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A OXIDAÇÃO E A BIOSSÍNTESE DOS ÁCIDOS GRAXOS

A oxidação dos ácidos graxos ocorre pela remoção sucessiva de grupos


acetil na forma de acetil-CoA. A biossíntese dos ácidos graxos, entretanto,
não ocorre pela simples reversão das mesmas etapas enzimáticas.

A biossíntese dos ácidos graxos segue uma via diferente, é catalisada por um
conjunto distinto de enzimas e se realiza numa parte diferente da célula.
Além disso, um intermediário de 3 carbonos participa da biossíntese dos ácidos
graxos e o CO2 também é necessário.

Etapas da oxidação de ácidos graxos.

 Etapa 1 - Um ácido graxo de cadeia longa é oxidado para produzir


resíduos de acetil na forma de acetil-CoA. Esse processo é chamado de b-
oxidação. 
 Etapa 2 - Os grupos acetil são oxidados a CO2 no ciclo do ácido cítrico. 
 Etapa 3 - Os elétrons derivados das oxidações das etapas 1 e 2 passam ao
O2 por meio da cadeia respiratória mitocondrial, fornecendo a energia
para a síntese de ATP por fosforilação oxidativa.

Conforme observado anteriormente, a oxidação mitocondrial dos ácidos graxos


ocorre em três etapas. Na primeira etapa – b-oxidação –, os ácidos graxos sofrem
remoção oxidativa de sucessivas unidades de dois carbonos na forma de acetil-
CoA, começando pela extremidade carboxílica da cadeia acil-graxo.A formação
de cada acetil-CoA requer a remoção de quatro átomos de hidrogênio (dois pares
de elétrons e quatro H1) da porção acil-graxo pelas desidrogenases. 

Na segunda etapa da oxidação de ácidos graxos, os grupos acetil da acetil-CoA


são oxidados a CO2 no ciclo do ácido cítrico, que também ocorre na matriz
mitocondrial. A acetil-CoA derivada dos ácidos graxos então entra em uma via
de oxidação final comum com a acetil-CoA derivada da glicose precedente da
glicólise e da oxidação do piruvato. As duas primeiras etapas da oxidação dos
ácidos graxos produzem os transportadores de elétrons reduzidos NADH e
FADH2, que na terceira etapa doam elétrons para a cadeia respiratória
mitocondrial, por meio da qual os elétrons passam para o oxigênio com a
fosforilação concomitante de ADP a ATP. A energia liberada pela oxidação dos
ácidos graxos é, portanto, conservada como ATP.
CICLO DA URÉIA

O ciclo da ureia é uma sequência de reações bioquímicas com o objetivo de produzir


este composto, a partir da amônia.

A amônia é uma substância tóxica, do metabolismo do nitrogênio, que deve ser


eliminada rapidamente do organismo.

O ciclo da ureia pode ser dividido em cinco reações:

• O fornecimento do primeiro átomo de nitrogênio da ureia ocorre com a formação do


carbamoilfosfato através da carbamoilfosfato-sintetase, que teoricamente não seria um
componente do ciclo da ureia, já que é responsável pela produção do precursor
carbamoilfosfato, este sim, componente do ciclo. Essa reação envolve três passos e
podem ocorrer sob duas formas, ambas em etapas irreversíveis, sendo o passo limitante
do ciclo da ureia.

• O grupo carbamoil do carbamoilfosfato é então transferido para a ornitina, produzindo


citrulina pela ornitina-transcarbamoilase. Esta reação ocorre na mitocôndria e a ornitina
entra nesta organela por meio de um transportador específico. A citrulina produzida é
exportada para o citosol, onde o ciclo é continuado.

• O grupo ureído da citrulina é condensado com um grupo amino do aspartato através da


argininosuccinato sintetase, fornecendo o segundo átomo de nitrogênio da ureia.

• A enzima argininossuccinase elimina a arginina ligada ao esqueleto do aspartato, que


forma fumarato (que segue outras vias para formar oxaloacetato). A arginina liberada é
o precursor da ureia.

• A arginina é então hidrolisada na última etapa do ciclo catalisada pela arginase,


produzindo ureia e regenerando a ornitina, que retorna para a mitocôndria, dando
continuidade ao ciclo.

Todo o processo é energeticamente custoso e o ATP (adenosina trifosfato) utilizado


provém da oxidação do acetil-CoA pela degradação dos esqueletos de carbono dos
aminoácidos.

A regulação deste ciclo envolve a ativação alostérica por N-acetilglutamato, sintetizado


a partir de glutamato e acetil-CoA pela enzima N-acetilglutamato sintase seguido de um
processo de hidrólise. As demais etapas da via são controladas pela concentração do
substrato disponível.

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