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AUG\ E RESP\ LOJ\ SIMB\

“FRATERNIDADE CAMPINEIRA”
N.º 2158 – ORIENTE DE CAMPINAS - SP
R\E\A\A\

“Relação entre o juramento de


Hipócrates e os ensinamentos
maçônicos.”

Ir\ Marcelo Wiltemburg Alves A\M\


Orientação: Ir\ Túlio Augusto Martins de Siqueira M\M\- 1º
Vig\
Abril/2023 E\ V\
INTRODUÇÃO

Hipócrates nasceu no ano de 486 a.c na Ilha de Kós no Mar Egeu (Grécia) e que passou
a ser, por todo o sempre, o paradigma de todos os médicos. É considerado, até hoje, o
Pai da Medicina moderna, pois coube a ele separar a Medicina da religião, e da magia,
afastou as crenças em causas sobrenaturais das doenças, e fundou os alicerces da
medicina racional e científica. Ao lado disso, deu um sentido de dignidade à profissão
médica, estabelecendo as normas éticas de conduta que devem nortear a vida do
médico, tanto no exercício profissional, como fora dele.
O“Corpus Hippocraticum”, uma coleção de livros, onde sete livros entre mais de
sessenta da coleção estão: Juramento, Da Lei, Da Arte, Da Antiga Medicina, Da
Conduta Honrada, Dos Preceitos, Do Médico.

O textus receptus (“texto recebido”) do Juramento de Hipócrates é uma combinação de

vários manuscritos semelhantes, especialmente do Vaticanus graecus 276 (V), um códex


da biblioteca do Vaticano, e é chamado de “juramento pagão”. O texto original do
Juramento de Hipócrates, que chegou até nossos dias, está escrito em grego clássico.
Daí porque, foi traduzido em vários idiomas. Traduções estas oriundas de antigos e
raros documentos, que são mencionados no referido artigo do professor Joffre M. de
Rezende. Entre tais documentos são citados os seguintes: a) – o manuscrito “Urbinas
Graecus” da Biblioteca Apostólica Vaticana, texto este localizado entre os anos X e XI,
sendo interessante observar que o documento é escrito em forma de cruz, para bem
marcar o patrocíncio religioso; b) – o manuscrito “Marcianus Venetus”, do século XI,
pertencente à Biblioteca de São Marcos em Veneza, considerado como texto original,
uma vez que conserva a invocação dos deuses da mitologia grega, diante de sua origem
pagã; c) – o manuscrito do século XII da Biblioteca Apostólica

O Juramento invoca o “Apolo, médico”, bem como “Asclépio, Higeia e Panacéia”,


deuses da mitologia grega. Apolo ocupava lugar de destaque entre os deuses. Era
conhecido como deus da luz e do Sol, da verdade e da profecia, da medicina e da cura.
JURAMENTO DE HIPÓCRATES:

* ΟΡΚΟΣ* JURAMENTO

Ὀμνύω Ἀπόλλωνα ἰητρὸν καὶ Ἀσκληπιὸν καὶ Ὑγείαν Juro por Apolo médico, por Asclépio, Higeia e
καὶ Πανάκειαν καὶ θεοὺς πάντας τε καὶ πάσας ἴστορας Panaceia, e por
ποιεύμενος ἐπιτελέα ποιήσειν κατὰ δύναμιν καὶ κρίσιν todos os deuses e todas as deusas, fazendo-os
ἐμὴν ὅρκον τόνδε καὶ ξυγγραφὴν τήνδε testemunhas,
[5] ἡγήσασθαί τε τὸν διδάξαντά με τὴν τέχνην ταύτην que cumprirei, de acordo com a minha capacidade e
ἶσα γενέτῃσιν ἐμοῖσιν καὶ βίου κοινώσασθαι καὶ χρεῶν o meu discernimento, este juramento e este
χρηίζοντι μετάδοσιν ποιήσασθαι καὶ γένος τὸ ἐξ αὐτοῦ compromisso:
καὶ ἀδελφεοῖς ἶσον ἐπικρινέειν ἄρρεσι καὶ διδάξειν τὴν Considerar meu mestre nesta arte igual a meus pais,
τέχνην ταύτην, ἣν χρηίζωσι μανθάνειν, ἄνευ μισθοῦ partilhar meu sustento com ele e, se ele precisar,
καὶ ξυγγραφῆς, παραγγελίης τε καὶ ἀκροήσιος καὶ τῆς dar-lhe uma parte dos meus bens. Estimar seus
λοιπῆς ἁπάσης μαθήσιος μετάδοσιν ποιήσασθαι υἱοῖσί descendentes como meus irmãos e ensinar-lhes esta
τε ἐμοῖσι καὶ τοῖσι [10] τοῦ ἐμὲ διδάξαντος καὶ arte, se quiserem aprendê-la, sem pagamento ou
μαθηταῖσι compromisso. Compartilhar os preceitos, as instruções
συγγεγραμμένοις τε καὶ ὡρκισμένοις νόμῳ ἰητρικῷ, orais e todos os demais ensinamentos com meus
ἄλλῳ filhos e com os do meu mestre, e, também, com os
δὲ οὐδενί. aprendizes que se comprometeram e juraram a lei
διαιτήμασί τε χρήσομαι ἐπ` ὠφελείῃ καμνόντων κατὰ médica, mas com nenhum outro.
δύναμιν καὶ κρίσιν ἐμήν ἐπὶ δηλήσει δὲ καὶ ἀδικίῃ Prescreverei dietas em benefício dos doentes de
εἴρξειν. acordo com minha capacidade e meu discernimento:
οὐ δώσω δὲ οὐδὲ φάρμακον οὐδενὶ αἰτηθεὶς θανάσιμον trabalharei contra seu prejuízo e injustiça.
οὐδὲ ὑφηγήσομαι [15] ξυμβουλίην τοιήνδε ὁμοίως δὲ Não darei qualquer droga fatal a ninguém se
οὐδὲ γυναικὶ πεσσὸν φθόριον δώσω. ἁγνῶς δὲ καὶ solicitado, nem encaminharei um conselho como este.
ὁσίως Tampouco darei um pessário abortivo à mulher. Pura
διατηρήσω βίον ἐμὸν καὶ τέχνην ἐμήν. e
οὐ τεμέω δὲ οὐδὲ μὴν λιθιῶντας, ἐκχωρήσω δὲ devotamente observarei minha vida e minha arte.
ἐργάτῃσιν Não cortarei nem mesmo pacientes com pedra,
ἀνδράσιν πρήξιος τῆσδε. mas darei vez aos homens que exercem essa prática.
ἐς οἰκίας δὲ ὁκόσας ἂν ἐσίω, ἐσελεύσομαι ἐπ᾽ ὠφελεἰῃ Em quaisquer casas em que entrar, entrarei em
καμνὀντων ἐκτὸς ἐὼν [20] πάσης ἀδικίης ἑκουσίης καὶ benefício dos doentes, abstendo-me de toda injustiça
φθορίης τῆς τε ἄλλης καὶ ἀφροδισίων ἔργων ἐπί τε intencional, de qualquer outra ação destrutiva e,
γυναικείων σωμάτων καὶ ἀνδρείων ἐλευθέρων τε καὶ também, das relações amorosas com os corpos das
δούλων. mulheres e dos homens, livres ou escravos.
ἃ δ᾽ ἂν ἐν θεραπείῃ ἢ ἴδω ἢ ἀκούσω ἢ καὶ ἄνευ Aquilo que eu vir ou escutar, durante o tratamento
θεραπηίης ou mesmo fora do tratamento, a respeito da vida das
κατὰ βίον ἀνθρώπων, ἃ μὴ χρή ποτε ἐκλαλέεσθαι ἔξω, pessoas, de modo nenhum divulgarei adiante, mas me
σιγήσομαι ἄρρετα ἡγεύμενος εἶναι τὰ τοιαῦτα. calarei, considerando serem sigilosas essas coisas.
ὅρκον μὲν οὖν μοι τόνδε ἐπιτελέα ποιέοντι καὶ μὴ Se este juramento eu cumprir até o fim, sem o quebrar,
ξυγχέοντι que eu colha os frutos da minha vida e da minha arte,
εἴη ἐπαύρασθαι [25] καὶ βίου καὶ τέχνης δοξαζομένῳ obtendo fama entre todos os homens para sempre,
παρὰ mas, se o transgredir ou descumprir, que eu obtenha
πᾶσιν ἀνθρώποις ἐς τὸν αἰεὶ χρόνον, παραβαίνοντι δὲ
καὶ o oposto disso.
ἐπιορκοῦντι τἀναντία τουτέων.

