Você está na página 1de 5

ESCOLA TÉCNICA GERAÇÃO

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM


ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM

FRANCISCA DAS CHAGAS PEREIRA BARBOSA

RESUMO

VÁRZEA ALEGRE, CEARÁ


NOVEMBRO DE 2022
RESUMO
ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM

A função do pensamento ético é manter a ordem social. Embora não


mantenha relação direta com a lei propriamente dita, a ética é construída ao
longo da história, galgada nos valores e princípios morais de determinada
sociedade. Os códigos éticos visam proteger a sociedade das injustiças e do
desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar ou
profissional. Já a Moral pode se definir como a consciência adquirida pelo
homem a partir do momento histórico em que ele começa a viver em
sociedade; a moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa. Ou
seja, a moral é um conjunto de regras coletivas que facilitam o convívio.

Qualquer profissional tem um código de ética a obedecer, para cumprir


sua função sem desrespeitar os direitos humanos. O Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (CEPE) é um documento que reúne os princípios
fundamentais para a conduta profissional de Enfermeiros, Técnicos de
Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem, Obstetrizes e Parteiras e Atendentes
de Enfermagem. Além do Código de Ética, temos também outras legislações
que falam sobre a profissão do Técnico de Enfermagem, como por exemplo, a
LEI Nº 5.905, DE 12 DE JULHO DE 1973 que “Dispõe sobre a criação dos
Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e dá outras providências”. A
LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986 que “Dispõe sobre a regulamentação
do exercício da enfermagem e dá outras providências”. Vale ver nesta
legislação os artigos: 2ª, 7ª, 12ª e 15ª, dos quais tratam com maior
embasamento do técnico em enfermagem.

O Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987 trata sobre a


regulamentação da Lei 7.498/1986 “que dispõe sobre o exercício da
Enfermagem e dá outras providências”. Aqui vejo em destaque o artigo 10ª no
qual se dispõe as atividades do técnico em enfermagem das quais são:

I assistir o Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de
assistência de Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado
grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas
de vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser
causados a pacientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras "i" e "o" do item II do Art. 8º.
II executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas
do Enfermeiro e as referidas
no Art. 9º deste Decreto:
III integrar a equipe de saúde. (...)
Aqui se mostra as funções pertinentes a serem executadas com
exatidão e precisão bem como responsabilidade pelo técnico em enfermagem
bem como as bases de suas funções perante o ambiente de trabalho.
Perante a atual mudança nacional nos últimos anos o código de ética
dos profissionais de enfermagem foi reformulado, assim trazendo os direitos,
os deveres, as proibições, as infrações, as proibições e as infrações e
penalidades a serem observados e cumpridos durante o exercício da profissão.
O profissional da área da enfermagem é responsável por prestar cuidados
conforme a necessidade da pessoa, família e coletividade. O profissional de
enfermagem respeita a vida o profissional de enfermagem exerce suas
atividades com competência e está comprometida com o cuidado ao ser
humano.
É garantido o direito de exercer a profissão com liberdade, segurança,
autonomia, livre de discriminação e em consonância com os princípios legais,
de direitos humanos e da ética. Aos profissionais também deve ser dado o
direito de trabalhar em um local que respeite sua dignidade humana, proteja
seus direitos e permita que o exercício de sua função seja desenvolvido sem
riscos à sua integridade física e psicológica para que assim possam prestar a
melhor assistência possível.
E também importante destacar que também e direto garantido o de
negar-se a desempenhar atividades que estejam em desacordo com sua
competência, que ofereçam risco à sua própria segurança, ou à segurança de
terceiros.
É dever do profissional fazer o exercício da sua profissão com “justiça,
compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência,
responsabilidade, honestidade e lealdade”. Caso alguma ação do profissional
fira os dispositivos ético-legais da profissão, ele deve informar imediatamente
ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos competentes.
O exercício da função deve ser livre de discriminações de qualquer
natureza. O pudor, a intimidade e a privacidade da pessoa devem ser
respeitados tanto em vida, quanto em morte e pós morte.
Nas proibições é vedada a utilização de seu cargo para obter qualquer
tipo de vantagem em troca de assistência profissional, bem como é proibido
utilizar-se de seus conhecimentos profissionais para praticar atos criminosos ou
contravenções.
E claro desde que não haja risco à sua própria integridade física, o
profissional não deve negar assistência em situações de “urgência,
emergência, epidemia, desastre e catástrofe”.
As penalidades ao desobedecer ou deixar de observar as disposições do
Código de Ética, o profissional poderá receber: Advertência Verbal, Multa,
Censura, Suspensão do Exercício Profissional e Cassação do direito ao
Exercício Profissional. Para definir a penalidade a ser aplicada, será
considerada a gravidade da infração, os agravantes e atenuantes, os danos e
resultados, e os antecedentes do infrator.
O artigo 1 reflete sobre a ética e dever do profissional de enfermagem
com o cuidado com o pacienciente e seus deveres com a família do mesmo e
responsabilidades a serem seguidas no transcorrer do tratamento; mostrando
assim a falta de humanidade que se faz presente em alguns momentos e
situações dentro de um contexto profissional, aqui e tratada a importância do
cuidado com o sujeito-paciente para o desenvolvimento não só pessoal e
profissional mais também para assim se seguir e cumprir o código de ética que
o mesmo se propôs a seguir e defender.
A também a importância do técnico de enfermagem e do enfermeiro no
cuidado ao trato com a família do paciente bem como as orientações e
informações a eles repassadas pois são esses profissionais que passam a ter o
maior contato e convívio com o paciente, sendo assim essencial essa
comunicação para maiores chances de esclarecer, sanar as dúvidas e
confortar numa situação de angústia.
O artigo 2 traz a importância de um sólido embasamento ético-moral, os
Técnicos de Enfermagem estão diante questões e dilemas que exigem preparo
para agir sob novas bases trazendo para si a questão de se pensar se estão
mesmo preparados para lidar com situações de natureza ética/bioética no
exercício da atividade. O ensino da ética na formação profissional em saúde
deve o modelo tradicional, e buscar métodos participativos e críticos para
assim atingir o novo patamar de conhecimento e preparação a que se exige.
A realidade do país se mostra o maior desafio bem como a dificuldade
dos profissionais encararem as dificuldades e buscarem métodos para superá-
las de forma a garantir a evolução do trabalho, é importante também que os
alunos dos cursos tenham uma base solida no campo de formação ético para
que possam fazer assim essa busca.
torna-se uma obrigação das instituições de ensino capacitar os alunos
para uma visão mais humana e mais embasada nos princípios éticos. O aluno
e as instituições devem desenvolver a visão crítica para assim buscarem um
projeto de formação voltado para as necessidades de saúde da população,
contemplando as múltiplas dimensões do conhecimento - técnico-científicas,
éticas, políticas, sociais e culturais.

Você também pode gostar