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Retalho ascendente de trapézio: relato de caso

RELATO DE CASO

Retalho ascendente de trapézio: relato de caso


Ascendent trapezius flap: case report
Roberto Junqueira Polizzi1, Sérgio Moreira da Costa2, José Maria Porcaro Salles3, Paulo Roberto da Costa4,
Alexandre de Andrade Sousa5, Jomar Rezende Carvalho6, Guilherme de Souza Silva7

RESUMO abstract

Introdução: O retalho de músculo trapézio como Introduction: The trapezius muscle flap as described
descrito por Demergasso e Baek apresentou altas taxas de by Baek and Demergasso showed high complication rates,
complicação, o que motivou seu abandono. A melhor com- which caused its abandonment. A better understanding of
preensão da anatomia vascular da região dorsal possibilitou vascular anatomy of the dorsal region enabled the develo-
a realização de um retalho de músculo trapézio baseado no pment of a trapezius muscle flap based on the ascending
segmento ascendente, que permite a confecção de cober- segment, which allows the production of skin coverage for
tura cutânea para diversos defeitos na região da cabeça e various defects in the head and neck with low morbidity of
pescoço, com baixa morbidade da área doadora. Relato the donor area. Case Report: In this paper, we report a
do Caso: Nesse artigo, relatamos o caso de um paciente case of a male patient, 66 years, who underwent a trans-
do sexo masculino, 66 anos, submetido a transferência de fer of a flap of the ascending segment of the trapezius to
um retalho miocutâneo do segmento ascendente do trapézio promote coverage of a defect in post-ablative craniofacial
para promover a cobertura de um defeito pós-ablativo region. Conclusion: We demonstrate the reliability and
em região craniofacial lateral. Conclusão: Queremos applicability of the trapezius flap to cover complex defects
demonstrar a confiabilidade e aplicabilidade do uso do in the craniofacial region.
retalho ascendente do trapézio para cobertura de defeitos
complexos em região craniofacial.

Descritores: Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos. Key words: Reconstructive surgical procedures. Surgical
Retalhos cirúrgicos. Cirurgia plástica/métodos. Neoplasias flaps. Surgery, plastic/methods. Head and neck neoplasms/
de cabeça e pescoço/cirurgia. Músculos do pescoço. surgery. Neck muscles.

1. Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Correspondência: Roberto Junqueira Polizzi
(SBCP), Preceptor do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas Rua Juvenal Melo Senra, 395/408 – Belvedere – Belo Horizonte, MG,
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Membro do Serviço de Brasil – CEP 30320-660
Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Instituto Alfa de Gastroenterologia (IAG) E-mail: robertopolizzi@yahoo.com
do Hospital das Clínicas da UFMG (HC/UFMG) – Belo Horizonte, MG.
2. Professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Membro titular fundador
da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial (ABCCMF),
Membro Titular da SBCP, Coordenador da Clínica de Cirurgia Plástica do
Hospital Felício Rocho – Belo Horizonte, MG.
3. Professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Coordenador do Gru-
po de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IAG do HC/UFMG, Membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
4. Membro titular da SBCP, Professor da Faculdade de Medicina da UFMG,
Preceptor do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da UFMG.
5. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Pre-
ceptor do Grupo de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IAG do HC/UFMG.
6. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Pre-
ceptor do Grupo de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IAG do HC/UFMG.
7. Residente do Grupo de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do IAG do HC/
UFMG.

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Polizzi RJ et al.

