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Sessão 7

Metabolismo de proteínas
1. Metabolismo das proteínas e aminoácidos.
2. Metabolismo proteico.
3. Ciclo da ureia.
4. Digestão e absorção de aminoácidos.

Digestão e absorção de aminoácidos.


- A degradação ocorre no TGI
- As proteínas chegam no estômago provenientes de proteína exógena que promove a
liberação da gastrina.
- A gastrina estimula as células parietais a secretarem HCL
- O HCL diminui o pH estomacal servindo como um agente desnaturante (modificando a
conformação da proteína)
- A hidrolise dessas proteínas desnaturadas será feita pela pepsina advinda do pepsinogênio
ativada pela mudança de pH.
- A pepsina atua sobre ligações peptídicas específicas (Phe, Trp e Tyr) quebrando a proteína
em aminoácidos.
- No intestino delgado o baixo pH vai promover a liberação da secretina que vai para corrente
sanguínea e estimula o pâncreas a produzir bicarbonato.

Enzimas
- Os aminoácidos também estimulam a colecistocina que ao ir para a corrente
sanguínea estimula a produção de zimogênios: tripsinogênio, quimiotripsinogênio e
procarboxipeptidases A e B que so tornam ativas quando reagem com a tripsina
(enzima presente no suco pancreático)
- As enzimas sintetizam os zimogênios (inativos) em diferentes lugares do corpo:
estômago, pâncreas.
- As enteropeptidases, autopeptidases e peptidases são secretados já na forma ativa!
- Diferentes proteases atuam em locais específicos em cada ligação peptídica.

Atenção cabeça!
- O organismo so absorve em forma de aminoácidos!
- Os aminoácidos vão direto para a corrente sanguínea diferente dos lipídeos que iam para o sistema linfático
primeiro.
- O ácido clorídrico é gerado pelas células parietais e as células G secretam gastrina
- A gastrina é quem estimula diretamente as células parietais pela a bomba de prótons das células parietais e
também estimula a célula enterocromafim que produz histamina em receptores H2,
estimulando produção de HCL assim como também o nervo vago, por receptor
muscarínicos, consegue estimular a produção de HCL
- O catabolismo dos aminoácidos aumenta no fígado e músculos em situações de
jejum
- Os esqueletos de carbono são catabolizados após a remoção do agrupamento
amina e podem ser direcionados para síntese de glicose, lipídios, ou oxidados a CO2
e H2o para fornecer energia
- A somatostatina gerada pelas células D inibe as células G a produzir gastrina o que
inibe também o HCL pelas parietais, e também inibe a enterocromafim.

Como se comportam no intestino


- No intestino delgado, na borda em escova, há ação das enzimas da membrana plasmática do enterocito: as
aminopeptidases
- As dipeptidases quebram os dipeptideos
- As enteroquinases ativam o tripsinogênio, ativando a tripsina que ativa as outras enzimas
Absorção no intestino
- Pelos enterocitos
- Os dipeptideos e tripeptideos utilizam um sistema de transporte diferente dos aminoácidos isolados
- Precisam de um carreador para serem absorvidos
- Transportam com maior facilidade os aminoácidos de cadeias maiores, os dipeptideos, os isômeros L.
- Transportam com maior dificuldade os de cadeia menor, Isômeros D, ácidos ou básicos e os
tripeptideos.

Atravessando a célula
- Ocorre no jejuno ou porção superior do íleo
- Por meio de dois sistemas carreadores
- O sistema carreador que fica na borda em escova possui 7 tipos
- O sistema carreador que fica na borda basolateral possui 3 tipos
- Os aminoácidos podem passar por difusão simples quando são hidrofóbicos, ou por difusão facilitada, ou através
de transporte ativo na borda em escova e igualmente na borda basolateral.

