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Cinética Química
Júlio C. S. Da Silva
Principais Pontos e Ideias
ü Visão Geral sobre Cinética Química
ü Aspectos Fenomenológicos
ü Definição de Velocidade de Reação
ü Lei de Velocidade
ü Velocidades de Reação: Leis Diferenciais e Integradas
ü Análise Gráfica
ü Tempo de Meia-Vida
ü Pseudo-Ordem
ü Reações Paralelas e Consecutivas
ü Teoria do Estado de Transição – Equação de Arrhenius
ü Catálise Química
ü Mecanismo de Reação
Aspectos Gerais da Cinética Química
Velocidade – É uma indicação de quantos mols de um reagente estão sendo consumidos ou quantos
mols de produtos estão sendo formados durante um intervalo de tempo.
Caso Geral 𝑎𝐴 + 𝑏𝐵 → 𝑐𝐶 + 𝑑𝐷
Consumo Formação
Lei de Velocidade
Concentração
Produto
Pro
Inclinação – Proporcional
a vel.
Reagente
Tempo
Figura: Concentração de reagentes e produtos em função do tempo
Lei de Velocidade
Lei de Vel. – Expressão empírica que mede a dependência da vel. da reação com a
concentração de reagente ou produtos.
𝑣 ∝ [𝐴]! [𝐵]"
Ordens sobre cada reagente
𝑣 = 𝑘[𝐴]! [𝐵]" m + n = Ordem global
Constante de velocidade
Lei de Velocidade
Lei empírica, logo m e n só podem ser obtidos através de
𝑣= 𝑘[𝐴]! [𝐵]"
medidas experimentais
n=2
m=-1
Leis Diferenciais e Integradas
Produto
Concentração
Reagente
Tempo
Leis Diferenciais e Integradas
Concentração
Primeira Ordem – Linearização
ln[A]
Coeficiente angular da reta. 𝛼 = −𝑘
Tempo
Equilíbrio Entre Fases
𝑑𝐴
= −𝑎𝑘[𝐴]* Dependência Linear
𝑑𝑡
𝑑𝐴 𝛼=𝑘
− * = 𝑎𝑘𝑑𝑡
[𝐴]
[.]% #
𝑑𝐴
? − = ? 𝑎𝑘𝑑𝑡
[.]$ 𝐴* #$
Leis Diferenciais e Integradas
1 1 𝟏
− = 𝑎𝑘𝑡 𝒕𝟏/𝟐 =
[𝐴]# 𝐴$ 𝒌[𝑨]𝟎
1 1
− = 𝑎𝑘𝑡(/*
[𝐴]$ 𝐴$
2
2 1 Depende da
− = 𝑎𝑘𝑡(/* concentração
[𝐴]$ 𝐴$
inicial !!!!
Leis Diferenciais e Integradas
Primeira Ordem x Segunda Ordem
𝑙𝑛[𝐴]7 = 𝑙𝑛[𝐴]8−𝑎𝑘𝑡
1
ln(2) 𝑡</> =
𝑡</> = 𝑘[𝐴]8
𝑎𝑘
Leis Diferenciais e Integradas
Segunda Ordem: 𝑣 = 𝑘 𝐴 𝐵
𝑑𝐴
− = 𝑘[𝐴][𝐵]
𝑑𝑡 𝟏 [𝑩]𝟎 𝑩𝒕
𝒍𝒏 − 𝒍𝒏 = 𝒌𝒕
𝒃[𝑨]𝟎 −𝒂[𝑩]𝟎 [𝑨]𝟎 𝑨𝒕
𝑑[𝐴] 𝑑[𝐵]
< = 𝑘 3 𝑑𝑡
[𝐴] [𝐵]
Leis Diferenciais e Integradas
𝑣 = 𝑘[𝐴]! [𝐵]"
𝑣 = 𝑘 2 [𝐴]! , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 2 = 𝑘 𝐵 "
𝐵 ≫ 𝐴
Condição Experimental:
Excesso de B
Equilíbrio Para Uma Reação Química
Termodinâmica: Praticamente nenhuma reação se completa.
Após um certo tempo, uma reação inversa começa a ocorrer e sua velocidade é aumentada até se tornar
igual a vel. direta.
𝑘3
𝑑[𝐴]
𝑎𝐴 ⇌ 𝑏𝐵 = −𝑘3 𝐴 # + 𝑘4 ( 𝐴 $ − [𝐴]#
𝑘4 𝑑𝑡
𝑑[𝐴]#
𝑑[𝐴] = 𝑘4 [𝐴]$ −(𝑘4 + 𝑘3 )[𝐴]# Resolver esta equação diferencial.