INTRODUÇÃO O músculo levantador da escápula surge dos processos


transversos das vértebras de C1 a C4 e se insere no ângulo
Atualmente, a reconstrução complexa de cabeça e pescoço superior da escápula. Age na elevação da escápula.
secundária à ablação de tumores ou traumas craniofaciais é O retalho do segmento ascendente ou inferior do músculo
realizada preferencialmente com a utilização de retalhos livres trapézio baseia-se na irrigação miocutânea local proveniente
microvascularizados, uma vez que determinam melhores de ramos da artéria escapular dorsal.
resultados funcionais e estéticos1. Entretanto, existem situa- A marcação da ilha cutânea deve ser realizada em posição
ções que impedem a utilização das opções microcirúrgicas, ortostática. A marcação concomitante das referências anatô-
como em caso de perdas sequenciais múltiplas de retalhos micas locais (musculatura romboide e escápula) facilita a
livres, pacientes gravemente debilitados e com curta expec- correta delimitação da ilha de pele. Deve-se respeitar o limite
tativa de vida. Algumas opções de retalhos pediculados inferior de 10 cm do ângulo inferior da escápula. Pelo menos
fornecem bons resultados, como os retalhos miocutâneos dos um terço da ilha cutânea deve sobrepor o músculo trapézio.
músculos peitoral maior e grande dorsal. O pivot de rotação do retalho encontra-se entre os músculos
A utilização de retalho trapézio, como descrito inicial- romboide maior e menor.
mente por Demergasso & Piazza2 e, posteriormente, por Baek
et al.3, apresentou altas taxas de complicação nas recons-
truções de cabeça e pescoço. Concomitantemente, diversas RELATO DO CASO
controvérsias relativas ao seu suprimento sanguíneo e as
possíveis sequelas funcionais na área doadora determinaram Paciente J.C.A., gênero masculino, leucoderma, 66 anos
seu abandono como uma opção inicial. de idade, compareceu ao ambulatório de Cirurgia de Cabeça
Entretanto, a melhor compreensão da vascularização e Pescoço do Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital
cutânea obtida com o desenvolvimento dos retalhos perfu- das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais,
rantes e de estudos anatômicos da região do dorso tornou a queixando-se de múltiplas lesões de pele em face e tronco, as
utilização deste retalho mais confiável. quais apresentaram crescimento progressivo e assintomático.
O objetivo deste artigo é relatar um caso de utilização do Ao exame físico, observava-se, além de lesões pequenas
retalho miocutâneo da parte ascendente do músculo trapézio. em dorso nasal e tronco, uma extensa lesão úlcero-infiltrativa
em pavilhão auricular direito com extensão a pele retroaural,
Anatomia sem linfoadenopatia regional associada. Foi realizada biopsia
O músculo trapézio é um músculo superficial de formato incisional das lesões que diagnosticaram Carcinoma baso-
triangular que se estende da linha nucal até o processo espi- espinocelular. Optou-se, portanto, pela ressecção local com
nhoso de T12. Fixa-se na escápula, clavícula e acrômio. É reconstrução imediata.
dividido em três segmentos: Em dezembro de 2009, o paciente foi submetido a
• descendente ou superior: surge no ligamento nucal e ressecção oncológica e, devido à identificação per-operatória
processos espinhosos das vértebras cervicais até C7 e se de extensa coleção purulenta local retrotumoral, optou-se pela
insere no terço lateral da clavícula. Sua irrigação é predo- reconstrução tardia da área cruenta residual. No pós-opera-
minantemente proveniente de ramos da artéria occipital; tório, foi realizada antibioticoterapia com ciprofloxacina e
• transverso ou médio: surge nos processos espinhosos de T1 metronidazol e cuidados locais com curativos diários de sulfa-
a T5 e se insere no acrômio. A artéria cervical superficial diazina de prata 1%. No sétimo dia de pós-operatório, com
(ramo superficial da artéria cervical transversa) é a principal a melhora das condições locais, foi indicada a reconstrução
fonte de irrigação arterial. Encontra-se superficialmente aos com retalho miocutâneo de músculo trapézio para cobertura
músculos romboides e levantador da escápula. É acompa- de extensa área cruenta (14x11 cm), com exposição óssea em
nhado pelo nervo espinhal acessório. região craniofacial lateral direita (Figura 1).
• ascendente ou inferior: surge nos processos espinhosos de O procedimento cirúrgico foi realizado com o paciente
T6 a T12 e se insere na espinha da escápula. É irrigado em decúbito lateral esquerdo. Realizou-se previamente a
pela artéria escapular dorsal (ramo profundo da artéria marcação de uma ilha cutânea em região dorsal de 14 x 11
cervical transversa), a qual se encontra profundamente cm, com limite inferior da marcação sendo 10 cm do ângulo
aos músculos rombóide menor e levantador da escápula. inferior da escápula (Figura 2). O pivot de rotação do retalho
encontra-se entre os músculos romboide maior e menor. Não
Participa ativamente da elevação e estabilização do ombro, foi realizada previamente a identificação de vasos perfurantes
seja pela sua ação direta ou indireta na mobilização da arti- para a ilha cutânea com uso de doppler vascular.
culação gleno-humeral e da escápula. Iniciou-se o procedimento com incisão circunferencial
O conhecimento anatômico de outros músculos também é na ilha de pele com identificação da fáscia sobre o músculo
fundamental para a correta confecção do retalho de trapézio. grande dorsal, do vaso perfurante da artéria escapular
Os músculos romboides maior e menor surgem, respecti- dorsal (penetrando na margem superior do retalho cutâneo).
vamente, nos processos espinhosos entre T1-T4 e C6-C7 e se Procedeu-se ao descolamento subfascial do retalho em sentido
inserem na margem medial da escápula. Atuam na elevação e caudal-cranial, com identificação de músculo trapézio no terço
retração da escápula. São um importante referencial, uma vez proximal da ilha cutânea. Associou-se uma incisão cutânea
que a irrigação arterial do segmento ascendente ou inferior do longitudinal em direção ao pivot de rotação do retalho,
músculo trapézio atravessa por entre os mesmos para atingir seguida de descolamento cutâneo local, visando à exposição
o músculo trapézio e a pele adjacente. da musculatura dorsal e do ramo para o músculo trapézio da

