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28/3/2021 Fito-Aromaterapia

Prof. Frazão

SANTÉ CURSOS
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Boas Vindas
Seja bem vinde ao curso de Fito-aromaterapia, sou o professor Diego Frazão, e é uma
grande satisfação contribuir para a sua formação profissional.
As informações aqui descritas, nesta apostila, não se destinam ao uso como verdade
absoluta e definitiva e sim para uma “abertura”, estimulo do pensamento crítico ou à
consciência. O material é apresentado pelo seu valor histórico, tradicional e educacional,
sendo responsabilidade do profissional de saúde, com base em sua experiência e no
conhecimento do interagente, determinar a melhor aplicação do conteúdo dessa
apostila, que por sua vez não deve ser utilizada como referencial bibliográfico e sim para
auxílio no desenvolvimento profissional e pessoal de cada ser. Bons estudos e que você
fassa um bom proveito dos ensinamentos desse curso.

“A medicina se fundamenta na natureza, a


natureza é a medicina, e somente naquela
devem os homens buscá-la. A natureza é o
mestre do médico, já que ela é mais antiga do
que ele e ela existe dentro e fora do homem.”
( PARACELSO)

Queridos alunos, essa apostila é dividida da seguinte forma: primeira parte


fitoterapia e segunda parte aromaterapia, bons estudos.
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Fitoterapia
‘Fitoterapia se define pelo emprego de plantas medicinais no tratamento
terapêutico (CUNHA, 2012), médico e caseiro, para que o usuário possa alcançar uma
maior saúde e bem estar, além de tratar patologias (MCINTYRE, 2012).
O Ministério da Saúde caracteriza a Fitoterapia como a utilização das plantas de
maneira integral ou parcial, sem utilizar substâncias ativas isoladas para o tratamento
de doenças (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2009). As plantas atuam “pela ação composta de
diversos ingredientes ativos principais e alguns secundários, atuando de forma
sinergética para determinar o tipo de ação produzida.” Todas as plantas que se
enquadram como medicinal possuem, no mínimo, um princípio ativo, que é a substância
responsável pelo efeito terapêutico.
As plantas medicinais podem ser preparadas e administradas de diversas
maneiras, tais como infusões, decocções, tinturas, xaropes, mel, comprimidos, cápsulas,
unguentos, inalações, cremes, compressas, cataplasmas, óleos e banhos de ervas
(LORENZI, 2002), dependendo dos motivos e das enfermidades.

História da fitoterapia
“A história da Fitoterapia é também a história da medicina e da farmácia”.

A utilização dos vegetais na prevenção e cura de doenças está registada em toda


a História da humanidade: As plantas foram o primeiro medicamento do Homem. No
momento em que o primeiro ser humano surgiu no planeta, às plantas já existiam havia
mais de 400 milhões de anos. Da forma como nós conhecemos hoje, os primeiros
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vegetais apareceram durante a Era Paleozóica. Eles evoluíram a partir de espécies de


algas primitivas.

O homem moderno, o Homo sapiens, só ganhou forma e vida cerca de 50 mil


anos atrás. No passado as plantas representavam a principal arma terapêutica
conhecida, estudos arqueológicos têm mostrado através da análise de pólens e outros
materiais que os homens das cavernas já utilizavam plantas medicinais, em relatos e
documentos antigos, elas eram designadas como "dádivas dos criadores" e vistas com
grande respeito e admiração por muitas civilizações.
O descobrimento das propriedades curativas das plantas foi, no início,
meramente intuitivo, tendo passado pela observação de animais que, quando doentes,
buscavam nas ervas a cura para as suas afecções. Nos Vedas, base fundamental e
literária da medicina Ayurveda, existem registros de aproximadamente 4000 anos sobre
o uso da Fitoterapia. No período Vedântico se estabeleceram por escrito as bases da
Medicina Tradicional Indiana, registadas por dois médicos cujas obras estão entre as
maiores preciosidades da Fitoterapia, no período Bramânico foram feitas anotações de
aprox. 1000 vegetais.
Na China a primeira referência ao uso terapêutico das plantas medicinais é
encontrada na obra chinesa Pen Ts’ao (“A Grande Fitoterapia”) de Shen Nung, que
remonta a 2800 a.C. Neste “tratado” há uma lista de mais de 360 espécies, incluindo
Ephedra sinica (Ma Huang), usada até hoje. Na medicina alopata, essa planta medicinal
é a fonte da efedrina. Ainda hoje na China, a Fitoterapia é a principal terapêutica
ensinada nas universidades de Medicina Tradicional Chinesa, sendo mais exercida que
a Acunpunctura. Na Mesopotâmia, onde a fitoterapia era profundamente estudada e
praticada, ocorreu no Vale Mesopotâmio provavelmente a primeira experiência na área
da preparação de medicamentos, com a produção de Ópio. Na Babilónia, nos seus
famosos jardins suspensos, eram cultivadas 64 espécies vegetais medicinais.
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Outro antigo manuscrito conhecido sobre a fitoterapia é o Papiro de Erbes,


datado de 1500 a.C, batizado com esse nome por ter sido descoberto pelo pelo
egiptólogo alemão George Erbes, em 1827. O papiro se inicia com a frase: “Aqui começa
o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano”. Este
manuscrito é o primeiro tratado médico egípcio conhecido. O documento descreve 700
plantas medicinais, além dos métodos de ação no combate as Enfermidades. Alguns dos
vegetais alí mencionados são de uso popular até hoje, como a flor do sabugueiro
(Sambucus nigra), a losna (Artemisia absinthium) e a mirra (Commiphora molmol).
Os egípcios consideravam a doença como resultado de causas naturais e não
devido à atividade de espíritos maléficos. Foram os antigos egípcios que tentaram pela
primeira vez eliminar o componente mágico da prática da fitoterapia. Nos mais antigos
documentos gregos há muitas referências a Asclepiacliae e Rhiwtomoki, o primeiro
grupo foi batizado em honra ao deus grego da medicina, Asclépio ou Esculápio; O
segundo grupo descreve os “coletores de raízes”, fornecedores de plantas medicinais
que provavelmente foram um dos primeiros grupos de pessoas a fazer listas precisas
das propriedades medicinais das plantas que comercializavam.
Em I a.C a Grécia produziu o texto oficial da fitoterapia: De Matéria Medica, de
Dioscórides, que inspirou as futuras gerações de fitoterapeutas, muito detalhado, o
texto descrevia cerca de 600 espécies, não só dava informações a respeito das dosagens
sugeridas de várias plantas medicinais, como também considerava possíveis efeitos
tóxicos. Havia uma seção sobre a colheita e sobre o armazenamento das plantas, além
de conselhos sobre a forma de detectar adulteração. Como se vê, o perigo da toxicidade
era do maior interesse dos primeiros fitoterapeutas.

Dioscórides viajou muito como cirurgião do exército e, como os exércitos


romanos andavam por toda a Europa, seu conhecimento de plantas medicinais também
os acompanhava. Como “jardins” de plantas medicinais eram cultivados perto dos
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acampamentos, os romanos disseminaram efetivamente plantas desconhecidas, assim


como a informação de suas propriedades medicinais. Duas plantas muito apreciadas
eram a mostarda e o alho, usados em grande quantidade, não só na culinária, mas
também na limpeza de partes infectadas do corpo (alho) ou aplicação de cataplasmas
(mostarda).
No século V a.C o grego Hipócrates, considerado o pai da medicina, deixou uma
obra notável – o Corpus Hipocraticum - consagrando a terapia com os vegetais. Descrito
muitas vezes como “o pai da medicina”, ele talvez tenha sido o verdadeiro instigador do
tratamento holístico. Enfatizava a importância de manter históricos detalhados dos
casos e acreditava firmemente no tratamento de seus pacientes como indivíduos.
Hipócrates concebeu um regime de tratamento à base de plantas medicinais, usando
um total de mais de 400 espécies. Descrito muitas vezes como “o pai da medicina”, ele
talvez tenha sido o verdadeiro instigador do tratamento holístico. Enfatizava a
importância de manter históricos detalhados dos casos e acreditava firmemente no
tratamento de seus pacientes como indivíduos.
Além dos remédios de plantas medicinais, empregava exercícios e dietas
especiais, cada uma adaptando se aos sintomas particulares do Paciente. Hipócrates via
a doença como a perda da harmonia natural de um indivíduo saudável, e assim seu
tratamento visava restaurar o equilíbrio do que ele descrevia como os quatro “humores”
- bile negra, sangue, bile amarela efleuma. Cada um desses humores estava ligado a um
temperamento em particular, quais sejam, o melancólico, o sanguíneo, o colérico e o
fleumático. Exemplo: O temperamento sanguíneo resultava de um excesso de “quente
e úmido” e caracterizava-se por uma tendência ao abuso de comida e bebida e dos
prazeres em geral.

Na medicina Hipocrática, quando os quatro humores estavam bem equilibrados,


o indivíduo gozava de boa saúde. As doenças associadas a essa categoria incluíam a gota
e a diarréia, e eram aliviadas por plantas medicinais de natureza refrescante e seca,
como a Arctium Iappa (bardana).
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Em contraste com os métodos de tratamento relativamente flexíveis de


Hipócrates estava o sistema rígido concebido por Galeno (12 1-180 a.C.). Seu método se
fundamentava nos quatro humores de Hipócrates no sentido de envolver uma
classificação formal de todas as plantas medicinais: cada planta era destinada a tratar
um “temperamento” específico, todos os médicos passaram a ser instruídos de acordo
com a tradição de Galeno e a abordagem mais holística de Hipócrates não se
desenvolveria mais nas épocas que se seguiram.
Na Europa, o conhecimento das plantas medicinais foi mantido vivo ao longo de
toda a baixa Idade Média ou Era das Trevas (dos séculos V a XI) por escribas, e um grande
número de plantas medicinais - sobretudo as gregas - foi compilado nas bibliotecas do
império árabe em rápida expansão em Bagdá, uma equipe de tradutores do século IX
iniciou a formidável tarefa de traduzir as obras de Galeno, Dioscórides, Hipócrates e
diversos outros autores.
Avicena (930-1036), um farmacêutico e talentoso médico, seguiu de perto as
doutrinas de Galeno e Hipócrates e reafirmou a importância dos quatro humores em
sua principal obra: “A Canon on Medicine”. As idéias gregas foram traduzidas para o
árabe. Três séculos depois, essas obras foram traduzidas para o latim e, do século IX ao
século XII, essas traduções permitiram a introdução das contribuições árabes no
pensamento ocidental.
Foi nesse período que a ciência farmacêutica se estabeleceu: fórmulas muito
precisas para o preparo de remédios são encontradas em vários manuscritos árabes
datados dessa época. A partir do século X, os mosteiros passaram a ser os centros de
formação e prática médica, embora os concílios da Igreja (10131-1212) tenham afinal
impedido que os monges dispensassem tratamento médico. As bibliotecas dos

mosteiros tornaram-se repositórios de grandes coleções de livros de referência sobre a


fitoterapia.
Um grande número de obras foi produzido, inclusive De Viribus Herbarum, do
bispo de Meung, onde as propriedades medicinais de mais de 80 plantas são descritas
em versos latinos. Nesta época passou-se a considerar a maneira exata pela qual as
diferentes plantas deviam ser administradas, que países ofereciam os produtos vegetais
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de melhor qualidade pelo fato de que as plantas que cresceram em hábitats diferentes
contém quantidades diferentes do princípio ativo.
Muitos dos novos remédios que estavam sendo introduzidos baseavam-se
sobretudo na obra de Paracelso (1493-1541), uma personalidade controvertida, muito
conhecida por desafiar a medicina da época. Com um interesse especial pela química,
teve o mérito de ser o primeiro a se preocupar com a pesquisa detalhada dos princípios
ativos das plantas medicinais.
Paracelso estabeleceu a doutrina das assinaturas (que ligavam a forma ou cor
das estruturas da planta com suas propriedades medicinais). Assim, uma planta de cor
amarelo-vivo era considerada útil para tratar a icterícia, e as que tinham folhas com
forma semelhante a determinado órgão do corpo eram usadas para tratar esse órgão.
O século XVI foi um período excepcionalmente ativo, e em 1542 foi publicada De
Historia Stirpium (A História das Plantas), de Leonhard Fuch. Ele desenhou todas as
plantas com base na observação da natureza e, com isso, criou o estilo de todos os
liituros textos de botânica. Em geral, esse período viu um crescimento maciço do
interesse pelos remédios à base de plantas medicinais, intensificado pelas explorações
realizadas no Novo Mundo, que forneciam mais plantas novas. Durante a maior parte
dos séculos XVII a XIX, a fitoterapia cedeu lugar a experiências com a “medicina
moderna”, que incluía substâncias empolgantes - mesmo que perigosas - como o
mercúrio.
A partir do início da sintetização de substâncias de estrutura química definida e
de ação farmacológica iniciou a Fitoterapia um ciclo declinante, com a diminuição da

prescrição médica de produtos vegetais. As plantas medicinais foram praticamente


esquecidas, cedendo lugar às sintéticas.
Entretanto, a partir da década de 70, os grandes centros de pesquisas em todo
mundo passaram a direcionar vultosos recursos, tanto governamentais como de
iniciativa privada, para a pesquisa de propriedades curativas das plantas medicinais.
Atualmente, a Fitoterapia é parte importante de muitos estudos na área da saúde e é
considerada, em geral, uma ótima Possibilidade terapêutica.

Fitoterapia
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Observando de maneira simplória as plantas medicinais, assim como todos os vegetais,


incluindo os legumes, extraem os elementos nutritivos necessários para o seu crescimento do
solo e do ar, as raízes absorvem na terra a agua e minerais. As folhas, sob ação do sol,
assimilam o gás carbono do ar para converte-lo em açucares e outros derivados. Segue-se
uma serie de reações químicas que transformam os elementos primários absorvidos pela
planta, conforme o tipo de solo, de clima e da planta, dai resultam, em proporções variáveis
de sais minerais, princípios ativos, vitaminas, óleos essências e etc, assim chama-se essa
sinergia gerada dos elementos da natureza de fitocomplexos.

Cada parte da planta tem a sua particularidade e elementos ativos, podemos observar cada
planta, através de sua assinatura vegetal, porem no emprego fitoterápico além de
observarmos e escolhermos a planta apenas pela sua essência, sua alma, é necessário
pensarmos sobre seu cultivo, colheita e como vão ser preparados os seus fitoterápicos. Uma
planta que vive selvagem na floresta, ou que vem espontânea em nossos jardins tem outra
qualidade de uma cultivada, mesmo se forem dois dentes de leão, um espontâneo em seu
local de origem, e um cultivado em casa.
Acredito que as plantas selvagens, colhidas levando em consideração a influencia dos
astros, e do mesmo jeito a prepara-la com um grande proposito de maneira ritualística,
buscando uma harmonia entre suas qualidades etéricas e químicas, são as plantas mais

indicadas para o emprego da fitoterapia da terra , sendo que se ampliarmos a nossa visão
observaremos que todas as plantas que precisamos estão próximas de nos e com elas
podemos ajudarmos a se curarmos de todas as doenças, físicas, espirituais e psicológicas.
De outro ponto de vista as plantas que nos mesmo cultivamos com uma boa intenção,
respeitando os ciclos naturais e potencializando as suas qualidades utilizando de manejos
adequados com o solo, plantio e colheita, também tem grandes qualidades devido a
potencialidade do Eu do agricultor com harmonia do reino vegetal, mineral e animal, podendo
alcançar outras potencialidades do vegetal para sua preparação fitoterápica pois a planta se
torna mais favorável ( adaptada) a utilização humana.
Então qual é a melhor planta a ser usada? A cultivada ou a silvestre? Com certeza a
melhor é a que estiver a sua disponibilização, pois o melhor é fazer e não ficar esperando algo
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melhor e não realizar, o mais importante é transformar a planta em fitoterápico e servir a


quem necessita.
Sendo assim a fitoterapia pode ser definida pelo emprego de plantas medicinais no
tratamento terapêutico, médico e caseiro, para que o usuário possa alcançar uma maior saúde
e bem estar, além de tratar patologias. O Ministério da Saúde caracteriza a Fitoterapia como
a utilização das plantas de maneira integral ou parcial, sem utilizar substâncias ativas isoladas
para o tratamento de doenças.
As plantas atuam pela ação composta de diversos ingredientes ativos principais e
alguns secundários, atuando de forma sinergética para determinar o tipo de ação produzida.
Todas as plantas que se enquadram como medicinal possuem, no mínimo, um princípio ativo,
que é a substância responsável pelo efeito terapêutico.

A fitoterapia tem sido um importante recurso terapêutico durante toda a história


do ser humano. No passado, muitas culturas utilizaram dessa terapia como principal meio de
promoção de saúde. Em inúmeros registros de médicos da antiguidade, tais como Hipócrates,
Avicena e Paracelso, as plantas medicinais ocupavam lugar de destaque em suas práticas além
de serem amplamente utilizadas nas Medicinas Tradicionais Chinesa, Tibetana, Ayurvedica,
Unani Tibb e nas tradições Xamânicas espalhadas pelo mundo.

As plantas medicinais podem ser preparadas e administradas de diversas


maneiras, tais como infusões, decocções, tinturas, xaropes, mel, comprimidos, cápsulas,
unguentos, inalações, cremes, compressas, cataplasmas, óleos, banhos de ervas e etc..
dependendo dos motivos e das enfermidades.

Devemos aqui, dialogar com a fitoterapia com dois pensamentos, o bioquímico, que
vê as plantas medicinais e alimentos possuintes de um conjunto de substâncias que atuam
sobre determinados órgãos ou sistemas do organismo, que assim cada elemento tem uma
função sobre parte do corpo podendo ser estudado separadamente e administrados
isoladamente, e uma visão Bioenergética a qual considera que as plantas medicinais e
alimentos são seres vivos que contem energias que por sua vez quando penetra no organismo
interferem no equilíbrio dinâmico do homem, apaziguando ou reduzindo excessos de energias
que estão provocando desequilíbrios e doenças e por sua vez o contrario provocado um maior
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movimento energético em pontos desenergizados e estagnados, sendo que a planta tem um


espirito, uma inteligência, que ao se manifestar no homem ajuda-o a encontrar-se em
harmonia.

as partes da planta A partir de uma perspectiva da medicina tradicional


chinesa:
Folhas:
Lua

As folhas respiram, por isso estão relacionadas ao pulmão. Por este motivo elas
influenciam tanto este órgão como o exterior do corpo (pele). Por exemplo as folhas da
nespereira são usadas para tonificar o pulmão e eliminar condições externas; folhas da menta
e do capim limão são usadas como sudoríficos para retirar fator patogênico do exterior e/ou
pulmão.

As folhas devem ser colhidas quando apresentarem aspecto sadio e bom


desenvolvimento sem sinais de envelhecimento, doenças e pragas. A secagem deve ser feita
à sombra, em área coberta, limpa e ventilada, colocando-se as folhas em camadas finas que
devem ser remexidas periodicamente, para evitar que somente as de cima fiquem bem secas,
o que, geralmente, nestas condições, demora 3 a 5 dias. Quando não se dispõem de condições
naturais de calor e vento, a secagem pode ser feita em estufa ou, para pequenas quantidades,
em forno. Um bom secador pode ser feito, improvisando-se com uma caixa oca de canos onde
são amarradas telas, deixando-o a 50 cm de um teto de telha. Brotos ou gomos foliares, como
os da goiabeira, devem ser usados ainda frescos não havendo necessidade de secá-los.

CASCAS E CAULE:
Mercúrio
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O caule serve para ascender a seiva e sustentar o vegetal. Em geral, apenas a casca do
caule, onde circula a maior parte da seiva ou a própria seiva, é utilizada. O caule esta
simbolicamente relacionado com o fígado por suas funções ascendentes e carminativas.
Portanto de forma geral estas são suas ações como fitoterápico. Exemplo: a casca da canela
que amorna e ascende o QI do baço, além de ativar a circulação do Qi e sangue nos canais.
As cascas devem ser colhidas de plantas adultas e sadias sendo recomendável retirá-
las em pequenos pedaços, apenas de um dos lados da planta, de cada vez. A retirada de
grandes pedaços, principalmente circundando o caule, provocará a morte da planta. Antes de
retirá-las deve-se proceder uma leve raspagem para eliminar a superfície impregnada de
líquens, poeira ou insetos. As cascas devem ser, em seguida, lavadas rapidamente em água
corrente e depois secas ao sol ou em estufa. Quando for necessário pode-se fazer uma
estabilização, mantendo-as em forno baixo.

As cascas depois de secas devem ser guardadas em local sem umidade e ventilado,
verificando-se, frequentemente, a ausência de desenvolvimento de mofo ou de fermentação,
que quando ocorrem, as tornam imprestáveis.
RAÍZES:
Saturno

A raiz funciona absorvendo nutrientes e a agua do meio, e servindo como base para a
fixação dos vegetais. É parte fundamental dos vegetais (é a única insubstituível; a maioria dos
vegetais não sobrevivem sem raiz). Por tanto ela simboliza o rim, o baço e a essência. A maioria
dos fitoterápicos chineses são raízes, em geral as raízes tem função tônica, agindo sobre o rim
e o baço. Exemplo; o ginseng é uma raiz tônica da energia do baço.
As raízes, logo que arrancadas do solo, devem ser rapidamente lavadas em água
corrente para retirada do solo que ficam aderidas e, imediatamente, examinadas para se
avaliar sua sanidade. Raízes com partes atacadas por fungos ou vermes, apresentando
nódulos ou particularidades diferentes das consideradas normais, não devem ser usadas. As
de boa qualidade devem ser dessecadas e guardadas da mesma maneira recomendada no
caso das cascas. No caso de raízes muito grossas e tubérculos, batata-de-purga pôr exemplo,
a secagem será mais rápida cortando-se a peça em rodelas ou pedaços menores com a
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espessura de um dedo, depois da lavagem para, em seguida, secá-las usando a mesma técnica
descrita para secagem das cascas.
FRUTOS:
Júpiter

O fruto é o involucro da semente que visa nutri-la. Os frutos também a cair no solo, o
que lhe da um movimento descendente. Por estes motivos, a fruta (assim como a raiz)
relaciona-se com o baço e o rim. Por exemplo a tamara chinesa é um dos principais tônicos do
baço. Enquanto entre os principais tônicos do rim temos a Cornus officinalis e lycium
barbarum.

No caso de frutos carnosos ou suculentos, o seu uso deve ser quase sempre fresco
após serem bem lavados. No caso de secos, devem ser colhidos quando maduros e sadios,
lavados e secos a sombra, guardando-se ao abrigo da luz, umidade e de insetos e roedores.

SEMENTES:
Mercúrio

As sementes contem a energia anscestral e tem capacidade de germinar, crescer e


ascender. Por estas qualidades as sementes simbolizam os rins, entre elas o gergelim preto, a
semente de feno grego e a semente de nogueira.
As sementes são partes vegetais que apresentam maior durabilidade. Devem ser colhidas de
frutos maduros e sadios, limpas por peneiração, ventilação ou lavagem, conforme o caso,
secas ao sol e guardadas ao abrigo da umidade, de insetos e de roedores.
FLORES:
Vênus

Estas se abrem na parte superior do vegetal. Abrir-se é o movimento e expansão,


enquanto a parte mais alta relaciona-se com YANG; por outro lado, as flores são os órgãos
reprodutores das plantasse para a floração do inicio da primavera o órgão é associado ao
fígado. Como exemplos, temos o crisântemo que age eliminando o excesso de calor no fígado.
A camomila pode ser usada para acalmar o espirito.
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A Colheita não pode ultrapassar mais de 50% da parte aérea flores. O rebrote ocorre
rápido permitindo várias colheitas no ano dependendo da espécime vegetal, para a secagem
recomenda-se secar flores separadamente das folhas , pois o tempo de secagem das flores é
maior. A temperatura ideal de secagem com ventilação contínua é de 60ºC, evitando-se assim
a mela e a perda de qualidade do produto final. O tempo de secagem varia de 24 a 48 horas,
dependendo do volume de ar circulante na estufa.

Não se esqueça que a flor é geralmente a porção mais sensível da planta, sendo necessário
um maior cuidado.

Noções de Fitoquímica
O uso de plantas como medicamento apresenta certos parâmetros totalmente
diferentes dos medicamentos alopáticos; na veiculação destes, em geral, utilizamos uma
única molécula ou poucas substâncias direcionadas para um único alvo no organismo e
com efeitos plenamente quantificados; na utilização de plantas medicinais,
introduzimos no indivíduo uma série de elementos que interagem entre si em vários
órgãos e sistemas para obtermos um resultado final, o qual poderá não ser plenamente
mensurável. Como exemplo, podemos citar o estrogênio feito em laboratório com seus
efeitos já conhecidos e a soja que contém as isoflavonas para a atividade estrogênica, e
minerais, óleos essenciais, mucilagens e outros componentes com várias funções
diferentes do nosso objetivo primário, porém coadjuvantes nos processos gerais do
fitoterápico.
As plantas medicinais possuem grupos de princípios ativos com características
próprias. A fitoquímica estuda cada grupo, desde a estrutura química molecular até as
suas propriedades biológicas. O emprego terapêutico de plantas medicinais exige o
conhecimento destes grupos para a avaliação das potencialidades terapêuticas, tóxicas
e para a formulação de uma estratégia adequada para seu uso e combinação. Os
principais grupos são os seguintes:
Os taninos
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São compostos fenólicos, em geral polifenóis, de estrutura química variável. São


moléculas grandes, por isso não costumam ser absorvidos pelo tubo digestivo; têm
muita afinidade com as proteínas formando com estes complexos e levando à sua
precipitação, causando uma sensação de desconforto na boca e língua quando ingeridos
(cica) denominada sabor adstringente. Agem nos vegetais como precursores de
glicídios, além de exercerem um efeito protetor.
Efeitos

Anti-séptico antimicrobiano: lesa a parede celular de bactérias e fungos;


Antidiarréico: diminui a peristalse por ação antiinflamatória na mucosa;
Anti-hemorrágico: precipita proteínas plasmáticas, ativando fatores de coagulação;
Cicatrizante: forma película protetora sobre a lesão, facilitando a cicatrização.
Em doses excessivas os taninos são tóxicos. Causam lesão da mucosa do tubo digestivo,
com epigastralgia, diarréia e cólicas abdominais. Quando a lesão da mucosa e extensa e
os taninos são absorvidos, pode haver hemólise e insuficiência renal. Isto só ocorre em
plantas com concentração de taninos acima de 5%, o que é muito raro.

ALCALÓIDES
São bases orgânicas nitrogenadas, mas sua estrutura molecular costuma ser
bastante diversificada, e, por isto, sua classificação é complexa. São chamados de
alcalóides pois possuem pH alcalino em solução. De todos os grupos de princípios ativos,
os alcalóides são os que possuem a maior atividade biológica. Costumam dar sabor
amargo à planta. Eles regulam o crescimoflt0 do vegetal e também têm função
protetora.
Os alcalóides são classificados de acordo com seu núcleo heterocíclico, que é
uma estrutura cíclica ligada a um grupamento amina. Existe uma grande variedade
destes núcleos, caracterizando muitos subgrupos, levando a uma grande diversidade de
efeitos. Como exemplos, poderíamos citar a escopolamina que tem atividade
anticolinérgica, a efedrina com atividade adrenérgica e a codeína com atividade
antitussígena e analgésica.
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São bem absorvidos por via oral e costumam ser metabolizados no fígado.
Necessitam cuidados quando da sua prescrição, pois a dose terapêutica muitas vezes é
bem próxima da dose tóxica.

GLICOSÍDEOS
São compostos por um açúcar ligado a uma substância não glicídica chamada
genina ou aglicona. A aglicona é a parte da molécula responsável pelos seus efeitos
farmacológicos. Os glicosídeos são classificados de acordo com as características
fitoquímicas da aglicona e têm gosto muito amargo.
Principais espécies:
Glicosídeos Alcoólicos
É um tipo de glicosídeo em que a genina ou a aglicona é um álcool.
Glicosídeos Cianogenéticos
São os glicosídeos que, por hidrólise, liberam ácido cianídrico ou prússico (HCN).
Estes glicosídeos são tóxicos, pois o ácido cianídrico inibe a respiração celular
ocasionando anoxia.
Glicosídeos Esteróides
São glicosídeos cuja fração genina ou aglicona é um esteróide. Possuem dose
terapêutica próxima à dose tóxica, devendo ser usados com muito cuidado.
Glicosídeos Antraquinônicos
São glicosídeos cuja fração aglicona é uma antraquinona. Não são absorvidos
pelo intestino, promovendo uma ação laxativa. Possuem atividade cicatrizante.

ÓLEOS Essenciais OU VOLÁTEIS


São compostos simples, em geral com estrutura cíclica, chamados de terpenos,
e seus derivados, um álcool, um aldeído ou uma cetona. São voláteis, devido ao seu
baixo peso molecular e, por isso, são os responsáveis pelos odores das plantas e flores.
De acordo com o número de átomos de carbono, os terpenos podem ser divididos em
monoterpenos (dez átomos de carbono), sesquiterpenos (15 átomos de carbono), e
diterpenos (20 átomos de carbono). Dão sabor picante e aromático às plantas
medicinais.
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Suas funções no vegetal são complexas. Elas incluem a polinização (o aroma atrai
os polinizadores), proteção contra predadores e microrganismos, além de participarem
dos processos celulares, segundo alguns autores.

Ações
• ação anestésica (mono e sesquiterpenos);
• ação analgésica (sesquiterpenos);
• ação anti-helmíntica (mono e sesquiterpenos);
• antiinflamatória (mono e sesquiterpenos);
• ação expectorante (monoterpenos);
• ação sedativa (mono e sesquiterpenos);
• ação anti-helmíntica (mono e sesquiterpenos).
Os óleos essenciais são muito bem absorvidos por via oral, podendo também
penetrar através da pele. Podem ser metabolizados no fígado, conjugados ao ácido
glicurônico e excretados pela urina. Causam irritação da mucosa do tubo digestivo e
alterações neurológicas quando em doses tóxicas.

SAPONINAS
Pertencem a grupo dos heterosídeos, que são semelhantes aos glicosídeos, pois
também possuem uma molécula de açúcar ligada a uma fração aglicona. Contudo, os
heterosídeos se caracterizam por estarem ligados a açúcares diferentes da glicose. As
saponinas são assim chamadas por possuírem propriedade físico-química de saponificar
substâncias lipossolúveis. Possuem sabor variado e quando agitadas em solução
provocam o aparecimento de espuma, pois diminuem a tensão superficial da água.
Dividem-se em dois tipos: saponinas esteroidais (a fração aglicona é um

esteróide) e saponinas triterpênicas (a fração aglicona é um triterpeno). Para as plantas,


têm função germinativa e indutora da floração.
As principais ações das saponinas são:
Mucolítica: ação fluidificadora em secreções;
Expectorante: melhora excreções da árvore respiratória;
Diurética: ação no nível glomerular;
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Anti-séptica e antimicrobiana: impede reprodução bacteriana, ação bactericida;


Antiinflamatória: em parte, por ação esteróide.
Como as saponinas saponificam as gorduras, elas podem ter ação hemolítica e
necrosante em doses excessivas ou se injetadas por via parenteral. Elas são absorvidas
por via oral, mas sua farmacologia ainda é pouco conhecida porque apenas
recentemente os autores reconheceram a sua importância terapêutica.

FLAVONÓIDES
Os flavonóides também são heterosídeos, ou seja, possuem um açúcar diferente
da glicose ligado a uma fração aglicona. Nestes casos, a fração aglicona corresponde a
um pigmento. O nome flavonóide vem de fiavus, que significa amarelo, já que esta é a
principal cor destes pigmentos. Existem dois tipos principais de flavonóides: flavanonas
(a fração aglicona é uma flavona, que é um pigmento amarelado) e os flavonóides
antociânicos (a fração aglicona é uma antocianina, que é um pigmento azul comum nas
flores). Ocorrem em vegetais que têm floração colorida, atuando na diferenciação
celular, desenvolvimento e coloração das partes do vegetal.
As ações farmacológicas comuns dos flavonóides são:
Antiinflamatória;
Estabilizadora do endotélio vascular: melhora função da célula endotelial, diminuindo
a permeabilidade;
Antiespasmódica: ação principalmente em musculatura lisa;
Cardiovasculares: melhor distribuição periférica do sangue, melhora fluxo arterial e
venoso.
Os flavonóides com maior importância terapêutica são os derivados de flavonas.
Eles são bem absorvidos por via digestiva e sua toxicidade é baixa.

MUCILAGENS E SUBSTÂNCIAS PÉCTICAS


São polissacarídeos, ou seja, polímeros da glicose e outras oses, formando
macromoléculas. As substâncias pécticas são polímeros de menor tamanho que as
mucilagens, e possuem características próprias.
As mucilagens são assim chamadas devido ao aspecto gelatinoso que
apresentam ao serem misturadas com água; elas não são degradadas pelas enzimas
18

digestivas, nem absorvidas devido a seu grande tamanho, aumentando o bolo


alimentar, por isso atuam como laxativos, ou como reguladores do apetite.
Externamente atuam como hidratantes por sua capacidade de armazenar água. No
vegetal, são importantes para translocação de água por ocasião da germinação.
As substâncias pécticas ou pectinas ocorrem em toda a planta, mas
principalmente nos frutos maduros. Como as mucilagens, as pectinas não são
degradadas nem absorvidas no tubo digestivo, contudo possuem atividade constipante.
Acredita-se que sua função, nos vegetais, esteja relacionada ao amadurecimento dos
frutos.

RESINAS
As resinas não representam um grupo quimicamente definido. São um complexo
de substâncias heterogêneas, em parte dissolvidas em óleos essenciais. A base das
resinas é caracterizada pelas substâncias resinosas, que são compostos com 25 ou mais
átomos de carbono e seus derivados aldeído e cetona, formando uma mistura que pode
ter 30 ou mais componentes diferentes.

As resinas circulam em canais e bolsas dos vegetais, e formam sua seiva. A


principal parte dos vegetais onde as resinas podem ser encontradas é o caule. A sua
função é de nutrição e circulação de substâncias entre as partes do vegetal.
As substâncias resinosas são formadas por uma transformação metabólica dos
óleos essenciais, resultante, em geral, de sua fusão. Elas estão misturadas com outros
compostos, e conforme a predominância destes compostos na composição da resina,
esta apresenta aspecto e propriedades diferentes. Por isso as resinas podem ser
subdivididas em quatro tipos:
Gomo-resinas, são uma emulsão onde predomina uma goma (polímero de
glicídeos), misturada com óleos essenciais e substâncias resinosas. Por isso costumam
ser muito viscosas e se solidificam com rapidez. Podem ser aromáticas.
Látex ou lacto-resina é uma emulsão leitosa, mais ou menos opaca, cujo aspecto
é característico. É formada por compostos polimerizados e sua concentração de óleos
essenciais é baixa. Pode conter alcalóides, carboidratos, minerais, gomas, pectina e
19

ácidos graxos; costumam ser bastante tóxicas e muito raramente são empregadas com
fins terapêuticos.
Óleo-resinas provém da polimerização e oxidação incompleta de óleos
essenciais. A parte transformada se dissolve na essência não alterada. Podem ter
minerais, ácidos graxos e carboidratos em sua composição. São substâncias espessas e
possuem odor marcante por serem ricas em óleos essenciais.
Bálsamo-resinas são produtos resinosos líquidos ou semilíquidos, aromáticos e
de aspecto translúcido. Os bálsamos são misturas onde predominam os éteres formados
de ácidos aromáticos e das resinatanóis solubilizadas em óleos essenciais.

PRJNCÍPIOS AMARGOS
São substâncias que não possuem grupamento químico definido, mas que têm
como característica comum forte sabor amargo, serem inodoras e amorfas. Em geral

são glicosídeos, saponinas, alcalóides e eventualmente óleos essenciais. No passado,


dava-se especial importância aos princípios amargos, mas esta importância diminuiu
com o avanço da fitoquímica. Mesmo assim, ainda hoje recomenda-se a determinação
do índice de amargor para uma análise fitoquímica completa.
Apesar de não possuírem ação farmacológica marcante, estimulam as papilas
gustativas, o que, por via reflexa, causa aumento das secreções digestivas. Por isto são
considerados tônicos digestivos. Considerados de importância no passado, foram sendo
relegados a segundo plano, com a evolução da fitoquímica.

ANTRAQUINONAS
São substâncias policíclicas, com mais de 20 carbonos, inodoras e com aspecto
amarelado ou acastanhado. Possuem ação laxativa, cicatrizante, anti-séptica e
antiinflamatória local. As antraquinonas não são bem absorvidas pelo tubo digestivo,
por isso, em geral, seu emprego é cutâneo ou para atuação no intestino. Algumas
antraquinonas podem ter efeito carcinogênico com o uso muito prolongado.

