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CURSO DE GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA AEROESPACIAL
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2014
RESUMO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
3. METODOLOGIA ........................................................................................... 15
5.19 Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado .... 84
5.20 Curvas de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado ............. 86
1
que os modelos DA 40 têm a menor taxa de acidentes fatais na aviação geral dos Estados
Unidos e consideravelmente melhor que a taxa do Cirrus SR20 E SR22.
Em um primeiro momento serão listadas as características da aeronave como as três
vistas, parâmetros da asa, fuselagem e empenagem horizontal, passeio do centro de gravidade
e o diagrama V-n de manobra.
Com a aquisição dos dados da aeronave, será feita uma determinação de todos os
coeficientes aerodinâmicos da mesma, essenciais para a análise da estabilidade estática
longitudinal e controle da aeronave.
Por fim, para toda a faixa de operação prevista no envelope da aeronave, determina-se
a posição dos pontos neutros e de manobra, manche fixo e manche livre, as curvas de
equilíbrio para deflexão do profundor e força no manche, movimento e força no manche por
“g”, deflexão do profundor e força no manche para realizar manobras.
Este relatório de referência será disponibilizado para consulta dos alunos da disciplina
EMA057- Estabilidade e Controle do Avião, nos semestres futuros.
Dando sequência ao trabalho, no Capítulo 2, apresenta-se uma breve revisão
bibliográfica sobre o assunto.
Uma descrição da metodologia para o cálculo de estabilidade e controle longitudinal é
apresentada no Capítulo 3.
O Capítulo 4 apresenta uma descrição detalhada da aeronave em estudo, incluindo as
suas três vistas.
Os resultados obtidos são apresentados e discutidos no Capítulo 5.
No Capítulo 6 são analisadas alterações no projeto da aeronave, visando obter
resultados respeitando todas as limitações de operação da aeronave. Este capítulo inclui a
análise da aeronave com as alterações operando com flapes atuados.
O Capítulo 7 conclui o trabalho, apresentando as principais conclusões e sugestões
para trabalhos futuros.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
∑ 𝐹𝑒 = 0
3
2) Corpo Rígido não Puntual: Está em equilíbrio quando seu centro de gravidade se
encontra em repouso, ou em movimento retilíneo uniforme, ou em rotação constante
em torno de um eixo fixo que passa pelo centro de gravidade. Isso equivale a dizer que
a resultante de forças e momentos estáticos é zero:
∑ 𝐹𝑒 = 0 𝑒 ∑ 𝑀𝑒 = 0
5
𝐶𝐻 = Coeficiente de Momento.
Seguindo o estudo proposto por Pinto (2012), é razoável adotarmos que:
𝐶𝐻 = 𝜑(𝛼 𝑇 , 𝜂, 𝛿)
Expandindo em série de Taylor e linearizando:
𝐶𝐻 = 𝐶𝐻0 + 𝑏1 𝛼 𝑇 + 𝑏2 𝜂 + 𝑏3 𝛿
Onde:
𝐶𝐻0 ∆ 𝐶𝐻 (0,0,0)
𝜕𝐶𝐻 𝜕𝐶𝐻 𝜕𝐶𝐻
𝑏1 ∆ | 𝑏2 ∆ | 𝑏3 ∆ |
𝜕𝛼 𝑇 (0,0,0) 𝜕𝜂 (0,0,0) 𝜕𝛿 (0,0,0)
6
longitudinal, isto significa que a aeronave deve atender a esses critérios para ser considerada
estável estaticamente.
∆𝑚
| <0
∆𝛼 𝛼= 𝛼̅
∆𝑚
Como lim∆𝛼→0 ∆𝛼 | < 0 ,temos o 1º critério:
𝛼= 𝛼
̅
𝝏𝒎
| <𝟎
𝝏𝜶 𝜶= 𝜶̅
Temos o 2º critério:
𝝏𝑪𝒎
| <𝟎
𝝏𝜶 𝜶̅
7
Temos o 3º critério:
𝝏𝑪𝒎
| <𝟎
𝝏𝑪𝑳 𝑪̅𝑳
Temos o 4º critério:
𝝏𝑪𝒎
| <𝟎
̃𝑳
𝝏𝑪 𝟎
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2.8 Equação Fundamental da Estabilidade Estática Longitudinal
De acordo com Pinto (2012), para estabelecer a equação Fundamental, determinamos
os pontos de aplicação do peso e das forças aerodinâmicas na aeronave. Assim, pode-se
desenhar um diagrama de esforços para se fazer a análise de estabilidade estática longitudinal.
Lembramos que o centro aerodinâmico e o centro de gravidade se encontram em algum ponto
ao longo da corda média aerodinâmica da aeronave, sendo a posição do CA mais dianteira em
relação ao C.G., e a direção da força de tração e arrasto passando pelo C.G. Temos o peso
aplicado no centro de gravidade, enquanto a sustentação e momento aerodinâmico da asa
estão aplicados no CA asa, a sustentação e momento aerodinâmico da empenagem horizontal
estão aplicados no C.A. desta. A Figura 2.3 mostra uma representação esquemática:
Figura 2.3 – Pontos de aplicação das forças aerodinâmicas.
Onde:
𝑆𝑇 𝑙𝑡
𝑉̅ = = Volume de cauda
𝑆𝑐̿
Em seguida, da definição de 𝐶𝐿𝑇 = 𝑎1 𝛼 𝑇 + 𝑎2 𝜂 + 𝑎3 𝛿, fazemos:
𝜀𝛼
𝛼 𝑇 = 𝛼 − 𝜀 + 𝑖𝑡 => 𝛼 𝑇 = 𝐶 + 𝑖𝑡
𝑎 𝐿
𝜕𝜀
Onde: 𝜀𝛼 ∆ 1− 𝜕𝛼 |
𝟎
Portanto:
̅ (𝒂𝟏 𝜺𝜶 𝑪𝑳 + 𝒂𝟏 𝒊𝒕 + 𝒂𝟐 𝜼 + 𝒂𝟑 𝜹)
𝑪𝒎 = 𝑪𝒎 𝟎 + 𝑪𝑳 (𝒉 − 𝒉𝟎 ) − 𝑽
𝒂
9
2.9 Análise de Equilíbrio
2.9.1 Ângulo de deflexão do profundor no Equilíbrio
De acordo com Pinto (2012), no equilíbrio temos o coeficiente de momento igual a
zero, assim:
̅ (𝑎1 𝜀𝛼 𝐶𝐿̅ + 𝑎1 𝑖𝑡 + 𝑎2 𝜂̅ + 𝑎3 𝛿)
𝐶𝑚 = 0 = 𝐶𝑚 0 + 𝐶𝐿̅ (ℎ − ℎ0 ) − 𝑉
𝑎
Isolando o ângulo de deflexão do profundo 𝜂̅ :
𝟏 ̅ 𝒂𝟏
𝑽 𝟏
̅=
𝜼 [(𝒉 − 𝒉𝟎𝒘𝒃 ) − 𝜺 ] 𝑪̅𝒍 + [( ) ̅ ]
̅ 𝒂𝟐
𝑽 𝒂𝒘𝒃 𝜶 ̅ 𝒂𝟐 𝑪𝒎𝟎𝒘𝒃 − 𝑽𝒂𝟏 𝒊𝒕
𝑽
Assim, observamos que o ângulo de deflexão do profundo 𝜂̅ , é uma função de 𝐶̅𝑙 , o
que nos permite escrever:
𝜂̅ = 𝑨𝟏 𝑪̅𝒍 + 𝑨𝟐
10
ℎ0𝑤𝑏 = Posição do centro aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem.
h = Posição do C.G.
𝐶𝐻 0 = coeficiente de momento na articulação do profundor para deflexão nula.
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2.11 Estabilidade estática Manche Livre
De acordo com Pinto (2012), Na hipótese de manche livre temos que o momento em
torno da articulação durante uma perturbação é constante (𝐶̃𝐻 = 0), assim determina-se a
margem estática e o ponto neutro manche livre.
∆ ̅̅̅̅
𝐶𝐻 = 𝑉̅𝑏𝑎2 [(ℎ − ℎ0 ) − 𝑉̅̅̅̅
𝜀 1
𝑎1 {𝑎 𝛼 + }] (𝑛 − 1) ̅̅̅
𝐶𝐿
2 𝑤𝑏 2𝜇
Lembrando que:
𝑃𝑒 ´ = ̅̅̅̅
𝑃𝑒 + ∆ ̅̅̅̅
𝑃𝑒
E isolando ∆ ̅̅̅̅
𝑃𝑒 , temos:
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𝑾 𝒃𝟐
̅̅̅̅𝒆 = [𝒎𝒆 𝑺𝜼 ̿̿̿
∆𝑷 𝒄𝜼 ̅ 𝒂𝟐 ] (𝒉 − 𝒉𝒎 `)(𝒏 − 𝟏)
𝑺𝑽
Onde:
ℎ𝑚 ` = Ponto de manobra manche livre.
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3. METODOLOGIA
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3.4 Estimativa dos coeficientes aerodinâmicos da asa
Os primeiros coeficientes aerodinâmicos a serem determinados serão os da asa, assim,
serão calculados os seguintes coeficientes seguindo a metodologia proposta nas Notas de aula
de Pinto (2012):
1- Inclinação da curva de sustentação da asa (𝑎𝑤 ).
2- Ângulo de sustentação nula da asa (∝0𝑤 ).
3- Inclinação da curva de sustentação do conjunto asa-fuselagem (awb).
4- Ângulo de sustentação nula do conjunto asa-fuselagem (α0wb ).
5- Posição do centro aerodinâmico do conjunto asa-fuselagem (ℎ𝑜𝑤𝑏 ).
6- Coeficiente de momento para sustentação nula no conjunto asa-fuselagem (𝐶𝑀0𝑊𝐵 ).
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3.8 Análise e apresentação dos gráficos de estabilidade estática longitudinal
Feito o cálculo da estabilidade e controle longitudinal da aeronave Diamond DA 40 D,
elabora-se um relatório de referência, onde todo o processo feito até o momento será
sintetizado, demonstrando com clareza e didática como deve ser elaborado um relatório de
estabilidade e controle longitudinal de uma aeronave.
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4. DESCRIÇÃO DA AERONAVE DIAMOND DA 40 D
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4.2 Características gerais da aeronave
Na Tabela 4.1 apresentam-se as características gerais da aeronave:
Tabela 4.1 - Características Gerais da Aeronave
Outras dimensões da asa serão medidas com o uso do software AutoCAD, uma vez
que não são informadas nos Manuais e serão mostradas ao longo do trabalho.
4.4 Características da empenagem horizontal
A empenagem horizontal da aeronave Diamond DA 40 é trapezoidal e possuí o
mesmo perfil aerodinâmico em toda sua extensão. Suas características são apresentadas a
seguir.
Perfil Aerodinâmico: NACA – 0012
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Tabela 4.3 - Dados da Empenagem Horizontal
Característica Valor Unidade
Área Alar da Empenagem Horizontal 2,34 m²
Envergadura 3,25 m
Torção na Empenagem Horizontal 0,0 °
Ângulo de incidência geométrica na raiz -3,0 °
Ângulo de incidência geométrica na ponta -3,0 °
Área do Profundor (total, esq. + dir.) 0,67 m²
Alongamento 4,51
Diedro 0,0 °
Enflechamento (1/4 de corda) 10,0 °
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4.6 Diagrama V-n de manobra
A aeronave Diamond DA 40 – D pertence à categoria Normal, assim, a partir da
norma FAR Part 23 da seção 333 à 345, determina-se o Diagrama V-n de manobra.
Cálculo das Velocidades e Fatores de Carga
A partir do Manual de Voo da aeronave, temos:
Velocidade de cruzeiro:
VC = 66,36 m/s
A partir do Regulamento da FAR §23.335, temos:
𝑉𝐷 ≥ 1,25 𝑉𝐶 𝑒 𝑉𝐷 ≥ 1,40 𝑉𝐶𝑚í𝑛
Onde 𝑉𝐷 é a velocidade de mergulho.
Do Manual de voo, temos que: 𝑉𝐶𝑚í𝑛 = 37,60 m/s
Logo:
𝑉𝐷 ≥ 82,95 𝑚/𝑠 𝑒 𝑉𝐷 ≥ 52,64 𝑚/𝑠
Sendo assim, adota-se:
𝑽𝑫 = 83,00 m/s
A velocidade que nunca deve ser excedida (𝑉𝑁𝐸 ) é 91,6 m/s por isso adotou-se um
valor de 𝑉𝐷 menor que 𝑉𝑁𝐸 .