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artéria escapular dorsal. Confeccionou-se o retalho contendo


Figura 2 - Marcação do retalho ascendente de trapézio.
uma pequena extensão da porção ascendente do músculo
trapézio, contendo o ramo muscular e septocutâneo da artéria
escapular dorsal, até o pivot de rotação do mesmo (Figura 3).
Com o intuito de transferir o retalho para a área receptora,
foi realizado um túnel subcutâneo na região dorsal supraes-
capular, com aproximadamente 6 cm de largura.
Após a revitalização da área receptora, o retalho miocu-
tâneo trapézio foi suturado utilizando-se, concomitantemente,
pontos de ancoragem na fáscia temporal profunda e SMAS.
A área doadora foi aproximada parcialmente com um extenso
descolamento cutâneo, e devido à posição dorsocaudal optou-
se pela cicatrização por segunda intenção. Drenos de sucção
a vácuo foram posicionados da área receptora.
Orientou-se o paciente a evitar decúbito dorsal e lateral
direito durante 10 dias. No pós-operatório, não se evidenciou
sofrimento vascular do retalho, embora tenha sido identificada
uma coleção purulenta local com pequena deiscência de pele
em ponto de drenagem, a qual teve resolução adequada com
antibioticoterapia e cuidados locais (Figura 4).
Não houve limitação ao exame clínico, realizado em
acompanhamento pós-operatório, dos movimentos de retração
Figura 3 - Confecção do retalho.
e estabilização da escápula. Manteve-se a elevação do ombro
ipsilateral inalterada.

DISCUSSÃO

O conhecimento das mais variadas opções reconstru-


tivas é fundamental para cirurgiões plásticos envolvidos em
reconstruções de grande complexidade. Embora a técnica
microcirúrgica ofereça um grande leque de opções para reso-
lução de uma sequela ablativa ou traumática, ocasionamente,
deparamos-nos com situações que necessitam da utilização
de métodos convencionais.
O retalho de trapézio, como descrito por Demergasso
& Piazza2 e Baek et al.3, possibilitou, principalmente, a
confecção de cobertura cutânea na região da cabeça e pescoço.
Entretanto, a falta de conhecimento anatômico vascular da
região conduziu a um número elevado de relatos de insucessos
com a utilização desse retalho.

Figura 4 - Pós-operatório de rotação de retalho


Figura 1 - Extensa área cruenta craniofacial lateral com ascendente de trapézio.
exposição de calota craniana.