ÁCIDOS ORGÂNICOS
20

São moléculas pequenas, com um radical hidroxila, produzidas durante o


metabolismo intermediário da célula vegetal. São encontradas em praticamente todas
as plantas medicinais; podem ter função de carrear minerais sob a forma de sais, ou
estar ligadas a alcalóides.
Suas ações farmacológicas costumam ser laxativa e diurética. Entre os principais,
encontxamos os ácidos málico, caféico, tartárico, cítrico e malônico.
Os ácidos orgânicos são bem absorvidos por via oral, sendo excretados na urina.
Em concentrações exageradas podem causar irritação gástrica, diarréia e cistite. Em
pessoas com história de litíase renal, devem ser evitadas plantas ricas em ácidos
orgânicos, e particularmente o ácido oxálico.

FIT0STERÓIS
São esteróides de origem vegetal. Atuam na planta promovendo o seu
desenvolvimento e crescimento. Não possuem odor ou aspecto característico, sendo
encontrados em qualquer planta medicinal, em concentração variável. Em algumas
como na família Dioscoreaceae, seu teor é muito alto, justificando o seu uso como
matéria-prima para fabricação de estrogenios semi-sintéticos.
Para serem bem absorvidos por via oral, os fitosteróis necessitam de um
aparelho digestivo em condições ideais, sendo difícil seu aproveitamento integral em
condições adversas (disbiose, atrofia de mucosa, lesão extensa de alça); são
metabolizados no fígado. Alguns, como o sitosterol, possuem ação estrogênica fraca.
Além de sua ação esteróide, podem atuar regulando o fluxo de bile e modificando o
metabolismo do colesterol.

Função dos componentes nos vegetais

• Taninos: Anti-séptico, antimicrobiano, antidiarréico, anti-hemorrágico, cicatrizante.

• Alcalóides: Vários efeitos dependendo do tipo principalmente em musculatura lisa


aparelho cardiavascular e sistema nervoso.
21

• Glicosídeos: Alcoólicos; Cianogenéticos - ação tóxica; Esteróides - ação esteróide;


Antraquinônicos - ação laxativa e cicatrizante.

• Óleos essenciais ou voláteis: Ação anestésica (mono e sesquiterpenos); ação


analgésica (sesquiterpenos); ação anti-helmintica (mono e sesquiterpenos);
antiinflamatória (mono e sesquiterpanos); ação expectorante (monoterpenos); ação
sedativa (mono e sesquiterpenos); ação anti-helmíntica (mono e sesquiterpenos).

• Saponinas: Mucolitico (ação fluidificadora em secreções); expectorante (melhora


exceções da árvore respiratória); diurético (ação em nível glamerular); anti-séptica
e antimicrobiana (impede reprodução bacteriana, ação bactericida);
antiinflamatória (em parte, por ação esteróide).

• Flavonóides: Antiinflomotória; estabilizadara do endotélio vascular (melhora função


da célula endotelial, diminuindo permeabilidade); antiespasmódica (ação
principalmente na musculatura lisa); ações-cardiovosculares (melhor distribuição
periférica do sangue, melhora-fluxo arterial e venoso).

• Mucilagens e substâncias pécticas:Mucilagens - laxativos, reguladores do apetite;


Substâncias pécticas - constipante.

• Resinas: Gomoresinas — aromáticos; Latex ou lacto-resina — não são empregadas


com fins terapêuticos; Óleo-resinas – aromáticos; Bálsamo-resinas — ação local,
aromáticos.

• Princípios amargos: Tônicos digestivos.

• Antraquinonas: Laxativa, cicatrizante, antiinflamatório local, anti-séptico.

• Acidos argânicos: Laxativo, diurético.


22

• Fitosteróis: Ação esteróide.

QUANTIDADE E INTERAÇÃO DE PRINCÍPIOS ATIVOS


De maneira geral, as plantas medicinais possuem mais de um princípio ativo
responsável por sua ação farmacológica. Isto significa que a ação farmacológica final de
uma planta resulta do somatório das ações dos diversos princípios ativos. Esta ação
complementar de princípios ativos pode se dar através de:

SINERGISMO
No qual os vários princípios ativos encontrados nas proporções adequadas
unem-se para produzir o resultado final. Como exemplo, podemos citar a ação
antiinflamatória do óleo de semente de linhaça em que as lignanas agem
sinergicamente com ácidos graxos insaturados e vários minerais para bloqueio do
processo inflamatório.

Antagonismo
Às vezes as plantas podem se comportar de uma forma ou de outra, dependendo
da situação. Observamos tal situação no caso do Yam mexicano; em doses usuais, seu
efeito é suavemente diurético, porém, em doses altas, pode tornar-se autidiurético.

Mecanismos de Ação Complementares


A maioria das plantas medicinais possui muitas ações farmacológicas diferentes,
e que concorrem para as ações observadas com o uso clínico da planta. Por exemplo: a
alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) em as seguintes atividades farmacológicas estudadas:
antiinflamatória corticóide-like (glicirrizina inibe a enzima que degrada os
corticosteróides), protetor gástrico (reduz incidência de úlcera péptica e eleva o pH
gástrico), colagoga, antitussígena, reduz o colesterol sérico, antiadesiva plaquetária e
inibidora da MAO.

FITOCOMPLEXOS
23

Algumas plantas medicinais apresentam grupamentos de princípios ativos que


se comportam de forma completamente diferente dos mecanismos conhecidos pela

farmacologia clássica. Recentemente estes grupamentos foram chamados de


fitocomplexos por pesquisadores.
Os fitocomplexos são misturas de diversas substâncias com estrutura química
muito semelhante e que só apresentam atividade farmacológica quando em conjunto.
Se os princípios ativos do fitocomplexo sofrem um processo de separação, a atividade
farmacológica perde potência ou desaparece.
Ainda se desconhece porque os fitocomplexos atuam desta forma, e como é o
seu mecanismo de ação. Contudo, ao contrário do que pensou a princípio, eles ocorrem
com razoável freqüência em plantas medicinais, e podem ser responsáveis pela
atividade farmacológica em várias espécies. A impossibilidade de isolar um princípio
ativo único fez com que os laboratórios farmacêuticos introduzissem medicamentos à
base de extrato de plantas medicinais, como o ginseng (Panax ginseng), o gincobiloba
(Ginkgo biloba) e a castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum).

MODULAÇÃO
Algumas plantas apresentam uma atividade moduladora sobre a ação de outras
plantas medicinais, modificando suas propriedades. Elas também reduzem a incidência
de efeitos colaterais e melhoram a eficácia de diversas outras espécies. Os mecanismos
envolvidos neste tipo de interação ainda são desconhecidos.

RESPOSTA CLÍNICA E P0TÊNcial FARMACOLÓGICA


A maioria dos princípios ativos de plantas medicinais (excetuando-se alcalóides,
por exemplo) possui atividade farmacológica fraca. Muitos ocorrem em concentrações
relativamente baixas, tornando sua atividade mais discreta ainda. Por outro lado,
encontramos nas plantas medicinais outros princípios ativos com a mesma ação e que

podem atuar sinergicamente e, assim, provocar uma atividade farmacológica


detectável.
24

A resultante, que é a atividade do extrato de planta medicinal, em geral é uma


atividade farmacológica fraca, e com peculiaridades interessantes. Ela costuma levar
alguns dias (às vezes semanas ou meses) para atingir sua potência máxima, e pode
também apresentar tolerância com o uso continuado. Por isso o ideal é aguardar uma a
duas semanas para avaliar o efeito terapêutico, e promover pequenos reajustes
periódicos das doses caso haja tolerância.
Muitas vezes a pouca potência farmacológica das plantas medicinais pode causar
a necessidade de associar outra planta. Isto pode ser feito para evitar os efeitos
indesejáveis de doses altas. Tal ocorre na interação da cimicifuga racemosa e yam
mexicano para terapia de reposição hormonal.

FARMACOSSEGURANÇA E FAIXA DE ATUAÇÃO TERAPÊUTICA


A dose das plantas medicinais foi estabelecida pelo seu uso tradicional. Em
alguns casos, existem registros de milhares de anos de utilização, como, por exemplo, a
Angelica sinensis.
Conforme o uso popular, a faixa de atuação terapêutica das plantas medicinais é
bastante ampla. Na maior parte dos casos, as doses mínimas podem ser até
quadruplicadas sem sair da faixa de dosagem recomendada.
Farmacossegurança é a distância entre a dose terapêutica e a dose tóxica. A
grande maioria das plantas medicinais (exceto as com princípios ativos potentes como
alguns alcalóides e glicosídeos cardíacos) possui doses tóxicas muito superiores às doses
terapêuticas (DLSO cerca de 25 a 100 vezes superiores às doses usuais), conferindo uma
excelente farmacossegurança.
Por isso, salvo com o uso de espécies tóxicas ou doses extremamente altas, a
ocorrência de sintomas tóxicos com o uso de plantas medicinais não costuma ocorrer.

A razão da pouca toxicidade das plantas medicinais é devida às baixas concentrações


dos princípios ativos e de sua atividade moderada.

EFEITOS ADVERSOS
A ocorrência de efeitos colaterais com o uso de plantas medicinais é incomum, desde
que observadas as recomendações para o uso de cada planta particular. Quando
25

ocorrem, os efeitos colaterais concentram-se mais comumente no tubo digestivo. Dor


abdominal, meteorismo, flatulência e alterações do ritmo intestinal são as queixas mais
comuns. Por isso, ao administrar uma planta medicinal o ideal é realizar uma avaliação
de sintomas digestivos, para indicar uma planta adequada para cada paciente. A
possibilidade de preparações transdérmicas também é uma opção a ser analisada,
visando impedir efeitos gastrintestinais. O uso endovenoso de tais preparados ainda é
restrito aos meios de pesquisa farmacológica.
Para que o fitofármaco tenha a melhor potência para funcionamento, certas condições
devem ser observadas na manipulação das plantas a serem utilizadas.

Seleção das Plantas


Ao selecionarmos as espécies vegetais, a identificação correta é um passo
essencial;
Os grandes laboratórios obtêm a matéria-prima de fornecedores que cultivam
em larga escala com controle de qualidade sistemático;
A plantação deve ocorrer sob condições de temperatura, pressão, umidade, solo,
nutrientes e outros fatores de forma ideal para que os princípios ativos sejam
preservados;

Momento da Colheita

Certas espécies florescem mais de uma vez ao ano, outros fornecem material
constantemente, como raízes; O momento da colheita também é essencial.

Secagem e Estocagem
Neste passo existe grande possibilidade de contaminação por substâncias tóxicas
ou proliferação de fungos.

Extração
Atualmente, existem normas bem estabelecidas para extração dos princípios
ativos e padronização da matéria-prima.
26

Estabilização dos Princípios Ativos


Sempre é importante frisar que o medicamento final deverá estar submetido a um rígido
controle de qualidade para obtermos o efeito desejado.

métodos simples para utilizar as plantas com eficácia e segurança

Infusão: A água fervente é despejada sobre as plantas, e o recipiente tampado durante 10 a


15 minutos. Ideal para flores e folhas.

Decocção: A planta é fervida por algum tempo em recipiente tampado. Depois deixá-la
tampada por alguns minutos. Esta forma é mais apropriada para raízes, cascas e sementes,

porém estas devem ser cortadas em pequenos pedaços ou esmagadas antes de serem
utilizadas.

Maceração: A planta fica de molho em água fria até 24 horas, de acordo com sua qualidade.
Neste caso, as vitaminas e sais minerais não são alterados pela fervura.

Sumos: Podem ser obtidos espremendo-se as folhas das ervas através de um tecido
fino de algodão, batendo-as no liquidificador ou amassando-as num pilão. São então
coadas e diluídas em água e, caso necessário, adoçadas com mel.

Saladas: As ervas também podem ser comidas cruas em forma de saladas ou


preparadas junto com os alimentos, como temperos. Porém muito cuidado deve ser
tomado quanto à qualidade e limpeza das ervas. Lave-as bem com água corrente e
depois deixe-as de molho por algum tempo em água, sal marinho e vinagre. O dente-
de-leão, tansagem, hortelã, salsa e mil-folhas estão dentre as inúmeras ervas boas para
saladas.
27

Banhos: Algumas plantas podem ser acrescidas à água morna da banheira, e o banho
deve durar uns 20 minutos ,Também pode ser feito um chá por decocção e ser passado
pelo corpo com uma bucha vegetal após tomar o banho normal.

Cataplasmas: As ervas frescas podem ser aplicadas soltas diretamente sobre a pele ou
sustentadas por uma gaze. Podem também ser esmagadas até ficarem em forma de
pasta, colocada entre dois panos finos ou gaze, e aplicada sobre o local afetado. Podem
ser usados para tratar nevralgias, dores de ouvido, asma, câimbras e etc...

Compressas: Embebe-se panos com uma decocção forte concentrada e aplica-se na


região afetada. Os chás quentes têm efeito sedativo sobre inchaços, nevralgias,
contusões, reumatismo, etc.

Gargarejos: Gargarejar algumas vezes ao dia chá preparado por decocção. Este
tratamento atua sobre a cavidade bucal e garganta.

Inalações: Para fazer inalações, prepare um chá forte de ervas, retire-o do fogo, cubra a
cabeça com um pano e respire o ar evaporado. As inalações são ótimas para tratamento de
gripes, sinusites, resfriados, pneumonia, etc.

Unguentos: Preparados misturando-se ervas, ou decocção de ervas, com uma substância


gordurosa como vaselina, cera de abelha ou gordura animal.

Tinturas: mistura-se de 100 a 300 gramas da erva seca ou fresca com 800ml de álcool de
cereais e 200ml de agua destilada, principalmente para as tinturas que serão ingeridas,
podendo-se também utilizar a pinga pura. Deixa-se em repouso em local protegido da luz, por
no mínimo 15 dias, a partir desta data pode-se filtrar no caso de ser para ingerir (tintura é
sempre de uma planta só, nunca se combina tinturas quando se prepara ela).
28

Garrafada: é similar a tintura porem ao invés de ser de apenas uma planta é constituída por
um conjunto de plantas frescas ou secas combinadas e curtidas na pinga, geralmente a
garrafada é enterrada durante trinta dias e pode-se coar ou não. A garrafada é um método
tradicional, muito utilizado até hoje por diversas culturas.

Defumação: queima de ervas, resinas e raízes aromáticas sobre brasas para que a fumaça seja
utilizada de maneira medicinal ou ritualística.

Xaropes: podem ser feitos a base de mel ou açúcar. Xarope de mel: adicionar uma parte de
mel, de preferência de boa procedência, a uma parte do sumo ou chá forte da erva. Xarope
de açúcar: fazer uma calda misturando 1 (uma) xícara de água e 2 (duas) xícaras de açúcar,
levar ao fogo até dissolver todo o açúcar sem deixar ferver. Se for utilizar um chá forte da
erva, fazer a calda direto com 1 (uma) xícara do chá. Se for utilizar o sumo da erva: fazer a
calda, deixar esfriar e então adicionar o sumo à calda. A quantidade de sumo em relação a
quantidade de calda vai variar, de modo que se deve adicionar o sumo lentamente a calda,
misturar bem e experimentar. O sabor deve permanecer o da calda (doce).

Óleo Medicado: coloca-se as folhas frescas da planta em um recipiente de preferência vidro


escuro, adiciona-se o azeite, quanto mais puro melhor, deixa-se em repouso por no mínimo
30 dias, protegido da luz. Filtra-se e guarda-se novamente em frasco escuro. É indicado para
plantas que apresentam grande quantidade de óleo essencial ou óleo essencial de grande
importância.

Astronomia vegetal
Estudo sobre a ótica Biodinâmica (antroposofia)
A observação astronômica na aplicação desse conhecimento sobre a fitoterapia é de
suma importância para o desenvolvimento saudável do reino vegetal. Segundo Steiner “não
poderá haver, em absoluto, uma compreensão da vida vegetal, sem que se considere como
tudo o que está sobre a Terra é, de fato, somente um reflexo do que se passa no cosmos”.
Em concordância com essas proposições de Steiner, este estudo será conduzido
respeitando as recomendações do Calendário Astronômico Agrícola, adaptado ao Brasil ,
29

desenvolvido pela maestra Maria Thun, indicando a melhor hora, dia e lua para se plantar,
colher, manejar as plantas e utilizar os preparados (se necessário).
O calendário agrícola se baseia principalmente na movimentação da Lua, da Terra e
sua passagem diante das 12 constelações do zodíaco. A lua percorre ao redor da Terra no
decorrer de 28 dias, sendo este tempo dividido em quatro fases lunares denominadas: lua
crescente, lua cheia, lua minguante e lua nova. Neste período a lua passa pelas 12 regiões do

cosmos, representadas pelas 12 constelações zodiacais. Além disto, observa-se que a Terra
leva 365 dias para dar a volta ao redor do sol e também, neste período, passa pelas 12
constelações zodiacais.
Cada fase da lua influencia particularmente os reinos da natureza. Tal fenômeno pode
ser visto e estudado seja nos humores dos seres humanos, seja no reino vegetal. Segundo
Schorr a lua influencia:
“a entrada e a concentração do mundo etérico e astral nas plantas, a energia lunar provoca a
reprodução e multiplicação vegetal, a Lua espelha a relação entre outros planetas e as
constelações, impulsionando suas forças e poderes, ou auxiliando na sua subtração ou
contenção”.
Observa-se que a Lua Nova influencia a seiva a se manifestar em maior quantidade no
caule, em direção aos ramos sendo muito indicado para o plantio de ervas medicinais, árvores
para produção de madeira e alimentos como cebolinha, espinafre, couve e almeirão. Essa fase
da lua é indicada para adubação de canteiros, capina da grama e plantas invasoras. No
entanto, não é indicado realizar podas nessa época, pois o rebroto é mais lento. Nesse
momento as plantas renovam suas propriedades e seus princípios ativos. Colheita de plantas
que serão aplicadas em feridas externas, purulentas e uceras ou cortes com hemorragia terão
maior eficácia.
A Lua Crescente exerce maior influência na seiva das plantas, estimulando-a em maior
quantidade no caule, nos ramos e nas folhas, favorecendo toda a parte aérea do vegetal,
sendo um momento favorável para se plantar tomate, jiló, feijão andu, pepinos, abobora e
outros que sejam frutíferas, legumes ou cereais. Além disto, é uma boa fase para enxertos e
podas, devido a brotação rápida. Nesse momento os princípios ativos estão se elevando.
Colheita de plantas que serão usadas em anemia, fraqueza, na convalescência, no pós parto e
nas doenças terminais.
30

A Lua Cheia é a fase que a seiva se concentra nas copas das plantas e nos brotos, os
frutos ficam com maior energia etérica e mais “suculentos” para a colheita. Essa fase é
favorável para se plantar hortaliças e flores, como couve-flor, chicória, repolho, brócolis; não
sendo um momento favorável para qualquer tipo de poda. Nesse momento os princípios

ativos ou minerais das plantas atingem sua maior concentração. Excelente período para se
preparar compostos mais potentes e enterrar garrafadas.
A Lua Minguante influencia a seiva a se concentra na raiz, sendo um momento apropriado
para se plantar e colher o que se desenvolve abaixo da terra, como raízes, bulbos, rizomas e
tubérculos. Devido à baixa quantidade de seiva na região aérea da planta, é uma boa fase para
se cortar bambus e madeira e para capinar a grama. Esse é o momento ideal para colheita
das plantas muito toxicas, que serão utilizadas para reduzir inflamação e tumores, e das que
facilitam as eliminações.
Além das influencias das fases lunares sobre a planta, a Lua passa pelas 12 constelações
em um mês, tendo efeitos diferentes nas atividades agrícolas. Este ciclo é outro aspecto
importante que na realização deste estudo se estará atento, pois é a influência diária das
constelações, e seus elementos regentes sobre as partes da planta, que definem as melhores
ações que o agricultor pode realizar diariamente em campo.
Sendo assim segue um quadro simples sobre essa relação:

Constelações pPartes da planta Elemento Apicultura

Touro, Virgem, Capricórnio Raiz Terra Favos

Peixes, Câncer, Escorpião Folha Água Mel

Gêmeos, Libra, Aquário Flor Luz Pólen

Carneiro, Leão, Sagitário Fruto Calor Néctar

As constelações ligadas ao elemento Terra (Touro, Virgem e Capricórnio), favorecem o


desenvolvimento dentro do solo, sendo aconselhado executar atividades de semeadura,
transplante, cultivos e colheita de raízes, tubérculos e rizomas; além de trazerem bons
31

resultados e maior qualidade de armazenamento em safra. No calendário agrícola


Biodinâmico esses dias são denominados como Dia de Raiz.

Constelações ligadas ao elemento água (Peixes, Câncer e Escorpião), auxiliam na


semeadura, transplante e cultivo a de plantas que se aproveitem as folhas e caules na colheita.
Tais dias não são favoráveis para a colheita devido à rápida decomposição vegetal. Esses dias
são denominados como Dia de Folhas.
As influencias das constelações ligadas ao elemento Ar (Gêmeos, Libra e Aquário)
beneficiam na semeadura, transplante, cultivo e colheita de plantas onde a colheita é
destinada para flores ornamentais e plantas medicinais, ficando a planta mais rica em aromas,
que se conservam por mais tempo. As flores colhidas nesse dia também conseguem manter
as intensidades das cores por um período mais longo.
O manejo sobre as sementes oleaginosas nesses dias, oportuniza uma maior extração
de óleo vegetal, podendo se tirar maior qualidade na colheita. Esses dias são denominados
como Dia de Flores.
Constelações ligadas ao elemento Fogo (Áries, Leão e Sagitário) favorecem a força de
regeneração do vegetal, auxiliam no processo de semeadura, transplante, cultivo e colheita
das plantas que produzem frutos e sementes. A colheita nesses dias contribui para se atingir
melhor qualidade de armazenamento de sementes e um maior tempo de vitalidade sobre as
plantas que se colhem as folhas, como hortaliças, devido a lenta decomposição vegetal, além
disso, se retira uma melhor rendimento em sementes, porem com menor índice de óleo, em
comparação com os dias de Flores.
A atenção deste estudo às fases da Lua e sua passagem pelo zodíaco contribuem para
o relacionamento do agricultor com a Terra, encontrando um ritmo harmônico em suas
relações.
A utilização do calendário agrícola nos planejamentos semanais auxiliam nos a se
organizar em nossas atividades, pois este é um guia, para a melhor hora e dia a se trabalhar
em harmonia com o cosmos, alcançando as potencialidades que o reino vegetal podem trazer
ao homem.
32

PLANTAS MEDICINAIS de baixa toxidade, INDICAÇOES E


RECEITAS para todas as idades.

Guaco - Mikania glomerata Spreng - Cipó Catinga

Partes utilizadas: Folhas de preferencia as mais jovens.

Decocção: doençcas respiratórias e da garganta.

Xarope: tosse, gripe

Observações: Planta medicinal que pode ser usada em diversas doenças como
tosse, bronquite, cólicas, diarréias, candidíase, alergias, tem a função de inibir
inflamações imunológicas, inibir a vasoconstrição dos brônquios
(broncodilatador), expectorante, antiespasmódicos, antiprotozoários (parasitas),
anti-candida e uma pequena atividade contra outras bactérias.
Outra função do guaco, porem sem muitos estudos é que o cataplasma
da folha auxilia no tratamento contra a hemorragia originada de picada de
cobras.

Contra indicações: Devido as cumarinas é contra indicado para pessoas com


hepatopatias ( antagonista da vitamina k), trombocitopenia e coagulopatias.
Contra indicado a crianças que usem anticoagulantes ou heparina ( aumenta o
risco de sangramento).

Não indicado a menores de 1 ano de idade, e jovens na menstruaçao. O


uso excessivo pode casuar taquicardia, vômitos e diarreia. E podem ocorrer
acidentes hemorrágicos quando usado por tempo prolongado.
33

Abacaxi- Ananas sativus

Partes utilizadas: Polpa e casca.


Suco, chá da casca: diurético, vermífugo, calmante da tosse e expectorante.
Polpa : digestivo; em aplicação externa: aftas

Observações: O abacaxi, além de ótimo purificador do sangue, é diurético e


ajuda a digestão. Sua indicação notável é no tratamento das feridas,
inflamações, infecções. Em infecções agudas, consumido em fatias, é um ótimo
parceiro dos antibióticos. Contra tosse catarral, usa-se duas colheres de suco de
abacaxi diluídas em uma xícara de água quente e uma colher de mel. Beber
bastante quente antes de deitar-se.

Contra indicação: Evitar o contato com os olhos, podendo causar irritações,


não utilizar em caso de ulceras gástricas.

Abóbora - Cucurbita pepo.

Partes utilizadas: Flores, Polpa e sementes secas e tostadas com sal.


Decocção da polpa: diarreia e gases.
Sumo da polpa: prisão de ventre.

Cataplasma das folhas: queimaduras, inflamações e dores de ouvido.

Folhas cruas frescas, refogadas ou pó: anemia e avitaminose.


Sementes: vermífuga.
Flores: otite, dor de ouvido.

Observações: Rica em potássio, ferro, fósforo e magnésio, eficaz como


diurético e para combater a prisão de ventre. Faz-se um suco fresco com
pedaços grossos de abóbora madura, colocando-os em um tecido neutro e
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torcendo para extrair o suco. Adoçar com pouco de mel e tomar uma manhã sim
e uma não, em jejum por 15 dias.

Contra indicações: não foram encontrados na literatura consultada

Agrião - Nasturtium officinale.

Partes utilizadas: Folhas e flores.


Saladas cruas: excitante, combate o escorbuto, anemia, digestivo e diurético.
Contra febre e dores de dentes.
Infusão: bronquite, depurativo, diurético, febre, icterícia.

Observações: O agrião é tão eficaz que não se deve usa-lo diariamente, a não
ser para tratamento dos brônquios, durante períodos limitados( crianças com

mais de 12 anos). A quantidade de ferro, iodo e vitaminas que contém faz passar
para a água em que é deixada de molho uma boa parte de sua força;

por isso, uma receita para a carência de ferro e para a depuração do sangue é
chamada Água de Agrião:
Em um copo de água na temperatura ambiente mergulhar folhas de
agrião. Cobrir o copo e deixa-lo no quarto de dormir. De manhã, coar e bebe-la
sem açúcar.
As propriedades terapêuticas do agrião combatem o raquitismo, o ácido
úrico e as doenças do pulmão, agindo na purificação do fígado e do estomago.
O seu suco, adoçado com mel é um excelente xarope para combater bronquite,
tosse, tuberculose pulmonar e toda sorte de enfermidades catarrais. Usa-se em
saladas para combater a diabetes.

Contra indicação:Mulheres gestantes, não consumir em excesso.


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Alecrim de Jardim - Rosmarinus officinalis.

Partes utilizadas: Folhas e flores – aromática


Compressas: abscessos; compressa de alecrim + alfavaca: protege os seios
durante a amamentação.
Inalaçao: tosse, bronquite, asma e gripe.
Decocção: digestivo, gases, febre, cansaço.
Pomada: sarnas dores articulares.

Observações: Planta medicinal diurética, aromática, antioxidante e anti-


reumática, é indicada Contra gazes, como condimento ou aromático (cozinha),
contra a tosse, para a prevenção de doenças degenerativas, devido ao forte
efeito antioxidante do alecrim é utilizado para enxaqueca, dor de cabeça,
problemas de concentração, úlceras estomacais e cistite.

Contra-indicaçoes: em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal,


nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. Não recomendado para
prostáticos e crianças com diarreia.
O uso durante a noite pode alterar o sono.

Alface - Lactuca sativa

Partes utilizadas: Folhas frescas.


Cataplasma: contusões e inchaços.
Decocções: insônia, calmante e intestino.

Observações: Contém várias vitaminas e é uma fonte de ferro e minerais. Seu


poder de limpeza dos intestinos é fantástico. Fortalece o sistema nervoso e a
musculatura, além de ajudar a digestão. É um grande calmante para os nervos
e combate a insônia mais recalcitrante.
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Um chá para dormir é feito fervendo-se rapidamente duas folhas de alface


fresca em uma medida de uma xícara de chá de água. Tomar morno na hora de
deitar-se.
É ainda recomendada contra as doenças do coração e dos rins, seja em
forma de chá ou saladas. Para contusões e inchaços fazer uma cataplasma
fervendo algumas folhas de alface em pouca água por cinco minutos. Deixar

amornar, untar as folhas com azeite de oliva, estender sobre uma gaze e aplicar
na região atingida. Este mesmo método pode ser usado para irritações e rubores
da pele.

Contra indicações: não encontrado na literatura consutada.

Manjericão - Ocimum basilicum.

Partes utilizadas: Folhas frescas ou secas.


Infusão: mau-hálito, debilidade, cólicas e vômitos, gases intestinais.
Decocção: boca e garganta, aftas e mal hálito.

Observações: Planta medicinal utilizada em caso de problemas digestivos, falta


de animo, dispepsia, espasmos, flatulência (inchaço), mau
hálito (gargarejo), aftas (gargarejo), tosse e bronquite.
Comer 3 folhas por dia de manjericão é um tônico para todo o corpo.
Contra indicações: primeiro trimestre da gestação.

Alfazema - Lavandula officinalis - Lavanda

Partes utilizadas: Folhas e flores


Infusão folhas: conjuntivite.
Infusão flores: asma, bronquite, faringite, laringite, coqueluche, tosse,
nervosismo, insônia, nevralgias, digestiva, queimaduras, enxaqueca.
Óleo para Massagem: cansaço, contusões, estômago, vertigens, hemicrania
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Observações: Planta medicinal utilizada em uso interno para tratar


a ansiedade ou o nervosismo, e em uso externo para desinfetar os ferimentos
leves, antisséptico, anti-inflamatório, antifúngico, antimicrobiano, calmante,
relaxante muscular e para queimaduras de sol de primeiro grau.

Contra indicações: Em altas doses pode ser depressiva do sistema nervoso,


causando sonolência.
Crianças propensas a ulceras, não devem exagerar na administração,
Alguns fitoquímicos da planta são incompatíveis com sais de ferro e iodo, assim
abaixado a assimilação destes minerais quando se administra a planta.

Alho - Allium sativum.


Partes utilizadas: Bulbo e caule.
Unguento: calos.
Óleo e Infusão: insônia, hipertensão, tuberculose, resfriados, tosse, bronquite,
feridas infecciosas, reduz o colesterol ruim.
Decocção: vermes

Observações: O alho purifica o sangue, atua sobre as mucosas do nariz, da


garganta e dos pulmões, desinfeta todo o organismo, funciona como antibiótico
para combater infecções.
Para o enfraquecimento do organismo, consumir durante 15dias n as
refeições um dente de alho bem amassado com uma cenoura, isso previne
contra doenças mais graves ( Crianças com mais de 12 anos). O alho cozido,
tem uma grande perda de sua eficácia e cru em grande quantidade irritam os
rins.

Contra indicações: Em excesso, pode gerar dor de barriga e de cabeça. Contra-


indicado para mães amamentando e pessoas com pressão baixa, problemas
estomacais, ulceras, dermatites, acidez no estomago, hipertireoidismo,
hemorragias ativas, pré e pôs operatório, trombocitopenia,
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tratamentos com anticoagulantes, alguns medicamentos para controlar o nível


de açúcar no sangue e alguns anti-inflamatórios.

Ameixeira - Pronus domestica.

Partes utilizadas: Folhas frescas e frutos maduros.


Polpa do fruto: laxante e digestivo.
Infusão das folhas e frutos secos: resfriado, tosse, rouquidão.
Cataplasma das folhas: vermífugo

Observações: Poderoso laxante. Indicada contra prisão de ventre, sendo, neste


caso, consumida seca. É rica em potássio, fósforo, cálcio e minerais.

Contra indicações: não foi encontrado na literatura consultada

Amoreira - Morus alba, Morus nigra.

Partes utilizadas: Frutos, folhas, casca e raiz


Gargarejo com infusão ou suco do fruto: aftas, amigdalite e dor-de-dente.

Decocção da casca e raizes: dor de dente, estômago, intestino, vermífugo


Infusão das folhas: diurético, hipertensão
Xarope: tosse, garganta
Cataplasma das folhas: eczemas, erupções cutâneas.
Banho: revigorante.

Contra indicações: Não foi encontrado na literatura pesquisada

Babosa - Aloe vera


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Partes utilizadas: Sumo das folhas.


Sumo - uso externo: anti-caspa, antifúngico, antibacteriano, cicatrizante,
repelente, glaucoma.
Supositório: hemorroida

Observações: Planta medicinal anti-inflamatória e desinfetante utilizada para


feridas e queimaduras. Uso externo para queimaduras de 1º e 2º graus,
ferimentos, queimadura de sol, inflamações, cortes, aftas, irritações da pele,
psoríase (como coadjuvante), pele seca.
O gel de aloé vera contém aproximadamente 90 % de água. O resto é à
base de aminoácidos, vitaminas (A, C e E) e outros nutrientes.

Contra indicações: Em crianças utilize apenas topicamente, pode ressecara


pele ocasionalmente.

Calêndula officinalis.

Partes utilizadas: Flores e folhas


Infusão: gripe, escorbuto, icterícia, inflamação dos olhos. Uso externo:
inflamações cutâneas, queimaduras.
Folhas: calos e verrugas

Observações: Planta medicinal utilizada como cicatrizante e anti-inflamatório,


principalmente contra pancadas e ferimentos. Uso externo tem ação Anti-
inflamatória, antisséptica, desinfetante, cicatrizante (favorece a formação de
tecido de granulação), hemostática. O seu uso interno tem ação Sudorífica,
diurética, depurativa do sangue e imunoestimulante.

É indicada para lesões cutâneas, feridas,


machucados, contusões, queimaduras leves, queimaduras solares, pé-de-
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atleta, micoses vaginais, "roxos" (equimoses), hematomas, prurido anal, ajuda a


cicatrizar feridas de diabéticos.

Contra indicação: Gestantes e uso tópico em feridas abertas.

Camomila comum – chamomilla recutita.

Partes utilizadas: Flores


Infusão: febre, insônia, nevralgias, cólicas, gases, indigestão, dispepsia, falta de
apetite, infecções intestinais

Compressas e lavagens: conjuntivite, inflamações nos olhos e vista cansada.

Observações: Indicado para cólicas de crianças, feito chá. É também calmante,


antiespasmódico e sonífero, devendo ser feito o chá na hora de tomar.
Indicado para dores corpóreas, neste caso usa-se as flores secas que são
cozidas em banho-maria no óleo; após duas horas de cozimento, côa-se, e
depois de frio massageia-se com esse óleo as regiões doloridas. Usa-se o chá
também para combater dores abdominais, cólicas intestinais com gases, cistite,
inflamações bucais, conjuntivites.

Contra indicações: Na gestação, pois compromete a eficácia da radiografia,


podem ocorrer possíveis rinites alérgicas em pessoas sensíveis.

Capim-Limão - Cymbopogon citratus Stapf.

Partes utilizadas: Folhas


Infusão: ansiedade, histeria, calmante, gases, má digestão.
Infusão com mel e inalação: bronquites.
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Observações: Planta medicinal utilizada em uso interno como sedativo,


calmante, relaxante muscular e digestivo. Em uso externo contra as picadas de
insetos , muito eficaz para emplasto para dores corpórea e com aroma e gosto
muito aceitável por crianças sendo uma ótima planta adjuvante.

Contra indicações: casos de dores abdominais de origem desconhecida e


gastrite.

Cebola - Allium cepa.

Partes utilizadas: Bulbos


Unguento: frieiras
Decocção: infecções intestinais, prisão de ventre
Bulbo: hemorragia nasal, picada de abelhas
Infusão: resfriado, tosse, vermes

Observações: Deve ser sempre ingerida cruz, já que cozida perde suas
propriedades. Combate vermes intestinais, infecções e resfriados. O consumo
de cebola previne doenças cardíacas como também impede o desenvolvimento
das já existentes.

Contra indicações: Acidez estomacal, tendência a formação de gaes,


estômagos delicados. Não utilizar junto com anticoagulantes, e em crianças
diabéticas.

Cenoura - Daucus carota

Partes utilizadas: Raízes e sementes


Cataplasma: queimaduras
Decocção: rouquidão, tosse
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Observações: Para as vistas, já que é rica em vitamina A. Atua também como


purificadora do fígado e fortifica o organismo.
Para casos de digestão difícil, usa-se ferver uma pitada de sementes de
cenoura em um cálice de água e beber após as refeições. (Neste caso as
sementes precisam ser retiradas do pé, visto que as destinadas a plantio
possuem agrotóxicos prejudiciais).
Para rouquidão, cozinhar 100 Gr de cenoura, esmagando e misturando
com a água do cozimento, adoçar com mel e beber bem quente.

