do


carpo. Você discute a realização de um bloqueio regional venoso (bloqueio de
Bier). Todas as alternativas seguintes são considerações importantes, exceto:
A) Exsanguinação total da extremidade deve ser feita antes da injeção de anestésico local
B) Lidocaína livre de conservantes é o anestésico local utilizado com maior frequência
C) Bupivacaína é a droga de escolha, pois fornece um bloqueio de longa duração
D) Um torniquete duplo permite um tempo cirúrgico mais prolongado do que um torniquete
único
E) Um torniquete é mais confiável quando colocado proximal ao cotovelo do que em uma locali-
zação mais distal
respostas

1. Resposta: A
Comentário - O nervo frênico ipsilateral é bloqueado em pacientes que recebem bloqueio do plexo
braquial por via interescalênica. Como a hemiparesia diafragmática pode resultar em diminuição
de 25% da função pulmonar, pacientes com doença respiratória grave contralateral podem não to-
lerar o bloqueio sem a combinação de ventilação mecânica. Bloqueio do plexo braquial por via in-
terescalênica está contraindicado em pacientes após pneumectomia contralateral.
Referência:Urban MK. Anesthesia for Orthopedic Surgery, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA,
et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;2241-59.

2. Resposta: C
Comentário - O nervo mais comumente lesado por injúria na fossa cubital é o nervo mediano, seja
pelo extravasamento de soluções (tiopental) ou por lesão direta pela agulha usada para canulação
de veia cubital. O nervo mediano é responsável pela função motora dos músculos abdutor curto do
polegar, flexor curto do polegar e opositor do polegar.
Referência:Cassorla L, Lee J. Patient Positioning and Anesthesia, em: Miller RD, Eriksson LI,
Fleisher LA, et al. Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1151-70.

3. Resposta: D
Comentário - O espaço perivascular interescalênico encontra-se entre os músculos escaleno ante-
rior e médio até que cruze a primeira costela. Neste espaço estão localizados os plexos cervical e
braquial e, em sua porção inferior, a artéria subclávia.
Referência:Wedel DJ, Horlocker TT. Nerve Blocks, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al.
Miller s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1639-74.

4. Resposta: B
Comentário - No triângulo femoral, está o canal femoral e, imediatamente lateral, a bainha femo-
ral, formada pela extensão da fáscia extraperitoneal, e que contém a veia femoral (medial) e a ar-
téria femoral (lateral). Fora da bainha femoral e lateralmente a ela, está o nervo femoral. O nervo
femoral é envolvido na fáscia do músculo ilíaco (fáscia ilíaca) que o separa da bainha femoral. Acima
está a fáscia do músculo tensor da fáscia lata. O musculo sartório forma a borda lateral do triângulo
femoral.
Referência: Wedel DJ, Horlocker TT. Nerve Blocks, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al.
Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1639-74.

5. Resposta: C
Comentário - O plexo lombar se situa entre os músculos quadrado lombar e psoas maior, no cha-
mado compartimento do psoas. A taxa de sucesso no bloqueio dos três ramos principais (femoral,
obturatório e cutâneo femoral lateral) é superior à técnica perivascular inguinal “3-em-1”. Disper-
respostas

são peridural da solução anestésica é efeito adverso comum que ocorre em 9 a 16% dos casos. Ape-
sar da distância desde a pele até o plexo lombar ser maior nos homens do que nas mulheres (8,5
cm x 7,0 cm, respectivamente), a distância entre o processo transverso de L4 e o plexo lombar é
constante (média 2,0 cm).
Referência:Wedel DJ, Horlocker TT. Nerve Blocks, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al.
Miller’s Anesthesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone. 2010; 1639-74.

