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Cinética Enzimática

Estuda as velocidades das reações enzimáticas e a A evolução das curvas depende essencialmente do pH,
forma como esta varia com diversos fatores: temperatura, polaridade, tipo de substrato e da
concentração de enzima.
• Temperatura
• Concentração Na situação observada observamos várias situações que
• pH podem contribuir para que não exista a formação
• Presença de Ativadores e inibidores global de + de 1 produto ao longo do tempo (equilíbrio-
velocidade nula). Por este motivo em laboratório
Na prática -> medem-se as velocidades da reação em evitamos trabalhar perto do equilíbrio, sendo medidas as
diferentes condições velocidades em condições de velocidade inicial.
Teoricamente -> constroem-se modelos matemáticos Modelo Michaelis-Menten:
que se ajustem aos resultados experimentais. Estes
modelos possuem parâmetros que têm significado
físico.
A infirmação recolhida pode: 4 variáveis = 4 concentrações: [S], [P], [E], [ES]
• Ser útil do ponto de vista experimental 4 parâmetros = 4 constantes de velocidade
• Usada para estabelecer mecanismos catalíticos
2 constantes de 1ª ordem (k1 e k2) -> uni. s-1
e identificar os aa envolvidos na catálise
2 constantes de 2ª ordem (k1 e k2) -> uni. M-1 s-1
Curvas de evolução temporal S ou P em função de t
Só se pode comparar constantes com as mesmas
A velocidade da reação é obtida através do cálculo do
unidades-> transforma-se as constantes de 2ª ordem
declive das curvas de evolução de S diminui com o
em constantes de pseudo-primeira ordem
tempo até se atingir o equilíbrio:
4 equações diferencias -> descrevem a variação
ⅆ[𝑆] ⅆ[𝑃]
𝑣=− = temporal das 4 espécies
ⅆ𝑡 ⅆ𝑡
2 equações de balanço de massas:
Substrato [S0] = [S] + [ES] + [P]
Enzima [Et] = [E] + [ES]
Hipóteses Restritivas:
Do ponto de vista laboratorial existem situações que
tem de ser validadas e só nessas condições podemos
A reação inversa torna-se predominante com a aplicar a equação de Michaelis – Menten -> pode ser
acumulação dos produtos utilizada para interpretar dados e determinar
parâmetros cinéticos:
No equilíbrio a velocidade de conversão em S e em P
iguala a velocidade de conversão de P e S v=0 • VM (velocidade máxima)
A enzima torna-se instável no decurso da reação • KM (constante de Michaelis-Menten)
• KI (constante de inibição)
O grau de saturação da enzima pelo substrato diminui à
medida que o substrato é consumido Condição de velocidade inicial (v0) -> as velocidades são
determinadas a partir da tangente na origem da curva
Os produtos da reação inibem a enzima de evolução temporal [P] vs tempo -> nestas
Qualquer combinação dos fatores anteriores condições é possível desprezar a reação de conversão
de produto em ES porque a concentração de produto
é muito baixa
Velocidades iniciais, v0
Determinação experimental: Balanço de Massas:
No início da reação S -> P ~ 0 [𝑠0 ] = [𝑠] ([𝑆] ≫ [𝐸𝑇 ])
A reação inversa é desprezada (é anulado qualquer [𝐸𝑇 ] = [𝐸] + [𝐸𝑆] -> aqui temos a conservação total
efeito dos produtos e a enzima mantém-se estável) de enzima
equilíbrio
Nas deduções estão contempladas as hipóteses
restritivas
ⅆ[𝑃]
𝑣0 = ( ) , 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 Velocidade inicial
ⅆ𝑡 0

Objetivo: expressar v0 em função dos parâmetros do


modelo (k1, k-1, kcat) e de concentrações conhecidas [S0]
e [ET]

𝑣0 = 𝑓([𝑆0 ]), 𝑣0 𝑒𝑚 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 Velocidade inicial

ⅆ𝑒 [𝑆 (ℎ𝑖𝑝𝑒𝑟𝑏𝑜𝑙𝑒)] Estado
Estacionário

Conservação total da enzima

Determinar as tangentes na origem das curvas [P] vs Velocidade inicial


tempo, para diferentes valores de concentrações de
substrato [Er] constante
As curvas de evolução são normalmente lineares até
20% de conversão do substrato
Equação de Michaelis-Menten
Hipótese do estado estacionário [S0] >> [ET]
KM constante de Michaelis-Menten
Se a concentração de substrato for muito superior à
Vmax velocidade máxima
concentração de enzima, a concentração do
intermediário ES é sempre muito baixa e pode Representação Gráfica da equação -> hipérbole
considerar-se constante ao longo do tempo: retangular
ⅆ[𝐸𝑆] Reação de 1ª ordem
=0
ⅆ𝑡
Á excepção dos instantes iniciais, normalmente
milissegundos [ES] é constante até à exastao de S -> a Reação de ordem zero
velocidade de formação de ES terá de ser igual à
velocidade de consumo
Significado Físico dos parâmteros Vmax e KM
Equações Diferenciais:
ⅆ[𝑃]
𝑣= = 𝑘𝑐𝑎𝑡 [𝐸𝑆]
ⅆ𝑡
Velocidade inicial
ⅆ[𝐸𝑆]
𝑣= = 𝑘−1 [𝐸][𝑆] − (𝑘−1 [𝐸𝑆] + 𝑘𝑐𝑎𝑡 [𝐸𝑆]) = 0
ⅆ𝑡