Fonte: Hippocratis opera

A medicina e a cura associadas a Apolo estavam presentes pelo seu filho, Acléspios,
mais tarde chamado de Esculápio. Esculápio era deus, especificamente, da medicina e
da cura, na antiga mitologia grega. Interessante observar que Esculápio teve por mãe
Coronis, que foi morta ainda grávida de Asclépios, por ter sido infiel a Apolo, mas seu
filho foi resgatado vivo de seu útero. Por isso recebeu o nome Asclépios, que signifca
algo como “abrir com um corte”. Os romanos traduziram Asclépios para Esculápio
(Aesculapius). As palavras “escalpelo” (sinônimo de bisturi) e “scalpel” (bisturi em
inglês) não são mera coincidência. Esculápio era o deus da medicina, da cura, do
rejuvenecimento. Os ancestrais da nossa civilização ocidental, quando doentes,
peregrinavam em massa para os templos de cura dedicados a Esculápio (Asclépios), que
era simbolizado por um bastão envolvido por uma serpente. Em homenagem a
Asclépios, durante os rituais de cura, várias cobras não venenosas eram deixadas
serpenteando no chão dos quartos ocupados por doentes e feridos. “A serpente está
relacionada a uma crença grega ainda mais ancestral, de que as cobras seriam donas de
grande sabedoria e capacidade de regeneração e cura (as cobras trocam de pele
“renovando-se”). Acreditava-se que os mortos iam para “baixo”, para o fundo da terra,
num lugar parecido com um sonho, denominado Hades (e que não é nem bom, nem
ruim). As serpentes manteriam contato com os mortos, e poderiam até transportar a
alma de antepassados que retornariam de baixo para ajudar os vivos. A idéia de que as
serpentes possuem sabedoria provém justamente da crença que elas transportavam o
espírito dos nossos antepassados falecidos”.

Higeia, filha de Asclépios, era associada à prevenção das doenças e à continuidade da


boa saúde. Ela era a deusa da saúde, da limpeza e do saneamento. Seu nome deu origem
à palavra higiene. Panacéia é irmã de Higeia, é deusa da cura. Acontece que Panaceia
e suas 4 irmãs, possuíam cada uma, faceta específica da arte de Apolo: Panacéia, a cura;
Higeia, a prevenção; Meditrina, a longevidade; Algeia (também conhecida como
“Egle”), a beleza natural; e Akeso (ou Aceso), a recuperação. Panaceia detinha uma
poção, com a qual curava os doentes. Daí surgiu o termo panaceia, utilizado até hoje
para descrever um medicamento capaz de curar muitas doenças, ou “remédio
universal” capaz de solucionar todos os males.

Os textos hipocráticos foram transmitidos como os mais importantes documentos


médicos, contudo o juramento foi esquecido até o século IX, quando Alquindi e Hunayn
ibn Ishaq o traduziram para o árabe e o siríaco. Desde então, muitos estudiosos, como
Avicena e Maimônides, discutiram o documento e, no século XIII, o papa João XXI
divulgou as traduções do árabe para o latim feitas por Constantino Africano e, integrado
aos demais textos médicos, o juramento se difundiu. Em 1508, a faculdade de medicina
de Wittenberg incluiu o juramento em seu estatuto de fundação.

Existem duas versões do Juramento de Hipócrates: a original, escrita em Lausana em


1771, e uma outra, ratificada em 1948 pela Declaração de Genebra (posteriormente
atualizada em 1968, 1983, e 2017), a qual vem sendo utilizada em vários países por se
mostrar social e cientificamente mais próxima da atual realidade.

