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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO)

CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS


PERÍODO BÁSICO

COLETÂNEA DE MANUAIS
DE
TÉCNICAS MILITARES I
Volume II

2019

( Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 1/265)


ÍNDICE DE ASSUNTOS

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CAPÍTULO VI – FARDAMENTO MILITAR

1. Codificação dos uniformes............................................................................................5

2. Dos Uniformes..............................................................................................................6

2.1 Dos distintivos......…………………………………………………………………..42

2.2 Das Insígnias......…………………………………………………………………....96

3. Da apresentação pessoal …....……………………………………………………124

CAPÍTULO VII – BOAS MANEIRAS E CONDUTA DO MILITAR

1. Trato para com os superiores e pares .....................................................….........159

2. Atendimento ao público......................................................................................159

3. Procedimento individual a ser adotado pelo militar em uma OM …..……….165

4. Procedimento individual a ser adotado pelo militar fora do quartel………….173

5. Trajes civis........................................................................................................177

6. Modos de servir e os diferentes tipos de serviços................................................190

7. Arrumação das mesas.......................................................................................194

8. Boas maneiras durante as refeições...................................................................196

9. Outras regras de etiqueta e boas maneiras …………………………………....220

CAPÍTULO VIII – MEIO AMBIENTE

1. Educação ambiental.........................................................................................222

2. Resíduos recicláveis........................................................................................225

CONTEÚDO IX– SERVIÇOS INTERNOS E EXTERNOS

1. Do Oficial de Dia..............................................................................................231

2. Do Adjunto.......................................................................................................236

3. Do Comandante da guarda..............................................................................238

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4. Do Cabo da guarda..........................................................................................240

5. Dos Soldados da guarda e da Sentinelas..........................................................242

6. Do Reforço da guarda......................................................................................246

7. Da substituição das guardas do quartel e das Sentinelas...................................247

8. Do Sargento-de-dia à Subunidade....................................................................248

9. Do Cabo-de Dia...............................................................................................251

10. Dos Plantões.................................................................................................253

11. Demonstração do serviço da guarda do quartel da OM ...................................255

CAPÍTULO X – INTELIGÊNCIA MILITAR TERRESTRE

1. Inteligência militar.............................................................................................265

2.A função de combate Inteligência.......................................................................270

3. Elementos meteorológicos...............................................................................277

4. Segurança orgânica.........................................................................................283

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CAPÍTULO VI

FARDAMENTO MILITAR

6.1 CODIFICAÇÃO DOS UNIFORMES

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6.2 DOS UNIFORMES

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2.1 DOS DISTINTIVOS

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2.2 DAS INSÍGNIAS

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6.3 DA APRESENTAÇÃO PESSOAL

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SEÇÃO I

Da Apresentação Pessoal do Segmento Masculino

Art. 235. Os integrantes do segmento masculino, ao usar os uniformes


constantes deste Regulamento, devem fazê-lo com especial esmero,
observando as seguintes prescrições:
§ 1º Quanto ao cabelo:

I - para oficiais, subtenentes e sargentos:

a) devem usar seus cabelos aparados curtos, por máquina ou


tesoura, mantendo bem nítidos os contornos junto às
orelhas e ao pescoço;
b) o corte de cabelo considerado “aparado curto” caracteriza-
se por apresentar a parte inferior (nuca) e a lateral do
crânio compatíveis com o corte em máquina nº 3 e a parte
superior do crânio compatível com a máquina nº 4. O
contorno do corte na altura do pescoço (pé do cabelo)
deve ser feito com navalha ou instrumento similar;
c) na parte superior da cabeça, o cabelo deve ser desbastado
o suficiente para harmonizar- se com o resto do corte e
com o uso da cobertura;
d) as costeletas devem ter o comprimento até a altura
correspondente à metade do pavilhão auricular; e
e) o corte de cabelo deve ser mantido nos padrões já
descritos e renovado periodicamente, exceção feita aos
militares em curso ou em operações, situação em que a
frequência é determinada por ordem específica.

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II. para alunos de Escolas de Formação, cabos, taifeiros e soldados:
a) devem usar seus cabelos em corte de meia cabeleira curta, nas
seguintes condições:
1. nas partes parietais e occipitais do crânio, isto é, na
transição do couro cabeludo, o cabelo deve ser
cortado à máquina nº 3, mantendo-se bem nítidos os
contornos junto às orelhas e ao pescoço; e disfarçando
o corte, gradativamente, de baixo para cima, com a
tesoura, até a altura correspondente à borda da
cobertura;
2. na parte superior da cabeça, o cabelo deve ser
desbastado o suficiente para harmonizar-se com o
resto do corte e com o uso da cobertura;
3. na nuca, o cabelo deve ser aparado à máquina nº 2 e o
contorno do corte na altura do pescoço (pé do cabelo)
deve ser feito com navalha ou instrumento similar; e
b) as costeletas devem ter o comprimento até a altura
correspondente à metade do pavilhão auricular; e
c) o corte de cabelo deve ser mantido nos padrões já
descritos e renovado no período máximo de 10 (dez) dias.

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II. outras considerações acerca do cabelo masculino:
a) é vedado o uso de corte de cabelo tipo “moicano” ou
“topete”, além do penteado com o cabelo levantado na
parte anterior da cabeça, com ou sem gel fixador;
b) é vedado o uso de franja, pastinha e outros penteados
similares, que cubram a testa, ainda que parcialmente; e
c) é vedado raspar a cabeça ou adotar corte de cabelo com
máquina inferior a nº 2, exceção feita à recomendação
médica, durante a realização de curso ou estágio de
caráter voluntário ou calvície.
Parágrafo único. É considerado calvo o militar cuja queda de cabelo
tenha atingido área superior a 40% da superfície do couro cabeludo.

§ 2º Quanto ao bigode:

I - é permitido aos oficiais, subtenentes e sargentos o uso de


bigode, desde que discreto, aparado, não ultrapassando a
linha dos lábios, devendo constar da carteira de identidade do
militar;
II - deve ser aparado acima da linha do lábio superior;
III - é vedado o uso de bigode aos alunos de escolas de
formação e aos cabos e soldados sem estabilidade;
IV - é vedado o uso de bigode pelo militar, na situação em que
tenha que raspar a cabeça para a realização de curso ou
estágio; e
V - os Comandantes Militares de Áreas podem autorizar o uso de
bigode pelos cabos, taifeiros e soldados estabilizados que o
requererem.

§ 3º Quanto à barba:

I - deve manter-se permanentemente raspada em toda sua extensão; e


II - é vedado o uso de barba aos oficiais e praças do Exército.
Exceção apenas quando o militar for dispensado
temporariamente da obrigação de raspar a barba, homologada
por médico militar e publicada em Boletim Interno (BI) da

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Unidade. Neste caso, o uso de uniforme fica restrito ao interior
da OM, enquanto que, fora do quartel, é obrigatório o uso de
trajes civis.

§ 4º Quanto às unhas: devem ser tratadas, mantidas permanentemente


aparadas e com comprimento reduzido.

§ 5º Quanto ao uso de tatuagem: não é recomendável a aplicação de


tatuagem em partes do corpo que fiquem expostas quando o militar
estiver trajando uniforme. É vedada a tatuagem em qualquer parte
do corpo que faça alusão à:
I - ideologia terrorista ou extremista contrária
às instituições democráticas; II - violência e à
criminalidade;

III - ideia ou ao ato libidinoso;


IV - discriminação ou ao preconceito de raça, credo, sexo ou origem;
ou
V - ideia ou ao ato ofensivo às Forças Armadas, ao decoro militar e aos
bons costumes.

§ 6º Quanto ao uso de outros acessórios:

I - cordão para pescoço: permitido o uso de 1 (um) colar no


pescoço, desde que esse ornato seja metálico, dourado e/ou
prateado, formado por uma só volta e de fina espessura. Esse
adereço deve ser usado por baixo da gola ou por dentro da
camisa ou camiseta;
II - pingente: permitido o uso de pingente metálico, dourado e/ou
prateado, de fina espessura, por baixo da gola e por dentro da
camisa/camiseta, desde que não faça alusão à(s):
a) ideologia terrorista ou extremista contrária às instituições
democráticas;
b) violência e à criminalidade;
c) ideia ou ao ato libidinoso;

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d) discriminação ou ao preconceito de raça, credo, sexo ou origem;
ou
e) ideia ou ao ato ofensivo às Forças Armadas, ao decoro militar e
aos bons costumes.

III - anel: permitido o uso de até 2 (dois) anéis, incluindo aliança


e anel de formatura, devendo sobressair os metais dourados e
prateados;
IV - piercing: é vedado o uso de piercing em partes do corpo que
fiquem expostas quando o militar estiver trajando qualquer
uniforme;
V - implante subcutâneo: é vedado o uso de implante subcutâneo
em partes do corpo que fiquem expostas quando o militar
estiver trajando qualquer uniforme;
VI - bracelete: é vedado o uso de bracelete;
VII - adorno de tornozelo: é vedado o uso de adornos de tornozelos; e
VIII - bótons ou pins: é vedado o uso de bótons ou pins
sobrepostos a qualquer peça de uniforme.

§ 7º Nenhum acessório ou adereço pode destoar em cor ou tamanho do conjunto do


uniforme.

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SEÇÃO II

DA APRESENTAÇÃO PESSOAL DO SEGMENTO FEMININO

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CAPÍTULO VII
BOAS MANEIRAS E CONDUTA DO MILITAR
7.1 TRATO PARA COM OS SUPERIORES E PARES
(Fonte: R2)
Art. 2º Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e
prerrogativas, estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre:
I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à
autoridade de que se acham investidos por lei;
II - com afeição e camaradagem os seus pares;
III- com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados.
§ 1º Todas as formas de saudação militar, os sinais de respeito e a correção de
atitudes caracterizam, em todas as circunstâncias de tempo e lugar, o espírito de disciplina
e de apreço existentes entre os integrantes das Forças Armadas.
§ 2º As demonstrações de respeito, cordialidade e consideração, devidas entre os
membros das Forças Armadas, também o são aos integrantes das Policias Militares, dos
Corpos de Bombeiros Militares e aos Militares das Nações Estrangeiras.
Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e
subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica;
IV - por outras demonstrações de deferência.
§ 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os militares constituem
reflexos adquiridos mediante cuidadosa instrução e continuada exigência.
§ 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do
grau de disciplina das corporações militares e da educação moral e profissional dos seus
componentes.
§ 3º Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive
nos exercícios no terreno e em campanha.

7.2 ATENDIMENTO AO PÚBLICO

(Fonte: MANUAL TÉCNICO - TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO


SOCIAL - EB10-MT-11.001)
GENERALIDADES

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Pesquisas realizadas pela Psicologia Social demonstram que as pessoas
sentem necessidade de ser tratadas como únicas. Assim, quem procura uma OM
supõe que o militar ou o servidor civil que vier a atendê-lo o faça de forma especial e
que a OM reconheça a importância de sua pessoa e de sua solicitação.

As pessoas que se dirigem a uma OM buscam solucionar alguma demanda que


lhes é importante. Devem ser tratadas com atenção, mesmo que seu interesse não
seja satisfeito. O tratamento cordial, com respostas rápidas e precisas, deve ser o
foco de todas as OM do Exército.

De maneira geral, ao selecionar os auxiliares que atenderão aos diversos


públicos, o oficial de Com Soc deverá instruí-los no sentido de que:

a) sejam cordiais;

b) escutem o interlocutor com atenção, deixando-o expor suas demandas até o

fim, sem interrompê-lo desnecessariamente;

c) evitem as discussões;

d) falem de maneira clara e pausada, certificando-se de terem sido entendidos;

e) evitem o uso de termos militares (abreviaturas e jargões) no trato com civis,


bem como o uso de gírias, em qualquer situação;

f) sejam proativos;

g) busquem as soluções para as demandas apresentadas, de forma rápida e


precisa; e

h) verifiquem se a explicação sobre procedimentos a serem adotados foi


entendida, sanando dúvidas remanescentes.

A OM pode estar fisicamente estruturada para atender ao público, mas se não


dispuser de militares e/ou servidores civis preparados para dispensar às pessoas o
devido tratamento, poderá colocar em risco a imagem da Força Terrestre. Assim,
qualquer que seja o grau hierárquico de quem tiver contato direto ou indireto com o

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público-alvo, será considerado pessoa envolvida neste processo. Dessa forma, sua
maneira de falar e agir influenciará a imagem formada sobre o Exército.

Sendo, portanto, o principal cartão de visita da Instituição, cada militar e/ou


servidor civil deve dedicar especial atenção aos detalhes do seu trabalho, para que o
atendimento prestado crie empatia com o público. Podem-se resumir esses detalhes
em dez simples recomendações, passíveis de ser realizadas por todos os militares e
servidores civis do Exército.

O público em geral pode fazer contato com a OM presencialmente, por telefone


ou por meio da Internet. Em todos os casos, a Seção de Comunicação Social (Seç
Com Soc) deverá estar preparada para atender com presteza e oportunidade.

Os assuntos mais sensíveis, como os relacionados à fiscalização de produtos


controlados, à aquisição de produtos, às licitações, aos diversos tipos de contratos,
ao SIC-EB e à expedição de documentos, principalmente segundas vias, deverão
ser tratados com rapidez, pois podem gerar recursos na esfera administrativa e
ocasionar perda de prazos legais, trazendo transtornos à administração da própria
OM.

É necessário ter em mente que o tempo é precioso para todos. A otimização


dos trabalhos é essencial para que se evite a formação de filas.

O entretenimento serve de alento, quando se torna inevitável a espera pelo


atendimento. Além disso, a cortesia minimiza a insatisfação por um pleito não
atendido.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 161/287)


RECEPÇÃO NA OM

O Corpo da Guarda causa a primeira impressão a quem chega a uma OM. A


apresentação da sentinela, atenta, em atitude marcial e com o uniforme bem
composto, será o primeiro atendimento positivo.

Após a identificação pela Guarda do Quartel, os visitantes deverão ser


encaminhados à Seç Com Soc ou à sala de visitas, de acordo com as Normas
Gerais de Ação (NGA) de cada OM. Esta identificação deve ser realizada com
cordialidade, rapidez e respeito, prestando-se as informações necessárias e
acompanhando-se o visitante até o local destinado, se for o caso.

A Seç Com Soc deverá estar preparada para servir de sala de espera para
todos os visitantes que serão recebidos. Deve estar localizada o mais próximo

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 162/287)


possível do Corpo da Guarda, visando a otimizar a segurança orgânica da OM, bem
como desonerar as atividades do serviço da guarda ao quartel.

Sugere-se que as instalações da Seç Com Soc tenham uma sala de


espera/recepção, em um ambiente limpo, arejado, organizado e com móveis em
bom estado de conservação. Além disso, deve haver um local reservado para o
chefe da seção e outra área específica para os demais integrantes, visando às
atividades de expediente.

Preferencialmente, a sala de espera/recepção deve ter sofá, mesa de centro


com revistas e informativos do Exército, TV/DVD com vídeos institucionais da OM ou
do EB e computador conectado à Internet, disponibilizando o acesso à página do
Exército e ao SIC, além de serviço de água e café.

De uma maneira geral, para receber visitantes no quartel, alguns procedimentos


deverão ser seguidos, adequando-os ao objetivo da visita a ser realizada:

a) estabelecer um itinerário a ser seguido dentro do quartel;

b) escalar guias preparados para conduzir os grupos de visitantes,


particularmente

em espaço cultural porventura existente;

c) estabelecer medidas de segurança nas mostras de material, demonstrações

e passeios em viaturas;

d) providenciar sanitários (masculinos e femininos) limpos e em condições de


ser

utilizados pelos visitantes; e

e) apresentar uma breve palestra e/ou vídeo institucional da OM ou sobre o EB,

quando for o caso.

ATENDIMENTO AO TELEFONE

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 163/287)


Ao telefone, cria-se a imagem da personalidade, pelo modo de falar ou pelo tom
de voz. Dessa forma, a voz assume uma grande importância. Ela deve ser
agradável, simpática, com uma entonação normal, sem gritos e sem sussurros.

Para demonstrar cordialidade no atendimento, deve-se:

a) cumprimentar o interlocutor de maneira padronizada, mostrando-se cordial e


cortês, dizendo o posto/graduação, o nome, a OM e saudando-o com Bom Dia, Boa
Tarde ou Boa Noite;

b) mostrar interesse em servir e informar corretamente;

c) usar linguagem correta, clara e precisa;

d) evitar termos como bem, querido(a), meu amor, ou similares;

e) caso necessário dispor de algum tempo (máximo de 2 minutos) para


responder ao que for solicitado, dizer simplesmente: por gentileza, o Sr(a) pode
aguardar um minuto?

f) tratar do assunto com objetividade, pois, muitas vezes, o próprio telefonista


pode atender à demanda que motivou a chamada;

g) fornecer sempre todas as informações possíveis e encaminhar a ligação para


a pessoa adequada, se for o caso;

h) evitar passar a ligação para quem estiver participando de reunião; em caso


de emergência, antes de passar a ligação, deve-se escrever um bilhete explicando a
situação e aguardar a resposta;

i) saber com antecedência quais as pessoas e assuntos que o seu chefe poderá
atender; assim, o próprio comunicador social estará preparado para solucionar e
encaminhar todas as demais situações;

j) falar apenas o necessário; fornecer a informação com clareza e precisão,


porém tendo cuidado com assuntos sigilosos e delicados e, em tema de maior
responsabilidade, solicitando a presença da pessoa que trata dele diretamente;

k) não responder bruscamente, nem desligar o telefone, demonstrando irritação;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 164/287)


l) anotar as ligações em blocos já impressos para recados, contendo os
seguintes tópicos:

DENTRE AS PRINCIPAIS EXPECTATIVAS DO PÚBLICO ATENDIDO, CABE


ENUMERAR:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 165/287)


7.3 PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR EM UMA OM

(Fonte: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)

Do Expediente

Art. 184. O expediente é a fase da jornada destinada à preparação e execução dos


trabalhos normais da administração da unidade e ao funcionamento das repartições e das
dependências internas.
Parágrafo único. Os serviços de escala e outros de natureza permanente independem
do horário do expediente da unidade, assim como todos os trabalhos e serviços em
situações anormais.
Art. 185. O expediente começa normalmente com a formatura geral, da unidade ou de
SU, e termina depois da leitura do BI do dia, com o toque de “ordem”.
§ 1° O expediente é interrompido para a refeição do almoço, em horário fixado nas
NGA/U, reiniciando logo após, também em horário estabelecido nas NGA/U.
§ 2º A formatura geral da unidade corresponde a um tempo de instrução.
§ 3° O toque de “ordem” é executado, por ordem do Cmt U, somente após o
recebimento, pelo SCmt U, de todos os mapas diários do armamento emitidos pelos
respectivos Cmt SU e do mapa diário de munição e explosivo confeccionado pelo O Mun
Expl Mnt Armt, e, quando for o caso, por outros militares que possuam responsabilidade
sobre os referidos materiais.
Art. 186. Todos os oficiais e praças prontos para o serviço permanecem no quartel
durante o expediente, de onde só podem afastar-se:
I - os oficiais, mediante permissão do Cmt U, que poderá delegá-la ao SCmt; e
II - as praças com autorização dos respectivos Cmt SU ou chefes de repartição
interna.
§ 1º Durante o expediente, oficiais e praças devem manter-se com o uniforme previsto.
§ 2º Durante as horas de expediente, todos os militares devotam-se, exclusivamente,
ao exercício de suas funções e aos misteres profissionais.
§ 3º A entrada e a permanência de civis no quartel, nos horários sem expediente, são
reguladas pelas NGA/U.
§ 4º As praças, para fins de controle, devem dar ciência à SU a que pertencem de sua

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 166/287)


ausência do quartel, mesmo quando autorizadas pelos chefes de repartição interna em que
trabalham.

Das Formaturas
Art. 257. Formatura é toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e
pode ser:
I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e
II - ordinária ou extraordinária.
§ 1º Em regra, toda formatura tem origem na SU, pela reunião dos oficiais e praças
que dela devam participar.
§ 2º Durante a semana, nos corpos de tropa há pelo menos uma formatura geral de
toda a unidade para o início das atividades do dia, ocasião em que será cantado o Hino
Nacional, ou outro hino, ou uma canção militar.
§ 3º O horário da formatura geral da unidade pode, a critério do comandante, ser
alterado por eventual necessidade do serviço ou em função de condições climáticas ou
meteorológicas.
§ 4º A formatura geral de SU é realizada nos dias em que não houver formatura geral
da unidade.
§ 5º As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas normais do pessoal, ao
rancho, à Parada, à leitura do BI e à instrução.
Art. 258. As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou inopinadas.
§ 1° As formaturas extraordinárias previstas são as determinadas nos programas da
unidade ou SU, para revistas de material ou animais, ou ordenadas em BI quando
destinadas a solenidades internas ou externas.
§ 2º As formaturas extraordinárias inopinadas são as impostas pelas circunstâncias do
momento, em virtude de anormalidades ou em função de medidas comuns de caráter
interno.

Das Formaturas Gerais da Unidade e de Subunidade


Art. 259. Nas ordens para formaturas, são designados, com precisão, hora, local da
reunião, formação, uniforme e outros esclarecimentos necessários, observadas, também,
as seguintes disposições:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 167/287)


I - em cada SU:
a) as ordens são dadas de modo que não seja retardada a hora de reunião da
unidade;
b) os oficiais subalternos passam em revista suas frações; e
c) o mais antigo apresenta toda a tropa ao Cmt SU, que a conduz, no momento
oportuno, ao local da reunião da unidade;
II - reunidas as SU no local previsto e à hora marcada para a formatura da unidade, o
SCmt U assume o comando de toda a tropa, até a chegada do Cmt U; e
Separata ao Boletim do Exército N o 51, de 19 de dezembro de 2003. - 81III - o Cmt U
somente se aproxima do local da formatura depois de avisado, pelo S3, que a tropa se
encontra pronta para recebê-lo.
Art. 260. Nas formaturas gerais de SU são observadas as prescrições tratadas no art.
259 deste Regulamento, no que lhes for aplicável.
Art. 261. As formaturas nas Armas montadas ou motomecanizadas, quando a pé, são
regidas pelas mesmas disposições do art. 259 deste Regulamento e, quando a cavalo ou
com o material, por aquelas que lhes forem aplicáveis, observando-se, quanto ao
encilhamento dos animais e à preparação do material, as disposições regulamentares
peculiares e as instruções particulares do Cmt U ou Cmt SU.