Estado Estacionário
2. Inibição Incompetitiva

1. Ajuste direto do modelo recorrendo a


regressões não-lineares:

Melhores valores para:


V = 81.1 K = 38.62

3. Inibição não Competitiva

2. Linearizações da equação:

V0 é dependente da concentração de enzima:

As reções catalisadas por enzimas exibem uma


cinética de saturação
Tipos de inibição enzimática
1. Inibição Competitiva
Efeito da temperatura na atividade enzimática Introdução ao Metabolismo:
A curva da atividade enzimática em função da Os organismos vivos não se encontram em equilíbrio –
temperatura apresenta um máximo que requerem um input contínuo de energia
corresponde à temperatura ótima da enzima. A
temperatura ótima varia de enzima para enzima Os sistemas vivos mantêm-se vivos em estado
estacionário
.
Metabolismo é uma atividade celular altamente
coordenada em que vários sistemas multi-enzimáticos
(caminhos metabólicos) cooperam para:
Obtenção de energia a partir do sol ou da degradação
de nutrientes do ambiente ricos em energia ->
Bioenergia
Sintetizar e degradar as biomoléculas necessárias para
as funções especializadas da célula (lípidos das
membranas, mensageiros intercelulares ou pigmentos)
Na região de temperaturas baixas -> atividade -> acoplamento de reações exergónicas de oxidação
aumenta exponencialmente de acordo com a lei de (degradação) de nutrientes aos processos endergónicos
Arrhenius para manutenção da célula (movimento, transporte
ativo, biossíntese de macromoléculas)
A temperaturas elevadas -> atividade cai
abruptamente devido à desnaturação da enzima. Anabolismo e Catabolismo
Efeito do pH na atividade enzimática
As proteínas são sensíveis ao pH. A maior parte Caminhos Caminhos metabólicos
das enzimas está apenas ativa numa gama metabólicos Degradativos
relativamente estreita de valores de pH. Biossintéticos
Fornecem energia
Blocos
Anabolismo
percursores

As vias metabólicas-> conjunto de reações enzimáticas


consecutivas e estas podem ser cíclicos ou divergentes.
As vias metabólicas são irreversíveis -> a dua
direccionalidade é determinada pela ocorrência de
reações irreversíveis onde ΔG0 < 0 -> reação
irreversível -> via irreversível
As vias catabólicas e anabólicas são quase sempre
• Ligação ao substrato à enzima distintas por razões energéticas
• Atividade catalítica
Os caminhos anabólicos e catabólicos empregam
• Ionização do substrato frequentemente enzimas comuns nos passos
• Estrutura da proteína (desnaturação a pH reversíveis -> maior economia
extremos)
A ocorrência de vias de interconversão independentes
O estudo da dependência da atividade com o pH pode permite regulação independente:
dar informação acerca dos valores de pKa dos aa do
centro ativo.
Todas as vias têm um paço limitante. Apesar das vias TransportadorGrupo Vitamina
serem irreversíveis, a maioria das reações encontram.se Transferido Percursora
perto do equilíbrio, no início há sempre um paço ATP Fosforilo
irreversível (exergónico) -> obriga ao escoamento dos NADH e NADPH Eletrões Niacina (B3)
produtos. FADH2 e Eletrões Riboflavina (B2)
FMNH2
Todas as vias são reguladas -> necessidade da célula, Tiamina Aldeído Tiamina (B1)
sendo feita na maioria por enzimas que catalisam Pirofosfato
reações irreversíveis (regulação dos passos limitantes). Lipoamida Acilo
Coenzima A acilo Ácido
A regulação independente é feita nos passos
Pantoténico
irreversíveis (pontos em que os caminhos divergem) (B5)
nos quais as enzimas regulatórias são reguladas
reciprocamente por efetores alostéricos comuns.
Nas células eucarióticas as vias metabólicas ocorrem em
diferentes compartimentos celulares -> transporte de
metabolitos/ interdependência metabólicas de órgão.
Vias metabólicas estão relacionadas entre si e envolvem
motivos comuns

• Reações química e metabolitos comuns


• Sequências de regulações comuns
• Estratégias regulatórias comuns.
A utilização do ATP como “moeda energética”

Transportadores de eletrões:
Nicotinamida Adenina Dinucleótido (NAD+/NADH),
transportador de e- na oxidação dos nutrientes
(catabolismo)
Nicotinamida Adenina Dinucleótido Fosfato (NADPH);
transportador de e- na biossíntese (anabolismo)
NAD(P)+ + 2H+ + 2e- NAD(P)H + H+