A partir do Manual de Voo temos que:
A velocidade de estol com flaps para cima para ângulos de ataque positivos:
VS1= 26,75 m/s
Para calcular a velocidade de estol com flaps para cima para ângulos de ataque
negativos (VS2), temos:
2(W/S)
CzaMáx = , onde 𝜌 = 1,225 kg/m³ , W/S = 84,93 kg/m²
ρV2S1
𝐶𝑧𝑎𝑀á𝑥 = 0,194
𝐶𝑧𝑎𝑀𝑖𝑛 = 0.6 × 𝐶𝑧𝑎𝑀á𝑥 = 0.6 × (0,194) = 0,1164
2(𝑊/𝑆)
𝑉𝑆2 = √𝜌𝐶𝑧𝑎
𝑀í𝑛
Logo:
VS2 = 34,51 m/s
Para o cálculo de 𝑉𝐴 (Velocidade de manobra com ângulo de ataque positivo), temos,
de acordo com a da FAR Part 23:
𝑉𝐴 ≥ 𝑉𝑆1 √𝑛1
Onde 𝑛1 é o Fator de carga positivo máximo de manobra.
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De acordo com o regulamento e o Manual de voo temos:
𝒏𝟏 = 3,80
Assim:
𝑉𝐴 ≥ 52,15 m/s
Mas, de acordo com o Manual de Voo, como mostrado na Figura 4.2, temos:
𝑽𝑨 = 55,56 m/s = 108 Knots
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𝒏𝟓 = 0,00
O diagrama V-n de Manobra é representado na Figura 4.3, a seguir:
Figura 4.3 – Diagrama V-n de Manobra
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5. CÁLCULOS DE ESTABILIDADE ESTÁTICA E CONTROLE
LONGITUDINAL
5.2.1 Cálculo de a0
O valor bidimensional da inclinação da curva de sustentação da asa para situação de
cruzeiro é calculado como mostrado a seguir:
Tabela 5.1 – Parâmetros de entrada de a0
Entradas - 𝒂𝟎
Símbolo Valor Referência
𝜌 1,225 kg/m³ Valor padrão ao nível do mar.
𝑉𝑐 66,36 m/s Manual de voo da aeronave.
𝑐̅̅ 1,121 m Manual de voo da aeronave.
𝜇 1,74x10−5 𝑘𝑔/𝑚𝑠 Valor padrão.
Onde:
𝜌 = Valor padrão da densidade do ar ao nível do mar = 1,225 kg/m³.
𝑉𝑐 = Velocidade de cruzeiro da aeronave = 66,36 m/s
𝑐̅̅ = corda média aerodinâmica = 1,121m.
𝜇 = Viscosidade dinâmica do ar = 1,74x10−5 𝑘𝑔/𝑚𝑠
Assim, calcula-se o número de Reynolds na situação de cruzeiro:
𝜌𝑉𝑐̅̅
𝑅𝑒 = = 5237196 = 5,24*106
𝜇
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Assim, para esse 𝑅𝑒 determina-se a curva de CL x 𝛼 do perfil usando o software
XFLR5, e obtemos o seguinte resultado:
𝑎0 = 6,02 𝑟𝑎𝑑−1
Este valor foi comparado com o valor obtido por outras fontes, para confirmar a
eficiência do software XFLR5. Em uma referência da internet obtivemos o gráfico dado pelo
software JavaFoil, mostrado na Figura 5.2.
O valor obtido foi:
𝑎0 = 6,07 𝑟𝑎𝑑 −1 para o Reynolds de 1,0 𝑥 106 .
Esse valor confirmou a precisão do software XFLR5, garantindo a coerência do
mesmo, que será adotado para os cálculos seguintes. Também é importante notar que o valor
de 𝑎0 seja menor que 2 𝜋. Assim, temos:
𝒂𝟎 = 𝟔, 𝟎𝟐 𝒓𝒂𝒅−𝟏
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Figura 5.2 - Curva CL x 𝜶 - Wortmann FX 63-137/20 (JavaFoil)
5.2.2 Cálculo de aw
O valor tridimensional da inclinação da curva de sustentação da asa (aw ) é dado por:
𝜋𝐴
𝑎𝑤 =
𝐴2
1 + √1 + [𝛽 2 + (tan Λ𝑐/2 )2 ]
4𝑘 2
Entradas - 𝒂𝒘
Símbolo Valor Referência
𝐴 10,53 Manual de voo da aeronave.
𝑐 340,29 m/s Valor padrão ao nível do mar.
M 0,195 Calculado item 5.2.
Λc/2 -1,0° Medição no AutoCAD.
k 0,958 𝑟𝑎𝑑 −1 Calculado item 5.2.2.
β 0,98 Calculado item 5.2.2.
Onde:
A = Alongamento da asa = 10,53
C = Velocidade do som ao nível do mar = 340,29 m/s
M = Numero de mach = 𝑉𝑐 /C = 0,195
Λc/2 = enflechamento a 50% das cordas = −1,0°.
k = 𝑎0 /2𝜋 = 0,958 𝑟𝑎𝑑 −1
26
𝛽 = √1 − 𝑀² = 0,98
Assim:
𝒂𝒘 = 𝟓, 𝟏𝟎𝟔 𝒓𝒂𝒅−𝟏
Entradas - ∝𝟎𝒘
Símbolo Valor Referência
∝0𝑅 -11,0° Calculado no item 5.3.
𝜀 0,0° Manual de manutenção da aeronave.
𝐽 - Calculado no item 5.3.
∝0𝐺 3,0° Manual de manutenção da aeronave.
∝𝐿=0 -8,0° Medição no software XFLR5.
Onde:
𝜀 = Torção aerodinâmica na asa = ip-ir = -5° -(-5°) = 0°.
ip = incidência aerodinâmica na ponta= -5°.
ip = incidência aerodinâmica na raiz= -5°.
𝐽 = fator de correção para torção na asa (obtido por ábaco). Não será calculado pois 𝜀 é
zero.
∝0𝑅 = Ângulo de ataque para sustentação nula em relação à corda na raiz.
É importante lembrar que a asa possui um ângulo de incidência geométrica nominal
(∝0𝐺 ) que deverá ser considerado no cálculo de ∝0𝑅 .
Logo, ∝0𝑅 será a soma do ângulo de sustentação nula do perfil da asa (∝𝐿=0 ) com o
ângulo de incidência geométrica nominal da asa (∝0𝐺 ).
Assim:
∝0𝐺 = 3,0°
∝𝐿=0 = -8,0°
∝0𝑅 = ∝0𝐺 + ∝𝐿=0 = - (3,0° + 8,0°) = -11,0°.
O sinal negativo vem do fato de ∝0𝑅 representar o ângulo que a direção do vento faz
com o perfil, como o perfil possui uma incidência geométrica de 3,0°, somamos 8,0° a esse
valor e colocamos o sinal negativo representando a direção do vento para sustentação nula em
relação à corda na raiz.
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∝0𝑅 Foi determinado a partir do software XFLR5, para aeronave em voo de cruzeiro.
Assim, através da curva CL x 𝛼, obtemos o ângulo de ataque para sustentação nula (∝𝐿=0 ) no
ponto que CL é zero, ou seja, na interseção da curva com o eixo horizontal.
A Torção aerodinâmica na asa (𝜀) é dada pela diferença entre o ângulo de incidência
aerodinâmica na ponta (ip) e na raiz (ir). A partir da referência Diamond Aircraft (2000), o
Manual de Manutenção da aeronave, obtemos que a torção é nula, uma vez que o ângulo de
incidência geométrica da ponta é o mesmo da raiz e igual a 3,0°. Assim, concluímos que:
∝𝟎𝒘 = −𝟏𝟏, 𝟎°
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Tabela 5.4 - Parâmetros de entrada de awb
Entradas - 𝒂𝒘𝒃
Símbolo Valor Referência
𝑘𝑤𝑏 0,9969 Calculado no item 5.4.
𝑎𝑤 5,106 rad-1 Calculado no item 5.2.2.
𝑝𝑓 4,394 Medição no AutoCAD.
b 8,06 Manual de Voo da aeronave.
d 1,39m Calculado no item 5.4.
Onde:
𝑎𝑤 = 5,106 𝑟𝑎𝑑−1
𝑑 𝑑 2
𝑘𝑤𝑏 = 1 + 0,025 . ( 𝑏 ) − 0,25 . ( 𝑏 )
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5.5 Ângulo de sustentação nula do conjunto Asa-Fuselagem – α0wb
O valor de (α0wB ) é sugerido por Pinto (2012) e obtido por:
𝐾2 𝐾2
𝛼0𝑤𝑏 = . 𝛼0𝑊 + 𝛼0𝑓 . (1 − )
𝐾1 𝐾1
Tabela 5.5 - Parâmetros de entrada de 𝜶0wb
Entradas - 𝜶0wb
Símbolo Valor Referência
𝐾1 1,1447 Calculado no item 5.5.
𝐾2 0,9444 Calculado no item 5.5.
𝛼0𝑓 0 Conjecturado item 5.5.
∝0w -11,0° Calculado no item 5.3.
Onde:
∝0w = Ângulo de sustentação nula da asa = −11,0°.
𝛼0𝑓 = Ângulo de sustentação nula da fuselagem = 0,0°.
𝛼0𝑓 é conjecturado como zero, pois admitimos que a fuselagem não gera sustentação.
Porém, sabe-se que isso não é verdade e um bom procedimento para se medir esse ângulo é
fazer o modelo em escala reduzida da fuselagem e ensaiar em túnel de vento.
Os parâmetros K1 e K2 são obtidos da Figura 4.8 de Pullin (1976), a partir de:
Tabela 5.6 - Entradas de K1 e K2
Entradas - K1 e K2
Símbolo Valor Referência
A 10,53 Manual de Voo da aeronave.
d/b 0,173 Calculado no item 5.4.
30
Figura 5.5 – Curvas de K1
Assim:
K1= 1,148
K2= 0,9444
Substituindo os valores obtemos:
𝛼0𝑤𝑏 = 0,825 ∗ 𝛼0𝑊
𝜶𝟎𝒘𝒃 = −𝟗, 𝟎𝟓° = − 𝟎, 𝟏𝟓𝟖 𝒓𝒂𝒅
31
Figura 5.6 - Curvas de K2
Entradas - 𝒉𝒐𝒘
Símbolo Valor Referência
𝑐𝑡 0,899 m Medição no AutoCAD.
𝑐𝑟 1,295 m Medição no AutoCAD.
λ 0,6942 Calculado no item 5.6.1.
Λ1/4 0,0° Medição no AutoCAD.
A 10,53 Manual de Voo da aeronave.
Onde:
𝑐𝑡 = Corda da asa na ponta = 0,899 m.
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𝑐𝑟 = Corda da asa na raiz = 1,295 m.
λ - Afilamento = 𝐶𝑡 /𝐶𝑟 = 0,899/1,295= 0,6942.
Λ1/4 - Enflechamento à um quarto da corda = 0,0°.
A - Alongamento = 10,53
Partindo de Λ1/4 = 0, interpola-se para os gráficos da Figura 4.4b, para dois valores de
λ(0,8 e 0,6), qual seria o valor de how /𝑐𝑚𝑎 em % da corda média aerodinâmica (cma) para o
alongamento de 10.53. Assim, chega-se a:
A = 10,53
λ how /𝑐𝑚𝑎
0,6 0,2586
0,8 0,2591
0,6942 0,2588
Assim:
how /𝑐𝑚𝑎 = 0,2588 = 25,88 %
𝒉𝒐𝒘 = 25,88% da corda média aerodinâmica
33
Figura 5.7 – Curvas de h0w/cma
Entradas - 𝒉𝒐𝒃
Símbolo Valor Referência
cr 1,295 m Medição no AutoCAD.
LN 2,517 m Medição no AutoCAD.
L 8,060 m Manual de Voo da aeronave.
S 13,54 m² Manual de Voo da aeronave.
W 1,200 m Medição no AutoCAD.
𝑐̿ 1,121 m Manual de Voo da aeronave.
34
Onde:
cr = corda da asa na raiz = 1,295m.
𝑐̅̅ = corda média aerodinâmica = 1,121m.
L = Comprimento da fuselagem = 8,06m.
LN = Distância do nariz da aeronave à 25% da corda da asa na raiz (cr) = 2,517 m.
S = Área da asa = 13,54 m².
W = 1,20 m = Largura máxima da fuselagem medida no AutoCAD como mostrado na
Figura 5.8.