Contra indicações: não foi encontrado na literatura

Erva-Cidreira - Lippia sp.

Partes utilizadas: Flores e folhas


Infusão: úlceras, digestiva, calmante, antiinflamatório, vias respiratórias, gases,
icterícia, tônico cardíaco.
Compressas: feridas
Banho: calmante

Contra indicações: Não deve ser utilizada por hipotensos, em doses muito altas
pode causar náuseas, vomito e diarreia.

Funcho - Foeniculum vulgare

Partes utilizadas: Sementes e folhas


Infusão : intestino, gases, cólicas, obesidade, caimbra, reumatismo, diabetes,
olhos, memória, depurativa, estimula a secreção láctea.
óleo, uso externo: piolhos
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Observações: Contem potássio, sódio e ferro. O chá das sementes é um


regulador intestinal e calmante para o estômago. Desobstrui os brônquios,
oxigenando melhor os pulmões. Acredita-se que mulheres que amamentam

devem tomar chá de erva-doce para os efeitos calmantes passarem através do


leite para a criança.
Atua ainda, como estimulante da digestão e do aparelho urinário.

Contra indicações: Não utilizar na gravidez, e crianças asmáticas sensíveis


podem ter alergia.

Goiabeira - Psidium guajava

Partes utilizadas: Folhas e broto verde e fruto


Suco: estomatite.
Banho de Assento: corrimento vaginal.
Infusão e brotos: diarreia e desinteira.

Observações: Famosa contra diarreias. A fruta em casos amenos e as folhas


em casos mais extremos. Usa-se o chá das folhas até cessar o distúrbio. Os
frutos são benéficos em casos de doenças das vias respiratórias, como tosse e
bronquite.

Contra indicação: pessoas com aparelho digestivo sensível, em excesso o


broto da goiaba pode “prender” o intestino.

Hortelã – Mentha sp.

Partes utilizadas: Toda a planta exceto as raízes.


Infusão e salada: amenorréia, náuseas, vômitos, gases, analgésica,
estimulante, diurética
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Observações: A hortelã, é empregada como tempero e age como calmante


quando usada em chá. A hortelã-pimenta, estimula a pele e os terminais

nervosos sensíveis ao frio. Para aquecer ambientes muito frios, coloca-se uma
bacia com água e folhas de hortelã.
Como digestivo, faz-se uma infusão com 5g de folhas frescas ou secas
de hortelã para 1 litro de agua, filtrar e beber em seguida bem devagar.
Para excitação nervosa e insônia colocar uma pitada de folhas frescas de hortelã
em uma xícara de água quente, filtrar e beber o liquido. (Em casos de insônia,
tomar antes de deitar).

Contra indicações: não foi encontrado na consulta.

Laranjeira amarga - Citrus aurantium

Partes utilizadas: folhas, flores e suco


Óleo e infusão de flores: estomatite, insônia, febre, calmante.
Suco: digestivo, úlceras, artrite, prisão de ventre.

Observações: Esta fruta combate a tendência as hemorragias e a gripe, febre


e inflamações nas veias. Para combater excitação nervosa, ferter uma xícara de
água fervente em 2gr de folhas de laranjeira, filtrar, adoçar com mel e beber.
Contra febre, colocar uma laranja madura, cortada, com a casca e em
pedaços, em 30gr de água fervente adoçada com uma colher de mel. Depois de
totalmente frio, coar o liquido e beber.

Contra indicações: cuidado fotossensível, pode causar manchas na pele com


o contato a luz do sol.

Macela - Achyrocline satureioides


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Partes utilizadas: Flores


Infusão: cólicas, diarréias, perturbações gástricas, calmante.
Banho: manchas da pele.

Observações: Planta medicinal utilizada principalmente devido ao seu efeito


antiespasmódico, anti-inflamatório e analgésico, sendo indicada principalmente
em casos de problemas gástricos e cólicas abdominais. Seus principais efeitos
são Anti-inflamatório, analgésico, antiespasmódico, antibacteriano, antiviral,
hepatoprotetor, imunoestimulante e antioxidante.

A macela também é muito utilizada popularmente para preencher


travesseiros e almofadas, devido ao s efeito calmante.

Contra indicações: Não foram encontradas na literatura pesquisada

Melissa - Melissa officinalis

Partes utilizadas: Flores e folhas.


Infusão: ansiedade, histeria, hemicrania, gases, má digestão.
Compressas: feridas.
Banho: calmante

Observações: Na sua utilização interna, a melissa oferece uma eficiência


comprovada contra os pequenos problemas do sono e os problemas digestivos
de origem nervosa. Na sua utilização externa, a melissa é relativamente eficiente
contra a herpes labial, principalmente se aplicada logo no início.
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Ela também apresenta poucos efeitos secundários, o que acaba sendo


uma boa alternativa aos tratamentos tradicionais. A melissa é caracterizada por
um aroma próximo ao limão, na realidade o óleo essencial da melissa contém
substâncias encontradas no limão, como o citral.

Seus efeitos pela ingestão são Sedativo, calmante, espasmolítico,


digestivo, sonífero, bacteriostático sento eficaz em Problemas do
sono, estresse, ansiedade, nervosismo, problemas
digestivos, azia e queimação do estômago, a melissa possui efeito sobre a
glândula tireoide sento contra indicado a hipotireoidismo.

Contra indicações: hipotireoidismo, pessoas com hipersensibilidade a planta


em grandes dosagens podem ser sedativas diminuindo a pulsação e podendo
levar a entorpecimento.

Morango - Fragaria vesca

Partes utilizadas: Folhas, raiz e frutos.


Decocção da raiz: inflamações na boca e garganta, intestino, diurético,
vermífugo
Infusão das folhas: cólicas menstruais
Compressas: chagas, feridas, úlceras, pequenas queimaduras.
Suco: dor de dentes, febre, gota, cálculos.

Observações: Mais rico em vitamina C do que a laranja ou limão, portanto


bastante indicado para prevenção de gripes e resfriados. Cozido não tem
nenhum valor e cru atua na purificação do organismo, o consumo de morangos
facilita a digestão, estimula as funções hepáticas e o apetite. Uma dieta á base
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de morangos traz inúmeros benefícios a quem sofre de hemorroidas,


perturbações circulatórias, afecções renais.

Contra indicações: não usar em caso de alergia e diabetes

Picão Preto - Bidens pilosa

Partes utilizadas: partes aéreas


Banhos: hepatite, icterícia e doenças do fígado.
Infusão: Hepatite e vermes.

Observações: Planta medicinal com principal efeito hepatoprotetor (protege a


função do fígado, diminui a taxa de necrose e fibrose), além de ser utilizada em
casos de úlceras gástricas e diabetes.
Tem função Antioxidante e estimula a produção de insulina. Existem
estudos que indicam certo efeito contra determinados tipos de leucemia, mas ser
utilizado para tal fim ainda são necessários estudos complementares.

contra indicações: não encontrado na literatura consultada.

Romã - Punica granatum

Partes utilizadas: folhas, flores, polpa e casca das romãs


Infusão da casca: gengiva, inflamações na garganta, diurético
Miolo: cólicas, diarreia, tênia
Suco: febre, hemorroidas, garganta e angina.

Observações: A romã é uma fruta com um sabor delicioso e pode ser muito
benéfica para a saúde de todos. Suas sementes são utilizadas comendo-as
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puras ou em forma de suco de romã para garantir um efeito antioxidante


significativo, porque sabemos que o suco de romã contém mais substâncias
antioxidantes que somente as sementes (e arilos de sementes), porque o suco
é extraído a partir do fruto inteiro com membranas brancas vizinhas das
sementes.
Planta medicinal antioxidante que possui efeito de
prevenir doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, utilizada como suco
(mais eficiente) ou "fruta" pura .um excelente anti-inflamatória, antiviral,
adstringente (especialmente flores de romã).
a romã em alguns casos pode aumentar os níveis de testosterona, as
flores ajudam a combater diarreia.

Contra indicações: Não deve ingerir a casca nem as raízes ,pois são toxicas,
apenas utilizar a infusão da casca para crianças de mais de 12 anos.

Rosa Branca de Jardim – rosa alba L.

Partes utilizadas: Flor


Infusão: estomatite, inflamações na boca e garganta ( gargarejos), má digestão,
diarréia, prisão de ventre, mau-hálito, vermes
Infusão para compressas: olhos, calmante.
Vinagre de rosas para lavagens: urticária, picada de abelhas, queimaduras
Banhos: energético

Observações: Planta Medicinal com um efeito tônico sobre a pele, amplamente


utilizado em cosméticos e perfumaria, é muitas vezes apresentada em forma de
chá ou água de rosas. Para a saúde da pele (a rosa fecha os poros, clareia,
tonifica e refresca a pele).
O oleo medicado com rosa, feito em banho-maria, é um ótimo relaxante
do corpo e da mente.
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Contra indicações: não foi encontrado na literatura consultada.

Sabugueiro - Sambucus nigra

Partes utilizadas: Raiz, folhas e flores


Cataplasma das folhas: abscessos, hemorróidas
Infusão das folhas: diabete

Infusão das flores: Amamentação: aumenta a secreção láctea, bronquite, gripe,


olhos (lavagens), sudorífero, sarampo, catapora, varíola, escarlatina.
Decocção da casca e flores: Depurativo, diurético, hidropisia, obesidade,
resfriado, rins, prisão de ventre.

Observações: O chá, bebido como água é eficaz nos casos de sarampo. Para
o diabetes é indicado um tratamento de no mínimo três meses, onde se toma
diariamente o chá das folhas. Como depurativo e contra intoxicações do fígado,

ferver 5 gramas de folhas frescas de sabugueiro trituradas em meio litro de água


durante dez minutos, beber meia xícara do liquido filtrado e adoçado com mel,
pela manhã em jejum.

Contra indicações: não foi encontrado na literatura pesquisada.

FIGO - Fícus carica

Partes utilizadas: frutos


Fruto: leve laxativo e para afecções do trato respiratório.
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Observações: É um laxativo natural, combate a prisão de ventre e substitui


muito bem os purgativos destinados as crianças.
Tem efeitos benéficos em casos de bronquite, gripe, resfriado e tosse,
para esses casos, cortar em pedaços 20gr de figos secos, fervendo em 250gr
de leite por uns quinze minutos. Depois de adoçar com uma colherada de mel,
filtrar o leite e bebe-lo bem quente.
Contra afecções na boca e garganta, ferver em uma xícara de leite dois
figos frescos, cortados em pedaços e uma colherinha de mel por quinze minutos.
Depois de filtrado e morno, usar o leite para gargarejos e bochechos.

Contra indicações: crianças com estômagos sensíveis e pré-disposições a


diarreias.

LIMÃO - Citrus limonum

Partes utilizadas: Frutos e folhas


Infusão folhas para inalação: sinusite, calmante, resfriados.
.suco: regula o PH do sangue, digestiva, gripes e resfriados.

Observações: Fruta medicinal por excelência. Atende as necessidades de


vitamina C, doenças da vesícula biliar, da boca, da garganta, do estômago, da
vista, dos nervos, dos brônquios, do pulmão. Combate ainda a inapetência e o
mau hálito. Os usos mais frequentes são como chá da fruta. Uma limonada pela
manhã, diariamente, previne muitas doenças. O suco misturado com água
morna pode ser ingerido nos dias mais frios para desintoxicação e evitar
problemas com a temperatura. O suco misturado a água quente usa-se para
gargarejos benéficos para afecções na boca e garganta.
Contra o acido úrico , beber em jejum pela manhã o suco de meio limão
diluído em meio cálice de água pelo menos por cinco dias. Interromper o
tratamento por sete dias e depois repeti-lo por mais cinco dias e assim por diante.
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Esse mesmo tratamento serve também para os casos de arteriosclerose e


hipertensão.
Com o suco de um limão, se confecciona um amálgama simples contra
os resfriados, basta misturar o suco com uma clara de ovo e bater com um garfo
por dez minutos e tomar uma colher da mistura de meia em meia hora.

Contra indicação: Em algumas pessoas sensíveis pode causar azia, é uma


planta fotossensível cuidado com respingos do suco e sol na pele, pode gerar
manchas.

MAÇÃ - Pyrus malus

Partes utilizadas: frutos


Infusão: estomatite, inflamações na boca e garganta ( gargarejos), má digestão,
diarréia, prisão de ventre.
Fruto: regula o PH do estomago, digestiva, melhora a flora intestinal benigna

Observações: Digestiva e exerce um controle sobre a flora intestinal.


Recomendada contra febres e inflamações, e dietas curtas nos casos de
diarreias.
Contra febres, má digestão e prisão de ventre, pode-se confeccionar a
AGUA DE MAÇÃS: Misturar uma maçã grande, descascada, mondada (livre de
partes inúteis, sementes, cabo e muito bem lavada) e cortada em fatias bem
finas, com 10gr de folhas de erva cidreira (melissa, a de folhas não a de capim),
suco de meio limão e um pedaço de canela. Acrescentar duas colheres de mel
e meio litro de água fervente, deixando repousar por dez minutos. Passar o
preparado por uma peneira, bebendo o liquido no final das refeições ( crianças
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com mais de 12 anos). No caso de febres e inflamações intestinais, consumir a


água no decorrer do dia ( crianças com mais de 12 anos).

Contra indicações: Não foi encontrado na literatura consultada.


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AROMATERAPIA

A HISTÓRIA DA AROMATERAPIA:

Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas.


Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais
aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência no
período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e
que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram
provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas e
rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas
aromáticas tinha, entre outros, efeitos enteógenos, estimulantes e calmantes.
Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e
passado a centenas de gerações desde a antiguidade até os dias de hoje.

Os seres humanos têm uma ligação muito forte com as plantas. As plantas
aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram
utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três
práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).

As grandes civilizações desaparecidas do Oriente Médio e do Mediterrâneo


glorificavam os aromas, que faziam parte de suas vidas. Sendo assim, conhecer um
pouco da história dos aromas é uma introdução adequada para o aromaterapeuta.
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Sagrado Egito

Há 4.500 anos atrás, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as


culturas mais antigas do Mediterrâneo e da África. Através dela, acontecia o comércio
e troca de diferentes mercadorias como por exemplo: ouro, olíbano, temperos e
especiarias em geral; consequentemente, trocavam conhecimentos de suas
diferentes culturas. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta
época: "O Egito".

A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos em direção


ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e
sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas
substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para
uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais. Eram queimados como incenso.
Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, há um
símbolo que aparece com frequência, que parece uma fumaça que sai dele mesmo.
Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde tempos antigos.

Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras


distantes incenso (olíbano), sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram
exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os
faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de
madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses
materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.

Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado,


e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas
aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes
com óleos aromáticos. Queimava-se muito incenso nas cerimônias do templo, durante
a coroação dos faraós e rituais religiosos. Queimava-se também em enterros para
extrair do corpo mumificado os espíritos negativos.
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Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava
durante as cerimônias religiosas, para aliviar a ansiedade, dormir e iluminar os
sonhos.

Os egípcios já conheciam o poder das substâncias aromáticas e suas


influências sobre a saúde do corpo, mente e espírito. Eles faziam maceração de
plantas, obtendo óleos para massagens e para os cuidados com a saúde.
Afirma-se que Cleópatra se banhava várias vezes por dia com essências de
rosas e botões de laranjeira.

Foram os egípcios que compilaram a primeira farmacopeia que se


conhece, e apesar de sua medicina ser impregnada de religiosidade e magia,
eles possuíam um pensamento empírico, ou seja, usavam os óleos essenciais a
partir de experiências e do acúmulo de resultados práticos.
Em 1817, um papiro de cerca de 250 metros de comprimento foi
descoberto e datado de 1.500 anos A.c., esse documento chamado de Papiro
de Ebers descreve as formulações especiais utilizadas pelos alquimistas e
sumos sacerdotes do Egito para misturar substâncias aromáticas, onde muitos
deles eram esmagados e misturados com azeite de oliva.
Em 1992 o túmulo de Tutancâmon (governou de 1358 a 1340 A.c.) foi
descoberto praticamente intacto, contendo 350 litros de óleos em jarras de
alabastro. Os recipientes estavam selados com cera vegetal e o conteúdo
liquefeito, achava-se em ótimo estado.
Além disso, utilizando essas substâncias aromáticas e óleos essenciais
os egípcios levaram à perfeição a arte do embalsamento, evitando a degradação
do corpo humano após a morte, acreditando que esses corpos durariam intactos
durante pelo menos 3 mil anos.

Os Sumérios e os Babilônios

É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram


uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muito da literatura dos seus
antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos
usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa
56

Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma
nos altares da Deusa assírio-babilônica Ishtar.

Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, porém, também eram
usadas plantas como madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, que
eram oferecidas às divindades em ritualísticas específicas. O incenso de mirra, que
não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizado posteriormente pelos

babilônios. Há relatos em que Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma


tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos,
como por exemplo, o caso de Baru, que foi um sacerdote babilônico esperto na arte
da adivinhação. Ele acendia incenso de madeira de cedro e acreditava que a direção
que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o
êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso.

O Oriente

As culturas mais antigas valorizavam os benefícios terapêuticos dos óleos


de plantas aromáticas. A antiga literatura védica da Índia e os textos históricos
da medicina chinesa documentam a importância dos óleos aromáticos para a
saúde e para a espiritualidade.
A Índia é provavelmente o lugar do mundo onde a pesquisa e o uso das
plantas aromáticas sempre estiveram e permanecem presentes. Com mais de 6
mil anos de prática contínua, a medicina Ayurvédica é a mais antiga forma de
prática médica. Os Vedas, o conhecimento sagrado da Índia antiga, mencionam
mais de 700 ervas com suas propriedades e uso em terapias. Algumas como o
coentro, a canela, o gengibre, a mirra, o sândalo, o cálamo e outros, muito
utilizadas na Aromaterapia.
Um exemplo descrito no principal livro médico da Ayurveda CHARAKA
SAMHITA, descreve a fumigação (defumação) de cálamo aromático na região
genital das mulheres após o parto, pois, devido a volatização dos óleos
essenciais e princípios ativos dessa planta, diminui as hemorragias uterinas, tem
ação anti-séptica e cicatrizante, assim auxiliando a um pós-parto mais saudável.
57

Além disso, nesse mesmo momento, fumigavam o recém-nascido com essa


mesma planta, para trazer proteção e afastar os maus espíritos.
Também se fazia o uso das plantas aromáticas em ritualísticas espirituais e
oferendas às Divindades, nos templos, cerimoniais, festejos e ritos de
passagem, como morte e nascimento.

Na arte da cura, se usavam óleos essenciais em práticas de massagens e


diversos procedimentos terapêuticos externos.
O rei budista Ashoka (séc. III a.c), cultivava um enorme jardim de plantas
medicinais e aromáticas, onde produziam inúmeros remédios inclusive utilizados
até hoje na medicina Ayurvédica.
Registros procedentes do Oriente mostram que destilarias primitivas já eram
empregadas há 5.000 anos, embora provavelmente produzissem loções em vez
de óleos essenciais.
Porém, foram os Árabes que permitiram grande evolução da química e da
técnica da destilação. Eles produziram numerosos perfumes, especialmente a
Damas. Mesmo que o interesse terapêutico de óleos essenciais era pouco
conhecido na época, pode-se atribuir a eles o título de “fundadores da
aromaterapia”.
No ano 1.000 D.c., o médico Avicenna introduziu o sistema de arrefecimento
no processo de destilação, fazendo da extração dos óleos essenciais um
processo mais refinado e eficiente.
Nenhuma outra nação esteve tão bem treinada em alquimia, medicina e
terapias naturais do que os árabes. Os doutores árabes e alquimistas inventaram
a "serpentina" com o objetivo de refrigerar os produtos destilados.
Avicenna descreveu mais de 800 plantas e seus efeitos sobre o corpo, muitas
delas utilizadas por meio de óleos aromáticos extraídos por destiladores e
sinergicamente misturados com óleos vegetais medicados com fitoterápicos.
Atribui-se a esse grande doutor a invenção do alambique, aperfeiçoado de um
instrumento paquistanês de em média 4.000 anos A.c, sendo que os seus óleos
essenciais ficaram famosos por toda a Europa.
Por ocasião da grande peste dos séc. XIII e XIV, alguns mercadores de
especiarias do oriente tornaram-se saqueadores de túmulos. Protegiam-se do
58

contágio de doenças esfregando ao corpo óleo essencial de pinho, olíbano,


bálsamo, cravo, canela, alecrim e alho, essa combinação ficou conhecida até
hoje como “óleos de ladrão” e usadas para proteger de doenças durante
viagens, sendo essa mistura um poderoso desinfetante, inseticida e repelente
de insetos, bactericida, antiviral e imune estimulante.

Os gregos e romanos

Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e


deusas. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos para perfumar-se que
no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essências aromáticas pelas
pessoas com temor de não ter suficiente incenso para queimar nos altares das
divindades.

Hipócrates, considerado “o pai da medicina”, utilizava fumigações aromáticas


para erradicar a praga de Atenas, e os soldados romanos se fortaleciam em banhos
aromáticos e massagens. No entanto, as tradições aromáticas mais interessantes
pertencem aos antigos egípcios. Médicos do mundo todo iam ao Egito aprender a cura
pelos aromas com os mestres de então.

Os gregos antigos descobriram que os aromas de certas flores tinham efeitos


refrescantes e estimulantes e outras eram calmantes e relaxantes. Os soldados
gregos iam as guerras com uma provisão de unguento de mirra, para curar suas
feridas, sendo que esse conhecimento passou aos romanos e para os celtas.

Relatos Bíblicos:
59

Os textos Bíblicos estão repletos de alusões as especiarias, óleos e ervas de


cheiro forte, como se vê nos poemas de amor dos Cânticos de Salomão, no
Kebranagast, no Velho e no Novo Testamento.

“ (1:12) Enquanto o rei estava no seu divã, meu nardo


exalou o seu perfume. (...)

(4:13,14,15-16) teus rebentos são um jardim de romãs com


frutos excelentes, de alfena com nardo

nardo e açafrão, canela e cinamomo, com todas as árvores


de incenso, mirra e aloés, com todos os melhores bálsamos.

A fonte dos jardins é como um manancial de água corrente


que flui do Líbano com ímpeto.

Desperta, vento do norte e vem, vento do sul: soprai no meu


jardim, para que se difundam os seus aromas). (Cânticos de
Salomão)

Obviamente, todos esses aromas eram muito conhecidos, bem como o seu uso
em unguentos e afrodisíacos. O novo testamento traz uma história bem conhecida por
todos em Mateus 2:1-2,11:

“ E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo


do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a
Jerusalém. Dizendo:

“- onde está aquele que é nascido rei dos judeus?


Porque vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo (...)

E entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua


mãe, e prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros,
lhe ofertaram dádivas: Ouro, incenso e mirra. ”

Percebe-se nesse relato que tais presentes foram muito adequados a um


menino nascido num estábulo e que logo iria enfrentar uma longa jornada pelo
deserto, afim de escapar de Herodes. O incenso fortalece o sistema imunológico, a
mirra é boa para curar as feridas e o ouro é um ótimo auxílio financeiro para a viagem,
além de toda a simbologia e sutileza destes presentes. O ouro traz a energia da
inteligência do poder crístico, o incenso, também conhecido como olíbano, traz a
conexão com o divino, representa o sol, e a mirra ameniza os medos desconhecidos
e trabalha o desapego, representa a lua.
60

Discorrendo um pouco mais sobre a história de Jesus, com seus presentes


aromáticos sagrados durante a vida, é importante relatar um fato muito essencial no
percurso de seu caminho, que se dá por um dos seus primeiros encontros com Maria
Madalena, passagens estas que estão citadas no Novo Testamento, nos

evangelhos de Lucas, João e Marcos. Que se referem ao momento em que Maria


Madalena lavou e untou os pés de Cristo com o óleo puro de nardo.

“ E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo


que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de
alabastro com unguento; (Lucas 7:37-38)

E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a


regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da
sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento.
”(João 12:3-5)

“ Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo


puro, e muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés
com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. ”

“ E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa


de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de
alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e
quebrando o vaso, lhe derramou sobre a cabeça. ”( Marcos, 14:3-
5)

Outra referência dos livros sagrados do antigo testamento foi o Zohar, que traz
a seguinte visão: “o ato de oferecer incenso seria a parte mais preciosa do serviço do
templo para os olhos do grande Deus”. Ter a honra de conduzir este serviço, é
permitido somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de
oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para
sempre, neste mundo e no seguinte.

O velho testamento fala de um unguento especial que os judeus aplicavam à


arca e ao tabernáculo. “O senhor falou a Moisés” dando-lhe instruções
pormenorizadas sobre o uso sagrado do incenso e o preparo do óleo santo:

“E farás um altar para queimar incenso: de madeira de cetim


o farás.
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E Aarão sobre ele queimará o incenso das especiarias, a


cada manhã (...)

E acendendo Aarão as lâmpadas à tarde o queimará: este


será incenso contínuo perante o senhor pelas vossas gerações.

Não oferecereis sobre ele incenso estranho (...)

E falou mais o senhor a Moisés, dizendo:

Tu, pois, toma para ti das principais especiarias, da mais


pura, mirra quinhentos siclos, e de canela aromática a metade, a
saber, duzentos e cinquenta siclos, e de cálamo aromático duzentos
e cinquenta siclos, e de cassia quinhentos siclos, segundo o siclo
do santuário e de azeite de oliveiras um him.

E disso farás o azeite da santa unção, o perfume composto


segundo a obra do perfumista: esse será o azeite da santa unção.

E com ele ungirá a tenda da congregação e a arca do


testemunho (êxodo 30:1, 7-9, 22-26, 32-33).”

Em medidas modernas, um siclo equivale a mais ou menos 15g e um him a


mais ou menos 6,5 litros. Portanto, o unguento santo seria preparado segundo essa
combinação: 8kg de mirra pura, 4kg de cinamomo doce, 4kg de cálamo aromático,
8kg de cassia e 5,6litros de azeite de oliva.

A ciência da aromaterapia no ocidente:

A primeira descrição autêntica a respeito de óleos essenciais foi feita


detalhadamente por Arnold Villanova de Bachuone no século XIII onde
relacionava terebintina e alecrim com a sálvia.

Há registros da utilização de óleos essenciais durante a praga do século XIV.


No entanto, foi durante os séculos, XVI e XVII que a aromaterapia se difundiu como
uso médico. Nessa mesma época a indústria de perfumes da Provença, França
começou a produzir óleo essencial de lavanda e difundir esse aroma pelos reinos da
Europa.
62

Com a invenção da imprensa, ainda nesse mesmo século, receitas de óleos


foram publicadas em livros populares chamados herbários. Métodos de preparações
de óleos por maceração, águas aromáticas, decocções e infusões tornaram-se de
conhecimento geral.

No fim do século XIX, experimentos científicos realizados sobre as


propriedades antibacterianas das plantas começaram a esclarecer a composição
química e a potencial força curativa dos óleos essenciais.
Infelizmente, em vez de levar a um aumento do uso dos óleos essenciais,
esforços foram feitos no sentido de imitar as suas propriedades e, de modo
crescente, os equivalentes químicos sintéticos vêm sendo empregado no lugar
dos óleos essenciais das plantas.
A reintrodução do uso dos óleos essenciais começou então no ano de
1928, com o trabalho de um químico francês, Maurice René Gattefossé, que
sentiu-se atraído pelo potencial terapêutico dos óleos essenciais. Ele descobriu
que o óleo essencial da lavanda (alfazema), curava rapidamente uma
queimadura em sua mão e que muitos óleos essenciais eram melhores
antissépticos que seus correspondentes sintéticos. Foi o Gatefossé quem
cunhou o termo “aromathérapie”.
Já em 1938, em Los Angeles, o médico M. Godissart inicia suas atividades
na área da aromaterapia clínica, realizando tratamentos de úlceras faciais,
câncer de pele, gangrena e outras formas de inflamação cutânea que incluem o
uso de óleos essenciais.
Atualmente, podemos considerar a austríaca Marguerite Maury, a mãe da
aromaterapia, que foi enfermeira e assistente cirúrgica, reconhecida como
pioneira da aromaterapia moderna. Trabalhou na área estética nos anos de
1950, e ensinou às esteticistas como usar os óleos essenciais em massagens,
para oferecer tratamentos de rejuvenescimento personalizados, assim como de
saúde e bem-estar aos clientes. Foi ela quem fundou a primeira clínica
aromaterápica em Londres e expandiu suas práticas pela França e Suiça.
63

Nos últimos anos, a aromaterapia evoluiu além da terapia da beleza.


Agora é reconhecida como uma parte importante dos tratamentos
complementares.
Dr. Jean Valnet, um cirurgião do exército francês, incrementou as
pesquisas utilizando óleos essenciais no tratamento de soldados feridos em

batalha. Mais tarde, ele usou óleos essenciais com grande sucesso em
pacientes de um hospital psiquiátrico. Em 1964, Valnet publicou o seu livro
Aromathérapie, considerado por muitos como a bíblia da aromaterapia.

Na década de 80, Gary Young, naturopata californiano, entusiasmou-se pelo


emprego de óleos essenciais de alta qualidade em processos terapêuticos, estudou
na Suíça, França, Inglaterra e Israel, foi um grande empreendedor que desenvolveu
a sua própria linha de óleos essenciais, sendo que o seu poder de marketing divulgou
a aromaterapia por todo os Estados Unidos e assim para o mundo.

A AROMATERAPIA:
A aromaterapia é uma ciência que utiliza princípios naturais, extraídas de
plantas aromáticas a fim de proporcionar o bem-estar e a saúde do indivíduo e
do ambiente em que vive. Os óleos essenciais são usados na aromaterapia de
maneira integrativa, exercendo um poderoso efeito positivo sobre a mente, o
corpo e o espírito.
A aromaterapia é um método que vem crescendo a cada ano e que pode
contribuir consideravelmente para o equilíbrio integral do ser, que vem de
encontro com o que a OMS preconiza como saúde.

A palavra “aroma” se remete à cheiro e “terapia” à cura. A Aromaterapia


é um termo que foi criado pelo químico francês René Maurice Gattefossé, nos
anos vinte, para descrever a prática do uso de óleos de essências em
tratamentos à saúde. A aromaterapia, consiste em restabelecer e melhorar a
saúde mental, emocional, física ou espiritual. É um recurso que traz benefícios
oferecendo a possibilidade de promover relaxamento e equilíbrio, reduzir o
64

stress, auxiliar no tratamento da depressão, estimular a performance mental,


elevar o humor, estabilizar comportamentos, auxiliar na cicatrização, nas
queimaduras, clarear manchas, hidratar, enfim, nas mais variadas doenças, des

equilíbrios estéticos e problemas que os seres humanos possam


apresentar.
É uma técnica que promove cura, com atestado científico de alta
comprovação de eficiência.
Os óleos essenciais são os principais componentes odoríferos
encontrados nas plantas, como evaporam quando expostos ao ar em
temperaturas normais, são também chamados de óleos voláteis. Provenientes
de folhas, flores, talos de plantas, raízes, sementes, pétalas, caules, cascas,
constituído por centenas de substâncias químicas como álcoois, aldeídos,
ésteres, fenóis e hidrocarbonetos.
Milhares de plantas possuem óleos essenciais. São plantas de cheio forte
e característico, como alho, cebola, orégano, manjericão, eucalipto, citronela e
outras milhares de plantas.
O óleo essencial é um princípio ativo natural, que se forma na planta por
diversas razões, principalmente por razões metabólicas ligadas a reprodução e
proteção do vegetal. As flores difundem os óleos essenciais no ambiente para
atrair insetos polinizadores.
Óleos essenciais produzidos em folhas filtram raios solares e protegem
do frio uma vez que o óleo não congela. O gengibre, por exemplo, produz óleo
na raiz (rizoma), uma forma de se auto conservar embaixo da terra. Os frutos
cítricos também produzem óleos essenciais nas cascas para se proteger e evitar
a decomposição precoce.
Os óleos essenciais possuem características físicas similares ao álcool e
ao éter, são voláteis e não deslizam diretamente quando aplicados sobre a pele.
Os óleos essenciais ocupam pequenos percentuais das plantas de
origem, em média 1% da planta é óleo essencial, mas essa quantidade pode
variar muito. Se uma planta possui 1% de óleo essencial, isso significa que
necessitamos de 100 kg de planta para extrairmos em média 1 kg de óleo.
65

Como atuam os Óleos Essenciais

A administração dos óleos essenciais por inalação, além de bastante segura, é


talvez o canal mais eficiente para atingir o sistema nervoso central. Portanto, tem
maior rapidez para provocar efeito relaxante ou estimulante que outros métodos.

Por exemplo, em um processo infeccioso, utilizamos a inalação de óleo de limão


e tea tree, o cérebro receberá a informação para ativar a resposta imune do corpo
ativando as células de defesa (principalmente os glóbulos brancos), as quais se
encaminharão para o local da infecção combatendo a mesma e restaurando a
saúde do corpo.

Esse sentido é o único que possui ligação direta com o cérebro, atingindo assim
regiões responsáveis pelas sensações de prazer, sofrimento, emoções, controle de
comportamento, funções vegetativas, entre outras, conhecido como Sistema
Límbico.

Sendo assim, a absorção dos aromas acontece através do Sistema Límbico,


que dispara neuroquímicos específicos que podem ter ação sedativa, relaxante,
estimulante ou mesmo eufórica.

Limbus do latim: significa fronteira e situa-se no centro do cérebro, região onde


localiza-se o centro das emoções, tais como: medo, raiva, dor, prazer, alegria, afeto
e outros; atua também como centro despertador e controlador do desejo sexual e
da fome.

Sendo assim, Primeiramente, o óleo essencial evapora e as partículas


odoríferas entram pelo nariz com o ar que respiramos, chegam à mucosa da
cavidade nasal interna, onde existem minúsculos terminais nervosos olfativos que
transmitem informações à parte mais primitiva do nosso cérebro, o sistema límbico.
66

Esta é uma área complexa, relacionada com a percepção do odor, sensações


de prazer, dor e emoções diversificadas. Com a estimulação do sistema límbico
desencadeia a ativação de mecanismos viscerais e comportamentais, atingindo

diretamente nossas funções autônomas como respiração, digestão, circulação,


comportamento e funcionamento das glândulas hormonais.

Algumas áreas do sistema límbico são especificamente relacionadas à emoção


e à memória, isto explica porque o olfato pode reter lembranças e emoções vividas.
A memória olfativa persiste muito mais tempo que a memória visual.

O sistema olfativo é o único dos cinco sistemas sensoriais que vai diretamente
do órgão sensorial (o nariz) até a parte do cérebro, onde a sensação é processada.
As sensações profundas da visão, audição, tato e paladar precisam antes percorrer
o tálamo (a base do cérebro), antes de serem registradas nas diferentes partes do
cérebro. Isso explica o forte impacto emocional que o olfato tem sobre nós.

Uma membrana mucosa cobre a extensão óssea de cada lado do nariz,


havendo ainda uma membrana olfativa em cada uma delas, são cerca de vinte os
primeiros nervos cranianos ou olfativos, que se estendem abaixo da superfície do
bulbo olfativo na direção do mesencéfalo. Esses nervos passam entre as glândulas
pituitária e pineal, levando impulsos diretamente à amigdala, o centro da memória
que armazena e libera traumas emocionais. Só o odor afeta significativamente essa
glândula, motivo pelo qual certos aromas conseguem ter tantos efeitos emocionais
e mentais sobre o ser humano.

Já a administração dos óleos essenciais por via dérmica ocorre quando os óleos
essenciais penetram na pele pelos ductos das glândulas sudoríferas e ao redor das
células mortas da camada externa da epiderme. Posteriormente, serão
gradualmente liberados para a derme, consequentemente para a corrente sanguí-
nea e atingindo todo o corpo. Aqui vale ressaltar a importância de sempre utilizar
um carreador como os óleos vegetais que tem composição compatível com a derme
facilitando a absorção dos mesmos.
67

Nesse sentido os óleos essenciais agem de maneira única em cada um de


nós, devido às nossas diversidades, particularidades e biotipos, assim como
diferentes respostas fisiológicas e emocionais.

A moléculas aromáticas, por serem extremamente pequenas e voláteis, podem


atuar diretamente no sistema límbico e provocarem inúmeras reações, as quais tanto
podem ser agradáveis como também muito desagradáveis, isto vai depender das
memórias acessadas em nosso ser.

Considerando que, não há a possiblidade de apagarmos as nossas memórias,


sendo uma vez registradas, elas passarão a fazer parte de nossas vidas, pois estão
registradas no nosso cérebro, neste caso, o que podemos trabalhar com o uso dos
óleos essenciais são as emoções atreladas a estas memórias. Existem muitos óleos
essenciais apropriados para limpar velhas emoções que podem estar interferindo no
desenvolvimento atual do indivíduo.