Das Revistas
Art. 267. Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do
pessoal, a existência e o estado do material distribuído e dos animais.
§ 1o As revistas podem ser:
I - de pessoal;
II - de mostra;
III - de animais; e
IV - diária de armamento, munição e explosivo.
§ 2º As revistas mencionadas nos incisos I a III do § 1o deste artigo podem ser
normais ou extraordinárias.
§ 3º As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou nos programas de
instrução da unidade; as extraordinárias são determinadas pelo comando superior, pelo
comando da unidade ou pelo comando da SU, quando julgadas necessárias.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 168/287)


§ 4° Em regra, as revistas de pessoal são feitas em formaturas.
§ 5º As revistas de mostra são realizadas no material distribuído, presentes os
detentores, em forma e em local determinado.

Da Revista de Pessoal
Art. 268. Ordinariamente, são passadas as seguintes revistas de pessoal, às horas
determinadas pelo Cmt U:
I - revista da manhã:
a) destinada a constatar a presença do pessoal no quartel, é feita em todos os dias
úteis, normalmente antes do início do expediente;
b) é passada em formatura geral (oficiais e praças) e no uniforme da primeira instrução
do dia; a chamada, porém, é feita em cada pelotão ou seção pelo respectivo comandante,
sendo as faltas apuradas nas SU; e
c) após a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura
geral da unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instrução ou de
trabalho;
II - revista do recolher:
a) destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e é passada
diariamente;
b) a chamada e a identificação dos militares presentes são realizadas pelo Sgt Dia, em
forma no alojamento da SU, na presença do Of Dia ou do seu Adj;
c) as praças conservam-se em forma até o toque de “fora de forma” que o Of Dia
mandará tocar depois de passada a revista em todas as SU;
d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista
em algumas delas, a seu critério, assistindo às demais, a fim de não retardar
exageradamente o toque de “fora de forma”; e
e) após a revista do recolher, as praças relacionadas no pernoite não podem sair do
quartel;
III - revistas sanitária e médica, esta última nos dias úteis:
a) as revistas sanitárias são passadas pelo Ch FS, auxiliado pelos demais médicos da
unidade, em dias marcados pelo Cmt U, em todas as praças da unidade, de sorte que cada

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 169/287)


militar seja examinado e pesado periodicamente, sendo os resultados registrados
convenientemente;
b) a revista médica é passada por médico da unidade, de preferência numa
dependência especial da FS, nas praças que comparecerem por motivo de doença ou por
ordem superior;
c) excepcionalmente, quando o estado dos doentes não permitir o seu
comparecimento à FS, a revista médica pode ser feita nos alojamentos;
d) toda praça que se sentir adoentada, não podendo fazer o serviço ou a instrução,
participa tal fato à autoridade de que dependa diretamente, a fim de ser encaminhada à
revista médica;
e) nas SU, as praças que devam comparecer à revista médica são relacionadas pelo
Sgt Dia, em livro apropriado;
f) neste livro é registrado pelo médico, para conhecimento e providências imediatas do
Cmt SU, o seu parecer sobre o estado de saúde do doente, bem como o destino que lhe
tiver sido dado;
g) ao toque de “revista médica”, as praças que devam comparecer a esta atividade são
reunidas nas suas SU e daí conduzidas à FS pelos Cb Dia, que levarão consigo o livro de
registro;
h) o médico examina individualmente as praças apresentadas por SU, consignando no
livro de revista médica o seu parecer relativo a cada militar e assinalando as prescrições
médicas, a situação em que permanecerá o doente, a indicação do lugar de tratamento e
todas as demais informações de interesse para o comando;
i) o livro de revista médica é levado diariamente ao SCmt U, a fim de que esta
autoridade se inteire das ocorrências havidas e ordene as providências necessárias acerca
das prescrições e indicações médicas; e
j) as alterações resultantes da revista médica, que devam constar do BI da unidade,
são apresentadas pelo Ch FS, devidamente redigidas para a publicação e sob a forma de
proposta.
Parágrafo único. A revista do recolher pode ser realizada de forma centralizada, com
todas as SU deslocando-se para o local determinado, facilitando a transmissão de ordens e
os avisos de caráter geral pelo Of Dia.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 170/287)


Art. 269. As providências que cabem aos médicos proporem, com relação aos
doentes, em conseqüência das observações feitas durante a revista médica, devem constar
pormenorizadamente de prescrições específicas, consistindo, normalmente, em:
I - dispensas – do uso de peças do fardamento ou equipamento, do serviço ou da
instrução, por prazo determinado;
II - tratamento no quartel – para os casos de indisposições ligeiras, com ou sem
isenção parcial ou total do serviço ou da instrução;
III - observação na enfermaria – para os casos em que não seja possível a formação
de um diagnóstico imediato:
a) a praça permanece na enfermaria, em princípio por dois dias, que podem ser
prorrogados; e
b) no caso de não ser constatado nenhum indício de moléstia, o observado tem alta,
devendo o médico mencionar, no livro adequado, o prazo e os dias em que o paciente deve
comparecer à visita médica, para confirmar ou não o diagnóstico, se for o caso;
IV - baixa à enfermaria – para tratamento de afecções benignas que necessitem de
cuidados médicos ou para convalescença dos militares que, tendo alta de hospital,
necessitem de repouso antes da volta ao serviço;
V - baixa a hospital – para todos os doentes portadores de moléstias graves ou
contagiosas que necessitem de cuidados assíduos ou especializados não prestados na
enfermaria; ou
VI - encaminhamento à JIS ou aos serviços médicos especializados.
§ 1º A convalescença, a critério do Cmt U e mediante parecer do médico, pode ser
gozada no interior do quartel ou na residência do interessado, não devendo, neste caso,
ultrapassar o prazo máximo de oito dias.
§ 2º Nos documentos de baixa a hospital devem constar todos os esclarecimentos que
possam elucidar o diagnóstico e orientar o tratamento, além das indicações dos
antecedentes do doente e outras informações necessárias.
Art. 270. Comparecem à revista médica, obrigatoriamente, as praças que:
I - alegarem ou manifestarem doenças;
II - regressarem de hospitais, acompanhadas dos respectivos documentos de alta;
III - se apresentarem prontas para o serviço na unidade, por movimentação, conclusão
de licença ou qualquer outro motivo;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 171/287)


IV - receberem ordem para tal, de autoridade competente; ou
V - devam ser submetidas a exame de corpo delito ou de sanidade, quando tais
exames não sejam urgentes.
Art. 271. Entre a revista do recolher e o toque de alvorada, o Of Dia deve certificar-se
da presença das praças que devam permanecer no quartel, por meio de revistas incertas,
passadas de modo a não acordar os militares, salvo para identificá-los, o que pode ser feito
por intermédio do Sgt Dia à respectiva SU.
§ 1o O Cmt U, o SCmt U e os Cmt SU, estes nos elementos que comandam, podem
passar revistas incertas, sendo indispensável para os Cmt SU prévio aviso ao Of Dia
quanto a militares que não estejam em serviço de escala próprio da SU ou estejam
recolhidos à prisão.
§ 2o As revistas incertas, com indicação das horas em que foram passadas, devem ser
registradas na parte diária do Of Dia.

Da Revista de Mostra
Art. 272. A revista de mostra é o exame procedido por qualquer chefe que tenha
autoridade administrativa sobre os responsáveis por material, com a finalidade não apenas
de verificar a existência do material distribuído, mas também o seu estado de conservação
e a apuração de responsabilidade individual, se for o caso.
Art. 273. As revistas de mostra, procedidas periodicamente pelo Cmt U, ou por seu
representante designado, e pelos Cmt SU, obedecem às seguintes disposições:
I - o responsável direto pela guarda e conservação do material a ser revistado deve
estar presente, obrigatoriamente;
II - a circunstância de não ter sido passada a revista de mostra na época oportuna,
devido à causa eventual, não isenta o detentor da responsabilidade pelo extravio e/ou pela
falta de conservação do material a ele distribuído, que venham a ser constatados em
qualquer oportunidade;
III - as faltas assinaladas são participadas ao Cmt U por intermédio do Fisc Adm,
mencionando-se não apenas os responsáveis, como também a natureza e a causa da
avaria, se for o caso; e

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 172/287)


IV - a execução da revista de mostra deve ser regulada em normas que visem à
ordem, rapidez e facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados
da unidade para o exame do material de suas especialidades.

Da Revista de Animais
Art. 274. Os Cmt U e de SU, quando julgarem oportuno, passam em revista os animais
das suas cargas, verificando o seu estado.
Art. 275. Em princípio, todas as revistas de animais são realizadas com a presença do
veterinário e dos seus auxiliares.
Parágrafo único. Para as revistas determinadas pelos Cmt SU, a participação do
veterinário e/ou de seus auxiliares deve ser solicitada ao Cmt U.
Art. 276. O local e as particularidades da execução das revistas de animais devem
observar as disposições vigentes, sendo estabelecidos pela autoridade que as determinar,
de modo a não prejudicar a instrução e os demais serviços da unidade.

Da Revista Diária de Armamento, Munição e Explosivo


Art. 277. A revista diária de armamento, munição e explosivo, realizada
obrigatoriamente ao final do expediente, é o exame de todo esse material existente em
carga e relacionado nas reservas e paióis, com o objetivo de controlar, de modo rigoroso,
as diversas quantidades e os seus destinos, consubstanciados nos mapas diários do
armamento e de munição e explosivo.
Parágrafo único. O mapa diário do armamento e o de munição e explosivo, por serem
documentos primordiais de controle, são conferidos e assinados pelos Cmt SU e pelo O
Mun Expl Mnt Armt, respectivamente, por ocasião da revista diária, e arquivados sob a
responsabilidade do SCmt U.
Art. 278. A revista diária de armamento, munição e explosivo é a medida básica e
fundamental do conjunto de normas de controle de armas, munições e explosivos da
unidade.
Art. 279. Os Cmt SU, acompanhados dos subtenentes encarregados do material das
SU, realizam pessoalmente as revistas diárias do armamento sob sua responsabilidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 173/287)


I - por outro oficial da SU, somente no caso de seu Cmt SU não se encontrar no
interior do aquartelamento; ou
II - pelo graduado de maior hierarquia presente na SU, quando todos os oficiais da SU
estiverem ausentes do quartel.
Art. 280. Após a realização da revista diária, a reserva é fechada pelo armeiro na
presença do encarregado do setor de material da SU e do Cmt SU ou do militar
mencionado nas situações previstas no parágrafo único do art. 279 deste Regulamento.
§ 1° A distribuição e o recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado
pelo pessoal de serviço, bem como a abertura e o fechamento da reserva com aquele
propósito, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, são supervisionados pelo Of
Dia, auxiliado pelo seu Adj e acompanhado do respectivo Sgt Dia SU.
§ 2o No caso de abertura de reserva de armamento, motivada por propósito distinto do
citado no § 1o deste artigo, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, o Of Dia
conduz, pessoalmente, acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o
recolhimento do armamento, bem como a abertura e o fechamento da reserva, devendo o
fato ser lançado em seu livro de partes e no do Sgt Dia SU, e relatado ao Cmt U e ao SCmt
U, na primeira oportunidade.
Art. 281. O O Mun Expl Mnt Armt realiza pessoalmente a revista diária no(s) paiol(óis)
da unidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por oficial designado pelo SCmt U, quando o O Mun Expl Mnt Armt não se encontrar
no interior do aquartelamento, contando-se, nesse caso, com o apoio do Sgt Aux Mun Expl
Mnt Armt; ou II - pelo S4, também apoiado pelo Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, caso o Cmt U
ou Scmt U julguem conveniente.
Art. 282. Após a realização da revista diária, o(s) paiol(óis) é(são) fechado(s) pelo O
Mun Expl Mnt Armt.

7.4 PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR FORA


DO QUARTEL

(Fonte: Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das


Forças Armadas - R2)

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 174/287)


Do Procedimento Normal

Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado,


quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à
tropa formada.

§ 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam


mutuamente, ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno.

§ 2° A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só


podendo ser dispensada nas situações especiais conforme regulamento de cada
Força Armada.

§ 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:

I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em


que esta se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do
Hino Nacional, o militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a
cabeça descoberta;

II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre-se e assume


atitude respeitosa; e

III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a


saudação com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.

Do Procedimento em Outras Situações

Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar,


procede da seguinte forma:

I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a


continência individual sem se levantarem; e

II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência


individual.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 175/287)


§ 1° Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional,
se no interior de uma Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro
saltam do veículo e fazem a continência individual; se em via pública, procedem do
mesmo modo, sempre que viável.

§ 2° Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o


Comandante e o Chefe de cada viatura fazem a continência individual. Os militares
transportados tomam postura correta e imóvel enquanto durar a continência do
Chefe da viatura.

Art. 33. Procedimento do militar em outras situações:

I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a pé, deve passar


por este ao passo; se ambos estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em
andadura superior; marchando no mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de
lhe pedir autorização.

II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver
em nível mais elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em
contrário;

III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em


marcha moderada, concentrando a atenção na condução do veículo;

IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte


empregado, não modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um
superior e informa em voz alta: “serviço urgente”;

V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência


convencional;

VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local


para verificar se há algum superior presente; se houver, o militar faz-lhe a
continência, do lugar em que está;

VII - quando um militar entra em um recinto público, os militares mais modernos


que aí estão levantam-se ao avistá-lo e fazem-lhe a continência;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 176/287)


VIII - quando militares se encontrarem em reuniões sociais, festas militares,
competições desportivas ou em viagens, devem apresentar-se mutuamente,
declinando posto e nome, partindo essa apresentação daquele de menor hierarquia;

IX - seja qual for o caráter - oficial ou particular da solenidade ou reunião, deve


o militar, obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e
ao de maior posto entre os oficiais presentes de sua Organização Militar; e

X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros


militares, todos fazem a continência individual como se estivessem isolados.

Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.

§ 1° O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais,


nos cultos religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este
procedimento seja pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a
obrigatoriedade da prestação da continência.

§ 2° O estabelecido no caput deste artigo não se aplica aos militares armados


de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante ou aos militares em serviço de
policiamento, escolta ou guarda.

Art. 36. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se
descobre, cumprimentando-os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno
de cabeça.

Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a


uma senhora para cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço
esquerdo; se estiver desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e
aguarda que a senhora lhe estenda a mão.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 177/287)


7.5 TRAJES CIVIS

Fonte:(Curso Etiqueta Social- CursosOnlineSp.com.br)


Saber qual traje usar em determinado evento, é fundamental e também faz
parte das regras de etiqueta.

O ideal é sempre analisar se o tipo de traje não aparece no próprio convite.


Caso isso não aconteça, veja a data, o horário e o local que será realizado o evento.
São pequenos detalhes que poderão ajudar a decidir qual traje será o ideal para a
ocasião. Um casamento de dia, pode exigir um traje diferente de um casamento à
noite, por exemplo. Assim como um casamento na praia, também exige um traje
diferente de um casamento num salão.

Se tiver dúvidas em relação ao traje, é possível perguntar diretamente ao


anfitrião. E não se preocupe que isto não será problema. É muito melhor perguntar e
chegar com o traje adequado, do que o contrário.

Veja abaixo algumas dicas de vestimentas para cada ocasião:

Reuniões de família

Opte por roupas discretas e confortáveis. Nada mais desconfortável do que


escolher roupas curtas ou muito decotadas, e ter que ficar cuidando e ajeitando o
tempo todo, não é mesmo?

Para os homens, a dica é bermuda, camiseta e tênis/sapatênis.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 178/287)


Para as mulheres, a dica é macaquinhos, shorts e camiseta, vestidos, etc.

Churrasco

Assim como em reuniões de família, o traje para um churrasco também deve


ser confortável.

Os vestidos leves são bem apropriados, só é necessário cuidar com o vento.


Deixe de lado roupas justas e muito curtas.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 179/287)


Homens podem usar bermudas e camisas básicas, mas tudo irá depender do
horário e do clima.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 180/287)


Casamento Diurno

Para os casamentos realizados durante o dia, as convidadas poderão optar por


cores mais claras, cumprimentos curtos e midi, e estampas leves, como floral por
exemplo.

Independente se o casamento for de dia ou a noite, é essencial cuidar e usar


tudo moderadamente, para não chamar mais atenção do que a própria noiva.

Mesmo sendo durante o dia, ainda assim é um evento formal. Por isso, evite
tecidos muito simples e vestidos muito curtos.

Os acessórios também podem fazer parte do visual, mas sem excessos. Um


acessório muito chamativo pode acabar com um vestido bonito. Se o vestido for
mais básico, sem muita informação, é possível ousar nos acessórios. Porém se o
objetivo for chamar a atenção apenas para o vestido, o ideal é optar por acessórios
mais delicados.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 181/287)


(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 182/287)
Casamentos pedem terno. Não há nada mais elegante do que um belo terno,
não é mesmo? Para casamentos diurnos, os homens também estão liberados para
usarem ternos de tons mais claros, como cinza, bege ou areia, por exemplo.

Casamento Noturno

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 183/287)


Os casamentos realizados durante a noite exigem trajes formais.

Mulheres podem usar longos, com brilho e detalhes moderados.

As cores escuras podem ser usadas tranquilamente.

Para as mulheres, as opções podem ser mais ousadas em casamentos


noturnos, mas, mesmo assim, é fundamental tomar cuidado para não exagerar.
Analise o traje e não use tudo em uma só produção, como muito brilho e decote.

O tipo de traje irá depender muito do estilo e da personalidade de cada pessoa.


Há quem goste de um vestido com bastante brilho, bordado, e babados, por
exemplo. E há também as mulheres que prefiram um vestido mais básico e clean.

Por isso, não é porque o casamento será realizado a noite, que,


necessariamente o vestido e/ou acessórios devem ser ousados e chamar atenção.

Tudo é questão de equilíbrio. Se o vestido tiver um decote na parte da frente, o


ideal é que seja mais comportado nas costas, e vice-versa.

Os sapatos ideais são de salto, de tamanho médio ou alto. O modelo irá


depender do tipo de vestido.

Lembre-se de que, apesar de ser um evento formal, o conforto é essencial. Não


adianta estar com o vestido mais bonito da festa, se é praticamente impossível
andar, certo?

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 184/287)


Opções de trajes masculinos para casamento noturno

Parece simples escolher um traje masculino para um casamento noturno: um


terno preto e ok. Mas não existe apenas uma, e sim várias opções masculinas que
podem ser usadas nesta comemoração. Veja abaixo algumas opções:

Black Tie – Formal

Esta é a opção mais formal de todas. Na maioria das vezes consta na


especificação do convite de eventos noturnos.

O black tie é um traje com smoking preto, camisa branca, gravata borboleta
preta, cummerbund preto (faixa que vai na cintura) ou colete e sapato oxford preto.

Abotoaduras prateadas como acessórios, e pode ser usado também um relógio


com pulseira de couro preta (de preferência) ou aço, e lenço branco de seda no
bolso do paletó.

Traje Social

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 185/287)


Este é o traje semi-formal, conhecido também como traje social.

Este é um traje com terno escuro, que pode ser na cor preta, marinho ou grafite,
combinado com camisa clara (lisa ou com listras finas). A gravata pode ser lisa ou
com um padrão discreto, o cinto social em couro e o sapato oxford. Há ainda a
opção de usar no traje um colete na mesma cor que o paletó (de preferência), ou um
pouco mais claro.

Para os acessórios, relógio de pulseira de couro ou aço, e lenço no bolso do


paletó, que pode ser branco ou ter alguma outra cor.

O traje social é a opção padrão para casamentos noturnos. Ou seja, se no


convite não estiver descrito qual o tipo de traje, basta apostar neste traje social com
terno escuro, camisa clara e gravata.

Se optar por um terno marinho, a cor do sapato e do cinto poderá ser marrom
ou preto. Exemplo: sapato marrom e cinto marrom.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 186/287)


Traje Esporte – Casual

Muitos homens (que não gostam de usar terno) adoram este tipo de traje. Se
estiver descrito no convite este tipo de traje, veja abaixo como montá-lo:

As camisas podem ser um pouco mais básicas, mas ainda assim devem ser
elegantes. A camisa pólo é uma boa opção. A calça pode ser jeans, com lavagens
mais escuras, ou então calças cáqui. O ideal é usar sapatos mais esportivos, como
ossapatênis, por exemplo. Pode ser acrescentado ainda um blazer (de lã fria, linho,
rami, sarja ou algodão leve,).

Os acessórios irão depender de como será o traje. Os relógios podem ser mais
modernos, e os cintos em couro simples.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 187/287)


Casamento na Praia

Neste caso, tudo irá depender se o casamento será na areia ou num


restaurante à beira-mar.

O traje, tanto para mulheres, quanto para homens, poderá ter tons claros e
deverá ser confortável.

As mulheres podem usar vestidos longos ou curtos, mais larguinhos e soltinhos,


com tecidos leves. Se o evento acontecer na areia, devem evitar o salto alto. As
rasteirinhas são as mais indicadas neste caso. Como acessório, as flores podem
complementar e deixar o visual ainda mais bonito.

Os homens podem optar por uma calça de linho, por exemplo, com tecido leve.
Para completar, a camisa pode ser de algum algodão fino. Nos pés, será possível
escolher uma sandália de couro ou um mocassim. Os cintos podem ser de lona ou
cordão, em tons claros. Se o casamento for durante o dia, os homens ainda podem
optar por um belo chapéu.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 188/287)


Lembrando que tudo irá depender do tipo do evento, que poderá ser simples ou
mais formal, mesmo na praia.