Esta é a versão adotada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São


Paulo (CRM-SP):[4]
Texto do juramento (Versão de 1771)

“Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Hígia e Panaceia, e tomo por
testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha
razão, a promessa que se segue:

Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum
e, se necessário for, com ele partilhar meus bens;

Ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem
necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer
participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu
mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a
estes.

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento,


nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem
remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a
nenhuma mulher uma substância abortiva.

Conservarei imaculada minha vida e minha arte.

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação
aos práticos que disso cuidam.

Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano
voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres
ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade,
eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente
secreto.

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da
vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar
ou infringir, o contrário aconteça.”

A Declaração de Genebra, adotada pela Associação Médica Mundial, com sua redação
aprovada em 1983, tem o seguinte teor: elimina as principais polêmicas do juramento
original: retira os trechos religiosos e obrigações financeiras com o mestre e sua família;
inclui cláusulas de respeito às diversidades racial, política, sexual e religiosa, de atenção
aos direitos humanos em qualquer circunstância e de cuidado com a própria saúde; e é
retirado o aceno à fama e ao prestígio

“ Prometo solenemente consagrar a minha vida a serviço da Humanidade. Darei aos


meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos. Exercerei a minha
arte com consciência e dignidade. A Saúde do meu Doente será a minha primeira
preocupação. Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que me tiver
confiado. Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições
da profissão médica. Os meus Colegas serão meus irmãos. Não permitirei que
considerações de religião, nacionalidade, raça, partido político, ou posição social se
interponham entre o meu dever e o meu Doente. Guardarei respeito absoluto
pela Vida Humana desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus
conhecimentos médicos contra as leis da Humanidade. Faço estas promessas
solenemente, livremente e sob a minha honra.”

No Brasil, a maioria das Faculdades de Medicina utiliza um modelo simplificado, cujo


texto é o seguinte:
“ Prometo que ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da
honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os
segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra.
Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para sempre, a minha vida e a
minha arte, com boa reputação entre os homens.
Se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário”.

Na 68ª Assembléia Geral da Associação Médica Mundial realizada em Chicago, EUA,


em outubro de 2017. O texto da Declaração é o seguinte:

“COMO MEMBRO DA PROFISSÃO MÉDICA:

RESPEITAREI a autonomia e a dignidade do meu doente; GUARDAREI o


máximo respeito pela vida humana; NÃO PERMITIREI que considerações
sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo,
nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou
qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e o meu doente;
RESPEITAREI os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte
do doente; EXERCEREI a minha profissão com consciência e dignidade e
de acordo com as boas práticas médicas; FOMENTAREI a honra e as
nobres tradições da profissão médica; GUARDAREI respeito e gratidão
aos meus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido; PARTILHAREI
os meus conhecimentos médicos em benefício dos doentes e da melhoria
dos cuidados de saúde; CUIDAREI da minha saúde, bem-estar e
capacidade para prestar cuidados da maior qualidade; NÃO USAREI
meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades
civis, mesmo sob ameaça; FAÇO ESSAS PROMESSAS solenemente,
livremente e sob palavra de honra”.

DESENVOLVIMENTO
O juramento de Hipócrates é um dos mais antigos documentos médicos conhecidos e
tem sido usado como um exemplo de ética profissional desde a antiguidade. O
juramento é usado como um padrão para os profissionais da saúde, que são esperados
para seguir princípios éticos e morais. O Juramento de Hipócrates é um juramento
médico que data do século V a.C. (460-370 a.C.), e é considerado um dos mais antigos
documentos éticos da medicina ocidental. O juramento é um compromisso solene que
os médicos fazem de cumprir certos princípios éticos e padrões de conduta profissional.
Embora o Juramento de Hipócrates não seja diretamente relacionado aos ensinamentos
maçônicos, existem algumas semelhanças entre os princípios éticos que ele estabelece e
os valores defendidos pela Maçonaria. Ambos enfatizam a importância da honestidade,
responsabilidade pessoal e compromisso com o bem-estar da humanidade. Por exemplo,
enfatizam a importância de tratar os outros com respeito e dignidade, bem como a
responsabilidade de cuidar dos outros com compaixão e integridade. Ambos também
acreditam que o conhecimento deve ser compartilhado e que os profissionais devem
sempre buscar aprimorar suas habilidades. Além disso, o juramento de Hipócrates e os
ensinamentos maçônicos enfatizam a importância de manter o sigilo profissional e de
usar o conhecimento para o bem da humanidade.
A Maçonaria é uma fraternidade que busca aprimorar o caráter moral e intelectual de
seus membros, a fim de torná-los melhores cidadãos e líderes em suas comunidades. Os
ensinamentos maçônicos incluem a importância da virtude, da justiça, da caridade e da
tolerância, entre outros valores. Da mesma forma, o Juramento de Hipócrates exige que
os médicos pratiquem a medicina com honestidade, integridade, compaixão e respeito
pela vida humana.
O juramento de Hipócrates é um juramento ético que os médicos fazem para cumprir
determinadas obrigações e respeitar certos princípios em sua prática profissional. Por
outro lado, a Maçonaria é uma ordem fraternal que promove valores éticos e morais em
seus membros, com o objetivo de torná-los melhores pessoas e cidadãos.