Nessa dimensão surge também um termo chamado de Aromacologia:


criado para descrever o conceito desenvolvido para o estudo das inter-relações entre
psicologia e tecnologia de fragrâncias. A marca AROMA-CHOLOGY® foi registrada
em 1989, pelo Sense of Smell Institute, formalmente conhecido como Fundação para
Pesquisa do Olfato. A Aromacologia trabalha ativando determinadas áreas do sistema
límbico e do hipotálamo, que controlam a maioria das funções vegetativas e
endócrinas do corpo.

A Aromacologia foca alcançar os efeitos positivos causados pelos aromas em


todo organismo, nas emoções e no humor, para trazer bem-estar e melhorar a
qualidade de vida humana.

Em paralelo, o tratamento terapêutico realizado através do emprego dos óleos


essenciais deve sempre ser conduzido e orientado por um médico ou terapeuta
especialista, que avalia e acompanha o quadro de cada paciente, analisando-o dentro
68

de uma abrangente visão, levando em consideração os aspectos físicos, mentais e


emocionais de cada indivíduo.

A indústria da perfumaria e cosmética vem trabalhando cada vez mais com o


conceito da Aromacologia, com o objetivo de desenvolver estudos e pesquisas para
acompanhar os efeitos das fragrâncias sobre o comportamento humano.
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PROPRIEDADES GERAIS E O GRUPO DAS MOLÉCULAS AROMÁTICAS

TERPENOS:
Composto apenas por átomos de hidrogênio e carbono. Todos os
terpenos são baseados em uma unidade de isoprene, construindo o bloco
essencial de bioquímica da planta. Observação: os terpenos não são solúveis
em água.

MONOTERPENOS:
Composto por 10 átomos de carbono, são chamados monoterpenos,
porque é uma unidade de isoprene construindo o bloco essencial. Exemplo:
camphene, carene, cymene, dipentene, myrcene, phellandrene, pinene,
sabinense, terpineno.

• Solventes de gordura (colesterol) e coágulos nas artérias:


limoneto, pineno e sabineno.
• Expectorantes: canfeno, cinemo, pineno e terpineno.
• Anti-infecciosos: terpineno, pineno e sabineno.
• Analgésicos: mirceno, pineno, sabineno e careno.
• Antiviral e estimulante imunológico: limoneno.
• Descongestionante hepático: limoneno.

Óleos essenciais estudados com monoterpenos: capim limão, cipreste,


laranja, limão, olíbano e pinheiro silvestre.

SESQUITERPENOS:
São compostos de 3 unidades de isopreme e portanto tem 15 átomos de
carbono. Os sesquiterpenos são menos comuns nos óleos essenciais. Exemplo:
bisabolene, cadinene, caryophyllene, cedrene, chamazulene, copoene,
famesense, germacreme D, humulene, selene, terpincole.
70

• Anti-inflamatórios: todos os sesquiterpenos possuem propriedades anti-


inflamatórias.

Anti-infecciosos: cariofileno, humuleno, farneseno (bacteriostático) e


terpinoleno.
• Descongestionante hepático: camazuleno.

• Óleos essenciais estudados com sesquiterpenos: camolila alemã,


ylang-ylang.

ÁLCOOIS:
Este é o mais variado grupo de terpenicos, são baseados nos
monoterpenos e, portanto, contém 10 átomos de carbono. Raramente os álcoois
de uma planta se baseiam em sesquiterpenos. Exemplos: borneol, mentol,
neomentol , bisabolol, terpineol, terpinen e esclareol.

• Expectorante: borneol, mentol e neomentol.


• Anti-inflamatorios: bisabolol, terpineol e terpinen-4-ol.
• Estrogênico: esclareol.

Óleos essenciais estudados com álcoois: camomila-alemã, canela, cipreste,


cravo da índia, gerânio, hortelã pimenta, lavanda, patchouli, rosa, sálvia
esclareia, tea-tree, vetiver e ylang-ylang.

ALDEÍDOS:
Estes podem ser considerados álcoois primários parcialmente oxidados.
São encontrados facilmente entre os óleos essenciais e frequentemente podem
ocasionar queimaduras ou reações alérgicas. Exemplos: benzaldeído,
cinamaldeído, citral, aldeído cinâmico, cuinaldeído.

• Anti-infecciosos: aldeídos benzoico, cinamaldeído.


71

• Vaso dilatador e antifúngico: aldeídos benzoico, cinamaldeído e


citral.

• Imuno estimulante, anticancerígenos e antioxidantes: aldeído


cinâmico, aldeído benzoico e cuminaldeído.

Óleos essenciais estudados com Aldeídos: capim limão, canela, eucalipto e


melissa.

CETONAS:
Estes componentes são estruturalmente similares aos aldeídos,
produzidos pela oxidação de álcoois secundários e são bastante estáveis, não
sendo, portanto, facilmente oxidáveis. Cetonas são resistentes ao metabolismo
do corpo e ás vezes são excretadas intactas pela urina. Exemplos: cânfora,
piperitona, pulegona, verbenona, tagetona, tuiona e carvona.

• Expectorantes e estimulantes da circulação: cânfora,


piperitona, pulegona e verbenona.
• Antivirais: tagetona e tuiona.
• Descongestionante hepático: verbenona e carvona.
• Estimulante do sistema nervoso: tuiona e cânfora.

Óleos essenciais estudados com cetonas: alecrim, cânfora, menta piperita,


verbena, poejo e tuia.

ÉSTERES:
Estes componentes frequentemente possuem um intenso aroma de
frutas. Eles são produzidos do álcool terpênico correspondente de um ácido
orgânico, e são encontrados em alta intensidade em frutas maduras e flores.
É bem provável que de todos os grupos presentes nos óleos essenciais
os ésteres sejam os que se encontram em maior quantidade.
Exemplos: angelato butílico, salicilado metílico
72

• Anti-inflamatório, relaxante, antiespasmódico e analgésico:


angelato butílico.
• Analgésico e leve anti-inflamatório: salicilato metílico.

Óleos essenciais estudados com ésteres: anis estrelado, erva doce, funcho,
camomila romana, hortelã pimenta, lavanda, sálvia esclareia, gerânio e neróli.

FENÓIS:
Muitos fenóis devido a sua forte reatividade, possuem uma das mais fortes
ações antimicrobiana existentes, possuindo em alguns casos ação
anticarcinogênica. Exemplos: eugenol, cresol, timol, carvacrol.

• Antifúngicos: eugenol, cresol, timol e carvacrol.


• Antitumorais e anticancerígenos: timol, carvacrol e cresol.
• Anti-infecciosos e anti-inflamatórios: cresol, carvacrol, eugenol
e timol.

Óleos essenciais estudados com fenóis: tomilho, manjericão, funcho e cravo.

ÓXIDOS:
O mais importante óxido encontrado nos óleos essenciais é o cineol,
que existe em duas formas. A mais abundante é o 1,8-cineol, também conhecido
como eucaliptol ou cajeputol encontrado no eucalipto. Os óxidos podem possuir
nível de toxidade bem baixo e possuem usos bem diferenciados uns dos outros.
Exemplos: óxido de bisabolol, cineol e eucaliptol.

• Estimulante de secreção das glândulas exorimas, expectorante geral


e mucolitico: Bisabolol, bisabolene, caryophylene, sclareol (eucaliptol
e cajeputol).
73

Óleos essenciais estudados com óxidos: tea-tree, alecrim, eucalipto globulus


e camomila.

TOXICOLOGIA

Os óleos puros frequentemente apresentam toxicidade elevada, tanto


que, dentro das recomendações de uso, encontram-se as pequenas dosagens.
Os efeitos tóxicos dos óleos voláteis podem ser decorrentes de intoxicações
aguda e crônica. Por isso, é importante ficar atento para a sensibilidade dos
indivíduos aos inúmeros componentes químicos de um óleo volátil e a ingestão
conjunta de certos medicamentos, já que esses fatores podem desencadear
reações adversas e/ou tóxicas.
A toxicidade dos óleos é, normalmente, dose-dependente. Assim quanto
maior a dose maior o efeito tóxico. No entanto, muitas reações, como as alergias
de contato e foto toxicidade, podem ocorrer mesmo em doses baixas. A via de
administração também é um fator importante para ser observado nos casos de
intoxicação. A via oral é aquela que mais oferece risco, principalmente se o óleo
ingerido não for diluído. Os óleos voláteis que apresentam alto teor de
compostos insaturados são, geralmente, os mais tóxicos.
Quanto à toxicidade crônica, ainda não existem muitos estudos,
principalmente sobre as propriedades mutagênicas, teratogênicas e/ou
carcinogênicas, sendo, por isso, necessário avaliar melhor essas propriedades.
Os óleos de canela (alto teor de cinamaldeído), de funcho e de alho
podem ocasionar uma sensibilização, tipo de reação alérgica que ocorre na
primeira exposição à substância, causando um efeito leve até mesmo não
detectável na pele.
Porém, uma reexposição ao mesmo material ou algo similar, pode
ocasionar uma reação inflamatória grave. Muitos óleos voláteis possuem
substâncias químicas que são agentes fotossensibilizadores, no entanto, as
reações a esses compostos variam de pessoa para pessoa. Como exemplos,
74

temos os frutos cítricos que devem essa ação à presença de


defuranocumarinas.
No entanto usados nas dosagens especificadas, raramente se terá algum
problema ou reação com os óleos essenciais. Em caso de qualquer enjoo ou
outra reação deve-se suspender o tratamento.
Externamente, as diluições sugeridas de 0.5 a 6 % para a maioria
dos óleos é segura e raramente alérgica, também deve ser frisado que não se
recomenda utilizar óleo essencial em gestantes e crianças com menos de 4
anos.

Cuidados com os óleos essenciais

Evite passar puro os seguintes óleos, pois podem causar queimaduras ou


ardência: Capim limão, citronela, canela cascas, mostarda, arruda, tomilho,
cominho comum, oréganos, cravo da índia e palmarosa.
Não use internamente óleos essenciais sem a devida orientação de um
aromaterapeuta especializado.
Podem ser tóxicos os seguintes óleos se empregados via oral e mesmo
em massagem ou inalações evite em grávidas: salsa (planta e sementes),
cálamo, cassia folhas, bétula doce, wintergreen, poejos, manjericão exótico e de
cheiro, mostarda, arruda, tuia folhas (cedro maçã) e artemísia.
Os seguintes óleos podem ocasionar manchas na pele se após o seu uso
expor-se ao sol: Grapefruit, bergamota, limão, laranja da terra, lima, cominho
comum e arruda.
Mantenha longe de crianças vidros contendo óleos essenciais.
Em caso de alergias, irritação ou efeitos colaterais suspenda qualquer uso
que esteja sendo feito. Use lavanda a 2% em gel ou água em eritemas.
Internamente não se utilizam os óleos de boldo do Chile, arruda,
sassafrás, absinto, sálvia, poejo, wintergreen, tuia folhas e artemísia, pois podem
ser tóxicos. Externamente não há problemas, desde que diluídos. Muitos óleos
essenciais podem ser ingeridos, mas sob orientação de um
75

profissional qualificado. Não faça jamais este tipo de uso se você não tem este
tipo de conhecimento.
Seguindo estas normas de segurança você se garante de não ter
problemas ou intoxicações com o uso de óleos essenciais, podendo assim
usufruir de tudo o que a natureza tem a nos oferecer de melhor e sem riscos.

Mecanismos de extração dos Óleos Essenciais

Os métodos de extração empregados no passado eram bem simplificados e


os produtos obtidos a partir deste nem sempre eram 100% puros. Hoje com a
tecnologia que temos somos capazes de extrair óleos essenciais tão puros e
concentrados que os aromas dos óleos retirados pelos antigos métodos parecem
“perfumes de segunda”. É o caso da extração por CO2, que permite obter-se um
produto final de extrema pureza e qualidade.

Conforme o método empregado para extração de um óleo essencial, suas


características químicas poderão ser totalmente alteradas bem como seus efeitos
terapêuticos. Exemplos como a sálvia esclareia e o teor de esclareol no óleo extraído
a baixas ou altas temperaturas, ou ainda do óleo de bergamota que perde bergapteno
(princípio que causa manchas na pele) se destilado e não extraído por prensagem a
frio das cascas.

Métodos mais rápidos de extração podem originar um produto mais barato,


mas conforme o óleo, isso poderá alterar drasticamente suas qualidades terapêuticas
para um tratamento. O calor e a pressão usados no ato de extração podem, por
exemplo, interferir na qualidade final do óleo essencial. Pois, no momento da extração,
as sensíveis moléculas de um precioso princípio ativo podem ser quebradas e
oxidadas transformando-se em produtos de menos eficácia, ou às vezes até tóxico.

Destilação a vapor
76

O principal método de extração, que é o processo realizado através de um


destilador, onde as partes frescas ou secas da planta são colocadas, envolve o
aquecimento da planta, seja colocando-a na água, que é então fervida (destilação
direta), ou colocando-a em uma grade e aquecendo-se a água que está embaixo,
de modo em que o vapor passe através dela.

Hidro destilação

Os materiais da planta são completamente imersos na água, como num chá


e então destilados. A temperatura não excede os 100ºC, evitando desta forma a perda
de compostos mais sensíveis à altas temperaturas como na destilação a vapor. Este
é o mais antigo método de destilação e o mais versátil.

Solventes

Outro método de extração usado para se conseguir um óleo essencial de


delicadas plantas é a extração por solvente. Neste processo um agente químico como
o hexano é usado para extrair os compostos aromáticos da planta. Isso oferece um
produto chamado de concreto. O concreto pode ser dissolvido em álcool de cereais
para remover o solvente. Quando o álcool evapora, o absoluto aparece. Porém, é um
método arriscado, pois podem ficar partículas do solvente junto ao óleo essencial.

Prensagem a frio

Também conhecido por “expressão” ou ainda “processo da esponja”, é


utilizado principalmente na Sicília (Itália), para extrair óleos essenciais cítricos.
Corta-se as frutas cítricas ao meio e separa-se as polpas das cascas, deixa-se as
77

cascas imersas na água por várias horas. Posteriormente comprime-se as cascas


com as mãos em cima de esponjas que absorvem o sumo das frutas cítricas diluído
em água. A prensagem feita por máquina dá praticamente o mesmo resultado. O
rendimento máximo é de até 80% do conteúdo total do óleo.

Maceração

As folhas e flores são esmagadas até o ponto inicial da ruptura das glândulas
celulares. Em seguida são colocadas em gordura depurada (purificada e inodora)
ou em óleo vegetal quente. Para adquirir a concentração do óleo coloca-se uma
nova massa vegetal de flores e folhas dentro desse primeiro óleo vegetal que já
está aromatizado, aquecendo-o novamente a 30ºC e deixa-o macerando, deve-se
repetir este processo até alcançar a concentração de óleo essencial desejada. O
ciclo pode levar até um mês para ser concluído.

CO2 hipercrítico

A extração por dióxido de carbono hipercrítico utiliza extrema pressão (200x


atmosferas) e temperatura mínima de 22ºC para extrair os óleos essenciais. As partes
da planta a serem empregadas na extração são postas no tanque onde é injetado o
dióxido de carbono em estado entre líquido e gasoso que age como solvente. Quando
a pressão diminui o dióxido de carbono retorna a seu estado gasoso, não deixando
qualquer resíduo no produto.

Sendo esse método considerado o que permite obter os óleos essenciais de


melhor qualidade possível e de maior potência terapêutica.

Enfloragem
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Utilizado para extração de flores com baixo teor de óleos essenciais, ou tão
delicadas que não podem ser destiladas a vapor, ou ainda flores cujas pétalas
continuam a produzir óleos essenciais mesmo depois do corte. É um processo
lento, rudimentar e de baixo rendimento.

Neste método o que se faz é colocar uma camada de pétalas sobre uma
camada de banha ou gordura depurada que repousa sobre uma placa de vidro,
esta gordura absorve os óleos essenciais. O processo é repetido e as folhas de
vidro são enfileiradas em estrutura de madeira de chassis. As pétalas murchas são
removidas e substituídas por frescas, repete-se este processo até que a gordura
tenha absorvido todo o óleo essencial possível, pode levar até três semanas.

Métodos de aplicação dos Óleos Essenciais

Banho de assento:

Promove o bem-estar e a assepsia, em média dilui-se de 6 a 8 gotas de óleo


essencial em 5ml de óleo vegetal + 2ml de álcool 90, ou em um copo de leite integral
morno, formando uma emulsão que será dissolvida na bacia com água quente.

Banho de imersão:

Pode ser relaxante ou sedativo, estimulante, tônico, afrodisíaco, revigorante,


refrescante, conduz ao bem-estar e faz a assepsia. Em média dilui-se 10 gotas de
óleo essencial em 10ml de óleo vegetal + 5ml de álcool 90, ou dilui-se esta
79

mistura em um copo de leite integral morno. Esta emulsão deve então, ser diluída
na água quente da banheira. Fica-se em imersão por cerca de 20 minutos.

Compressa fria

Em uma bacia com meio litro de água fria adiciona-se 5 gotas de óleo
essencial, embeber o tecido, tirar o excesso de água e repousá-lo na pele. É mais
utilizada em situações agudas e que apresentam sinais de inflamação. Usa-se para
aliviar inchaço, inflamação, febre, dor de cabeça e queimaduras.

Compressa quente

Em uma bacia com meio litro de água quente adiciona-se 5 gotas de óleo
essencial, embeber o tecido, tirar o excesso de água e repousá-lo na pele. Troca-
se a compressa quando o tecido começar a esfriar, para retardar esse processo é
importante cobrir a compressa com um pano seco de lã. É indicado em situações
crônicas, onde apresentam sinais de deficiência e frio. Usa-se para aliviar dores,
cãibras musculares, cólicas menstruais, estomacais e dores de ouvido

Cremes e loções

São formas cosméticas ideais para cuidar da pele do corpo, do couro cabeludo
e dos cabelos. Utiliza-se em média 5ml de óleo essencial em 100g/ml de base
carreadora.

Difusão

Ideal para tratar problemas emocionais, psíquicos, respiratórios e digestivos,


sendo apropriada para proporcionar bem-estar e equilíbrio. Faz uso de uma peça
de cerâmica, ou de um material refratário adequado, denominado difusor, que
possui recipiente superior para colocação da água e dos óleos essenciais. Em
80

difusores à vela, elétrico ou a frio, aplica-se 10 gotas de óleo essencial, esta


quantidade é adequada para obter três horas de aromatização no ambiente.

Fricção

Utilizada para aquecer os músculos, aliviar cãibras e diminuir dores resultantes


do enrijecimento de articulações. É feita esfregando óleos essenciais no local.
Aplica-se 2 gotas de óleo essencial diluído em 2,5ml de óleo vegetal sobre o local.

Gargarejo

Dilui-se de 2 a 5 gotas de óleo essencial em um copo de água, olhando para o


teto agita-se o líquido na boca com o ar sendo expelido pela laringe, faz-se o
gargarejo três vezes ao dia.

Máscara facial

É a forma cosmética destinada ao cuidado periódico com a pele, deve ser


removida após um determinado tempo de contato, até 15min ou quando começar
a ficar excessivamente seco ou estiver coçando.

A dosagem pode ser de 15 gotas de óleo essencial em 100g de base carreadora


ou agentes minerais secativos e adstringentes como a argila.

Inalação
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É muito empregada para tratamento de problemas nas vias respiratórias.


Existem dois tipos, a seco, para tratar medos, enjoos e limpar a respiração, e a
úmida, para combater gripe, resfriado, garganta irritada, sinusite e outros
problemas respiratórios. Na inalação a seco aplica-se 3 gotas de óleo essencial no
lenço ou difusor pessoal, para aspirar até o desaparecimento do sintoma. Na
inalação úmida dilui-se de 3 a 6 gotas de óleo essencial em dois litros de água
quente, e aspira-se de 5 a 10 minutos, esta prática deve ser repetida três vezes ao
dia.

Manilúvio

Utilizado para relaxamento, contusões, inflamações, suor excessivo,


higienização, ativação do sistema circulatório, regularização do sistema nervoso,
dentre outros. Em uma bacia com dois litros de água à aproximadamente 35ºC
dissolve-se 7 gotas de óleo essencial em 5ml de óleo vegetal + 2 ml de álcool 90,
ou dilui-se em um copo de leite integral morno.

Pedilúvio

Utilizado para relaxamento, contusões, inflamações, suor excessivo,


higienização, ativação do sistema circulatório, regularização do sistema nervoso,
dentre outros. Em uma bacia com três litros de água à aproximadamente 35ºC
dissolve-se 10 gotas de óleo essencial em 5ml de óleo vegetal + 2 ml de álcool 90,
ou em um copo de leite integral morno, acrescenta-se uma colher (de sopa) de sal
grosso.

Pulverização
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Utilizado para aromatizar o ambiente, relaxar, acalmar, higienizar, dentre


outras opções. Mistura-se 100 ml de álcool 50% (ou 50 ml de álcool 96% e 50 ml
de água) com 1 ml de óleo essencial, em um recipiente de spray.

Puros

Empregado principalmente em queimaduras, ferimentos, dores, hematomas,


herpes e picadas de insetos. Aplicar a quantidade adequada de óleo essencial de
acordo com o tamanho do local, lembrando que somente os óleos voláteis de
lavanda e melaleuca (tea tree) podem ser utilizados puros.

A ARTE DA PERFUMARIA

Em meados da Idade Média, a busca pela pedra filosofal, um preparado químico


que se supunha capaz de transformar qualquer metal em ouro, leva os alquimistas
a realizar inúmeras experiências, que por fim resultaram em experiências muito
importantes para a medicina e para a química, com o desenvolvimento de
processos fundamentais para a indústria da perfumaria. A alquimia aplicada
pretendia obter as propriedades das plantas extraindo sua quintessência,
destilando-as infinitas vezes até que suas qualidades passassem para outro
estado.
Por volta de 1200, na França, o rei Felipe Augusto II reconhece a profissão de
perfumista, concedendo então licença para a abertura de locais específicos
destinados à comercialização das essências criadas. Com esse incentivo, surgem
as primeiras escolas para aprendizes e oficiais, de onde saem os mestres da
profissão, que passam também a supervisionar os trabalhos de prensagem,
maceração e combinação de ingredientes para formular as composições olfativas.
Com o movimento da Renascença, muitos avanços se deram na ciência dos
aromas e essências, sendo assim, o espírito científico fez com que a química
83

substituísse a alquimia, melhorando os processos de destilação e a qualidade das


essências destinadas à fabricação de perfumes.

Os perfumes podem ter até 3 níveis de aroma, ou notas, como se designam


tecnicamente, para se suportarem uns aos outros e criar o aroma desejado.
Os óleos essenciais são classificados como notas “alta”, “média” e “base”,
dando a cada perfume a sua individualidade.

Notas altas ou de cabeça: São os primeiros aromas que sentimos, mas não
dura muito porque se evapora rapidamente. As notas altas são uma pequena poção
da mistura final e incluem aromas de frescura e citrinos leves como bergamota,
limão, alecrim, laranja, neróli e menta.

• Exemplos de óleos essenciais: alecrim, capim limão, hortelã pimenta, laranja,


limão, grape fruit, palmarosa, bergamota, néroli, petitgrain, manjericão,
camomila, cedro, lavanda, anis estrelado, mandarina e verbena.

Notas médias ou coração: Estes aromas ligam os aromas de nota base e alta,
determinando a fragrância. As notas médias incluem óleos essenciais de flores
como o jasmim, ylang-ylang e rosa.

• Exemplos de óleos essenciais: funcho, erva doce, camomila romana,


camomila alemã, cravo/flor, gerânio, rosas, sálvia esclareia, tea-tree, ylang-
ylang, eucalipto, cardamomo, jasmim e tuberosa.

Notas base ou fixativas: Este é o aroma que permanece, que dá corpo ao


perfume e transporta os outros aromas. Oriundo de bálsamos, raízes, resinas
84

e madeiras, as bases incluem óleos como sândalo, patchouli e aromas que tendem
a ser pesados, escuros e doces.

• Exemplos de óleos essenciais: canela, cipreste, cravo/folha, olíbano,


patchouli, pinheiro, tomilho, vetiver, cedro, artemísia, benjoim, gengibre e
copaíba, sândalo, baunilha, bálsamo-de-tolu, bálsamo-do-peru e musgo de
carvalho.

Quando se faz uma sinergia para a perfumaria devemos ter em mente que os
óleos de nota baixa tem maior fixação, são os últimos que evaporam numa mistura.
Os primeiros que evaporam são os de nota alta, em seguida os de nota média. Os
óleos de nota base normalmente são utilizados de 5 a 15% da fórmula total, nota
média de 50 a 65% e os de nota alta completam a sinergia, essa é uma “regra”
básica da perfumaria francesa clássica criando um aroma equilibrado com diversos
tons que contam uma história.

Outro método simplificado de compreender esta regra é com a seguinte


combinação: 5 gotas de uma nota base para 10 gotas de uma nota média e 20
gotas de uma nota alta. No início dessa prática, indica-se usar apenas de 3 a 5
aromas.

Os perfumes também podem ser manipulados e divididos pelas sua famílias


olfativas, sendo essa uma conotação de grau de volatização, onde as matérias
primas (óleos essenciais) são classificadas em notas: cítricas, florais, amadeiradas,
especiarias e doces.

Cítricas: usadas como notas de cabeça, dão frescor, leveza e vivacidade ao


perfume, sendo, porem de difícil fixação.
• Exemplos: limão, bergamota, petit-gran, laranja, lima da persa.

Florais: são usadas como notas de cabeça/corpo e corpo/fundo, intermediarias


aromas de unificação trazendo o aroma das flores frescas em dias ensolarados.
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Exemplos: jasmim, rosas, gerânio, ylang-ylang, neroli e violeta.

Amadeiradas: são usadas como notas de corpo/fundo, arredondando as notas de


cabeça. Trazendo qualidades de estrutura, maturidade.
• Exemplos: vetiver, cedro, patchuli e sândalo.

Especiarias: são usadas como notas de corpo/fundo, dando conotações típicas


temperadas, exóticas.
• Exemplo: cravo, canela e cardamomo.

Doces: são usadas como notas de corpo/fundo, dando uma conotação tipicamente
adocicada.
• Exemplo: vanila, lótus, pimenta rosa.

A perfumaria clássica pode ser divida em cinco tipos de concentração de


perfumes:

Parfum - Extrato de Perfume:

Essência: 5-40%.
Duração: 4h.

Dificilmente encontrado no Brasil, até porque perfumes mais concentrados são


mais adequados ao clima frio – o suor torna seu aroma intenso demais. Deve ser
usado em pequenas doses.
Há algumas poucas fragrâncias deste tipo que dispensam até mesmo a água
na composição, o que mostra o quão forte pode ser o cheiro destes perfumes.
O exemplo clássico deste tipo de perfume é o Coco, da Chanel.

Eau de parfum – Água de Perfume:


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Essência: 10-15%.
Duração: 12h.

Pronuncia-se “ô de parfâm” (literalmente: “água de perfume”). Mesmo com


cerca de metade da intensidade do extrato, ainda se recomenda o uso moderado.
Muitas pessoas utilizam estas fragrâncias nas roupas ou cabelo, o que também
não pode ser feito de qualquer maneira, pois podem danificar os fios ou os tecidos.
Exemplo: perfume feminino La petite Robe noire da Guerlain.

Eau de toilette – Água de banheiro:

Essência: 5-10%.
Duração: 8h.

Pronuncia-se “ô de tualét” e a tradução literal é “água de banheiro”. Suas


fragrâncias suaves combinam mais com o nosso clima tropical. Por isso, são mais
comuns no mercado brasileiro.
Por possuir uma concentração menor de essência, estas fragrâncias podem ser
usadas em maior quantidade e mais vezes ao dia, afinal de contas a duração na
pele é curta.
Exemplo: perfume feminino Gabriela Sabatini.

Água de colônia:

Essência: 3-5%.
Duração: 4h.

São os perfumes mais suaves, por serem menos concentrados. Por isso são
também mais baratos. A duração de 4 horas é só para os melhores da categoria.
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Podem ser usados em abundância e várias vezes ao dia, pois geralmente duram
somente de 1 a 2 horas na pele.
Exemplo: perfume feminino Flower By Kenzo da Kenzo.

Como calcular o percentual de óleos essenciais:

1ml = 20-22 gotas em media, dependendo do pesso molecular de cada óleo e


viscosidade.
Utilizando 100ml como exemplo de uma base aleatória, vamos precisar calcular
o total de gotas da base. Para calcular o percentual utiliza-se a média de 1ml, que
contém 22 gotas, vamos multiplicar o total da base por 22, assim:
100ml x 22 = 2200, que resulta no total de gotas da sinergia.
2200 x 1% = 22 gotas de óleos essenciais = 1%
44gts = 2%
66gts = 3%
Vamos calcular por exemplo, em uma loção para a circulação, desejando 50ml
do produto final e utilizando a 6% de óleos essenciais de cipreste, limão e hortelã.

50 (ml) x 22 (gotas) x 6% (perc. de o.e.’s) = 66 gotas de óleos essenciais.


Vamos dividir então essas 66 gotas entre os óleos mencionados, em partes iguais
de cada óleo e a base nesse caso pode ser 50ml de álcool de cereais.

Marketing Olfativo Um mundo de olhos fechados

Um perfume pode ser percebido sem ao menos ser visto. Quando sentimos
uma fragrância, forma-se em nosso inconsciente um conjunto de imagens e
sensações de quando a encontramos pela primeira vez. Criar uma atmosfera
agradável com perfumes é uma forma sutil de trazer à tona experiências antigas ou
de revelar um novo universo.
O Marketing olfativo tem como objetivo proporcionar experiências
inesquecíveis aos clientes ofertando produtos e um consumo de maior
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qualidade. O trabalho do profissional é entregar as empresas uma comunicação


sensorial que permita aos consumidores sentir mais emoção, alegria, prazer,
romance e bem estar, pois, são os sentidos que orientam o consumidor.

Marketing Olfativo no Varejo:

Através da aromatização de um ponto de venda, por exemplo, é possível


estimular o bem-estar do consumidor e a qualidade do ar, transformando o
ambiente em um lugar mais agradável. Assim, aumenta-se o tempo de
permanência do cliente no local e estimula-se o desejo de consumo. Quanto maior
a permanência do cliente na loja, maior a probabilidade de compra.
Uma fragrância, em harmonia aos demais elementos que compõem a atmosfera
do ponto de venda (ambientação, elementos visuais, sonoros e táteis), proporciona
uma melhor experiência de consumo, fortalecendo a lembrança positiva sobre a
marca.

Marketing Olfativo em Produtos:

A aromatização de produtos pode ir muito além de velas perfumadas e


cosméticos. Ao aromatizar produtos ou embalagens é possível criar um vínculo
emocional com o consumidor e, mais do que isso, levar a marca, através de uma
fragrância, para o dia a dia dos clientes.
Exemplo disso são empresas automobilísticas, que desenvolveram fragrâncias
específicas para lembrar o cheiro de carro novo. Um signo que extrapola os
atributos comuns do produto e permite interpretações decisivas para compra.
Aromatizar produtos também é uma prática comum em brinquedos infantis, como
as bonecas Moranguinho™ há pouco tempo atrás, assim como, brinquedos com
aromaterapia onde os aromas de alecrim e erva-doce transmitem sensações de
calma e tranquilidade, favorecendo o aprendizado dos pequenos.

Os óleos vegetais/ carreadores


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Os óleos são constituídos por moléculas de ácidos graxos insaturados e


apresentam-se no estado líquido e viscoso em temperatura ambiente. São
hidrofóbicos, sendo imiscíveis com a água. Os óleos vegetais são extraídos
principalmente das sementes de plantas e de alguns frutos.

Ao contrário dos óleos essenciais, que evaporam e possuem aromas


concentrados, os óleos vegetais não evaporam e não contêm aromas tão fortes.
Geralmente são usados como veículos de óleos essenciais. São biodegradáveis,
não poluem e nem agridem o meio ambiente.

Por serem obtidos por prensagem a frio de partes gordurosas dos vegetais, esse
processo de extração mantém a bioatividade de suas moléculas, preservando
intactas as suas propriedades.

Amêndoas

Excelente hidratante e emoliente, proporciona extraordinária maciez à pele


seca, atua como revitalizante e ajuda a dar à elasticidade da pele. Muito utilizado
na prevenção de estrias em grávidas, podendo ser utilizado na hidratação diária da
pele. Pode ser usado como demaquilante para retirar a maquiagem e limpar a pele.
Auxilia no tratamento antirrugas e como óleo pós sol.

Abacate

Derivado da polpa do fruto e não do caroço (tóxico). De fácil e rápida


absorção, com excelente penetração. Muito nutritivo por ser rico em vitaminas e
sais minerais. Poderoso antioxidante, inibe a formação de radicais livres, ajudando
a diminuir os sinais do envelhecimento. Nutre e restaura as escamas capilares,
penetrando bem nos fios.

Gérmen de Trigo
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Propriedades antioxidantes, grande aliado no combate aos efeitos nocivos


dos radicais livres na pele, retardando o envelhecimento e devolvendo a vitalidade.
Contém muitas vitaminas, altamente nutritivo. Usado para prolongar a vida útil de
misturas de óleos para massagem. Útil na cura de queimaduras e tecidos em
processo de cicatrização, acelerando-a. Bom para recuperar joelhos e cotovelos
ressecados.

Jojoba

Indicado para todos os tipos de peles, incluindo a oleosa, mista, acnéica e


peles inflamadas. Ajuda a controlar a oleosidade excessiva da pele. Usado para
prolongar a vida útil de misturas com outros óleos. Óleo leve e muito semelhante
ao sebo produzido pela pele e couro cabeludo. Indicado para uso no rosto. Estimula
a germinação das células na epiderme e um crescimento renovado dos cabelos.

Semente de Uva

Indicado para celulite e estrias, pois auxilia na elasticidade dos tecidos, reduz
o inchaço e o edema, além de melhorar a circulação periférica. Atua como
excelente antioxidante. Finíssimo e com alto poder de penetração na pele, ideal
para massagens e indicado para uso no rosto. Pode ser usado diariamente mesmo
em peles com acne. Indústrias que processam a uva no Brasil normalmente
consideram a semente de uva como um rejeito.

Gergelim

Um dos óleos mais populares no Oriente, indispensável nos tratamentos da


medicina Ayurveda. Rico em vitamina E, e possui forte poder antioxidante,
combatendo os radicais livres. Auxilia os processos de regeneração da pele. Na
massagem, aquece e energiza o corpo. Revitaliza a pele, muito bom no tratamento
de flacidez.

Andiroba
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Árvore originária do norte do Brasil, seu óleo é um excelente auxiliar no


processo de regeneração da pele. Bom para picadas de insetos, feridas e espinhas,
também é utilizado como repelente. Em temperaturas frias o óleo de Andiroba
adquire uma textura cremosa.

Sucupira

Essa semente vem de um fruto de uma grande árvore do cerrado brasileiro,


para ser extraído 1l de óleo são necessários em média 30kg de sementes, porém
esta tem um valor inestimado.

A sucupira é um forte anti-inflamatório e analgésico, também tem


propriedades antioxidantes, possui ótima atuação com as doenças ósseas,
articulares, cartilaginosas, musculares e reumáticas em geral.

Açaí

O óleo extraído da polpa é rico em ômega 9, além de conter ômega 6, ácido


palmítico, vitaminas A, D e E, e fitoesteróis que previnem os sinais de
envelhecimento e processos inflamatórios.

Rosa Mosqueta

Atenua linhas de expressão, rugas e mantém a hidratação da pele. Aumenta


a regeneração dos tecidos, com resultados efetivos nos tratamentos de manchas
causadas pela excessiva exposição ao sol, por cicatrizes cirúrgicas, queloides,
acnes e queimaduras.

Girassol

Hidrata e regenera os tecidos, excelente para peles secas. Com alto teor de
vitamina E, previne o envelhecimento e possui ação antioxidante. Ótimo
92

deslizante em massagens, formando uma camada protetora na pele. Tem


propriedades anti-inflamatórias, nutre e reestrutura as epidermes secas.

Copaíba

Da árvore da copaíba é extraído este óleo-resina, de cor que varia de


amarelo ouro a marrom, utilizado pelos índios da Amazônia como antisséptico e
cicatrizante. É eficaz no tratamento de feridas, eczemas, psoríase, urticárias e
acne. Atua também como anti-inflamatório. É utilizado para tratar afecções do couro
cabeludo tais como caspa e seborreia. Também é útil como fixador de perfumes
em cosméticos.