Formatura

Este é um evento que exige certa formalidade, porém é permitido usar detalhes
diferenciados, como um decote, brilho ou uma modelagem mais justa.

Na maioria das vezes, é possível ver o tipo de traje no próprio convite de


formatura. Geralmente é indicado que os convidados usem o sport chic (esporte
chique).

Para os homens, a dica é usar uma calça (jeans ou social), camisa e


sapatênis/sapato ou o traje social (terno escuro, camisa branca e gravata). Também
é possível usar apenas uma calça social e camisa branca.

Para as mulheres, a dica é utilizar um vestido ou saia e camisa com salto alto.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 189/287)


Aniversário

Tudo irá depender do tipo e horário de comemoração. Se for um evento mais


simples, opte por traje mais simples e confortável.

Se for um evento mais sofisticado, opte por um traje mais sofisticado.

Aposte em looks casuais, para não ter erro!

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 190/287)


7.6 MODOS DE SERVIR E OS DIFERENTES TIPOS DE SERVIÇOS

(Fonte: MANUAL DE ETIQUETA À MESA – Portal educação)

Os Diferentes Tipos de Serviço

Existem inúmeras formas de servir à mesa. Cada estabelecimento utiliza o que


melhor lhe convém e tem a ver com seu conceito, pois as formas variam das mais
informais às mais sofisticadas.

Ao receber convidados em casa, o mais indicado é que o anfitrião ofereça um


serviço condizente com a ocasião, com o grau de intimidade dos convidados e,
principalmente, não tente executar um serviço que não conhece direito e nem tem os
utensílios e espaços necessários para tal.

Enquanto cliente ou convidado de uma refeição, são importantes que se


conheçam os tipos de serviço para afastar aquela sensação de “o que eu faço
agora?” e saber como se portar.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 191/287)


A seguir, então, vejamos as principais modalidades de serviço à mesa:

Serviço de Prato Pronto/Empratado/Americano

Apesar de esse serviço ter sido muito discriminado e considerado simples


demais até os anos 80.

Atualmente, é um dos mais utilizados nos melhores hotéis e restaurantes do


mundo.

Ele consiste na montagem e decoração do prato na cozinha sendo apresentado


já pronto ao cliente.

Segundo
Pacheco, “esta modalidade, ao contrário de outras, valoriza mais a arte do
cozinheiro, pois seu trabalho vai direto de suas mãos para a mesa do cliente” 10 .

Nesse serviço, o comensal não tem com o que se preocupar, pois só lhe resta
comer o que é apresentado, lembrando-se sempre de usar os talheres de fora para
dentro.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 192/287)


Serviço à Inglesa

O serviço à Inglesa é o que valoriza o desempenho dos garçons, pois as


travessas virão da cozinha e caberá ao garçom servir e arrumar os pratos dos
comensais. É necessário que todos os clientes/convidados tenham seus pratos
servidos com boa aparência e com as mesmas quantidades de comida.

Há dois tipos de serviço à Inglesa:

Serviço à Inglesa Direto

O garçom se aproxima pela esquerda de cada comensal segurando a travessa


com a mão esquerda e serve o prato com a outra mão.

Serviço à Inglesa Indireto

O garçom põe ao lado da mesa uma mesinha auxiliar, chamada guéridon. Ao


trazer as travessas da cozinha, as apoia no guéridon. Em seguida, retira o prato de
cada comensal, serve o prato no guéridon e retorna o prato para o comensal.

Serviço à

Francesa/Diplomata

Nesta modalidade, o garçom apresenta as travessas pela esquerda de cada


convidado, com os talheres de serviço voltados para o mesmo, para que este se
sirva sozinho.

Segundo Pacheco, “trata-se de um tipo de serviço bem adaptado ao espírito


independente do povo francês, usado em pequenos banquetes, muito requintados,

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 193/287)


ou em jantares de gala, em casas de família que contam com serviço de garçons ou
mordomos.”

É um serviço lento e por isso exige, no mínimo, um garçom para cada seis
convidados.

Enquanto convidado, a dica para não fazer feio é nunca encher demais o prato.

Aliás, essa dica serve para qualquer tipo de serviço, afinal um prato abarrotado
de comida nunca é fino.

Serviço à Americana/Buffet/Self-service

O serviço à americana 12 consiste em o comensal se servir em uma mesa onde


estão expostos todos os pratos (buffet) e se encaminhar com seu prato pronto a
algum lugar confortável para comer.

Nesse tipo de serviço, o garçom limita-se ao serviço de bebidas. É a


modalidade mais indicada para atender a um grande número de pessoas e realizar
reuniões não muito formais ou, ainda, para locais onde não há lugar à mesa para
todos os convidados. Por isso, do comensal, o serviço à americana exige um pouco
de habilidade para comer sem o apoio de uma mesa.

7.7 ARRUMAÇÃO DAS MESAS

(Fonte: MANUAL DE ETIQUETA À MESA – Portal educação)

Sabe-se que o primeiro “desespero” de uma pessoa com pouco conhecimento de


etiqueta à mesa é a própria aparência da mesa. O que fazer com tantos talheres?

Para que servem todos esses copos?

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 194/287)


Bem, vejamos a seguir que todas as normas têm coerência e são mais simples
de entender e de seguir do que se possa imaginar.

Montagem e Utilização dos Diferentes Tipos de Mise-en-place

Mise-en-place é um termo francês que significa literalmente “colocar no lugar”,


ou seja, preparar o local para o que acontecerá. Sendo assim, a mise-en-place para
uma refeição é a arrumação dos pratos, talheres, copos, etc., que serão utilizados
pelos comensais. Entendendo como se monta uma mise-en-place, entende-se
automaticamente como se usam todos os utensílios.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 195/287)


Show-plate ou sousplat

O primeiro item a ser arrumado na mesa é o show-plate (termo inglês) ou


sousplat (termo francês), que consiste em um prato onde não é servida nenhuma
comida. Ele serve apenas como suporte para todos os pratos de cada serviço da
refeição.

Dependendo do estabelecimento, o show-plate pode ser de vários estilos,


formatos e feitos de vários materiais, desde os mais luxuosos (de prata ou porcelana
trabalhada, etc.) até a linha rústica (artesanato em bambu, palha, etc.) É importante
ressaltar que quanto mais rebuscado e trabalhado for o show-plate, mais simples
deve ser a louça usada, e vice-versa, ou a mesa ficará com o visual extremamente
poluído, o que não é nada chique!

A posição do show-plate deve ser exatamente na frente do comensal e um dedo


para dentro da borda da mesa.

O show-plate não sai da mesa durante toda a refeição; como foi dito ele é um
suporte para todos os pratos que serão servidos.

Apresentam-se a seguir alguns exemplos de show-plate:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 196/287)


7.8 BOAS MANEIRAS DURANTE AS REFEIÇÕES

À Mesa – Dicas Importantes

As dicas que se seguem nesse momento são válidas para aqueles que querem
ingressar no mundo da etiqueta e realmente “fazer bonito” em uma refeição. Mas, é
necessário salientar que dependendo do grau de formalidade da ocasião e da
intimidade que se têm com a companhia, essas normas podem ser mais ou menos
flexíveis. No entanto, lembre-se: na dúvida, pratique todas! Excesso de cerimônia e
educação nunca é gafe e é bem melhor ficar falado por ser educado demais do que
por não saber se portar.

Aparelhos de celular, bips ou qualquer outra coisa que puder tocar


inesperadamente devem estar desligados na hora da refeição. Se você é médico ou
está esperando alguma ligação realmente urgente, deixe seu telefone no silencioso.
Caso ele chame e você precise muito atender, peça licença aos companheiros de
mesa e se retire antes de responder a ligação.

Mas, cuidado: se isso for acontecer de cinco em cinco minutos e você for ficar
mais tempo ao telefone que à mesa, é melhor cancelar o almoço e se dedicar ao
celular.

Atender ao telefone à mesa e fazer com que todos escutem sua conversa é o
fim!

A etiqueta começa na própria postura. Procure sentar-se corretamente, nem


muito colado à mesa, nem muito afastado, com a coluna reta. Isso, além de ser
elegante, ajuda na própria digestão. Mantenha a postura correta durante toda a
refeição, afinal, a comida deve ser levada à boca e nunca o contrário.

Os restaurantes devem possuir um espaço correto entre suas mesas para que
um cliente não incomode o outro que está atrás. No entanto, se você está acima do

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 197/287)


peso e precisa de mais espaço que o normal, procure um lugar que lhe permita esse
conforto.

Ao sentar ou levantar, cuidado para não empurrar o cliente que está atrás de
você.

Não há nada mais desagradável do que levar trancos na hora da refeição.

Assim que sentar-se, pegue o guardanapo e ponha-o sobre o colo dobrado


apenas no meio. Ele deve ser usado antes ou depois de ingerir qualquer líquido e
todas as outras vezes que julgar necessário.

Não mude os utensílios de lugar, em hipótese alguma. Já vimos que cada


objeto tem seu lugar correto, portanto, respeite a mise-en-place que foi montada.

Aliás, apesar de pouco usado, há um detalhe que deve ser exposto: não se
assuste se você encontrar talheres dispostos de cabeça para baixo. Esse hábito
surgiu, há muito tempo, na Europa, em países onde havia realeza. Os cabos dos
talheres eram gravados com as iniciais da família e, por isso, eram colocados ao
contrário. Hoje, é raríssimo, mas pode acontecer em famílias mais tradicionais, que
ofereçam jantares extremamente formais. Mesmo assim, continua valendo a regra:
não mude nada de lugar!

Nunca limpe copos, pratos ou talheres com seu guardanapo, em uma


demonstração explícita de falta de confiança na higiene do restaurante. Se algo lhe
parecer inadequado, simplesmente, solicite ao garçom que o item seja trocado. E
faça isso discretamente, não é necessário comentar a desagradável situação com os
demais ou muito menos falar alto para que clientes de outras mesas escutem. Se a
situação for muito grave, ao final da refeição procure o gerente ou responsável pelo
estabelecimento e faça uma reclamação formal, mas discreta.

Mantenha sempre as mãos sobre a mesa apoiando os punhos na mesma. Em


refeições mais informais, até se pode colocar os cotovelos na mesa, mas apenas
quando não tiverem pratos sobre ela, como na conversa ao fim do encontro, por
exemplo.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 198/287)


Ao comer, tente abrir os braços o mínimo possível, para não invadir o espaço
do companheiro ao lado. Mas, atenção, também não precisa colar os cotovelos no
corpo, como se estivesse imobilizado por uma camisa de força. Além de serem meio
ridículos, os movimentos impedidos podem levar a situações mais constrangedoras,
como derramar algo ou deixar cair um talher... O bom senso é o segredo da etiqueta.

Falando em situações constrangedoras, nunca pegue nada que caia no chão.


Caso isso aconteça, apenas peça outro item ao garçom. Derrubar um talher ou um
guardanapo não é muito bonito, mas ir embaixo da mesa buscá-lo já é horroroso!

Para chamar o garçom (ou maître) faça apenas um gesto levantando a mão.
Nada de fazer “psius”, assoviar ou estalar de dedos.

É permitido, sem nenhum problema, esclarecer dúvidas sobre os pratos do


cardápio.

Afinal, ninguém é obrigado saber em que consistem todos os molhos ou


acompanhamentos. O que não fica bem é perguntar se o peixe está bom hoje ou se
a carne é fresca... São perguntas cujas respostas já sabemos, pois o funcionário do
restaurante jamais vai dizer que algo não está bom.

Em um restaurante, você vai pedir de acordo com o seu gosto. Mas se for
convidado na casa de alguém, nunca rejeite nada que lhe for servido. Independente
do seu gosto, aceite mesmo que uma pequena quantidade e nunca faça cara feia.

Dizer que não gosta de um alimento pode ser uma ofensa ao anfitrião. Uma boa
dica para evitar esse constrangimento é refinar seu paladar provando de tudo
sempre que possível.

Nos serviços em que você próprio serve seu prato, nunca o encha demais.
Você pode repetir se quiser, mas sempre em pequenas quantidades. Um prato muito
cheio, além de deselegante, pode te levar a ter que comer muito de algo que não
esteja com o gosto esperado; lembre-se, deixar comida no prato é proibição, não só
da etiqueta, como da ética, considerando a triste situação atual de certas camadas
da população mundial.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 199/287)


Em refeições extremamente formais não se devem fazer comentários sobre a
comida. Pedir a receita, então... nem pensar!

Se você estiver como anfitrião de uma refeição, também não fique perguntando
aos convidados se gostaram da comida. Se seus convidados estiverem realmente
por dentro da etiqueta e gostarem de tudo, ligarão educadamente no dia seguinte
para agradecer e fazer os devidos elogios e comentários.

Nunca atravesse o braço na frente de outra pessoa para se servir de nada.


Caso algo que você queira esteja longe, peça gentilmente ao companheiro mais
próximo que pegue para você.

Quando são servidos alimentos que se comem sem talheres (como aspargos,
alcachofras, costelinhas, etc.), é posto um pratinho com lavanda sobre a mesa.

Nessa lavanda devem-se molhar apenas as pontas dos dedos e enxugá-los


com o guardanapo ao terminar de comer.

Os talheres são instrumentos para comer. Se você gesticula demais quando


conversa, deixe-os apoiados sobre o prato enquanto fala, ou vai parecer um maestro
regendo uma orquestra.

Deve-se sempre cortar usando a faca com a mão direita e o garfo apenas
apoiando o alimento com a mão esquerda. Em seguida se descansa a faca na
horizontal em cima do prato (como na figura ao lado) e leva-se o alimento à boca
com o garfo na mão direita.

Quando o alimento requer apenas um talher, normalmente colheres ou


alimentos que se comem com garfo, mas não precisam ser cortados, deve-se comer
com a mão direita. As pessoas canhotas podem inverter a posição dos talheres nas
mãos, se sentirem mais confortáveis, no entanto, jamais devem trocar toda a mise-
en-place de lugar.

Alguns alimentos, como escargots, lagostas na casca e caviar, requerem um


conhecimento peculiar. Não se desespere, a respeito de alguns talheres especiais e

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 200/287)


diferentes, diz Matarazzo que: “se você não sabe manipulá-los, a receita é antiga:
imite quem sabe.

Em último caso, não tenha a menor vergonha de dizer que não sabe usá-los. É
melhor do que se atrapalhar, suando frio. Você sempre vai encontrar alguém
disposto a ensinar. Aprenda e arrase da próxima vez.” Ao terminar de comer, os
talheres devem ser postos paralelos sobre o prato, com os cabos voltados para você
ou ligeiramente inclinados, como nas duas opções abaixo:

As taças devem ser pegas sempre pela haste, nunca pelo bojo, para que a mão

não interfira na temperatura da bebida, principalmente, quando se tratar de vinhos.

Quando o cardápio for acompanhado por pão, parta os pedaços com a mão
sempre em cima do pratinho apropriado para não sujar a mesa com migalhas. Mas,
lembre-se: resista à tentação de passar o pão no prato, aproveitando todo o molho
que está uma delícia! Deixe essas informalidades para fazer em casa, de
preferência apenas entre família e lembrando aos filhos que não façam isso fora de
casa nem na frente de visitas. É difícil, mas é possível e sem traumas!

Folhas nunca devem ser cortadas e sim dobradas para serem levadas à boca.

Dobra-se a folha com a faca na mão direita, enquanto o garfo apóia e espeta
com a esquerda.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 201/287)


Para tomar sopa, não faça barulho! Soprar a colher para esfriar também não
está de acordo com as boas maneiras.

A velocidade com que se come parece uma bobagem, mas também é


importante.

Em relação a isso, Soares e Falcão alertam:

“Cuide para não se atrasar em comer. Procure andar no ritmo do grupo. Nem
coma sôfrega ou rapidamente, o que também é bastante desagradável.
Conhecemos, todos nós, pessoas que falam, falam, sem parar, a comida esfriando
no prato, todos já prontos para passar a diante, os anfitriões aflitos, e um impasse
criado... sobretudo quando se trata de pessoa formal e não íntima.”

A etiqueta determina, ainda, que o bom anfitrião fique com alguma comida em
seu prato, “fazendo companhia” aos mais lentos, e só ponha seus talheres em
posição final quando todos os convidados o tiverem feito. E, claro, só se passa para
o próximo serviço depois que todos tenham terminado o anterior. E lembre-se: só se
deve começar a comer um prato depois que todos da mesa estejam servidos.

Especialmente para as mulheres: jamais se retoca maquiagem ou se ajeita o


cabelo à mesa. O banheiro existe para isso, peça licença para se retirar da mesa e,
simplesmente, vá; não é nada elegante avisar aonde você vai e muito menos
convidar as amigas para irem junto.

Atenção, fumantes: se por uma ironia do destino, você foi parar com seu grupo
na área de não-fumantes ou entrou em um estabelecimento que não possui área
para fumantes, não fique mal humorado durante toda refeição.

Pedir ao maître para abrir uma exceção e deixar você fumar só um cigarrinho é,
no mínimo, ridículo.

O que você tem a fazer é segurar a vontade até a hora de sair do restaurante.
Mas, se você está na área de fumantes, também deve esperar até que todos os
integrantes de sua mesa terminem suas refeições antes de acender seu cigarro.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 202/287)


Se você estiver de regime e for acompanhar alguém a um restaurante, peça ao
menos uma salada. Ficar em uma mesa de restaurante sem comer, apenas
assistindo, é constrangedor para quem está comendo.

Ao final de uma refeição em um restaurante, evite discussões a cerca do


pagamento da conta. Normalmente, quem convida paga. Em casos de menos
formalidade, você pode se oferecer para dividir, mas se a outra pessoa nega, não
fique insistindo a ponto de chamar atenção de garçons e outros clientes. Se você
convidou e faz questão de pagar tudo, peça licença e vá pagar a conta diretamente
no caixa, fora da mesa.

Por favor, puxar a calculadora da bolsa para conferir a conta ou dividir as


despesas é o cúmulo da deselegância! Confira, sim, mas rápida e discretamente. E
para a divisão da conta, faça sempre em partes iguais entre os integrantes da mesa;
nada de ficar reivindicando um suco ou uma cerveja a menos ou a mais. Ninguém
sai perdendo ao compartilhar os bons momentos de uma refeição.

Deve-se sempre dar gorjeta, mesmo nos restaurantes que não a incluem na
conta.

E, lembre-se, gorjeta é 10% do valor total da conta e não recusar o “troquinho”


que o garçom trouxe.

Mesmo seguindo todas as regras das boas maneiras, imprevistos podem


acontecer. O segredo para não deixar más impressões é levar tudo com bom humor
e discrição. Seja natural e não fique “valorizando” maus momentos, afinal a refeição
em comum é uma ocasião agradável, para ser vivida e lembrada por seus sucessos
e não por seus possíveis deslizes.

Pratos

Dependendo do tipo de serviço 8 que será executado há aqui duas situações:

a) O prato da primeira entrada se apresenta vazio em cima do show-plate,


fazendo parte do mise-en-place, antes da chegada do comensal.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 203/287)


b) O prato da primeira entrada será servido pelo garçom, já com a comida, após
a chegada do comensal. Nesse caso apenas o show-plate fará parte do mise-en-
place.

Em qualquer um dos dois casos, ao final de cada serviço, o prato vai sendo
retirado e os subsequentes vão sendo servidos, sempre em cima do show-plate.
Assim, o comensal não precisa se preocupar com a correta utilização dos pratos,
pois estará sempre um de cada vez na mesa.

Talheres

Os talheres costumam assustar um pouco, pois se apresentam todos que serão


usados até o fim da refeição, já na mise-en-place. Por isso, exigem um pouco de
cuidado, afinal a disposição dos talheres vai depender do cardápio que será servido
na refeição. No entanto, algumas regrinhas básicas podem ser aprendidas:

As facas de mesa 9 e de entradas ficam sempre ao lado direito do prato com a


serra voltada para o prato. As colheres de sopa também estarão sempre dispostas à
direita do prato. Os garfos de mesa e de entradas ficam ao lado esquerdo do prato.

Esses talheres devem sempre estar alinhados pela base, na mesma direção da
base do show-plate.

Os talheres de sobremesa devem apresentar-se, na horizontal, acima do prato.

Sendo que a faca fica mais perto do prato, com a serra para dentro e o cabo
voltado para o lado direito; o garfo em seguida, com o cabo voltado para o lado
esquerdo e, por último, a colher acima do garfo, com o cabo voltado para o lado
direito. Nem sempre se usam os três; quais escolher vai depender da consistência
da sobremesa.

Se prestarmos bem atenção, percebe-se que as posições de todos os talheres


são as mais práticas para sua própria utilização. Isso, claro, se o comensal for
destro; infelizmente, os canhotos ainda não têm vez na etiqueta à mesa.

Mesmo com essas regrinhas básicas ainda ficam algumas dúvidas: Quantos
garfos colocar? Quantas facas? A colher de sopa vem perto do prato? Bem, como já

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 204/287)


foi dito, a arrumação dos talheres vai depender do menu que será servido. Mas uma
coisa é certa, tanto para a preparação como para a utilização dos talheres, nunca há
erro se os utilizarmos, de fora para dentro do prato. Ao final de cada serviço, os
talheres utilizados serão levados junto com o prato pelo garçom. Os próximos a
serem usados são sempre os seguintes.

Vejamos os outros itens que entram na mise-en-place e, a seguir,


apresentaremos alguns exemplos de cardápio com sua respectiva mise-en-place
completa.

Prato e Faca de pão

O prato de pão, normalmente é um prato um pouco menor que o de sobremesa


e um pouco maior que o pires de chá. Sua função como o nome já diz é aparar o
pão que acompanha todos os serviços de uma refeição mais refinada, hábito muito
comum entre os europeus. Sua posição é à esquerda e acima do show-plate. A faca
de pão é igual a uma faca de sobremesa e deve ser colocada na vertical sobre o
pratinho de pão com a serra voltada para a esquerda, pois quando o comensal for
fazer uso dela, deverá pegá-la com a mão direita, já com a serra posicionada para o
uso.

