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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

EXPERIMENTO 5

PREPARO DE SOLUÇÕES

GABRIEL DE ALCANTARA DA COSTA - 202110746

LUCAS CORREIA CASSIANI - 202111476

MÁRIO EDUARDO DOS REIS BALDINI - 202110884

VINICIUS DE PAULA COSTA - 202111157

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE QUÍMICA

TATIANA CRISTINA MAC LEOD FURTADO

UBERABA – MG

2022
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1. INTRODUÇÃO

1.1. SOLUÇÕES - CONCENTRAÇÃO

Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Pode-se obter
soluções de sólidos em líquidos, líquidos em líquidos, gases em líquidos e assim por diante. O
mais importante no seguinte experimento serão as soluções sólido-em-sólido e líquido-em-
líquido. Em uma solução que consiste de dois componentes, sendo um deles sólido e o outro
líquido, o líquido é chamado de solvente e o sólido é chamado de soluto. Quando ambos os
componentes são líquidos, o que está presente em maior quantidade é muitas vezes chamado
de solvente.

A concentração é uma medida das quantidades relativas de componentes em uma


solução. Pode ser definida como a razão entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente
(Definição 1) ou a razão entre a quantidade de soluto e a quantidade de solução (Definição 2).
Por exemplo, se dissolvermos 10,0 g de cloreto de sódio em 100 g de água, podemos dizer que
a concentração é:

10,0 𝑔 𝑁𝑎𝐶𝑙
Concentração 1: = 0,100 g/g = 10,0 %
100 𝑔 𝐻2𝑂

10,0 𝑔 𝑁𝑎𝐶𝑙
Concentração 2: 110 𝑔 (𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) = 0,0909 g/g = 9,09%

A quantidade que se quer mensurar pode ser medida em massa, volume ou moles, o que
dá origem a uma ampla variedade de unidades de concentração. As unidades mais importantes
são aquelas em que o denominador representa a quantidade de solução que contém a quantidade
de soluto representada no numerador (como a concentração 2 acima). Exemplos de unidades
muito utilizadas:

Tipo de concentração 2:

𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) 𝑚
𝑥100 = % (𝑝𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎𝑝𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎)
𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) 𝑚

𝑚𝐿(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) 𝑣
𝑥100 = % (𝑝𝑜𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒𝑝𝑜𝑟𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒)
𝑚𝐿(𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) 𝑣
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𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) 𝑔
= (𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜)
𝐿(𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) 𝐿

𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜) 𝑚𝑜𝑙
= (𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜)
𝐿(𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜) 𝐿

Tipo de concentração 1:

𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜)
= 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑙
1000𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒)

𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜)
= 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠
100𝑔(𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒)

1.2. ÁCIDOS E BASES FORTES

A teoria de Arrhenius é usada para classificar substâncias em ácidos e bases, usando


água líquida como solvente. Assim, de acordo com essa teoria, um ácido é qualquer substância
que, quando dissolvida em água, resulta na formação de íons hidroxônio (𝐻3 𝑂+ ). Uma base é
qualquer substância que, quando dissolvida em água, resulta na formação de íons hidroxila
(𝑂𝐻− ).

Os ácidos, portanto, causam o aumento na concentração de íons 𝐻3 𝑂+ na solução


aquosa. Se quantidades iguais dos dois ácidos são dissolvidas em diferentes volumes de 1 L de
água, o ácido que produz mais íons 𝐻3 𝑂+ é considerado mais forte. Portanto, ácidos fortes são
aqueles que produzem grandes quantidades de íons 𝐻3 𝑂+ , enquanto ácidos fracos são aqueles
que produzem apenas pequenas quantidades de íons 𝐻3 𝑂+ . O mesmo raciocínio se aplica às
bases, então uma base forte é aquela que produz muito 𝑂𝐻 − , enquanto uma base fraca é aquela
que produz apenas uma pequena quantidade de 𝑂𝐻 − .