Figura 5.8 – Largura máxima da Fuselagem
S c
hoB 2
=0,
0,5521
425
w cr
∆𝒉𝟎𝒃 = -0,0732
35
Figura 5.9 – Curvas para o cálculo de ∆h0b
36
5.7 Coeficiente de momento para sustentação nula no conjunto asa-fuselagem
– CM0WB
O cálculo do coeficiente de momento para sustentação nula no conjunto asa-
fuselagem depende de três influências:
A distribuição elementar de sustentação CM0t .
O coeficiente de momento do perfil CM0S .
A influência da fuselagem CM0B .
37
Δ𝐶𝑀𝐴𝐶 = Incremento de 𝐶𝑀𝐴𝐶 devido à deflexão do flaps = 0 (pois a aeronave
encontra-se na situação de voo de cruzeiro com flaps recolhidos).
Posteriormente, no item 5.26 será calculado o efeito do uso dos flapes e o incremento
Δ𝐶𝑀𝐴𝐶 com suas demais influências.
E’ = Não é calculado pois Δ𝐶𝑀𝐴𝐶 é zero.
Para o cálculo de E usamos o afilamento (λ=0,6942) e o alongamento (A=10,53),
obtendo o valor através da seguinte interpolação:
38
Figura 5.11 – Curva CM x 𝜶 obtida pelo software XFLR5
Entradas - 𝑪𝑴𝟎𝑩
Símbolo Valor Referência
lBf 2,517 m Medição no AutoCAD.
lB 8,060 m Manual de Voo da aeronave.
SB 5,534 m² Medição no AutoCAD.
SBf 2,278 m² Medição no AutoCAD.
W 1,176 m Medição no AutoCAD.
𝑖𝑤 -11,0° Deve ser obtido em túnel de vento*.
S 13,54 m² Manual de Voo da aeronave.
𝑐̿ 1,121 m Manual de Voo da aeronave.
39
Onde:
lBf = 2,517 m = Comprimento da fuselagem até ¼ da corda na raiz.
lB = 8,06 m = Comprimento total da fuselagem
SB = 5,5336 m² = Área total em planta da fuselagem
SBf = 2,2775 m² = Área em planta da fuselagem até a linha de ¼ da corda
W = 1,176 m = Largura da cabine na posição de 25% de 𝑐̅̅.
𝑖𝑤 = É o ângulo entre a linha de sustentação nula da asa e a linha de momento nulo do
corpo. Considerando que a fuselagem não gera sustentação, o ângulo de sustentação para
momento nulo do corpo (𝛼0𝐵 ) pode ser conjecturado como 0,0°. No entanto, o procedimento
ideal para obtê-lo é através de ensaio em túnel de vento.
*OBS: É importante frisar que o ângulo de sustentação para momento nulo do corpo
(𝛼0𝐵 ) é diferente do ângulo de sustentação nula da fuselagem conjecturado no item 5.5 (𝛼0𝑓 ).
Assim:
∝0𝐵 = 0.
𝑖𝑤 = ∝0𝑤 +∝0𝐵 = -11,0° + 0 = -11,0° = -0,192 rad.
Logo, determina-se:
𝐶𝑀0𝐵 𝑆c 𝐶𝑀0𝐵 ∗0,3403
= -0,14 => = -0,14
𝑖𝑤 𝑆𝐵 𝑙𝐵 −0,192
40
Figura 5.12 - Curvas para o cálculo de CM0B
41
5.8 Inclinação da curva de sustentação da empenagem horizontal corrigida
tridimensional – a1
Entradas - 𝒂𝟏𝟎
Símbolo Valor Referência
𝜌 1,225 kg/m³ Valor padrão ao nível do mar.
𝑉𝑐 66,36 m/s Manual de Voo da aeronave.
𝑐̅1 0,737 m Medição no AutoCAD.
𝜇 1,74x10−5 𝑘𝑔/𝑚𝑠 Valor padrão.
Onde:
𝑐̅1 = Corda média aerodinâmica da EH, determinada como mostrado a seguir:
Cálculo 𝑐̅1 :
2 1 + 𝜆 + 𝜆² 𝑏´ 1 + 2𝜆
𝑐̅1 = 𝑐𝑟 ( ) 𝑒 𝑦̅ = ( )
3 1+𝜆 6 1+𝜆
Sendo:
𝑐𝑟 = Corda na raiz da EH = 0.956 ∗ 𝑓𝑒 = 0,956 ∗ 0,9636 = 0,921 𝑚
𝑐𝑡 = Corda na ponta da EH = 0,535 ∗ 0,9636 = 0,515 m.
Onde 𝑓𝑒 é um fator de escala para as medidas na direção do comprimento da aeronave,
esse fator foi determinado a partir das medidas do AutoCAD e do tamanho real da aeronave
informado no Manual de voo. Assim:
𝑓𝑒 = 0,9636
b´ = Envergadura da E.H. desconsiderando o “winglet”.
b´ = 2,968 m (AutoCAD)
𝑐
𝜆 = 𝑐𝑡 = 0,56
𝑟
Logo:
𝑐̅1 = 0,737 m e y̅1 = 0,672 m
Assim, calculamos o 𝑅𝑒 da Empenagem:
42
𝜌𝑉𝑐̅̅
𝑅𝑒 = = 3443187
𝜇
𝑅𝑒 = 3,44 𝑥 106
Figura 5.13 – Medidas da E.H. feitas no AutoCAD.
43
[𝐴𝑏𝑏𝑜𝑡𝑡] 𝑎10 = 6,280 𝑟𝑎𝑑−1
Uma análise para escolha entre os dois resultados deve ser feita levando em
consideração o fato de que o valor de a10 não deve ser maior que 2π, sendo assim, apesar do
resultado do software XFLR5 estar próximo do valor do Abbott, ele será descartado.
Sendo assim, o valor utilizado será o obtido pelo gráfico de Abbott (1959):
𝐚𝟏𝟎 = 𝟔, 𝟐𝟖𝟎 𝐫𝐚𝐝−𝟏
Entradas - 𝒂𝟏𝒕𝒓𝒊
Símbolo Valor Referência
A 4,51 Manual de voo da aeronave.
M 0,195 Manual de voo da aeronave.
Λc/2 6,0° Medição no AutoCAD.
k 1,00 rad-1 Calculado item 5.8.2.
Onde:
β = (1-M2)1/2 = 0,981;
Λc/2 = enflechamento a 50% das cordas = 6,0°= 0,1047 rad;
k = a10 /2.π = 1 rad-1.
Por fim, o valor obtido para situação de cruzeiro foi:
𝐚𝟏𝐭𝐫𝐢 = 4,120 rad-1
Entradas - 𝒂𝟏
Símbolo Valor Referência
a1tri 4,120 rad -1
Calculado item 5.8.2.
f 1,048 Calculado item 5.8.3.
a10g /a10t 0,8779 Calculado item 5.8.3.
Tipo de nariz Blunt Nose Conjecturado item 5.8.3.
Tamanho do gap 0,005c Conjecturado item 5.8.3.
Posição do gap 0,5c Conjecturado item 5.8.3.
𝑐̅1 0,737 m Calculado item 5.8.1.
Cf 0,229 m Medição no AutoCAD.
% Balance (Cf / 𝑐̅1 ) 0,311 Calculado item 5.8.3.
Onde:
a10g /a10t = parâmetro obtido a partir do gráfico 4.11 em Pullin (1976);
45
f = parâmetro obtido pela Figura 4.11 em Pullin (1976).
Usando como entradas:
Tipo de nariz = Blunt Nose, identificado pelo formato observado na vista lateral e
também porque a empenagem cobre uma parte do profundor. Nesse tipo de nariz nota-se que
o ponto de espessura máxima é próximo do bordo de ataque do profundor.
Tamanho do gap = 0,005c (Conjecturado).
Posição do gap = 0,5c (Conjecturado).
Balance (Balanço) = é definido como a razão entre a corda atrás da articulação do
profundor e a corda média da empenagem horizontal, logo:
Cf = Distância da articulação até o final do profundor, medida na posição 𝑦̅1 (0,672m)
a partir da raiz, determinada no item 5.8.1. Devido ao tipo de nariz do profundor (Blunt
Nose), conjectura-se que a articulação encontra-se na posição de espessura máxima do perfil
do profundor.
Essa definição e a posição de medição de Cf são ilustradas a seguir:
Figura 5.16 - Ilustrações de Cf
46
Também pela Figura 4.11 e os dados de entrada:
f = 1,048.
Logo:
a1 = 4,12*0,8779*1,048
O valor obtido para situação de cruzeiro foi:
a1 = 3,791 rad-1
Figura 5.17 – Curvas para determinação de a1
47
5.8.4 Cálculo de a10/a10t – situação de cruzeiro
Além disso, iremos determinar o parâmetro (a10 /a10t ), que será utilizado nos cálculos
posteriores com os seguintes dados de entrada:
𝑅𝑒 a10 /a10t
6
10 0,785
107 0,865
3,44 𝑥 106 0,8067
Assim, obtemos:
𝐚𝟏𝟎 /𝐚𝟏𝟎𝐭 = 0,807 rad-1
48
Figura 5.18 – Curvas para determinação de a10/a10t
Entradas - 𝐚𝟐𝟎𝐭
Símbolo Valor Referência
Cf / 𝑐̅1 0,311 Calculado item 5.8.3.
A 4,51 Calculado item 5.8.1.
t / 𝑐̅1 0,12 Característica do perfil.
Onde:
Cf/𝑐̅1 = 0,229/0,737 = 0,311.
A = alongamento da Empenagem Horizontal = 4,51
t/c=0,12.
Assim temos:
a20t = 4,6 rad-1
49
Figura 5.19 – Curvas para determinação de a20t e a2O
5.9.3 Cálculo de a2
Para o cálculo de 𝑎2 , usa-se a Figura 4.12b de Pullin (1976) com os dados de entrada
abaixo:
Tabela 5.25 - Parâmetros de entrada de a2
Entradas - 𝒂𝟐
Símbolo Valor Referência
a20 3,238 rad-1 Calculado item 5.9.2.
a10 6,280 rad-1 Calculado item 5.8.1.
a1m 3,791 rad-1 Calculado item 5.8.3.
A.(1-M2)(0,5) 4,424 Calculado no item 5.9.3.
Onde:
A.(1-M2)(0,5) = 4,51(1-0,1952)(0,5) = 4,424.
Tabela 5.26 – Interpolação de a2m
(a2m/a20)/(a1m/a10) cruzeiro
A.(1-M2)(0,5) (a2m/a20)/(a1m/a10)
4,0 1,094
4,5 1,084
4,424 1,0855
Assim:
a2m× a10 = 1,0855×3,238×3,791
51
Figura 5.20 – Curvas para determinação de a2
52
5.11.1 Cálculo de (b1)0
O parâmetro (b1)0 representa o valor bidimensional e sem correção para o
balanceamento do profundor. Para calculá-lo, deve-se obter (b1)0T através da Figura 4.14a de
Pullin (1976).
Tabela 5.27 - Parâmetros de entrada de (b1)0T
Entradas - (b1)0T
Símbolo Valor Referência
Cf / 𝑐̅1 0,311 Calculado item 5.8.3.
A 4,51 Calculado item 5.8.1.
t / 𝑐̅1 0,12 Característica do perfil.
53
Também pela Figura 4.14a é possível obter a razão (b1)0/(b1)0T. Sendo necessário o
valor da razão:
𝑎10 /(a10 )𝑡 = 0,807
Dessa forma, pela Figura 4.14a, interpolando, obtemos:
Tabela 5.28 - Interpolação de (b1)0/(b1)0T
Interpolação (b1)0/(b1)0T
a10/a10t (b1)0/(b1)0T
0,8 0,48
0,82 0,54
0,807 0,501
Logo:
(b1)0/(b1)0T =0,501
Temos, assim:
(b1)0 = - 0,270 rad-1
54
5.11.2 Correção para o balanceamento do profundor (b10)bal
Através da Figura 4.14b de Pullin (1976), calcula-se a razão de balanceamento
(Balance Ratio) com a seguinte equação:
2 2
𝑐𝑏 𝑡/2
𝐵𝑅 = √( ) − ( )
𝑐𝑓 𝑐𝑓
Tabela 5.29 - Parâmetros de entrada de BR
Entradas - 𝑩𝑹
Símbolo Valor Referência
𝑐𝑓 0,229 m Calculado item 5.8.3.
𝑐𝑏 - Conjecturado no item 5.8.3.
t/2 - Conjecturado no item 5.11.2.
Onde:
𝑐𝑏 e 𝑡/2 são medidos a partir da posição da articulação do profundor, como essa
posição não é informada, ela foi conjecturada como descrito no item 5.8.3 a partir de 𝑐𝑓 .