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Somente após estudos da vascularização cutânea reali- Uma desvantagem de sua realização é a escassez de vasos
zados por Taylor & Palmer4, e de estudos anátomo-clínicos perfurantes e o calibre reduzido dos mesmos, o que dificulta
da região dorsal conduzidos por Weiglen et al. 5, Haas et a realização de retalhos perfurantes e a elevação de ilhas de
al.6, e Tan & Tan7, é que se pode definir a confiabilidade do pele distais.
retalho da parte ascendente do músculo trapézio (entende-se
como confiabilidade de um retalho a capacidade de produzir
uma cobertura estável de uma determinada ferida devido à CONCLUSÃO
facilidade de confecção, promover a substituição por tecidos
semelhantes e ter uma fácil reprodutibilidade). Compreendeu- O retalho ascendente de trapézio é uma boa opção para
se a importância da artéria escapular dorsal na irrigação da reconstruções complexas na região da cabeça e pescoço, prin-
parte inferior do músculo trapézio e da pele adjacente, bem cipalmente para pacientes sem condições de serem submetidos
como se definiu o seu trajeto usual. Verificou-se que, em 54% a reconstruções microcirúrgicas. Ele permite a confecção de
das dissecções anatômicas, a artéria escapular dorsal surgia em coberturas cutâneas e revestimentos viscerais, com baixa
um tronco comum cervicodorsal (juntamente à artéria cervical morbidade na área doadora e com boa confiabilidade.
superficial) ou em um tronco cervicodorsoescapular (com as
artérias cervical superficial e supraescapular). Em 34% das
vezes, surgia diretamente da artéria subclávia. REFERÊNCIAS
Posteriormente, Angrigiani et al.8 observaram a possi-
bilidade de realização de um retalho perfurante da artéria 1. Disa JJ, Pusic AL, Hidalgo DH, Cordeiro PG. Simplifying micro-
escapular dorsal com a preservação do músculo trapézio, o vascular head and neck reconstruction: a rational approach to donor
que propiciaria menor morbidade na área doadora do retalho. site selection. Ann Plast Surg. 2001;47(4):385-9.
Esses autores realizaram transferência de grandes retalhos 2. Demergasso F, Piazza MV. Trapezius myocutaneous flap in recon-
dorsais após expansão prévia. Alguns anos depois, em 2006, structive surgery for head, and neck cancer: an original technique.
Angrigiani9 confirmou a possibilidade, já apresentada por Am J Surg. 1979;138(4):533-6.
Gregor & Davidge-Pitts10, de transferência associada de um 3. Baek SM, Biller HF, Krespi YP, Lawson W. The lower trapezius
segmento ósseo da margem medial da escápula baseado no island myocutaneous flap. Ann Plast Surg. 1980;5(2):108-14.
4. Taylor GI, Palmer JH. The vascular territories (angiosomes) of the
ramo profundo da artéria escapular dorsal, com o objetivo de body: experimental study and clinical applications. Br J Plast Surg.
reconstruir um segmento mandibular lateral. 1987;40(2):113-41.
A partir desses relatos iniciais, observou-se maior acei- 5. Weiglein AH, Haas P, Pierer G. Anatomic basis of the lower trapezius
tação e difusão de da indicação desse retalho. Ocorreu a musculocutaneous flap. Surg Radiol Anat. 1996;18(4):257-61.
reintegração do retalho ascendente do músculo trapézio no 6. Haas F, Pierer G, Weiglein A, Moshammer H, Schwarzl F, Scharnagl
armamentário do cirurgião reconstrutor. E. Der untere M. trapezius-Insellappen: anatomische grundlage und
Esse retalho é indicado principalmente para cobertura klinische relevanz. Handchir Mikrochir Plast Chir. 1999;31(1):15-
cutânea na região occipital, região lateral da face, região 20.
7. Tan KC, Tan BK. Extended lower trapezius island myocutaneous
cervical anterior (até o mento), terço médio facial e região
flap: a fasciomyocutaneous flap based on the dorsal scapular artery.
orbitária. Existem relatos da sua utilização para cobertura de Plast Reconstr Surg. 2000;105(5):1758-63.
defeitos viscerais na região jugal, base de língua, hipofaringe 8. Angrigiani C, Grilli D, Karanas YL, Longaker MT, Sharma S. The
e esôfago cervical11, sendo isso possível pelo incremento dorsal scapular island flap: an alternative for head, neck, and chest
do tamanho do pedículo do retalho e arco de rotação ao se reconstruction. Plast Reconstr Surg. 2003;111(1):67-78.
progredir na dissecção através dos músculos romboide menor 9. Angrigiani C. Dorsal scapular artery perforator flap. In: Blondeel PN,
e levantador da escápula. Morris SF, Hallock GG, Neligan PC, eds. Perforator flaps: anatomy,
Uma morbidade aceitável na área doadora do retalho technique & clinical applications.1st ed. St. Louis:Quality;2006.
ocorre, pois somente a parte inferior do músculo é atingida. p.461-70.
10. Gregor RT, Davidge-Pitts KJ. Trapezius osteomyocutaneous flap for
O segmento transverso mantém parcialmente as funções de mandibular reconstruction. Arch Otolaryngol. 1985;111(3):198-
retração e depressão da escápula. Não há prejuízo da elevação 203.
do ombro. O nervo espinhal acessório não é sacrificado nessa 11. Haas F, Weiglein A. Trapezius flap. In: Wei FC, Mardini S, eds.
opção de retalho, como pode ocorrer quando é realizado um Flaps and reconstructive surgery. 1st ed. Philadelphia: Saunders
retalho da parte transversa desse músculo. Elsevier;2009. p.249-69.

Trabalho realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.
Artigo recebido: 15/5/2010
Artigo aceito: 11/8/2010

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