Transporte pela membrana escova


- Depende de carreador
- Possui uma velocidade especifica para cada AA
- Especifico de acordo com o pH do AA
- Transporte ativo NA+ dependente para AA polares
- Pode haver transporte facilitado

Transporte pela membrana basolateral


- Difusão simples é a via mais importante principalmente os AA hidrofóbicos
- Pode ser Na independente (transporte passivo facilitado) principalmente
para os AA básicos

Transporte de di e tripeptideos
- Na borda em escova
- Não ocorre competição
- Pode ser regulado pela fosforilação
- Maior afinidade por peptídeos de cadeia grande e hidrofóbicas
- Dependente de prótons e é estimulado pelo pH

Transporte ativo secundário


- Os dipeptideos e tripeptideos podem atravessar com um próton em cotransporte
- O próton sai com entrada de sódio
- Os di e tri não conseguem passar pela basolateral então são quebrados em aminoácidos livres para atravessar por
transportador facilitado

Da célula para a corrente sanguínea pela veia porta


- Somente aminoácidos passam
- Os peptídeos tem que ser quebrados no enterocito para conseguir passar
- Por difusão ou carreadores sódio dependente
- 60% vai para a veia porta! E os outros 40 ficam dentro do enterocito

Metabolismo de aminoácidos / catabolismo


- Os aminoácidos são levados para vias catabolicas centrais
- Os aminoácidos ao serem degradados geram acetil CoA ou piruvato ou os dois!
- No final ele vai pra o ciclo de krebs para produção de energia.
- O aminoácido possui um grupamento amino que precisa ser retirado! E esta parte é muito importante para gerar
uma cadeia carbônica que possa ser oxidada.
- Os aminoácidos sem a amina se tornam o esqueleto carbonado (alfa-cetoácido)
- Não se utiliza o grupo amina para produção de energia
De onde vem esse aminoácido?
1) Dieta pela alimentação
2) Por meio da degradação de proteínas intracelulares
3) Por meio de jejum muito prolongados

Para que utiliza-se esse agrupamento amina retirado?


- O grupamento amino é reutilizado para 2 vias distintas
1) Para síntese de novos aminoácidos, nucleotídeos e aminas biológicas
2) O excesso gerado se torna amônia que vai para o ciclo da ureia.
3) O esqueleto carbonado vai para o ciclo de krebs.

Primeira etapa
- A remoção do grupamento amino
- Ocorre no fígado
- É realizada pela aminotransaminase ou aminotransferase
- Ela retira a amino e une ao PLP do sitio ativo formando ligação covalente
transitória
- Libera o alfa-cetoácido para ir para o ciclo de krebs
- O grupamento amino que fica no sitio ativo da enzima é transferido para uma
molécula de ALFA- CETOGLUTARATO
- Uma vez que ocorre a transferência, o alfa-cetoglutarato se torna L-Glutamato
(sempre gera glutamato nesse caso – sendo reversível)
- Cada enzima é especifica para um tipo de aminoácido
- Qualquer transaminase gera glutamato a partir de alfa-cetoglutarato

Exemplos:

L-Alanina
- Alanina aminotransferase pega o agrupamento amino da alanina
- Transfere para alfa-cetoglutarato que gera glutamato
- A alanina se torna piruvato quando perde o agrupamento amino

Aspartato
- O aspartato aminotransferase pega o a agrupamento amino do aspartato
- Transfere para o alfa-cetoglutarato que se torna glutamato
- O L aspartato sem o grupamento amino se torna oxalacetato

O mesmo processo ocorrem em todos os aminoácidos, sendo somente diferente quanto a enzima mas o processo
sempre é o mesmo: alfa-cetoglutarato vira glutamato e o aminoácido torna-se algum composto pela retirada do
agrupamento amino.

O que ocorre com o grupamento amino do glutamato?


1) Removido na matriz mitocondrial
2) Sofre uma desaminação oxidativa
3) Catalisada pela glutamato desidrogenase (alguém oxida e reduz)
4) O glutamato sofre oxidação
5) Um NAD ou NADP sofre a redução
6) Libera o agrupamento amino em forma de amônia
7) O glutamato se torna alfa-cetoglutarato
8) A amônia em excesso é toxica, então ela será metabolizada no
hepatócito.