Reação Global

AH2 + NAD+ → A + NADH + H+

A + NADPH + H+ → AH2 + NADP+

AH2/A = substrato reduzido/oxidado


Enzimas -> oxidorredutases ou disidrogenases
Flavina Adenina Dinucleótido (FAD/ FADH2) -> 3. Modificação covalente reversível ->
transportador de e- na oxidação dos nutrientes compartimentação celular Ex: oxidação de
ácidos gordos dá-se na mitocôndria e a sua
Flavina Mononucleótido (FMN/FMNH2)
síntese dá-se no citoplasma
FAD + 2H+ + 2e- ↔FADH2
No entanto todo o metabolismo é controlado pela
energia disponível (carga energética)
Tiamina pirofosfato (TPP) -> transportador de grupos
aldeído carga energética = [ATP] + 0.5 [ADP]
[ATP] + [ADP] + [AMP]
• Entra na Glicose

Lipoamida -> transportador de grupos acilo

Coenzima A (CoA) -> transportador de grupos acilo


ativados:
• catabolismo é inibido por ce elevada
• anabolismo é estimulado por ce alta
O controlo dos caminhos está feito para manter os
limites dentro de 0.80 < ce < 0.95
Tal como o pH, a ce está tamponizada dentro da célula
Alternativa -> também se pode usar o potencial de
fosforilação: ((pf=[ATP] / ( [ADP] [Pi] ))
pf depende de [Pi] e está relacionado com a energia
Regulação dos processos metabólicos livre que se obtém quando o ATP é hidrolisado nas
condições da célula
A velocidade dos processos degradativos é controlada
pelas necessidades da célula em ermos de poder
redutor (NADH / FADH2) e de potencial de fosforilação
((pf=[ATP] / ( [ADP] [Pi] )) • Controle da concentração da enzima (lento –
minutos)
• Controle alostérico
Formas de regulação • Modificação covalente reversível
• Isoenzimas
1. Regulação da quantidade das enzimas -> • Activação proteolítica
balanço entre a velocidade de síntese proteica • Hormonas
(transcrição e tradução) e a velocidade de
degradação das enzimas Controle da concentração da enzima -> durante a
síntese proteica:
2. Regulação da atividade enzimática -> controlo
Pós tradução -> não havendo a ativação da proteína
alostérico de enzimas em pontos chave dos
percursos metabólicos Pré-Tradução -> não há a formação da proteína
Pré-transcrição -> não há a formação do mRNA
Controle Alostérico -> estabilização das proteínas nas M4 predominante no musculo esquelético e fígado
suas duas formas
H4 inibida alostéricamente por altos níveis de piruvato,
Ativar -> Ativador alostérico -> estabilização da mas não a M4
proteína
Diferentes valores de Km para o piruvato -> +
Inibir -> inibidor alostérico -> estabilização da proteína otimização
inativa
M4 tem Km menor -> + quantidade no musculo
Fosforilação e desfosforilação -> Cinases / Fosfatases esquelético que é anaeróbico
H4 tem Km maior -> existindo em maior quantidade no
musculo cardíaco que é aeróbico
Ativação Proteolítica -> enzimas são sintetizadas como
percursores inativos (zimogénios) -> sendo estas
ativadas pela sua quebra

São as + comuns • Enzimas digestivas (zimogénios sintetizados no


estomago e pâncreas)
O grupo fosfato é volumoso e carregado -> induzindo
• Enzimas de coagulação do sangue (cascata
alterações conformacionais
proteolítica de ativação)
Envolvem enzimas Cinases e Fosfatases • Hormonas (proinsulina -> insulina ou a
degradação do glicogénio)
Piruvato desidrogenases é inativa fosforilada e ativa
desfosforilada Energia livre de Gibbs
Piruvato desidrogenase é inativa fosforilada e ativa aA + bB cC + dD
desfosforilada
[𝐶]𝐶 [𝐷]𝑑
Os aminoácidos com grupo OH são os alvos para esta 𝛥𝐺 = 𝛥𝐺0 + 𝑅𝑇 ln ( 𝑎 𝑏 )
[𝐴] [𝐵]
modificação (serina, treonina, tirosina)
𝛥𝐺 → 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 ⅆ𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎
Isoenzimas
𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎ⅆ𝑎 𝑒𝑛𝑧𝑖𝑚𝑎𝑡𝑖𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒
[𝐶]𝐶 [𝐷]𝑑
Formas diferentes da enzima que diferem na sequência Keq = ( 𝑎 𝑏 )
[𝐴] [𝐵]
de aminoácidos
𝛥𝐺 = 𝛥𝐺0 + 𝑅𝑇 ln(𝐾𝑒𝑞)
Diferem nas suas propriedades cinéticas e na sua
distribuição tecidular 𝛥𝐺0
→ 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 ⅆ𝑎 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛ⅆ𝑖çõ𝑒𝑠
Ex: Lactato desidrogenase (LDH) -> catalisa a
conversão do lactato a piruvato 𝑝𝑎ⅆ𝑟ã𝑜 ([𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠] = [𝑝𝑟𝑜ⅆ𝑢𝑡𝑜𝑠]) = 1𝑀
M4