6. Resposta: A
Comentário - O nervo frênico emerge na borda lateral do músculo escaleno anterior e cursa cau-
dalmente entre a superfície ventral do músculo escaleno anterior e a fáscia pré-vertebral que cobre
esse músculo. Seu bloqueio na abordagem interescalênica pode ser explicado pela proximidade do
plexo braquial. No nível da cricoide, a distância entre o nervo frênico e o tronco superior ou C5 é de
apenas 2 mm. Essa distância aumenta à medida que a abordagem do plexo é feita em direção cau-
dal. Assim, o bloqueio guiado por ultrassom e a redução do volume anestésico promovem menor
ocorrência de paresia diafragmática.
Referências: Hamaji A, Takata EY, Cunha Jr W, et al. Bloqueio do Plexo Braquial, em: Cangiani LM,
Slullitel A, Potério GMB et al. Tratado de Anestesiologia SAESP. 7a Ed. São Paulo. Atheneu,
2011;1619-41.
Wedel DJ, Horlocker TT. Nerve Blocks, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al. Miller’s Anes-
thesia. 7th Ed. Philadelphia. Churchill Livingstone, 2010;1639-74.
7. Resposta: B
Comentário - O nervo tibial é responsável pela inervação do calcanhar, face plantar do pé e artelhos
e ramos motores na mesma área.
Referência:Wedel DJ, Horlocker TT - Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-
Kronish JP, Young WL – Miller’s Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010; 2241-2260

8. Resposta: D
Comentário - O bloqueio do nervo frênico ipsilateral com paresia do diafragma ocorre em 100%
dos pacientes submetidos a bloqueio interescalênico, até mesmo com soluções diluídas de anesté-
sicos locais, e está associado à redução de 25% na função ventilatória.
Referência: Wedel DJ, Horlocker TT – Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-
Kronish JP, Young WL – Miller’s Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1639-1674.

9. Resposta: C
Comentário - O plexo braquial é formado pelos ramos anteriores primários do quinto, sexto, sé-
timo e oitavo nervos cervicais; pelo primeiro nervo torácico e com contribuições variáveis do quarto
nervo cervical e do segundo nervo torácico.
Referência: Wedel DJ, Horlocker TT – Nerve Blocks em: Miller RD Eriksson LI, Fleisher LA, Wiener-
Kronish JP, Young WL – Miller’s Anesthesia 7th Ed, Philadelphia, Elsevier, 2010;1639-1674
respostas

10.Resposta: D
Comentário - O bloqueio dos nervos cutâneo medial e intercostobraquial promove anestesia da
superfície cutâneo medial do braço e axila, possibilitando a utilização de torniquete ou garrote
pneumático no intraoperatório ou mesmo quando da realização de bloqueio regional intravenoso.
Referências: Yasuda H, Hamaji A – Bloqueios dos Nervos Periféricos dos Membros Superiores, em
Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo,
Atheneu, 2006;1287-1293 Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em: Longnecker DE,
Brown DL, Newman MF et al. – Anesthesiology, 1st Ed, New York, Mc Graw-Hill, 2008;1025-1052

11. Resposta: C
Comentário - A carga total do estímulo aplicado a um nervo é igual ao produto da intensidade (I)
pela duração (D). Quanto maior a espessura da fibra, mais facilmente ela é estimulada. Fibras
Aα podem ser ativadas com estímulos de 100μsec de duração utilizando-se estímulos de baixa
intensidade sem que fibras Aδ sejam ativadas. Estímulos de menor duração estimam melhor a
distância entre a ponta da agulha e o nervo do que os de maior duração. Quando se usa frequência
de estimulação de 1Hz, a agulha precisa ser introduzida mais lentamente do que com a frequência
de 2Hz para se evitar passar pelo nervo no intervalo entre os estímulos.
Referências: Tsui BC, Hadzic A – Peripheral Nerve Stimulators & Electrophysiology of Nerve Stim-
ulation, em: Hadzic A – Textbook of regional anesthesia and acute pain management, 1st Ed, New
York, McGraw Hill, 2007:93-104 Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em: Longnecker
DE, Brown DL, Newman MF et al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill, 2008:1025-
1054

12. Resposta: B
Comentário - A flexão do cotovelo reflete a estimulação do nervo musculocutâneo que, neste nível,
está localizado fora da bainha neurovascular. A extensão do punho ou dos dedos reflete a estimu-
lação do nervo radial, indicando que a agulha está provavelmente localizada abaixo da artéria axi-
lar. A pronação do antebraço ou a flexão dos dedos reflete a estimulação do nervo mediano, indi-
cando que a agulha está provavelmente localizada acima da artéria axilar. A adução do polegar, a
flexão do 4o e 5o dedos e a flexão ulnar do carpo refletem a estimulação do nervo ulnar, indicando
que a agulha está provavelmente localizada abaixo da artéria axilar.
Referências: Tsui BC, Hadzic A – Peripheral Nerve Stimulators & Electrophysiology of Nerve Stim-
ulation, em: Hadzic A – Textbook of regional anesthesia and acute pain management, 1st Ed, New
York, McGraw Hill, 2007: 93- 104 Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em:
Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et al. - Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw Hill,
2008:1025-1054