Sendo assim, devido ao tipo de nariz do profundor (Blunt Nose), conjectura-se que a
articulação encontra-se na posição de espessura máxima do perfil do profundor.
Logo:
𝑐𝑓 = 0,229 m.
Ao observar equação para cálculo do balanço, é importante notar que 𝑐𝑏 deve ser
maior 𝑡/2 para que não se tenha uma raiz negativa.
Além disso, observando a Figura 4.14b, nota-se que independente do tipo de nariz do
profundor, a razão (b10 )bal/(b10 )plain será igual a “1” para BR menor que 12%, ou seja,
não é necessária correção para balance pequeno.
Dessa maneira, conclui-se que para o perfil do profundor analisado, cujo nariz é do
formato Blunt Nose, a posição onde se tem a espessura máxima e, consequentemente, a
posição da articulação, está muito próxima da ponta do nariz, logo, o valor de 𝑐𝑏 é pequeno e
da ordem de grandeza de 𝑡/2. Por isso, conjectura-se:
𝐁𝐑 = 𝟎 %
Finalmente, a partir da Figura 4.14b temos:
(𝑏10 )𝑏𝑎𝑙
=1
(𝑏10 )𝑝𝑙𝑎𝑖𝑛
(𝒃𝟏𝟎 )𝒃𝒂𝒍 = (𝒃𝟏𝟎 )𝒑𝒍𝒂𝒊𝒏 = (𝒃𝟏𝟎 ) = -0,270 rad-1
55
Figura 5.23 - Curvas para determinação de (b10)bal
Entradas - b1
Símbolo Valor Referência
Cf/𝑐̅1 0,311 Calculado no item 5.8.3.
A 4,51 Medição no AutoCAD.
𝑎10 6,280 rad-1 Calculado no item 5.8.1.
Balance (BR) 0,00% Calculado no item 5.11.2.
𝐹1 0,33 Calculado no item 5.11.3.
𝐹2 0,0105 Calculado no item 5.11.3.
𝐹3 1,11 Calculado no item 5.11.3.
(b1)0 -0,270 rad-1 Calculado no item 5.11.2.
56
Figura 5.24 - Curvas para determinação de F1 e F2
57
Figura 5.25 - Curvas para determinação de F3
Entradas – F3
Símbolo Valor Referência
Cf/𝑐̅1 0,311 Calculado no item 5.8.3.
Balance 0% Calculado no item 5.11.2
Assim, não é necessário interpolação de F3:
F3 = 1,11
Com isso e os demais dados de entrada:
(b1)0 = -0,270 rad-1
(a1)0 = 6,280 rad-1
𝑏1 = (𝑏1 )0 . (1 − 𝐹1 ) + 𝐹2 . 𝐹3 . 𝑎10
Obtemos:
58
𝒃𝟏 = -0,108 rad-1
5.11.4 Correção para efeito de horn ∆b1
Pelo fato da empenagem horizontal possuir horns para balanceamento, deve-se fazer a
correção de b1 através da Figura 4.14d da referencia de Pullin (1976). Identifica-se o horn
como shielded horn, além disso, pelas três vistas da aeronave, determinamos os dados de
entrada:
Tabela 5.32 – Parâmetros de entrada de ∆b1
Entradas - ∆𝑏1
Símbolo Valor Referência
𝐶𝑓 ´ = CH´ 0,249 m Medição no AutoCAD.
𝐶´ 0,529 m Calculado no item 5.11.4.
𝐶𝑓 ´/𝐶´ 0,471 Calculado no item 5.11.4.
𝑏ℎ ´ 0,109 m Calculado no item 5.11.4.
SH 0,027 m2 Calculado no item 5.11.4.*
AH 0,438 Calculado no item 5.11.4.
𝑐ƞ 0,209 m Calculado no item 5.11.4.
𝑆ƞ 0,323 m Calculado no item 5.11.4.*
B 0,1001 Calculado no item 5.11.4.
t / c̅1 0,12 Característica do perfil.
59
Logo:
𝐂` = 0,529 m
Figura 5.26 – Medidas do Horn no AutoCAD
Cálculo de 𝑐ƞ :
2 1 + 𝜆 + 𝜆2
𝑐ƞ = 𝑐ƞ 𝑟 ( )
3 1+𝜆
Sendo:
𝑐ƞ 𝑟 = 0,248 ∗ 𝑓𝑒 = 0,248 ∗ 0,9636 = 0,239 m.
Logo:
60
𝒄ƞ = 0,209 m
𝑆ƞ = É a área do profundor atrás do eixo de articulação, medida na semi-asa. Para a
aeronave analisada, temos um formato reto-trapezoidal do profundor, assim, levando em
consideração a sua corda na raiz e ponta, temos as seguintes medidas:
0,976(0,239+0,175)
𝑆ƞ = 𝐴𝑟 + 𝐴𝑡 = 0,239×0,508 +
2
Logo:
𝑺ƞ = 0,323 m2
Em seguida, determina-se o parâmetro B:
𝑆H 𝐶H ´
𝐵= = 0,1001.
𝑆ƞ 𝐶ƞ
Finalmente, usando a Figura 4.14d e atento para o fato de usar as curvas de ∆𝑏1 para
qualquer nariz (par de curvas inferiores), temos a seguinte interpolação:
61
Figura 5.28 – Curvas para determinação de ∆b1/AHB
Entradas - 𝒃𝟏
Símbolo Valor Referência
𝑏1𝑠 = 𝑏1 -0,108 rad -1 Calculado no item 5.11.3.
∆𝑏1 /𝐴𝐻 𝐵 0,42 Calculado no item 5.11.4.
𝐴𝐻 0,438 Calculado no item 5.11.4.
B 0,1001 Calculado no item 5.11.4.
62
5.12 Cálculo da variação do coeficiente de momento da articulação com a
deflexão do profundor - (b2)
Entradas - (b2)0T
Símbolo Valor Referência
Cf / 𝑐̅1 0,311 Calculado item 5.8.3.
a20/a20t 0,704 Calculado item 5.9.2.
t / 𝑐̅1 0,12 Característica do perfil.
63
Figura 5.29 - Curvas para determinação de (b2)0
Esta correção é feita conforme descrito no item 5.11.2, sendo assim, para o perfil do
profundor analisado, cujo nariz é do formato Blunt Nose, a posição onde se tem a espessura
64
máxima e, consequentemente, a posição da articulação, está muito próxima da ponta do nariz,
logo, o valor de 𝑐𝑏 é pequeno e da ordem de grandeza de 𝑡/2. Por isso, conjectura-se:
𝐁𝐑 = 𝟎 %
Assim:
(𝑏20 )𝑏𝑎𝑙
=1
(𝑏20 )𝑝𝑙𝑎𝑖𝑛
Entradas – b2
Símbolo Valor Referência
Cf/𝑐̅1 0,311 Calculado no item 5.8.3.
A 4,51 Medição no AutoCAD.
𝑎20 3,238 rad-1 Calculado no item 5.9.2.
Balance (BR) 0% Calculado no item 5.11.2.
𝛼1 𝑎2
0,298 Calculado no item 5.12.3.
𝛿 𝑎20
∆(𝑏2 ) 0,0172 Calculado no item 5.12.3.
(𝐹3 )0 1,11 Calculado no item 5.12.3.
(b1)0 -0,270 rad-1 Calculado no item 5.11.2.
(𝑏2 )0 -0,618 rad-1 Calculado no item 5.12.2.
𝑎2 2,122 rad-1 Calculado no item 5.9.3.
𝛼1 𝑎2
Através da Figura 4.14c de Pullin (1976) calcula-se , ∆(𝑏2 ) e (𝐹3 )0 .
𝛿 𝑎20
𝛼1 𝑎2
- Cálculo de e ∆(𝑏2 ):
𝛿 𝑎20
Tabela 5.38 - Parâmetros de entrada de ∆(b2) e 𝜶1/𝜹
𝜶𝟏 𝒂𝟐
Entradas - e ∆(𝒃𝟐 )
𝜹 𝒂𝟐𝟎
Símbolo Valor Referência
Cf/𝑐̅1 0,311 Calculado no item 5.8.3.
𝐴 ∗ (5,73/𝑎10 ) 4,115 Calculado no item 5.11.3
Onde:
𝐴 ∗ (5,73/𝑎10 ) = 4,51 ∗ (5,73/6,28) = 4,115.
65
Tabela 5.39 - Interpolação de 𝜶1/𝜹
α1 a2
Interpolação -
δ a20
α1 a2
Cf/𝑐̅1
δ a20
0,2 0,29
0,4 0,305
0,311 0,298
66
- Cálculo de (𝐹3 )0
Para o cálculo de (𝐹3 )0 utiliza-se apenas a curva superior de balance (0%). Assim, não
é necessário fazer interpolação, e seu valor será igual ao de F3 obtido no item 5.11.3:
F3 = 1,11
Com isso e os demais dados de entrada:
(b1)0 = -0,270 rad-1
(b2)0 = -0,618 rad-1
a20 = 3,238 rad-1
a2 = 2,122 rad-1
𝛼1 a2
𝛿 a20
= 0,298 => 𝛼𝛿1 = 0,455
𝛼1
𝑏2 = (𝑏2 )0 − (𝑏 ) + ∆(𝑏2 ). (𝐹3 )0 . 𝑎20
𝛿 1 0
Obtemos:
𝒃𝟐 = -0,433 rad-1 = 𝒃𝟐𝒔
Entradas - ∆𝐛𝟐
Símbolo Valor Referência
𝐶𝑓 ´ = CH´ 0,249 m Medição no AutoCAD.
𝐶´ 0,529 m Calculado no item 5.11.4.
𝐶𝑓 ´/𝐶´ 0,471 Calculado no item 5.11.4.
𝑏ℎ ´ 0,109 m Calculado no item 5.11.4.
SH 0,027 m2 Calculado no item 5.11.4.
AH 0,438 Calculado no item 5.11.4.
𝑐ƞ 0,209 m Calculado no item 5.11.4.
𝑆ƞ 0,323 m Calculado no item 5.11.4.
B 0,1001 Calculado no item 5.11.4.
t / c̅1 0,12 Característica do perfil.
67
Onde:
𝑆H 𝐶H ´
𝐵= = 0,1001
𝑆ƞ 𝐶ƞ
Finalmente, usando a Figura 4.14d e atento para o fato de usar as curvas de ∆𝑏2 para
nariz do tipo Blunt Nose (par de curvas superiores), temos a seguinte interpolação:
68
5.12.5 Cálculo de b2
As entradas usadas no cálculo de b2 são mostradas na Tabela 5.43.
Tabela 5.43 - Parâmetros de entrada de – b2
Entradas - 𝒃𝟐
Símbolo Valor Referência
𝑏2𝑠 = 𝑏2 -0,433 rad -1 Calculado no item 5.12.3.
69
Figura 5.32 – Representação dos parâmetros envolvidos no cálculo do downwash
Entradas - 𝒉𝟎𝑬𝑯
Símbolo Valor Referência
𝑐𝑡 ´ 0,515 m Calculado no item 5.8.1.
𝑐𝑟 ´ 0,921 m Calculado no item 5.8.1.
λ 0,56 Calculado no item 5.8.1.
Λ1/4 10,0° Medição no AutoCAD.
AEH 4,51 Calculado no item 5.8.2.
Onde:
Λ1/4 - Enflechamento à um quarto da corda = 10,0°.
70
Partindo de Λ1/4 = 10,0°, interpola-se para os gráficos da fig.4.4a e 4.4b, para dois
valores de λ( 0,4 e 0,6), qual seria o valor de how /𝑐𝑚𝑎 em % da corda média aerodinâmica
(cma) para o alongamento de 10.53. Assim, chega-se a:
Tabela 5.45 - Interpolações de h0EH/cma
λ = 0,4 λ = 0,6
A 1/A h0EH /𝑐𝑚𝑎 h0EH /𝑐𝑚𝑎
4 0,25 0,245 0,235
6 0,167 0,25 0,24
4,51 0,2217 0,2467 0,2367
Por Fim:
Tabela 5.46 - Interpolações de h0EH/cma
A = 4,51
λ how /𝑐𝑚𝑎
0,4 0,2467
0,6 0,2367
0,56 0,2387
Assim:
hoEH /𝑐𝑚𝑎 = 0,2387 = 23,87 %
𝒉𝒐𝑬𝑯 = 23,87% da corda média aerodinâmica
Figura 5.33 - Curvas para determinação de h0EH/cma
71
5.14.2 Cálculo da distância entre os centros aerodinâmicos – X
Determinadas as posições dos centros aerodinâmicos, podemos determinar a distância
X entre os CA`s da asa e da empenagem horizontal a partir da vista lateral da aeronave. É
importante lembrar que a distância X é medida paralela à direção do vento na situação de
cruzeiro. Essa direção é determinada pelo ângulo de ataque de cruzeiro, que é medido a partir
da linha de sustentação nula do conjunto asa-fuselagem (𝛼0𝑤𝑏 ).