Transporte de amônia
- Ela é muito toxica
- Ela também é produzida na degradação de nucleotídeos de DNA
- Ela não pode ser transportada na corrente sanguínea de forma livre
- A amônia tem que ser transportada por dois transportes:
Via glutamina
1) A L glutamato sofre ação de enzima
2) A L glutamato por gasto de ATP torna-se pela glutamina sintetase um glutamil.
3) O glutamil fosfato sofre ação da glutamina sintetase recebendo a amônia
4) O glutamato com amônia torna-se glutamina que é transportada para locais
específicos: INTESTINO, RIM E FIGADO onde há enzimas que conseguem retirar o
grupamento amino liberando novamente a amônia pela glutaminase.
5) A glutaminase libera a amônia.
6) No fígado a glutaminase vai para a desintoxicação
7) Se produzido no rim ou intestino, ele vai pôr um caminho mais curto para o
fígado para a síntese de ureia

2º via é pela alanina (ciclo)


- Pela utilização de proteínas do musculo para proteína
- No músculos temos também aminotransferases
- Os aminoácidos vão se tornar glutamato
- O glutamato transfere para o piruvato o agrupamento amino pela alanina
aminotransferase gerando alanina e alfa cetoglutarato
- O alfa-cetoglutarato pode receber novamente o amino tornando-se
glutamato

No fígado
- O piruvato é um alfa cetoácido que pode receber o grupamento amino do
glutamato para formar alanina
- A alanina vai para a corrente sanguínea a vai pro fígado
- No Figado a alanina sofre reação de transaminação dando para o alfa-cetoglutarato
formando o glutamato.
- A alanina perde o grupamento amino e torna-se piruvato
- O piruvato vai para a gliconeogênese.

Ciclo da ureia
- Ocorre quase que exclusivamente no fígado
- O ciclo da ureia começa no interior da mitocôndria e termina no citosol
- A amônia pode vir pela desaminação do glutamato

Passo a passo
Matriz
1) O glutamato entra na matriz mitocondrial, perdendo o agrupamento amino formando amônia.
2) A amônia também pode vir da glutamina (transportada)
3) Essa amônia por gasto de 2 moléculas de atp e uma molécula de
bicarbonato, recebe um grupo carboxílico pela carbamoil fosfato sintetase
1.
4) Formou carbamoilfosfato
5) A primeira reação do ciclo ocorre na matriz mitocondrial pela Ornitina
transcarboxilase
6) Funde a ornitina a carbamoil-fosfato formando citrulina

Citosol
1) A citrulina é transportada para o citosol, sofrendo gasto de uma
molécula de ATP por meio da Arginino-succinato-sintetase formando o
Arginino-succinato
2) O arginino succinato pela arginino succinase formando fumarato e
arginina
3) O arginino sofre hidrolise pela arginase, formando ureia e regenerar o
resto em ornitina
4) No final do ciclo a ureia é excretada na urina e a ornitina é regenerada para voltar a matriz.
5) O fumarato vai ser direcionado para o ciclo de Krebs e
- Cada volta gasta 4 moléculas de ATP
Degradação dos aminoácidos
- Os 20 aminoácidos ao serem catabolizados geram 6 produtos principais
- Acetoacetil-CoA, Acetil-CoA, Piruvato, Oxalacetato, Fumarato, Succinil-
CoA e Alfa-cetoglutarato
- Os aminoácidos podem ser glicogênicos ou cetogênicos
- As suas rotas são muito complexos

Anabolismo
- Todos os aminoácidos são derivados das vias das pentoses, da via
glicolítica e do ciclo de Krebs
- Para síntese desses aminoácidos há muitas rotas podendo haver muita ou
poucas reações.
- Alguns necessitam de várias rotas e outras possuem rotas menos
complexas.
- Os aminoácidos não são usados exclusivamente para síntese de proteínas
- Os aminoácidos são usados como percussores de outras moléculas não
proteicas como hormônios, creatina, porfirinas, catecolaminas (amina
biológicas), GABA, serotonina.

Aminoácidos essenciais (vem pela alimentação porque eu não consigo


sintetizar)
- São 11
- Possuem rotas muito complexas
- Valina, Leucina, Isoleucina, Serina, triptofano, fenilalanina, tirosina, histidina, metionina, treonina e lisina.

Aminoácidos não essenciais (que é sintetizado pelo corpo)


- São 9
- Glutamato, glutamina, prolina, arginina, alanina, glicina, cisteina, aspartato e asparagina.
- Os aminoácidos não essenciais são sintetizados principalmente no fígado

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