13. Resposta: E
Comentário: Os nervos intercostais são a continuação dos nervos torácicos, quando passam a
acompanhar o trajeto das costelas. Além da inervação pelos nervos intercostais, a porção superior
da caixa torácica recebe inervação dos ramos supraclaviculares do plexo braquial. Assim sendo, o
respostas

bloqueio intercostal não oferece analgesia dessa região. A linha axilar média antecede à emergên-
cia dos ramos perfurantes laterais que ocorre na projeção da linha axilar anterior. A colocação da
agulha é feita margeando a borda inferior da costela. Representam vantagens da técnica a possi-
bilidade de bloqueio de segmentos múltiplos, de bloqueio bilateral e de complementação.
Referências: Cangiani LM, Cangiani LH – Bloqueio dos Nervos Intercostais, em: Cangiani LM, Posso
IP, Potério GMB et al.-TratadodeAnestesiologiaSAESP,6a Ed,SãoPaulo,Atheneu,2006;1275-1285.
Lubenow TR, Ivankovich AD, McCarthy RJ - Management of Acute Postoperative Pain, em: Barash
PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clinical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott Williams & Wil-
kins, 2001;1403- 1434

14. Resposta: B
Comentário - Para o bloqueio do nervo laríngeo superior, pela abordagem mediana, inicialmente,
faz-se um botão anestésico na pele, na altura do ponto médio da cartilagem tireóidea. A seguir,
introduz-se uma agulha (25mmX6) no plano subcutâneo em direção ao corno posterior do osso
hióide, local de deposição do anestésico local. Retirar a agulha, infiltrando o trajeto com anestésico
local. Na técnica de Labat, o osso hióide também é usado como referência. A agulha é direcionada
no sentido cefálico até a perda de contato com o corno posterior da cartilagem tireóide. A partir do
contato com a membrana tireohióide, a agulha é introduzida cerca de 2mm para alcançar o local
da deposição do anestésico
Referências: Mulroy MF – Peripheral Nerve Blockade, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting RK - Clin-
ical Anesthesia, 4th Ed, Philadelphia, Lippincott, Williams & Wilkins, 2001;715-742
Rebuglio R, Amaral JLG, Slitka Filho J – Intubação Traqueal, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério
GMB et al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed, São Paulo, Atheneu, 2006;1059-1097.

15. Resposta: D
Comentário:A inervação da articulação do quadril é feita pelos nervos femoral, obturatório e isqui-
ático.
Referências:Hamaji A, Kuriki W, Takata EY et al. – Bloqueio dos Nervos Periféricos dos Membros
Inferiores, em: Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al. - Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a
Ed, São Paulo, Atheneu, 2006; 1323-1340 Dilberovic F, Kapur E, Wong C et al. – Functional Regional
Anesthesia Anatomy, em: Hadzic A – Textbook of Regional Anesthesia and Acute Pain Manage-
ment, 1a Ed, New York, McGrawHill, 2007; 43-78

16. Resposta: C
Comentário - O gânglio de Gasser é formado por ramos sensitivos do nervo trigêmio (quinto par
craniano).
Referências:Mulroy MF - Bloqueio de Nervos Periféricos, em: Barash PG, Cullen BF, Stöelting RK
Anestesia Clínica, 4aEd, Barueri, Manole, 2004;718-719.
Sakata RK, Issy AM, Vlainich R - Dor Neuropática, em: Cavalcanti IL, Maddalena ML Dor, Rio de
Janeiro, Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro, 2003;167-203.
respostas

17. Resposta: E
Comentário - O nervo intercostobraquial percorre paralelo à bainha perivascular axilar, no subcu-
tâneo, na parede posterior da fossa axilar. Inerva a porção superior do braço e conduz a dor associ-
ada ao uso de torniquete. O nervo não será bloqueado por qualquer das abordagens perivasculares;
seu bloqueio será obtido pela infiltração subcutânea da região axilar, desde a face medial do bíceps
até a parede posterior da fossa axilar.
Referências: Mulroy MF - Bloqueio de Nervos Periféricos, em: Barash PG, Cullen BF, Stöelting RK
Anestesia Clínica, 4ª Ed, Barueri, Manole, 2004;723-9.Oliva Filho AL - Bloqueio de Nervos Periféri-
cos, em: Manica J - Anestesiologia: Princípios e Técnicas, 3a Ed, Artmed, 2004;722-723.

