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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

EXPERIMENTO 7

SÍNTESE DO ALÚMEN DE POTÁSSIO, 𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂

GABRIEL DE ALCANTARA DA COSTA - 202110746

LUCAS CORREIA CASSIANI - 202111476

MÁRIO EDUARDO DOS REIS BALDINI - 202110884

VINICIUS DE PAULA COSTA - 202111157

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE QUÍMICA

TATIANA CRISTINA MAC LEOD FURTADO

UBERABA – MG

2022
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1. INTRODUÇÃO

A priori, sais duplos são compostos cristalinos obtidos por meio de reações de
neutralização e pela cristalização de dois sais em solução aquosa. Dessa forma, ao duas bases
diferentes serem neutralizadas por um ácido poliprótico, um sal duplo é formado. A reação
entre Ácido Sulfúrico (𝐻2 𝑆𝑂4 ), Hidróxido de Sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻) e Hidróxido de Potássio (𝐾𝑂𝐻),
forma, por exemplo, o sulfato de potássio e sódio (𝐾𝑁𝑎𝑆𝑂4 ), como representado na Equação 1.

Equação 1: Produção do sulfato de sódio e potássio

𝐾𝑂𝐻 (𝑎𝑞) + 𝑁𝑎𝑂𝐻 (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐾𝑁𝑎𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) + 2𝐻2 𝑂 (𝑙)

O alúmen de potássio, principal constituinte da pedra ume, é um sulfato duplo de


alumínio e potássio que possui diversas propriedades e aplicações. Encontrado na natureza em
um mineral chamado alunita, ele possui ação adstringente, antibacteriana, antisséptica e
cicatrizante, sendo comumente utilizado nas áreas de saúde e beleza.

O material pode ser adquirido em formato de pedra, sal, spray ou pó em lojas de produtos
naturais, feiras livres e alguns supermercados. É comumente encontrado em sua forma
dodecaidratada, como 𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂. Apresenta-se também com vinte e quatro moléculas
de água de hidratação, 𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 24𝐻2 𝑂.

O composto se cristaliza em octaedros regulares, com bordas planas, e é muito solúvel


em água, tendo, porém, baixa temperatura de fusão (92 °C) impossibilitando sua separação em
uma estufa.
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2. OBJETIVOS

O experimento objetiva realizar a síntese do sal duplo hidratado, 𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂,


fazendo uso de filtração por gravidade e à vácuo e determinar o rendimento percentual da
reação.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS

- Argola para filtração;

- Balança analítica;

- Bastão de vidro;

- Béquer de 50 mL;

- Béquer de 250 mL;

- Bico de Bunsen;

- Espátula;

- Funil de Büchner;

- Papel alumínio;

- Papel de filtro;

- Suporte universal;

- Tecido de algodão branco;

- Tela de amianto;

- Tripé;

- Tubos de ensaio;

- Água destilada;

- Ácido sulfúrico 6 𝑚𝑜𝑙 ⋅ 𝐿−1 ;


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- Gelo;

- Hidróxido de amônio;

- Hidróxido de potássio 3 𝑚𝑜𝑙 ⋅ 𝐿−1 .

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.2.1. SÍNTESE DO ALÚMEN DE POTÁSSIO

Foi pesado 0,501g de papel alumínio e colocados em um béquer de 250ml.


Posteriormente, foram adicionados 15ml da solução de hidróxido de potássio (3 mol/L). Ao
final da efervescência, quase todo o alumínio estava dissolvido e, então, o béquer foi aquecido
durante alguns minutos para dissolver o restante. Após esse processo, foi realizada a filtração
da solução, a qual foi adicionada 10ml de solução 6 𝑚𝑜𝑙. 𝐿−1 de ácido sulfúrico (𝐻2 𝑆𝑂4 ), após
o seu resfriamento. Nesse momento ocorreu a precipitação de 𝐾𝑂𝐻 e a solução foi aquecida
lentamente até a reação desse precipitado.

Após o béquer resfriar até a temperatura ambiente, este foi colocado em banho de gelo
e os cristais do alúmen de potássio começaram a aparecer. A solução foi filtrada a vácuo e
lavada com etanol gelado. A massa dos cristais obtidos foi de 4,4692g.