Copos

Os copos, assim como os talheres, também estarão todos presentes desde o


início e podem, por isso, representar uma ameaça para os menos acostumados.
Mas sua arrumação também segue um sentido coerente. Da mesma forma que os
talheres, eles irão sendo retirados conforme não forem sendo mais úteis na refeição,
com exceção do copo de água, que fica presente da primeira entrada à última
sobremesa.

Os copos a serem colocados dependerão das bebidas que serão servidas.


Normalmente, são sempre quatro copos, no máximo, a serem utilizados que devem
estar assim organizados: O copo de água (que é sempre o maior de todos) ocupa o
local próximo à ponta da faca de mesa e ao lado dos talheres de sobremesa. Ao
lado dele, se posiciona o copo de vinho tinto (o médio) e em seguida o de vinho

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 205/287)


branco (o menor). No caso de serviço de vinho espumante, a taça flute deve ficar
acima dos demais copos. Veja os copos na ilustração a seguir:

Da esquerda para a direita: o copo para água, o copo para vinho tinto, o copo
para vinho branco (que é menor, por ter que preservar a temperatura da bebida) e a
taça flute, alongada, própria para vinhos espumantes, pois preserva o gás da
bebida.

Guardanapo

O guardanapo deve ir dobrado sobre o prato de mesa ou sobre o show-plate,


quando o prato de mesa não fizer parte da mise-en-place inicial. Se houver espaço
na mesa, ele pode vir também em seguida dos talheres dispostos do lado esquerdo.

Muita atenção: há pouco tempo, muitos restaurantes ainda se dedicavam à arte


de dobras de guardanapo, numa tentativa de sofisticar o serviço. No entanto, hoje
com o crescimento do conceito de higiene e manipulação de alimentos, convém
dobrar o guardanapo de forma que ele seja o mínimo manuseado possível.

A dobra mais comum é a chamada “envelope”, que o garçom pode fazer com
uma pinça de colheres sem nem mesmo tocar a mão no tecido.

Veja a seguir como se faz a dobra “envelope”:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 206/287)


Vejamos, então, como fica uma mise-en-place bem completa, com tudo o que
citamos:

Como já vimos, a mise-en-place é montada de acordo com o cardápio. Vamos,


então, apresentar alguns exemplos de cardápios com suas respectivas montagens:

Cardápio 01:

- Salada Verde ao Vinagrete (com vinho branco)

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 207/287)


- Consommé de Camarão (com vinho branco)

- Filé grelhado com Legumes (com vinho tinto)

- Mousse de Maracujá ao Molho de Chocolate

Cardápio 02:

- Bisque de Lagosta (com espumante)

- Linguado ao Molho de Ervas Finas (com vinho branco)

- Lombinho à Pimenta Rosa (com vinho tinto)

- Baked Alaska

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 208/287)


Cardápio 03:

- Salada verde com croutons (com vinho branco)

- Filé ao molho de pimenta rosa (com vinho tinto)

- Torta de chocolate com calda de amora

Cardápio 04:

- Carpaccio de salmão* (com vinho branco)

- Minestrone de legumes (com vinho branco)

- Penne ao molho pesto (com vinho tinto)

- Tiramissu

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 209/287)


*O carpaccio de salmão como entrada permite duas montagens: talheres de
entrada como mostram a ilustração, ou talheres de peixe, por se tratar de uma
entrada à base de peixe.

Cardápio 05:

- Sopa de lagosta (com vinho branco)

- Carré de porco com legumes (com vinho tinto)

- Sorvete de frutas silvestres

Cardápio 06:

- Salada Caprese (com espumante)

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 210/287)


- Creme de frutos do mar (com vinho branco)

- Badejo ao molho de palmito (com vinho branco)

- Salada de frutas com chantilly

Cardápio 07:

- Salada do Chef (com vinho branco)

- Picanha com batata sautée e brócolis (com vinho tinto)

- Profiterólis de chocolate

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 211/287)


Finalizações

Terminada a mise-en-place de cada comensal, há ainda que se colocar as


devidas finalizações na mesa de refeição. Galheteiros, saleiros, pimenteiros e outros
acessórios necessários não têm uma localização rígida para serem colocados. É
necessário apenas cuidar para que fiquem em um local da mesa de fácil acesso
para o maior número de comensais e não interfira em nenhuma das mise-en-place
dos convidados.

Atenção: colocar paliteiro na mesa só não é pior do que de fato utilizá-lo! A


melhor saída para evitar incômodos é ter na bolsa uma caixinha de fio dental, que
será usado sempre discretamente no banheiro.

PERSONAGENS BÁSICOS DE UM RESTAURANTE

À mesa, alguns conhecimentos são necessários para evitar constrangimentos.


A primeira coisa importante é saber quem é quem dentro do restaurante, pois fazer

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 212/287)


pedidos a pessoa errada pode causar confusões e atrasar o serviço. De forma geral,
podem-se reconhecer cada cargo pelo uniforme do funcionário.

Vejamos, então, os personagens básicos de um restaurante:

Maître: O maître é o cargo superior do serviço e responsável por toda a


brigada. É ele quem tira o primeiro pedido das mesas, esclarece possíveis dúvidas
sobre os pratos do cardápio e faz o serviço de vinhos, caso o estabelecimento não
possua um sommelier. Quanto ao uniforme, normalmente, o maître usa smoking;
necessariamente, seu uniforme é mais sofisticado que os dos garçons (como
mostram os exemplos das fotos a seguir).

Hostess: A hostess é a recepcionista do restaurante. Sua função principal é


controlar as reservas de mesa. Ela fica praticamente todo o tempo na entrada do
restaurante, saindo apenas para acompanhar os clientes até suas mesas. Seu
uniforme depende muito do estilo do restaurante: nos mais tradicionais pode ser um
terninho feminino ou um tailleur ou um discreto conjunto de saia e blusa; nos
estabelecimentos mais informais, pode chegar até a uma calça jeans com camiseta;
nos restaurantes típicos é comum a hostess estar vestida a caráter de acordo com o
tema da casa. Não se deve, então, fazer nenhum tipo de pedido à hostess, ela está
ali apenas para recepcionar os clientes e encaminhá-los até suas mesas. Atenção:
quando não há hostess na empresa, o maître assume as funções citadas.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 213/287)


Garçom: O garçom serve os pratos, as bebidas e anota os pedidos simples.
Seu uniforme também varia de acordo com o grau de formalidade do restaurante,
mas será sempre menos formal que o uniforme do maître. Veja alguns exemplos nas
fotos a seguir:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 214/287)


Cumim: É o auxiliar do garçom. O cumim não tem contato direto com o cliente,
mas pode eventualmente ser chamado para retirar um cinzeiro, trazer um novo
talher e detalhes desse tipo. Seu uniforme é bem parecido com o do garçom, mas
terá algum detalhe diferente, como a cor da gravata ou algo assim.

Sommelier: Esse cargo só existe nos restaurantes mais sofisticados. O


sommelier é o especialista em vinho e para ele deve ser feito qualquer pedido dessa
bebida. Não é vergonha nenhuma pedir sua opinião ou sugestão sobre um vinho,
afinal, ele está ali com essa finalidade.

Decorações e Arranjos

Uma mesa de refeição deve ser o mais bonita, aconchegante e confortável


possível, mas a atração principal deve ser sempre a comida. Por isso, nada de ficar
colocando objetos decorativos misturados aos pratos e talheres. No máximo, pode-
se usar um arranjo central, que deve obedecer a alguns cuidados:

a) Cuidado com arranjos florais, flores tem cheiros que muitas vezes interferem
negativamente no paladar e pode causar alergia a algum comensal mais sensível a
odores.

b) Arranjos com vela devem ser firmes e bem protegidos, pois ninguém quer
que uma refeição termine em um incêndio.

c) Arranjos artesanais com materiais que ficam se soltando e deixando pó ou


outros resíduos na mesa, além de má aparência, podem causar contaminação na
própria comida.

d) Muita atenção com o tamanho dos arranjos: não pode ficar parecendo uma
pecinha perdida no meio da louça; mas também aqueles tão enormes que impedem
que um convidado olhe para o outro sem esticar o pescoço ou se contorcer são
totalmente desapropriados.

Uma vez entendida a arrumação da mesa, é hora de aprendermos os diferentes


tipos de serviços mais usados em refeições.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 215/287)


PECULIARIDADES DO SERVIÇO DE VINHOS

Como já foi visto a etiqueta à mesa é um conjunto de normas que simplificam e


ajudam a harmonizar o momento da refeição. Dessa forma, não poderíamos
terminar sem falar do vinho, essa bebida que tem todo um ritual próprio dentro do
ritual maior que é a refeição.

Destaca Real que:

“A Etiqueta & Serviço do vinho é o conjunto de práticas consagradas pelo uso,


na arte de bem servir vinhos, que se devem observar, segundo as ocasiões, com
vistas à plena satisfação dos convivas, atendendo a três requisitos fundamentais:
elegância, cortesia e praticidade. Em outras palavras, trata-se de servir o vinho
adequado, de forma correta, no contexto apropriado, visando a proporcionar a maior
satisfação possível aos que forem consumir. [...] As técnicas de serviço
complementam e completam a etiqueta, assim como a etiqueta é essencial, durante
a realização dos serviços para plena satisfação das pessoas. Não podemos separá-
los.”

Assim, seguem-se algumas técnicas de serviço de vinhos que serão de grande


valia, tanto na hora de servir a convidados, quanto de pedir um vinho em um
restaurante.

A primeira providência a ser tomada é escolher o vinho certo de acordo com o


cardápio. Se você não é um grande entendedor do assunto, não é vergonha
nenhuma procurar um profissional que te oriente. Em um restaurante, já vimos que
um sommelier pode fazer essa indicação ou, na falta dele, o próprio maître deve ser
capaz de ajudar. Se você vai receber convidados em casa, pode recorrer a
publicações ou sites do ramo, que são inesgotáveis hoje em dia; ou nas próprias
adegas especializadas há profissionais que ajudam os clientes na hora da compra.

Não tenha a menor vergonha de levar o cardápio que irá servir em sua refeição
e pedir conselhos a esses vendedores preparados para isso. Por isso, procure
sempre comprar em locais realmente especializados no assunto e que armazenem

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 216/287)


corretamente o vinho. Comprar esse tipo de bebidas em mercados pode sair mais
barato e te deixar sem ter o que servir na hora que abrir um vinho estragado por
mau armazenamento.

É extremamente necessário que o vinho seja corretamente armazenado até a


data em que será consumido. Não é todo mundo que possui em casa uma adega
apropriada para a guarda de vinhos; mas, de forma simples, algumas providências
podem ser tomadas: garrafas de vinho devem ser guardadas em locais arejados e
frescos onde a temperatura não passe dos 17ºC. A umidade relativa do ar deve estar
em torno de 55% e 75%. Ambientes muito úmidos podem mofar a rolha e muito
secos podem ressecá-la; ambas as opções são prejudiciais ao vinho. As garrafas
devem ficar totalmente protegidas de iluminação, tanto solar, quanto artificial. Não as
guarde em armários que são abertos a toda hora, pois vibrações em excesso podem
fazer misturar sedimentos, principalmente em vinhos mais maduros. Nunca guarde
garrafas de vinho próximas a materiais de limpeza ou outros produtos com cheiro
forte, pois a rolha pode não isolar e os odores desagradáveis podem se misturar ao
líquido precioso. E, por último, mas não menos importante, as garrafas devem ser
sempre guardadas na horizontal. Isso porque a rolha deve estar permanentemente
molhada por dentro da garrafa, pois do contrário pode ressecar e encolher,
permitindo a passagem de oxigênio para dentro da garrafa, o que fará o vinho virar
vinagre e ficar impróprio para o consumo.

Antes de ser servido o vinho precisa ser preparado. Como já vimos seu serviço
exige alguns cuidados e um deles é fazer com que o vinho atinja sua temperatura de
serviço. Apesar de os gostos hoje serem os mais diversos e a própria etiqueta
permitir que esses gostos sejam respeitados, ou seja, cada um toma seu vinho na
temperatura que acha mais agradável, existem alguns padrões que protegem as
propriedades de cada tipo de vinho, então, gostos particulares à parte. Veremos, a
seguir, as temperaturas ideais.

Os vinhos brancos, por sua acidez naturalmente mais alta, devem ser servidos
mais resfriados. Porém, não muito gelados, pois, os aromas ficam inibidos. Uma
temperatura ideal seria entre os 4 e 8ºC. Os vinhos rosados permitem uma
temperatura ideal mais alta, em torno de 7 a 9ºC. Já os tintos, dependendo de suas

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 217/287)


características, permitem temperaturas entre 12 e 18ºC. Como Resfriar o Vinho?
Nada de congelador! Colocar gelo no copo pode ser comparado a uma heresia!

Para vinhos claros, o método mais indicado é mergulhar a garrafa (cerca de


dois terços) em um balde, contendo água gelada, gelo e sal grosso. Colocar a
garrafa na parte de baixo da geladeira é uma alternativa aceitável. Para vinhos
tintos, em dias quentes, pode-se mergulhá-lo em um balde com água gelada, por
cerca de vinte minutos, para resfriá-lo abaixo dos 20ºC.

Abrir a garrafa de vinho também requer alguns cuidados para não arruinar a
bebida e o primeiro deles é escolher o saca-rolhas adequado. O mais indicado é o
tipo “sommelier” que pode ser visto na foto ao lado.

Primeiramente, corta-se a cápsula, em volta do ressalto ou colarinho em relevo


que há no gargalo, com o canivete do abridor. Mas, lembre-se: o canivete é que
deve girar em torno do gargalo, a garrafa fica parada, apoiada na mesa.

Deve-se, então, limpar o gargalo da garrafa com o guardanapo. Em seguida,


fura-se a rolha com o espiral do abridor sem deixar que ele atravesse
completamente, para que não caiam sedimentos de cortiça dentro da garrafa. Apóia-
se a ponta própria do abridor da beira do gargalo e puxa-se a rolha.

Se você for o anfitrião, deve cheirar a rolha para verificar se o vinho está
saudável e pode ser servido. Sirva-se, em seguida, de um ou dois dedos e prove o
vinho antes de servir seus convidados. Se o vinho estiver bom, sirva então um a um
dos comensais, sempre sem encher o copo. O ideal é servir, no máximo, dois terços
da taça.

Nunca encoste o gargalo da garrafa na borda do copo que está servindo. Mas
também não afaste demais a garrafa da taça ou o vinho pode respingar na toalha da
mesa. Para evitar que o vinho pingue quando se termina de servir a taça, basta dar
uma leve girada na mesma ao retirá-la de perto do copo.

Em um restaurante, o anfitrião da mesa, que normalmente é quem faz o pedido


do vinho também deve aprová-lo antes que o garçom sirva os demais. O
procedimento correto é o garçom mostrar o rótulo antes de abrir a garrafa para que o

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 218/287)


anfitrião confira se o pedido veio correto. Depois o garçom abre a garrafa e entrega
a rolha a essa mesma pessoa que deve cheirá-la a autorizar o serviço de prova.
Assim, o garçom serve a prova, o anfitrião bebe e autoriza, ou não, o serviço nos
copos dos demais comensais.

Quanto a essa prova, Real observa que “a prova do vinho pelo anfitrião é uma
demonstração inequívoca de interesse e respeito aos convivas. Nenhum vinho é
servido sem que o anfitrião se certifique antes de suas condições ideais.” Vinhos
tintos muito maduros precisam ser decantados antes de serem servidos. Decantar o
vinho consiste em despejá-lo da garrafa em um decantador: uma garrafa de vidro,
normalmente cristal, bem bojuda (como pode ser vista na foto a seguir). Esse
procedimento é feito para que vinhos armazenados por muito tempo possam
“respirar”, permitindo assim o desprendimento dos aromas. Além disso, a
decantação também permite que os sedimentos do fundo da garrafa não passem
para os copos.

Muita atenção ao processo de abertura dos espumantes: ele não deve ser
barulhento! Por mais incrível que isso possa parecer, não é chique nem prudente
“explodir” um espumante. Essa “explosão” desperdiça o precioso líquido e, também,
o gás carbônico que foi cuidadosamente resguardado em seu processo de
fabricação. O processo de abertura do espumante não necessita de um abridor
específico. Primeiramente, retira-se a cápsula cortando na parte já picotada com
essa finalidade. Em seguida, desenrola-se a gaiola girando o anel próprio para isso
e afrouxa-se a gaiola fazendo movimentos circulares. Força-se, então, a saída da
rolha, segurando a garrafa com uma mão e a rolha entre os dedos polegar e
indicador da outra.

Já vimos como arrumar os copos na mise-en-place, de acordo com as bebidas


servidas, mas já que estamos falando especificamente de vinhos, não custa
relembrar alguns itens:

O copo de água, que é sempre o maior de todos, deve estar permanentemente


à mesa. Deve-se beber água entre um prato e outro, entre um vinho e outro, enfim,

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 219/287)


toda vez que se quiser “limpar” o paladar para um sabor diferente. Por isso, a taça
maior não sai da mesa.

Quanto aos vinhos, devem ser servidos de acordo com cada prato. Como vimos
os pratos se servem dos mais leves para os mais consistentes; assim a entrada
deverá ser uma salada, em seguida uma sopa leve, para depois se servir o prato
principal.

Bem, o vinho deve acompanhar esse mesmo trajeto. O vinho para acompanhar
a salada deve ser discreto e leve, já o vinho que acompanha uma sopa quente deve
ser mais expressivo e o que virá para o prato principal deve ser também “principal”.

Nunca se podem servir dois vinhos diferentes em um mesmo copo. Por isso, há
um copo para cada vinho. Conforme forem se passando as etapas da refeição, os
copos também vão sendo retirados junto com os respectivos pratos que
acompanharam.

A taça alongada, conhecida como flute (flauta) é própria para vinhos


espumantes, pois seu formato ajuda a preservar o gás carbônico.

A taça igual à de água, porém menor de todas, é reservada ao vinho branco,


por necessitar de uma temperatura mais baixa. E a taça intermediária é a do vinho
tinto.

Não se deixe levar por modismos no que diz respeito às taças de vinho. Elas
devem ser sempre de vidro e transparentes! Servir vinho em taças coloridas, por
mais bonitas que sejam, é uma enorme gafe, principalmente se você vai receber um
entendido de enologia, pois ele ficará decepcionado ao não poder enxergar a cor
correta do vinho que irá tomar.

7.9 OUTRAS REGRAS DE ETIQUETA E BOAS MANEIRAS

(Fonte: Vade Mecum 07 da Secretaria Geral do Exército)

Apresentações

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 220/287)


Normalmente, as autoridades procedem as apresentações de seus convidados,
dizendo; por exemplo: "Senhor Carlos Antunes, apresento-lhe o Cel José de Abreu",
ou: "Senhor Carlos Antunes, tenho o prazer de apresentar-lhe o Cel José de Abreu",
ou, ainda, simplesmente o nome das pessoas: "Senhor Carlos Antunes, Cel José de
Abreu".
Dois convidados podem apresentar-se mutuamente, citando apenas os nomes, sem
título.
Está em desuso a fórmula "Encantado!". Diz-se simplesmente "Como vai?", "Como
está?", ou "Muito prazer!"

O termo correto para apresentar a própria esposa é: "minha mulher". Por


exemplo: "Senhor Antônio, esta é Denise, minha mulher", o mesmo ocorrendo em
relação à mulher, que deve dizer: "meu marido".

Em situação de igualdade:

- A pessoa de menor precedência é que deve ser apresentada à de maior


precedência.
- O mais jovem é apresentado ao mais velho.

- O homem é apresentado à mulher.

Quem toma a iniciativa de estender a mão e dizer "como vai", "como está" é a
pessoa mais importante, mais idosa ou a mulher.

O militar, com cobertura ou luvas, deve retirá-las para cumprimentar uma


senhora.

O convidado

O convidado para um almoço, ou jantar sentado, tem a obrigação de confirmar


(ou não) sua presença. E, em caso de impossibilidade de comparecimento, não
deve mandar representante. Não comparecer a um compromisso dessa natureza,
depois de aceitá-lo, constitui ato grosseiro.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 221/287)


O pedido de resposta a um convite é indicado pelas iniciais R.S.V.P. (Répondez
s’il vous plaît) à direita, na parte inferior do convite, acompanhadas do telefone ao
qual se deve responder.

Quando o evento é realizado na residência do anfitrião, é delicado oferecer uma


pequena lembrança para a esposa, como por exemplo: bombons, flores e pequenos
objetos de decoração.

As flores devem ser acompanhadas de cartão e enviadas antes da hora


marcada para a recepção.

O convidado deve ser pontual. Só por razões imperiosas se chega atrasado a


uma reunião formal com lugares marcados à mesa.

O convidado não deve se oferecer para conhecer a parte íntima da casa.


A embriaguez constitui espetáculo deplorável.

O lavabo deve ser deixado nas mesmas condições impecáveis que encontrou.

Não devem ser dadas ordens aos empregados dos anfitriões.

A gíria, sem exagero, não é condenável, o palavrão sim.

O vocábulo deve ser adequado nas conversas, sem preciosismos gramaticais.


A linguagem falada é simples, curta e, principalmente, atualizada.

A franqueza exagerada é uma forma de intolerância. Não só em sociedade


como entre amigos, a franqueza inoportuna representa um tipo de agressividade
contrária à boa educação, que é tolerante e amável.

Não se deve insistir para que o convidado beba ou coma, quando não sente
vontade; ou que fique, quando deseja partir.

A arte da conversação exclui, por princípios, os desabafos ou confidências


financeiras, os desencontros conjugais, as doenças nas famílias e outras.
O convidado deve se inteirar das notícias mais recentes e importantes para facilitar a
conversa durante o evento.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 222/287)


No dia seguinte o convidado deve agradecer o convite, enviando um cartão ou,
se não ofereceu à anfitriã flores no dia do evento, deve fazê-lo nessa ocasião.