18. Resposta: A
Comentário - O nervo axilar origina-se do fascículo posterior do plexo braquial. Do ponto de vista
sensitivo, inerva a região deltóide. Quanto à motricidade, supre os abdutores do braço.
Referências:Oliva Filho AL Bloqueio de Nervos Periféricos, em:Ortenzi AV, Tardelli MA - Aneste-
siologia SAESP, 4a Ed, São Paulo, Atheneu,1996;375
Moore KL, Agur AMR Membro Superior, em:Fundamentos da Anatomia Clínica, 2a Ed, Rio de Ja-
neiro, Guanabara-Koogan,2001;357

19. Resposta: B
Comentário - O plexo celíaco é localizado, movendo-se uma agulha fora do corpo da vértebra T12
ou L1 à esquerda do paciente. As pulsações por meio da agulha significam a proximidade da aorta
e sua localização correta. Uma agulha é inserida no lado direito a uma profundidade similar. A
droga é injetada após aspiração de sangue ou de LCR.
Referências:Wedel DJ, Horlocker TT Nerve Blocks, em:Miller RD Miller s Anesthesia, 6th Ed, Phil-
adelphia, Elsevier Churchill Livingstone,2005;1711
Sakata RK Tratamento da Dor, em:Yamashita AM, Takaoka F, Auler Junior JOC et al Anesthesio-
logia SAESP, 5a Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;1176

20. Resposta: D
Comentário - A artéria poplítea está localizada imediatamente posterior ao fêmur, sendo que a bi-
furcação ocorre no quadrante póstero-lateral superior ao joelho. Estudos em cadáver revelaram
que os nervos tibial e fibular comum são continuação do nervo ciático. O músculo vasto lateral é
referência para o bloqueio lateral na fossa poplítea.
Referências:
Yassuda H, Sakata RK Bloqueio de nervos periféricos, em: Yamashita AM, Takaoka F, Auler JOC
et al Anestesiologia SAESP. 5a edição, São Paulo, Editora Atheneu, 2000; 626-628.
Mulroy MF Peripheral nerve blockade, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting K Clinical Anesthesia.
Fourth Edition, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2000;739-740.
respostas

21. Resposta: E
Comentário - O bloqueio 3 em 1 não promove anestesia completa da perna, sendo que cirurgias
realizadas acima do joelho são bem toleadas. O nervo femoral, assim como o cutâneo lateral e ob-
turador, possuem origem no plexo lombar, fazendo parte deste bloqueio. São necessários grandes
volumes de anestésico local para que o bloqueio seja efetivo.
Referências: Wedel D Nerve blocks, em: Miller RD, Cucchiara RF, Miller ED et al Anesthesia. 5th
edition, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2000;1531-1534.
Mulroy MF Peripheral nerve blockade, em: Barash PG, Cullen BF, Stoelting K Clinical Anesthesia.
Fourth Edition, Philadelphia, Lippincott Williams & Wilkins, 2000;736-739.

22. Resposta: A
Comentário - O nervo safeno inerva a área ao longo da face medial do pé. Ele está localizado pró-
ximo à veia safena, anterior ao maléolo medial. O nervo fibular profundo inerva o dorso do pé. Ele
está localizado entre os tendões dos músculos tibial anterior e extensor longo do hálux. Estes pon-
tos de reparo são mais visíveis quando o paciente faz a dorso-flexão do pé.
Referências Miller RD, Cucchiara RF, Miller ED et al - Anesthesia. 5 Ed, Philadel-phia, Churchill Liv-
ingstone, 2000;1536-1537 . Yamashita AM, Takaoka F, Auler Júnior JOC et al - Anestesiologia -SA-
ESP. 5a Ed, São Paulo, Atheneu, 2001;629