Determinada a direção do vento, faz-se um prolongamento da mesma partindo do
bordo de fuga da asa e mede-se a distância X paralela a essa direção usando o AutoCAD,
conforme as entradas mostradas a seguir:
Tabela 5.47 - Parâmetros de entrada de X
Entradas - 𝑿
Símbolo Valor Referência
̅𝑐̅ 1,121 m Calculado no item 5.2.1.
𝑐̅1 0,737 m Calculado no item 5.8.1.
h0w 25,88% Calculado no item 5.6.1.
h0EH 23,87% Calculado no item 5.14.1.
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 3,5° Calculado no item 5.14.2.
𝛼0𝑊𝐵 - 9,1° Calculado no item 5.5.
Onde:
𝛼0𝑤𝑏 = −9,1° = − 0,158 𝑟𝑎𝑑.
how = 1,121x0,2588 = 0,29 m.
hoEH = 0,737x0,2387 = 0,176 m.
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 = Ângulo de ataque de cruzeiro = 3,5°.
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 é determinado a partir da equação de CL para condição de voo de cruzeiro,
considerando a aeronave com peso máximo de decolagem:
𝜌𝑉 2 𝑆𝐶𝐿
𝐿 = 𝑀𝑇𝑂𝑊 =
2
2𝑀𝑇𝑂𝑊
𝐶𝐿 = = 0,309
𝜌𝑉 2 𝑆
Assim, para condição de cruzeiro, determina-se o ângulo de ataque correspondente ao
𝐶𝐿 de cruzeiro, em função de 𝑎𝑤𝑏 calculado no item 5.4.
𝑎𝑤𝑏 = 5,090 rad-1
𝐶𝐿
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 =
𝑎𝑤𝑏
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 = 0,0607 rad = 3,5°
O 𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 em relação à linha de 𝛼0𝑤𝑏 é representado a seguir:
72
Figura 5.34 – Representação do 𝜶cruz
5.14.3 Cálculo de d e h
Determinada a distância X, podemos determinar a distância entre a folha de vórtices e
a linha paralela ao escoamento “d”, como mostrado a seguir:
73
Tabela 5.48 - Parâmetros de entrada de d e h
Entradas – 𝒅 e h
Símbolo Valor Referência
𝑆 5,97 m Calculado no item 5.14.3.
𝜆 0,6942 Calculado no item 5.6.1.
A 10,53 Calculado no item 5.6.1.
X 4,59 m Calculado no item 5.14.2.
𝑋/𝑆 0,769 Calculado no item 5.14.2.
h-d 2,037 m Calculado no item 5.14.3.
Onde:
S = b/2 = meia envergadura = 5,97 m
X/S = 0,769.
Assim, podemos obter o valor de d/sCL pela Figura 4.6b de Pullin (1976), pela
interpolação abaixo:
Tabela 5.49 – Interpolações de d/sCL
λ=1 λ = 0,5
A 1/A 𝑑 ⁄𝑠 𝐶𝐿 𝑑 ⁄𝑠𝐶𝐿
9 0,1111 0,0575 0,0675
12 0,0833 0,05 0,0575
10,53 0,09497 0,05315 0,0617
Por fim:
Tabela 5.50 - Interpolação de d/sCL
A = 10,53
λ 𝑑 ⁄𝑠 𝐶𝐿
1 0,05315
0,5 0,0617
0,6942 0,05838
𝑑 ⁄𝑠 𝐶𝐿 = 0,05838
𝐶𝐿 = 0,309
Logo:
d = 0,108 m
Além disso, pelo AutoCAD, pode-se medir a distância entre o centro aerodinâmico da
empenagem horizontal e a linha paralela ao escoamento (h-d), dada por:
h-d = 2,037 m
Logo, com o valor de d, temos:
h = 2,145 m
74
Figura 5.36 – Curvas para determinação de d/sCL
Entradas – 𝛛𝛆/𝛛𝛂
Símbolo Valor Referência
𝑆 5,97 m Calculado no item 5.14.3.
𝜆 0,6942 Calculado no item 5.8.1.
A 10,53 Calculado no item 5.6.1.
X 4,59 m Calculado no item 5.14.2.
𝑋/𝑆 0,769 Calculado no item 5.14.2.
h/S 0,36 Calculado no item 5.14.4.
𝐶𝐿 0,309 Calculado no item 5.14.2.
𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 3,5° Calculado no item 5.14.2.
75
Onde:
h/S = 0,2145/5,97 = 0,36.
Tabela 5.52 - Interpolações de ε/CL - A = 9 e λ = 1
A=9eλ=1
X/S h/S 𝜀⁄𝐶𝐿 X/S h/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,7 0,24 3,0° 0,8 0,2 3,0°
0,7 0,4 2,5° 0,8 0,38 2,5°
0,7 0,36 2,625° 0,8 0,36 2,56°
A=9eλ=1
h/S X/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,36 0,7 2,625°
0,36 0,8 2,56°
0,36 0,769 2,58°
A = 9 e λ = 0,5
h/S X/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,36 0,7 2,95°
0,36 0,8 2,86°
0,36 0,769 2,89°
A = 12 e λ = 1
h/S X/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,36 0,7 2,11°
0,36 0,8 2,03°
0,36 0,769 2,06°
76
Tabela 5.55 - Interpolações de ε/CL - A = 12 e λ = 0,5
A = 12 e λ = 0,5
X/S h/S 𝜀⁄𝐶𝐿 X/S h/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,7 0,32 2,5° 0,8 0,31 2,5°
0,7 0,48 2,0° 0,8 0,47 2,0°
0,7 0,36 2,375° 0,8 0,36 2,344°
A = 12 e λ = 0,5
h/S X/S 𝜀⁄𝐶𝐿
0,36 0,7 2,375°
0,36 0,8 2,344°
0,36 0,769 2,35°
78
5.15 Tabela de coeficientes para o cálculo de Estabilidade Longitudinal
A Tabela 5.58 abaixo apresenta um resumo dos coeficientes aerodinâmicos
necessários ao cálculo de estabilidade estática longitudinal.
Tabela 5.58 - Tabela de coeficientes para o cálculo de Estabilidade Longitudinal
Coeficientes Valor Descrição
Entradas – 𝒉′𝒏
Símbolo Valor Referência
𝑆 13,54 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑐̿ 1,121 m Manual de voo da aeronave.
𝑎1 3,791 rad-1 Calculado no item 5.8.
𝑙𝑡 4,770 m Calculado no item 5.16.1.
ℎ0𝑤𝑏 0,1856 Calculado no item 5.6.
𝑎𝑤𝑏 5,090 rad -1
Calculado no item 5.4.
𝑆𝑡 2,34 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝜀𝛼 0,781 Calculado no item 5.14.4.
𝑎̅1 3,351 rad -1
Calculado no item 5.16.2.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
𝑏2 - 0,403 rad -1
Calculado no item 5.12.
𝑏1 - 0,090 rad -1
Calculado no item 5.11.
𝑏
Onde: 𝑎̅1 = 𝑎1 − 𝑎2 𝑏1
2
Entradas – 𝒉𝒎
Símbolo Valor Referência
𝑆 13,54 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑐̿ 1,121 m Manual de voo da aeronave.
𝑎1 3,791 rad-1 Calculado no item 5.8.
𝑙𝑡 4,77 m Calculado no item 5.16.1.
ℎ0𝑤𝑏 0,1856 Calculado no item 5.6.
𝑎𝑤𝑏 5,090 rad -1
Calculado no item 5.4.
𝑆𝑡 2,34 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝜀𝛼 0,781 Calculado no item 5.14.4.
Wmáx 11281,5 N Manual de voo da aeronave.
Wmín 7651,8 N Manual de voo da aeronave.
𝜇𝑚á𝑥 15,132 Calculado no item 5.17.1.
𝜇𝑚í𝑛 9,854 Calculado no item 5.17.1.
Onde:
𝑊
𝜇= = parâmetro de densidade longitudinal.
𝑔𝜌𝑙𝑡 ´𝑆
Sendo:
W = peso da aeronave.
g = 9,81 m/s2 = Aceleração da gravidade.
ρ = 1,225 kg/m3 = Densidade do ar ao nível do mar.
S = 13,54 m2 = Área alar da asa.
81
𝑙𝑡 ´ = Distância entre o centro aerodinâmico da empenagem horizontal e o C.G. do
avião. Assim, determina-se o valor de 𝜇, para os pesos mais extremos e as posições mais
extremas do C.G. Os resultados estão mostrados na Tabela 5.62 abaixo:
Tabela 5.62 – Determinação dos valores de 𝛍
M (kg) C.G. (m) C.G. (%) 𝑙𝑡 ´ 𝜇
1150 0,266 23,729 4,712 14,714
1150 0,396 35,326 4,582 15,132
780 0,206 18,376 4,772 9,854
780 0,266 23,729 4,712 9,980
Em seguida, seleciona-se os valores mais extremos de 𝜇, isto é, para o maior peso e
posição mais traseira do C.G. e para o menor peso e posição mais dianteira do C.G.
𝜇𝑚á𝑥 = 15,132.
𝜇𝑚í𝑛 = 9,854.
Substituindo, determina-se o ponto de manobra manche fixo em função de 𝜇:
Tabela 5.63 – Valores de hm em função de 𝛍
𝒉𝒎 em função de 𝝁
𝝁𝒎á𝒙 𝝁𝒎í𝒏
𝒉𝒎 0,705073 0,754364
𝒉𝒎 (%) 70,5% 75,44%
Onde:
82
𝑏1
𝑎̅1 = 𝑎1 − 𝑎2
𝑏2
𝑎̅1 = 3,351 rad-1
Substituindo, determina-se o ponto de manobra manche livre, em função de 𝜇:
Resumo da posição dos pontos neutros e de manobra, manche fixo e manche livre:
Ponto neutro manche fixo: 𝒉𝒏 = 61,30 %.
Ponto neutro manche livre: 𝒉´𝒏 = 56,36 %.
Ponto de manobra manche fixo: 𝒉𝒎 = de 70,5% a 75,44%.
Ponto de manobra manche livre: 𝒉´𝒎 = de 64,49% a 68,85%.
Posição mais dianteira do C.G.: 𝒉𝒅 = 18,38 %
Posição mais traseira do C.G.: 𝒉𝒕 = 35,33 %
Passeio do C.G.: 18,38% ≤ h ≤ 35,33%
A Figura 5.38 a seguir mostra uma representação de todos os pontos:
Figura 5.38 - Representação da posição dos pontos neutros e de manobra, manche fixo e manche livre
83
5.19 Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado
De acordo com Pinto (2012), para calcular as curvas de deflexão do profundor por
coeficiente de sustentação para equilíbrio em voo reto nivelado, fazemos o equilíbrio de
forças aerodinâmicas, onde temos:
̅ 𝑳 + 𝑨𝟐
̅ = 𝑨𝟏 𝑪
𝜼
Sendo:
1 ̅ 𝑎1
𝑉 1
A1 = ̅ 𝑎2
[(ℎ − ℎ0𝑤𝑏 ) − 𝑎 𝜀𝛼 ] e 𝐴2 = ̅ 𝑎2
[(𝐶𝑚0𝑤𝑏 ) − 𝑉̅ 𝑎1 𝑖𝑡 ]
𝑉 𝑤𝑏 𝑉
̅
Tabela 5.66 - Parâmetros de entrada de 𝛈
̅
Entradas – 𝜼
Símbolo Valor Referência
𝑎1 3,791 rad -1
Calculado no item 5.8.
ℎ0𝑤𝑏 0,1856 Calculado no item 5.6.
𝑎𝑤𝑏 5,090 rad -1
Calculado no item 5.4.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝜀𝛼 0,781 Calculado no item 5.14.4.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
𝑖𝑡 -12,1° Calculado no item 5.19.
𝐶𝑚0𝑤𝑏 -0,1425 Calculado no item 5.7.
h 0,1838 a 0,3533 Passeio do C.G.
Onde:
𝐶𝑚0𝑤𝑏 = -0,1425 = Coeficiente de momento do conjunto asa-fuselagem.
h = 0,1838 a 0,3533 = Passeio do C.G.