A pessoa inteligente conversa sobre idéias e não sobre pessoas!

CAPÍTULO VIII

MEIO AMBIENTE

8.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL


(Fonte: PORTARIA Nº 1138, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2010)

PRINCÍPIOS
a. Integrar agentes, ações e instrumentos na gestão ambiental no âmbito do
Exército Brasileiro.
b. Fortalecer os sistemas de ensino e de instrução militar na proteção e na
conservação do meio ambiente, por intermédio de:
1) ação de comando na manutenção do equilíbrio ecológico e da
sustentabilidade, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
assegurado e protegido;
2) racionalização do uso do solo, subsolo, água, ar e recursos vegetais;
3) proteção da fauna brasileira;
4) racionalização do uso da energia;
5) preservação ambiental em áreas jurisdicionadas ao Exército ou empregadas
temporariamente;
6) controle de atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
7) incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso
racional e a proteção dos recursos ambientais, assim como para a recuperação
ambiental e para o uso de fontes alternativas de energia;
8) acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
9) recuperação de áreas degradadas; e
10) educação ambiental nos diversos níveis de ensino do Exército.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 223/287)


OBJETIVOS

a. Colaborar com a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente,


elaborando políticas, diretrizes e planos para o Exército e promovendo a sua
execução.

b. Colaborar com as ações do Governo Federal na gestão ambiental, realizando


acordos e convênios, bem como participando eventualmente em forças-tarefas.c.
Manter ligação com os Ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, a fim de atuar em
harmonia com a orientação geral da Política Nacional do Meio Ambiente e com a
legislação específica das Forças Armadas.

d. Implementar e desenvolver, no Exército, a gestão ambiental, permitindo a


continuidade do cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições
subsidiárias.

e. Aproveitar as oportunidades ligadas à gestão ambiental, de modo a projetar


positivamente a imagem do Exército no âmbito nacional e internacional, bem como
obter recursos para investimento e para custeio das atividades ambientais da Força.

f. Participar da cooperação de gestão ambiental com exércitos de nações


amigas, ou promovê-la mediante a realização de acordos, intercâmbios, reuniões e
conferências.

g. Capacitar talentos humanos especializados em gestão ambiental, com a


finalidade de elaborar estudos e decorrentes relatórios de impactos ambientais,
referentes aos empreendimentos e às atividades a serem realizados pelo Exército.

h. Promover a educação ambiental, valendo-se do Sistema de Ensino do


Exército, conforme estabelecido no Regulamento da Lei de Ensino do Exército e do
Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro, com foco na conservação do
meio ambiente, principalmente no tocante à flora, fauna e recursos hídricos, e o
rigoroso cumprimento da legislação ambiental.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 224/287)


i. Inserir nos Planos de Disciplinas dos Estabelecimentos de Ensino a
abordagem, sob o aspecto doutrinário da atividade-fim, que as operações militares,
sempre que possível, serão conduzidas de forma a buscar proteger o meio ambiente
natural contra danos extensivos, duráveis e graves, exceto quando interferirem no
cumprimento das missões constitucionais da defesa da Pátria e da garantia da lei e
da ordem.

j. Estimular a formação e o desenvolvimento da consciência ambiental do


público interno, voltada à preservação, melhoria e à restauração de recursos
ambientais.

k. Praticar a preservação ambiental, empregando os meios disponíveis e


adotando medidas que evitem ou mitiguem a degradação do meio ambiente.

l. Executar a recuperação ambiental, sempre que possível, nas áreas


degradadas sob a jurisdição do Exército.

m. Estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e normas relativas ao


uso e manejo de recursos ambientais.

n. Estimular o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias orientadas para o


uso racional de recursos ambientais, resíduos sólidos, reciclados e passíveis de
reciclagem, e de fontes alternativas de energia, bem como para a recuperação de
áreas degradadas e de passivos ambientais.

o. Difundir dados e informações da gestão ambiental, demonstrando o


comprometimento do Exército no esforço brasileiro da preservação ambiental.

p. Elaborar campanhas que orientem a preservação do meio ambiente,


estimulem a preservação dos recursos naturais e estimulem atitudes
ambientalmente corretas dos militares.

q. Melhorar a qualidade ambiental das áreas sob jurisdição do Exército.

8.2 RESÍDUOS RECICLÁVEIS

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 225/287)


(Fonte: MANUAL PARA COLETA SELETIVA - Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro)

Definição de Lixo

O lixo, também conhecido como resíduo sólido, é todo e qualquer material


resultante da atividade humana descartado por não estar, pelo menos
aparentemente, em condições de uso (em decomposição ou quebrado). Entretanto,
o que para uns significa lixo, para outros pode representar fonte de renda, como é o
caso dos catadores de materiais recicláveis. As pessoas geralmente descartam o
lixo sem tomar conhecimento do seu destino.

É importante que este destino seja adequado, ou seja: o lixo deve ser coletado,
tratado e disposto de forma a não poluir e degradar o meio ambiente e não gerar
impactos sobre a saúde humana. Para produzir todos os produtos de consumo, são
necessários recursos naturais tais como: água, energia e minerais, dentre outros.
Sabe-se que esses recursos são finitos, por isso as sociedades humanas têm que
assumir o compromisso de usá-los racionalmente para não comprometer a vida das
gerações futuras.

“5 R’s” RELATIVOS AO LIXO

Todos nós produzimos lixo. Logo fazemos parte desse problema, mas também
precisamos fazer parte da solução. Como?

Reutilizar - Reaproveite tudo que estiver em bom estado: material de escritório,


equipamentos, peças, móveis, cortinas, vidros e tudo mais que sua criatividade
quiser.

Repensar - Repense seus valores e práticas e diminua a produção de lixo com


novos hábitos.

Reciclar - Dê nova vida a materiais, reaproveitando matéria prima para fabricar


um novo produto.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 226/287)


Reduzir - Reduza o consumo, evite o desperdício com material de expediente,
limpeza e higiene.

Recusar - Recuse consumir produtos que gerem impactos ambientais.

TIPOS DE COLETA

Coleta seletiva: É o processo de separação e recolhimento dos resíduos


conforme sua constituição: seco/reciclável e úmido/não reciclável. Todo o material
separado deve ser acondicionado adequadamente.

Coleta seletiva solidária: É a separação dos resíduos recicláveis pelos órgãos


públicos federais, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e
cooperativas dos catadores de materiais recicláveis. O trabalho das cooperativas de
catadores de materiais recicláveis gera renda às famílias cooperadas, permite a
reciclagem de materiais e também possibilita integração social de pessoas que
sempre foram marginalizadas e deve ser valorizado.

PRINCIPAIS TIPOS DE RESÍDUOS

SECOS OU RECICLÁVEIS:

Papéis: folhetos; formulários contínuos; envelopes; cartolinas; jornais; revistas;


cadernos;

Embalagens; papelão; cartazes; caixas longa vida; papel laminado; folhas de


papel.

Todos os papéis devem estar livres de adesivos e fitas crepe.

Plásticos: copos descartáveis de água e café; sacos e sacolas; embalagens


PET de

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 227/287)


água e refrigerante; embalagens de plástico mole; frascos de shampoo e
detergente; vasilhas; embalagens de margarina; tampas; tubos de PVC.

Metais: latas (de alimentos) de alumínio e aço; fios; arames; tampas de garrafa;
embalagens metálicas de congelados; pregos; tubos de cano e sucatas de metal;
grampos; clips.

Vidros: garrafas; copos; cacos; recipientes em geral.

Importante: todos os materiais recicláveis devem, preferencialmente, estar


limpos e secos.

ÚMIDOS OU NÃO RECICLÁVEIS

Papel carbono; fotografias; papel de fax; papéis sujos; papel toalha;


guardanapos; papel higiênico; etiquetas adesivas; fitas crepe e adesiva; papéis
metalizados, plastificados, parafinados; papel vegetal e celofane. Cabos de panela;
tomadas; embalagens com restos de biscoitos, café, balas e doces. Latas de
aerosol, tinta, pesticida, inseticida; esponja de aço. Espelhos; vidros planos;
cerâmica; pirex; porcelana; acrílico; isopor. Restos de alimentos.

Atenção: Lâmpadas fluorescentes e incandescentes, pilhas e baterias,


possuem materiais tóxicos e não podem ir junto com o lixo comum, nem com o
reciclável. Elas são recolhidas e armazenadas separadamente para serem
encaminhadas para um tratamento de descontaminação e reciclagem.

CUIDADOS RELATIVOS AO DESCARTE DO LIXO

Atenção para os seguintes cuidados:

a) É recomendável o uso de luvas para o manuseio dos resíduos, mesmo os


reciclados, para maior higiene e segurança dos funcionários da limpeza;

b) Todo material reciclável deve ser colocado, preferencialmente, limpo e seco


dentro de um mesmo saco plástico transparente;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 228/287)


c) Objeto cortante ou perfurante como latas e cacos de vidros devem ser
embalados em papelão ou jornal para evitar riscos a quem os manipula;

d) Preferencialmente retirar rótulos de garrafas e latas, enxaguar latas e


garrafas e acondicioná-los secos;

e) Amarrar jornais, revistas e papelão em pilhas;

f) Para reduzir o volume amasse as latas, rasgue os papéis ao invés de


amassá-los e coloque as garrafas PET destampadas.

g) O pessoal da firma de limpeza NÃO deverá mexer no conteúdo das cestas


de resíduos recicláveis.

h) Os sacos transparentes das cestas das salas somente serão trocados


quando estiverem sujos ou rasgados.

i) A retirada dos resíduos das caçambas verdes localizadas nos portões de


acesso do Jardim Botânico só será feita pelas cooperativas de catadores de
recicláveis autorizadas, nos dias previamente determinados.

j) Resíduos de obras e reformas deverão ser colocados em caçambas de


entulhos próprias e não deverão ser depositados junto com os demais resíduos.

MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA

Sacos plásticos transparentes para os materiais recicláveis; Sacos plásticos


pretos para os não recicláveis dos tamanhos das lixeiras correspondentes; Adesivos
para os diferentes tipos de resíduos; Cartaz da coleta seletiva com os materiais
recicláveis; Lixeiras das salas identificadas para resíduos SECOS (recicláveis) e
ÚMIDOS (não recicláveis); Cestas azuis de 100 litros identificadas com adesivo para
produtos reciclados e dispostas em todos os prédios do JBRJ; e caçambas verdes
de 500 e 1000 litros, com tampa, rodinhas e identificadas com símbolo da
reciclagem.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 229/287)


REQUISITOS PARA AS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE CATADORES
DE MATERIAIS RECICLÁVEIS HABILITAREM-SE A COLETAR OS RESÍDUOS
RECICLÁVEIS DESCARTADOS PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL DIRETA E INDIRETA

(Fonte: DECRETO N° 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006)

Art. 3° Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pelos


órgãos e entidades da administração pública federal direita e indireta as associações
e cooperativas de catadores de materiais recicláveis que atenderem aos seguintes
requisitos:
I - estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de materiais
recicláveis que tenham a catação como única fonte de renda;
II - não possuam fins lucrativos;
III - possuam infraestrutura para realizar a triagem e a classificação dos
resíduos recicláveis descartados; e
IV - apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados.
Parágrafo único. A comprovação dos incisos I e II será feita mediante a
apresentação do estatuto ou contrato social e dos incisos III e IV, por meio de
declaração das respectivas associações e cooperativas.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 230/287)


CAPÍTULO IX
SERVIÇOS INTERNOS E EXTERNOS
(Fonte: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)

9.1 DO OFICIAL-DE-DIA

Art. 197. O Of Dia é, fora do expediente, o representante do Cmt U e tem como


principais atribuições, além das previstas em outros regulamentos, as seguintes:

I - assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento de ordens da unidade e


das disposições regulamentares relativas ao serviço diário;

II - estar inteiramente familiarizado com os planos de segurança do aquartelamento,


de combate a incêndio, de chamada e os sinais de alarme correspondentes, para
fins de execução ou treinamento;

III - apresentar-se ao:

a) Cmt U:

1. à sua chegada ao início do expediente, com a guarda do quartel em forma,


realizando o

mesmo por ocasião de sua saída, respeitado o previsto no R-2 e as determinações


daquela autoridade; e

2. quando este entrar no quartel após o toque de ordem;

b) SCmt U, assim que este chegue;

IV - verificar, ao assumir o serviço, em companhia de seu antecessor, respeitadas as


restrições do § 2º deste artigo e as constantes das NGA/U, se todas as
dependências do quartel estão em ordem e assegurar-se da presença de todos os
presos e detidos nos lugares onde devam permanecer, e, após estas providências,
ambos apresentar-se-ão ao SCmt U;

V - conduzir, pessoalmente, após a rendição da Parada, um exercício de manejo das


armas (preconizado nas instruções de tiro) a ser realizado por toda guarda do
quartel que está entrando de serviço, bem como a recomendação da fiel obediência
às normas de segurança para o uso do armamento, tudo como medida de

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 231/287)


prevenção de disparos acidentais, e o mesmo procedimento deve ser adotado com o
pessoal de reforço que assume o serviço ao final do expediente;

VI - supervisionar, auxiliado pelo seu Adj, a confecção pelo Cmt Gd do roteiro do


pessoal de serviço, documento este de conhecimento restrito ao Of Dia, Adj Of Dia,
Cmt Gd e Cb Gd, evitando que os soldados da guarda ocupem o mesmo posto de
sentinela durante todo o serviço;

VII - participar ao SCmt U todas as ocorrências extraordinárias havidas fora do


expediente, mencionando-as, ainda, na parte diária, e, na recepção ao Cmt U, deve
prestar-lhe as mesmas informações, sem que isso o dispense de fazê-lo ao SCmt U;

VIII - providenciar para que sejam executados, a tempo, os toques regulamentares,


de modo que todas as formaturas ou demais atos que exijam toques se realizem no
momento oportuno;

IX - receber qualquer autoridade civil ou militar de categoria igual ou superior à do


Cmt U

e acompanhá-la à presença deste ou do oficial de maior posto que se achar no


quartel;

X - ter sob sua responsabilidade os objetos existentes nas dependências privativas


do Of

Dia e de oficiais presos;

XI - estar ciente da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas estranhas à


unidade;

XII - providenciar alojamento e alimentação para as praças apresentadas à unidade


depois de encerrado o expediente e fazê-las encostar à SU designada para tal;

XIII - assinar as baixas extraordinárias ocorridas depois do expediente, quando não


se achar no quartel o Cmt SU interessada ou seu substituto;

XIV - inspecionar, freqüentemente, respeitadas as restrições do § 2º deste artigo e


as constantes das NGA/U, as dependências do quartel, verificando se estão sendo
regularmente cumpridas as ordens em vigor e tomando as providências que não
exijam a intervenção de autoridade superior;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 232/287)


XV - dar conhecimento imediato ao SCmt U, ou ao Cmt U quando não possa fazê-lo
ao primeiro, de todas as ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;

XVI - fazer recolher aos lugares competentes os presos e detidos e pô-los em


liberdade, quando para isso esteja autorizado;

XVII - não consentir que praças presas conservem em seu poder objetos que
possam provocar lesão corporal ou danificar as prisões;

XVIII - conservar em seu poder, durante a noite e a partir das vinte e uma horas, as
chaves

das prisões e de todas as entradas do quartel, menos a do portão principal, que


permanece com o Cmt Gd;

XIX - passar ou fazer passar pelo Adj, quando não possa fazê-lo pessoalmente, as
revistas regulamentares, limitando-se a receber do Cmt SU a relação das faltas,
quando este desejar passar a revista à sua tropa, tudo fazendo constar da parte
diária;

XX - em casos extraordinários, determinar às SU, na ausência dos respectivos Cmt


ou de autoridade superior da unidade, a apresentação de praças para o serviço
urgente não previsto nas ordens do comando;

XXI - providenciar, nas mesmas condições do inciso XX deste artigo, a substituição


de praças que não compareçam ao serviço, adoeçam ou se ausentem;

XXII - atender com presteza, na ausência do Cmt U ou do SCmt U, às


determinações de autoridade que tenha ação de comando sobre a unidade,
empregando todos os meios para dar conhecimento de tais determinações àquelas
autoridades, no mais curto prazo possível, devendo estas ordens serem objeto de
autenticação;

XXIII - impedir, salvo motivo de instrução ou serviço normal, a saída de qualquer


fração de tropa armada sem autorização prévia do comando da unidade, a menos
que, por circunstâncias especiais, uma autoridade nas condições previstas no inciso
XXII deste artigo o determine diretamente, procedendo, então, como está regulado
naquele inciso;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 233/287)


XXIV - impedir a saída de animais, viaturas ou outro material sem ordem de
autoridade competente, salvo nos casos de instrução ou serviço normal, fazendo
constar da parte diária as saídas extraordinárias, assim como o regresso,
mencionando as horas;

XXV - permanecer no quartel durante as horas determinadas neste Regulamento,


pronto e uniformizado para atender a qualquer eventualidade;

XXVI - rubricar todos os documentos regulamentares relativos ao seu serviço;

XXVII - fazer registrar pelo Adj e assinar, no respectivo livro de partes, todas as

ocorrências havidas no serviço, inclusive saída ou entrada de tropa por motivo que
não seja de instrução ou de serviço normal;

XXVIII - estar presente, do início ao término da distribuição e do consumo de todas


as refeições dos cabos e soldados, para mandar executar os toques
regulamentares, verificar a disciplina no refeitório e tomar outras providências que se
fizerem necessárias;

XXIX - nos dias sem expediente, e na ausência do Fisc Adm, do médico, do


encarregado

do setor de aprovisionamento ou do veterinário, examinar as rações preparadas, os


víveres, a carne verde e a forragem;

XXX - impedir a abertura de qualquer dependência fora das horas de expediente,


sem ser

pelo respectivo chefe ou mediante ordem escrita deste, com declaração do motivo;

XXXI - transmitir ao Cmt Gd do quartel as ordens e instruções particulares do Cmt U


relativas ao serviço, acrescidas das instruções pormenorizadas que julgue
oportunas, e fiscalizar, freqüentemente, a execução do serviço, verificando se estão
sendo observadas as disposições regulamentares e cumpridas as ordens e
instruções dadas;

XXXII - assistir ao recebimento de todo o material que entre no quartel fora das
horas de expediente, fazendo constar da parte diária, e, a qualquer hora, à
distribuição de víveres e forragem;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 234/287)


XXXIII - fiscalizar para que, logo após o término do expediente, todas as chaves das
dependências do quartel (gabinetes, reservas, depósitos, paiol etc) estejam no
claviculário da unidade, exigindo, em seguida, que a chave deste lhe seja entregue
pelo seu Adj;

XXXIV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de


serviço, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, supervisionar, auxiliado
pelo seu Adj e acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o
recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado, bem como a abertura e
o fechamento da reserva;

XXXV - somente permitir a entrada de civil no quartel depois de inteirado de sua


identidade, motivo de sua presença e do conhecimento da pessoa com quem deseja
entender-se, mesmo assim, devidamente acompanhado, quando julgar essa medida
necessária;

XXXVI - fiscalizar, auxiliado pelo seu Adj, a limpeza das dependências do quartel a
cargo do cabo da faxina; e

XXXVII - autorizar a saída de praças, após a revista do recolher, exceto das


relacionadas no pernoite.

§ 1º O Of Dia somente pode retardar as apresentações previstas no inciso III deste


artigo, em conseqüência de trabalho urgente, no qual seja indispensável a sua
presença, sendo que, nesse caso, apresentar-se-á imediatamente após cessar o
impedimento, declarando os motivos do retardo.

§ 2º Quando não estiver presente o oficial responsável por qualquer repartição ou


dependência da unidade, o Of Dia, como representante do Cmt U, tem autoridade
para intervir nesse local, sempre que se tornar necessária a repressão de
irregularidades que afetem a ordem, segurança, higiene ou disciplina.

§ 3º Quando estiver presente o oficial responsável direto por qualquer repartição ou


dependência da unidade, ou o oficial seu substituto eventual, a intervenção do Of
Dia ocorrerá somente quando solicitada.

Art. 198. O Of Dia ministra a instrução da qual estiver encarregado em sua SU ou na


unidade, quando esta não exija seu afastamento do quartel, cabendo-lhe avisar ao

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 235/287)


seu Adj e ao Cmt Gd o local preciso em que a qualquer momento pode ser
encontrado.

Art. 199. Quando julgar necessário, o Cmt U pode mandar escalar oficiais auxiliares
do Of Dia, com atribuições prescritas de acordo com a situação particular que tiver
aconselhado esta medida.

Art. 200. Quando o serviço for o de Fisc Dia, este tem todas as atribuições do Of Dia
durante a sua permanência no quartel, passando-as ao auxiliar durante sua
ausência, apenas se tornando responsável, daí em diante, pelos fatos para cuja
solução for solicitado pelo auxiliar.