3.2.2. CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO OBTIDO

No teste para íon potássio foi obtida uma chama de cor violeta. Já para o íon alumínio
foi obtido uma coloração branca gelatinosa e para o íon sulfato foi obtido uma coloração branca
leitosa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Compostos anfóteros são substâncias químicas que podem ser uma molécula neutra ou
uma molécula iônica capazes de se portar tanto como ácido quanto como base em uma reação
química. A definição de composto anfótero pode ser bem entendida pelo conceito de Bronsted-
Lowry. De acordo com a teoria de Lowry, um ácido é uma substância que pode doar um próton,
enquanto a base é uma substância que pode aceitar um próton.
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Em relação ao alumínio e sua reatividade, ao se tratar do potencial padrão de redução é


esperado que este sofra oxidação, pois tem reatividade alta, porém mais baixa que a reatividade
dos metais alcalinos e alcalinos-terrosos.

O hidróxido de potássio é um forte composto inorgânico alcalino. É uma substância


hidrofílica não combustível e, portanto, altamente corrosiva para metais e tecidos. Esse
comportamento de corrosão do hidróxido de potássio é muito semelhante ao do hidróxido de
sódio (𝑁𝑎𝑂𝐻), embora o hidróxido de potássio seja um pouco mais agressivo, isso geralmente
é devido ao seu ponto de ebulição mais alto. Por conta do hidróxido de potássio (𝐾𝑂𝐻) ser
altamente corrosivo, ele corrói o alumínio e suas ligas devido à formação de gás hidrogênio.
Esse tipo de corrosão pode ser evitado adicionando sais de potássio correspondentes dos ácidos.

As reações de síntese ou de adição ocorrem quando duas ou mais substâncias reagem,


produzindo assim, uma única substância. As reações para síntese do 𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂 podem
ser equacionadas da seguinte forma:

2𝐴𝑙 (𝑠) + 2𝐾𝑂𝐻 (𝑎𝑞) + 6𝐻2 𝑂 (𝑙) → 2𝐾𝐴𝑙(𝑂𝐻)4 (𝑎𝑞) + 3𝐻2 (𝑔)

2𝐾𝐴𝑙(𝑂𝐻)4 (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐾2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) + 2𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠) + 2𝐻2 𝑂 (𝑙)

4𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠) + 3𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 (𝑎𝑞) + 2𝐴𝑙(𝑂𝐻)3 (𝑠) + 6𝐻2 𝑂 (𝑙)

𝐾2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) + 𝐴𝑙2 (𝑆𝑂4 )3 (𝑎𝑞) + 6𝐻2 𝑂 (𝑙) → 2𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂 (𝑠)

2𝐴𝑙 (𝑠) + 2𝐾𝑂𝐻 (𝑎𝑞) + 22𝐻2 𝑂 (𝑙) + 4𝐻2 𝑆𝑂4 (𝑎𝑞) → 2𝐾𝐴𝑙(𝑆𝑂4 )2 ⋅ 12𝐻2 𝑂 (𝑠) + 3𝐻2 (𝑔)

5. CONCLUSÃO

O alúmen foi sintetizado e obteu-se o rendimento esperado, tendo sido concluídos e


verificados também os testes de seus respectivos íons.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PFEIFER, A. A. et al. Práticas de laboratório de química. Uberaba: [s.n.], 2021. Apostila


elaborada pelos professores Adriene Artiaga Pfeifer, Ana Claudia Granato Malpass, Benecildo
Amauri Riguetto, Geoffroy Roger Pointer Malpass, Priscila Pereira Silva, Tatiana Cristina Mac
Leod Furtado – Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Curso de Engenharia Química.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio


ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2010.

CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química


Experimental. São Paulo: Edusp, 2004.

RUSSEL, J.B. Química Geral – vol. 1. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

FURTADO, Tatiana Cristina. videoaula 9 -conceitos do experimento 7. Youtube, 2022.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pfXBOM6et8A>. Acesso em: 05 mai. de
2022.

PFEIFER, A. A. et al. videoaula 9 - Experimento 7. Youtube, 2022. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=0uX2Q42bzqs>. Acesso em: 05 mai. de 2022.

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