= −𝑘3 𝐴 + 𝑘4 [𝐵] 𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑑H 𝑦
− 𝑐𝑦 = 0 𝑦 =? Solução: Uma função, e não uma raíz.
𝑑𝑥 H
𝑑H 𝑦
= 𝑐𝑦 𝑦 = 𝑒 IJ
𝑑𝑥 H
K K(L !" )
[( ]= 𝑘 H 𝑒 IJ
KJ KJ
Equilíbrio Para Uma Reação Química
𝑑[𝐴]#
= 𝑘$ [𝐴]% −(𝑘$ + 𝑘& )[𝐴]#
𝑑𝑡
Resolver esta equação diferencial.
[𝑨]𝟎
[𝑨]𝒕 = 𝒌𝒊 + 𝒌𝒅𝒆% 𝒌𝒅 8𝒌𝒊 𝒕
𝒌𝒅 + 𝒌𝒊
Tempo
[𝐴]$
[𝐴]# = 𝑘4 + 𝑘3 𝑒 % '(8') #
𝑘3 + 𝑘4
Equilíbrio – Tempo Suficientemente Longo (𝒕 → ∞)
𝑘G 𝑘G
[𝐴]EF = [𝐴]8 [𝐵]EF = [𝐴]8−[𝐴]EF [𝐵]EF = [𝐴]8− [𝐴]8
𝑘H + 𝑘G 𝑘G + 𝑘H
𝑘G
[𝐵]EF = [𝐴]8 1 −
𝑘H + 𝑘G
Equilíbrio Para Uma Reação Química
𝑘$ 𝑘$
[𝐴]!" = [𝐴]# [𝐵]!" = [𝐴]# 1 −
𝑘% + 𝑘$ 𝑘% + 𝑘$
[𝐵]!"
𝐾!" ≡
[𝐴]!"
𝑘$
[𝐴]# 1 − 𝒌𝒅
𝑘$ + 𝑘% 𝑲𝒆𝒒 =
𝐾!" = 𝒌𝒊
𝑘$
[𝐴]#
𝑘% + 𝑘$
Conexão Termodinâmica-Cinética
Natureza dinâmica do equilíbrio
Reações Paralelas
k1
A B Assumindo que as leis de vel. De ambas as reações sejam de 1ª
ordem em relação ao reagente A.
k2
𝑑𝐴 [𝑨]𝒕 = [𝑨]𝟎 𝒆% 𝒌𝟏8𝒌𝟐 𝒕
C − = 𝑘( 𝐴 + 𝑘* [𝐴]
𝑑𝑡
𝑑𝐴 Expressão para a decomposição de
− = (𝑘( +𝑘* ) 𝐴 A ao longo do tempo.
𝑑𝑡
𝑑𝐴
− = (𝑘( +𝑘* )𝑑𝑡
𝐴
[.]% 𝑑[𝐴] #
? = −(𝑘( + 𝑘* ) ? 𝑑𝑡
[.]$ [𝐴] $
Reações Paralelas
𝑑𝐵
= 𝑘! [𝐴]" Formação de B [𝐴]" = [𝐴]$ 𝑒 % &"'&# "
𝑑𝑡
𝑑𝐶
= 𝑘# [𝐴]" Formação de C
𝑑𝑡 [)]$ "
K 𝑑 𝐵 = 𝑘! [𝐴]$ K 𝑒 % &"'&# "
𝑑𝑡
$ $
𝑑𝐵
= 𝑘! [𝐴]$ 𝑒 % &"'&# " 𝑘! [𝐴]$
𝑑𝑡 [𝐵]" = − 𝑒% &"'&# "
− 𝑒$
(𝑘! + 𝑘# )
𝑑𝐶
= 𝑘# [𝐴]$ 𝑒 % &"'&# "
𝒌𝟏 [𝑨]𝟎
𝑑𝑡
[𝑩]𝒕 = 𝟏 − 𝒆% 𝒌𝟏8𝒌𝟐 𝒕
(𝒌𝟏 + 𝒌𝟐 )
Reações Paralelas
Análise Gráfica
𝑘-[𝐴].
[𝐵], = 1 − 𝑒 0 1!21" ,
(𝑘- + 𝑘/)
𝑘/[𝐴].
[𝐶], = 1 − 𝑒 0 1!21" ,
(𝑘- + 𝑘/)
Tempo
Reações Paralelas
Equilíbrio
𝑘! 𝑘#
𝐾! = 𝐾# =
k1 𝑘%#
⇌k B
𝑘%!