MACADÂMIA

Graças aos seus elevados teores em ácido palmitólico, ajuda na


prevenção à oxidação celular. Este efeito antienvelhecimento é um dos seus
principais efeitos.
Graças à sua habilidade para penetrar rapidamente na pele, a
macadâmia é considerado um óleo “seco”, não oleoso, o que permite alcançar
as camadas mais profundas da pele e ajudar a fortalecer a barreira lipídica.

Coco

Benéfico para peles muito secas e danificadas, por hidratá-la é auxiliar na


cicatrização. Excelente remédio natural para queimaduras, cortes e contusões.
Forma uma barreira protetora para manter a umidade e penetra nas camadas
93

mais profundas da pele. Torna-se sólido facilmente quando a temperatura cai. É


um dos óleos utilizados na medicina Ayurvédica.

Oliva

Pode ser usado na massagem ainda que seja mais espesso que os outros
óleos. Para diminuir a sua viscosidade pode-se misturá-lo com outro óleo mais
suave. Ótimo como antirrugas, hidratante e suavizante para peles secas, as quais
é mais indicado. As áreas comuns que são mais secas no corpo como os cotovelos
e joelhos, ele pode beneficiar bastante.

Argan

Árvore nativa do Marrocos, o óleo é extraído por pressão à frio das


amêndoas e frutos secos. Fortalece e previne a queda de cabelo e promove o
crescimento dos fios, além de proteger de danos causados por produtos químicos.
Acalma a pele em casos de acne e psoríase. Retarda o envelhecimento da pele e
ajuda a evitar estrias na gravidez. Em Marrocos, o óleo de Argan é usado como um
componente básico de sua dieta e como parte da medicina tradicional.

Barú

O “ouro do cerrado” barú é uma castanha típica do cerrado brasileiro, rico


em ômega 9, vitaminas A, B e E, cálcio e fósforo. Hidrata todos os tipo de pele,
prevenindo a formação e atenuando estrias. Reduz inflamações protegendo a pele
da ação degeneradora dos radicais livres.

Buriti

Rico em beta caroteno, é um potente antioxidante. Estimula a produção de


colágeno e elastina. Possui grande capacidade de nutrição e cicatrizante celular,
atua como um renovador natural da derme. Proporciona um toque sedoso à pele.
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Ideal para peles sensíveis. Usado pelos indígenas brasileiros para aliviar os efeitos
desagradáveis da pele queimada do sol.

Castanha do Pará

Emoliente e hidratante, rico em nutrientes como selênio e ácido oleico,


substâncias essenciais nos processos de formação do tecido epitelial. Controla a
desidratação da pele e cabelos deixando-os macios e brilhantes. Excelente para
peles sensíveis.

Pracaxi

Rico em vitamina, anti-inflamatório e antisséptico natural, usado


popularmente no tratamento de manchas escuras, acne, psoríase e controle de
caspa, evitando a queda dos cabelos. Melhora a aparência das estrias já formadas
e previne o aparecimento na gestação e adolescência.

Linhaça

Ótimo anti-inflamatório, útil em artrites, artroses, dores musculares,


ciática, dermatites, psoríases, TPM, menopausa e colesterol.

Neem

Indicado em dermatites, micoses e fungos de pele, psoríases, entre outros


problemas de pele. Utilizado puro ou em diluições de 6-50%.

Sangue de dragão
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Do tronco do dragoeiro se extrai uma seiva vermelha conhecida como sangue de


dragão, os índios a utilizam para estancar sangramentos, cicatrizar queimaduras e
feridas infecciosas. Esse óleo é um poderoso cicatrizante, formando uma segunda
pele e aumentando a síntese de colágeno. Também é um potente anti-inflamatório,
antioxidante, anti-bactericida, antiviral e analgésico.

Camomila alemã

Ótimo calmante para os nervos, melancolia, depressão nervosa,


irritabilidade e insônia. Possui um alto teor de ômega 6, 9 e ácido palmítico, tem a
função anti-inflamatória, adstringente, antisséptico, antialérgico, emoliente e
regenerador celular.

Damasco

Rico em vitamina A, essencial para a vitalidade e beleza da pele. Usada


pelas mulheres tibetanas para proteger o rosto dos efeitos nocivos do sol nas
grandes altitudes. Extremamente fluido, penetra rapidamente a barreira cutânea
tonificando e revitalizando a pele sem deixá-la oleosa. Surpreende quando usado
frequentemente por reduzir manchas, é indicado para todos os tipos de pele, em
especial para as desidratadas.

Arnica montana

Muito conhecida por suas propriedades analgésicas e antissépticas, a arnica


é rica em ômega 6 e 9, nutrindo a pele e deixando-a mais saudável, além disso
esse óleo possui grande efeito anti-inflamatório e antitumoral.
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MANTEIGAS VEGETAIS

São gorduras de origem vegetal ricas em triglicerídeos saturados, que se


apresentam na forma sólida ou pastosa à 20ºC, sendo que os óleos são líquidos
nesta temperatura.

Manteiga de Cacau

O Cacaueiro é uma árvore nativa da América Central e América do Sul. Tem


propriedade emoliente, ou seja, ajuda a hidratar a pele, diminuindo a perda de água
e a restaurar sua oleosidade perdida. É nutritiva e de fácil absorção. Sólida à
temperatura ambiente, é especialmente usada em batons.

Manteiga de Cupuaçu

Árvore originária da Amazônia, pertence à mesma família do cacau.


Excelente emoliente de alta hidratação, melhorando também a elasticidade da pele.
Grande capacidade de absorção de água, auxiliando na estabilidade das emulsões.

Manteiga de Karite

Árvore das savanas da África, está na lista de espécies ameaçadas de


extinção. É um importante elemento na renda familiar das mulheres africanas. Tem
propriedades antioxidantes, além de ser um emoliente natural. Exerce ação
protetora sobre a pele e os cabelos contra o ressecamento, e por ser rica em Ácido
Cinâmico, atua como um filtro solar natural.

Manteiga de Murumuru

O Murumuru é uma palmeira originária da região amazônica brasiliera.


Costumava-se a derrubar devido a seu caule espinhoso. Atualmente está
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valorizada, sendo chamada de “Argan Brasileiro” . Emoliente de alta qualidade,


recupera a umidade e elasticidade natural da pele e cabelos, além de ajudar a
controlar os fios e evitar o frizz.

Cera de Macaúba

Nutritivo, emoliente e de agradável aroma. Por seu excelente poder de


absorção é recomendado para massagens e drenagem linfática. Indicado para
peles sensíveis e delicadas.

Os Óleos Essenciais

Os Óleos essenciais são extraídos de várias partes da planta como raízes,


cascas, sementes, folhas, flores etc. Possuindo assim uma complexa mistura de
componentes químicos que juntos criam um rico potencial terapêutico que pode ser
utilizado para benefício e manutenção da saúde, muito diferente das ESSÊNCIAS
sintéticas comumente encontradas no mercado, que não possuem propriedades
medicinais comprovadas e muitas vezes causam reações alérgicas.

OS ÓLEOS ESSENCIAIS E SUAS PROPRIEDADES

LAVANDA

Nome botânico: Lavandula angustifólia, officinalis e vera.

Nativa: Altas montanhas da Pérsia e Mediterrâneo.

Produção: França, Inglaterra, Austrália, Japão, Bulgária.

Família botânica: Lamiaceae.

Extração: destilação a vapor, 100 kgs = 1kg O.E.


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Propriedades e Indicações

Antifúngico: Cândida albicans, Tinea pedis.

Bactericida: Diplococcus pneumoniae, Streptococcus Pyogenes, Streptcoccus

Hemolyticus, Escherichia coli.

Analgésico: dores musculares, dores articulares, dores de cabeça e enxaqueca.

Calmante e sedativo: ansiedade, insônia, taquicardia, palpitação e depressão.

Cicatrizante: queimaduras, feridas, úlceras varicosas, acne e ferimentos em geral.

Aspectos Sutis

• Óleo da individualidade - Equilíbrio - Insight

• Equilibrador razão e emoção

• Auxilia na transformação de sensações, emoções e pensamentos (ex: raiva,

medo, insegurança, frustração, etc)

• Traz aceitação

• Auxilia a promoção de mudanças, visão de novas possibilidades

• Desenvolve a energia feminina, receptividade, confiança

• Razão X Emoção

Arquétipo: Herói ingênuo e inocente

Grapefruit
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Nome botânico: Citrus paradisi.

Nativa: Ásia, a planta foi introduzida nas Antilhas e Jamaica, por umcapitão

chamado Shaddock e o fruto ficou conhecido a partir deentão como "fruto de

shaddock".

Produção: Estados Unidos, África do Sul, Israel e Austrália.

Família botânica: Rutaceae.

Extração: por pressão a frio da casca da fruta, 100 a 200 kgs de casca fresca - 1kg

O.E.

Propriedades e Indicações

Solvente de gorduras: inibe a oxidação do “mal colesterol” LDL, reduzindo os

riscos de ateroma.

Estimulante Linfático: retenção de líquidos e celulite.

Estimulante das secreções do aparelho digestivo: Inapetência (falta de apetite),

descongestionante hepático (colagogo). Obesidade.

Estimulante do SN: depressão, melancolia, apatia e cansaço geral.

Imunoestimulante: Rico em vit C., Herpes Simples.

Precauções: fototóxico (24hs)

Aspectos Sutis

• Óleo da iniciativa - O primeiro passo.


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• Traz o Ímpeto vital, um feliz recomeço.

• Resgata a vontade de viver, euforia e leveza.

• Auxilia na auto-aceitação.

• Foco Mental.

• Atitude mental positiva X Atitude mental negativa.

Arquétipo: O criador, o mestre, aquele que toma a iniciativa

Ylang-Ylang

Nome botânico: Cananga odorata.

Nativa: Filipinas.

Produção: Cultivado na Indonésia, Madagascar, Java e Haiti.

Família botânica: Anonaceae.

Extração: destilação a vapor das flores colhidas ao amanhecer. Destilação

integral, 50 a 60 Kgs de flores – 1 kg O.E.

Propriedades e Indicações

Bactericida e Anti-séptico principalmente do Sistema Intestinal: Escherichia

coli.

Forte Antiespasmódico visceral e circulatório: cólicas intestinas, uterinas,

taquicardia, palpitação, hiperpnéia, contração muscular.

Hipotensor: P.A. alta (vasodilatação periférica)

Estimulante: Sistema Reprodutor, Sistema Límbico (endorfinas)


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Tônico circulatório: Melhora a circulação pancreática auxiliando na produção

de insulina, e ação da mesma no organismo.

Sedativo: relaxa o SNC.

Afrodisíaco: frigidez e impotência. (melhora a circulação das glândulas

reprodutoras e também facilita a circulação arterial peniana auxiliando distúrbio

de ereção).

Precauções: uso excessivo pode causar dor de cabeça e náuseas.

Aspectos Sutis

• Óleo do Relacionamento - Zelador do Coração

• Resgata a sensualidade e sexualidade

• Traz confiança, auto-valorização e presença

• Transforma o medo da entrega

• Prazer X Desprazer

Arquétipo: Energia feminina universal

Gerânio

Nome botânico: Pelargonium graveolens.

Nativa: África do Sul, Marrocos, ilha da Reunião e Egito.

Produção: Egito, melhor qualidade.

Família botânica: Geraniaceae.

Extração: destilação a vapor, das flores, folhas e talos. 600kgs = 1kg O.E.
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Propriedades e Indicações

Adstringente: Constrição do tecido, mucosas, diminuição da formação da

camada de proteção da pele. Ex: acne, diarréia e hemorragias.

Cicatrizante: da pele, úlceras varicosas, bucais e gástricas

Antivirótico: Herpes Simples e Zoster.

Bactericida: Staphycoccus, Neisseria, Pneumococcus, Steptococcus.

Fungicida: Cândida albicans

Anti-séptico: principalmente do sistema tegumentar e urogenital

Digestivo: tônico, limpador do fígado, diarréias e gastrenterites.

Tônico circulatório e linfático: retenção de líquido e celulite.

Media a regulação dos hormônios sexuais: estimula e regula a produção de

H.S., alivia a tensão pré-mestrual, amenorréia, metrorragia, polimenorréia

sintomas de menopausa e esterilidade.

Precauções: dermatites em pessoas sensíveis, Não utilizar na gravidez e nos

casos de tumor maligno de útero, ovários e mama.

Aspectos Sutis

• Óleo da Mulher - Menina, Mulher e Anciã

• Suaviza o Yang, trazendo Yin

• Transforma o medo de amar e da entrega

• Atena X Hera
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Arquétipo: A mulher, a mãe, aquela que é fértil.

Manjericão

Nome botânico: Ocimum basilicum.

Nativa: Índia, África e Ásia. (Krishna e Vishnu)

Produção: Europa, a melhor qualidade vem da França.

Família botânica: Lamiaceae.

Extração: destilação a vapor das flores e folhas. 500 a 800Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Antiviral: Hepatite A, B, C.

Bactericida: Cistite e Prostatite.

Fungicida: Aspergillus niger.

Anti-séptico: principalmente do Sistema Intestinal e Digestivo (gastrite).

Antiinflamatório e Analgésico: picadas de insetos e gota.

Digestivo: estimula a função hepato-biliar, realiza desintoxicação.

Antiespasmódico: espasmos gástricos (vômitos) flatulência, cãibras,

contraturas e fadiga muscular. Tensão na nuca. Bruxismo.

Estimulante: Glândula adrenal, (cortisol, aldosterona, andrógenos).

Emenagogo: restabelece o fluxo menstrual.

Regulador do SN: depressão, ansiedade, insônia, vertigem


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Reduz Ingurgitamento dos seios: Tpm e amamentação.

Hipotensor: vasodilatador periférico – Cefálico.

Precauções: Gravidez, distúrbios de coagulação e epilepsia.

Paracetamol.

Aspectos Sutis

• Óleo do Homem

• Auxilia o padrão mental exacerbado. Características: excesso de

pensamentos, perfeccionista, impaciência e ansiedade

• Símbolo de Proteção, Indianos “Passaporte ao Paraíso”

• Fortalece a memória, concentração e raciocínio

• Competitivo, Seguro e Reativo X Apático, Inseguro e Não reativo

Arquétipo: O homem, o pai, aquele que fertiliza.

Patchouli

Nome botânico: Pogostemum cablim/ patchouli.

Nativa: Ásia tropical e Índia.

Produção: Índia, Indonésia, Filipinas, Malásia e América do Sul (Brasil).

Família botânica: Lamiaceae.


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Extração: destilação a vapor das folhas secas. Fermentação ou jato quente de

vapor para facilitar a extração - 30 a 50 Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Forte ação anti-inflamatório no sistema tegumentar: dermatoses, dermatites

alérgicas, ulcerações, eczemas, psoríase e acne.

Cicatrizante e Emoliente: regenerador celular, beneficiando pele seca,

envelhecida, cansada, marcas, rachaduras e cicatrizes.

Fungicida: Tinea pedis.

Flebotônico: varizes, veias varicosas, tromboflebites e hemorróidas.

Diurético: retenção de líquidos e celulite.

Auxilia a restrição alimentar: diminui o apetite.

Afrodisíaco: Estimulante da hipófise traz bem-estar utilizado para depressão e

falta de libido.

Repelente: Insetos.

Desodorante: sudorese intensa.

Precauções: sedativo em doses baixas e estimulante em doses altas.

Aroma persistente.

Aspectos Sutis

• Óleo do Amadurecimento - Transição do jovem para o adulto

• Auxilia na conscientização dos limites.

• Traz consciência corporal.


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• Atua nas emoções profundas ligadas as intenções sexuais.

• Tolerância X Irritabilidade.

Arquétipo: O novo sábio.

Tomilho

Nome botânico: Thymus vulgaris.

Nativa: região ocidental do mediterrâneo (sul da Itália).

Produção: Cultivado na França, Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia,

Israel, Turquia, Grécia, América do Norte e Argentina.

Família botânica: Lamiaceae

Extração: destilação a vapor das folhas e flores – 400Kgs – 1kg O.E. Duas

destilações para remover substâncias irritantes.

Propriedades e Indicações

Fungicida: Cândida Albicans.

Forte ação bactericida: Streptococcus Hemolyticus, Staphylococcus, Bacillus

subtilis, Escherichia colie, Enterococcus fecalis, etc.

Virótico: verrugas e enterites viral.

Anti-séptico: Considerado um desinfetante das vias aéreas atuando, na boca,

garganta e pulmões em conjunto sua ação expectorante e antitussígeno. Atua


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também do trato urinário em conjunto com sua ação diurética, é um depurativo

renal, tem sua ação potencializada neste sistema. Anti-séptico intestinal, auxilia

a eliminação de vermes.

Imunoestimulante: aumenta a produção de leucócitos.

Estimulante SN: revigorante, para cansaço, fadiga e insônia.

Antiinflamatório: bronquite, cistite, artrite, otite, uretrite, vaginite, psoríase,

tonsilite, colite.

Precauções: Pele hipersensível, lactantes e grávidas. Membranas mucosas

utilizar a concentração máxima de 1%. Evitar o uso em pessoas que utilizam

medicamento para hipertireoidismo.

Aspectos Sutis

• Óleo da coragem - ESCOLHA

• Traz a visão de vários prismas (jogo de xadrez)

• Traz coragem, força e visão para escolher e decidir

• Auxilia na cura a criança interior – (pesadelos)

• Excesso de coragem X Medo

Arquétipo: O guerreiro

Alecrim
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Nome botânico: Rosmarinus officinalis.

Nativa: Mediterrâneo.

Produção: Espanha, França, Tunísia e Oriente Médio.

Família botânica: Lamiaceae.

Extração: destilação a vapor das folhas e flores - 50 a 75 Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Estimulante Adrenal: estados pós-infecciosos, fadiga e depressão.

Forte estimulante do SNC: Perda ou redução de funções, como deficiência

visual e perda olfatória, comprometimento de fala e paralisias temporárias. Pode

atuar onde as células não estiverem danificadas totalmente.“Culpeper: doenças

devastadoras, quadros

degenerativos, esclerose”

Tônico: Coração, Fígado, Vesícula biliar (colagogo), auxilia a diminuição do

coleterol (LDL). Queda excessiva de cabelos. Melhora a memória. Aumenta a

Pressão Arterial

Expectorante e Mucolítico: simples resfriados, catarro, sinusite até asma.

Bactericida: Salmonella sp., Escherichia coli, Staphylococcus, etc.

Analgésico e Antiinflamatório: dores articulares, musculares e cefaléia.

Descongestionante venoso: varizes e dores.

Precauções: Com criança abaixo de sete anos, lactantes, grávidas. Hipertensos

e Epiléticos. Pode causar hiperemia em indivíduos com peles hipersensíveis.


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Pode alterar o padrão de sono quando utilizado a noite. Evitar o uso em conjunto

do tratamento homeopático.

Aspectos Sutis

• Óleo da memória e do aprendizado - foco e concentração

• Auxilia na reconexão espiritual

• Traz FORÇA e ENERGIA para colocar em prática a escolha

• Transforma o medo desconhecido

• Estressado (faz várias coisas ao mesmo tempo) X Letárgico

Arquétipo: Mestre de obras.

Eucalipto

Nome botânico: Eucalyptus globulus.

Nativa: Austrália e Tasmânia.

Produção: China, Austrália, Brasil, França, África do sul e Califórnia.

Família botânica: Myrtaceae.

Extração: destilação a vapor das folhas e galhos. Antes da extração o material

é quebrado, facilitando o rompimento das glândulas aromáticas. 40 a 50 Kgs –

1Kg O.E.
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Propriedades e Indicações

Antiviral: influenza A, Herpes simples e zoster.

Bactericida:, Staphylococcus, Bacillus subtilis e Micrococcus glutatmious.

Fungicida: Cândida albicans.

Imunoestimulante: fortalece o sistema imunológico.

Febrífugo: combate a febre em caso de infecções.

Antiinflamatório do sistema respiratório: bronquite e pneumonia.

Expectorante e Mucolítico: simples resfriados, catarro e sinusite.

Anti-séptico sistema urinário e diurético: infecções urogenitais tais como:

cistite e nefrite.

Repelente: mosquitos, pulgas e moscas.

Precauções: criança abaixo de sete anos. Não utilizar em lactantes e asmáticos.

Acima da graduação recomendada pode causar vômitos, hematúria,

gastrenterites, perda de consciência, convulsão epilética, delírio, miose,

depressão bulbar respiratória e coma.

Aspectos Sutis

• Óleo do Cidadão – conexão ambiente e pessoas

• Traz responsabilidade pelos atos - Consciência Coletiva

• Auxilia no contato com sentimentos profundos (passado, aquilo que foi

sufocado e coberto)

• Coletivo X Individualidade
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Arquétipo: a Justiça

Limão Siciliano

Nome botânico: Citrus limon – Siciliano; Citrus aurantifolia - Lima/ Tahiti.

Nativa: Montanhas do Nepal e Himalaia - Índia.

Produção: Índia, China, Japão, Espanha, Itália, França, EUA e Brasil.

Família botânica: Rutaceae.

Extração: pressão a frio da casca da fruta. 100 a 150 Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Imunoestimulante: utilizado em ferimentos externos até em moléstias

infecciosas como: tuberculose, febre tifóide, malária, sífilis, gonorréia, etc.

Anti-séptico, antifúngico e bactericida: 0,2% destrói o bacilo da tuberculose

em 20 min.

Retira mancha, verrugas e oleosidade da pele: sardas, alergias, picadas de

inseto, prurido e calosidades.

Hemostático: estaca sangramentos (ferimentos, gengiva e narina).

Tônico circulatório: varizes, arteriosclerose, flebite, telangiectasia e celulite.

Hipotensor: aumenta a micro-circulação, abaixando a pressão arterial.

Tônico digestivo: inclusive fígado e pâncreas.

Precauções: fotossensibilizante, pode irritar peles sensíveis.


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Aspectos Sutis

• Óleo do silêncio interior

• Traz clareza, foco, ordena, e limpa a mente

• Auxilia a limpar traumas, choques e crenças, principalmente aqueles presos

a memória

• Clareza mental para poder escolher ou manter a escolha

• Auxilia na comunicação e na falta de memória e indecisão

• Clareza mental X Mente conturbada

Arquétipo: O velho sábio.

Manjerona

Nome botânico: Origanum majorana.

Nativa: Região do Mediterrâneo.

Produção: Hungria, Irã, Inglaterra, Alemanha, Tunísia, França e Egito.

Família botânica: Lamiaceae

Extração: destilação a vapor das folhas e flores -100 a 200 Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações
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Ação revigorante: relaxante, diminuindo o cansaço físico.

Tônico respiratório: asma, bronquites, resfriados.

Sedativo: insônia, tosse, bronquite e asma.

Aquecedor e analgésico: tônico da micro-circulação auxilia a expulsar os

resíduos tóxicos existente nos músculos e articulações. Atuando em dores

musculares, reumáticas e artríticas, entorses, distensão, câimbras, espasmos,

etc.

Antiespasmódico: cólicas intestinais, e fortalece o peristaltismo. Principalmente

cólicas uterinas.

Hipotensor: vasodilatador das artérias, reduzindo o efeito o esforço do coração

(diminuição da resistência periférica).

Antiafrodisíaco: diminuição da resposta emocional e sensação física,

acalmando o desejo sexual.

Precauções: excesso pode causar entorpecimento dos sentidos, sonolência,

insensibilizador de emoções. Não utilizar durante a gravidez.

Aspectos Sutis

• Óleo da aceitação.

• Trabalha a carência.

• Atenua a tristeza pela perda ou separação.

• Auxilia na transformação do luto e das perdas.

• Trabalha a necessidade de reconhecimento e aprovação.

• Encapsulado X Compulsivo.
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Arquétipo: O nó

Cedro

Nome botânico: Cedrus atlântica.

Nativa: montanhas atlas do Marrocos e Argélia.

Produção: Marrocos e Argélia.

Família botânica: Abietaceae.

Extração: destilação a vapor das lascas da madeira - 40Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Alivia dores reumáticas e artrite crônica: aumenta a circulação sanguínea

produzindo um efeito analgésico.

Adstringente suave antiflamatório e adstringente da pele e do couro

cabeludo: acne, inflamação do folículo piloso (barba) eczema, oleosidade

excessiva e queda de cabelo.

Anti-séptico poderoso dos brônquios e do trato urinário: atuação em

infecções brônquicas principalmente em bronquite crônica, mucolítico suave,

ação secante. Atuando no trato urinário em cistites, infecções e corrimentos.

Tônico do sistema linfático e diurético: retenção de líquido e celulite.

Equilibrador Hormonal e afrodisíaco: regula o sistema endócrino atuando

principalmente na glândula supra-renal.


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Precauções: não utilizar durante a gravidez e crianças.

Aspectos Sutis

• Óleo da Estrutura

• Traz sustentação de base, alicerce e força

• Trabalha a flexibilidade/ adaptabilidade

• Auxilia a conexão com o sagrado

• Excesso de orgulho X Falta de orgulho

Arquétipo: Sansão

Pinheiro

Nome botânico: Pinus Sylvestris.

Nativa: Sibéria.

Produção: Finlândia.

Família botânica: Pinaceae.

Extração: destilação das agulhas e galhos novos - 500Kg – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações
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Forte anti-séptico pulmonar e expectorante: óleo essencial da pneumonia e

atua em todas as infecções do trato respiratório como: resfriado, catarro,

laringite, faringite, rinite e sinusite (auxilia alimpar os seios da face).

Estimulante circulatório, desintoxicante, analgésico e rubefaciente: alivia

dores reumáticas, artríticas, gota e musculares (rigidez geral).

Tônico hormonal: gônadas, supra-renal e pâncreas.

Tônico do sistema linfático e diurético: retenção de líquido e celulite.

Antiinflamatório: principalmente da vesícula biliar, eliminando cálculos biliares.

Desodorante e refrescante: anti-séptico pés e axilas. Elimina o mau cheiro e

diminui a sudorese abundante.

Precauções: pode causar irritação em peles sensíveis.

Aspectos Sutis

• Óleo do Perdão

• Trabalha a culpa

• Desenvolve a aceitação e o auto-perdão

• Vítima X Não merecedor – auto-punição

Arquétipo: São Francisco

Cipreste
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Nome botânico: Cupressus sempervirens.

Nativa: Mediterrâneo oriental.

Produção: França, Espanha, Marrocos, Itália, Alemanha e Portugal.

Família botânica: Cupressaceae.

Extração: destilação das folhas e galhos - 100Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Antiespasmódico poderoso, antitussígeno: principalmente sobre os

brônquios, é considerado o óleo essencial para o tratamento da asma. Atua na

nas tosses espasmódicas principalmente da coqueluche. Câimbras musculares.

Forte adstringente: atuando sempre em distúrbios envolvendo excesso de

líquidos como: edema, enurese noturna, hemorragias na gengiva e nasal, crises

biliares, retenção de líquido, celulite, inchaço de reumatismo e diarréia.

Tônico do sistema circulatório: hemorróidas, varizes e má circulação.

Diminui o excesso de fluxo menstrual (metrorragia) e cólicas, tônico

hormonal feminino: reduz o fluxo, principalmente no estágio inicial da

menopausa.

Diminui a oleosidade da pele, ação anti-séptica, bactericida e cicatrizante:

pele oleosa, acne, eczemas, abcessos, furúnculos, cistos, utilizado muito em

pós-barba, ação secativa.

Desodorante: anti-séptico pés e axilas. Elimina o mau cheiro e equilibra a

sudorese excessiva.

Repelente de insetos: mosquitos, piolhos e pulgas.


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Precauções: não utilizar em grávidas e crianças. Nunca massagear sobre

varizes.

Aspectos Sutis

• Óleo Consolador – fortalece nos momentos de ruptura

• Símbolo da Morte e Renascimento

• Trabalha todos os tipos de perdas, luto e morte

• Auxilia na transição

• Vida X Morte

Arquétipo: A morte

Petitgrain

Nome botânico: Citrus aurantium.

Nativa: França.

Produção: França, Norte da África e América do Sul.

Família botânica: Rutaceae

Extração: destilação das folhas e brotos - 100Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Desodorante, refrescante e bactericida: anti-séptico da pele e do couro

cabeludo.
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Auxilia a tirar manchas: principalmente sinais de acne.

Equilibrante do SNC: Jet lag – desorientação do ritmo do organismo

Antidepressivo: depressão e desânimo.

Ansiolítico: ansiedade, pânico e taquicardia.

Antiinfeccioso e antiinflamatório da pele: pele mista, acne, eczemas e

furúnculos.

Precauções: fotossensibilizante.

Aspectos Sutis

• Óleo da Harmonia.

• Desenvolve o alinhamento, caminho do meio.

• Acalma as emoções de irritação e estagnação.

• Traz calma, ânimo e energia.

• Limites opostos X Caminho do meio.

Arquétipo: A balança

Hortelã Pimenta

Nome botânico: Mentha peperita (hibrida da spicata X aquática)

Nativa: Extremo oriente (Terra Santa).

Produção:Inglaterra, EUA, Brasil, Índia e China.

Família botânica: Lamiaceae.

Extração: destilação a vapor das folhas praticamente secas.


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Propriedades e Indicações

Antiviral: herpes simples e hepatite viral.

Antitussígeno, anti-séptico, antiviral, expectorante, antiinflamatório e

antiespasmódico das vias aéreas: tosse, gripe, asma e bronquite.

Induz a transpiração, ação refrescante e aquecedora: auxilia a diminuição da

febre e a sensação desconfortável de frio.

Vasodilatador e rubefaciente: dores e tratamentos localizados podendo causar

hiperemia.

Cefálico, analgésico e antiprurido: auxilia a diminuir as dores de cabeça e

enxaqueca, dores musculares, dores nevrálgicas e coceira.

Digestivo, antiespasmódico, carminativo e descongestionante do

Estômago, Fígado e Intestinos: Cólicas, dores, diarréias, azia, flatulência,

indigestão, vomito, náuseas de viagem.

Antilactogênico: inibe a produção de leite; Repelente: formigas, baratas e

camundongos.

Precauções: não utilizar em grávidas, lactantes, crianças menores de 2 anos.

Pode causar hiperemia em indivíduos com peles hipersensíveis. Pode alterar o

padrão de sono quando utilizado a noite. Evitar o uso em conjunto do tratamento

homeopático. Altas dosagens produzem efeito depressivo do

miocárdio, convulsão, perda de reflexo e desmaio. Manter os olhos fechados

durante aplicação facial e nasal.


121

Aspectos Sutis

• Óleo da Transformação

• Encoraja a visualização e a transformação da própria sombra

• Auxilia na transformação das fortes emoções como: traumas, medos, pânico,

choque, histeria, ódio, paixão, etc

• Superioridade (arrogância) X Inferioridade

Arquétipo: Maia

Gengibre

Nome botânico: Zingiber officinale.

Nativa: Ásia - Índia e China.

Produção: Antilhas e África.

Família botânica: Zingiberaceae

Extração: Hidrodestilação da raiz (rizoma) - 50Kgs – 1Kg O.E

Propriedades e Indicações
122

Analgésico e rubefaciente: dores musculares, artrite, osteartrite, dores

musculares, torções e câimbras.

Induz a transpiração: auxilia a diminuição da febre e a sensação desconfortável

de frio.

Tônico digestivo: aumenta produção de suco gástrico, aumenta a mobilidade

gastrintestinal, diminui vômitos e náuseas, aumenta a salivação, auxilia na

inapetência e flatulência.

Antiinflamatório das vias respiratórias, articulares e musculares: amidalite,

faringite, resfriado, asma, bronquite, artrtite, miosite.

Tônico circulatório: melhora a respiração, auxilia na circulação deficiente nas

extremidades (pés e mãos frias).

Afrodisíaco: Impotência.

Ação secativa: auxilia na retirada da umidade externa e interna como edema,

inchaço, muco, retenção de líquido, diarréia, etc.

Medicina Tradicional Chinesa: o gengibre é utilizado para os quadros em que

o organismo não consiga processar de maneira eficaz a umidade interna e

externa. Como diarréia e catarro exemplo da incapacidade de processar a

umidade interna e o reumatismo e artrite, exemplos da umidade externa mal

processada.

Precauções: Grávidas e lactantes. Pode irritar a pele mesmo em baixas

concentrações. Cuidar com interagentes desidratados (baixa de umidade).

Aspectos Sutis

• Óleo do aterramento – aguça os sentidos


123

• Diminui as preocupações e auxilia na memória

• Traz energia e motivação

• Frio X Quente

Arquétipo: Raiz

Laranja

Nome botânico: Citrus aurantium (sinensis/ amara)

Nativa: Ásia oriental , Índia e China.

Produção: Mediterrâneo, Califórnia, Israel, Brasil, Itália e Florida.

Família botânica: Rutaceae

Extração: Pressão a frio da casca -50 a 300 Kgs – 1Kg O.E

Propriedades e Indicações

Antidepressivo e Revigorante: depressão sazonal, tristeza, melancolia e

fadiga.

Levemente sedativo: insônia, tensão, ansiedade, palpitação (espasmos

cardíacos).

Antiespasmódico, regulador do peristaltismo dos intestinos: atua tanto na

diarréia quanto na prisão de ventre. Cólicas intestinas.


124

Digestivo: flatulência, indigestão, inapetência, soluço, aerofagia, vômito e

náuseas.

Estimula a produção de bílis: facilita a digestão de gordura, podendo auxiliar

na redução da taxas de colesterol no sangue.

Anti-séptico: resfriado, gripes, infecções de garganta e bronquite.

Tônico Linfático: celulite, retenção de líquido e edema.

Induz a transpiração: auxilia a diminuição da febre.

Tônico do Sistema Tegumentar: pele intoxicação, pele seca e opaca, rugas e

dermatites.

Precauções: fotossensibilizante.

Aspectos Sutis

• Óleo da alegria.

• Traz a criatividade.

• Auxilia no contato com a criança interior.

• Devolve a leveza e o humor para a vida.

• Retira o peso de viver.

• Alegria X Tristeza.

Arquétipo: O palhaço.

Capim limão
125

Nome botânico: Cymbopogon citratus.

Nativa: Ásia tropical, Índia e Sri Lanka.

Produção: Indonésia, Madagascar, África, América do Sul e Florida.

Família botânica: Poaceae.

Extração: Destilação do capim - 30 Kgs – 1Kg O.E.

Propriedades e Indicações

Sedativo, regulador do sistema parassimpático: ansiedade, insônia, estresse

e tensão.

Tônico e estimulante do organismo: auxilia na desintoxicação principalmente

nos músculos doloridos eliminando o ácido lático, estimula a circulação

sanguínea e linfática. Atua também na fadiga e cansaço.

Tônico Linfático e diurético: celulite, retenção de líquido e edemas.

Tônico digestivo e carminativo: flatulência e indigestão.

Equilibrador da sudorese e desodorante: auxilia a diminuição da febre

estimulando a transpiração. É anti-séptico dos pés e axilas, elimina o mau cheiro

e equilibra a sudorese excessiva.

Forte anti-séptico, bactericida e virótico: infecções respiratórias, inflamações

de garganta e acne.

Fungicida: pé de atleta e sarna.

Cefálico: alivia dores de cabeça e enxaqueca.


126

Equilibrador da sudorese e desodorante: auxilia a diminuição da febre

estimulando a transpiração. É anti-séptico dos pés e axilas, elimina o mau cheiro

e equilibra a sudorese excessiva.

Galactagogo: favorece o fluxo de leite durante a amamentação.

Precauções: pode irritar a pele, não utilizar em glaucoma e hiperplasia

prostática. Evitar o uso com paracetamol.

Aspectos Sutis

• Óleo da família.

• Traz o afeto com os entes familiares.

• Trabalha a consciência do “papel” na família.

• Traz o aprofundamento dos sentimentos e relacionamentos.

• Padrão insensível X Ultra-sensível (relacionamento).

Arquétipo: A esposa/ O marido

Bergamota

Nome botânico: Citrus bergamia.

Nativa: indícios na Ásia Tropical (lima da pérsia), Bérgamo (Itália).

Produção: Sudoeste da Itália, Marrocos e Costa do Marfim.

Família botânica: Rutaceae.

Extração: Pressão a frio da casca - 200 Kgs – 1Kg O.E


127

Propriedades e Indicações

Poderoso anti-séptico do Sistema urogenital: atua em todas as infecções do

trato urinário, como: cistite e uretrite. Em banhos de assento ou loção, com 0,5

a 1%. Grande atuação em casos recorrentes.

Anti-séptico e cicatrizante do sistema tegumentar: auxilia todas as infecções

de pele, acne, furúnculo, psoríase, seborréia e etc.

Regulador do SN: revigorante, atuando em casos de depressão, fadiga, insônia

e ansiedade.

Regulador do apetite (compulsão e inapetência): compulsão alimentar,

anorexia nervosa atuando também como antidepressivo.

Antiviral: Herpes simples, (utilizar logo no início da manifestação). Acelera a

recuperação da catapora, principalmente em crianças.

