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AUMENTO DO DORSO
DR MARCUS OSHIO R3
- DORSO OSTEOCARTILAGINOSO DEFICIENTE;
- USO DE MATERIAL DE ENXERTO É NECESSÁRIO;
- ANGULO NASOFRONTAL VARIA DE 115-130 GRAUS;
- RADIX PROFUNDO ENCURTA O NARIZ, RADIX RASO ALONGA O NARIZ
- A PROJECAO DA PONTA NASAL DEVE SE APROXIMAR DE 60% DO
COMPRIMENTO NASAL DA RAIZ A PONTA;
- A PROJECAO DA PONTA ESTA ADEQUADA QUANDO 50-60% DO NARIZ
SE ENCONTRA ANTERIOR AO LABIO SUPERIOR;
- Uma linha é construída a partir da raiz até a ponta nasal adequadamente
projetada, o dorso deve ficar a até 2 mm posterior e paralelo a essa linha, o
aumento dorsal é necessário, quando o dorso é posicionado
significativamente posterior a essa linha;
- OUTROS: columela retraída, septo caudal deficiente, ângulo lábio-colume-lar
agudo, deformidade de pollybeak, perfuração septal, prémaxila hipoplásica e
face hipoplásica
ABORDAGENS CIRÚRGICAS
-A abordagem externa oferece capacidades diagnósticas superiores, maior exposição e meIhor execução
de manobras precisas;
-Os enxertos podem ser introduzidos por incisões intercartilaginosas ou marginais. Um bolsão
subpericondral e subperiosteal deve ser dissecado para acomodar o enxerto sem colocar tensão
excessiva sobre a pele.
-Se uma incisão coronal for realizada para um procedimento sincrônico, ela pode ser usada para dissecção
de bolsão e auxiliar na fixação do enxerto.
-O posicionamento superior do enxerto no nível da raiz fornece uma medida extra de estabilidade;
-Avaliação da variação da espessura da pele e tecido subcutâneo nos níveis da raiz, rhinion e supratip;
- Para dar maior estabilidade, o enxerto de dorso pode ser suturado às cartilagens laterais superiores, aos
ossos nasais e/ou ao enxerto de suporte da ponta (poste columelar ou extensor de septo);
TIPOS DE ENXERTOS/IMPLANTES
A cartilagem esmagada pode corrigir irregularidades dorsais sutis e alcançar graus leves de
aumento.
A cartilagem morcelizada pode ser usada como enxerto de radix para melhorar o ângulo
nasofrontal profundo.
A cartilagem septal pode ser colhida devendo-se elevar o retalho no plano submucope-ricondral e
submucoperiosteal, soltando o septo cartilaginoso de sua junção com o vômer e incisando-o dorsal
e caudal-mente, preservando 1,5 cm anteriormente, para suportar a ponta, e 1,5 cm dorsalmente
para que não aconteça a deformidade em sela do dorso
A lâmina perpendicular do etmoide pode ser retirada em conjunto com a cartilagem quadrangular
ou separadamente
Cartilagem de Concha Auricular
É fácil de coletar, e a morbidade do local doador é baixa.
Natureza mais frágil, pode ser mais difícil de esculpir do que a cartilagem septal.
Os enxertos podem ser usados como um implante de camada única ou suturados para aumentar a
circunferência e a rigidez.
Obtida normalmente da 7ª costela. Podem-se utilizar a 6", 7ª, 8", 9" e/ou 10° costelas.
O enxerto para o dorso (e o extensor septal) deve ser obtido de porções da cartilagem costal sem
encurvamento
As desvantagens associadas ao local doador incluem dor, cicatrização conspícua, aumento do tempo de
cirurgia, risco de pneumotórax e a necessidade de uma breve hospitalização.
Implantes são prontamente disponíveis e fáceis de esculpir, permitindo implante rápido com baixa
morbidade perioperatória,
No nariz, o tecido mole dorsal fino e a proximidade das cavidades nasais impõem desafios ao uso de
implantes
A complicação mais devastadora, a extrusão, varia com a experiência técnica do cirurgião, o tempo de
acompanhamento e a composição do implante, caráter do leito receptor.
Pode-se esperar que uma pele fina e com retrações cicatriciais, suturada sob tensão sobre um
implante aloplástico represente um risco maior de extrusão.