𝑖𝑡 = O ângulo de incidência da empenagem horizontal. É determinado como o ângulo
entre a linha de sustentação nula do conjunto asa fuselagem e o ângulo de sustentação nula da
empenagem horizontal.
𝑖𝑡 = 𝛼0𝑤𝑏 + 𝛼0𝐸𝐻
Onde:
𝛼0𝑤𝑏 = - 0,158 rad = -9,1°
𝛼0𝐸𝐻 = (∝0𝐺 + ∝𝐿=0 )EH = Ângulo de incidência geométrica da empenagem mais o
ângulo de sustentação nula da empenagem horizontal. Pela fato do perfil ser simétrico:
(∝𝐿=0 )EH = 0
𝛼0𝐸𝐻 = ∝0𝐺 = -3,0° = Ângulo de incidência geométrica da empenagem, obtido através
do Manual de manutenção da aeronave, como mostrado na Figura 5.39.
84
Figura 5.39 – Ângulo de incidência geométrica da empenagem
32,0
28,0
24,0
20,0
14,4
16,0
h = 18,38%
12,0
8,0 h = 24,04%
4,0 h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
-4,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
-8,0 CLm = 0,198
-12,0 CLM = 1,901
-13,7
-16,0
-20,0
-24,0
-28,0
-32,0
85
Os dados usados para determinação das curvas são mostrados na Tabela 5.67 a seguir:
Tabela 5.67 –Deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado
Entradas – ̅𝑷̅̅̅𝒆
Símbolo Valor Referência
𝑎1 3,791 rad -1
Calculado no item 5.8.
𝑚𝑒 2,5 rad/m Calculado no item 5.20.
ℎ0𝑤𝑏 0,1856 Calculado no item 5.6.
𝑎𝑤𝑏 5,090 rad -1
Calculado no item 5.4.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝜀𝛼 0,781 Calculado no item 5.14.4.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
𝑖𝑡 -12,1° Calculado no item 5.19.
h 0,1838 a 0,3533 Passeio do C.G.
𝑆𝜂 0,646 m 2 Calculado no item 5.11.4.
𝑐̿𝜂 0,209 m Calculado no item 5.11.4.
W 11281,5 N Manual de voo da aeronave.
𝑆 13,54 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑏1 - 0,090 rad -1
Calculado no item 5.11.
𝑏2 - 0,403 rad -1
Calculado no item 5.12.
𝑏3 - Calculado no item 5.13.
𝛿 0 Não há compensador.
𝜌 1,225 kg/m³ Valor padrão ao nível do mar.
𝐶𝐻0 0 Conjecturado no item 5.20.
𝑎̅1 3,351 rad -1
Calculado no item 5.16.2.
𝐴2 +0,2845 Calculado no item 5.19.
Substituindo os valores, determina-se B1 , B2 e 𝑃̅𝑒 :
B1 = -78,15h + 44,04
B2 = -0,02157
Finalmente, dividindo B1 , B2 por g para termos a força em kgf, temos:
̅𝑷̅̅̅𝒆 = -7,97h + 4,49 – 0,0022V²
Os limites de velocidade das curvas de ̅̅̅
𝐏𝐞 serão as velocidades de estol e de mergulho,
como indicado a seguir:
𝑉𝑠 = 26,75 m/s => 𝐶𝐿 = 1,901
𝑉𝐷 = 83,00 m/s => 𝐶𝐿 = 0,198
Além disso, de acordo com a norma FAR Part 23, §23.143, tem-se os valores
recomendados para o limite de força, conforme mostrado na Figura 5.41.
87
Figura 5.41 - Requisitos de Força
5,0
4,0
3,0
2,0 1,45
1,0
0,0
-1,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 h = 18,38%
-2,0
h = 24,04%
-3,0
-4,0 h = 29,69%
-5,0 h = 35,33%
-6,0 V = 26,75 m/s
-7,0
V = 83,00 m/s
-8,0
-9,0
-10,0
-11,0
-12,0
-13,0
-13,48
-14,0
V (m/s)
Os dados usados para determinação das curvas de 𝑃̅𝑒 𝑥𝑉 são mostrados na Tabela 5.69
a seguir:
88
Tabela 5.69 - Valores de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado
Entradas – 𝑸𝟏
Símbolo Valor Referência
𝑚𝑒 2,5 rad/m Calculado no item 5.20.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
ℎ𝑚 0,705 a 0,7544 Calculado no item 5.17.1.
h 0,1838 a 0,3533 Passeio do C.G.
Onde:
𝑚𝑒 ≅ 2,5 rad/m = Razão de engrazamento do profundor.
ℎ𝑚 = 0,705 a 0,7544 = Pontos de manobra manche fixo.
Substituindo os valores, determina-se 𝑄1 :
𝑸𝟏 = 25,67(𝒉𝒎 -h) ̅̅̅
𝑪𝑳 (em cm)
Antes de se determinar as curvas, é importante lembrar que o valor limite do fator de
carga para essa situação é dois (n = 2), uma vez que a deflexão do manche é normalizada para
uma situação em que se tem uma manobra de até “1 g” atuando na aeronave. Isso significa
89
que a velocidade limite para o cálculo de 𝑄1 é aquela onde se tem um fator de carga dois no
diagrama V-n. Essa velocidade é dada por:
𝑉𝑛=2 = 38,91 m/s =>𝐶𝐿 = 0,899
Já a velocidade máxima continua sendo a velocidade de mergulho:
𝑉𝐷 = 83,00 m/s => 𝐶𝐿 = 0,198
Por fim, é importante lembrar que de acordo com o valor da razão de engrazamento
(𝑚𝑒 ≅ 2,5 rad/m), os valores de Q1 devem chegar a um limite aceitável para a sensibilidade
do piloto. As curvas de 𝑄1 𝑥𝐶̅𝑙 para 4 posições do C.G., e para os valores extremos de ℎ𝑚 são
mostradas nas Figuras 5.43 e 5.44 a seguir:
Figura 5.43 - Movimento do manche por “g” para hm máximo
𝑄1 𝑥 CL (hm máximo)
21,00
18,00
15,00
13,16 h = 18,38%
12,00 h = 24,04%
Q1 (cm)
9,00 h = 29,69%
h = 35,33%
6,00
CLm = 0,198
3,00
CLM = 0,899
0,00
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
CL
Figura 5.44 - Movimento do manche por “g” para hm mínimo
𝑄1 𝑥 CL (hm mínimo)
21,00
18,00
15,00
12,02 h = 18,38%
Q1 (cm)
12,00 h = 24,04%
9,00 h = 29,69%
h = 35,33%
6,00
CLm = 0,198
3,00 CLM = 0,899
0,00
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
CL
90
Os dados usados para determinação das curvas são mostrados nas Tabelas a seguir:
91
Tabela 5.73 - Parâmetros de entrada de Q2
Entradas – 𝑸𝟐
Símbolo Valor Referência
𝑚𝑒 2,5 rad/m Calculado no item 5.20.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
′
ℎ𝑚 0,6449 a 0,6885 Calculado no item 5.17.2.
h 0,1838 a 0,3533 Passeio do C.G.
𝑆𝜂 0,646 m 2 Calculado no item 5.11.4.
𝑐̿𝜂 0,209 m Calculado no item 5.11.4.
W 11281,5 N Manual de voo da aeronave.
𝑆 13,54 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑏2 - 0,403 rad -1
Calculado no item 5.12.
Q2 𝑥 V (h'm máximo)
5,00
4,50
4,02
4,00
3,50
h = 18,38%
Q2 (kgf)
3,00
h = 24,04%
2,50
h = 29,69%
2,00
h = 35,33%
1,50
V = 26,75 m/s
1,00
V = 38,91 m/s
0,50
0,00
24,0 26,0 28,0 30,0 32,0 34,0 36,0 38,0 40,0
V (m/s)
92
Figura 5.46 - Curvas de força no manche por “g” para h’m mínimo
Q2 𝑥 V (h'm mínimo)
5,00
4,50
3,67
4,00
3,50
h = 18,38%
Q2 (kgf)
3,00
h = 24,04%
2,50
h = 29,69%
2,00
h = 35,33%
1,50
V = 26,75 m/s
1,00
V = 38,91 m/s
0,50
0,00
24,0 26,0 28,0 30,0 32,0 34,0 36,0 38,0 40,0
V (m/s)
Os dados usados para determinação das curvas são mostrados nas Tabelas 5.74 e 5.75.
93
5.23 Deflexão do profundor para realização de manobras
De acordo com Pinto (2012), para as condições mais traseiras e dianteiras do C.G.,
iremos determinar o acréscimo de deflexão de profundor necessário para realização de uma
manobra longitudinal, dado pela seguinte equação:
ℎ𝑚 − ℎ
∆𝜂̅ = − ̅ ̅̅̅𝐿
(𝑛 − 1)𝐶
𝑉 𝑎2
̅
Tabela 5.76 - Parâmetros de entrada de ∆𝛈
̅
Entradas – ∆𝜼
Símbolo Valor Referência
ℎ𝑚 0,705 e 0,7544 Calculado no item 5.17.1.
h 0,1838 e 0,3533 Passeio do C.G.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
n Variável Determinado no item 4.6.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
Onde:
h = 0,1838 e 0,3533 = Passeio do C.G.
ℎ𝑚 = 0,705 e 0,7544 = Pontos de manobra manche fixo.
n = Máximo fator de carga para cada condição de voo, obtido pelo diagrama V-n.
̅ em função de ℎ𝑚 ,h, n e ̅̅̅
Substituindo os valores, determina-se ∆η C𝐿 :
̅̅̅𝑳
̅ = −𝟎, 𝟔𝟒𝟏𝟖 (𝒉𝒎 − 𝒉)(𝒏 − 𝟏)𝑪
∆𝜼
̅ 𝑥 ̅̅̅
As curvas de 𝜂̅ + ∆η 𝐶𝐿 para as posições extremas do C.G. e de hm são mostradas
nas Figuras 5.47 e 5.48 a seguir:
94
Figura 5.47 – Curvas de Deflexão do profundor para manobras (hm mínimo)
44 43,2
40
36
32
28
24
20
16 CLm = 0,198
12 CLM = 1,901
8
h = 18,38% / Nmáx
4
0 h = 35,33% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 h = 18,38% / Nmín
-8
-12 h = 35,33% / Nmín
-16
-14,9
-20
-24
-28
-32
48
47,4
44
40
36
32
28
24
20 CLm = 0,198
16
12 CLM = 1,901
8 h = 18,38% / Nmáx
4
0 h = 35,33% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 h = 18,38% / Nmín
-8
h = 35,33% / Nmín
-12
-16
-17,2
-20
-24
-28
-32
95
Os dados usados para determinação das curvas são mostrados nas Tabelas a seguir:
96
Tabela 5.78 - Deflexão do profundor para realizar manobras (hm máximo)
Deflexão do profundor para realizar manobras (𝒉𝒎 𝒎á𝒙 ) (°)
𝒏𝒎á𝒙 𝒏𝒎í𝒏
V (m/s) ̅𝑳
𝑪 0,1838 0,3533 0,1838 0,3533
26,75 1,901 -13,7 -1,9 - -
27,00 1,866 -14,5 -2,5 - -
29,00 1,618 -15,1 -3,3 - -
31,00 1,416 -15,7 -4,0 - -
33,00 1,249 -16,0 -4,5 - -
34,51 1,142 -16,3 -4,8 46,2 39,1
35,00 1,110 -16,3 -4,9 47,4 39,9
37,00 0,994 -16,6 -5,3 46,7 39,2
39,00 0,894 -16,7 -5,5 46,1 38,6
41,00 0,809 -16,9 -5,8 45,5 38,1
43,00 0,736 -17,0 -6,0 43,6 36,6
45,00 0,672 -17,1 -6,1 41,2 34,9
47,00 0,616 -17,1 -6,2 39,1 33,3
49,00 0,567 -17,2 -6,3 37,3 31,9
51,00 0,523 -17,2 -6,4 35,7 30,7
53,00 0,484 -17,2 -6,5 34,3 29,7
55,00 0,450 -17,2 -6,6 33,0 28,7
60,00 0,378 -11,9 -2,9 30,3 26,7
65,00 0,322 -7,7 -0,1 28,2 25,2
70,00 0,278 -4,4 2,2 24,7 22,6
75,00 0,242 -1,7 4,0 21,3 20,2
80,00 0,213 0,5 5,5 18,6 18,3
83,00 0,197 1,6 6,3 17,3 17,3
97
̅̅̅𝐞
Tabela 5.79 - Parâmetros de entrada de ∆𝐏
̅̅̅̅𝒆
Entradas – ∆𝑷
Símbolo Valor Referência
𝑚𝑒 2,5 rad/m Calculado no item 5.20.