Parágrafo único. Quando nas funções de Fisc Dia, o oficial pode pernoitar em sua
residência, devendo, entretanto, assistir à revista do recolher e à primeira refeição
das praças no dia seguinte, salvo quando existir oficial preso ou detido ou ordem
especial do Cmt U, casos em que pernoitará no quartel.

a) nos corpos de tropa – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos e, a juízo do


Cmt U, os adidos, os excedentes e os tenentes do QAO, exceto o encarregado do
setor de aprovisionamento, os oficiais do Serviço de Saúde e os que estiverem em
função privativa de capitão ou de posto superior a este; e

b) nas demais OM – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos das Armas, dos


Quadros e dos Serviços e, a juízo do Cmt U, os adidos e os excedentes, exceto o
encarregado do setor de aprovisionamento e os oficiais que estiverem em função
privativa de capitão ou de posto superior a este;

9.2 DO ADJUNTO

Art. 205. O Sgt Adj é o auxiliar imediato do Of Dia, incumbindo-lhe:

I - apresentar-se ao Of Dia após receber o serviço, executar e fazer executar


todas as suas determinações;

II - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo da execução;

III - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da execução das ordens


em vigor relativas ao serviço;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 236/287)


IV - responder, perante o Of Dia, pela perfeita execução da limpeza do quartel
a cargo do cabo da faxina;

V - participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências que


a respeito tenha tomado;

VI - acompanhar o Of Dia nas suas visitas às dependências do quartel, salvo


quando dispensado por ele ou na execução de outro serviço;

VII - passar revista às SU, quando determinado pelo Of Dia;

VIII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço, de modo que, uma


hora depois da Parada, no máximo, estejam concluídos e à disposição do SCmt U;

IX - dividir os quartos de ronda noturna entre si e os Sgt Dia SU;

X - dividir a ronda noturna da guarda entre o seu comandante e o Cb Gd;

XI - secundar o Of Dia na verificação do roteiro do pessoal de serviço da


guarda, confeccionado pelo Cmt Gd;

XII - fiscalizar os serviços das SU, na ausência dos respectivos Cmt ou de seus
substitutos eventuais;

XIII - receber, dos Sgt Dia SU, todas as praças da unidade que devam ser
recolhidas presas e apresentá-las ao Of Dia para o conveniente destino;

XIV - providenciar para que as chaves de todas as dependências do quartel


(gabinetes, reservas, depósitos, paiol etc) estejam colocadas no claviculário da
unidade, logo após o toque de ordem, informando pessoalmente ao Of Dia qualquer
falta e entregando-lhe a respectiva chave;

XV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de


serviço, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, auxiliar o Of Dia na
fiscalização, acompanhados do respectivo Sgt Dia SU, da distribuição e do
recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado, bem como da abertura
e do fechamento da reserva; e

XVI - responder pelo Of Dia em seus impedimentos eventuais.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 237/287)


Art. 206. Quando o Adj responder eventualmente pelo Of Dia, participar-lhe-á
as ocorrências havidas durante o seu impedimento, mesmo que já as tenha
comunicado à autoridade superior ou haja providenciado a respeito.

9.3 DO COMANDANTE DA GUARDA

Art. 215. O Cmt Gd é o responsável pela execução de todas as ordens


referentes ao serviço da guarda e é subordinado, para esse efeito, diretamente ao
Of Dia.

Art. 216. Ao Cmt Gd incumbe:

I - formar a guarda:

a) rapidamente, ao sinal de alarme dado pelas sentinelas, reconhecendo


imediatamente o motivo e agindo por iniciativa própria, se for o caso; e

b) à chegada e à saída do Cmt U, prestando-lhe as honras militares, respeitado


o prescrito no R-2 e as determinações daquela autoridade;

II - responder perante o Of Dia pelos asseio, ordem e disciplina no corpo da


guarda;

III - conferir, ao assumir o serviço, o material distribuído ao corpo da guarda e


constante do quadro nele afixado, dando parte, imediatamente, ao Of Dia das faltas
e dos estragos verificados;

IV - cumprir e fazer cumprir, por todas as praças da guarda, os deveres


correspondentes;

V - velar pela fiel execução do serviço, de conformidade com as ordens e


instruções em vigor;

VI - confeccionar o roteiro do pessoal de serviço da guarda, sob a supervisão


do Of Dia e seu Adj;

VII - organizar e controlar o rodízio de descanso dos soldados da guarda;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 238/287)


VIII - verificar, ao assumir o serviço, se todas as praças presas encontram-se
nos lugares determinados;

IX - examinar, cuidadosamente, as condições de segurança das prisões, em


especial o tocante aos presos condenados ou sujeitos a processo no foro militar ou
civil;

X - dar conhecimento às praças da guarda das ordens e disposições


regulamentares relativas ao serviço e, especialmente, das ordens e instruções
particulares a cada posto, relembrando-lhes as normas de segurança;

XI - passar em revista o pessoal da guarda, constantemente;

XII - somente abrir as prisões, durante o dia, mediante ordem do Of Dia e, à


noite, somente com a presença deste;

XIII - quando abrir as prisões, formar a guarda em torno dos respectivos


portões;

XIV - exigir dos presos compostura compatível com a finalidade moral da


punição, não permitindo diversões coletivas ou individuais ruidosas;

XV - passar em revista, tanto a guarda como os presos, na mesma hora em


que esta é passada nas SU, sem prejuízo de outras que julgue conveniente;

XVI - verificar, freqüentemente, se as sentinelas têm pleno conhecimento das


ordens particulares relativas aos seus postos;

XVII - fechar os portões do quartel às dezoito horas, ou em horário determinado


pelo Cmt U, deixando aberta, apenas, a passagem individual do portão principal;

XVIII - conservar em seu poder, durante o dia, as chaves das prisões e das
diferentes entradas do quartel, entregando-as ao Of Dia às vinte e uma horas, com
exceção das chaves do portão principal;

XIX - dar imediato conhecimento ao Of Dia de qualquer ocorrência


extraordinária havida na guarda, mesmo que tenha providenciado a respeito;

XX - entregar ao Of Dia, logo depois de substituído no serviço, a parte da


guarda, nela fazendo constar a relação nominal das praças da guarda, os roteiros

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 239/287)


das sentinelas e rondas, as ocorrências havidas durante o serviço e a situação do
material do corpo da guarda;

XXI - anexar à parte da guarda uma relação:

a) das praças que entraram no quartel após a revista do recolher, mencionando


a hora de entrada; e

b) das saídas e entradas de viaturas civis ou militares, indicando o horário em


que ocorreram, bem como os respectivos motivos;

XXII - levar ao conhecimento do Of Dia a presença, no quartel, de qualquer


militar

estranho à unidade, bem como a dos oficiais e praças da própria unidade que,
aí não residindo, nela entrarem depois do toque de silêncio ou de encerramento do
expediente;

XXIII - estar a par da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas


estranhas à unidade, cientificando o Adj e o Of Dia a respeito;

XXIV - somente permitir que as praças saiam do quartel nos horários previstos
ou quando munidas de competente autorização, verificando se estão corretamente
fardadas;

XXV - só permitir que as praças saiam do quartel em trajes civis, quando


autorizadas e bem trajadas;

XXVI - revistar as viaturas estranhas, militares e civis, à entrada e à saída do


quartel; e

XXVII - somente afastar-se do corpo da guarda autorizado pelo Of Dia ou por


motivo de serviço, coordenando, nesses casos, as ações com o Cb Gd.

9.4 DO CABO DA GUARDA

Art. 217. O Cb Gd é o auxiliar imediato do Cmt Gd, cujas ordens deve cumprir
com presteza e exatidão, sendo, ainda o seu substituto eventual em impedimentos
momentâneos, quando se tratar de Sgt, incumbindo-lhe:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 240/287)


I - empenhar-se para que nenhuma falha ocorra no serviço, corrigindo
imediatamente as que verificar e solicitando a intervenção do Cmt Gd, quando
necessário;

II - dar ciência ao Cmt Gd de todas as ocorrências que chegarem ao seu


conhecimento e interessarem ao serviço;

III - com relação às praças:

a) que devam render os quartos de sentinelas:

1. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não


carregadas;

2. conduzi-las para a rendição dos postos; e

3. fazê-las verificar o perfeito funcionamento da campainha elétrica, do telefone


ou de outro meio de comunicação que ligar o posto ao corpo da guarda;

b) substituídas nos postos de sentinelas:

1. exigir delas a transmissão clara e fiel das ordens recebidas;

2. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não


carregadas;

3. conduzi-las para o corpo da guarda; e

4. no corpo da guarda, verificar se todas estão com suas armas travadas, não
carregadas e sem o carregador;

IV - secundar o Cmt Gd, se sargento, na vigilância de tudo o que se relacionar


com o serviço, por iniciativa própria ou por determinação daquele;

V - atender, com a máxima presteza, ao chamado das sentinelas e dirigir-se


aos respectivos postos logo que tenha conhecimento de alguma anormalidade;

VI - fazer afastar previamente, para transmissão das ordens particulares às


sentinelas nos respectivos postos, todas as pessoas estranhas ao serviço;

VII - não se afastar do corpo da guarda sem ordem ou licença do Cmt Gd,
salvo por motivo de serviço, deixando, nesse caso, um soldado como seu substituto
eventual;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 241/287)


VIII - assegurar-se, constantemente, de que as sentinelas estejam bem
inteiradas das ordens de serviço recebidas, particularmente das normas de
segurança;

IX - conduzir ao rancho, ao toque respectivo, as praças da guarda, deixando,


aproximadamente, um terço do seu efetivo no corpo da guarda, como força de
reação, para atender a situações de emergência na defesa do quartel;

X - reconhecer pessoas, viaturas ou forças que pretendam entrar no quartel,


verificando os respectivos motivos;

XI - anotar, ou fazer anotar, todas as praças que se recolham ao quartel após a


revista do recolher; e

XII - auxiliar o Cmt Gd no controle do rodízio de descanso dos soldados da


guarda.

Art. 218. Quando houver mais de um Cb Gd, o serviço é distribuído conforme


as NGA/U.

9.5 DOS SOLDADOS DA GUARDA E DAS SENTINELAS

Art. 219. Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de sentinela,


incumbindo-lhes a observância de todas as ordens relativas ao serviço.

Art. 220. A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e inviolável, sendo, por
lei, punido com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pela
responsabilidade que lhe incumbe, o soldado investido de tão nobre função portar-
se-á com zelo, serenidade e energia, próprios à autoridade que lhe foi atribuída.

Art. 221. Incumbe, particularmente, à sentinela:

I - estar alerta e vigilante, em condições de bem cumprir a sua missão;

II - não abandonar sua arma e mantê-la pronta para ser empregada,


alimentada, fechada e travada, e de acordo com as ordens particulares que tenha
recebido;

III - não conversar nem fumar durante a permanência no posto de sentinela;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 242/287)


IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas ao serviço,
chamando, para isso, o Cb Gd, quando se tornar necessário;

V - não admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspeita nas


proximidades de seu posto;

VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel portando quaisquer


embrulhos, sem permissão do Cb Gd ou do Cmt Gd;

VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas;

VIII - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura que pretenda entrar no
quartel, especialmente à noite, e chamar o militar encarregado da necessária
identificação;

IX - prestar as continências regulamentares;

X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; e

XI - dar sinal de alarme:

a) toda vez que notar reunião de elementos suspeitos na circunvizinhança do


seu posto;

b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser


identificado;

c) na tentativa de arrombamento de prisão ou fuga de presos;

d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens relativas ao seu


posto;

e) ao verificar qualquer anormalidade de caráter alarmante; ou

f) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia.

§ 1º Em situação que exija maior segurança da sentinela para o cabal


desempenho de sua missão, incumbe-lhe, especialmente à noite, e de conformidade
com as instruções e ordens particulares recebidas, além das prescrições normais
estabelecidas, as seguintes:

I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e veículos;

II - dar sinal de aproximação de qualquer força, logo que a perceba; e

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 243/287)


III - fazer parar, a uma distância que permita o reconhecimento, pessoas,
viaturas ou força que pretendam entrar no quartel.

§ 2o Para o cumprimento das disposições constantes do § 1º deste artigo, a


sentinela deve adotar os seguintes procedimentos:

I - no caso do inciso I do § 1º deste artigo:

a) comandar “Passe ao largo”;

b) se não for imediatamente obedecido, abrigar-se, repetir o comando, dar o


sinal de chamada ou de alarme e preparar-se para agir pela força;

c) se ainda o segundo comando não for cumprido, intimar pela terceira vez, e
tratando-se de indivíduo isolado, mantê-lo imobilizado à distância, apontando-lhe
sua arma carregada e com a baioneta armada, até que ele seja detido pelos
elementos da guarda que tiverem acorrido ao sinal de alarme;

d) em caso de não obediência à terceira vez, fazer um disparo para o ar e


somente reagir pelo fogo se houver, pelo indivíduo isolado, manifesta tentativa de
agressão à sua pessoa ou à integridade das instalações;

e) tratando-se de grupo ou de veículos, fazer um primeiro disparo para o ar e,


em seguida, caso não seja ainda obedecida, atirar no grupo ou nos veículos; e

f) no caso de ameaça clara de agressão, a sentinela fica dispensada das


prescrições citadas nas alíneas deste inciso;

II - na situação do inciso III do § 1º deste artigo:

a) perguntar à distância conveniente “Quem vem lá?”, se a resposta for


“amigo”, “de paz”, “oficial” ou “ronda”, deixá-lo prosseguir se pessoalmente o
reconhecer como tal;

b) em contrário ou na falta de resposta, comandar “Faça alto!” e providenciar


para o reconhecimento pelo Cb Gd; e

c) não sendo obedecida no comando “Faça alto!”, proceder como dispõe a


alínea “e” do inciso I deste parágrafo.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 244/287)


§ 3º Em situações excepcionais, o Cmt U pode dar ordens mais rigorosas às
sentinelas, particularmente quanto à segurança desses homens; estas ordens
devem ser transmitidas por escrito ao Of Dia.

§ 4º Nos quartéis situados em zonas urbanas e de trânsito, o Cmt U deve


estabelecer, em esboço permanentemente afixado no corpo da guarda, os limites
em que devam ser tomadas as medidas citadas nos parágrafos deste artigo.

Art. 222. A sentinela do portão principal denomina-se “sentinela das armas” e


as demais, “sentinelas cobertas”.

§ 1º A sentinela das armas mantém-se durante o dia parada no seu posto e,


normalmente, na posição regulamentar de “descansar”, tomando a posição de
“sentido” no caso de interpelação por qualquer pessoa, militar ou civil e, nos demais
casos, como previsto no R-2.

§ 2º Depois de fechado o portão principal, a sentinela das armas posiciona-se


no interior do aquartelamento, movimentando-se para vigiar de forma mais eficaz a
parte daquele portão e arredores, fazendo-o com a arma cruzada.

§ 3o A sentinela coberta:

I - mantém-se com a arma em bandoleira ou cruzada, tomando a posição de


“sentido” no caso de interpelação por qualquer pessoa, civil ou militar, e também
como forma de saudação militar; e

II - pode deslocar-se nas imediações de seu posto, se não houver prejuízo para
a segurança.

Art. 223. As sentinelas podem abrigar-se em postos em que haja guarita,


ficando, porém, em condições de bem cumprir suas atribuições.

Art. 224. As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda por meio de


sinais, de campainha ou de viva voz e, conforme o caso, podem dispor de telefones
ou outros meios de comunicação apropriados.

§ 1º Os sinais referidos neste artigo podem ser “de chamada” ou de “alarme”.

§ 2º No caso de sinal de viva voz, o de alarme será o brado de “Às armas!”.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 245/287)


Art. 225. O serviço em cada posto de sentinela é dado por três homens ou mais
durante as vinte e quatro horas, dividido em quartos, de modo que um mesmo
homem não permaneça de sentinela mais de duas horas consecutivas.

§ 1º As sentinelas não devem ocupar o mesmo posto durante o serviço,


conforme prescrição contida no inciso VI do art. 197 deste Regulamento.

§ 2º Em caso de necessidade, por motivos diversos, particularmente por razões


de segurança, a sentinela deve ser dupla e, neste caso, um dos homens mantém-se
no posto e o outro assegura permanente cobertura ao primeiro e ligação com os
demais elementos da guarda.

9.6 DO REFORÇO DA GUARDA

Art. 226. Quando a situação exigir, as guardas são reforçadas, geralmente para
o serviço à noite, com o estabelecimento de novos postos de sentinela e a
intensificação do serviço de ronda.

Parágrafo único. O aumento citado no caput deste artigo é realizado por meio
de um “reforço” em praças, correspondente às necessidades.

Art. 227. As praças de reforço:

I - são escaladas de modo semelhante às da guarda;

II - formam na Parada;

III - são apresentadas ao Of Dia, para o serviço, em horário definido pelo Cmt
U; e

IV - durante o dia, participam dos trabalhos normais de suas SU, seções ou


frações.

Parágrafo único. Nos dias sem expediente, o reforço permanece no quartel à


disposição do Of Dia, desde a rendição da Parada.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 246/287)


9.7 DA SUBSTITUIÇÃO DAS GUARDAS DO QUARTEL E DAS SENTINELAS

Art. 228. Na substituição das guardas deve ser observado o cerimonial


prescrito no R-2.

Art. 229. Após o cerimonial de substituição das guardas, procedem-se às


seguintes formalidades:

I - as duas guardas dirigem-se para as portas das prisões que serão abertas
com as

precauções regulamentares, sendo os presos recebidos pelo Cmt Gd que


entra, de acordo com a relação que lhe será entregue pelo substituído;

II - último. após isto, as guardas retornam ao corpo da guarda;

III - de posse das ordens e instruções, o Cmt Gd que entra organiza seu
serviço (roteiro, ordens particulares a cada posto etc) e, em seguida, recebe a carga
do material que ficará sob sua guarda; e

IV - o Cmt Gd que entra transmite as ordens ao Cb Gd e ordena que este


proceda à

substituição das sentinelas, pelo seu primeiro quarto, devendo a sentinela das
armas ser substituída por último.

Art. 230. Na substituição das sentinelas deve ser observado o cerimonial


prescrito no R-2.

Art. 231. Substituídas as sentinelas, os comandantes das guardas apresentam-


se ao Of Dia, participando as irregularidades verificadas.

Art. 232. As guardas externas que se recolherem ao quartel, após seus


comandantes se apresentarem ao Of Dia, fazem a continência regulamentar ao
terreno no local habitual da Parada, saindo de forma ao comando correspondente.

Parágrafo único. Quando a guarda for comandada por oficial, este ordena ao
sargento Cmt Gd do quartel que comunique a sua chegada ao Of Dia, procedendo, a
seguir, como estabelece o presente artigo.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 247/287)


Art. 233. A substituição dos demais serviços processa-se mediante a
transmissão das ordens e instruções, dos substituídos aos substitutos, e a
apresentação de ambos ao Of Dia.

9.8 DO SARGENTO-DE-DIA À SUBUNIDADE

Art. 207. O Sgt Dia SU é o auxiliar do Of Dia no que se referir ao serviço em


sua SU e, de conformidade com as determinações desse oficial, incumbe-lhe:

I - apresentar-se ao Cmt SU, ao Of Dia e ao Adj, ao entrar e sair de serviço e


após a leitura do BI;

II - informar ao Of Dia a existência de ordens especiais relativas à sua SU que


interessem ao serviço;

III - solicitar do Of Dia, na ausência do Cmt SU, qualquer providência de caráter


urgente;

IV - auxiliar o Of Dia e o Adj em tudo o que diga respeito à boa execução dos
respectivos serviços, providenciando, particularmente, para que o armeiro da SU
esteja na reserva à hora prevista para a distribuição e o recolhimento do armamento
do pessoal de serviço;

V - registrar no livro de partes diárias da SU todas as ocorrências havidas no


seu serviço;

VI - fiscalizar o serviço de guarda da SU;

VII - cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e particulares referentes ao


serviço na SU;

VIII - manter a ordem, o asseio e a disciplina na SU;

IX - responder pelo Sgte, na ausência deste;

X - cumprir as determinações do Of Dia relativas à sua SU ou ao serviço da


unidade;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 248/287)


XI - participar, com a urgência necessária, ao Cmt SU, aos oficiais, ao
subtenente e ao Sgte, as ordens extraordinárias que receba e que sejam de
interesse imediato desses militares ou da SU;

XII - participar ao Cmt SU, com urgência, as ocorrências verificadas durante o


serviço e que exijam seu imediato conhecimento, independente das providências
tomadas a respeito;

XIII - pôr em forma a SU para as formaturas e revistas;

XIV - conduzir, em forma, os cabos e soldados da SU para o rancho, cumprindo


os seguintes procedimentos:

a) exigir que as praças se apresentem corretamente fardadas;

b) apresentar ao encarregado do setor de aprovisionamento a relação das


praças que, por motivo de serviço, não compareçam à hora regulamentar; e

c) permanecer no rancho até o final da refeição, verificando os aspectos


relativos à higiene e à disciplina das praças da SU;

XV - apresentar ao Adj as praças da SU que devam ser recolhidas presas;

XVI - zelar para que as praças detidas da SU permaneçam nos lugares


determinados;

XVII - substituir o Sgte nos feriados, sábados e domingos, nas atribuições


deste relativas à Parada; e

XVIII - no caso de abertura da reserva de armamento da SU, nos horários sem


expediente, para entrega de armamento do pessoal de serviço, assistir à distribuição
e ao recolhimento, pelo armeiro, de todo o armamento utilizado, bem como à
abertura e ao fechamento da reserva.

§ 1º Quando no quartel se encontrar apenas uma SU da unidade, as funções


de Adj Of Dia e de Sgt Dia SU são acumuladas pelo mesmo militar.

§ 2º O serviço de Sgt Dia SU, quanto às ligações externas, começa


normalmente depois da leitura do BI, salvo nos dias em que, por qualquer
circunstância, não se achem presentes os oficiais, o subtenente ou o Sgte SU, caso
em que seguirá a regra geral para os serviços diários.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 249/287)


§ 3º Ordinariamente, antes da leitura do BI, o Sgt Dia SU entende-se apenas
com as autoridades de sua SU.