23. Resposta: A
Comentário - Os nervos (tibial, safeno, fibular superficial, fibular profundo e sural) que compõem o
plexo lombossacral já se encontram individualizados e apresentam, como característica principal,
o fato de serem sensitivos, à exceção do nervo tibial, que apresenta, também, componente motor.
Referências: Hamaji A, Kuriki W, Takata EY et al – Bloqueios dos Nervos Periféricos dos Membros
Inferiores, em Cangiani LM, Posso IP, Potério GMB et al – Tratado de Anestesiologia SAESP, 6a Ed,
São Paulo, Atheneu, 2006;1323-1340
Wedel DJ, Horlocker TT – Peripheral Nerve Blocks, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF et
al. – Anesthesiology, 1st Ed, New York, McGraw-Hill, 2008;1025-1052

24. Resposta: A
Comentário -a bupivacaína é um anestésico local de ação prolongada e pode manter o bloqueio por
8 a 12 horas. Lesão direta pela agulha resultaria em sintomas relacionados em uma área específica
inervada pelo nervo lesado. A adrenalina aumenta a neurotoxicidade da solução de anestésico local
e isoladamente não leva a lesão nervosa. A pressão prolongada sobre o plexo braquial resultará na
dormência da mão ou braço. Isso pode ocorrer se esta estrutura torna-se presa entre a clavícula e
a cabeça do úmero, como visto em pacientes colocados em posição de Trendelemburg forçado.
Referência: Tsui BCH, Dryden AM, Finucane BT. Managing Adverse Outcomes During Regional
Anesthesia, em: Longnecker DE, Brown DL, Newman MF, et al. Anesthesiology. 2nd Ed, New York,
McGraw- Hill Medical, 2012;847-68.
respostas

25. Resposta: D
Comentário - a resposta motora pesquisada durante a realização do bloqueio do plexo lombar por
via posterior com neuroestimulação é a contração do quadríceps, que é inervado pelo nervo femo-
ral. As divisões anteriores de L2, L3 e L4 formam o nervo obturador, enquanto as divisões posteri-
ores destes mesmos componentes formam o nervo femoral. As divisões posteriores de L2 e L3 for-
mam o nervo cutâneo lateral femoral.
Referência Wedel DJ, Horlocker TT. Nerve Blocks, em: Miller RD, Eriksson LI, Fleisher LA, et al.
Miller’s Anesthesia. 7th Ed, Philadelphia, Churchill Livingstone, 2010;1639-74.

26. Resposta: B
Justificativa: Ações fásicas dos anestésicos locais são manifestações da afinidade seletiva dos mes-
mos por determinados estados conformacionais dos canais de sódio responsáveis pela despolari-
zação de tecidos excitáveis. Os anestésicos locais se ligam com maior afinidade nos estados
“aberto” e “ inativo” do que nos estados “repouso” do canal. Despolarizações repetidas das fibras
miocárdicas aumentam a fração de canais bloqueados pelos anestésicos locais com efeito cumula-
tivo nas situações de redução do intervalo de tempo entre despolarizações, independente da sua
origem. Esse efeito é conhecido como “bloqueio uso dependente” ou “bloqueio frequência depen-
dente” e justifica a maior cardiotoxicidade dos anestésicos locais que apresentam maior tempo de
dissociação após ativação do canal de sódio, como observado nas moléculas com maior lipossolu-
bilidade e maior afinidade pelo canal.
Bibliografia: Berde CB, Strichartz GR. Local Anesthetics, em: Miller RD, Cohen NH, Eriksson LI, et
al. Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015;1028-1053.

27. Resposta: C
Justificativa: O bloqueio anestésico do nervo cutâneo lateral femoral (L2–L3) estabelece anestesia
na porção lateral do quadril à porção média anterior da coxa pelos ramos posteriores. Através dos
ramos anteriores, promove anestesia na região anterior e lateral da coxa até o joelho.
Bibliografia: Horlocker TT, Kopp SL, Wedel DJ. Peripheral Nerve Blocks, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, et al. Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015; 1721-1751.

28. RESPOSTA: A
Um bloqueio do nervo ciático resulta na anestesia da pele da face posterior dos músculos da coxa,
músculo isquiotibial e músculo bíceps femoral. Outras estruturas incluem partes da articulação do
quadril e do joelho. É responsável pela inervação de toda a perna abaixo do joelho, com exceção da
pele da face medial da perna. Falha no bloqueio do nervo ciático resulta em falta de analgesia na
região da fossa poplítea.
Bibliografia: Horlocker TT, Kopp SL, Wedel DJ. Peripheral Nerve Blocks, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, et al. Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015; 1721-1751.
respostas

29. RESPOSTA C
O nervo musculocutâneo (C5,C6 e C7) é um ramo do fascículo lateral do plexo braquial e inerva os
músculos coracobraquial, braquial e bíceps braquial. Esses músculos realizam a flexão do cotovelo
e pronação do antebraço. Ele segue como nervo cutâneo lateral do antebraço fornecendo inerva-
ção da pele desta região.
Bibliografia: Horlocker TT, Kopp SL, Wedel DJ. Peripheral Nerve Blocks, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, et al. Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015; 1721-1751.

