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Atenção Domiciliar

Fernanda Marques da Costa


Contexto dos Serviços de Saúde...

À medida que a população envelhece e há aumento da carga de doenças


crônico-degenerativas, aumenta também o número de pessoas que necessitam
de cuidados continuados e mais intensivos. A tendência é a medicalização da
vida e do sofrimento.
Contexto dos Serviços de Saúde...

A institucionalização das pessoas idosas, gerando hospitalizações, por vezes, desnecessárias. Da


mesma forma, situações agudas, como infecções urinárias (por ex. pielonefrite), ou mesmo
programadas, como o preparo pré-cirúrgico, têm provocado a ocupação de leitos hospitalares de
forma dispensável.

O eixo central da AD é a “desospitalização”. Proporciona


celeridade no processo de alta hospitalar com cuidado
continuado no domicílio; minimiza intercorrências clínicas, a
partir da manutenção de cuidado sistemático das equipes de
atenção domiciliar.
A Atenção Domiciliar

A atenção domiciliar é atividade inerente ao processo de trabalho das equipes de atenção básica,
sendo necessário que estejam preparadas para identificar e cuidar dos usuários que se beneficiarão
dessa modalidade de atenção, o que implica adequar certos aspectos na organização do seu
processo de trabalho, bem como agregar certas tecnologias necessárias para realizar o cuidado em
saúde no ambiente domiciliar.

Portaria nº 2.527, de outubro de 2011, a AD constitui-se como


uma “modalidade de atenção à saúde substitutiva ou
complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto
de ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de
doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à
Saúde”
Atenção Domiciliar

A atenção domiciliar (AD) é a forma de atenção à saúde oferecida na moradia do


paciente e caracterizada por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção e
tratamento de doenças e reabilitação, com garantia da continuidade do cuidado e
integrada à Rede de Atenção à Saúde.

Elementos da AD

• Modalidade de atenção “substitutiva ou complementar”


• Ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação em saúde
• Continuidade do cuidado
• Integrada às Redes de Atenção à Saúde
• Retira o foco da internação domiciliar
Modalidade AD 1

Modalidade AD1 – Atenção Básica

Destina-se a pacientes que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com


dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; e/ou pacientes que
necessitem de cuidados de menor intensidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor
frequência de visitas, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de
atendimento de todos os tipos de equipes que compõem a atenção básica.
Modalidades da AD

Modalidade AD2 e AD3 – Melhor em Casa (SAD)

Destina-se, na modalidade AD2, a usuários que possuam problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade
física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de
saúde e acompanhamento contínuo, podendo ser oriundos de diferentes serviços da rede de atenção, com
necessidade de frequência e intensidade de cuidados maior que a capacidade da rede básica.

A modalidade AD3 destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos
específicos. São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares.
Equipes de Apoio a AD

Composição da EMAD Tipo 1 – para municípios com população de 40 mil habitantes ou mais

Profissional(is) médico(s) com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no mínimo, 40 (quarenta) horas de
trabalho por equipe;
Profissional(is) enfermeiro(s) com somatório de CHS de, no mínimo, 40 (quarenta) horas de trabalho por equipe;
Profissional(is) fisioterapeuta(s) ou assistente(s) social(is) com somatório de CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas de
trabalho por equipe; e
Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas
de trabalho por equipe;
Contexto dos Serviços de Saúde...

Composição da EMAD Tipo 2 – para municípios com população entre 20 mil e 39.999
habitantes

•Profissional médico com CHS de, no mínimo, 20 (vinte) horas de trabalho;


•Profissional enfermeiro com CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas de trabalho;
•Profissional fisioterapeuta ou assistente social com somatório de CHS de, no mínimo, 30 (trinta)
horas de trabalho; e
•Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120
(cento e vinte) horas de trabalho.
Classificação da Complexidade da AD

Aspectos Clínicos

Utilização de serviços de Saúde: número e tempo de permanência de internações no último ano


(hospitalizações) e atendimentos nos serviços de urgência/emergência.

Quadro clínico: acamado, sequelado, presença de doenças agudas e crônicas, com estabilidade clínica,
passíveis de tratamento em domicílio; distúrbio do nível de consciência; estabilidade hemodinâmica; padrão
respiratório; comprometimento do estado nutricional.
Classificação da Complexidade da AD

Aspectos Clínicos

Suporte terapêutico: – Terapia medicamentosa: medicação prescrita e vias de administração; – Suporte


respiratório; dependência de oxigenoterapia; presença de hipersecreção pulmonar; necessidade de aspirações
orotraqueais; ventilação mecânica não invasiva; – Terapia nutricional: suplementação oral ou enteral

Reabilitação: incapacidade funcional para atividades da vida diária (AVDs) e atividades da vida diária
instrumentais (AVDIs); plegias; distúrbios fonoaudiológicos; necessidade de cuidados de reabilitação
fisioterápica; adaptação de órteses e próteses em AD
Classificação da Complexidade da AD

Aspectos Clínicos

Uso de drenos, cateteres e estomias;


f)Cuidados de enfermagem: presença de feridas; necessidade de administração de medicamentos via
parenteral; monitoramento de sinais vitais;
g)Realização de exames complementares;
h)Cuidados paliativos.
A Visita Domiciliar

O cuidador

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