Vitiligo: fotossensibilização causada pelas furocumarinas presentes neste óleo

pode ser utilizada para fins terapêuticos. Diminui a despigmentação da região

afetada.

Tônico Digestivo: flatulência, indigestão, inapetência e cólicas.

Desodorante e refrescante: anti-séptico pés e axilas. Elimina o mau cheiro e

auxilia a baixar a febre.

Precauções: fotossensibilizante, mesmo em baixas dosagens pode irritar a pele.

Não utilizar com paracetamol.

Aspectos Sutis
128

• Óleo da felicidade

• Auxilia a desenvolver a fé e a confiança

• Transforma o medo desconhecido e a sensação do choque

• Desenvolve proteção áurica.

• Fé X Ateu

Arquétipo: Héstia.

Tea Tree

Nome botânico: Melaleuca alternifólia.

Nativa: Austrália.

Produção: Austrália.

Família botânica: Myrtaceae.

Extração: destilação a vapor das folhas - 50kgs -1kg O.E.

Propriedades e Indicações

Poderoso Fungicida, Bactericida, Virótico e Anti-séptico: auxilia em todas

as infecções e inflamações. Exemplos: gripes, resfriados, herpes simples,

herpes zoster, catapora, cândida, tina, pé de atleta, sinusite, acne, assadura,


129

caspa, verrugas, paroníquia, etc. Atua nos sistemas: respiratório, tegumentar,

digestivo, circulatório e geniturinário.

Poderoso Imunoestimulante: aumenta a produção de leucócitos fortalecendo

todo o sistema imunológico. Recomenda-se utilizar por um período após o

desaparecimento dos sintomas, restabelecendo assim o S.I. Davis afirma

fortalecer o S.I. antes de cirurgias, reduzindo assim os distúrbios pós-

operatórios. Utiliza na forma de massagens nas semanas que antecedem a

cirurgia.

Analgésico e Cicatrizante: queimaduras, feridas, manchas e cicatriz.

Desodorante e refrescante: anti-séptico pés e axilas.

Repelente: insetos.

Precauções: Pode ser utilizado puro, mas realizar teste diluído antes, pois pode

causar irritação. Na banheira utilizar no máximo de 3 gts.

Aspectos Sutis

• Óleo do terapeuta

• Auxilia a enxergar o que está no inconsciente, “tirar as máscaras”

• Quebra dos ciclos repetitivos

• Encoraja para enfrentar o sofrimento físico, a doença e a morte

• Purifica a mente, limpando os pensamentos perturbadores

• Consciente X Inconsciente

Arquétipo: O terapeuta.
130

Vetiver

Nome botânico: Vetiveria zizanoides

Nativa: Índia e Himalaia.

Produção: Indonésia, Madagascar, Japão Taiti, Java, e Haiti.

Família botânica: Poaceae.

Extração: destilação da raiz seca ao sol - 100 – 200 kgs -1kg O.E.

Propriedades e Indicações

Relaxante: No oriente é conhecido como Óleo da Tranqüilidade. È um

estimulante do sistema parassimpático.

Equilibra o Sistema Nervoso: Atua na depressão, ansiedade, insônia,

exaustão física, fadiga e nervosismo.

Imunoestimulante: fortalece o sistema imunológico.

Estimula o pâncreas e fígado: aumenta a produção e liberação de enzimas

pancreáticas e bílis.

Afrodisíaco: impotência e frigidez.

Emenagogo: amenorréia e oligomenorréia.

Analgésico, tônico circulatório e rubefaciente: dores musculares, artrite,

osteartrite, dores musculares, torções e câimbras.

Regularizador, anti-séptico, cicatrizante e tônico do sistema tegumentar:

pele ressecada, rachadura, pele envelhecida e pele seca.


131

Estimulante das glândulas exócrinas da pele: glândulas sudoríparas e

sebáceas.

Precauções: Sedativo, evitar uso antes de dirigir.

Aspectos Sutis

• Óleo do propósito

• Auxilia a reconhecer e assumir os próprios poderes

• Reconhecer e assumir quem realmente é

• Protege pessoas sensíveis, influenciáveis pelos outros

• Conquistador X Derrotado

Arquétipo: O conquistador.

Olíbano

Nome botânico: Boswellia carteri.

Nativa: Áreas montanhosas do oeste da Índia, sul da Arábia e África.

Produção: Somália, Etiópia, Omã e Índia.

Família botânica: Burseraceae.

Extração: O corte na madeira faz as lágrimas pingarem no chão se solidificando.

A resina é destilada contendo 3 a 8% de O.E.

Propriedades e Indicações
132

Equilibrante respiratório: Torna a respiração mais profunda e lenta. Em pouco

tempo produz uma sensação de calma, favorável à meditação. Stress,

ansiedade e depressão.

Anti-séptico pulmonar e expectorante: infecções respiratórias, catarro nos

brônquios (bronquite crônica), asma e tosse.

Tônico Urogenital: infecções em geral, cistite e nefrite.

Adstringente e tônico uterino: diminui hemorragias uterinas e fluxo menstrual

intenso, considerado benéfico no trabalho de parto.

Anti-reumático: artrite, artrose e distúrbios reumáticos.

Tônico, antiinflamatório, citofilático do sistema tegumentar: peles idosas e

flácidas. Alguns autores consideram que retarda o aparecimento de rugas e

reduzir a extensão das que já se formaram.

Precauções: Cuidado pode expandir as características espirituais.

Aspectos Sutis

• Óleo do caminho espiritual – Divino – Eu Superior

• Desperta o “Eu Superior” - o sagrado dentro de nós – Paz

• Auxilia a ouvir a voz incessante do coração

• Fortalece contra as adversidades da vida

• Rompe os vínculos do passado, tendência a viver no passado em vez do

presente.

• Eu Inferior X Eu Superior

Arquétipo: O Divino
133

Palmarosa

Nome botânico: Cymbopogon martini

Nativa: Índia e Nepal.

Produção: Ilhas Comores, Madagascar, Indonésia, África e Índia.

Família botânica: Poaceae.

Extração: Folhas e flores permanecem secando durante uma semana e depois

são destiladas.

Propriedades e Indicações

Citofilático, estimula a regeneração celular: queimaduras, feridas, úlceras

varicosas, acne, furúnculos, foliculite e ferimentos em geral.

Equilibra a secreção natural das glândulas sebáceas: pele desidratada,

opaca, madura e impura. É considerado um hidratante e restabelecedor da pele.

Anti-séptico, fungicida, antiviral e bactericida do sistema tegumentar e

digestório: Assim como o o.e. de gerânio, possui este desinfetante natural –

geraniol. Atua e infecções cutâneas e digestivas.

Digestivo e anti-séptico intestinal, estimulante do apetite: infecções,

inapetência e anorexia nervosa.

Auxilia a diminuir a febre: resfriados, gripes e infecções.

Aspectos Sutis
134

• Óleo da Sensibilidade

• Ensina a agir com suavidade e flexibilidade

• Acalma as fortes emoções

• Traz sensibilidade e criatividade (arte)

• Expressão X Percepção (da arte, sensibilidade e sentimentos)

Arquétipo: O Artista

Funcho

Nome botânico: Foeniculum vulgare.

Nativa: Sul da Itália.

Produção: França, Itália e Grécia.

Família botânica: Apiacea.

Extração: destilação, das sementes, que são moídas e destiladas.

Propriedades e Indicações

Media a regulação dos hormônios estrógeno: alivia a tensão prémestrual,

amenorréia, metrorragia, polimenorréia sintomas de menopausa, esterilidade.


135

Na menopausa estimula a produção do estrógeno através da glândula supra

renal. O estrógeno é necessário para homens e mulheres a tonicidade muscular,

elasticidade da pele, tecido conectivo, circulação saudável e ossos fortes.

Galactagogo: favorece o fluxo de leite durante a amamentação.

Tônico da musculatura lisa dos intestinos: colite e constipação.

Diurético e anti-séptico urinário: infecções do trato urinário, celulite e retenção

de líquido.

Carminativo, antiespasmódico e digestivo: náuseas, flatulências, cólicas,

indigestão, soluço e inibidor do apetite.

Estimula a secreção das glândulas sebáceas na pele: pele seca, envelhecida

e rugas.

Anti-séptico bucal: infecções gengivais.

Precauções: não utilizar em crianças memores que 6 anos, Epilepsia e

gravidez. Possível carcinogênico, evita-se em endometriose, hiperplasia

prostática e câncer que depende da reposição de estrógeno. Narcótico em

grandes quantidades, paracetamol, alcoólatras e insuficiência hepática (anetol).

Aspectos Sutis

• Óleo da Comunicação

• Desenvolve a habilidade de entendimento

• Traz a habilidade de expressão através da fala


136

• Proteção contra influencias faladas (fofocas)

• Calado x Loquaz

Arquétipo: O Cantor

Sálvia Esclareia

Nome botânico: Salvia sclarea

Nativa: Síria, Italia, França e Suiça.

Produção: Rússia, França, Marrocos e Inglaterra.

Família botânica: Lamiaceae.

Extração: destilação das flores e folhas

Propriedades e Indicações

Media a regulação dos hormônios: tônico uterino, estimula as glândulas

sexuais e adrenais, alivia a tensão pré-mestrual, amenorréia, metrorragia,

polimenorréia sintomas de menopausa, esterilidade. Estimula o trabalho de

parto.

Afrodisíaco: impotência.

Estimulante das glândulas adrenocorticais: depressão, exaustão, debilidade,

cansaço e estafa mental (traz estados de elevação).


137

Tônico do organismo em períodos de convalescença: após infecções e

depressão.

Relaxante muscular: auxilia todos os tipos de estresse e tensão.

Antiespasmódico: Brônquios (asma), Musculatura (tensão, dores, enxaqueca),

cólicas digestivas e uterinas.

Equilibrante do sistema tegumentar: evita a transpiração excessiva,

transpiração noturna, caspa e o excesso de oleosidade.

Indutor de sono: propicia sonhos intensos e coloridos.

Precauções: não utilizar em conjunto a ingestão de bebida alcoólica. Não dirigir

após o uso, não utilizar com medicamento que contem ferro, grávidas, lactantes,

mastoses cancerígenas. (levemente hipotensivo).

Aspectos Sutis

• Óleo da Clareza

• Transforma a sensação da “vida em preto e branco”. Vivenciado muitas

vezes por mulheres que desistiram de si e da vida.

• Sonho x Realidade

• Expectativas/ projeções /idealizações x Realidade fria

Arquétipo: A Luz

Camomila Romana
138

Nome botânico: Chamaemelum nobile/ Anthemis nobilis

Nativa: Europa e França

Família botânica: Asteraceae ou Composta.

Extração: destilação a vapor da cabeça das flores , kgs = O.E.

Propriedades e Indicações

Anti-inflamatório: eczema, inflamação de pele, urticaria, irritação na pele, pos

barba, rachadura de pele, acne, psoríase, alergias, dor de dente (dentição

infantil) e gengivite. Reumatismo, gota, artrite, dor e distensão muscular.

Antianemico: anemia

Antiespasmódico: enxaqueca, dor de cabeça, diarreia infantil, tensão muscular.

Calmante e sedativo: insônia, irritabilidade, depressão nervosa, choque

nervoso, cólicas intestinais

Digestivo: indigestão, náusea, dispepsia, cólicas e perda de apetite.

Carminativo: gases

Emenagogo: problemas mestruais nervosos, menopausa, amenorreia,

dismenorreia

Oftálmico: conjutivites e olhos cansados

Vulnerário: feridas, bolhas, queimadura, ferimentos e furúnculos.

Antitérmico: febre

Aspectos Sutis
139

• Óleo da força interior - confiança e movimento de harmonia

• Traz equilíbrio e consciência a energia yang

• Atua no padrão de caos emocional, irritabilidade explosiva, emoção de raiva,

conflito, ressentimento, ansiedade, descontrole, instabilidade emocional e

racionalidade excessiva.

• Auxilia no padrão controlador: penso, imagino, tenho medo do desconhecido,

pois percebo que não posso controlar o outro.

• Fragilidade e Hipersensibilidade ao ambiente externo

• Proteção

• Ordena os momentos de mudança

• Atua a desestruturação emocional

• Confiante, empatia e intermediador X Histérico e raiva explosiva

Arquétipo: Apolo – Deus Solar

Camomila Alemã

Nome botânico: Matricaria chamomilla ou recutita.

Nativa: Europa, principalmente na França.

Família botânica: Asteraceae ou Composta.

Extração: destilação a vapor da cabeça das flores , kgs = O.E.

Propriedades e Indicações
140

Forte Anti-inflamatório, especialmente quanto também há inchaço: artrite,

bursite, tendinite, cistite, gota, dor de ouvido, inflamações cutâneas (acne,

psoríase, dermatite, alergia, mordidas de insetos).

Antiespasmódico: enxaqueca e dor de cabeça relacionada a tensão muscular,

diarreia infantil, tensão e dores musculares.

Digestivo e hepático: indigestão, náusea, dispepsia e cólicas.

Analgésico: dores musculares (lisa e esquelética) e nevrálgicas.

Calmante e sedativo: TPM, insônia, irritabilidade, depressão, choque nervoso,

ansiedade.

Emenagogo, principalmente quando há dor: problemas menstruais nervosos,

menopausa, amenorreia, dismenorreia.

Aspectos Sutis

• Óleo do amor próprio – passividade, harmonia e equilíbrio.

• Medo da rejeição, de ser abandonado e necessidade de acolhimento.

• Aceitar as diferenças e principalmente aceitar a si mesmo (ser a própria mãe)

• Sensação que precisa sempre fazer algo.

• Irritabilidade, hostilidade, agressividade, crueldade, irônico – muitas vezes

não expressa, guarda para si, – “quando não tenho o que desejo, me inflamo

e me cego”

• Dificuldade em lhe dar com as adversidades e mudanças

• Autovalorização x ódio, fechamento para vida e hostilidade


141

Arquétipo: Gaia.

Sândalo

Nome botânico: Santalum album

Nativa: Malásia, posteriormente cultivado na Índia.

Produção: Índia, Indonésia, China e Austrália.

Família botânica: Santalaceae

Extração: destilação do cerne do tronco da árvore.

Propriedades e Indicações

Relaxante: indicado para insônia, ansiedade, acalmar a mente e as emoções,

muito utilizado para meditação.

Antidepressivo: depressão e desânimo.

Expectorante: doenças pulmonares como bronquite, laringite, tosse seca e dor de

garganta.

Antisséptico: atua no trato urinário.

Estimulante linfático: retenção de líquidos.

Diurético: infecções genito-urinárias, bexiga e cistites.

Estômago e intestinos: náuseas e constipações.

Afrodisíaco: tônico e estimulante das funções sexuais, impotência e frigidez.


142

Adstringente: ótimo equilibrador da pele, bom para pele seca e oleosa, muito

utilizado para combater a acne.

Aspectos Sutis

• Óleo da Conexão

• ·Une o prazer físico e o espiritual

• Tem função harmonizadora nos centros energéticos do corpo

• Auxilia na intuição, criatividade e contato com as emoções.

• É um aroma que fortalece o EU, afastando o medo, a agressividade e a

depressão.

• Para aqueles que têm dificuldade na esfera sexual por medo de se lançar em

um relacionamento, ele faz excelente trabalho por seu caráter estabilizador.

• Matéria x Espírito

Arquétipo: O Protetor

Artemísia

Nome botânico: Artemisia vulgaris

Nativa: Europa, Ásia e Norte da África.

Produção: Europa

Família botânica: Asteraceae

Extração: Destilação a vapor das folhas, brotos e flores.

Propriedades e Indicações
143

Anti-histérico e anti-epiléptico: Os efeitos relaxantes e calmantes do óleo sobre

o cérebro e sobre o sistema nervoso torna possível acalmar os ataques epilépticos

e histéricos.

Cordial: Usado para combater os efeitos do frio e da umidade do ar e ajuda a

combater infecções.

Digestivo: Regula e estimula o fluxo de sucos digestivos para facilitar a digestão,

bem como inibe a infecção microbiana no estômago e nos intestinos para curar

distúrbios digestivos.

Diurético: Insuficiência renal crónica, cálculos renais, hipertensão, obesidade,

reumatismo, artrite e gota. Aumenta a micção, tanto pela frequência como pela

quantidade, ajudando assim a remover o excesso de água, sais, gorduras e toxinas

como o ácido úrico.

Emenagogo: Regula o ciclo menstrual, auxiliando nos problemas de fadiga, dores

de cabeça, dores abdominais, náuseas e cólicas, associados aos ciclos menstruais.

Também atua evitando a menopausa prematura.


144

Calmante: Relaxante e estimulante ao mesmo tempo, acalma os nervos e relaxa-

os em casos de choque, hiper-reatividade, bem como estimula-os a nos tornar mais

ativos e concentrados.

Estimulante: Estimula a circulação, secreção de hormônios e enzimas das

glândulas endócrinas, secreção da bílis e outros sucos gástricos no estômago,

estimula as respostas nervosas, os neurónios no cérebro, a respiração,

movimentos peristálticos do intestino e também estimula descargas menstruais e a

produção e secreção de leite nas mamas.

Uterino: Mantém adequadas, as descargas uterinas e estimula a produção de

certos hormônios que mantêm o útero a funcionar corretamente e seguro dos

efeitos do envelhecimento. Ele também protege contra úlceras do útero e tumores.

Vermífugo: Mata vermes intestinais, devido à sua natureza tóxica. É eficaz contra

as lombrigas e a ténias. Deve ser administrado em doses muito leve nas crianças.

Precauções: Este óleo é tóxico, neuro-tóxico e abortivo. Isso significa que, em

palavras gerais, é venenoso, causa irritações, tem efeitos entorpecentes no cérebro

e no sistema nervoso. Ele nunca deve ser usado durante a gravidez.

Aspectos Sutis

• Auxilia no trabalho de parto

• Estimula sonhos proféticos


145

• Proporciona visões espirituais

• Eficaz em processos traumáticos em relação ao feminino

• Fortalece o lado feminino tanto da mulher, quanto do homem

Arquétipo: Ártemis – A Guerreira

Anis Estrelado

Nome botânico: Illicium Verum

Nativa: Sul da China e Vietnã

Produção: China, Jamaica e Filipinas.

Extração: Destilação a vapor das sementes

Propriedades e Indicações

Analgésico – antiespasmódico – anticatarral – cardiotônico – hormonal – relaxante

– sedativo

Anti-séptico, anti-inflamatório, aromático, calmante, digestivo e estimulante.

Equilibra o sistema endócrino feminino ajudando a amenizar sintomas de

menopausa, TPM e cólicas.

Estimula o aumento da produção de leite materno.

Diurético, reduz edemas e auxilia na drenagem linfática.

Devolve maciez e hidratação à pele madura. Reduz o crescimento de pelos.

Aspectos sutis
146

• Equilibra o sistema endócrino feminino ajudando a amenizar sintomas de

menopausa, TPM e cólicas.

• Estimula o aumento da produção de leite materno.

• Diurético, reduz edemas e auxilia na drenagem linfática.

• Devolve maciez e hidratação à pele madura. Reduz o crescimento de pelos.

Canela

Nome botânico: Cinnamomum cassia

Nativa: India

Propriedades e Indicações

Estimulante metabólico.

promove queima de gordura,.

reduz a flacidez e celulite.

Poderoso antisséptico de vasta ação antimicróbica.

É um anti-inflamatório útil contra o reumatismo e artrites.

Utilizar na pele com cautela (0,5-1% em óleo) pois pode queimar, nunca use puro.

Aspectos sutis


147

• Óleo de energia solar que trabalha a expressão, rompendo limitações, timidez

e medo.

• Dissolve tristezas e depressões.

• Favorece a libido e o desejo sexual.

• Aumenta a energia vital, diminuindo o cansaço

Citronela

Nome botânico: Cymbopogon winternalus

Nativa: Índia, Java, Brasil, Guatemala

Produção: Brasil

botânica: Gramínea

Extração: Destilação a vapor d'água/ Rendimento: 10g por Kg da planta.

Propriedades e Indicações

Repelente de insetos, principalmente moscas e mosquitos (inclusive o da dengue).

Reduz a coprofagia em cães e a tendência a latir excessivamente.

É antisséptico, anti-inflamatório (artrite) e antimicótico (muito útil em micoses de

pele).

Reduz a fome (inalação).


148

Aspectos sutis

• Para aqueles que ao se confrontar com situações desagradáveis.

• manifestam agressividade e raiva, tendo dificuldade em dissolver sentimentos

ruins dentro de si.

• Para pessoas invasivas e pegajosas.

Copaíba

Nome botânico: Copaifera officinalis / reticulata

Nativa: Brasil

Produção: Brasil

Extração: destilação a vapor das folhas e galhos

Propriedades e Indicações

Excelente cicatrizante.

promove hidratação, cuidando da pele, cabelos e lábios ou seios rachados.

Eficaz anti-inflamatório e analgésico geral.

Benéfico na endometriose, cistite, bronquite, artrite, reumatismo, fibromialgia .

Possui propriedades neuroprotetoras.

Aspectos sutis

• Para pessoas ansiosas e impacientes, nas quais a agitação mental deixa-as

aéreas e sem foco.

• Age como um sedativo, ao mesmo tempo que trabalha a estabilidade e

autoconfiança para tomar iniciativas na vida.


149

Cravo da Índia

Nome botânico: Syzgium aromaticum

Nativa: India

Produção: India

Família botânica: Mirtáceas

Extração: Destilação a vapor d'água, Rendimento: 15g por Kg da planta

Propriedades e Indicações

Possui ação antimicróbica potente.

Útil na eliminação de verrugas e micoses de unha.

É anticoagulante e anti-inflamatório.

Analgésico em massagens, alivia a dor de aftas e dentárias.

Repelente potente (mais que a citronela) de vários insetos (inclusive o mosquito da

dengue).

Aspectos sutis

• Para aqueles que precisam se sentir fortes e capazes novamente,

reconhecendo seu potencial e analisando as causas de seus problemas e

soluções.

• Fortalece a ação, iniciativa e coragem.

• Energiza o campo sutil.


150

Mirra

Nome botânico: Commiphora mirrha / mukul

Propriedades e Indicações

Poderoso cicatrizante, útil em escaras, queimaduras e machucados.

Útil na gengivite.

Aumenta a imunidade.

Ajuda no hipotireoidismo (mirra indiana).

Na pele, promove a redução de rugas (especialmente mirra indiana –

oleorresina/abs).

Melhora a lubrificação vaginal (gel).

Aspectos sutis

• Para pessoas que carregam dentro de si amarguras.

• intenso sofrimento e precisam transmutar experiências difíceis e dolorosas.

• Um óleo protetor que favorece a introspecção.

• reduz a sensibilidade ao negativismo.


151

Orégano

Nome botânico: Qt. carvacrol, Origanum vulgare

Propriedades e Indicações

Anti-inflamatório potente (artrite, reumatismo).

analgésico (dores em geral).

antimicróbico (candidíase, micoses, verrugas, infecções de todos os tipos e

resistentes).

Em xampu, estimula o crescimento capilar.

Favorece a queima de gordura localizada em massagens.

Aspectos sutis

• Para aqueles que se sentem vulneráveis na vida.

• cansados e sem força e que são facilmente atacados e sugados de suas

energias.

• Combate o tédio, a frustração.

• devolve a vitalidade perdida para lutar por seus ideais.


152

Pimenta Negra

Nome botânico: Piper negrum

Propriedades e Indicações

Tonifica os vasos.

Melhora a aparência da celulite, ajuda na drenagem linfática e varizes.

Em xampus, estimula o crescimento capilar e reduz a oleosidade.

É considerado útil para parar de fumar.

O óleo via CO2 arde e com isso é mais potente na estimulação da circulação geral.

Aspectos sutis

• Útil nas situações de falta de vitalidade.

• condicionadas pelo medo ou insegurança.

• Melhora a energia de expressão e ação do indivíduo.

• Facilita a tomada de decisões.

• Afrodisíaco.

• reduz a tristeza e melancolia.


153

Rosa

Nome botânico: Rosa sp.

Propriedades e Indicações

Melhora a produção de colágeno na pele, promovendo rejuvenescimento facial.

Cicatrizante e antioxidante (anti-aging).

Previne o envelhecimento da pele.

Harmoniza os hormônios femininos (menopausa e TPM).

Reduz a agitação e ansiedade.

Potente antioxidante.

Aspectos sutis

• Desperta o amor próprio e fraterno ao outro.

• trabalhando bloqueios ao feminino e ao arquétipo materno.

• Expande o coração e o interesse para a vida.

• rompe medos e timidez.

• harmoniza relações.

DESCRIÇÃO DOS DESEQUILÍBRIOS e aplicabilidade dos óleos essenciais

Segue abaixo a descrição dos conceitos dos desequilíbrios encontrados


com maior incidência nas bibliografias pesquisadas, e os óleos essenciais
usados no tratamento destes e suas propriedades:
154

Anemia: consiste na diminuição da hemoglobina no sangue. Ocorre na maioria


das vezes pela falta de ferro no sangue, razão pela qual os órgãos não recebem
a quantidade suficiente de oxigênio e não podem realizar normalmente suas
funções.
Usa-se óleos essenciais com propriedades revitalizantes, que estimulem
o sistema metabólico e regulam a digestão, como: coentro, canela, vetiver e
alecrim.

Ansiedade: é um sentimento desagradável, vago, indefinido, que pode vir


acompanhado de sensações de frio no estômago, aperto no peito, coração
acelerado, tremores, podendo haver também sensações de falta de ar.
Quando ela é excessiva pode gerar sintomas como enrijecimento
muscular, problemas cardíacos, enxaqueca, insônia, dentre outros. Por isso são
indicados óleos sedativos que acalmam e relaxam a mente e o corpo, como:
benjoim, bergamota, camomila, gerânio, ilangue-ilangue, lavanda, melissa,
néroli, rosa, sândalo, laranja-doce.

Alergia: alergia é uma resposta imunológica a uma determinada substância . Para


amenizá-la usa-se óleos com propriedades calmantes e sedativas, como:
camomila, lavanda e melissa.

Aftas: são pequenas lesões na mucosa bucal. Para tratá-las o óleo de mirra é o
mais eficaz, por ser anti-séptico, fungicida e adstringente em inflamações.

Apetite (aumentar): O apetite é o desejo de se alimentar, a fome sentida. Ele


serve para regular uma ingestão adequada da energia necessária para manter
o metabolismo, se o apetite apresenta uma queda temporária como no

caso de convalescença, usa-se óleos estimulantes, que acabam por aumentar o


apetite, como: bergamota, camomila, cardamomo e hissopo.

Apetite (diminuir): usa-se óleos calmantes, antidepressivos e sedativos, pois é


comum as pessoas comerem por estímulo nervoso e ansiedade, então, essas
155

propriedade consequentemente irão regular do apetite. São eles: lavanda,


bergamota e zimbro.

Alcoolismo: é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. A aromaterapia neste


caso é um auxílio para desintoxicar o organismo, possuem essa propriedade os
óleos de funcho e zimbro.

Azia/ indigestão: é a sensação de queimação causada pelo retorno do suco


gástrico para o esôfago. Utiliza-se óleos com propriedades calmantes,
reconfortantes, analgésicos e estimulantes do sistema digestivo, como
Cardamomo e Pimenta.

Bronquite: é um estado de inflamação dos brônquios. O tratamento


aromaterápico visa combater a infecção, reduzindo a febre, moderando a tosse
e expelindo o muco. Utiliza-se óleos que hajam no sistema respiratório, que
reforçam o mecanismo de defesa do organismo, que regularizam a temperatura
corpórea, expectorantes e descongestionantes, como Hortelã-pimenta, hissopo,
Eucalipto, Bergamota.

Cãibras: são contrações involuntárias e dolorosas de um músculo esquelético.


Utiliza-se óleos com ações analgésicas para combater as dores musculares,
fortificantes, relaxantes e calmantes, como Alecrim, Sálvia, Manjerona,
Bergamota.

Candidíase: é a infecção de uma mucosa pelo fungo Cândida albicans. Utiliza-se


óleos essenciais antifúngicos como tea-tree (melaleuca), lavanda, mirra.

Cansaço mental: caracterizado por um cansaço inexplicável, que gera um sono


excessivo e confusão mental. Para tratar esses sintomas utilizam-se óleos
fortalecedores, revigorantes, estimulantes, que combatem a insônia e a
ansiedade, acalmam o sistema nervoso central, aliviam fadiga mental, o estresse
e que clareiam a mente. São eles: Alecrim, Manjericão, capim-limão e hortelã-
pimenta.
156

Catarro: produção excessiva de muco nas vias respiratórias. É uma resposta a


qualquer inflamação da mucosa que as reveste. Óleos purificadores,
analgésicos, descongestionantes, expectorantes e estimulantes do sistema
respiratório como Alecrim, Cálamo, Lavanda, hissopo e Eucalipto-glóbulo
ajudam a regularizar essa disfunção.

Cistite: consiste em inflamação na bexiga, frequentemente causada por infecção


bacteriana. Por este motivo, devem ser usados óleos com propriedades
diuréticas, antissépticas, anti-inflamatórias, analgésicos, bactericidas, que vão
tratar a infecção urinária, são eles: bétula, bergamota, lavanda, cajepute, cedro
e alho.

Cólica: é uma dor que ocorre em órgãos ocos, como estômago, intestino e útero.
Pode-se empregar óleos com propriedade analgésicas, sedativas, calmantes e
emenagogo (que regulariza o fluxo menstrual), como Lavanda, Manjerona,
Camomila-romana e hortelã-pimenta.

Depressão: vai de um termo geral para um quadro sintomático que vai de um


mero sentimento de abatimento até uma perda real da motivação para viver, ou
assim chamada, depressão endógena, que é acompanhada de apatia absoluta.
Quando assume a forma de inquietude, irritabilidade e incapacidade de
dormir é indicado usar óleos altamente sedativos, como os de camomila,
esclaréia, ylang-ylang, lavanda e sândalo que são ao mesmo tempo
antidepressivos.

Para elevar o estado de ânimo sem sedar usa-se óleos de bergamota, gerânio,
melissa e rosa. Nos casos em que a depressão está associada a ansiedade, o
óleo de néroli é um dos mais úteis, enquanto o de jasmim é tradicionalmente
usado para aumentar a confiança do indivíduo, tanto em si mesmo quanto na
possibilidade de superar circunstâncias difíceis.
157

Desconcentração: é não conseguir focar a mente em um determinado objetivo, é


se distrair ao invés de focar no que se tem que fazer. Para isso usa-se o óleo de
Lemongrass, que possui um efeito muito refrescante e estimulante. Usado para
acrescentar vivacidade mental, estimular o corpo e a mente.

Diabetes: é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da


glicose ou açúcar no sangue. Propriedades diuréticas que aumentam o volume
do fluxo urinário, atuando na eliminação de toxinas. Óleos essências de gerânio,
zimbro e eucalipto desempenham esta função. Gerânio, Zimbro, Eucalipto.

Dor de cabeça/ Enxaqueca: cientificamente denominada cefaléia, é definida como


a presença de sensação dolorosa na cabeça, no pescoço e na face. Existem
maisde 150 tipos diferentes, que podem ser divididas entre primárias, mais
comuns, e secundárias.
As cefaléias primárias são aquelas causadas por distúrbios bioquímicos
do próprio cérebro, que prejudicam o funcionamento de neurotransmissores e/ou
seus receptores, desencadeando a dor. O exemplo mais conhecido é a
enxaqueca, doença do cérebro transmitida e herdada geneticamente, em muitos
casos parece resultar de um fornecimento insuficiente de sangue para o cérebro.
Outros exemplos são as do tipo tensional, a cefaléia em salvas e as
hemicranias paroxísticas, também provocadas por desequilíbrios no
funcionamento químico do cérebro. Já as secundárias são causadas por
problemas em quaisquer regiões do corpo, como tumores cerebrais,

meningites, aneurismas, problemas dos olhos, ouvidos, garganta e até um


simples resfriado. Utilizam-se óleos voláteis de lavanda, hortelã-pimenta e
menta, por terem propriedades analgésicas, calmantes, refrescantes e
relaxantes.

Dor de dente: usar óleos essenciais com propriedades analgésicas, anti-sépticas,


germicidas, bactericidas e antiinflamatórios, como o de Camomila-romana,
Cravo, Cajepute e Tea-tree.
158

Dor de ouvido: pode ser causadas por um acúmulo de líquido e pressão na parte
posterior do tímpano, infecções, problemas no nariz, boca, garganta e
articulação do maxilar. Usam-se óleos com propriedades analgésicas,
antissépticas e antiinflamatórias como: Bétula, Cajepute, Cumaru e Lavanda.

Dor de garganta: devem ser usados óleos com propriedades refrescantes,


estimulantes do sistema imunológico, anti-sépticos, anti-inflamatórios e
bactericidas como: Cravo, Eucalipto, Gerânio, Tea-tree.

Dor nos pés: utiliza-se óleos com propriedades analgésicas, relaxantes e


sedativas, como: Sálvia, Tea-tree e Lavanda.

Dor muscular/ articular: dor muscular é uma queixa comum e normalmente está
relacionada com o abuso ou lesão ao músculo, resultado de um exercício ou
trabalho com o qual não se está habituado.
A dor articular pode ser decorrente de artralgia que é a dor em uma ou
mais articulações, ou osteoartrite que é a degeneração da cartilagem de uma
articulação e o crescimento de esporões ósseos, ou ainda bursite que é a
inflamação da bursa, esta é formada por sacos cheios de líquidos, que revestem
e protegem as protuberâncias ósseas, permitindo que os músculos e tendões se
movam livremente pelo osso.
Utiliza-se óleos com ações analgésicas, sedativas e refrescantes, como:
Lavanda e Tea-tree.

Dor nas costas: é uma afecção dolorosa que afeta principalmente a região lombar,
mas também pode atingir regiões cervicais e torácicas. Utilizam-se óleos
essenciais com efeitos analgésicos, calmantes e sedativos como: Alecrim,
Bétula, Lavanda, Ylang-Ylang e Manjerona.

Edema/ inchaço: é o acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial. Ele é


constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma.. Utilizam-se
óleos com efeito analgésico, purificador, desintoxicante, depurativo, estimulante
e energizante, que ajudam na eliminação de toxinas. Usados em conjunto,
159

alecrim e gerânio são muito eficazes para diminuir o inchaço das pernas e
calcanhares.

Enjôo/ náuseas: é a sensação de desconforto no estômago e uma vontade de


vomitar. Geralmente é sentida na parte superior do abdômen, pode ou não ser
seguida por vômito Para esses sintomas utilizam-se óleos com ações
analgésicas, desintoxicantes, depurativas, revitalizantes, como: Hortelã-
pimenta, Funcho, Cardamomo, Coentro e Gengibre.

Estresse: é uma reação do organismo, corpo e mente, causadas pelas alterações


psicofisiológicas, que ocorrem quando a pessoa se confronta com qualquer
evento ou situação que desincadeie adaptações nos modos de enfrentamento.
É necessário o uso de óleos essenciais com propriedades
antidepressivas, sedativas, relaxantes, equilibradoras, purificadoras,
energizantes e estimulantes, que acalmam estados de tensão mental e
emocional, como: Bergamota, Camomila, Lavanda e Alecrim.

Febre: consiste na elevação da temperatura do corpo, é uma resposta do


organismo a uma infecção. Inicialmente devem-se adotar óleos que promovem
a sudorese para estimular a redução da febre, são eles: alecrim, camomila,
citronela, cipreste, gengibre, lavanda, manjericão, ti-tree e zimbro.

Depois deve-se usar óleos que contribuem para redução da temperatura,


como bergamota, eucalipto, hortelã-pimenta e lavanda.

Frigidez/ Frieza: é a ausência do desejo sexual feminino. Manifesta-se pela


dificuldade ou incapacidade do corpo de responder a estímulos e carícias.
Devem ser usados óleos afrodisíacos, estimulantes, antidepressivos,
tranqüilizantes e sedativos, como: Ylang-Ylang, Néroli e Patchouli.

Fobia: é o medo persistente, excessivo e irreal de um objeto, pessoa, animal,


atividade ou situação. É um tipo de distúrbio de ansiedade. Uma pessoa com
160

fobia ou tenta evitar a coisa que ativa o medo, ou suporta isso com grande
ansiedade e angústia. Aplicam-se óleos com propriedades afrodisíacas,
antidepressivas, suavizantes, calmantes e relaxantes, como Jasmim, Melissa e
Néroli.

Gripe/ resfriado: são processos inflamatórios agudos. Devem ser usados óleos
com ação refrescante, estimulante, antisséptica, bactericida, depurativa, que
auxiliam a eliminar secreções e que induzem ao relaxamento, como: Eucalipto,
Limão, Laranja-amarga e Laranja-doce.