M3H
𝑇 → 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 (25º) 𝑠ã𝑜 298𝐾
M2H2 𝑃 = 1𝑎𝑡𝑚
𝑅 = 1.987 ∗ 10−3 𝑘𝑐𝑎𝑙 ∗ 𝑚𝑜𝑙 −1 ∗ 𝐾 −1
MH3

M4
Convenção Q-F: substancias puras a:
Tetrâmero com subunidades H e M pH= 0 -> 𝛥𝐺 0
H4 + dominante no musculo cardíaco pH= 7 -> 𝛥𝐺 0

𝛥𝐺′ = 𝛥𝐺 0′ + 𝑅𝑇 ln(𝐾′𝑒𝑞) 1 𝑅𝑇 𝑑𝑜𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒−
𝐸 ′ = 𝐸 0 − (𝑛𝐹) ln (𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒−)

𝐹 → 𝑐. ⅆ𝑒 𝐹𝑎𝑟𝑎ⅆ𝑎𝑦 = 23.06 𝑘𝑐𝑎𝑙 ∗ 𝑉 −1 ∗ 𝑚𝑜𝑙 −1


𝛥𝐺 ′ < 0 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑔ó𝑛𝑖𝑐𝑎 → 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖ⅆ𝑜 ⅆ𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜 𝑛 = 𝑛º ⅆ𝑒 𝑒 − 𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎ⅆ𝑜𝑠 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑎çã𝑜
𝛥𝐺 ′ > 0 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑒𝑛ⅆ𝑒𝑟𝑔ó𝑛𝑖𝑐𝑎 → 𝛥𝐺 ′ = −𝑛𝐹𝛥𝐸 ′
𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖ⅆ𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜

𝛥𝐺 0 = −𝑛𝐹𝛥𝐸 ′
𝛥𝐺 ′ = 0 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜
As variações da energia livre são aditivas:
𝛥𝐸 ′ > 0 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑔ó𝑛𝑖𝑐𝑎 → 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖ⅆ𝑜 ⅆ𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜
𝛥𝐸 ′ < 0 𝑟𝑒𝑎çã𝑜 𝑒𝑛ⅆ𝑒𝑟𝑔ó𝑛𝑖𝑐𝑎 →
𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖ⅆ𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜
𝛥𝐸 ′ = 0 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜
Compostos de Fosforilação de alta e baixa energia:
Bases químicas para a variação da energia livre
resultante da hidrolise do ATP: Glicólise:

1 –Hidrólise provoca uma separação de cargas aliviando Localização: citoplasma de células cerebrais, músculos
a repulsão electroestática entre 4 cargas negativas do esqueléticos, eritrócitos
ATP Objetivo: produção de energia e de intermédios para a
2 – Fosfato inorgânico (Pi) libertado é estabilizado por biossíntese
formas de ressonância 1. Fosforilação dos intermédios
3-ADP ioniza-se libertando um p+ para o meio de baixa A carga negativa impede a saída da célula -> não há
[H+] (pH = 7) difusão através da membrana não se gasta energia a
Ex: Hidrólise do fosfoenolpiruvato (PEP) -> reacção de manter os compostos no seu interior
hidrólise é seguida por uma tautomerização espontânea do G -> G6P permite manter o gradiente de
produto. Ocorre também por ressonância do Pi
concentração
Hidrólise da fosfocreatina -> quebra da ligação P-N na
Os grupos fosforilo ativados são muito importantes na
fosfocreatina dá origem a creatina e Pi. Ambos os produtos
são estabilizados por ressonância conservação da energia metabólica (composto de
elevada energia)
Reações de Oxidação-Redução
A presença dos grupos fosfato aumenta a
Os e- armazenados sob a forma de poder redutor nos especificidade das enzimas. Os sítios ativos são
compostos NADH, NADPH, FADH2 são transferidos para específicos para os complexos de Mg2+ -> nucleótidos
espécies com + afinidade a e- -> produzindo energia (ATP)
(ATP e ADP)
Potenciais de redução (Medida de Afinidade para e-)
Os potenciais de redução são medidos relativamente ao 2. Intermédios fosforilados são convertidos em
elétrodo padrão de hidrogénio (H2) ao qual foi por compostos com elevado potencial de
convecção atribuído o valor de 0 V a pH=0. O padrão do transferência do grupo fosforilo.
elétrodo de H2 é pH= 7 é 0.414 V sendo designado E0
O potencial depende da natureza das espécies e da sua 3. Reações exergónicas são acopladas à síntese
concentração em solução por ATP por fosforilação a nível do substrato
Equação de Nernts -> relaciona o potencial de redução de
uma solução (E) com o potencial de redução padrão (E0’) e
a concentração das espécies oxidada e reduzida.
3 Fases:

Fermentação homoláctica -> conversão da glucose em


lactato em condições anaeróbias (ou quase anaeróbias)
Glucose + 2ADP + 2Pi ⎯→ 2lactato + 2ATP + 2H2O + 2H+

Perfil da variação da energia de Gibs da glicólise


realizada em condições anaeróbias.