Os ácidos fortes comumente utilizados em laboratórios de Química são: ácido


clorídrico, ácido nítrico e ácido sulfúrico. À temperatura ambiente, por exemplo, tem-se a
substância HCl (cloreto de hidrogênio) na forma gasosa; entretanto, esse gás, quando
borbulhado(dissolvido) em água, se ioniza completamente, levando à formação de íons 𝐻3 𝑂+ ,
isto é:

𝐻𝐶𝑙(𝑔) + 𝐻2 𝑂(𝑙)  →  𝐻3 𝑂+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑙− (𝑎𝑞)


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Assim, o ácido clorídrico é comercializado na forma de uma solução aquosa


concentrada de íons H3O+ e Cl-. Os outros ácidos acima mencionados também são
comercializados na forma de soluções aquosas concentradas; estas são denominadas de
soluções concentradas em estoque. As bases fortes mais frequentemente utilizadas são:
hidróxido de sódio e hidróxido de potássio. Esse sólido se dissolve em água, causando o
aparecimento de íons hidroxila, isto é:

𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑠) + 𝐻2 𝑂(𝑙) →  𝑁𝑎 + (𝑎𝑞) + 𝑂𝐻− (𝑎𝑞)

O hidróxido de sódio, o álcali industrialmente mais importante, bem como o hidróxido


de potássio, é encontrado comercialmente na forma de um sólido esbranquiçado, sendo
adquirível a preços bastante acessíveis.

1.3 PREPARO DE SOLUÇÕES

Ao preparar uma solução, o soluto deve primeiro ser dissolvido no béquer, utilizando
um volume de solvente menor que o volume final da solução preparada. Caso haja
desprendimento de calor, espera-se até que a solução retorne à temperatura ambiente. Esta
solução deve então ser transferida quantitativamente por meio de um bastão de vidro e um funil
para um balão volumétrico do mesmo volume da solução preparada. Deve-se ter o cuidado de
lavar o béquer, o funil e o bastão com pequenas quantidades de solvente, transferindo os
volumes utilizados para o balão. Adiciona-se solvente até que a parte inferior do menisco fique
tangente à marca que indica o volume nominal do balão. Após o preparo da solução, o balão
volumétrico tampado deve ser homogeneizado invertendo-o várias vezes.

2. OBJETIVOS

O objetivo desta experiência é a preparação de uma solução aquosa diluída de um ácido


forte, através do método de uma diluição de soluções concentradas já reservadas previamente
e a efetuação de uma solução aquosa diluída de uma base forte, a partir de um soluto sólido.

Neste experimento também vai ocorrer a transferência de volumes líquidos através de


uma pipeta graduada. Também irão haver cálculos para determinar o volume de uma solução
concentrada já separada previamente para ser utilizada para preparar uma solução diluída.
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Ainda, serão efetuados métodos de pesagem e uso de balões volumétricos para preparo de
soluções.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS UTILIZADOS

- Balança analítica;

- Béquer de 100 mL;

- Bastão de vidro;

- Balão volumétrico de 100 mL;

- Bureta de 10 mL;

- Pipetador de borracha (“pêra”);

- Espátula ou colher de plástico;

- Copo descartável de plástico (pequeno);

- Pisseta com água destilada;

- Frasco para armazenar a solução;

- Tubo de ensaio;

- Hidróxido de sódio PA, 𝑁𝑎𝑂𝐻 ;

- Ácido Clorídrico PA, 𝐻𝐶𝑙 ;

- Fenolftaleína em solução alcoólica 1%.

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENAL

3.2.1. PREPARAÇÃO DE 100 ml DE UMA SOLUÇÃO DE 𝑁𝑎𝑂𝐻 A 0,100 mol/L


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Primeiramente foi calculada a massa de soluto necessária para efetuar a solução. Logo
após isso, com o auxílio de uma espátula e um copinho plástico foram utilizadas para transferir
a massa até então pesada.

Depois foi adicionado 𝑁𝑎𝑂𝐻 em um béquer de 100 ml, que já continha 40 ml de água
destilada, e dissolveu a solução com auxílio de um bastão de vidro. Logo após, deixou a solução
em ‘descanso’ até que esta atingisse a temperatura ambiente, e de modo cauteloso a transferiu
para o balão volumétrico de 100 ml.

Continuou-se o processo adicionando água até que o volume da solução atingisse a


marca indicativa no gargalo do balão (menisco).

Com a solução feita, esta foi homogeneizada invertendo o balão volumétrico, e depois
a solução foi transferida para um frasco e rotulada.

Por fim, esta solução de 𝑁𝑎𝑂𝐻 foi reservada para posterior uso.

3.2.2. PREPARAÇÃO DE 100 ml DE UMA SOLUÇÃO A 0,100 mol/L EM 𝐻𝐶𝑙

Nesta segunda etapa, primeiramente calculou-se o volume necessário de


𝐻𝐶𝑙 concentrado para preparar a solução de 0,100 mol/L.