Hematoma: é o acúmulo de sangue em um órgão ou tecido, situado no local que


ocorreu a lesão. Apresenta coloração que varia entre azul, roxo, preto, verde e
amarelo, seguido de inchaço. Usam-se óleos com efeitos descongestionante,
estimulantes, analgésicos e vasos-constritores, como: Menta Piperita e Lavanda.

Herpes: é uma doença infecciosa provocada pelo vírus “herpes simplex vírus do
tipo I”. Se torna contagiosa quando há contato direto com o ferimento ou com
secreções de saliva. O vírus permanece incubado e pode reaparecer quando a
imunidade esta baixa.

Usa-se o óleo essencial de Tea-tree por ser um ótimo antiviral,


cicatrizante, poderoso estimulante do sistema imunológico, eficiente contra
infecções, bactérias e fungos.

Hipertensão (pressão alta): é uma doença cardiovascular muito frequente,


perigosa por ser silenciosa e só reconhecida quando causa alguma lesão em
órgãos como coração, cérebro, rins, vasos e visão.
São utilizados óleos com propriedades que ajudam a reduzir a pressão
sanguínea, que controlam os processos líquidos do sistema linfático, auxiliando
a eliminar secreções e diminuindo a retenção de água, normalizantes, com
161

ações analgésicas, sedativas e relaxantes, entre eles: Laranja-amarga, Limão e


Lavanda.

Hipotensão (pressão baixa): é a pressão arterial baixa e raramente trata-se de uma


doença grave, ela pode ser benéfica para o sistema cardiovascular, pois o
coração se cansa menos.
São utilizados óleo essenciais estimulantes, que elevem a pressão
sanguínea a um nível normal, como Canela e Cânfora.

Imunidade baixa: é quando o sistema imunológico esta enfraquecido, contraindo


doenças com facilidade, gripes se tornam frequentes e pequenas infecções se
tornam graves. Utilizam-se óleos estimulantes do sistema imunológico, como
Tea-tree e Ravensara.

Indigestão: chamada de dispepsia é o desconforto ou sensação de queimação


no abdômen superior, geralmente acompanhado de náusea, inchaço abdominal,
azia, eructações, e algumas vezes vômito.
Óleos com propriedades calmantes, antissépticas, carminativas e digestivas,
estimulante gástrico, purificadores, e que ajudam a eliminar secreções como:
Capim-limão, Citronela, Laranja-amarga, Laranja-doce e Lima.

Insônia: se caracteriza pela incapacidade de conciliar o sono ou por uma


dificuldade prolongada para adormecer por vários dias. Utilizam-se óleos com
propriedades Suavizantes, calmantes, antidepressivos, tranquilizantes,
sedativos, que acalmam as palpitações e tensão nervosa, entre eles: Lavanda,
Néroli e Melissa.

Intestino preso: caracteriza-se constipação se a frequência das evacuações


forem inferior a 3 vezes por semana. Usam-se óleos purificadores, antissépticos,
estimulantes e analgésicos, entre eles: Alecrim e Grapefruit.
162

Intestino solto: caracteriza-se pela frequência das evacuações superior a 1 vez


por dia. Utilizam-se óleos que hajam no sistema digestivo, incluem a
normalização, com ação analgésica, anti-séptica, germicida, bactericida, efeito
descongestionante, calmante e sedativo, entre eles: Lavanda, Ylang-Ylang e
Laranja-doce.

Mau hálito: de 90% a 95% dos casos é causado na língua, pois ela possui
diversas papilas gustativas entre as quais se formam saquinhos que retêm
resíduos de alimentos, por isso placas bacterianas começam a fermentar e
liberar odor de enxofre.
Óleos que diminuem a fermentação com propriedades antissépticas como
Cravo, Eucalipto, Tea-tree e Menta Piperita

Medo: é um sentimento que proporciona resistência demonstrada pelo receio de


fazer algo, geralmente por se sentir ameaçado, fisicamente ou psicologicamente.
Utilizam-se óleos com propriedades afrodisíacas, relaxantes,
antidepressivas, tranquilizantes, sedativos, que acalmam as palpitações e
tensões nervosas, como: Laranja-doce, Néroli, Sálvia esclaréia, Gerânio,
Manjerona.

Memória fraca: Usam-se óleos com propriedades estimulantes, purificantes, que


equilibram a energia, fortalecem a concentração e clareiam a mente. Acredita-
se que óleos essenciais classificados como cefálicos estimulem a memória, o
óleo de alecrim é o mais indicado deles. Outros óleos: Manjericão, Lemongrass,
Eucalipto e Grapefruit.

Menopausa: período que se caracteriza pela interrupção fisiológica dos ciclos


menstruais e ovulatórios. Utiliza-se óleos com propriedades imune estimulantes,
calmantes, analgésicos, relaxantes, antidepressivos e reguladores do sistema
reprodutivo feminino, entre eles: Gerânio, Camomila-romana (equilíbrio
hormonal), Sálvia esclaréia (calores), Rosa (tonifica o útero).
163

Obesidade: é o sobrepeso que vem em consequência da ingestão de um excesso


de calorias que o corpo não consegue queimar. É um problema muito frequente,
pois as pessoas estão cada vez mais sedentárias e com a alimentação rica em
gorduras e açúcares.
Utiliza-se óleos com propriedades antissépticas, desintoxicantes, energizantes,
carminativas, digestivas, depurativas, diuréticas, suavemente laxativas e
sedativas, entre eles: Tangerina, Limão e Funcho.

Odores nos pés: é o odor intenso e desagradável provocado pela transpiração em


conjunto com bactérias e fungos presentes em nossa pele que absorvem a
umidade e excretam a sobra. Utiliza-se óleos com propriedades refrescantes,
antissépticas, antifúngicas, bactericidas, germicidas, desodorantes e
purificadoras, entre outros: Tea-tree, Sálvia e Citronela.

Picadas de inseto: utiliza-se óleos com ações refrescantes, desodorantes,


purificadores, antissépticos, fungicidas e repelentes, como: Tea-tree e Citronela.

Queimadura: são lesões na pele geralmente provocadas pela exposição a um


calor intenso ou pelo contato com um agente químico. Podem ser de

primeiro, segundo e terceiro grau. Usa-se o óleo essencial de Lavanda por ser
um sedativo suave, ter ação anti-séptica, analgésica, antibiótica, bactericida,
efeito descongestionante, além de ser um dos únicos óleos que podem ser
aplicados diretamente na pele.

Raiva: é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra


alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego sente-se ferido ou
ameaçado.
Deve-se utilizar óleos com efeito calmante, sedativo, indicados para
ansiedade, que acalmam tensão mental e emocional, hipersensibilidades e
estresse, entre eles: Ylang-Ylang, Camomila-romana, Grapefruit , Manjerona e
Lavanda.
164

Reumatismo: é um grupo de doenças como artrites, mialgias, neurites, que


afetam articulações, músculos e esqueleto, caracterizado por dores e restrições
dos movimentos. Usa-se óleos com propriedades adstringentes, suavizantes,
refrescantes, calmantes e estimulantes que ajudam na emissão de fluidos, entre
eles: Alecrim, Lavanda, Cipreste e Cajepute.

Rinite/ sinusite: rinite é a irritação e inflamação crônica ou aguda da mucosa


nasal, pode ser causada por vírus ou por bactérias, mas geralmente é
manifestada em decorrência de alergia ao pó, fumaça e outros agentes.
E sinusite é a inflamação das mucosas dos seios da face(os seios
paranasais), que são cavidades situadas junto ao nariz onde se acumula muco
que normalmente é claro e fluido e que escorre normalmente para o nariz, em
algumas pessoas esse líquido fica acumulado provocando a inflamação.
Usa-se óleos com propriedades antissépticas, expectorantes,
descongestionantes, analgésicos, sedativos e estimulantes do sistema
respiratório, entre eles: Eucalipto, Hortelã e Lavanda.

TPM: a tensão pré-menstrual é uma síndrome que atinge a maior parte das
mulheres, ela aparece nos dias que antecedem a menstruação, e acaba

geralmente quando a mesma começa. Se caracteriza por uma irritabilidade e


ansiedade acentuadas, manifestações físicas como dor nas mamas, distensão
abdominal, dor de cabeça, dentre outras.
Utiliza-se óleos que atuam na ansiedade, com propriedades calmantes,
antidepressivas, que acalmam estados de tensão mental e emocional,
hipersensibilidade, acessos de raiva e estresse, como também, reguladores do
sistema glandular e reprodutor feminino, entre eles: Alecrim, Gerânio, Funcho,
Camomila e Bergamota.

Tosse: é uma contração espasmódica, repentina e frequentemente repetitiva da


cavidade torácica, é uma rápida liberação de ar dos pulmões que permite a
165

expulsão de substâncias indesejáveis que estão irritando as passagens de ar na


faringe, laringe, traquéia ou pulmões.
Usa-se óleos com propriedades antissépticas, antiviral, purificantes,
expectorantes, suavizantes, refrescantes e estimulantes do sistema respiratório,
entre eles: Cedro-atlas, Cipreste, Hissopo, Hortelã-pimenta e Eucalipto.

Torcicolo: é a contração de músculos do pescoço, de modo que a cabeça


permanece inclinada para um dos lados e o queixo chega a projetar-se para o
lado oposto.
Utiliza-se os óleos essenciais de Menta Piperita e Lavanda, por
possuírem ações descongestionantes, calmantes, analgésicas, antissépticas,
antibióticas, sedativas e vasoconstritoras.

Acne: é uma reação inflamatória dos folículos pilosebáceos na pele causa


pela bactéria acnies propiones e/ou por uma mudança hormonal. É mais
frequência na adolescência, pois o nível elevado de hormônios causa o aumento
da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas, provocando o aparecimento
dela.

Os óleos de bergamota e lavanda são os mais eficazes, ambos são


bactericidas. Lavanda também é sedativa e curativa, além de promover o
crescimento de novas células saudáveis. A bergamota é adstringente e
antidepressiva.
Pode-se ministrar o óleo de gerânio para equilibrar a secreção de sebo e
Tea-tree que além de refrescante, estimula o sistema imunológico, e é eficiente
contra infecções, bactérias e fungos.

Alopecia: é a queda temporária, total ou parcial, dos pêlos ou do cabelo. Utiliza-


se óleos como alecrim, lavanda e tomilho que são identificados como
estimulantes do crescimento capilar.
166

Usa-se também o óleo de Cedro que é antiseborréico, diminui a


oleosidade dos cabelos, combatendo a caspa e contendo a queda, além de
promover um relaxamento profundo e acalmar a ansiedade e o estresse.

Caspa: são finas escamas brancas (pele morta) oleosos ou não, que se
desprendem do couro cabeludo. Esta descamação associada à coceira pode ser
causada por vários distúrbios, incluindo fungos, pele ressecada, dermatite
seborreica, psoríase e eczema.
Não é contagiosa. Utiliza-se óleos com propriedades anti-seborréicas,
antissépticas, bactericidas, fungicidas e estimulantes, entre eles: Alecrim, Tea-
tree e Cedro.

Cabelos ressecados: é a denominação utilizada para cabelos não sedosos, devido


à pouca produção de gordura pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo,
sendo assim, os fios não tem lubrificação adequada tendo pouca hidratação e
muitas vezes sendo quebradiços Usa-se óleos estimulantes como Ylang- Ylang
e Alecrim.

Cabelos oleosos: acontece devido a produção excessiva de sebo pelas glândulas


sebáceas do couro cabeludo, os fios ficam com aspecto de sujo rapidamente.
Utiliza-se óleos com propriedades estimulantes, anti-sépticas,

anti-seborréicos, que ajudam a controlar a oleosidade, bactericidas, fungicidas,


como: Tea-tree e Menta Piperita.

Calos: é uma área dura de pele que se tornou grossa e rígida devido à pressão
constante e anormal a que a área é submetida, nos pés geralmente provém de
calçados apertados. Usa-se o óleo essencial de cravo por ser analgésico, anti-
séptico e cicatrizante nas lesões.

Celulite: também conhecida por fibro edema gelóide e lipodistrofia ginóide,

consiste em uma alteração patológica do tecido adiposo, com presença de


167

edema(hidro) e com função venolinfática alterada, não é um processo


inflamatório.
Usa-se óleos com propriedades desintoxicantes, estimulantes do sistema
linfático, reguladores hormonais e talvez diuréticos suaves, entre eles: Alecrim,
Grapefruit, Cipreste, Limão e Gerânio, que é um óleo que estimula o córtex
adrenal, onde são produzidos os hormônios que regularizam a produção de
hormônios em outros
órgãos.

Dermatite: é uma doença crônica que causa inflamação da pele e é caracterizada


por lesões avermelhadas que causam coceira. Muitas vezes é observada em
pessoas com história de alergia respiratória. Geralmente o estresse está
envolvido neste quadro, logo, é necessário tratá-lo.
Óleos como os de bergamota, camomila, lavanda, melissa e néroli são
muito importantes por possuírem propriedades calmantes, antissépticas,
antidepressivas, sedativas, que acalma palpitações e tensões nervosas.
O eczema também pode ser visto como uma tentativa do organismo de
expulsar toxinas acumuladas através da pele, o óleo de zimbro é excelente para
desintoxicação, inclusive emocional.

Estrias: são causadas por um rompimento das fibras elásticas devido ao


estiramento excessivo da pele, podem surgir devido ao aumento de peso,

aumento rápido da massa muscular, gravidez, alterações hormonais,


medicamentos.
Utiliza-se óleos que sejam estimulantes celulares, regeneradores de
tecido e cicatrizantes, como Pau-rosa e Néroli.

Envelhecimento: o intrínseco é decorrente do desgaste natural do organismo,


causado pelo passar dos anos, sem interferência de agentes externos, este é
natural. Já o envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento é decorrente do
efeito da radiação ultra-violeta, do tabagismo, má alimentação, dentre outros
hábitos que não são saudáveis. Utiliza-se óleos que fortificam as veias e firmam
168

a pele, com propriedades refrescantes, estimulantes, depurativas, antissépticas,


antirreumáticas e diuréticas, entre eles: Limão e Nardo.

Frieiras: também conhecido como pé de atleta, é uma infecção causada por


fungos. Estes estão presentes no ambiente e até mesmo na nossa pele, mas
quando os pés, ou outras áreas do corpo permanecem úmidas, quentes e
irritadas, o fungo se multiplica e infecta as camadas superiores da pele. Pode
gerar rachaduras no local infectado.
Usa-se óleos para reduzir a dor e a coceira os mais eficazes são: manjerona e
pimenta-do-reino, e Tea-tree (melaleuca), que é antisséptico e inibe a formação
e proliferação de fungos e bactérias.

Gordura localizada: A gordura localizada é o acúmulo de gordura nos adipócitos,


células que formam o tecido subcutâneo ou hipoderme, é uma predisposição
individual e geralmente nos homens é comum na região abdominal e nas
mulheres na região periférica (glúteos, quadril e coxas). Utiliza-se óleos que vão
estimular o organismo, entre eles: Alecrim, Grapefruit e Lemongrass.

Manchas: são quaisquer mudanças na cor natural de pele, essas alterações


podem ser mais claras que o tom da pele, então chamadas de hipocrômicas,

ou mais escuras que o tom da pele, chamadas de hipercrômicas. São causadas


pela diminuição ou aumento da quantidade de melanina produzida nos
melanócitos do local, respectivamente.
As manchas surgem por fatores como características genéticas,
alterações hormonais, exposição a radiação ultravioleta (radiação solar),
gravidez, e uso de anticoncepcionais. Usa-se óleos com propriedades
regeneradoras, estimulantes celulares, antissépticos e hidratantes, entre ele:
Palmarosa e Gerânio.

Micose: é o nome dado a várias infecções causadas por fungos, ocorre na pele,
pêlos, unhas e mucosas. Se desenvolvem na umidade e no calor e se alimentam
169

de gordura e queratina, é muito comum aparecer quando a pessoa está com


imunidade baixa.
Usa-se óleos com propriedades antissépticas, refrescantes, bactericidas,
fungicidas, cicatrizantes e analgésicos, como: Tea-tree, Gerânio, Cravo-da-índia
e Pimenta-do-reino.

Pé ressecado: quando os pés estão desidratados usa-se o óleo essencial de


Ylang-Ylang.

Pele oleosa: o excesso de oleosidade na pele é causado por uma produção de


sebo exagerada, o sebo é um lubrificante e um hidratante natural da pele, mas
o ideal é que esta produção esteja equilibrada. Usa-se óleos com propriedades
adstringentes, antissépticas e anti-seborréicas, como: Bergamota, Cedro,
Cipreste, Camomila e Lavanda.

Pele seca: acontece quando as glândulas sebáceas não produzem sebo


suficiente para lubrificar a pele, ela fica desidratada e se não for hidratada sofrerá
o processo de envelhecimento mais rápido. Usa-se óleos com propriedades
antisépticas e estimulantes, como: Rosa, Néroli e Sândalo.

Piolhos (pediculose): são pequenos insetos, parasitas, com aproximadamente


3mm, cor marrom acinzentado, que causam uma forte coceira. Usa-se o óleo
essencial de Tea-tree por possuir ação desodorante e antisséptica.

Psoríase: é uma doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa, com


incidência genética em cerca de 30% dos casos. Caracteriza-se por lesões
avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, aparecem em geral no
couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Usa-se óleos com propriedades
estimulantes, refrescantes, antissépticas, fungicidas, bactericidas, e que
combatem oleosidade, entre eles: Bergamota, Tea-tree e Lavanda.
170

Retenção de líquido: a principal causa normalmente é a deficiência no sistema


linfático, a circulação sanguínea fica comprometida não conseguindo drenar o
líquido intersticial como deveria, isso gera acúmulo do líquido e
consequentemente inchaço.
Usa-se óleos com propriedades desintoxicantes, depurativas,
estimulantes, analgésicas, sudoríferas, que auxiliam na eliminação de fluidos,
toxinas e purificação do sangue, entre eles: Funcho, Bétula, Alcaravia e
Angélica.

Rugas: são sulcos de expressão que surgem em consequência da repetição


constante de determinados movimentos, e da constante contração muscular. As
rugas decorrentes da idade são as estáticas, se originam por causa do
afrouxamento da musculatura e da própria pele com influência da gravidade.
Os locais mais comuns para o aparecimento delas são: ao redor dos
olhos, testa e lábios. Utiliza-se óleos com ação revitalizante e tônico para peles
envelhecidas, reguladores, cicatrizante, hidratante, tranqüilizante, sedativa, anti-
séptica e estimulante, entre eles: Olíbano, Néroli, Rosa e Mirra.

Seborréia: é uma doença da pele que afeta o couro cabeludo, a face e algumas
outras partes do corpo abundantes em glândulas sebáceas. Provoca

eritema, descamação oleosa e prurido. Utiliza-se óleos com propriedades anti-


seborréicas, antissépticas, fungicidas, bactericidas e estimulantes do
metabolismo, entre eles: Bergamota, Cedro, Sálvia e Patchouli.

Unhas quebradiças: Usa-se o óleo essencial de limão por ser um excelente


ntiséptico, bactericida, fortificante e estimulante.

Verruga: é um pequeno tumor benigno, em forma de saliência de pele dura Usa-


se óleos com propriedades antissépticas, depurativas, fungicidas, bactericidas e
cicatrizantes, entre eles: Tea-tree, Cravo e Limão.
171

Varizes: são veias dilatadas e deformadas, de coloração púrpuro-azulada, que


surgem ao longo das pernas e podem causar dor e inchaço.
Usa-se os óleos essenciais de Limão e Cipreste por possuírem
propriedades suavizantes, refrescantes e estimulantes, que fortificam as veias.

Receitas aromaterapeuticas sortidas

• Queda de cabelo: 1 gota de alecrim em um punhado de xampu. Lavar o


cabelo.

• Para alívio dos sintomas da menopausa: 60ml de OV germe de trigo + 15


gotas de OE artemísia + 25 gotas de OE sálvia esclareia. Massagear o corpo
e usar como óleo pós-banho.

• Água de cheiro calmante: água destilada – 80ml + álcool de cereais – 20ml


+ OE bergamota – 20 gotas + OE petitgrain – 5 gotas + OE laranja – 10 gotas.
Misture o álcool aos OEs, depois adicione a água aos poucos. Agite bem e
guarde em
• frasco âmbar com borrifador.

• Para estimular a circulação: 60ml OV arnica + 10 gotas de OE canela + 20


gotas de OE limão. Massagear o local.

• Banho capilar para cabelos oleosos e com caspa: 5 gotas de OE cedro +


5 gotas de OE alecrim + 1 copo d'gua. Misturar tudo e lavar o cabelo,
friccionando o couro cabeludo.
• Deixar secar.

• Banho de assento para alívio de hemorroidas: OE cipreste – 3 gotas + OE


limão – 2 gotas. Colocar os óleos em uma bacia com água morna.
172

Permanecer sentado por 20 min. Repetir 3x ao dia para aliviar a dor e o


desconforto.

• Óleo repelente de mosquitos: OV andiroba – 60ml + OE citronela – 30


gotas. Misture bem e passe no corpo.

• Contra tosses: 20 gotas de OE copaiba + 10 gotas de OE tomilho em 60ml


de OV buriti. Massagear peito e costas.

• Para fortalecer as unhas: 1 gota de OE cravo + 3 gotas de OV argan.


Misturar e massagear as unhas.

• Sinergia para drenagem linfática: 20 gotas de OE erva-doce + 30 gotas de


OE limão + 60ml de OV andiroba.

• Inalação para sinusite: 10 gotas de OE eucalipto. Ferver 1 litro de água.


Esperar 1 min para adicionar o óleo. Cobrir a cabeça com toalha quente e
inalar por 20 min.

• Para dores musculares: 20 gotas de OE gengibre + 10 gotas de OE alecrim


+ 30ml de OV camomila-alemã. Massagear o local.

• Água aromática tônica para peles secas: 10 gotas de OE gerânio + 7 gotas


de OE lavanda. Misturar em 50ml de água destilada. Agitar antes de usar.
Aplicar com um algodão no rosto.

• Máscara de argila para clarear a pele: 1 colher de sopa cheia de argila


branca + 1 gota de OE hortelã-pimenta + 2 gotas de OE lavanda. Misturar a
argila na água até formar uma pasta, depois acrescentar os óleos essenciais.
Aplicar no rosto e deixar por 20 min. Enxaguar em seguida.
173

• Contra insônia: Coloque no aromatizador 5 gotas de OE de laranja e


complete com água.

• Contra assaduras no bebê: 30 gotas de OE lavanda + 60ml de OV germe


de trigo. Misturar e aplicar na região afetada.

• Spray para espantar moscas e mosquitos: 100ml de água + 30 gotas de


OE lemongrass. Borrifar nos locais desejados.

• Sinergia contra varizes: 30 gotas de OE limão tahiti + 30 gotas de OE


cipreste + 60ml de OV arnica montana. Misturar bem e massagear na área
acima das varizes. Não massagear direto no local, nem abaixo.

• Óleo de massagem contra insônia: 60ml de OV semente de uva + 20 gotas


de OE manjericão + 10 gotas de OE manjerona.

• Escalda-pés para favorecer o sono: 4 gotas de OE manjerona + 2 gotas de


OE lavanda. Acrescentar os óleos em uma bacia de água morna. Descansar
os pés por 20 minutos.

• Contra acnes e espinhas: Colocar 2 gotas de OE Melaleuca em um


cotonete e e aplicar direto na acne ou espinha.

• Óleo hidratante, suaviza marcas e regenera as células: 10 gotas OE


lavanda + 20 gotas de OE olíbano + 30ml de OV rosa mosqueta.

• Máscara rejuvenescedora: 1 colher de sopa cheia de argila verde + 2 gotas


de OE olíbano + 1 gota de OE palmarosa. Misturar a argila até formar uma
174

pasta. Adicione os óleos. Misture. Aplique em todo o rosto. Deixe 20 minutos.


Enxague.

• Óleo aromático amadeirado: 10 gotas de OE patchouli + 5 gotas de OE


cedro + 15 gotas de OE laranja em 60ml de óleo de amêndoa doce.

• Máscara para tratamento de acne: 1 colher de sopa cheia de argila verde


+ 1 colher de sopa de aveia em flocos finos + 2 gotas de OE petitgrain + 1
gota de OE hortelã-pimenta. Misture a argila até formar uma pasta. Adicione
os óleos. Misture. Aplique em todo o rosto. Deixe 20 minutos. Enxague.

• Óleo pós-banho para alívio dos sintomas da menopausa: 10 gotas de OE


sálvia esclaréia + 20 gotas de OE gerânio + 60ml de OV germe de trigo.

• Óleo anti-estrias: 10 gotas de OE patchouli + 20 gotas de OE tangerina +


30ml de OV rosa mosqueta. Friccionar sobre as estrias diariamente.

• Enxaguante bucal: 100 ml de água destilada + 1 colher de sopa de álcool


de cereais + 10 gotas de OE tomilho + 20 gotas de OE tea tree + 10 gotas de
OE hortelã-pimenta. Dilua os óleos no álcool e acrescente a água. Agite
sempre antes do uso. Use após a escovação.

• Para alívio de dores reumáticas: 20 gotas de OE vetiver + 10 gotas de OE


copaiba em 60ml de OV arnica montana.

• Escalda-pés para baixar a pressão arterial: 8 gotas de OE ylang ylang + 3


gotas de OE lavanda em uma bacia com água a 35°C. Permanecer com os
pés na água durante 15 minutos.
175

• Máscara capilar para cabelos secos e opacos: 30ml de OV abacate + 10


gotas de OE tea tree + 5 gotas de OE tomilho. Fazer mechas no cabelo e
aplicar enluvando. Envolver em toalha morna. Esperar 40 min e lavar com
xampu neutro.

• Óleo calmante para bebês: 60ml de OV amêndoa doce + 6 gotas de OE


lavanda + 6 gotas de OE tangerina. Massagear o corpo do bebê logo após o
banho ou antes de dormir.

• Óleo reparador do cabelo, para comprimento e pontas: 60ml OV argan +


20 gotas de OE lavanda + 15 gotas de OE sálvia esclareia.

• Em caso de contusão e hematoma: 60ml de OV arnica montana + 30 gotas


de OE hortelã-pimenta. Aplicar no local.

• Máscara para cabelos claros: 30ml de OV camomila-alemã + 10 gotas de


OE limão + 10 gotas de OE gerânio. Separar as mechas do cabelo e passar
a mistura enluvando. Envolver em toalha morna e deixar agir por 1 hora.
Lavar a seguir com xampu neutro.

• Para evitar o esbranquecimento precoce dos cabelos: 60ml de OV


gergelim + 20 gotas de OE sálvia esclaréia + 20 gotas de OE manjerona.
Misturar tudo. Aplicar no cabelo e couro cabeludo, massageando. Deixar

• agir por 15 minutos. Lavar o cabelo em seguida com xampu neutro. Repetir
1 x ao dia.

• Para evitar rachaduras nos pés: 60ml de OV germe de trigo + 30 gotas de


OE patchouli. Massagear os calcanhares à noite e colocar meias nos pés.

• Cicatrizante para crianças e bebês: aplicar OV girassol no local com 1 gota


de OE lavanda.
176

• Para diminuir olheiras e bolsas nos olhos: Aplicar uma pequena


quantidade de rosa mosqueta nos dedos, e massagear em volta dos olhos
antes de dormir. Usar diariamente.

• Óleo pós-banho aromático: 60ml de OV semente de uva + 10 gotas de OE


ylang ylang +20 gotas de OE bergamota.

• Para cabelos sedosos, nutridos e protegidos: 30ml de óleo de açaí + 10


gotas de OE ylang ylang. Aplique uma pequena quantidade nos cabelos
úmidos ou secos, nas pontas e comprimento.

• Óleo anti-celulite: 60ml OV andiroba + 20 gotas de OE limão tahiti + 25 gotas


de OE laranja doce + 5 gotas de OE petitgrain. Massagear o local com
frequência.

• Óleo pós-sol: 60ml de OV buriti + 30 gotas de OE lavanda.

• Para intensificar a cor de cabelos escuros: 2 colheres de sopa de OV


castanha-do-pará + 6 gotas de OE manjerona. Aplicar em todo o cabelo, e
deixar por 30 minutos. Enxaguar com xampu neutro. Repetir 1x por semana.

• Óleo para massagem afrodisíaco: 60ml de OV babaçu + 20 gotas de OE


ylang ylang + 10 gotas de OE patchouli + 1 gota de OE canela.

• Sinergia contra psoríase: 60ml de bálsamo de copaíba + 30ml de OV rosa-


mosqueta + 15 gotas de OE bergamota + 15 gotas de OE cedro. Aplicar de
2 a 3x ao dia.

• Após a escova ou chapinha: Coloque algumas gotas na mão e passe no


comprimento e pontas, para dar brilho, desembaraçar e manter o alisamento
por mais tempo.
177

• Creme anti-rugas: 100gr de creme base + 30 gotas de seiva de sangue de


dragão + 20 gotas de OE olíbano. Misturar bem e massagear o rosto
diariamente.

• Artrite: massagear o local com 30ml de OV sucupira + 15 gotas de OE vetiver


várias vezes ao dia.

• Fórmula para Massagem afrodissiaca: 100 ml de óleo de Abacate


(finíssimo), 30 gotas de óleo essencial de Ylang-Ylang, 20 gotas de óleo
essencial de Sândalo, 10 gotas de óleo ssencial de Flor de Laranjeira, 08
gotas de óleo essencial de Jasmim, 02 gotas de óleo essencial de Canela.

• Desodorante de Sálvia e Melaleuca: 100ml de água, 50ml de álcool de


cereais, 10 gotas de óleo essencial de Sálvia, 5 gotas de óleo essencial de
Melaleuca, 1 colher de café de bicarbonato de sódio (2g)

• Antisséptico Bucal: Ingredientes: 1 colher de chá de casca de Juá em pó


(6g), 1 colher de chá de cravo em pó (6g), 1 colher de café cheia de canela
em pó (3g) Preparo: Misturar bem todos os ingredientes.

• Loção para limpeza da pele: 1 colher de café cheia de glicerina vegetal


(3g), 1 colher de café cheia de amido de milho (3g), 25ml de água morna, 2
gotas de óleo essencial de menta, Preparo: Derreta a glicerina, acrescente

o amido de milho e a água morna para dissolvê-lo. Junte o óleo essencial de


menta e misture bem. Use molhado em bolinha de algodão para limpar a
pele.

• Emulsão labial: 1g de cera de abelha (1 pitadinha), 1 colher de café cheia


de manteiga de cacau (3g), 1ml de óleo de amêndoa; Preparo: Derreter a
cera de abelha e a manteiga de cacau em banho maria. Adicione o óleo de
amendoa, e despeje-o em um recipiente enquanto estiver líquido (endurece
178

com relativa rapidez). Espere esfriar com o potinho destampado para não
formar gotículas.

• Máscara de argila cicatrizante e clareadora: 3 colheres de sopa de argila,


1 colher de café de extrato glicólico de calêndula, 10 gotas de própolis, 2
gotas de óleo essencial de canela e água.

• Sais de ervas: (receita para 60g) 3 colheres de sopa de sal grosso, 1 colher
de sopa de sulfato de magnésio, 2 gotas de óleo essencial de capim-limão,
1 colher de sopa de ervas desidratadas . Preparo: Coloque todos os
ingredientes em um saco plástico, feche-o e balance-o até misturar os
ingredientes. *Se você não tiver sal para cosméticos, use o sal grosso
comum. Basta aquecer o forno por 10 minutos, desligá-lo e colocar o sal.
Deixe até que a temperatura fique ambiente. Esse processo desidrata o sal
e garante que ele não vá empapar.

• Sabonete hidratante e nutritivo: 60g de glicerina ou base para sabão


(100% vegetal ou de leite de cabra), 3ml extrato de erva doce (1 colher de
café), 3ml de óleo de amêndoas (1 colher de café), 2 gotas de óleo essencial
de ylang ylang. Preparo: Coloque a glicerina/base para derreter. Assim que
estiver derretida, retire do fogo e deixe esfriar por aproximadamente 5
minutos. Depois disso, adicione o extrato, o óleo e o óleo essencial. Coloque
todo conteúdo na forma e deixe secar por duas horas, remova da forma e
aguarde mais duas horas para embalar.
179

Guia de receitas elaboradas junto a pastoral da saúde- palhoça/ sc.

Tintura
Ingredientes

 800 ml de álcool de cereais


 200 ml de água destilada
 100g de planta medicinal seca
180

ou
 200g de planta medicinal natural

Modo de preparo

Primeiro selecione a planta que será utilizada. Só use folhas saudáveis e


adultas (sem fungos, ferrugens, machucadas ou amarelas). Retire os galhos, caules e
coloque na balança. Depois lave e seque a planta com um tecido limpo. Pique ela em
pedaços bem pequenos.
Coloque a planta medicinal com um pouco de álcool de cereais em um pote
grande de vidro e soque com um pilão. Depois que a planta já soltou bastante líquido,
preencha o pote com o restante do álcool, a água destilada e misture.
Feche o pote, etiquete com a data de fabricação e a data em que a tintura
deve ser coada.
Embrulhe o pote de vidro com papel pardo e também coloque os dados do lado de fora do
papel.
Depois de passados alguns dias*, coe, coloque num vidro escuro com uma
etiqueta fornecendo o nome científico e popular da planta, sua indicação, dosagem e a
data de validade.

 Rendimento: 1 litro de tintura.


 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
* Folhas, flores e talos: Devem macerar de 10 a 15 dias.
Bulbos e rizomas: Devem macerar de 15 a 20 dias.
Raízes, cascas e sementes: Devem macerar 30 dias.
Própolis: Deve macerar 30 dias.

Cristal de gengibre

Ingredientes

 ½ kg de gengibre
 10 limões
181

 7 folhas de alfavaca
 10 ml de tintura de malva
 10 ml de tintura de tomilho
 1 colher de sopa de sal*
ou
 2 colheres de sopa de açúcar mascavo**

Modo de preparo

Descasque e pique o gengibre em pedaços bem pequenos. Esprema os limões


e reserve o suco. Bata as plantas com o sal ou açúcar e o suco dos limões no
liquidificador. Coe essa mistura. Depois coloque o gengibre em uma forma e despeje a
mistura de limão com as plantas.
Deixe a forma em repouso por uma hora e meia. Depois coe, e coloque
novamente na forma. Deixe ao sol por um dia e depois aqueça no forno (40ºC) durante 30
minutos e desligue.
Tire do forno assim que ele estiver frio ou até que o gengibre esteja bem
seco.
Coloque num pote, identifique e coloque a data de validade.

 Validade: 2 meses.

* Gengibre salgado: Serve para inflamações na garganta.


** Gengibre doce: Serve para rouquidão e assepsia da boca.

Xarope de Mel

Ingredientes
182

 1 kg de mel
 100g de guaco
 100g de agrião

Modo de preparo

Primeiro selecione e pese o guaco. Faça a mesma coisa com o agrião. Lave-os
e depois pique bem as plantas.
Coloque o mel junto com as plantas na panela em banho-maria durante uma
hora e meia, tampando a panela e mexendo de vez em quando.
Coe a mistura e coloque ainda quente num vidro escuro.
Coloque uma etiqueta com o nome das plantas utilizadas, a data de
fabricação/validade e a dosagem.

 Validade: 2 meses na geladeira.

Indicação: Problemas do trato respiratório (asma, bronquite, tosse, inflamações).

Xarope Cinco Ervas

Ingredientes

 1 kg de açúcar mascavo
 1 litro de chá com 5 ervas*
183

 1 kg de açúcar mascavo
 2 limões (suco)
 2 ml de tintura de própolis
 2 ml de tintura de angico

Modo de preparo

Depois do chá pronto, bata ele no liquidificador, coe e reserve.


Derreta o açúcar mascavo até que atinja o ponto de bala. Acrescente o suco
de limão e mexa.
Coloque o chá das plantas e desligue o fogo. Mexa bem e coloque as tinturas.
Coe, embale em vidro escuro ainda quente.
Identifique o xarope com o nome das plantas utilizadas, a data de
fabricação, validade, dosagem e data de validade.

 Validade: 1 mês na geladeira.

 Indicação: Problemas do trato respiratório (asma, bronquite, tosse, inflamações,


gripes e resfriados).

*Feito com 2 litros de água e 50g de cada planta para o sistema respiratório. Utiliza-se
a infusão (picar as plantas e jogar água fervente nelas. Deixar abafar por 20 minutos).

Spray para afecções da garganta

Ingredientes

 30 ml de tintura (própolis, malva, alfavaca,


tansagem, gengibre e tomilho)
184

 20 ml de água destilada
 1 colher de sopa de mel
 180 ml de tintura (sendo 60 ml de 3
tinturas diferentes)
 120 ml de água destilada
 6 colheres de sopa de mel

Modo de preparo

Depois do chá pronto, bata ele no liquidificador, coe e reserve.


