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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC


BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS

ALVARO PESSOA QUINTILIANO SILVA


LUCAS OLIVEIRA MENDES DA SILVA
MATHEUS DAVYD FREITAS ALEXANDRE

REATORES EM SÉRIE

Maceió

2021
1. INTRODUÇÃO

A praticabilidade de um processo químico industrial deve ser avaliada, considerando-


se a viabilidade financeira e a eficiência, a fim de atingir o resultado desejado de maneira
econômica. Os reatores são equipamentos que tem influência direta sobre esses fatores.
O projeto de um reator deve ser realizado com o objetivo de alcançar um método ideal,
incorporando vários aspectos da pesquisa de engenharia química, como termodinâmica,
mecânica dos fluidos e a própria química.
Existem vários tipos de reatores usados para várias condições de temperatura, pressão
e conversão, bem como reações químicas e biológicas. Como resultado, a seleção deste
equipamento deve ser baseada em um exame completo do sistema geral no qual ele será
usado.
A escala de produção e a qualidade dos reagentes são fatores críticos na determinação
do melhor reator para cada tipo de operação industrial. Os reatores do tipo CSTR, também
conhecidos como reatores de tanque agitados contínuos, são usados principalmente em
reações líquidas. Possuem mistura perfeita e temperatura constante em seus interiores, ou
seja, estes são iguais na saída do reator e em todos os outros pontos. Para promover um
aumento na conversão de uma determinada reação química realizada em reatores, os
reatores CSTR são agrupados em sequência, alongando assim o tempo que os reagentes
passam no reator (tempo espacial) e, consequentemente, aumentando o rendimento da
reação.

Do balanço de massa do componente A para o i-ésimo reator, temos:


𝑑(𝑉𝑖 𝐶𝐴𝑖 )
= 𝐹𝐶𝐴𝑖−1 − 𝐹𝐶𝐴𝑖 + 𝑟𝐴𝑖 𝑉
𝑑𝑡
Sendo o volume constante,
𝑑(𝐶𝐴𝑖 )
𝑉𝑖 = 𝐹(𝐶𝐴𝑖−1 − 𝐶𝐴𝑖 ) − 𝑘𝑖 𝐶𝐴𝑖 𝑉
𝑑𝑡

Como ki = k e Vi = V, então, dividindo toda a equação por V, obtém-se:

𝑑(𝐶𝐴𝑖 ) 𝐹(𝐶𝐴𝑖−1 − 𝐶𝐴𝑖 )


= − 𝑘𝐶𝐴𝑖
𝑑𝑡 𝑉

𝑑(𝐶𝐴𝑖 ) (𝐶𝐴𝑖−1 − 𝐶𝐴𝑖 )


⸫ = − 𝑘𝐶𝐴𝑖
𝑑𝑡 τ
Onde,

V → volume do reator;

F → vazão molar;

CA → concentração do componente A;

k → constante de equilíbrio da reação;

τ → tempo espacial.

2. ALGORITMO

3. ROBLEMA

No sistema mostrado na figura abaixo, o reagente A é consumido produzindo o


produto B em cada um dos três reatores através de uma reação de 1a ordem. Assume-se
que a temperatura, o retido molar e a densidade são constantes.

Com estas considerações em mente pode-se formular o modelo. Efetue o balanço de


massa em cada um dos reatores obtendo as equações diferenciais Onde Fo=F1=F2

Cao=1.8, K=k1=k2=k3=0.5; tau=2.0

Ca1=0.4; ca2=0.2; ca3= 0.1; delta=0.1

Para uma mudança degrau na variável de entrada Cao de +10% o que acontece?

Obs.: Variando a velocidade de reação, alterando o valor de k para k=0.6, o que


acontece?
4. RESULTADOS

Para a primeira perturbação sugerida (alteração na variável Cao em +10% no tempo t


= 15 s), o comportamento da concentração de A alterou imediatamente no reator 1 (t =
15s), logo após no reator 2 (t ≈ 16s) e em seguida no reator 3 (t ≈ 17s), este comportamento
é conhecido como atraso e tem como justificativa a dependência de cada reator com o
seu antecedente. Nos três reatores, houve aumento da concentração de A, sendo atingido
um novo estado estacionário em seguida.
Para a segunda perturbação sugerida (k é alterado de 0.5 para 0.6), verificou-se a
diminuição da concentração de A nos três reatores. Desta vez, a percepção foi imediata
nos três reatores, levando em consideração que a constante de equilíbrio que rege as
reações destes é a mesma, já que se trata da mesma reação.

É possível observar tais comportamentos no gráfico a seguir.

Gráfico 1: Concentração de A versus Tempo

Fonte: Autores, 2021.

Conclui-se que a modelagem executada está de acordo com a realidade e cumpre


seu objetivo de prever comportamentos reacionais em reatores em série.
REFERÊNCIAS
• LEVENSPIEL, O. Engenharia das Reações Químicas. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2000.
• SCHMAL, M. Cinética e Reatores: Aplicação a Engenharia Química - teoria e
exercícios. 2ª ed.Rio de Janeiro: Syn-ergia, 2010.
• FOGLER, H. SCOTT,1939-. Elementos de engenharia das reações químicas. Verônica
Calado (Trad.); Evaristo C. Biscaia Jr. (Trad.). 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

APÊNDICE A – IMPLEMENTAÇÃO EM PYTHON

Link para o código: https://cutt.ly/dbM8P9T

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