Embora não haja uma relação direta entre o juramento de Hipócrates e os ensinamentos
maçônicos, há certos valores que são compartilhados por ambas as instituições. Por
exemplo, o juramento de Hipócrates inclui o compromisso de tratar todos os pacientes
com igualdade, sem discriminação ou preconceito. Esse valor também é defendido pela
Maçonaria, que busca promover a igualdade e a fraternidade entre seus membros,
independentemente de sua origem social, raça ou religião.
Além disso, tanto o juramento de Hipócrates quanto a Maçonaria promovem a
honestidade, a integridade e a lealdade. O juramento de Hipócrates inclui o
compromisso de manter a confidencialidade dos pacientes, respeitar suas escolhas e
tratar seus dados de forma responsável. Da mesma forma, a Maçonaria enfatiza a
importância da honestidade e da integridade em todas as esferas da vida, promovendo o
respeito às leis e a justiça social.

Outra possível relação entre o juramento de Hipócrates e os ensinamentos maçônicos


está na ideia de que a prática da medicina e a prática da Maçonaria exigem o
compromisso e a dedicação. O juramento de Hipócrates inclui o compromisso de
estudar e buscar constantemente aprimorar a prática médica, enquanto a Maçonaria
enfatiza a importância do autoconhecimento, da reflexão e da busca contínua pelo
aperfeiçoamento pessoal.

CONCLUSÃO
Em resumo, embora não haja uma relação direta entre o juramento de Hipócrates e os
ensinamentos maçônicos e também sejam dois documentos distintos, ambos enfatizam a
importância da conduta ética e do compromisso com o bem-estar da humanidade.
Ambas as instituições promovem valores éticos e morais, como igualdade, honestidade,
integridade, lealdade e compromisso, que são fundamentais para uma prática
profissional e uma vida pessoal bem-sucedidas. Do teor de tal juramento, encontramos
pontuais condutas éticas a impor aos médicos obediência durante o exercício de sua
profissão

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. https://www.fmrp.usp.br/pb/arquivos/3652
2. "A Maçonaria e seus Mistérios Revelados", de José Castellani
3. “O Médico e a Ética", de Miguel Kfouri Neto.
4. http://www.medicinadoestilodevida.com.br/hipocrates/
5. ALEXANDRE FELDMAN, Juramento de Hipócrates. Revelações
Surpreendentes, http://www.medicinadoestilodevida.com.br/hipocrates/
6. Artigo do professor Joffre M. de Rezende publicado na “Revista
Paraense de Medicina”, vol. 17/38-47, consultado
em http//usuários.cultura.com.br/jmrezende. Juramento de Hipócrates:
análise crítica. Pedro Zanetta Brener , Arnaldo Lichtenstein
7. Rev. bioét. (Impr.). 2022; 30 (3): 516-24 http://dx.doi.org/10.1590/1983-
80422022303545PT
8. (Fonte de Pesquisa Ritual de Aprendiz do REAA.´.).
9. Hippocrates. Hippocratis opera. Lipsiae: Teubner; 1927.

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Ir\ Marcelo Wiltemburg Alves A\M\

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