Fermentação lática e alcoólica: Destino final da glicólise


Na ausência do oxigénio o NAD+ é regenerado pela
redução do piruvato a lactato -> a glicólise pode
continuar. Permite obter energia na ausência de
oxigénio (2ATPs)
Fermentação a Etanol Fermentação com lactato em
(leveduras) músculos e microrganismos Este depende de 120g/ dia dos 160g/dia necessários ao
Condições anaeróbias funcionamento do organismo sendo apenas necessárias
Glucose Condições anaeróbias
190g + 20g fluidos corporais -> 1 dia

2 Etanol + 2CO2 2 Piruvato 2 Lactato

2CO2 2 Acetil-
CoA

4CO2 + 4H2o

Condições aeróbias
Animais, Plantas e muitos microrganismos Piruvato -> Glucose A
A gluconeogénese não é o inverso da glicólise ->
A Glicólise nos glóbulos vermelhos:
passos irreversíveis da glicólise são contornados~
Há uma alteração da capacidade de transporte de O2,
1. Piruvato é convertido em fosfoenolpiruvato
pelo sangue em glóbulos vermelhos deficientes nas
passando por oxaloacetato (enzimas piruvato
enzimas hexocinase ou piruvato cinase.
carboxilase e fosfoenolpiruvato carboxicinase)

2. Frutose-6-fosfato é formada a partir de frutose


1,6-bifosfato por hidrólise de um éster fosfato
no carbono 1 enzima frutose 1,6-bisfosfatse

3. Glucose é formada a partir de glucose 6-


Ponto de entrada de outros substratos (glicogénio,
fosfato (enzima glucose 6-fosfatase)
amido, dissacáridos e hexoses) na glicólise:
Convergência
Estratégia:
Muitos carboidratos além da glucose são degradados
através do caminho glicolítico. Os mais frequentes são A enzima piruvato carboxilase existe na mitocôndria,
polissacáridos de armazenamento de energia (amido e sendo a única as outras encontram-se no citoplasma e
glicogénio), os dissacáridos (maltose, lactose, trealose e no caso da glucose-6-fosfato está no retículo
sucrose) e monossacáridos (frutose, manose e
O transporte de malato da mitocôndria -> Citosol e a
galactose).
sua conversão para oxalato servem para transferir o
Gluconeogénese NADH para o citosol (onde a razão de [NADH]/[NAD + ]
é muito mais baixa), que depois será usado na
Objetivo: manter os níveis de glucose no sangue e no
conversão de 1,3 -bifosfoglicerato em gliceraldeído - 3 -
cérebro, glóbulos vermelhos (ativos); ocorre no fígado
fosfato
(e rins) -> síntese de glucose e outros hidratos de
carbono a partir do piruvato (ou compostos análogos A conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato
de 3 C, tais como o lactato, glicerol ou alanina) (Go’=+31 kJmol-1 para a reacção inversa da que
ocorre na glicólise) torna-se possível devido ao gasto de
Processo importante para o funcionamento do cérebro:
uma molécula de ATP para activar e ligar o CO2 , com
formação de oxaloacetato; a descarboxilação e a
fosforilação posteriores (com gasto de GTP)
possibilitam a formação do enol instável. A conversão A Glicólise a Gluconeogénese têm regulação recíproca
de piruvato em fosfoenolpiruvato na gluconeogénese
(2 passos) tem Go’=+0,8 kJmol-1

Na conversão Fosfoenolpiruvato → Frutose 1,6-


bisfosfato, são usadas enzimas da glicólise
Os passos são reversíveis -> ΔG0’ -> direção é
controlada pelas concentrações

Frutose 1,6-bisfosfato → Frutose 6-fosfato é


irreversível -> controlo alostérico (enzima frutose 1,6-
bisfosfatase)
A enzima glucose 6 só está presente nos tecidos cuja
função é manter constante a concentração de glucose
no sangue ->fígado e rins
A formação de glucose livre constitui também um
ponto de controlo importante. Esta reacção dá-se no
lúmen do retículo endoplasmático
Regulação da hexocinase:
Hexocinase-> catalisa o primeiro passo irreversível da
glicólise
É inibida pelo produto glucose 6-fosfato (G-6P) Níveis
elevados de G-6P indicam que a célula não necessita
de glucose para obter energia, armazenamento
(glicogénio) ou precursores de biossíntese. Nestas
condições a glucose é deixada no sangue
Regulação da PPK1
Fosfofrutocinase (PFK-1) é o ponto de regulação mais
importante da glicólise (passo limitante da via glicolítica)
2 piruvato + 2 GTP + 4 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 6 H2O -
-> Glucose + 2 GDP + 4 ADP + 6 Pi + 2 NAD+ É uma enzima alostérica regulada por:

(Go ’ = -38 kJmol-1 ) A frutose-2,6-bifosfato é um activador da PFK-1 e é


produzida por fosforilação da frutose-6P (F6P) pela
Gastam-se 6 nucleótidos trifosfato (apenas 2 se acção da PFK-2
produzem na glicólise)  os 4 ATP extra são
necessários para tornar o inverso da glicólise (Go ’ =
+84 kJmol-1 ) num processo termodinamicamente
favorável
O Ciclo de Cori:

PFK-1 inibida por ATP, H+ e citrato e activada por


AMP e frutose 2,6–bifosfato
Regulação da PFK-1 pela PFK-2
enzima bifuncional:
– No fígado quando o nível de glucose no sangue é
baixa, o glucagon activa a síntese de cAMP, a PFK-2 é
fosforilada pela proteína cinase A
Ativação:
o domínio com função de fosforilação da PFK-2 é
1. [AMP] / [ATP] -> muito elevado -> sinalização inactivado e o seu domínio de fosfatase é activado,
de necessidade de energia convertendo a F-2,6-PP em F6P:
2. [frutose 2,6- bisfosfato] -> muito elevado -> é
um activador alostérico que desloca o equilíbrio na forma desfosforilada é uma cinase – fosfofrutose
T R no sentido da forma R, aumentando a cinase (frutose-6P + ATP  frutose-2,6-PP)
afinidade para o substrato (frutose 6-fosfato). A na forma fosforilada é uma fosfatase – frutose-1,6-
formação de frutose 2,6-bisfosfato é bifosfatase (frutose-2,6-PP  frutose-6P + Pi)
dependente dos níveis de insulina e glucagon
via a PFK-2 O glucagon e a epinefrina estimulam a produção de
cAMP no fígado:
Inibição:
[F-2,6-PP] → inibição da PFK-1 e inibição da função
1. [H+] -> alto (impede a descida brusca do pH no
de frutose1,6-bifosfatase da PFK-2 → activação da
sangue devido à excessiva produção de
gluconeogénese
lactato);
2. [citrato] -> alto (intermediário do ciclo de Krebs, Regulação da piruvato cinase
indicando que há blocos precursores suficientes
para a biossíntese)

É uma enzima alostérica:


Activação por: frutose 1,6-BP. A frutose-1,6-BP (produto
A síntese e degradação da frutose-2,6 da reacção catalisada pela PFK, reacção nº 3 = ponto
bisfosfato (F-2, 6-BP) tem controle hormonal mais importante da regulação). [F-1,6-BP]   PFK
A F-2,6-BP é um modulador importante (+) está activa e a glicólise deve prosseguir –
fosfofrutocinase (glicólise) (-) frutose Inibição por: ATP e alanina que indicam que não há
2,6-bisfosfatase (gluconeogénese) necessidade de energia nem blocos precursores para
biossíntese e a glicólise deve ser inibida
Dentro da mesma célula a glicólise e a
gluconeogénese nunca podem ocorrer em simultâneo,
pois conduziriam apenas a dissipação de energia
Regulação das actividades das enzimas:
Quando a carga energética é baixa ([AMP]↑) e oxidação de ácidos gordos, glucose e alguns
há falta de precursores para a biossíntese aminoácidos conduzem à produção de Acetil-CoA
([citrato]↓), a glicólise é estimulada e a (forma ativada do acetato)
gluconeogénese inibida

A F-2,6-BP responde ao nível de glucose no 1. A conversão do piruvato em Acetil-CoA e


sangue; quando este é elevado a glicólise é CO2 é efetuada através de reações de
estimulada e a gluconeogénese inibida, quando descarboxilação e desidrogenação
este é baixo dáse o contrário (descarboxilação oxidativa)

O caminho da gluconeogénese só se inicia a 2. A oxidação dos grupos acetil no ciclo de


partir do piruvato se houver energia e blocos Krebs conduz à formação de poder redutor
precursores suficientes ([ADP]↓) e ([acetil-CoA] (NADH E FADH2), GTP/ATP E CO2
↑)
3. Os e- transportados pelo NADH e FADH2 são
Regulação das quantidades das enzimas: transferidos para a cadeia de transporte
eletrónico reduzindo no final O2 e H2O e
As quantidades das enzimas são também levando à síntese de ATP
reguladas por hormonas que afectam a
expressão dos genes, quer a nível da Cadeia Respiratória -> Reoxidação dos cofatores
velocidade de transcrição quer a nível da reduzidos nma sequência de reações de transferência
degradação dos RNAs mensageiros: de e- em que o O é o aceitador final. A energia
libertada é utilizada para formar ATP (fosforilação
Insulina (aumenta a seguir às refeições). oxidativa)
Estimula a produção da fosfofrutocinase e da
piruvato cinase (enzimas da glicólise) e da Objetivos:
enzima bifuncional que produz e degrada F-
Oxidação completa de unidades de 2 carbonos para a
2,6-BP
obtenção de enrgia (GTP, NADH e FADH2)
Glucagon (aumenta se há fome). Inibe a
expressão destes genes e estimula a
fosfoenolpiruvato carboxicinase e a frutose 1,6-
bisfosfatase (enzimas da gluconeogénese)

