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BQI 100 - UFV

Prof. Ciro Rossi

CICLO DO ÁCIDO
CÍTRICO
Prof. Rafael Junqueira Borges
Universidade Federal de Viçosa
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
rafael.j.borges@ufv.br
BQI 100 - UFV
Ciclo de Krebs | Sumário Prof. Ciro Rossi

Introdução

O complexo da piruvato desidrogenase

Etapas do ciclo do ácido cítrico

Regulação do ciclo do ácido cítrico

O CAC como uma via anfibólica

Reações anapleróticas
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Ciclo de Krebs | Introdução Prof. Ciro Rossi

• Para a maioria dos organismos heterotróficos que realizam


respiração aeróbica, a glicólise é apenas o início da oxidação
completa da glicose a CO2 e H2O

• Este processo, a respiração celular, ocorre em três estágios:

• A produção de acetil-CoA: o combustível orgânico, obtido a


partir do açúcar, ácido graxo ou alguns aminoácidos, é
oxidado para produzir um composto de 2C

• A oxidação do acetil-CoA: O composto de 2C (acetil-CoA)


entra no Ciclo do ácido cítrico para ser oxidado a CO2
• A energia liberada durante o processo é conservada nos
transportadores de elétrons NADH e FADH2

• A cadeia transportadora de elétrons: As coenzimas reduzidas


são oxidadas em uma CTE, acoplando o fluxo de elétrons à
geração de uma força próton-motora e síntese de ATP
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Ciclo de Krebs | O complexo da piruvato desidrogenase Prof. Ciro Rossi

• O piruvato (3C) é o produto final da via


glicolítica, durante a oxidação de açúcares

• É também um dos produtos durante a


oxidação de alguns aminoácidos
(alanina, cisteína, glicina, serina, treonina
e triptofano)

• Em eucariotos, piruvato é transportado


para dentro da mitocôndria via
transportador específicos

• Um complexo enzimático, o complexo da


piruvato desidrogenase (PDH), composto por
múltiplas cópias de três enzimas localizadas na
mitocôndria de eucariotos ou citosol de
bactérias, converte piruvato a acetil-CoA e
CO2

• Cinco cofatores, quatro derivados de


vitaminas, são necessários
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Ciclo de Krebs | O complexo da piruvato desidrogenase Prof. Ciro Rossi

• O complexo da PDH é formado por três


enzimas (E1, E2 e E3), presentes em
múltiplas cópias

• Etapas:

• E1: O TPP (tiamina pirofosfato)


descarboxila o piruvato e se liga ao
grupo hidroxietil formado

• E2: o grupo é transferido na forma de


acetil para o lipoato, que é reduzido

• O grupo acetil é transferido para a


CoA

• E3: O lipoato transfere seus elétrons


para o FAD e este, para o NAD+
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Ciclo de Krebs | As etapas do ciclo do ácido cítrico Prof. Ciro Rossi

• No ciclo do ácido cítrico (9 reações que incluem


condensação, desidratação reidratação,
descarboxilação oxidativa e fosforilação), que
1 1 ocorre dentro de mitocôndrias, o acetil-CoA (2C)
é completamente oxidado a 2 CO2

•1 Para iniciar uma volta do ciclo, o acetil-CoA doa


seu grupo acetil para um composto de 4C, o
oxaloacetato; para formar o citrato (6C), que dá
o nome ao ciclo

• Os 2C são liberados como CO2 nas 4ª e 5ª


reações do ciclo, realizadas por desidrogenases
4
(também há produção de NADH)

5 2
4• Isocitrato -> alfa-cetoglutarato
5• Alfa-cetoglutarato -> succinil-CoA

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Ciclo de Krebs | As etapas do ciclo do ácido cítrico Prof. Ciro Rossi

•6 O succinil-CoA é convertido a succinato na única


reação a gerar GTP (ATP) por fosforilação a nível
de substrato
1

• A partir de então, o succinato é convertido


9 novamente a oxaloacetato, em três reações

7• Succinato -> fumarato (formação de FADH2)


• Fumarato -> malato
9• Malato -> oxaloacetato (formação de NADH)

7
• Em cada volta do ciclo, que restaura o
6 oxaloacetato, os produtos, por acetil-CoA, são:

• 2 CO2
• 3 NADH
• 1 FADH2
• 1 GTP (ou ATP)
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Ciclo de Krebs | A regulação do ciclo do ácido cítrico Prof. Ciro Rossi

• O CAC é regulado
• (i) na conversão de piruvato -> acetil-CoA,
• (ii) acetil-CoA -> citrato,
• (iii) isocitrato -> alfa-cetoglutarato
• (iv) alfa-cetoglutarato -> succinil-CoA

• Produtos da atividade da PDH e do ciclo atuam


como inibidores alostéricos das enzimas
envolvidas nas reações acima

• A PDH ainda é regulada por modificação


covalente, a fosforilação reversível da E1 pela
piruvato-desidrogenase-cinase (ativada por ATP)
e desfosforilação por uma fosfatase específica
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Ciclo de Krebs | O ciclo do ácido cítrico é uma via anfibólica Prof. Ciro Rossi

• Em organismos aeróbicos, o CAC é


uma via anfibólica, envolvida em
processos catabólicos e
anabólicos:

• Além do papel no catabolismo de


carboidratos, ácidos graxos e
aminoácidos, o ciclo fornece
precursores para muitas vias de
biossíntese

• À medida em que os intermediários


do ciclo são consumidos para fins
biossintéticos, reações
anapleróticas os repõem
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Ciclo de Krebs | Reações anapleróticas Prof. Ciro Rossi

• As reações anapleróticas mais comuns convertem piruvato ou PEP (3C) a Oxaloacetato ou malato (4C)

• A mais importante é a conversão de piruvato a oxaloacetato no fígado e rins a oxaloacetato pela


ação da piruvato carboxilase, com a coenzima biotina (vitamina B7) e gasto de ATP
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Referências Prof. Ciro Rossi

Slides cedidos por Prof. Ciro César Rossi do DBB - UFV.

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