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C Aproximadamente 75% dos aminoácidos oriundos da quebra de proteínas ingeridas na dieta são
utilizados na síntese de novas proteínas. O restante é degradado (25%).
Ciclo da Gicose-Alanina
C Outra forma de transporte da amônia em um composto não
tóxico, dá-se pela ação da glutamina.
C No músculo e em outros tecidos que utilizam os aminoácidos
como fonte energética, os grupos aminos são coletados por
transaminação na forma de glutamato.
C Este, então, é convertido em glutamina para ser transportado ao fígado ou transferir o grupo
amino para o piruvato, por ação da alanina aminotransferase.
C A alanina formada é então transportada pela corrente sanguínea até os hepatócitos, onde, no
citosol, transfere o grupamento amino para o alfa-cetoglutarato, gerando piruvato e glutamato.
C Este é encaminhado a mitocôndria onde pode sofrer ação da glutamato desidrogenase liberando
amônia ou pode sofrer transaminação com oxaloacetato para gerar aspartato, que corresponde a
outro doados de nitrogênio para a síntese de ureia. O piruvato formado é utilizado para produção de
glicose, a qual pode retornar ao músculo, suprindo a demanda energética.
Ciclo da Ureia
O Ciclo da Ureia ocorre à nível hepático, incialmente na mitocôndria dos hepatócitos, e,
posteriormente no citosol da célula.
A molécula de ureia é composta por dois nitrogênios: o primeiro deles compõem o grupo amino
derivado da amônia, e o segundo compõem o grupamento amino derivado do aspartato.
Esses grupamentos aminos são destinados à formação de ureia quando não empregados na síntese
de novos aminoácidos.
Nos mamíferos, a ureia é produzida no fígado, transportado aos rins e eliminada na urina. Os seres
humanos são, portanto, classificados dentro do grupo dos animais chamados uricotélicos uma vez
que excretam o nitrogênio dos grupamentos amino na forma de ureia.
Essa amônia, seja ela proveniente
da circulação porta ou do
metabolismo dos aminoácidos,
reage com o CO2 que se apresenta
na forma de bicarbonato (H2CO3),
em uma reação dependente de duas
moléculas de ATP e catalisada pela
carbamil fosfato sintetase I,
formando o carbamil fosfato.
O carbamil fosfato formado, ao
doar seu grupo carbamil para a
ornitina, origina a citrulina numa
reação com liberação de fosfato
inorgânico catalisada pela ornitina
transcarmamilase.
Assim, a citrulina formada vai ao
citosol dando continuidade às
reações do Ciclo da Ureia.
A citrulina é transportada para o
citosol, onde reage com aspartato,
produzido na mitocôndria por
transaminação e transportado para
o citosol, formando
argininossuccinato.
Essa reação citosólica é catalisada
em presença de ATP pela arginino-succinato-sintetase e envolve a formação intermediária de
citrulil-AMP
O argininossuccinato é então clivado pela arginino-succinase, formando arginina, que retém o
nitrogênio, e fumarato. Esta é a única reação reversível do ciclo da ureia. O fumarato é convertido,
pela adição de água, em malato, o qual é oxidado, formando oxaloacetato. O oxaloacetato, então, é
transaminado pelo glutamato, produzindo novamente o aspartato.
Na última etapa do ciclo, a arginina é hidrolisada pela enzima arginase, regenerando ornitina, que é
transportada para a mitocôndria para iniciar uma nova volta no ciclo, e produzindo ureia, que é
transportada ao rim e eliminada pela urina.