Logo após, com o uso de uma pipeta, foi adicionado o volume que foi medido em um
béquer de 100 ml, que continha 50 ml em água destilada.

Com um tempo passado, deixou a solução em ‘descanso’ até que esta atingisse a
temperatura ambiente e logo após transferida para o balão volumétrico de 100 ml.

Com isso, adicionou água a solução até atingir-se a marca indicativa do balão.

Depois com a solução preparada, foi efetuada a homogeneização da solução invertendo


o balão volumétrico várias vezes, e após isso a solução foi transferida para um frasco e rotulada.

Por fim, esta solução de 𝐻𝐶𝑙 foi reservada para uso posteiror.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

reações endotérmicas e exotérmicas


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Podemos afirmar que ao contrário das reações endotérmicas em que há absorção de


energia (calor), as reações exotérmicas ocorrem com liberação de energia (calor) e, por isso, a
variação entalpia final é negativa e indica que houve mais liberação de energia, na forma de
calor.

Para analisar características das reações exotérmicas, podemos representá-las da


seguinte forma (Figura 1):

Analise de uma reaçao exotermica

Figura 1: Gráfico de uma reação exotérmica

Por meio de uma breve análise da Figura 1, pode-se perceber que os reagentes se
encontram num patamar energético mais alto que os produtos. Portanto, para que sejam
produzidos, os reagentes liberam parte da energia contida sob forma de calor.

Exemplos de reação exotérmicas

Um exemplo de reação exotérmicas é a reações de combustão, como por exemplo:


𝐶2 𝐻6 𝑂 (𝑙)  +  3 𝑂2  (𝑔)  →  2 𝐶𝑂2  (𝑔)  +  3 𝐻2 𝑂 (𝑙) com c, esses tipos de reações são sempre
exotérmicas.

Unidades de medidas

As concentrações das soluções podem ser medidas usando-se diferentes unidades ou


relações numéricas, São usadas as chamadas unidades de concentração que é a medida da
quantidade de soluto que está presente em uma determinada quantidade de solvente.
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Uma substância higroscópica possui a característica de absorver água do ambiente,


quando por exemplo, retira umidade da atmosfera. Há também substâncias que absorvem água
por adsorção, geralmente materiais com grande área superficial, como carvão ativo e zeólitas,
se utilizam desse método.

Concentração em mol/L de uma solução

Ao se dissolver 56,8 g de 𝑁𝑎2 𝑆𝑂4 em água e completar o volume para 1000 ml, a
concentração da solução é de 0,4 mol/L.

5. CONCLUSÃO

A partir do experimento realizado é possível concluir que soluções podem ser


manipuladas de várias formas para obter diferentes concentrações.

Outrossim, há ainda várias formas de medir a concentração de uma solução, onde


diferentes métodos podem ser aplicados para diferentes soluções e experimentos.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PFEIFER, A. A. et al. Práticas de laboratório de química. Uberaba: [s.n.], 2021. Apostila


elaborada pelos professores Adriene Artiaga Pfeifer, Ana Claudia Granato Malpass, Benecildo
Amauri Riguetto, Geoffroy Roger Pointer Malpass, Priscila Pereira Silva, Tatiana Cristina Mac
Leod Furtado – Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Curso de Engenharia Química.

ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio


ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E. Química A Ciência Central, 9ª. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2010.

MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M. VOGEL - Análise Química
Quantitativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

KOTZ, J. C.; TREICHEL, P. M.; WEAVER, G.C. Química e Reações Químicas, vol 1. São
Paulo: Cengage Learning, 2010.

BRADY, J. E.; SENESE, F. Química: a matéria e suas transformações – vol. 1. 5ª ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2009.

CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química


Experimental. São Paulo: Edusp, 2004.

RUSSEL, J.B. Química Geral – vol. 1. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
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FURTADO, Tatiana Cristina. videoaula 7- conceitos experimento 5. Youtube, 2022.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RCLv8IDIDwA>. Acesso em: 13 abr.
de 2022.

MALPASS, Ana Claudia; SILVA, Priscila Pereira. VIDEOAULA 7 - EXPERIMENTO 5.


Youtube, 2022. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=icTr5BhC9Qg>. Acesso
em: 13 abr. de 2022.

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