O controle da transcrição é lento, ocorre na


escala de tempo de horas ou dias, em
comparação com o controle alostérico que se
dá em segundos ou minutos

Ciclo de Krebs
(ciclo do ácido cítrico ou dos ácidos tricarboxílicos)
É o caminho final comum para a oxidação completa das
moléculas que fornecem energia (açucares, ácidos
gordos, aminoácidos)
são de precursores para a biossíntese (aminoácidos,
bases aromáticas, colesterol, porfirinas)
Localização:
O O2 não intervém diretamente nas reações do ciclo,
Ciclo dá-se na:
mas é necessário para reoxidar as moléculas de NADH
e FADH2 -> o ciclo do ácido cítrico só funciona em Matriz mitocondrial
condições aeróbicas
O ATP é formado na cadeia respiratória como
resultado da reoxidação dos cofatores reduzidos (NADH
e FADH2)

O Caráter anfibólico do ciclo de Krebs


Fornece precursores para biossíntese -> reações
anfibólicas
Os intermediários do ciclo são repostos por reações
anapleróticas
Formação de acetil-CoA
O complexo de multienzimático piruvato desidrogenase
(PDH) catalisa a descarboxilação oxidativa do piruvato a
acetato (reação irreversível) por remoção de CO2 com
formação de NADH. Nos animais o acetil-CoA não pode
ser convertido em glucose.
Piruvato + CoA + NAD+ -> acetil-CoA + CO2 + NADH

As reações anapleróticas
Balanço energético do ciclo de Kreps Regulação piruvato desidrogenase (PDH)
O complexo piruvato desidrogenase é:
1. Regulado alostéricamente: inibido pelos
produtos da reação, acetil-coenzimaA e NADH.
2. Inibido quando a carga energética é elevada e
os intermediários para a biossíntese abundantes
3. Inibido por modificação covalente, por
Cada unidade acetato dá origem a 10 ATP fosforilação: a cinase que catalisa a fosforilação
Os cofatores reduzidos, NADH e FADH2, são da PHD é inibida por piruvato e ATP
reoxidados na cadeia respiratória; a energia produzida é
aproveitada para formar ATP por fosforilação oxidativa:
10 NADH -> 25 ATP
2 FADH2 -> 3 ATP
-Balanço global: 1 glucose -> 6CO2
28 ATP (fosforilação oxidativa)
4 ATP (fosforilação a nível do substrato)
Em condições aeróbicas formam-se 32 ATP na
oxidação completa de uma molécula de glucose
(em condições anaeróbicas 2 ATP)
Regulação do ciclo de Krebs:
O ciclo do ácido cítrico é controlado em vários pontos
(reações irreversíveis):
1. Isocitrato desidrigenase:
Ativação alostérica por ADP e inibição por
NADH e ATP

2. α-cetoglutarato desidrogenase
Inibição por succinilCoA, NADH e ATP

3. Em muitas bactérias a entrada no ciclo também


é controlada:
Citrato sintase: inibição alostérica por ATP
(aumenta Km para acetilCoA)

Fermentação homoláctica, conversão da glucose em


lactato em condições anaeróbias ou quase anaeróbicas
Glucose + 2ADP + 2Pi ⎯→ 2lactato + 2ATP + 2H2O + 2H+
A cadeia de transporte eletrónico:
A cadeia respiratória é constituída por 4
Regulação coordenada da Glicólise e do ciclo de complexos membranares -> o complexo II está
Krebs: fisicamente ligado ao ciclo de Krebs (succinato–
Q redutase), os outros 3 são bombas de
Em condições normais as velocidades da protões
glicólise e do ciclo de Krebs estão controladas
pelos níveis de ATP e NADH, componentes Dois transportadores móveis fazem a ligação
comuns aos dois caminhos, e também pela entre os vários complexos:
concentração de citrato que é um inibidor da
fosfofrutocinase (enzima que catalisa o passo • Coenzima Q, transportador de 2
limitante da glicólise) electrões e 2 protões, lipossolúvel

• Citocromo c, pequena proteína com


um grupo hemo; transporta 1 electrão
[ATP] / [ADP] e é solúvel em água
[NADH]/[NAD+]

[citrato] inibe a glicólise e


estimula a glucogénese

Cadeia Respiratória:

Os transportadores de electrões

Os transportadores de electrões da cadeia respiratória


mitocondrial são, maioritariamente, proteínas membranares
Em cada complexo os electrões são transferidos para
cofactores. À excepção do NAD+ e da coenzima Q, todos
os cofactores encontram-se covalentemente ligados às suas
apoproteínas
Para além do NAD+ , FAD e FMN, a cadeia respiratória
envolve mais 4 tipos de transportadores de e − :

Anatomia da Mitocôndria: 1. Ubiquinona (Coenzima Q ou Q)


Benzoquinona lipossolúvel (hidrófoba) constituída por um
nº variável de isopreno Nas quinonas as reacções de
transferência de electrões estão acopladas à
transferência de protões [2x(H+ + 1e - ] → permite
gerar o gradiente de protões à custa do transporte
electrónico

2. . Citocromos (Fe2+/Fe3+)
3. Proteínas de Ferro-enxofre (FeS): o ferro pode transferência de electrões do citocromo c para o
estar Fe3+ ou Fe2+ aceitador final (O2)
Contagem do ATP formado na oxidação completa da
glucose

4. Proteínas de Cobre

Entrada de electrões na cadeia respiratória


A entrada de electrões na cadeia de transporte
electrónico mitocondrial ocorre, sempre, via um
cofactor flavínico

Transportadores do NADH citoplasmático


Transportador malato – aspartato (células de fígado,
rins e coração)
1 - O NADH citoplasmático transfere os dois electrões
para o oxaloacetato originando malato. Este é
transportado pelo transportador malato--cetoglutarato
para a matriz mitocôndrial. Aí transfere os dois electrões
para o NAD+ e o NADH resultante é oxidado pela
cadeia respiratória

REACÇÕES CATALISADAS PELOS COMPLEXOS Neste caso 1 NADH citoplasmático origina 2.5 ATP
TRANSPORTADORES DE ELECTRÕES
Complexo I (principal ponto de entrada de electrões na
cadeia respiratória)

NADH + CoQ(ox) → NAD+ + CoQ(red)


Complexo I (segundo ponto de entrada de electrões na
cadeia respiratória, contém a enzima succinato
desidrogenase a única enzima membranar do ciclo do ácido
citrico)

FADH2 + CoQ(ox) → FAD + CoQ(red)


Complexo I I

CoQ(red) + cit c(ox)→ CoQ(red) + cit c(red)


Complexo IV Transportador glicerol-fosfato (células de músculos
cit c(red)+ 1/2O2 → cit c(ox) + H2O esqueléticos)

Os complexos I e II catalisam a transferência de 2 - O NADH citoplasmático transfere os dois electrões


electrões do NADH e do succinato para a ubiquinona, para a dihidroxiacetona-fosfato. A enzima glicerol-3-
respectivamente O complexo III transfere electrões da fosfato desidrogenase ligada à membrana interna da
ubiquinona para o citocromo c O complexo IV catalisa a mitocôndria recebe na co-enzima FAD os dois
electrões do glicerol-3-fosfato cedendo-os em seguida
à ubiquinona
Neste caso 1 NADH citoplasmático origina 1.5 ATP FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA (TEORIA
QUIMIOSMÓTICA -TEORIA DE MITCHELL)
Os electrões do NADH e de outros substractos
oxidáveis passam através de uma série de
transportadores electrónicos localizados na membrana
interna da mitocôndria. Acoplado a este fluxo de
electrões existe transferência de protões através da
membrana.
O gradiente electroquímico resultante é utilizado para
formar ATP pela ATPsintase. Dada a impermeabilidade
da membrana interna aos protões estes retornam à
matriz mitocondrial através de canais específicos
E0’ dos transportadores da cadeia respiratória - perfil existentes na sub-unidade F0 da ATPsintase. Este fluxo
energético da respiração de protões gera energia que conduz à síntese ATP na
subunidade F1 da ATPsintase

Inibição dos complexos da cadeia

A ENERGIA LIBERTADA PELA OXIDAÇÃO DO NADH


(FADH2 ) É UTILIZADA PARA CONDUZIR A
BIOSÍNTESE ENDERGÓNICA DO ATP

A energia associada ao transporte de electrões


Por cada par de electrões transferidos para o Efeito de substratos e inibidores da cadeia de
O2 , 10H+ são bombeados para o espaço transporte electrónico mitocondrial
intermembranar, de acordo com a equação
vectorial:

NADH + 11H+ N + ½O2 → NAD+ + 10H+ P + H2O


A fosforilação oxidativa é regulada pela carga
energética
Se a carga energética é elevada, a velocidade de
transporte electrónico baixa e a concentração de
cofactores oxidados (NAD+ e FAD) baixa -> diminuição
da velocidade do ciclo do ácido cítrico:

• Acumulação de citrato  inibição da glicólise


• Acumulação de acetilCoA  activação da
piruvato carboxilase / gluconeogése (e também
activação da síntese de ácidos gordos)

Se houver excesso de energia, o sistema reage


activando a biossíntese de hidratos de carbono e
de ácidos gordos, i.e., armazena energia

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