A
-1
⇌
k-2 k2
𝑘( 𝐴 $ %('! 8'# )#
C
[𝐵]# 𝑘( + 𝑘* (1 − 𝑒
=
[𝐶]# 𝑘* 𝐴 $
(1 − 𝑒 %('! 8'# )#
𝑘( + 𝑘*
[𝐵]# 𝑘( [𝐵]9: 𝐾(
= =
[𝐶]# 𝑘* [𝐶]9: 𝐾*
Tempo Curto
Reações Consecutivas
k1 k2
A B C
Intermediário de reação
Análise Temporal (Equação Diferencial) Solução
1
[𝐶]" = [𝐴]$ 1 + (𝑘# 𝑒 %&"" − 𝑘! 𝑒 %&#"
𝑘! − 𝑘#
Reações Consecutivas
Análise Gráfica
𝑘- 𝐴 . 01 ,
[𝐵], = (𝑒 ! − 𝑒 01", )
𝑘/ − 𝑘-
Concentração
1
[𝐶]" = [𝐴]$ 1 + (𝑘# 𝑒 %&"" − 𝑘! 𝑒 %&#"
𝑘! − 𝑘#
[𝐴], = [𝐴].𝑒 0 1! ,
Tempo
Teoria de Reações e Efeito da Temperatura
Perfil Energético
Energia de Reação
Coordenada de Reação
Teoria de Reações e Efeito da Temperatura
1
.( P023)
𝑘 = 𝐴𝑒
Biocatálise:
Coordenada de reação
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
𝑨 → 𝑩 𝒓á𝒑𝒊𝒅𝒐 𝑨 ⇌ 𝑩 𝒓á𝒑𝒊𝒅𝒐
𝑩 → 𝑪 (𝒍𝒆𝒏𝒕𝒐) 𝑩 → 𝑪 (𝒍𝒆𝒏𝒕𝒐)
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
Aproximação do Estado Estacionário
k1 [𝐵]9:
A ⇌k B -1
(Rápido) 𝐾9: =
[𝐴]9: 𝐵 = 𝐾+, [𝐴]
𝑣 = 𝑘* 𝐾9: [𝐴]
𝑣 = 𝑘# [𝐵]
𝑘!
𝑣= 𝑘 [𝐴]
B é um intermediário de 𝑘%! #
reação
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
Exemplo
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
Reação Global :
Passo 1 p/ validar
Mecanismo uma proposta de
mecanismo:
𝐻 ' + 𝐼 % ⇌ 𝐻𝐼 (𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑜)
- A soma das
𝐻𝐼 + 𝐻# 𝑂# → 𝐻# 𝑂 + 𝐻𝑂𝐼 (𝑙𝑒𝑛𝑡𝑎) etapas
elementares
𝐻𝑂𝐼 + 𝐼 % → 𝐼# + 𝑂𝐻 % (𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑎) deve gerar a
reação global.
𝑂𝐻 % + 𝐻 ' → 𝐻# 𝑂 (𝑟á𝑝𝑖𝑑𝑎)
- Neste exemplo,
percebe-se que
𝐻* 𝑂* + 2𝐻8 + 2𝐼 % → 𝐼* + 2𝐻* 𝑂 esse critério é
obedecido.
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
Passo 2:
Lei de velocidade a partir da etapa lenta:
- Escrever a lei de velocidade
𝑣 = 𝑘# 𝐻𝐼 [𝐻# 𝑂# ]
a partir da etapa lenta
(Etapa Determinante da
Do equilíbrio rápido, tem-se que: Reação).
𝑘! Passo 3:
𝐻𝐼 = 𝐻 ' [𝐼 % ]
𝑘%! - Não é desejável que a
lei de velocidade
contenha a
𝑘! &" concentração de uma
𝐾+, = 𝑣 = 𝑘# [𝐻 ' ] 𝐼 % [𝐻# 𝑂# ]
&%" espécie intermediária.
𝑘%!
Afinal, esta pode ser
consideravelmente
instável.
Mecanismo de Reação - Etapas Elementares
O modelo estendido é
Aproximação do Estado Estacionário muito similar ao
anterior. A principal
Análise Detalhada diferença é que deve-se
𝑑[𝐻𝐼] avaliar a variação da
= 𝑘! 𝐻 ' 𝐼 % − 𝑘%! [𝐻𝐼] concentração do
𝑑𝑡
intermediário com o
𝑑[𝐻𝐼] tempo ao longo do
≈0
𝑑𝑡 processo.