𝑉̅ 0,735 Calculado no item 5.16.1.
𝑎2 2,122 rad -1
Calculado no item 5.9.
′
ℎ𝑚 0,6449 a 0,6885 Calculado no item 5.17.2.
h 0,1838 a 0,3533 Passeio do C.G.
𝑆𝜂 0,646 m 2 Calculado no item 5.11.4.
𝑐̿𝜂 0,209 m Calculado no item 5.11.4.
W 11281,5 N Manual de voo da aeronave.
𝑆 13,54 m 2
Manual de voo da aeronave.
𝑏2 - 0,403 rad -1
Calculado no item 5.12.
n Variável Determinado no item 4.6.
Sabendo que:
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑉𝑠 = 26,75 m/s => 𝐶𝐿 = 1,901
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑉𝐷 = 83,00 m/s =>𝐶𝐿 = 0,198
As curvas de ∆𝑃̅𝑒 + 𝑃̅𝑒 𝑥 𝑉 para as posições extremas do C.G. são mostradas nas
Figuras 5.49 e 5.50 a seguir:
98
Figura 5.49 – Curvas de Força no manche para realizar manobras (h’m mínimo)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
8,0 6,66
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0 h = 35,33% / Nmáx
2,0
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 h = 35,33% / Nmín
-4,0
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0 V = 26,75 m/s
-10,0
-12,0
-14,0
-16,0
-18,0 -15,80
-20,0
V (m/s)
Figura 5.50 - Curvas de Força no manche para realizar manobras (h’m máximo)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0
7,63
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0 h = 35,33% / Nmáx
2,0
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 h = 35,33% / Nmín
-4,0
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0
V = 26,75 m/s
-10,0
-12,0
-14,0
-16,0
-18,0 -16,15
-20,0
V (m/s)
99
Os dados usados para determinação das curvas são mostrados nas Tabelas 5.80 e 5.81
a seguir:
100
Tabela 5.81 - Força no manche para realizar manobras (h’m máximo)
101
Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado
Para as curvas de deflexão do profundor em função do coeficiente de sustentação,
apresentadas no item 5.19, observa-se que os valores de deflexão estão dentro dos limites de
±30º. Nota-se também, uma considerável simetria dos valores, que atingem o máximo de
+14,4º para o CLmín e posição mais traseira do C.G. e o mínimo de -13,7º para CLMáx e posição
mais dianteira do C.G. O que é uma boa característica de projeto.
102
C.G. e velocidade de 35,00 m/s a deflexão alcança um valor de 47,4º. Por isso, é necessário
que se faça alterações no projeto, o que será realizado no Capítulo 6.
Como o estudo feito leva em consideração os dados dos manuais de voo e manutenção
da aeronave, enquanto outros dados são estimados através da medição das três vistas da
aeronave, é esperado que alguns valores obtidos não correspondam aos valores reais de
projeto.
Sendo assim, a partir das curvas de estabilidade estima-se uma revisão a ser feita no
projeto dessa aeronave, levando em consideração as curvas de força no manche para
equilíbrio e as curvas de deflexão do profundor para realizar manobras, que ultrapassam os
limites estipulados.
Analisando as curvas de deflexão do profundor para manobra, observa-se que as
curvas estão deslocadas para cima, o que está diretamente relacionado a um valor alto de 𝑖𝑡 .
A partir dessa análise, conclui-se que deve ser feita uma diminuição do valor de 𝑖𝑡 , o
qual depende diretamente da incidência da asa e do ângulo de sustentação nula do perfil.
Como o perfil utilizado possuí um ângulo de sustentação nula muito negativo (-8º), para
compensá-lo, a incidência da asa deveria ser nula ou negativa. No entanto, de acordo com os
dados do manual de manutenção, a asa possui uma incidência nominal de +3º, o que não
representa um valor adequado de projeto para essa aeronave.
103
Estimativa do ângulo ótimo de cruzeiro
Para reforçar o argumento de que a asa deve possuir uma incidência na raiz diferente
de +3º, será feita uma análise das condições ideais de cruzeiro. Para isso, determina-se o
ângulo ótimo de cruzeiro, para o qual o arrasto da aeronave é o menor possível, ou seja, a
razão do coeficiente de arrasto CD em função do coeficiente de sustentação CL é a menor
possível.
A determinação do ângulo ótimo de cruzeiro pode ser obtida pela inclinação da reta
tangente à curva CD x CL do perfil na condição de voo de cruzeiro, essa curva será obtida pelo
uso do software XFLR5 como mostrado a seguir:
104
Como o valor calculado para 𝛼𝑐𝑟𝑢𝑧 = 3,5° em relação à linha de sustentação nula do
conjunto asa fuselagem (𝛼0𝑤𝑏 = −9,1°), resultando na direção do vento de 5,6º em relação à
horizontal. Esse valor esta muito alto em relação ao ângulo de desempenho ótimo de 0,3º, ou
seja, a aeronave está voando com um ângulo de ataque superior ao de desempenho ótimo e,
consequentemente, consumindo mais combustível.
Conclui-se que a análise reforça a necessidade de reduzir o ângulo de incidência da
asa, para que a aeronave tenha um desempenho ótimo no cruzeiro.
Sendo assim, acredita-se que a interpretação do ângulo de incidência da asa está
equivocada, por isso, conjectura-se que a asa possui uma incidência na raiz de -3º, e não 3º
como descreve o Manual de manutenção. Uma revisão será feita a seguir considerando esse
valor.
105
6. REVISÃO E OBTENÇÃO DE NOVOS RESULTADOS
Figura 6.1 - Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado (Revisada)
32,0
28,0
24,0
20,0
16,0
12,0 h = 18,38%
8,0 5,6 h = 24,04%
4,0 h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
-4,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
CLm = 0,198
-8,0
CLM = 1,901
-12,0
-16,0
-20,0
-24,0 -22,5
-28,0
-32,0
106
Figura 6.2 - Curvas de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado (Revisada)
5,0
4,0
3,0
2,34
2,0
h = 18,38%
1,0 h = 24,04%
h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-1,0 V = 26,75 m/s
V = 83,00 m/s
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0 -4,91
V (m/s)
Figura 6.3 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm mínimo (Revisada)
36
34,4
32
28
24
20
16
12 CLm = 0,198
8 CLM = 1,901
4
h = 18,38% / Nmáx
0
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 h = 35,33% / Nmáx
-8 h = 18,38% / Nmín
-12 h = 35,33% / Nmín
-16
-20
-24
-23,8
-28
-32
107
Figura 6.4 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm máximo (Revisada)
40
38,6
36
32
28
24
20
16
CLm = 0,198
12
8 CLM = 1,901
4 h = 18,38% / Nmáx
0
h = 35,33% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
-8 h = 18,38% / Nmín
-12 h = 35,33% / Nmín
-16
-20
-24
-26,0
-28
-32
Figura 6.5 - Curvas de Força no manche para realizar manobras para h’m mínimo (Revisada)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0 10,42
10,0
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0
2,0 h = 35,33% / Nmáx
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-4,0 h = 35,33% / Nmín
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0
-10,0 V = 26,75 m/s
-12,0 -10,27
-14,0
-16,0
-18,0
-20,0
V (m/s)
108
Figura 6.6 - Curvas de Força no manche para realizar manobras para h’m máximo (Revisada)
20,0
18,0
16,0
14,0
11,39
12,0
10,0
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0
2,0 h = 35,33% / Nmáx
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-4,0 h = 35,33% / Nmín
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0
-10,0 V = 26,75 m/s
-12,0
-14,0 -11,14
-16,0
-18,0
-20,0
V (m/s)
109
A característica mais importante a ser observada nessa revisão, está no fato das novas
curvas de força estarem dentro dos limites aceitáveis, sendo que anteriormente a força no
manche para velocidades altas ultrapassava muito o limite permitido. Com isso, conclui-se
que a revisão foi muito eficaz para o ajuste das curvas de força no manche para equilíbrio em
voo reto nivelado.
Deflexão do profundor para realizar manobras
Para as curvas de deflexão do profundor para realizar manobras, apresentadas no item
6.1, nota-se um deslocamento vertical considerável das curvas, sendo que os valores de
deflexão para fatores de carga positivo estão dentro dos limites de ±30º . Além disso, nota-se
uma melhora considerável nas curvas para fatores de carga negativo, que agora estão
próximas dos limites de +30º. No entanto, para a posição mais dianteira do C.G. ainda
existem pontos que extrapolam um pouco esse limite, para uma faixa de velocidades baixas.
O valor de deflexão mais extremo atinge +38,6º para o ponto de manobra manche fixo
mais traseiro, posição mais dianteira do C.G. e velocidade de 35,00 m/s. Isso significa que
houve uma redução considerável em relação ao valor antes da revisão (47,4º).
Além disso, tal valor está consideravelmente mais próximo do limite de +30º o que
permite chegar a conclusão de que uma otimização do valor de it pode ser feita, o que será
apresentado no capítulo seguinte.
Força no manche para realizar manobras
Finalmente, para as curvas de força no manche por velocidade para realizar manobras,
apresentadas no item 6.2, observa-se que os valores de força permanecem dentro dos limites
aceitáveis de ± 20 kgf para todo o envelope de voo. Sendo os valores mais extremos para as
curvas com posição mais dianteira do C.G. e o ponto de manobra manche livre mais traseiro
(máximo h′m ).
É importante ressaltar que apesar do ponto mais extremo continuar a aparecer na
posição mais dianteira do C.G. e ponto de manobra mais traseiro, este passa para a curva de
manobra com fator de carga positivo, onde a força atinge +11,39 kgf. Para as curvas com
fator de carga negativo, atinge-se um mínimo de -11,14 kgf para o ponto de manobra mais
traseiro e posição mais dianteira do C.G.
110
6.3 Otimização do valor de it e comentários
Conforme os comentários apresentados no item 6.2, é possível fazer uma otimização
do valor de 𝑖𝑡 para que as curvas de deflexão do manche para realizar manobras estejam o
mais próximas possível dos limites aceitáveis de ±30º de deflexão.
Essa otimização parte da análise de que as curvas de deflexão podem ser deslocadas
verticalmente o máximo possível, até que os valores extremos estejam dentro dos limites
aceitáveis. Sendo assim, deslocaram-se as curvas o máximo possível para que se tenha a
menor deflexão próxima de -30º e obteve-se o 𝑖𝑡 otimizado para essa condição dado por:
𝒊𝒕ó𝒕𝒊𝒎𝒐 = -5º
A partir desse valor otimizado, determina-se o efeito nas curvas de estabilidade
estática e controle longitudinal manobras mostradas nas Figuras 6.7 a 6.12.
Figura 6.7 - Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado (Otimizada)
32,0
28,0
24,0
20,0
16,0
12,0 h = 18,38%
8,0 h = 24,04%
4,0 1,8
h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
-4,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
CLm = 0,198
-8,0
CLM = 1,901
-12,0
-16,0
-20,0
-24,0
-28,0 -26,3
-32,0
111
Figura 6.8 - Curvas de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado (Otimizada)
5,0
4,0
2,72
3,0
2,0
h = 18,38%
1,0 h = 24,04%
h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-1,0 V = 26,75 m/s
-1,25 V = 83,00 m/s
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0
V (m/s)
Figura 6.9 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm mínimo (Otimizada)
32
30,6
28
24
20
16
12
CLm = 0,198
8
4 CLM = 1,901
0 h = 18,38% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 h = 35,33% / Nmáx
-8 h = 18,38% / Nmín
-12
h = 35,33% / Nmín
-16
-20
-24
-28 -27,5
-32
112
Figura 6.10 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm máximo (Otimizada)
36 34,8
32
28
24
20
16
12 CLm = 0,198
8
CLM = 1,901
4
h = 18,38% / Nmáx
0
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 h = 35,33% / Nmáx
-8 h = 18,38% / Nmín
-12
h = 35,33% / Nmín
-16
-20
-24
-29,8
-28
-32
Figura 6.11 - Curvas de Força no manche para realizar manobras para h’m mínimo (Otimizada)
20,0
18,0
16,0
14,0 12,03
12,0
10,0
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0
2,0 h = 35,33% / Nmáx
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-4,0 h = 35,33% / Nmín
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0
-10,0 -8,02 V = 26,75 m/s
-12,0
-14,0
-16,0
-18,0
-20,0
V (m/s)
113
Figura 6.12 - Curvas de Força no manche para realizar manobras para h’m máximo (Otimizada)
20,0
18,0
16,0
14,0 13,00
12,0
10,0
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0
2,0 h = 35,33% / Nmáx
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85
-4,0 h = 35,33% / Nmín
-6,0 V = 83,00 m/s
-8,0
-10,0 V = 26,75 m/s
-8,90
-12,0
-14,0
-16,0
-18,0
-20,0
V (m/s)
114
C.G. (0,3533). Considerando-se o limite aceitável de ± 4,54 kgf, conclui-se que esses valores
estão dentro do aceitável para todas as condições dentro do envelope de voo.