30. Resposta: D
Justificativa: Hipotensão grave e bradicardia (reflexo de Bezold-Jarish) podem ocorrer em pacien-
tes acordados na posição sentada submetidos a bloqueio interescalênico para cirurgia do ombro.
O mecanismo é a estimulação de mecanoceptores intracardíacos pela diminuição do retorno ve-
noso, que produz diminuição abrupta do tônus simpático com liberação parassimpática. O reflexo
de Bainbridge é produzido pela distensão de receptores atriais e mediado pelo nervo vago de forma
que o aumento da pressão atrial promove a elevação da frequência cardíaca. O reflexo de Hering-
Breuer inibe a inspiração e é desencadeado pela distensão pulmonar. O efeito de Bowdich é o au-
mento da força de contração ventricular quando ocorre aumento da frequência cardíaca.
Bibliografia: Horlocker TT, Kopp SL, Wedel DJ. Peripheral Nerve Blocks, em: Miller RD, Cohen NH,
Eriksson LI, et al. Miller’s Anesthesia. 8th Ed, Philadelphia, Elsevier Saunders, 2015; 1721-1751.

Questão 31: resposta A


A imagem ultrassonográfica tem fornecido novas informações sobre a realidade de que as aborda-
gens convencionais à localização do nervo, frequentemente resultam no que parecem ser injeções
intraneurais. Atualmente, há debates sobre o que constitui injeções intraneurais perigosas, quando
comparadas às seguras.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 855.

Questão 32: resposta B


Uma análise recente de 7000 bloqueios nervosos periféricos relatou uma incidência de 0,04% de
déficits neurológicos tardios.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 855.

Questão 33: resposta A


Um estudo recente constatou que uma corrente estimulante igual ou inferior a 0,2 mA indica uma
posição intraneural da agulha. No entanto, um limiar da corrente superior a 0,2 mA não exclui, com
segurança, um posicionamento intraneural da agulha.
respostas

Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 855.

Questão 34: resposta B


A inervação motora do fibular comum é feita pelo nervo fibular profundo que permite a dorsiflexão
do pé. Em razão de sua natureza superficial, este nervo pode ser lesionado no período periopera-
tório depois de uma artroplastia total de joelho. O nervo fibular superficial é um ramo do nervo
fibular comum; no entanto, o nervo fibular superficial não fornece inervação motora.
Referência:
Hadzic A., ed. NYSORA Textbook of Regional Anesthesia and Acute Pain Management, New York:
McGraw-Hill, 2007. 71-2.

Questão 35: resposta A


Com a administração intravenosa de emulsão lipídica, estudos recentes demonstram melhora na
hemodinâmica e um benefício de sobrevivência em modelos animais da toxicidade da bupivacaína.
Foi sugerido que a emulsão lipídica atua como um compartimento de lipídeos (lipid sink), ligando-
se a anestésicos locais e removendo-os dos sítios de ligação cardíaca. Emulsão lipídica a 20% deve
ser administrada precocemente na forma de um bolus de 1,5 mL/kg durante 1 minuto, seguida de
infusão com 0,25 mL/kg/min.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 853-4.

Questão 36: resposta C


Bupivacaína não é recomendada em razão de seu potencial de toxicidade cardíaca. A duração de
um bloqueio de Bier é limitada pela dor ocasionada pelo torniquete. Quando um torniquete duplo
é utilizado, o torniquete proximal é insuflado primeiro. Quando o paciente se queixa de dor ocasi-
onada pelo torniquete, o torniquete distal (que está envolvendo uma área anestesiada) é insuflado,
seguido pelo esvaziamento do torniquete proximal.
Referência:
Longnecker DE, et al., eds. Anesthesiology, 2nd ed. New York: McGraw-Hill, 2012. 866.

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