Art. 208. Nas unidades em que os animais se achem distribuídos às SU, o Sgt
Dia tem mais os seguintes encargos:

I - verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem como zelar pela
conservação das cavalariças ou do canil, de acordo com as regras estabelecidas e
ordens recebidas;

II - receber a forragem destinada à alimentação dos animais da SU e assistir à


sua distribuição, bem como a da água, tudo de acordo com as ordens em vigor;

III - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o veterinário ou outra autoridade nas


revistas às cavalariças ou ao canil, prestando-lhes as informações pedidas;

IV - inspecionar, com freqüência, as cavalariças, tanto de dia como de noite,


verificando se tudo corre normalmente, corrigindo as irregularidades que encontre e
pedindo providências para as que escapem à sua alçada;

V - anotar os animais que se desferrarem e os que o veterinário considerar sem


condições de prestar serviço, registrando os respectivos números no quadro de
avisos da SU para conhecimento dos interessados e providências decorrentes;

VI - apresentar, diariamente, à enfermaria veterinária, os animais que


precisarem de curativos ou tratamento, bem como ao veterinário, o caderno de
registro da SU, para as alterações necessárias;

VII - impedir que qualquer animal da SU seja retirado das baias ou do canil sem
a autorização necessária, bem como anotar as quantidades de forragem recebidas
do seu antecessor e passadas ao seu sucessor; e

VIII - examinar, minuciosamente, os animais que saírem ou regressarem, a fim


de inteirar-se, de imediato, das irregularidades ocorridas e participá-las à autoridade
competente para as devidas providências.

Art. 209. Nas unidades, cujas SU disponham de viaturas, o Sgt Dia tem, ainda,
os seguintes encargos:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 250/287)


I - verificar limpeza, arrumação e segurança da garagem, das oficinas e dos
depósitos, em especial os que contenham inflamáveis;

II - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o O Mnt Vtr ou outra autoridade, nas


revistas às dependências mencionadas, prestando-lhes as informações pedidas;

III - somente permitir a saída de viaturas quando devidamente autorizada,


verificando se o motorista cumpre todas as normas prescritas;

IV - anotar as viaturas que sofrerem panes ou acidentes, participando as


alterações verbalmente ao Cmt SU e registrando-as no livro de partes;

V - inspecionar, com freqüência, as dependências relacionadas no inciso I


deste artigo, verificando se tudo corre normalmente, corrigindo eventuais
irregularidades ou solicitando as providências que o caso indicar;

VI - examinar as viaturas na saída e no regresso, transcrevendo no livro de


partes:

a) o reabastecimento;

b) a leitura do odômetro;

c) a natureza do serviço prestado e quem o autorizou; e

d) as observações que julgar oportunas;

VII - anotar e transcrever no livro de partes as quantidades de lubrificantes e


combustíveis que recebeu de seu antecessor, as que foram consumidas e as que
passou para o seu sucessor.

9.9 DO CABO-DE-DIA

Das Guardas das Subunidades

Art. 234. A Guarda da SU é constituída pelo Cb Dia, que é o seu Cmt, e pelos
soldados plantões, restringindo-se o serviço às dependências da SU acessíveis às
praças.

Art. 235. O serviço de guarda à SU tem por fim:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 251/287)


I - manter a ordem, a disciplina e o asseio no alojamento e nas demais
dependências acessíveis às praças;

II - vigiar as praças detidas no alojamento;

III - não permitir:

a) jogos de azar, disputa ou algazarra; e

b) a saída de objetos sem autorização dos respectivos donos ou responsáveis;

IV - cumprir e fazer cumprir todas as determinações das autoridades competentes.

§ 1º Os plantões permanecem no quartel durante todo o serviço; o Cb Dia e o


plantão da hora conservam-se desarmados, mas portando o cinto de guarnição.

§ 2º Quando a SU ocupar mais de um alojamento, o número de plantões pode ser


aumentado, na razão de três homens por alojamento, a juízo do Cmt SU.

Art. 236. O Cb Dia é o principal responsável pela ordem e exatidão do serviço


de guarda à SU.

Art. 237. Ao Cb Dia incumbe:

I - verificar com o seu antecessor, na ocasião de receber o serviço se todas as


dependências estão em ordem e limpas e se as praças detidas se encontram nos
lugares determinados;

II - transmitir aos plantões as ordens gerais e particulares relativas ao serviço e


velar pela sua fiel execução;

III - assistir à substituição dos plantões, verificando se as ordens são


transmitidas com exatidão;

IV - apresentar-se, logo depois da Parada, ao seu Cmt SU, ao Sgte e ao Sgt


Dia à sua SU;

V - dirigir a limpeza das dependências da SU sob a responsabilidade da


guarda, a ser feita pelos plantões, particularmente dos banheiros;

VI - providenciar para que as praças da SU entrem rapidamente em forma, por


ocasião de todas as formaturas normais ou extraordinárias;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 252/287)


VII - apresentar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência daquele, as praças que
devam comparecer à visita médica e acompanhá-las à presença do médico;

VIII - participar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência do primeiro, as


irregularidades ocorridas na SU, mesmo que tenham exigido providências imediatas;

IX - distribuir os quartos de serviço pelos plantões, de modo que cada um não


permaneça em serviço por mais de duas horas consecutivas;

X - apresentar-se a todos os oficiais que entrarem no alojamento;

XI - zelar para que as camas se conservem arrumadas pelos seus donos e os


armários fechados;

XII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de
alvorada, salvo ordem contrária;

XIII - não consentir a presença de civis no alojamento sem que estejam


devidamente acompanhados por um oficial ou sargento;

XIV - verificar e relacionar as praças que, estando no pernoite, não se


encontrem no alojamento ao toque de silêncio, devendo tal relação constar da parte
do Sgt Dia, a fim de que seja possível averiguar o destino de cada militar ausente;

XV - apresentar ao Sgt Dia SU, por ocasião das formaturas para o rancho, a
relação das praças que, por motivo de serviço, não possam comparecer ao rancho
na hora regulamentar; e

XVI - verificar, por ocasião das formaturas para o rancho, se todas as praças
em forma estão arranchadas, entregando ao Sgt Dia SU a relação dos faltosas sem
motivo justificado.

9.10 DOS PLANTÕES

Art. 238. O plantão de serviço (plantão da hora) é a sentinela da SU,


incumbindo-lhe:

I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento, participando imediatamente


ao Cb Dia qualquer alteração que verificar;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 253/287)


II - proceder como estabelece o R-2 na entrada de qualquer oficial no
alojamento, apresentando-se a este quando ausente o Cb Dia;

III - não permitir que as praças detidas no alojamento dele se afastem, salvo
por motivo de serviço e com ordem do Cb Dia;

IV - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o asseio do


alojamento e das dependências que lhe caiba guardar;

V - zelar para que as camas se conservem arrumadas;

VI - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na dependência


destinada a dormitório, sempre que haja vestiário separado ou outro local apropriado
à permanência nas horas de folga;

VII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de
alvorada, coadjuvando a ação do Cb Dia;

VIII - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que estejam


devidamente acompanhados por um oficial ou sargento;

IX - examinar todos os volumes que forem retirados do alojamento, conduzidos


por praças e que não tenham sido verificados pelo Sgt Dia ou Cb Dia, impedindo a
retirada dos que não estejam devidamente autorizados;

X - impedir a retirada de qualquer objeto do alojamento sem a devida


autorização do dono ou responsável ou do Sgt Dia ou Cb Dia;

XI - não consentir que qualquer praça se utilize ou se apodere de objeto


pertencente a outrem sem a autorização do dono ou responsável;

XII - impedir a entrada de praças de outras SU que não possuam a autorização


necessária, principalmente após a revista do recolher;

XIII - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer perturbação do
silêncio, depois do respectivo toque;

XIV - relacionar as praças que, estando no pernoite, se recolherem ao


alojamento depois do toque de silêncio e entregar a relação ao Cb Dia no momento
oportuno;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 254/287)


XV - dar sinal de “silêncio” imediatamente após a última nota do respectivo
toque; e

XVI - acender e apagar as luzes do alojamento nas horas determinadas.

Parágrafo único. Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de um


oficial no alojamento, qualquer praça pode dar o alerta (sinal ou voz) que àquele
incumbe.

Art. 239. Os plantões são substituídos nas mesmas condições das sentinelas
da guarda do quartel, no que for cabível.

Art. 240. Os plantões fazem a limpeza do alojamento e das dependências a


cargo da Gd SU, sob a direção do Cb Dia.

Art. 241. O posto de plantão da hora se localiza, normalmente, na entrada do


alojamento, devendo aquele militar percorrer, algumas vezes, essa dependência,
para certificar-se de que o pessoal está usando corretamente as instalações,
principalmente as sanitárias.

Parágrafo único. O plantão da hora também é responsável por manter a


limpeza e o asseio das instalações sanitárias.

9.11 DEMONSTRAÇÃO DO SERVIÇO DA GUARDA DO QUARTEL DA OM

Da Guarda do Quartel

Art. 210. A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt e


constituída dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas.

§ 1º Excepcionalmente, a guarda do quartel pode ser comandada por oficial,


neste caso, é acrescida de um corneteiro ou clarim, passando o sargento às funções
de auxiliar do Cmt Gd.

§ 2º Todo o pessoal da guarda deve manter-se corretamente uniformizado,


equipado e armado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em forma e
atender a qualquer eventualidade.

§ 3º Observado o previsto no § 5º deste artigo, um rodízio de descanso entre


os homens menos folgados pode funcionar no decorrer de todo o serviço, sob o

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 255/287)


controle do Cmt Gd, com a finalidade de permitir que os soldados estejam
descansados, vigilantes e alertas durante a permanência nos postos de sentinela,
particularmente no período noturno.

§ 4º O período de descanso de que trata o § 3º deste artigo é gozado no


alojamento da guarda, de onde os homens somente se afastam mediante ordem ou
com autorização do Cmt Gd, sendo autorizado que os soldados afrouxem o
equipamento e durmam.

§ 5º Um efetivo aproximado de um terço da guarda do quartel deve estar


acordado e reunido, como força de reação, inclusive à noite, para atender a
situações de emergência na defesa do quartel.

§ 6º As condições do rodízio tratado nos §§ 3º e 4 deste artigo devem estar


reguladas de forma pormenorizada nas NGA/U.

Art. 211. A guarda do quartel tem por principais finalidades:

I - manter a segurança do quartel;

II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os


primeiros saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem de
autoridade competente;

III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas,


somente permitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente
autorização e, neste caso, convenientemente trajadas;

IV - somente permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situações


extraordinárias, mediante ordem ou licença especial e apenas pelos locais
estabelecidos;

V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e


outros artigos proibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a
unidade;

VI - não permitir aglomerações nas proximidades das prisões nem nas


imediações do corpo da guarda e dos postos de serviço;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 256/287)


VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade
competente, bem como exigir o cumprimento das prescrições relativas à saída de
viaturas;

VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento


e ordem do Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se
aproximar do quartel;

IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou


pessoas estranhas, sem autorização do Of Dia;

X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento,


de oficial estranho à unidade;

XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no


quartel;

XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio


conhecimento e autorização do Of Dia;

XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a


apresentação do cartão de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U;

XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à


distância, quando necessário;

XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior


do quartel;

XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de


fechado o portão principal;

XVII - permitir a saída das praças, após a revista do recolher, somente das que
estejam autorizadas pelo Of Dia; e

XVIII - prestar as continências regulamentares.

Parágrafo único. Na execução dos serviços que lhes cabem, as guardas são
regidas pelas disposições regulamentares vigentes relativas ao assunto e instruções
especiais do Cmt U.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 257/287)


Art. 212. No corpo da guarda é proibida a permanência de civis ou de praças
estranhas à guarda do quartel.

Art. 213. No corpo da guarda devem ser afixados quadros contendo relações
de material carga distribuído, os deveres gerais do pessoal da guarda e as ordens
particulares do Cmt U.

Art. 214. Os postos de sentinela, especialmente o da sentinela das armas e os


das prisões, são ligados ao corpo da guarda por meio de campainha elétrica ou
outros meios de comunicação.

CONTINÊNCIA DA GUARDA DO QUARTEL À AUTORIDADE

(Fonte: Vade Mecum 03 da Secretaria Geral do Exército)

Procedimento para a recepção

A recepção pela guarda do quartel à autoridade visitante ou inspecionadora é,


normalmente, a primeira atividade realizada, exceto quando precedida por escolta,
guarda de honra e salva, se houverem.

Terão direito à continência da guarda formada as autoridades enumeradas a


seguir:

- Presidente da República; - Vice-Presidente da República;

- Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo


Tribunal Federal;

- Ministros de Estado;

- Governadores de Estado e do Distrito Federal, nos respectivos territórios, ou


em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;

- Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

- Ministros do Superior Tribunal Militar, inclusive os civis;

- Oficiais-Generais e Oficiais-Superiores da ativa;

- Comandante, Chefe ou Diretor da OM, qualquer que seja o seu posto;

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 258/287)


- Oficiais-Generais e Oficiais Superiores das Forças Armadas das Nações
Estrangeiras, quando uniformizados.

- As autoridades civis estrangeiras, correspondentes às nacionais


supramencionadas, quando em visita de caráter oficial, apesar de não ser previsto
no R 2, no entanto, por terem direito às honras militares e à continência da tropa,
deverá, também, a guarda do quartel prestar-lhes continência.

O procedimento a adotar para a recepção à autoridade é o abaixo descrito:

A guarda do quartel formará em uma fileira, no interior do quartel, logo após o


portão das armas, dando a direita para a direção de onde vem a autoridade (Fig 3);
poderá, ainda, formar antes do portão das armas, quando a instalação do
aquartelamento assim o exigir: O clarim ou corneteiro precedendo o Cmt da guarda
do quartel. A Banda de Música poderá, eventualmente, participar, a critério do Cmt
da OM, posicionando-se no local mais adequado.

(Fig 3)
O Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia se posicionarão com a frente voltada
para a direção de onde vem a autoridade. O Cmt (Ch ou Dir) a 3 passos após o
último soldado da guarda do quartel e o oficial de dia a um passo à esquerda e a um
passo à retaguarda do Cmt (Ch ou Dir) (Fig 3 e 4).

Quando em um aquartelamento existir mais de uma sede de OM, seus


Comandantes deverão comparecer à recepção da autoridade. O Cmt (Ch ou Dir)

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 259/287)


mais antigo deverá receber a autoridade, devendo, os demais comandantes, formar
à retaguarda e à direita do Cmt mais antigo, no mesmo alinhamento do oficial de dia.
Em alguns casos a autoridade poderá dispensar a presença dos Cmt das OM que
não serão visitadas.

Se presentes, também, oficiais-generais da cadeia de comando da OM visitada,


estes deverão posicionar-se à retaguarda e à direita do Cmt da OM, ou, quando for o
caso, à direita dos Cmt de outras OM sediadas no mesmo aquartelamento.

Serão assinalados no solo, de forma discreta (Fig 4):

- o local onde deverá parar a viatura que conduz a autoridade;

- o local onde esta mesma autoridade permanecerá, enquanto lhe for prestada
a continência da guarda do quartel;

- os locais onde se postarão o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia;

- os locais dos Of Gen da cadeia de Cmdo e dos Cmt outras OM, sediadas no
mesmo aquartelamento, se for o caso;

- o local onde se posicionará a guarda do quartel.

(Fig 4)

Continência da Guarda do Quartel

A continência da guarda do quartel, normalmente, obedecerá à seqüência a


seguir:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 260/287)


Tão logo a autoridade desembarque da viatura que a conduz, ou no momento
em que chegue ao quartel e ocupe o local assinalado para o recebimento da
continência da guarda, o seu comandante comandará, à voz: "GUARDA, SENTIDO!,
OMBRO-ARMA!".

O corneteiro ou clarim tocará o indicativo do posto e função daquela autoridade,


sem qualquer comando à voz do comandante da guarda.

Caso a autoridade seja oficial-general, após o toque indicativo do posto e


função, o comandante da guarda comandará, à voz: "APRESENTAR-ARMA!,
OLHAR À DIREITA!", sendo então executado o exórdio, pela banda, fanfarra, ou a
marcha batida pelo corneteiro ou clarim, sem necessidade de qualquer comando à
voz (Fig 3)

A autoridade, ocupando o local demarcado, responde à continência da guarda


no início do exórdio (ou marcha batida); os acompanhantes se posicionam à
retaguarda da autoridade e fazem a continência individual, voltados para ela.

Ao término do exórdio, a autoridade desfará a continência (se militar), e, no


momento que precede a revista à guarda do quartel, poderá fazer, se desejar, breve
saudação à guarda, ou proferir o grito de guerra previsto nas NGA da OM (ou do
escalão superior), ou outro pré-estabelecido pela autoridade visitante e a ser
respondido em conjunto pela guarda.

A fim de não deixar a autoridade, ou a própria guarda do quartel, em situação


de constrangimento sem saber como proceder, é desejável que haja uma
coordenação entre a assessoria da autoridade visitante e o Cmt da OM com vistas à
definição da saudação (ou não) e a resposta a ser dada pela guarda. A iniciativa da
saudação deve ser sempre da autoridade visitante.

Durante a revista a autoridade deve passar pela guarda silenciosamente e, se


militar, sem prestar a continência (Fig. 5).

Após a autoridade passar em revista a guarda, seguir-se-ão as apresentações


do Cmt da OM e do oficial de dia, oportunidade em que o Cmt da guarda do quartel

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 261/287)


comandará, à voz: "OLHAR FRENTE!, OMBRO-ARMA!, DESCANSAR-ARMA!
DESCANSAR!" (apenas os dois últimos no caso de oficial superior).

(Fig 5)

Situações especiais

Quando uma autoridade deslocar-se diretamente para um local diferente


daquele em que normalmente se posiciona a guarda do quartel (por exemplo: campo
de instrução, área de acampamento, estande de tiro, ginásio de esportes, campo de
futebol, etc), a critério do Cmt da OM, poderá entrar em forma, nesse local, uma
guarda específica para recepcioná-la.

Quando a autoridade, em situações especiais, passar pela guarda do quartel


embarcada em viatura, esta última prestará a continência regulamentar quando da
aproximação da autoridade, sem a execução do toque indicativo e do exórdio
correspondente. A autoridade responderá a continência do interior da viatura. Para
isso deverá ser feita uma coordenação prévia entre a autoridade visitante e o Cmt
OM.

Quando uma ou mais autoridades entrarem numa OM para uma atividade social
(jantar ou palestra, por exemplo), o Cmt da OM, se autorizado pela autoridade
visitante, poderá constituir uma ala de militares, a ser posicionada no acesso à
entrada principal do salão ou auditório, a fim de recepcionar as autoridades
convidadas para o evento (Fig 6). Neste caso, em coordenação prévia entre a maior

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 262/287)


autoridade visitante e o Cmt OM, serão executados ou dispensados os toques
correspondentes.

(Fig 6)

Apresentações após a revista à guarda do quartel

Após a revista, o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia apresentar-se-ão,


sucessivamente, à autoridade visitante ou inspecionadora, nos seguintes termos:
(exemplo) "TEN CEL RODRIGUES, CMT DO 5º GRUPO DE ARTILHARIA DE
CAMPANHA AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMÃO DA ROCHA"; "2º TEN
JONIR, OFICIAL DE DIA AO 5º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA
AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMÃO DA ROCHA". O oficial de dia não deve
informar se o serviço está ou não com alteração (Fig 7).

(Fig 07)

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 263/287)


A autoridade cumprimentará, inicialmente, o Cmt anfitrião e o oficial de dia.
Posteriormente, cumprimentará os Cmt de outras OM sediadas no mesmo
aquartelamento, e os oficiais-generais da cadeia de comando, se houver.

Quando uma autoridade chegar a uma OM, já acompanhada do seu


comandante, cabe ao oficial de dia recepcioná-la no interior do aquartelamento,
permanecendo o comandante da OM a um passo à esquerda e um passo à
retaguarda da autoridade.

Terminadas estas apresentações, o Cmt (Ch ou Dir) da OM conduzirá a


autoridade visitante ou inspecionadora e sua comitiva ao gabinete do comando(ou
PC), ou ao local de onde aquela autoridade assistirá à execução do evento inicial
programado.

Observações gerais

Ao chegarem à OM, sucessivamente, várias autoridades que fazem jus às


honras regulamentares prestadas pela guarda do quartel, e caso não haja
autoridade superior presente, essas serão anunciadas pelos toques e exórdios
correspondentes. Quando presente autoridade superior, a guarda do quartel
executará apenas a continência às demais autoridades, com os comandos a voz,
sem a execução de toques e exórdios.

No período compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de


alvorada do dia seguinte, a guarda não formará, exceto para prestar continên cia à
Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras e
hinos de outras nações e à tropa formada, quando comandada por oficial. Enquanto
a Bandeira Nacional permanecer hasteada à noite, estando devidamente iluminada,
a guarda do quartel prestará a continência normalmente, como se de dia estivesse.

Com a finalidade de facilitar as honras regulamentares a serem prestadas às


várias autoridades que chegam à OM, por ocasião de solenidade, poderão ser
previstos, de acordo com a ordem de precedência dessas autoridades, horários
diferenciados para suas chegadas ao aquartelamento.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 264/287)


As autoridades, normalmente, são conduzidas para o gabinete do comando ou
para um local de destaque previamente designado, onde aguardarão o momento de
dirigirem-se ao palanque para o início da solenidade.

As visitas ou inspeções, sem aviso prévio da autoridade, à OM, não implicam


na alteração da sua rotina de trabalho. Ao ser informado da presença da autoridade
na Organização, o Cmt(Ch ou Dir) vai ao seu encontro, apresenta-se e a acompanha
durante a sua permanência.

A insígnia da autoridade é hasteada quando da sua chegada à OM e arriada


logo após a sua retirada. Quando presentes várias autoridades com direito à
insígnia, apenas a da maior autoridade e a do Cmt da OM serão hasteadas.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 265/287)


CAPÍTULO X

INTELIGÊNCIA MILITAR TERRESTRE

10.1 INTELIGÊNCIA MILITAR

(Fonte: EB20-MF-10.107)

CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Atividade de Inteligência possui uma estrutura peculiar, com processos, meios


e métodos que constituem as partes de um corpo único. Torna-se importante o
entendimento de conceitos, objetivos e princípios da atividade de inteligência, a fim
de melhor realizar o seu emprego.

Os conhecimentos de Inteligência são produzidos e difundidos em diferentes


níveis de utilização - Estratégico, Operacional e Tático. Embora inter-relacionados,
possuem distintos focos, finalidades e alcances temporais.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INTELIGÊNCIA MILITAR

Segurança – Em todas as fases de sua produção, o conhecimento deve ser


protegido de forma que o seu acesso seja limitado apenas às pessoas credenciadas
para tal.