Comparando com as curvas de força do item 6.1, cujos valores extremos são de +2,35
kgf, para velocidade mínima e posição mais dianteira do C.G. (0,1838) e de -4,9 kgf para
velocidade máxima e posição mais traseira do C.G. (0,3533), percebe-se uma diminuição
significativa da força para velocidade máxima, respeitando os limites permitidos.
115
Como a deflexão do profundor não pode ultrapassar 30º, conclui-se que a aeronave
não será capaz de realizar este tipo de manobra. É possível determinar que, pra essa faixa de
velocidades, o fator de carga mais negativo executável pela aeronave (𝑛𝑙𝑖𝑚 ), será conforme a
Tabela 6.1.
Tabela 6.1 – Fatores de Carga limite
𝑛𝑚í𝑛 𝑛𝑙𝑖𝑚
V (m/s)
(original) (corrigido)
34,51 -1,00 -0,85
35,00 -1,09 -0,88
37,00 -1,21 -1,01
39,00 -1,34 -1,15
41,00 -1,47 -1,30
43,00 -1,52 -1,46
A seguir, a Figura 6.13 mostra o diagrama V-n da aeronave ligeiramente alterado para
incorporar os limites da Tabela 6.1.
116
Figura 6.14 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm máximo (nlim)
32
28 30
24
20
16
12
8 CLm = 0,198
4 CLM = 1,901
0 h = 18,38% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
h = 35,33% / Nmáx
-8
h = 18,38% / Nmín
-12
h = 35,33% / Nmín
-16
-20
-24
-28 -29,8
-32
É importante lembrar que a imposição dos limites para as curvas com fator de carga
negativo é válida para todas as posições do C.G. Por esse motivo, a curva de deflexão para o
C.G. mais traseiro (ℎ = 0,3533) também sofre alteração.
117
Figura 6.15 – Deflexões dos Flapes
118
Onde:
G = parâmetro obtido pela Figura 4.5a da referência PULLIN (1976).
A = Alongamento da asa = 10,53.
a0 = 6,02 rad−1
ε = torção geométrica = 0,0°.
Λ¼ = enflechamento à ¼ da CMA = 0,0°.
Como: Λ¼ e ε são zero, temos que:
𝐂𝐌 𝟎𝐭 = 𝟎
119
A = 10,53
A 1/A E’
6 0,1667 0,552
10 0,1111 0,524
10,53 0,09497 0,516
Sendo assim:
E’ = 0,516
Em seguida, determina-se Δ𝐶𝑚𝐴𝐶 para situação mais crítica, no caso a de pouso, onde
temos a deflexão máxima para baixo de 43,0°.
Para o cálculo de Δ𝐶𝑚𝐴𝐶 usamos o ângulo de flape, e o tipo de flape: Plain Flape (de
acordo com o manual de manutenção da aeronave). Assim, pela Figura 4.5e de Pullin (1976),
temos:
𝚫𝑪𝑴𝑨𝑪 = - 0,19
Enfim, podemos substituir os valores acima calculados e encontrar CM0S :
𝐶𝑀 0𝑠 = 𝐸𝐶𝑀𝐴𝐶 − 𝐸 ′ Δ𝐶𝑀𝐴𝐶
𝐶𝑀0𝑆 = -0,2214 –(0,516)x(-0,19)
𝑪𝑴𝟎𝑺 = -0,1234
Figura 6.16 - Curvas para determinação de E´
Entradas - 𝑪𝑴𝟎𝑩
Símbolo Valor Referência
lBf 2,517 m Medição no AutoCAD.
lB 8,06 m Manual de Voo da aeronave.
SB 5,5336 m² Medição no AutoCAD.
SBf 2,2775 m² Medição no AutoCAD.
W 1,176 m Medição no AutoCAD.
𝑖𝑤 -11,0° Deve ser obtido em túnel de vento*.
S 13,54 m² Manual de Voo da aeronave.
𝑐̿ 1,121 m Manual de Voo da aeronave.
121
6.6.1.4 Coeficiente de momento do conjunto asa fuselagem para sustentação nula –
CM0WB (com flapes)
O coeficiente de momento do conjunto asa fuselagem para sustentação nula com
flapes é dado pela soma de cada contribuição, assim:
CM0WB = 𝐶𝑀 0𝑠 + 𝐶𝑀 0𝑡 + 𝐶𝑀0 𝑏 = −0,1234 + 0 + 0,0789
𝐂𝐌𝟎𝐖𝐁 = -0,0445
̅
Entradas – 𝜼
Símbolo Valor Referência
𝑖𝑡 -5,0° Calculado no item 5.19.
𝐶𝑚0𝑤𝑏 -0,0445 Calculado no item 6.6.1.4.
As demais entradas foram omitidas pois não houve alteração substancial do seu valor,
que correspondem aos determinados no item 5.19.
Substituindo os valores, determina-se A1 , A2 e η
̅:
A1 = 0,6418h -0,3934
𝐀𝟐 = +0,1275
É importante observar que apenas o valor de A2 foi alterado. Finalmente:
̅ 𝑳 + 0,1275
̅ =(0,6418h -0,3934) 𝑪
𝜼
122
O gráfico de 𝜂̅ 𝑥𝐶𝐿̅ é limitado pelos 𝐶𝐿 da velocidade máxima com flapes estendidos e
pela velocidade de estol, determinadas de acordo com o manual, utilizando os seguintes
dados: W = 1150 Kgf = 11281,5N, 𝑆𝑤 = 13,54 m2 e 𝜌 = 1,225 𝑘𝑔/𝑚³. Logo:
𝑉𝑚á𝑥 = 91 knots = 46,80 m/s => 𝐶𝐿 = 0,621
𝑉𝑚í𝑛 = 52 knots = 26,75 m/s => 𝐶𝐿 = 1,9
As curvas de 𝜂̅ 𝑥𝐶𝐿̅ para 4 posições do C.G. são mostradas na Figura 6.18 seguir:
Figura 6.18 - Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado (Otimizada)
32,0
28,0
24,0
20,0
16,0 h = 18,38%
12,0
8,0 h = 24,04%
4,0 1,4
h = 29,69%
0,0
h = 35,33%
-4,0 0,3 0,5 0,7 0,9 1,1 1,3 1,5 1,7 1,9
-8,0 CLm = 0,621
-12,0 CLM = 1,901
-16,0
-20,0
-24,0
-22,7
-28,0
-32,0
Curvas de deflexão do profundor para equilíbrio em voo reto nivelado com flape
Para as curvas de deflexão do profundor em função do coeficiente de sustentação,
apresentadas no item 6.6.2.1, observa-se que os valores de deflexão máxima estão dentro dos
limites de ±30º para todo o envelope de voo. Os valores de deflexão atingem o máximo de
+1,40º, para o CLmín e posição mais traseira do C.G. e o mínimo de -22,7º para o CLmáx e
posição mais dianteira do C.G.
Como esperado, em relação aos resultados do item 6.3, percebe-se que houve um
pequeno deslocamento vertical das curvas para cima, sem alteração da inclinação.
123
𝑃̅𝑒 = 𝐵1 + 𝐵2 𝑉²
Tabela 6.6 – Novos parâmetros de entrada de ̅̅̅
𝐏𝐞
As curvas de 𝑃̅𝑒 𝑥𝑉 para 4 posições do C.G. são mostradas na Figura 6.19 a seguir:
Figura 6.19 - Curvas de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado com flape
5,00
4,00
3,00
2,31
2,00 h = 18,38%
h = 24,04%
1,00
h = 29,69%
0,00 h = 35,33%
20 25 30 35 40 45 50
V = 26,75 m/s
-1,00 -0,51
V = 46,80 m/s
-2,00
-3,00
-4,00
-5,00
V (m/s)
124
Curvas de força no manche para equilíbrio em voo reto nivelado
Para as curvas de força no manche por velocidade, apresentadas no item 6.6.2.2, temos
os valores extremos de +2,31 kgf, para velocidade mínima e posição mais dianteira do C.G.
(ℎ = 0,1838), e de -0,51 kgf para velocidade máxima e posição mais traseira do C.G. (ℎ =
0,3533). Considerando o limite aceitável entre ± 4,54 kgf, conclui-se que a força no manche
está dentro dos limites para a faixa de velocidades permitidas ao uso de flape.
Como esperado, em relação aos resultados do item 6.3, cujos valores extremos são de
+2,72 kgf, para velocidade mínima e posição mais dianteira do C.G. (ℎ = 0,1838) e de +0,75
kgf para velocidade máxima com flapes e posição mais traseira do C.G. (ℎ = 0,3533),
percebe-se que houve um deslocamento das curvas, o que produz menores valores de força na
condição com flape.
Por fim, aplicando-se a limitação para fator de carga negativo, obtemos as curvas para
deflexão do profundor para manobra com flapes, para a posição mais traseira do ponto de
manobra, conforme mostrado na Figura 6.20.
126
Figura 6.20 - Curvas de Deflexão do profundor para realizar manobras para hm máximo (nlim) (com flape)
32
30
28
24
20
16
12
8 CLm = 0,621
4 CLM = 1,901
0 h = 18,38% / Nmáx
-4 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
h = 35,33% / Nmáx
-8
h = 18,38% / Nmín
-12
-16 h = 35,33% / Nmín
-20
-24
-26,1
-28
-32
127
̅̅̅̅𝒆 = −𝟕, 𝟗𝟔𝟔(𝒉 − 𝒉′𝒎 )(𝒏 − 𝟏) (em kgf)
∆𝑷
Por fim, soma-se o valor de cada ∆𝑃̅𝑒 ao respectivo 𝑃̅𝑒 , conforme a equação do item
6.6.2.2, dada por:
̅𝑷̅̅̅𝒆 = -7,97h + 4,49 – 0,000998V²
As curvas de ∆𝑃̅𝑒 + 𝑃̅𝑒 𝑥 𝑉 para as posições extremas do C.G. e para o ponto de
manobra manche livre mais extremo (máximo h’m) são mostradas na Figura 6.21 a seguir:
Figura 6.21 - Curvas de Força no manche para realizar manobras para h’m máximo (com flape)
20,0
18,0
16,0
14,0
12,0
10,0 8,29
8,0
6,0 h = 18,38% / Nmáx
4,0
2,0 h = 35,33% / Nmáx
0,0 h = 18,38% / Nmín
-2,0 20 25 30 35 40 45 50
-4,0 h = 35,33% / Nmín
-6,0 V = 46,80 m/s
-8,0
-10,0 V = 26,75 m/s
-12,0 -9,29
-14,0
-16,0
-18,0
-20,0
V (m/s)
Força no manche para realizar manobras
Finalmente, para as curvas de força no manche por velocidade para realizar manobras,
apresentadas no item 6.6.2.6, observa-se que os valores de força estão dentro dos limites
aceitáveis de ± 20 kgf para a faixa de velocidades permitidas ao uso dos flapes. Sendo os
valores mais altos para as curvas com fator de carga negativo e o ponto de manobra manche
livre mais traseiro (máximo h′m ). No ponto mais extremo, para fator de carga negativo e
posição mais dianteira do C.G., a força atinge -9,29 kgf. Para as curvas com fator de carga
positivo, atinge-se um máximo de +8,29 kgf para o ponto de manobra mais traseiro e posição
mais dianteira do C.G.
Como esperado, em relação aos resultados do item 6.3, percebe-se uma diminuição da
força máxima para os mesmos limites de velocidade, devido ao deslocamento das curvas de
força.
128
7. CONCLUSÃO
7.1 Conclusões
129
7.2 Sugestões para trabalhos futuros
130
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BABISTER, A. W. “Aircraft Stability and Control”. Pergamon Press, New York, 1961.
ETKIN, B. W. “Dynamics of Flight Stability and Control”. Third edition, John Miley &
Sons, Inc. New York, 1996.
FAR Part 23. “Federal Aviation Regulations”. 1965. Emenda 55 de 01 de março de 2002.
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PROPDESIGNER, Library. FX 63-137 characteristics. Disponível em:
<http://library.propdesigner.co.uk/html/fx_63-137_characteristics.html>. Acesso em: 20
ago. 2014.
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