-A abordagem clássica: ressecção das estruturas anatômicas do dorso nasal - radix baixo,
irregularidades do dorso em que não é possível seu ajuste, nariz muito largo em seu 1/3 inferior
ou na transição osteocartilaginosa
No pós-operatório técnica apropriada para evitar: disfunção de válvula nasal, obstrução nasal,
irregularidades visíveis, assimetrias das linhas estéticas nasais, radix profundo e deformidades
nasais tipo "V invertido", "nariz em sela" .
DESCRIÇÃO DAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS
O primeiro passo para redução do dorso é determinar a projeção ideal do dorso e, em seguida,
contrapor o risco-benefício das técnicas de redução do dorso diante da anatomia nasal.
Atualmente, decidimos intraoperatoriamente com o dorso dissecado e exposto para ser o mais
preciso possível na escolha entre as duas técnicas. Muitas vezes, a tensão de pele e de tecidos
moles ao nível do radix camufla gibas e irregularidades visíveis apenas após o descolamento do
dorso nasal.
Ambas as técnicas de redução do dorso permitem tanto acesso aberto, quanto acesso fechado, à
preferência do cirurgião.
Abordagem Tipo Joseph
• Recomenda-se desarticular as CCLLSS do osso com descolador tipo Freer ou Cottle na área de
ressecção.
3. Ressecção do dorso cartilaginoso
• A ressecção cartilaginosa do dorso em fita ocorre desde o ângulo septal anterior até atingir a lâmina
perpendicular do etmoide (LPE).
Ela pode ser realizada com tesoura do tipo Fomon ou lâmina de bisturi.
• A ressecção insuficiente na área do ângulo septal anterior pode levar à deformidade do tipo pollybeak
4. Ressecção do dorso ósseo
• A partir da altura do dorso determinada pela ressecção cartilaginosa dorsal, segue-se a ressecção
óssea.
• A ressecção óssea com raspa ou broca é mais gradual, portanto, mais controlada se comparada ao
escopro.
• Esse tempo cirúrgico precisa ser realizado com cautela para evitar avulsão das CCLLSS,
principalmente, ao se trabalhar com raspas no sentido craniocaudal.
5. Ressecção das CCLLSS:
• O excesso das CCLLSS que causam saliências no dorso nasal deve ser retirado
• Outras implicações da realização inadequada da ressecção das CCLLSS são retiradas exageradas ou
insu-ficientes.
6. Osteotomias:
. Podem ser realizadas osteotomias oblíquas, transversas, paramedianas e/ou laterais, conforme a necessidade de
cada caso. A ordem das osteotomias deve ser realizada de medial para lateral (ordem inversa pode ser realizada,
quando o instrumento utilizado é o piezoelétrico).
• As osteotomias possuem importância fundamental no auxílio do fechamento do dorso nasal, mas também no
controle da largura e desenho do contorno do dorso nasal.
• Osteotomias devem ser realizadas com cautela principalmente em pacientes de mais idade pelo risco de
fraturas cominutivas.
• Muitos instrumentos, mecânicos e elétricos, são usados para auxiliar as osteotomias, como: brocas,osteótomos
e serras. Os instrumentos piezelétricos vêm ganhando destaque, em razão da ideia de maior precisão e controle
das linhas de fratura, sem necessidade de aplicação de força, além de evitar danos aos tecidos moles.
7. Reconstrução do dorso nasal (três possibilidades):
lizada com fio PDS 5-0, com a finalidade de fechar o teto nasal, realizando uma pequena tração em direções
caudal e superior
• Reconstituição inadequada do dorso pode causar comprometimento funcional (insuficiência de válvula nasa
interna) e estética (deformidade em "V invertido")
• Em pacientes com dorso muito alto e estreito e/ ou ossos próprios nasais curtos, a sutura transversa pode se
insuficiente para garantir estabilidade ao dorso e, portanto, devemos considerar o uso dos spreader grafts ou
spreader flaps.
gular de cartilagem e fixado entre CCLLISS e o septo (unilateral ou bilateral), por meio de sutura com PDS
5-0. Após o posicionamento do spreader graft, segue-se a sutura transversa com as CCLLSS
• Este tipo de enxerto é usado para espaçamento entre as CCLLSS e o septo com o objetivo de prevenir
deformidade em "V invertido", colapso da válvula nasal interna, e de reforçar o 1/3 médio a fim de se aplicar
tensões para o fechamento do dorso e trabalho em ponta. Outras utilidades desse tipo de enxerto são
estabilização, simetrização do dorso nasal e correção de desvios cartilaginosos altos.