Objetividade – Para que seja útil, o conhecimento deve ter sua produção
orientada por objetivos claramente definidos. A atenção a esses objetivos, por sua

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 266/287)


vez, minimiza custos e riscos associados às atividades e tarefas relacionadas à
Inteligência.

Controle – A produção do conhecimento de Inteligência deve obedecer a um


planejamento que permita adequado controle de cada uma das fases.

Flexibilidade – É a capacidade de ajustar rapidamente o emprego de meios e o


esforço de busca às constantes evoluções da situação no Espaço de Batalha.

Clareza – Os conhecimentos produzidos devem ser expressos de forma a


permitirem imediata e completa compreensão por parte dos usuários.

Amplitude – Os conhecimentos produzidos devem ser tão completos e


abrangentes quanto possível.

Imparcialidade – A produção do conhecimento deve estar isenta de ideias


preconcebidas, subjetivismos e outras influências que possam gerar distorções.

Oportunidade – O conhecimento de Inteligência deve ser produzido em prazo


que assegure sua utilização completa e adequada, contribuindo diretamente para
potencializar a capacidade do comandante de observar, orientar-se, decidir e agir.
Sem dispor de conhecimento oportuno, as ações e decisões dos comandantes serão
baseadas em dados incompletos e em uma orientação inadequada, gerando
condições para que a iniciativa e a eficácia nas operações sejam cedidas ao
oponente.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 267/287)


Integração – A produção do conhecimento de Inteligência deve valer-se de
dados oriundos de todas as fontes, favorecendo a geração de produtos precisos e
completos.

Precisão – Deve-se procurar atingir o maior grau de exatidão na obtenção dos


dados e na produção dos conhecimentos. A Inteligência precisa é um poderoso
multiplicador do poder de combate.

Continuidade – A necessidade de conhecimento é permanente. As atividades e


tarefas relacionadas à Inteligência são executadas constante e ininterruptamente,
sempre adequando-se a cada situação particular.

Relevância – O conhecimento produzido deve ser capaz de responder às


necessidades dos decisores.

Predição – A Inteligência deve informar o comandante acerca do que as


ameaças e oportunidades podem provocar. A Inteligência deve procurar antecipar-se
às intenções dos comandantes em todos os escalões.

NÍVEIS DA INTELIGÊNCIA MILITAR

O EB emprega seus meios de Inteligência Militar para atender às necessidades


de conhecimento dos comandantes e seus estados-maiores nos níveis estratégico,
operacional e tático.

Quando do emprego em operações, os comandantes devem contar com uma


combinação precisa e adequada de conhecimentos produzidos pela Inteligência
Militar, independentemente do escalão em que foram originados (ou processados).

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 268/287)


No nível estratégico, a Inteligência Militar proporciona conhecimentos sobre o
oponente em suas expressões do poder, prioritariamente. Nesse nível de atuação, a
Inteligência formula as avaliações estratégicas, os planos e as políticas referentes à
Segurança e Defesa Nacionais.

Nos níveis operacional e tático, os esforços da Inteligência Militar estão


voltados para os objetivos essenciais da campanha e trabalham para apontar as
vulnerabilidades do inimigo que permitam desencadear ações decisivas.

Os avanços tecnológicos e as Necessidades de Inteligência (NI) do Espaço de


Batalha contribuem para encurtar as distâncias entre os produtos e os meios dos
níveis estratégico, operacional e tático.

A INTELIGÊNCIA NO NÍVEL TÁTICO

No nível tático, a inteligência contribui para a consciência situacional do


comandante operativo, pois permite o conhecimento do ambiente operacional e das
ameaças presentes.

A inteligência produz e salvaguarda conhecimentos limitados, de curto alcance


no tempo e dirigidos às necessidades imediatas do comandante tático para o
planejamento ou para a condução de operações militares.

Neste nível, cresce de importância o princípio da oportunidade, uma vez que as


condições do ambiente operacional e do espaço de batalha se alteram muito
rapidamente, obrigando o comandante a reavaliar a situação militar frequentemente.

O Ciclo de Inteligência deve ser dinâmico e a fase da orientação deve ser


permanentemente atualizada. O nível tático é aquele onde a Função de Combate
Inteligência tem aplicação plena no âmbito do SIEx.

No nível tático, a Inteligência deve:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 269/287)


a) gerar conhecimentos e produtos capazes de apoiar diretamente o processo
decisório dos comandantes táticos, no planejamento e na condução de operações
militares;

b) obter um detalhado conhecimento das unidades dos oponentes, das


características técnicas de seus materiais, de seus métodos de atuação e doutrina
de emprego, da personalidade de seus chefes político-militares; e

c) levantar as condições meteorológicas, as características do terreno e as


considerações civis que possam impactar na condução das operações militares.

No nível tático, a Inteligência é executada de modo descritivo. Nesse nível


cresce de importância o princípio da oportunidade, uma vez que as condições do
Amb Op e do Espaço de Batalha se alteram muito rapidamente, obrigando os
comandantes a reavaliarem a situação e reverem suas decisões com maior
frequência.

10.2 A FUNÇÃO DE COMBATE INTELIGÊNCIA

CONSIDERAÇÕES GERAIS

As funções de combate constituem uma ferramenta conceitual para relacionar,


agrupar, descrever e coordenar as atividades das forças terrestres. Facilita o
planejamento e a execução das operações, além da

instrução e do adestramento das unidades no nível tático.

A Inteligência é uma das seis funções de combate. Sua abrangência alcança as


demais funções de combate, que são diretamente afetadas ou estão relacionadas
com os produtos da inteligência. Em particular as funções de comando e controle e
proteção englobam atividades e tarefas próprias do Sistema de Inteligência do
Exército (SIEx).

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 270/287)


A missão da Inteligência é apoiar o planejamento, a preparação, a execução e a
avaliação das operações. Portanto, o papel mais importante que desempenha é o de
servir de base para o desenvolvimento das operações, apoiando o processo
decisório, numa atividade contínua e dinâmica.

A FUNÇÃO DE COMBATE INTELIGÊNCIA

A função de combate inteligência compreende o conjunto de atividades, tarefas


e sistemas inter-relacionados empregados para assegurar compreensão sobre o
ambiente operacional, as ameaças (atuais e potenciais), os oponentes, o terreno e
as considerações civis.

Com base nas diretrizes do Comandante, normalmente expressas em


necessidades de inteligência (NI), executa tarefas associadas às operações de
Inteligência, Reconhecimento, Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA).

Tem por objetivo, satisfazer as necessidades de conhecimento para o


Comando, possibilitando o planejamento e a condução das operações. Suas
atividades são permanentes e se desenvolvem desde o tempo de paz,
materializando-se no Ciclo de Inteligência - Orientação, Obtenção, Produção e
Difusão.

A função de combate inclui tarefas relacionadas com a Atividade de Inteligência


Militar Terrestre propriamente dita, assim como com as de vigilância, reconhecimento
e aquisição de alvos.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 271/287)


A função de combate Inteligência é muito mais que a simples obtenção de
dados e informações. É um processo contínuo que integra a análise da informação
com o desenvolvimento das operações, de maneira que se possa visualizar e
entender a situação.

Esta função de combate não inclui apenas o pessoal e os meios que a integram
de forma específica. Dela também fazem parte todos aqueles que realizam, em
determinado momento, de uma forma ou de outra, atividades próprias a ela. Todo
militar é, assim, um meio de obtenção de dados em potencial (ESS – conceito do
inglês “Every Soldier is a Sensor”).

A missão da função de combate Inteligência é apoiar o planejamento, a


preparação, a execução e a avaliação de todos os tipos de operações. Portanto, o
papel mais importante que desempenha é o de servir de base para o
desenvolvimento das operações, apoiando o processo decisório, numa atividade
contínua e dinâmica.

A função de combate inteligência necessita de uma configuração capaz de


proporcionar estruturas específicas de inteligência e de comunicações a todos os
níveis de planejamento.

A estrutura de inteligência deve incluir sistemas, procedimentos e organizações


de inteligência capazes de gerar conhecimento de maneira oportuna. Uma estrutura
de Tecnologia da Informação e das Comunicações (TIC) adequada complementa a
função de combate.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 272/287)


A função de combate Inteligência, orientada pela definição das necessidades de
inteligência, obtém os dados necessários por meio de um esforço de obtenção
(adaptado ao escalão de emprego) e os analisa e integra, apoiando a manobra.

Uma vez orientada, elabora seu esforço de obtenção de dados, que consiste na
conjugação, no tempo e no espaço, dos sensores especializados e não
especializados. A função de combate inteligência elabora e difunde respostas às
necessidades de inteligência levantadas durante o exame de situação. O
conhecimento elaborado é difundido, em seguida, por meio dos escalões
subordinados e superiores, para todos aqueles em operações.

ATIVIDADES E TAREFAS DA FUNÇÃO DE COMBATE INTELIGÊNCIA

GENERALIDADES

O conceito de atividade está diretamente ligado ao conceito de missões sob a


égide da Inteligência que deverão ser desencadeadas para que o apoio ao processo
decisório, em qualquer cenário de emprego militar, seja pleno.

De igual forma, as tarefas representam as ações a serem executadas para que


os papéis preditivo e preventivo sejam efetivados pela Inteligência.

A função de combate inteligência é materializada pelo conjunto de atividades


inter-relacionadas e pela execução das tarefas associadas às ações de IRVA.

Essas atividades e tarefas subsidiam o planejamento e a condução de


operações militares, além de identificar e contribuir para a neutralização das
ameaças. As atividades e tarefas desempenhadas pela função de combate
inteligência são fundamentais para o planejamento e para o emprego eficaz da
tropa, bem como para a sua segurança.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 273/287)


PRODUÇÃO CONTINUADA DE CONHECIMENTO EM APOIO AO
PLANEJAMENTO DA FORÇA

É a atividade representativa do caráter dinâmico e integrador desempenhado


pela função de combate, onde a condução de operações sistemáticas, a preparação
de pessoal especializado, a interatividade entre agências parceiras, a obtenção
atualizada de dados diversos e a definição de apoio possível para o escalão
considerado são inequívocas manifestações de trabalho ativo e interativo da
Inteligência.

Está delimitada pelas seguintes tarefas:

a) prover prontidão de Inteligência;

b) estabelecer a arquitetura de Inteligência;

c) configurar os meios de Inteligência para o atendimento às necessidades de


análise de missão;

d) obter dados e informações que alimentem o processo de integração terreno-


condições meteorológicas-inimigo-considerações civis (PITCIC); e

e) gerar conhecimento de Inteligência.

APOIO À OBTENÇÃO DE CONSCIÊNCIA SITUACIONAL

É a atividade que define a amplitude do trabalho de inteligência. Tem na


caracterização do ambiente operacional e do inimigo, bem como na determinação
dos efeitos destes sobre as operações uma clara representação do alcance que a
Inteligência tem nas operações.

A utilização de vasta gama de meios disponibilizados permite a efetivação das


seguintes tarefas:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 274/287)


a) execução do PITCIC;

b) acompanhamento das ações em desenvolvimento; e

c) apoio constante para as atividades de proteção.

EXECUÇÃO DE AÇÕES DE IRVA

Atividade que demonstra o método praticado pelo trabalho de inteligência e o


alcance de seu apoio na detecção de alvos e designação de objetivos nas
operações.

A seleção de elementos essenciais de inteligência (EEI) e o emprego de


ferramentas para a busca por dados sobre tais alvos são evidências de rotinas que
compõem o trabalho de sincronização de missões da função de combate
inteligência.

As tarefas inerentes a esta atividade são:

a) sincronização das atividades IRVA;

b) integração das atividades de IRVA;

c) condução de reconhecimentos;

d) condução de vigilância;

e) condução de outras operações e missões relacionadas à inteligência; e

f) proporcionar apoio na busca de alvos, utilizando-se de sensores tecnológicos


ou humanos que representam o formato desta atividade da função de combate.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 275/287)


APOIO NA OBTENÇÃO DA SUPERIORIDADE DE INFORMAÇÕES

Esta atividade é definida pelo apoio cerrado sobre medidas de proteção


planejadas para as informações em seu mais amplo emprego. Desde as operações
de informação até a avaliação de danos que possam interferir no desempenho das
tropas em campanha, todos os dados inerentes ao campo das informações que têm
relevância para o processo decisório em andamento recebem atenção especial da
Inteligência como agente de caráter preditivo e preventivo.

São tarefas clássicas desta atividade:

a) prover apoio de Inteligência às tarefas de informações da F Ter; e

b) proporcionar apoio de Inteligência às atividades de avaliação das operações.

APOIO NA BUSCA DE AMEAÇAS

É a atividade que caracteriza o papel preventivo e analista da Inteligência no

campo das operações do chamado amplo espectro dos conflitos.

O trabalho de busca e definição das verdadeiras ameaças para a F Ter é


metódico, ininterrupto e determinado por uma capacidade de integração e
sincronização dos diversos sensores disponíveis para a Inteligência.

É no exercício desta atividade que a inteligência provará a sua eficácia,


eficiência e efetividade quando da detecção dos meios que possam provocar um
desequilíbrio na F Ter.

As tarefas inerentes a esta atividade são:

a) proporcionar apoio de Inteligência à busca continuada de ameaças; e

b) proporcionar apoio de Inteligência à detecção continuada de ameaças.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 276/287)


A tabela 2-1 ilustra a relação entre atividades e tarefas da função de combate
inteligência.

Tab 2-1 Atividades e Tarefas da F Cmb Intlg

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 277/287)


10.3 ELEMENTOS METEOROLÓGICOS

As propriedades e as características físicas da atmosfera que carecem serem


medidas ou observadas para a descrição do estado das condições meteorológicas
são denominadas elementos meteorológicos.

Os elementos meteorológicos que mais influenciam as operações militares são


o crepúsculo, as fases da lua, as condições atmosféricas e outros.

CREPÚSCULO (Fig 7-10):

a) a passagem da noite para o dia denomina-se crepúsculo matutino e a


passagem do dia para a noite crepúsculo vespertino. Existem três tipos de
crepúsculos:

- crepúsculo astronômico: a luminosidade oferecida é tão reduzida que, para


fins militares, pode ser considerado como obscuridade;

- crepúsculo náutico: proporciona luminosidade suficiente para a realização dos


movimentos terrestres, aplicando-se os dados relativos aos movimentos diurnos;

a visibilidade fica limitada a um máximo de 400 metros, permitindo o emprego


do armamento até esse alcance e a progressão com relativa coberta da observação
inimiga; conforme a situação, permite a observação dos fogos da artilharia e das
operações aéreas diurnas.

- crepúsculo civil: proporciona luminosidade suficiente para as atividades


diurnas normais, permitindo operações militares de qualquer tipo;

b) a duração dos crepúsculos depende da localização geográfica (latitude e


longitude) e varia ao longo do tempo.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 278/287)


c) enquanto na ofensiva a baixa luminosidade favorece a concentração de
forças, a manobra e a obtenção da surpresa, na defensiva prejudica a vigilância,
impede o reconhecimento, dificulta a coordenação e o controle e reduz a precisão da
busca de alvos.

FASES DA LUA:

a) as condições de visibilidade noturna são determinadas, principalmente,


pelas fases da lua. A visibilidade é mínima na fase da lua nova, aumenta na fase de
quarto crescente, alcança o máximo na lua cheia e decresce no quarto minguante, e
assim sucessivamente (Tab 7-7);

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 279/287)


b) assim, a luminosidade deve ser analisada em função do nascer e do pôr do
sol e das fases da lua, que exercerão influência nas condições de observação, de
sigilo, de emprego de meios aéreos e de coordenação e controle de tropas; e

c) a visibilidade não é somente afetada pela diminuição ou ausência de luz


direta, é também por outros elementos meteorológicos, tais como precipitações,
nebulosidade, ventos etc.

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS:

a) Temperatura e umidade;

- Estes dois elementos têm influência nos vetores lançados através da


atmosfera, tais como aeronaves, mísseis, foguetes e granadas de artilharia. Quando
estes elementos apresentam valores extremos, afetam o rendimento do pessoal, do
material, do equipamento, do armamento, de viaturas, etc; podem causar
dificuldades na construção de posições e fortificações; e irão provocar um aumento
na dependência do apoio logístico.

- a temperatura deve ser analisada sob dois aspectos distintos:

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 280/287)


- quanto ao seu valor absoluto, particularmente quando indicar situações
extremas de frio e de calor, influenciando na eficiência combativa das tropas e no
funcionamento do material empregado;

- quanto ao seu valor relativo, ou gradiente de temperatura, que é a diferença


entre as temperaturas das camadas de ar; assim, três situações podem ocorrer:

- inversão - a temperatura aumenta com a altitude; a velocidade dos ventos é


pequena e o ar estável, com poucas correntes; permite a utilização de agentes
QBRN e favorece o lançamento de “cortinas” fumígenas;

- neutralidade - a variação da temperatura com a altitude é pequena ou nula; o


ar é moderadamente estável, caracterizando-se como uma situação intermediária
entre a inversão e a lapse;

- lapse - a temperatura diminui à medida que a altitude aumenta; o ar torna-se


instável, não favorecendo o lançamento de agentes QBRN e o emprego de
“cortinas” fumígenas, mas a formação de “tetos” de fumaça.

b) Nebulosidade;

- a nebulosidade é uma situação decorrente da maior ou menor existência da


formação de nuvens ou mesmo de nevoeiro, neblina, névoa, dentre outros.

- o tipo e densidade da camada de nuvens, assim como a altura de seus limites


inferior e superior, influem nas operações aéreas. As nuvens também podem afetar
as operações terrestres, porquanto limitam a luminosidade natural diurna e noturna,
e determinam as precipitações. A neblina poderá interferir na visibilidade.

- normalmente, nas zonas costeiras e em vales interiores, a formação de


neblina e nevoeiros é muito frequente pela manhã, limitando a visibilidade e
produzindo efeitos sobre as operações.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 281/287)


c) Precipitações;

- têm grande influência sobre o estado do terreno, a observação, as tropas e o


funcionamento de alguns equipamentos, materiais e armamentos. Conforme o tipo
de terreno, a transitabilidade poderá ser afetada. A chuva pode reduzir
drasticamente a persistência dos agentes químicos, a eficácia das minas e de outros
materiais de emprego militar. A eficácia do pessoal também será reduzida pelas
precipitações, ao produzir desconforto, aumentar a fadiga e gerar outros problemas
físicos e psicológicos.

- um aspecto importante a considerar é a ocorrência de descargas elétricas,


que podem incidir sobre depósitos de munições e de combustíveis, afetar as linhas
de transmissão terrestres e alterar ou impedir o uso do espectro eletromagnético,
tanto para a realização de transmissões como para o emprego de radares e
sensores.

d) Ventos;

- a direção e a velocidade do vento têm influência sobre o emprego de


fumígenos e de agentes QBRN. A direção influirá no aspecto tático com relação à
favorabilidade ou não do seu lançamento, já a velocidade influirá tecnicamente,
definindo as possibilidades de emprego do agente.

- a velocidade dos ventos produzirá efeitos sobre o emprego de meios de


combate e de tropas especiais, como por exemplo, operações aeromóveis e
aerotransportadas.

- como exemplo da influência da direção no emprego de meios de combate,


destaca-se a detecção de sons, onde o fator vento poderá aumentar ou encurtar a
percepção da distância do local de ocorrências.

- um aspecto positivo, do ponto de vista militar, é que os ventos podem acelerar


a secagem dos solos, antecipando a melhoria das condições de trafegabilidade dos
mesmos.

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 282/287)


- conforme a necessidade, poder-se-á representar a circulação local dos ventos
predominantes, com suas velocidades e direções, em um calco específico, com a
finalidade de determinar a melhor utilização de elementos fumígenos e QBRN, bem
como seu possível efeito no armamento em geral, equipamento especial de
vigilância, busca de alvos e sobre as tropas.

10.4 SEGURANÇA ORGÂNICA

O conteúdo referente à segurança orgânica deverá ser ministrado de acordo


com as seguintes fontes de consulta de acesso restrito:

IP 30-3 RAMO CONTRA-INTELIGÊNCIA, 1ª Ed, 1996

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Regulamento de Uniformes do Exército (R-124), aprovado pela Port Min no 806,


de 17 DEZ 1998, alteradas pelo Cmt Ex através das Portarias abaixo:

- Port no 158 – Altera o Capítulo V (Das Insígnias), os art. 44 ao 67 do Capítulo


VI (Dos Distintivos) e revoga os art. 68 ao 111- C, do Capítulo VI (Dos Distintivos);

- Port no 159 – Cria o cadarço de identificação de OM (sutache);

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 283/287)


- Port no 160 – Altera o no máximo de medalhas e barretas;

- Port no 161 – Inclui, para o segmento feminino, calça para composição nos
uniformes 2º A1 e 3º A.

EB10-MT-11.001 – Manual Técnico – Técnicas e Procedimentos de


Comunicação Social;

PORTARIA No 522, DE 15 DE OUTUBRO DE 2001 - (Vade-Mécum 07 - Prática


de Cerimonial e Protocolo);

PORTARIA NORMATIVA Nº 660-MD, DE 19 DE MAIO DE 2009 - (Regulamento


de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças
Armadas);

Apostila do Curso de Etiqueta Social – CursosOnlineSP.com.br;

LEI Nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (educação ambiental, institui a Política


Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências);

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências);

DECRETO Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 (separação dos resíduos


recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal
direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e
cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências);

Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – R-1 (RISG);

EB20-MC-10.213 (OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO);

EB20-MC-10.215 (OPERAÇÕES DE DISSIMULAÇÃO);

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 284/287)


EB20-MF-10.107 - Manual de Fundamentos (INTELIGÊNCIA MILITAR
TERRESTRE).

(Coletânea de Manuais / Técnicas militares I VOL. II................................... 285/287)

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