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No tratamento mágico ou modelo de cura mágico-religioso, a saúde e a doença têm relação tanto com os

elementos naturais, quanto com divindades, sendo estas responsáveis por ambas, diante de transgressões
ou rituais.
O estudo da origem do caduceus remonta à Grécia antiga, onde o seu aparecimento ocorre na medicina
em torno da figura de Esculápio (Asclépio), cujo atributo essencial é o caduceu formado por uma serpente
enrolada em um símbolo de bastão que é atualmente identificado como o emblema distintivo da profissão
médica.
Esculápio, segundo a tradição, era filho ilegítimo da virgem Coronis e nasceu de maneira muito violenta,
vivendo no século XIII aC. Ele era o Deus da Medicina, protetor da saúde, adorado pelos gregos sob o
nome de Esculápio ou Asclépio.Quando Esculápio se tornou um jovem, seus sucessos se espalharam pelo
mundo em dois domínios fundamentais: guerra e medicina.
A família de Aesculapius estava ligada a diferentes atividades relacionadas a cuidados de saúde e práticas
médicas. Sua esposa Epione aliviou a dor. Suas filhas eram Hygieia e Panacea. A primeira era conhecida
como a divindade da saúde e profilaxia e a segunda a divindade do tratamento; seus filhos Machaon e
Podalirius eram deuses protetores dos cirurgiões, enquanto Telesphorus, que sempre o acompanhava,
significava a convalescença.
2.
Origem precisa desconhecida, mas foi o médico grego Hipócrates (460-370 aC) que a desenvolveu em
uma teoria médica. Galeno (129 dC - 200 dC) desenvolveu a primeira tipologia de temperamento em sua
dissertação de temperamento, e procurou por razões fisiológicas para diferentes comportamentos em
humanos.
Segundo essa teoria, a vida seria mantida pelo equilíbrio entre quatro humores: sangue, fleuma, bílis
amarela e bílis negra, procedentes, respectivamente, do coração, sistema respiratório, fígado e baço. Cada
um destes humores teria diferentes qualidades: o sangue seria quente e úmido; a fleuma, fria e úmida; a
bílis amarela, quente e seca; e a bílis negra, fria e seca.

3.

Hipócrates (460 a.C.-377 a C.) foi um médico grego, considerado o pai da Medicina, o mais célebre médico
da Antiguidade. Um homem que mudou o conceito desta disciplina, transformando-a numa ciência. Nascido
em Cós e pertencendo a uma linhagem de médicos, era previsível que também se dedicasse à medicina.
A escola de Hipócrates, na ilha de Cós, sucedeu provavelmente à estabelecida no século VI a. C. pelo
matemático grego Tales. A escola ensinava além dos princípios da Medicina, as relações pessoais
adequadas entre médico e paciente.
Houve a “quebra” do tratamento mágico, antes de Hipócrates o exercício da Medicina estava nas mãos dos
sacerdotes de Esculápio, o deus grego e romano da cura. Via-se a doença como o resultado da zanga dos
deuses com os homens.
Hipócrates considera que as doenças resultam do desequilíbrio entre o que denominou Teoria dos quatro
humores: o sangue, a fleuma (estado de espírito), a bílis (amarela) e a atrabile (bílis negra).
"Corpus Hippocraticus" é o extenso compêndio de obras e recomendações médicas, não é inteiramente de
sua autoria, como se pensava, pois os mais de sessenta trabalhos da coleção apresentam grande
variedade de estilos e tamanhos. Nele estão contidos: Tratado Sobre o Mal Sagrado, Dos Ares, Águas e
Lugares, Do Prognóstico, Epidemias, A Medicina Antiga, Aforismos, Da Cirurgia, Das Fraturas, Das
Articulações, Das Úlceras e também o Juramento.
O juramento de Hipócrates que resume sua ética é recitado nas colações de grau de estudantes de
medicina. No Brasil, é feito em texto resumido que mantém a essência do original:
"Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da
caridade e da Ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os
segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei de minha
profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade,
goze eu a minha vida e minha arte de boa reputação entre os homens e para sempre. Se dele me afastar
ou infringi-lo, suceda-me o contrário".
4.
Galeno (130 d.C.- 201 d.C.) é provavelmente o escritor médico de maior influência de todos os tempos.
Investigou anatomia, fisiologia, patologia, sintomatologia e terapêutica.
Ficou tão famoso que se tornou médico particular do imperador romano Marco Aurélio. Suas conferências
sobre medicina e higiene eram tão concorridas que Galeno as apresentava em um teatro. As aulas práticas
que conduzia contemplavam vivissecção e necropsia.
Importantes descobertas, como distinguir as veias das artérias, o sangue venoso do arterial, propor pela
primeira vez que o corpo fosse controlado pelo Cérebro, dando a distinção entre nervos sensoriais e
motores, descobrindo que os rins processam a urina e demonstrando que a laringe é responsável pela voz.
Principais obras: "O Melhor Médico é Também um Filósofo”, "Sobre as moléstias da mente", “De anatomicis
administrationibus” (quinze volumes) e “Comentários a Hipócrates”.
5.
A Peste Negra foi uma pandemia, isto é, a proliferação generalizada de uma doença causada pelo bacilo
Yersinia pestis, que se deu na segunda metade do século XIV, na Europa.
Tem sua origem no continente asiático, precisamente na China. Sua chegada à Europa está relacionada
às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades
costeiras europeias. Calcula-se que cerca de um terço da população europeia tenha sido dizimada por
conta da peste.
Humanos adquirem a doença quando são mordidos por uma pulga infectada ou entram em contato com
material infectado, por exemplo muco. Existem três formas de infecção pela peste negra, dependendo da
rota que a bactéria faz: bubônica(afeta o sistema linfático), septicêmica (hemorragias em vários órgãos) e
pneumônica(tosse com sangue e pus).
6.
Entre 1860 e 1864, Pasteus fez seu experimento com um frasco chamado “pescoço de cisne”, onde provou
que a fermentação e o crescimento de microrganismos em caldos nutrientes não se processavam por
geração espontânea.
Ele expôs o caldo recém-fervido ao ar em recipientes que continham um filtro para impedir que todas as
partículas passassem para o meio de crescimento, e mesmo sem filtro, com o ar sendo admitido através
de um longo tubo tortuoso que não passava partículas de poeira.
Nada cresceu nos caldos: portanto, os organismos vivos que cresciam em tais caldos vieram de fora, como
esporos na poeira, em vez de serem gerados dentro do caldo.

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