C) Spreader flap: enxerto confeccionado a partir do exces-
so das CCLLSS não ressecadas, em que a CLS é dobrada medialmente sobre si mesma e suturada ao septo com PDS
5-0. Possui a mesma finalidade do spreader graft, porém os spreader grafts são o padrão
• A técnica é preferencialmente utilizada para dorso excessivamente alto e estreito, com cartilagem septal forte.
• Para dorsos assimétricos ou desvios septais altos, deve-se evitar o uso de spreader flaps sem o auxílio de spreader
graft unilateral ou bilateral.
8. Ajustes finais:
• Pode ser necessário uso de gel de cartilagem, cartilagem picada ou cartilagem amassada no dorso para correção de
irregularidades visíveis ou trabalho e ajuste fino da parte óssea com brocas.
• Atenção especial deve ser dada para peles finas, pela maior possibilidade de revelar mínimas irregularidades.
Variação da Técnica
A abordagem tipo Joseph não segue uma ordem fixa, podendo variar conforme a preferência do cirurgião.
Abordagem Tipo SPAR
1. Acesso ao dorso com descolamentos suprapericondral e subperiosteal e ao septo com
descolamentos subpericondral e subperiosteal
2. Tratamento do dorso:
3. Preparação do septo
• O uso das serras para radix não é imprescindível para sua realização. No entanto, permite um
maior controle das osteotomias.
• A osteotomia transversa é finalizada com osteótomo de 2 ou 3 mm, introduzido em incisão
transcutânea na cabeça da sobrancelha (porção medial) e levando-o até o nível da raiz nasal. A
incisão na pele para introdução do osteótomo também pode ser realizada diretamente ao nível
do novo radix ou na parede lateral do nariz por mini-incisões
• A osteotomia transversa deve ser realizada com cuidado para evitar redução excessiva da raiz
nasal, que também está associada a uma ressecção demasiada da LPE.
• A osteotomia lateral deve encontrar-se com a osteotomia transversa, Pode ser simples ou
dupla (a depender de assimetrias), Em caso de osteotomia dupla, a remoção do fragmento ósseo
gerado não é imprescindivel, mas pode ser necessária,
- Deve se certificar que houve completa liberação da pira-mide nasal para seu adequado ajuste e
reposicionamento.
• Ressecção da cartilagem quadrangular inferiormente, conforme altura que se pretende obter do dorso
nasal.
• A quantidade de cartilagem ressecada também determinará se o perfil nasal será mais ou menos
curvilíneo.
• Cuidado com ressecções excessivas, que podem causar deformidade tipo "nariz em sela".
• Fixação da cartilagem quadrangular na ENA e na crista maxilar com fio inabsorvível, com prolene 4-0.
A
fixação pode ser realizada no periósteo ou por meio da perfuração com broca da ENA e da crista maxilar.
residual no pós-operatório.
7. Ajustes finais:
• Geralmente, o SPAR promove uma anteriorização do septo caudal, que pode ser desejável em alguns
casos.
ço da borda livre das CCLLSS. Desse modo, ela deve ser adaptada, preservando a distância da
borda caudal.
O SPAR tipo A é constituído pelo mesmo princípio, em vez de a fita de ressecção da cartilagem
quadrangular ser inferior (tipo B), ela é superior (partindo-se desde a porção anterior do septo
em sua junção com as CCLLSS até a LPE). A altura da fita a ser ressecada está relacionada com o
quanto se quer deprojetar.
" O SPAR B é preferível ao SPAR A em casos de desvios septais e/ou gibas acentuadas.
Aconselhamos o uso do SPAR A na ausência de desvios do septo nasal.
• O piezoelétrico pode ser associado ou não aos osteótomos e serras de radix. Dessa forma, a
ordem das osteotomias pode variar, conforme as preferências do cirurgião.
• Uma outra variação da técnica conservadora do dorso inclui a liberação da articulação lateral
das CCLLSS e do ligamento piriforme com a parede óssea lateral nasal.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, pode-se afirmar que o principal benefício do SPAR em relação à abordagem
do tipo Joseph é a integridade do dorso e consequente prevenção de inúmeros efeitos adversos
estéticos e funcionais da ressecção anatômica do dorso.
A escolha da técnica (Clássica ou SPAR depende da anatomia do dorso a ser tratado. A correta
escolha da técnica vai levar a um melhor resultado com o menor esforço possível, independente
da técnica.