Derreta o açúcar mascavo até que atinja o ponto de bala. Acrescente o suco
de limão e mexa. Coloque o chá das plantas e desligue o fogo. Mexa bem e coloque as
tinturas.
Coe, embale em vidro escuro ainda quente. Identifique o xarope com o nome
das plantas utilizadas, a data de fabricação, validade, dosagem e data de validade.

 Validade: 1 mês na geladeira.

 Indicação: Problemas do trato respiratório (asma, bronquite, tosse, inflamações,


gripes e resfriados).

*Feito com 2 litros de água e 50g de cada planta para o sistema respiratório. Utiliza-se
a infusão (picar as plantas e jogar água fervente nelas. Deixar abafar por 20 minutos).

Sabonete Tônico

Ingredientes
185

 1 kg de glicerina em barra (pura)


 30 ml de tintura (ou de chá) de canela
 30 ml de tintura (ou de chá) de gengibre
 30 ml de tintura (ou de chá) de alecrim
 30 ml de tintura (ou de chá) de centelha asiática
 30 ml de tintura (ou de chá) de chá verde
 Aveia em flocos

Modo de preparo

Coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar ou prepare os


chás. Pique a glicerina e leve ao fogo numa panela de ágata. Se mexer muito a glicerina o
sabonete ficará opaco.
Misture as tinturas ou chás na glicerina derretida. Coloque a mistura em
fôrmas, polvilhe com a aveia em flocos e deixe esfriar.
Desenforme e embale o sabonete, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 6 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Sabonete Anti-séptico

Ingredientes
186

 1 kg de glicerina em barra (pura)


 30 ml de tintura (ou de chá) de malva
 30 ml de tintura (ou de chá) de confrei
 30 ml de tintura (ou de chá) de própolis
 30 ml de tintura (ou de chá) de rosa
 30 ml de tintura (ou de chá) de alecrim
 Argila

Modo de preparo

Coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar ou prepare os


chás. Pique a glicerina e leve ao fogo numa panela de ágata. Se mexer muito a glicerina o
sabonete ficará opaco.
Misture as tinturas ou chás na glicerina derretida.
Coloque a mistura em fôrmas junto com a argila e deixe esfriar.
Desenforme e embale o sabonete, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 6 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Sabonete Calmante
187

Ingredientes

 1 kg de glicerina em barra (pura)


 30 ml de tintura (ou de chá) de malva
 30 ml de tintura (ou de chá) de calêndula
 30 ml de tintura (ou de chá) de camomila
 30 ml de tintura (ou de chá) de cavalinha
 30 ml de tintura (ou de chá) de urucum

Modo de preparo

Coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar ou prepare os


chás. Pique a glicerina e leve ao fogo numa panela de ágata. Se mexer muito a glicerina o
sabonete ficará opaco.
Misture as tinturas ou chás na glicerina derretida.
Coloque a mistura em fôrmas e deixe esfriar.
Desenforme e embale o sabonete, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 6 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Corantes Naturais
(Para Elaborar Sabonetes)
188

Ingredientes

 50 g de calêndula (amarelo)
ou
 50 g de confrei (verde)
ou
 50 g de urucum (vermelho)
 100 ml de álcool

Modo de preparo

Deixe macerar por 10 dias e coe. O corante está pronto, é só adicionar na


elaboração do sabonete.

 Sugestões:
* Antiinflamatório e cicatrizante: malva, tansagem, confrei e própolis.
* Alergias: feijão andu, calêndula, malva, bardana.
* Limpeza, adstringente: cavalinha, capuchinha, tansagem, malva, alecrim, camomila.
* Plantas indicadas para a pele: alecrim, sabugueiro, camomila, mil-em-rama, cavalinha,
confrei, menta, sálvia, babosa, malva, cenoura, centelha asiática, guaco, tomilho, rosa
branca, salsa, anis, alfazema.
189

Xampu Medicinal de Chá

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 40 g de malva in natura
 40 g de cavalinha in natura
 40 g de salsinha in natura
 40 g de alecrim in natura
 40 g de sálvia in natura

Modo de preparo

Coloque a água para ferver. Enquanto isso, selecione as plantas, pese, lave e
pique.
Prepare o chá por infusão. Bata-o no liquidificador e coe.
Misture o chá pronto com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Xampu Contra Piolhos


190

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 40 g de couve in natura
 40 g de alecrim in natura
 40 g de artemísia in natura
 40 g de arruda in natura
 40 g de losna in natura

Modo de preparo

Coloque a água para ferver. Enquanto isso, selecione as plantas, pese, lave e
pique.
Prepare o chá por infusão. Bata-o no liquidificador e coe.
Misture o chá pronto com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Xampu Contra Caspa e Queda de Cabelo


191

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 30 g de avenca in natura
 30 g de babosa in natura
 30 g de capuchinha in natura
 30 g de malva in natura
 30 g de caroço de abacate in natura
 30 g de alfavaca in natura
 30 g de orégano in natura

Modo de preparo

Coloque a água para ferver. Enquanto isso, selecione as plantas, pese, lave e
pique.
Prepare o chá por infusão. Bata-o no liquidificador e coe.
Misture o chá pronto com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Xampu Contra Caspa e Seborréia


192

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 65 g de folhas de bardana in natura
 65 g de orégano in natura
 65 g de capuchinha in natura

Modo de preparo

Coloque a água para ferver. Enquanto isso, selecione as plantas, pese, lave e
pique.
Prepare o chá por infusão. Bata-o no liquidificador e coe.
Misture o chá pronto com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
193

Xampu para Escurecer os Cabelos

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 40 g de casca de cebola in natura
 40 g de chá preto in natura
 40 g de caroço de abacate in natura
 40 g de nogueira in natura
 40 g de alga marinha in natura

Modo de preparo

Coloque a água para ferver. Enquanto isso, selecione as plantas, pese, lave e
pique.
Prepare o chá por infusão. Bata-o no liquidificador e coe.
Misture o chá pronto com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
194

Xampu com Tintura

Ingredientes

 1 litro de xampu neutro


 250 ml de água
 35 ml de tintura de malva
 35 ml de tintura de jaborandi
 35 ml de tintura de chá verde
 35 ml de tintura de camomila
 35 ml de tintura de babosa
 35 ml de tintura de calêndula

Modo de preparo

Coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Misture as tinturas com o xampu neutro.
Armazene em recipiente adequado, identifique e ponha data de fabricação e
de validade.

 Validade: 6 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
195

Pomada com Tintura para Alergias

Ingredientes

 700 g de vaselina
 200 g de lanolina
 100 g de cera de abelha picada
 40 ml de tintura de malva.
 40 ml de tintura de calêndula
 40 ml de tintura de sabugueiro
 40 ml de tintura de feijão-andu
 40 ml de tintura de própolis

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar. Depois,


derreta a lanolina, a vaselina e a cera de abelha em banho-maria.
Mexa bem. Deixar a mistura ficar quase fria e acrescente as tinturas. Mexa mais um
pouco. Armazene em recipiente apropriado e identifique-o.

 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
196

Pomada com Tintura


Antiinflamatória e Cicatrizante

Ingredientes

 700 g de vaselina.
 200 g de lanolina.
 100 g de cera de abelha picada.
 50 ml de tintura de malva.
 50 ml de tintura de confrei
 50 ml de tintura de erva baleeira
 50 ml de tintura de camomila

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar. Depois,


derreta a lanolina, a vaselina e a cera de abelha em banho-maria.
Mexa bem. Deixar a mistura ficar quase fria e acrescente as tinturas. Mexa mais um
pouco. Armazene em recipiente apropriado e identifique-o.

 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
 Sugestão: Para fazer essa mesma pomada com outras tinturas: malva, tansagem,
própolis, confrei e penicilina (40 ml de cada tintura).
197

Pomada com Tintura para Contusões

Ingredientes

 700 g de vaselina.
 200 g de lanolina.
 100 g de cera de abelha picada.
 50 ml de tintura de arnica
 50 ml de tintura de mastruço
 50 ml de tintura de bardana
 50 ml de tintura de erva baleeira

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para o álcool evaporar. Depois,


derreta a lanolina, a vaselina e a cera de abelha em banho-maria.
Mexa bem. Deixar a mistura ficar quase fria e acrescente as tinturas. Mexa mais um
pouco. Armazene em recipiente apropriado e identifique-o.

 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
198

Bala de Gengibre

Ingredientes

 3 xícaras (chá) de açúcar mascavo


 1 colher de chá de manteiga (ou margarina).
 25g de gengibre
 ½ copo de água ou um chá com malva, tansagem ou hortelã.
 Suco de meio limão
 Açúcar de confeiteiro para empanar as balas

Modo de preparo

Descasque o gengibre e rale em pedaços pequenos. Misture todos os


ingredientes. Leve ao fogo até dar o ponto de bala. Enrole com as mãos untadas e pique.
Por fim, empane em açúcar de confeiteiro.

 Indicações: Afecções da garganta.


 Validade: 2 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
199

Pomada com Plantas Medicinais In Natura

Ingredientes

 700 g de vaselina.
 200 g de lanolina.
 100 g de cera de abelha picada.
 250g de planta medicinal, no máximo 5 tipos diferentes.
(quantidades iguais das plantas)

Modo de preparo

Selecione a planta medicinal, pese e pique. Coloque o material (base da


pomada) em uma panela esmaltada com a planta picada, derreta mexendo bem em fogo
baixo. Deixar ferver até que a espuma que se forma abaixe.
Coe ainda quente e armazene em potes de boca larga.
Identifique o recipiente, escreva a data de fabricação e validade.

 Indicações: De acordo com a planta medicinal in natura:


* Cicatrizante e antiinflamatória: malva, tansagem, confrei, penicilina.
* Alergias: malva, calêndula, sabugueiro, feijão andu.
* Contusões: arnica, mastruço, bardana, cânfora, cipreste e erva baleeira.

 Validade: 6 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
200

Pomada para Assaduras

Ingredientes

 1 kg de vaselina
 500 g de amido de milho (maisena)

Modo de preparo

Misturar a vaselina com o amido de milho. Mexa bem até ficar cremosa e
branquinha

 Indicações: Assaduras, picada de mosquito, queimadura de sol (vermelhidão).


 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
201

Pomada de Casca de Alho

Ingredientes

 700 g de vaselina
 200 g de lanolina
 100 g de cera de abelha picada
 100 g de casca de alho
 50 ml da tintura de alho (se tiver)

Modo de preparo

Torre a casca do alho no forno, por 15 minutos. Bata no liquidificador e


passe na peneira para que fique um pó fino. Derreta a lanolina, a vaselina e a cera de
abelha em banho-maria. Acrescente a casca e a tintura de alho. Mexa bem.
Coloque em recipientes apropriados e identifique-os.

 Indicações: Micoses e frieiras (principalmente de unhas)


 Validade: 1 ano.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
202

Gel para Acne

Ingredientes

 1 kg de base de gel (se a base for líquida, acrescentar 20ml de


trietonolamina e alterar para 200ml de tintura).
 40 ml de tintura de unha-de-gato
 40 ml de tintura de malva
 40 ml de tintura de confrei
 40 ml de tintura de sálvia
 40 ml de tintura de própolis

Modo de preparo

Pese 1 kg de gel e reserve. Coloque as tinturas em banho-maria para


evaporar o álcool (durante 20 minutos).
Misture o gel com as tinturas.
Armazene em potes com boca larga e identifique com a data de fabricação,
validade e indicação.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
203

Gel para Dor

Ingredientes

 1 kg de base de gel (se a base for líquida, acrescentar 20ml de


trietonolamina e alterar para 200ml de tintura).
 40 ml de tintura de erva baleeira
 40 ml de tintura de unha-de-gato
 40 ml de tintura de arnica
 40 ml de tintura de gengibre
 40 ml de tintura de mastruço

Modo de preparo

Pese 1 kg de gel e reserve. Coloque as tinturas em banho-maria para


evaporar o álcool (durante 20 minutos).
Misture o gel com as tinturas.
Armazene em potes com boca larga e identifique com a data de fabricação,
validade e indicação.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
204

Creme Hidratante

Ingredientes

 1 kg de base de creme neutra (comprada pronta)


 40 ml de tintura de malva
 40 ml de tintura de cavalinha
 40 ml de tintura de chá verde
 40 ml de tintura de camomila
 40 ml de tintura de feijão-andu

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Depois é só misturar base de creme com as tinturas e mexer bem.
Armazene e identifique com a data de fabricação e a validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
 Sugestão: Para esse mesmo creme, você pode utilizar: cavalinha, capuchinha, malva,
tansagem, camomila, alecrim.
205

Creme Antifúngico

Ingredientes

 1 kg de base de creme neutra (comprada pronta)


 50 ml de tintura de sálvia
 50 ml de tintura de tomilho
 50 ml de tintura de barbatimão
 50 ml de tintura de alho

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Depois é só misturar base de creme com as tinturas e mexer bem.
Armazene e identifique com a data de fabricação e a validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
 Sugestão: Para esse mesmo creme (só que além de antifúngico ele também serve para
alergias e manchas), você pode utilizar: calêndula, feijão andu, capuchinha, malva,
tansagem.
206

Creme para Dor

Ingredientes

 1 kg de base de creme neutra (comprada pronta)


 30 ml de tintura de mastruço
 30 ml de tintura de cânfora
 30 ml de tintura de arnica
 30 ml de tintura de cipreste
 30 ml de tintura de caroço de abacate
 30 ml de tintura de bardana
 30 ml de tintura de crista-de-galo

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Depois é só misturar base de creme com as tinturas e mexer bem.
Armazene e identifique com a data de fabricação e a validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
207

Creme para Acne

Ingredientes

 1 kg de base de creme neutra (comprada pronta)


 40 ml de tintura de malva
 40 ml de tintura de tansagem
 40 ml de tintura de própolis
 40 ml de tintura de penicilina
 40 ml de tintura de confrei

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Depois é só misturar base de creme com as tinturas e mexer bem.
Armazene e identifique com a data de fabricação e a validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
208

Creme para Celulite

Ingredientes

 1 kg de base de creme neutra (comprada pronta)


 30 ml de tintura de centelha asiática
 30 ml de tintura de cavalinha
 30 ml de tintura de capuchinha
 30 ml de tintura de confrei
 30 ml de tintura de malva
 30 ml de tintura de gengibre
 30 ml de tintura de alecrim

Modo de preparo

Primeiro, coloque as tinturas em banho-maria para que o álcool evapore.


Depois é só misturar base de creme com as tinturas e mexer bem.
Armazene e identifique com a data de fabricação e a validade.

 Validade: 3 meses.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
209

Xarope de Mel

Ingredientes

 Folhas de verbasco, alfavaca-cravo, sálvia e eucalipto


 1 xícara de água quente
 Mel
 10 gotas de tintura-mãe de própolis
 5 gotas de óleo de copaíba

Modo de preparo

Soque as folhas de todas as ervas. Depois, mergulhe-as em 1 xícara de água


fervente e deixe o conteúdo em infusão durante 1 hora.
Em seguida, filtre o conteúdo e acrescente um volume de mel equivalente ao
sumo extraído das plantas.
Para cada 100 ml de xarope acrescente 10 gotas de tintura-mãe de própolis
e 5 gotas de óleo de copaíba.

 Indicação: Tosse, resfriados e catarro.


 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
210

Xarope para Bronquite e Asma

Ingredientes

 1 xícara (chá) de rapadura ou açúcar mascavo


 1 e ½ colher (sopa) de gengibre
 1 xícara (chá) de água
 1 folha de guaco (socada)
 1 rodela de abacaxi picada (ou em suco)

Modo de preparo

Coloque a rapadura ou açúcar mascavo com o gengibre em uma panela.


Acrescente a água e leve ao fogo. Quando a mistura começar a ferver, coloque o guaco e
o abacaxi. Deixe no fogo até adquirir uma consistência de caldo. Depois é só coar e
colocar em um vidro.
211

Elixir Bucal

Ingredientes

 2 partes de tintura-mãe de mirra ou incenso


 2 partes de tintura-mãe de malva
 2 partes de tintura-mãe de plantago
 2 partes de tintura-mãe de menta
 2 partes de tintura-mãe de alfavaca-cravo
 2 partes de tintura-mãe de tansagem
 1 parte de tintura-mãe de ratânia (casca)
 1 parte de tintura-mãe de própolis
 Algumas gotas de essência de menta (10 gotas para
cada 100 ml de solução)
 3 partes de água destilada

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes e coloque a mistura num vidro de âmbar com


borrifador.

 Indicação: Dor de garganta e mau hálito.


 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
212

Contra Prisão de Ventre

Ingredientes

 1 colher (sopa) de semente de linhaça


 2 ameixas pretas ou 2 figos
 1 colher (sopa) de farelo de trigo
 1 colher (sopa) de mel
 1 colher (sopa) de vinagre de maçã
 ½ pêra*
 ½ maçã*
 ½ mamão papaia*

Modo de preparo

Deixe as ameixas, as sementes de linhaça e os figos (opcional) de molho em


um copo d’água durante a noite inteira. De manhã, coloque o conteúdo no liquidificador
com o farelo de trigo, o mel, o vinagre de maçã e as frutas. Após bater, tome meio copo
da mistura (sem coar) em jejum.

*Pode ser usada uma, duas ou as três frutas.


213

Pomada para Varizes e Hemorróidas

Ingredientes

 2 partes de lanolina
 2 partes de vaselina
 1 parte de tintura-mãe de bardana
 1 parte de tintura-mãe de mil em rama

Modo de preparo

Misture a lanolina, aos poucos, com as 2 tinturas. Acrescente a vaselina e


mexa até que o conteúdo fique homogêneo.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


214

Bala de Camomila com Erva-Doce

Ingredientes

 2 xícaras (chá) de água mineral (400 ml)


 4 e ½ xícaras (chá) açúcar refinado (720 g)
 ½ xícara (chá) de flor de camomila (8 g)
 1 colher (chá) de sementes de erva-doce (3 g)
 3 envelopes de gelatina em pó sem sabor (36 g)
 1 xícara (chá) de água para hidratar a gelatina (200 ml)
 Óleo para untar
 Açúcar granulado para passar nas balas

Modo de preparo

Ferva a água com o açúcar refinado e, fora do fogo, acrescente a camomila,


a erva-doce e a gelatina já hidratada na água. Tampe o recipiente e aguarde 5 minutos.
Coe e coloque líquido no recipiente (fôrma) untado com óleo.
Deixe descansar por 12 horas.
Corte em quadrados pequenos (2 cm x 2 cm) e passe-os no açúcar granulado.

 Rendimento: Cerca de 4 xícaras (chá).


 Capacidade da fôrma: 1000 ml no refratário ou assadeira.
 Congelamento: Não é aconselhado.

Sugestão: Se preferir, substitua a camomila e a erva-doce por erva-cidreira (capim-


santo) e raspas de limão.
215

Óleo para todas as Dores


Ingredientes

 Óleo de copaíba
 Salicilato de Metila
 7 partes de óleo de tomilho
 Gengibre
 Tintura-mãe para dores (trapoeraba, arnica, erva-de-são-
joão, bálsamo, confrei, mentruz, erva-macaé, cordão-de-frade,
guaco, urtiga, erva de santa maria)

Modo de preparo

Para conseguir o óleo de tomilho e gengibre: Deixe o tomilho por 1 mês de


molho no óleo de uva. Em seguida, filtre o conteúdo resultante e coloque-o durante mais
1 mês com o gengibre seco. Outra opção é deixar o óleo de molho nas duas ervas
(gengibre e tomilho).
Para fazer o óleo para todas as dores: Misture 7 partes do óleo de tomilho e
gengibre com as 3 partes de óleo de copaíba, salicilato de metila e todas as tinturas,
totalizando 10 partes na solução final. Agite bem antes de usar.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


216

Pomada para Bursite, Tendinite, Artrite e


Reumatismo

Ingredientes

 1 parte de tintura-mãe de erva-de-são-joão


 1 parte de tintura-mãe de trapoeraba
 1 parte de tintura-mãe de cordão-de-frade
 1 parte de tintura-mãe de urtiga dióica
 1 parte de tintura-mãe de confrei
 15 gotas de salicilato de metila
 5 partes de lanolina
 5 partes de vaselina

Modo de preparo

Misture a lanolina, aos poucos, com as 5 tinturas e o salicilato de metila. Em


seguida, acrescente a vaselina.
Mexa até que o conteúdo adquira uma consistência homogênea.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


217

Pomada para Rachadura no Bico do Seio

Ingredientes

 3 partes de vaselina
 3 partes de margarida socada
 3 partes de flor de algodoeiro
 1 parte de cera de abelha.

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes. Depois, coloque-os em banho-maria durante 1


hora. Mexa para que o conteúdo fique homogêneo. Em seguida, peneire.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


218

Óleo para Picadas de Insetos


(Antialérgica)

Ingredientes

 10 gotas de tintura-mãe de tansagem


 10 gotas de tintura-mãe de eucalipto
 10 gotas de tintura-mãe de lavanda
 10 gotas de tintura-mãe de sassafrás
 10 gotas de tintura-mãe de cravo ou citronela
 5 gotas de tintura-mãe de própolis
 1 pitadinha de pó de café

Modo de preparo

Para preparar este óleo basta colocar 3 partes da mistura das 3 tinturas
com 7 partes de uma mistura feita com o óleo de cravo, o óleo de sassafrás, noz-
moscada e o pó de café.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


219

Pomada para Feridas Infectadas,


Furúnculos e Espinhas

Ingredientes

 5 partes de lanolina anidra


 5 partes de vaselina sólida
 1 parte de tintura-mãe de confrei
 2 partes de tintura-mãe de calêndula
 2 partes de tintura-mãe de própolis
 15 gotas de óleo de copaíba

Modo de preparo

Misture bem a lanolina com as 3 tinturas. Acrescente, então, a vaselina,


mexendo novamente. Depois, junte as 15 gotas de óleo de copaíba (que é um ótimo
bactericida).

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


220

Contra Psoríase
Ingredientes

 Flor, folha, caule e raiz de capuchinha

Modo de preparo

Em um pilão, soque todas as partes da capuchinha e, em seguida, filtre o


sumo extraído. Além do uso externo (aplicação no couro cabeludo e nas áreas afetadas
na pele) pode-se ainda ingerir uma colher (sopa) do conteúdo a cada 21 dias.
221

Desodorante para os Pés

Ingredientes

 Extrato aquoso de: alecrim, hortelã, sálvia e lavanda


 Tintura-mãe de: lavanda e menta
 10 gotas de essência de menta ou alfazema
(para 100 ml de solução)

Modo de preparo

Misture 7 partes do extrato aquoso (das 4 ervas juntas), com 1 parte de


tintura de sálvia, 1 de tintura de lavanda e 1 de tintura de menta. Acrescente ao
conteúdo final as 10 gotas de essência de menta ou alfazema.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


222

Ungüento para Frieiras, Micose, Rachaduras


nas Mãos e nos Pés

Ingredientes

 Flores, folhas, caule e raiz de capuchinha


 Folhas de sabugueiro
 Folhas de confrei
 Flores de verbasco
 Folhas de melãozinho de São Caetano
 3 colheres (sopa) de gordura hidrogenada
 1 colher (chá) de cera de abelha
 Breu

Modo de preparo

Primeiro soque o confrei, pingando algumas gotinhas de água quente para


facilitar a retirada do sumo. Depois disso, filtre o conteúdo extraído com um pedaço de
pano e guarde-o em um recipiente. Em seguida, soque a capuchinha, as folhas de
verbasco e de sabugueiro com umas gotas de água quente também. Acrescente as 3
colheres (sopa) de gordura hidrogenada. Leve tudo para o fogo em banho-maria até que
forme uma mistura homogênea (leva cerca de 3 horas). Finalmente, coloque uma colher
(chá) de cera de abelha e um pouquinho de breu.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


223

Creme Hidratante

Ingredientes

 Pétalas de rosa (frescas ou secas)


 Pétalas de calêndula (frescas ou secas)
 1 colher (sobremesa) de lanete
 1 e ½ colher (sobremesa) de óleo de rosa
 1 e ½ colher (sobremesa) de óleo de calêndula
 1 ampola de Arovit

Modo de preparo

Primeiro prepare um infuso de rosa e calêndula, deixando as pétalas


embebidas em água fervente por 1 hora. Deixe o lanete em banho-maria até que ele
derreta. Em seguida, ainda em banho-maria, despeje sobre o lanete os óleos de rosa e
calêndula, mexendo constantemente. Aos poucos, coloque na mistura o infuso de rosa e
calêndula filtrado, sem parar de mexer. Acrescente uma ampola de Arovit (conservante)
ao conteúdo final e mantenha o creme na geladeira.
224

Creme Anti-Rugas
Ingredientes

 Folhas de malva, babosa e salsinha


 1 colher (sopa) de óleo de malva
 1 colher (sopa) de óleo de babosa
 1 colher (sopa) de óleo de salsinha
 1 colher (sopa) de lanete
 5 gotas de própolis

Modo de preparo

Prepare um infuso com as 3 ervas, socando-as e mantendo-as embebidas em


água fervente por 1 hora. Depois, coloque o lanete em banho-maria. No fogo, ainda em
banho-maria, acrescente os óleos, sempre mexendo o conteúdo. Em seguida, derrame na
mistura, aos poucos, o infuso de malva, babosa e salsinha, batendo até adquirir
consistência de creme.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


225

Máscara para Limpar a Pele

Ingredientes

 2 colheres (sopa) de óleo de cavalinha


 1 colher (sopa) de tintura-mãe de cavalinha
 1 xícara (chá) de decoto (cozimento) de cavalinha
 1 colher (chá) de mel
 10 colheres (chá) de argila
 5 gotas de essência de menta

Modo de preparo

Coloque em um recipiente o decoto de cavalinha, a argila, o mel, a tintura e o


óleo de cavalinha. Mexa até dar o ponto. Quando a massa estiver com consistência
pastosa, acrescente a essência de menta (que tonifica e enrijece).

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


226

Pasta para Queda de Cabelos


Ingredientes

 1 maço de agrião
 1 maço de capuchinha
 Sumo de 3 folhas de bálsamo
 2 colheres (sopa) de própolis
 4 colheres (sopa) de caulim (argila branca medicinal)
 2 colheres (sopa) de condicionador (opcional)
 1 copo de água

Modo de preparo

Bata tudo no liquidificador até formar uma pasta. Coloque no cabelo e deixe
agir por 1 ou 2 horas.
227

Xampu para Caspa e Queda de Cabelo


Ingredientes

 2 partes de surfrax
 Folhas de bardana e manjericão
 10 gotas de óleo de calêndula
 10 gotas de óleo de copaíba
 5 gotas de própolis
 1 colher (chá) de sal (só se o cabelo em questão for liso)
 7 partes de extrato de bardana e manjericão

Modo de preparo

Prepare um infuso com as folhas de bardana e manjericão e filtre-o. Coloque


7 partes deste extrato que se formou com as gotas de própolis, os óleos de calêndula, de
copaíba e as 2 partes de surfrax. Se for o caso, acrescente o sal e misture bem.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


228

Condicionador
Ingredientes

 Sumo de 5 folhas de babosa


 Mel
 Base concentrada para condicionador
 Óleo de alecrim

Modo de preparo

Abra a folha de babosa e retire o sumo sem deixar que partes da casca se
misturem a ele. Coloque-o em uma panela e acrescente uma parte igual de água. Para cada
7 partes de água com babosa bem filtrada, adicione 1 parte de base de condicionador.
Deixe o conteúdo em fogo baixo até que fique homogêneo. A seguir, retire do fogo e
mexa até resfriar. Depois, adicione ao conteúdo da panela as 2 partes de mel e o óleo de
alecrim.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


229

Óleos
Ingredientes

 Óleo (pode ser de semente de uva)


 Folhas ou flores de sua preferência

Modo de preparo

Em um recipiente completamente seco, coloque as folhas ou pétalas secas da


erva que você escolheu. Sobre elas, é necessário derramar um outro óleo (pode ser de
semente de uva) e deixar 1 mês de molho em maceração, em local claro. Então, deve-se
encher um outro vidro com mais ervas e mantê-las por mais um mês. Esta operação deve
ser repetida por 4 ou 5 meses, para que o óleo fique bem preparado.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


230

Cristais de Gengibre

Ingredientes

 1 xícara de gengibre picado


 ¼ de xícara de água
 ½ xícara de açúcar (cristal ou mascavo)

Modo de preparo

Misture tudo e coloque pra ferver até açucarar. Continue mexendo mais um
pouco para o açúcar grudar nos pedacinhos de gengibre.
Tire do fogo, despeje em uma fôrma e continue mexendo até esfriar.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


231

Fortificante de Beterraba

Ingredientes

 ½ litro de água
 1 kg de açúcar mascavo
 1 kg de beterraba
 200 g de plantas verdes* ou
100 g de plantas secas*
 Mel, se quiser

Modo de preparo

Escolha de 1 a 3 das plantas indicadas. Se for in natura, lave-as, pique e


reserve.
Corte a beterraba em pedaços e coloque para ferver até ficar bem cozida e
esbranquiçada.
Retire os pedaços de beterraba e acrescente o açúcar. Deixe ferver até
engrossar.
Coloque as ervas picadas e cozinhe por mais 20 a 30 minutos.
Coe, deixe esfriar e acrescente o mel.
Rotule e guarde na geladeira.

 Plantas a serem utilizadas: Manjerona, tansagem, hortelã, raiz de picão, raiz de


salsa, alecrim.
 Indicação: Para crianças (1 colher de sopa antes das refeições) e idosos (1 cálice
antes das refeições) que apresentam fraqueza em geral. Para Jovens e adultos esse
fortificante pode ser feito com vinho tinto caseiro em vez de beterraba.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
232

Pomada de Calêndula

Ingredientes

 ½ kg de gordura de coco ou banha


 50 g de calêndula seca ou
1 copo de 250 ml de flores*
 1 colher (chá) de extrato de própolis
 2 colheres (sopa) de cera de abelha

Modo de preparo

Ferva em banho-maria por 1 hora. Deixe em infusão durante 24 horas.


Derreta novamente em banho-maria e coe.
Acrescente a cera de abelha e deixe derreter. Coloque a própolis e mexa até
ficar cremosa.

 *Observação: Se as flores forem verdes, use 100 g ou 2 copos de 250 ml e ferva o


dobro do tempo para eliminar a água.
 Indicação: Alergias, feridas, queimaduras, eczemas, assaduras, arranhões...
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
233

Pomada Milagrosa

Ingredientes

 ½ kg de gordura de coco ou banha


 50 g das plantas escolhidas (3 a 4) secas ou
1 copo de 250 ml*
 1 colher (chá) de extrato de própolis, se quiser
 2 colheres (sopa) de cera de abelha

Modo de preparo

Ferva em banho-maria por 1 hora. Deixe em infusão durante 24 horas.


Derreta novamente em banho-maria e coe.
Acrescente a cera de abelha e deixe derreter. Coloque a própolis e mexa até
ficar cremosa.

 *Observação: Se as plantas forem verdes, use 100 g ou 2 copos de 250 ml.


 Plantas a serem utilizadas: Malva, bardana, tansagem, calêndula, mil-em-rama, sálvia,
camomila, babosa, bálsamo, arruda, alho, manjerona, salsa.
 Indicação: Feridas em geral, úlceras varicosas, eczemas, flebites, hemorróidas,
fissuras em bico de seio ...
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
234

Xarope para Vermes

Ingredientes

 ½ litro de água
 300 g de açúcar mascavo
 100 g de plantas verdes ou
50 g de planta seca

Modo de preparo

Escolha até 3 plantas, incluindo a Hortelã. Se forem verdes, lave-as e pique.


Reserve.
Ferva a água com o açúcar. Quando começar a engrossar, acrescente as
plantas picadas. Ferva lentamente por mais 20 a 30 minutos.
Coe e guarde na geladeira.

 Plantas a serem utilizadas: Hortelã, manjerona, alho, arruda, amora, babosa,


camomila, carqueja, salsa.
 Indicação: Para qualquer tipo de verminose.
- Adulto: Tomar 1 colher (sopa) em jejum, pela manhã, durante 7 dias. Parar 7 dias e
repetir.
- Criança: Tomar 1 colher (sobremesa) em jejum, pela manhã, durante 7 dias. Parar 7
dias e repetir.
- Comer sementes de abóboras torradas também ajuda no controle de vermes.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
235

Tônico de Vinho e Alecrim

Ingredientes

 7 ramos (20 cm) de alecrim


 1 xícara de mel
 Completar o litro com vinho tinto caseiro
 10 cm de rama de canela ou
½ colher (chá) se a canela for moída
 ½ noz moscada ou
½ colher (chá) se for noz-moscada moída
 8 cravos

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes em um litro. Misture bem. Enterre a garrafa


por 10 dias, em local ensolarado e não poluído. Se você não tiver um terreno onde pode
enterrar, deixe a garrafa exposta somente ao sol.
Tome 1 colher (sopa) antes das refeições.

 Indicação: Para esgotamento físico e mental, estresse. Não deve ser usado por
pessoas com pressão alta e gestantes.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
236

Tintura de Própolis

Ingredientes

 300g de cera de própolis


 900 ml de álcool de cereal 96º GL

Modo de preparo

Congele a cera de própolis. Depois, pique e moa bem até que ela vire quase
pó. Misture com o álcool de cereais e deixe macerar por 30 dias, mexendo diariamente
nos primeiros 15 dias.
Retire lentamente a tintura para que o fundo não se misture, causando mau
aspecto ao remédio.

 Indicação:
- Adulto: Tomar de 10 a 15 gotas, 3 vezes ao dia.
- Criança: Até 10 anos, tomar uma gota por idade, 3 vezes ao dia.
- Em casos agudos, com sintomas dolorosos, deve-se dobrar as doses.

 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.


237

Sabonete de Polvilho

Ingredientes

 5 kg de gordura*
 1 kg de soda (hidróxido de sódio)
 4 colheres de polvilho
 8 litros de água convertidos em chá
(escolher de 1 a 3 plantas indicadas)

Modo de preparo

Usando um balde grande de plástico (capacidade 20 litros), derreta a soda


em 2 litros de chá ou água fria. Mexa.
Deixe em repouso até que a soda esteja bem derretida.
Acrescente a gordura derretida e morna, e vá intercalando aos poucos com o
restante do chá.
Depois de ganhar consistência, acrescente o polvilho diluído em um pouco de
água fria. Mexa até ficar cremoso. Derrame em um recipiente plástico e corte logo que
endurecer.
Se desejar, pode ser acrescentado algumas colheres de mel, pétalas de
calêndula, aveia em flocos ou outros.

* Pode ser 4 kg de sebo e/ou banha e 1 lata de azeite.

 Observação: É importante dar uma carência de 20 a 30 dias após a preparação dos


sabonetes, pois podem deixar a pele muito seca. Faça o sabonete ao ar livre, pois a soda
é tóxica e pode provocar queimaduras. Proteja os olhos e não use recipientes de alumínio.
 Plantas a serem utilizadas: Calêndula, camomila, babosa, alecrim, sálvia, mil-em-rama.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
238

Sabonete para Piolho


Ingredientes

 5 kg de gordura*
 1 kg de soda (hidróxido de sódio)
 4 colheres de polvilho
 8 litros de água convertidos em chá
(escolher de 1 a 3 plantas indicadas)

Modo de preparo

Usando um balde grande de plástico (capacidade 20 litros), derreta a soda


em 2 litros de chá ou água fria. Mexa.
Deixe em repouso até que a soda esteja bem derretida.
Acrescente a gordura derretida e morna, e vá intercalando aos poucos com o
restante do chá.
Depois de ganhar consistência, acrescente o polvilho diluído em um pouco de
água fria. Mexa até ficar cremoso. Derrame em um recipiente plástico e corte logo que
endurecer.
Se desejar, pode ser acrescentado algumas colheres de mel, pétalas de
calêndula, aveia em flocos ou outros.

* Pode ser 4 kg de sebo e/ou banha e 1 lata de azeite.

 Observação: É importante dar uma carência de 20 a 30 dias após a preparação dos


sabonetes, pois podem deixar a pele muito seca. Faça o sabonete ao ar livre, pois a soda
é tóxica e pode provocar queimaduras. Proteja os olhos e não use recipientes de alumínio.
 Plantas a serem utilizadas: Arruda, bardana, malva, losna, babosa, sálvia, carqueja.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
239

Sabonete com Barra de Sabão

Ingredientes

 1 pedaço de sabão de coco ou glicerina


 1 xícara (chá) bem forte da erva escolhida
 1 colher (sopa) de mel
 1 colher (sopa) de óleo de amêndoa ou soja

Modo de preparo

Derreta e banho-maria o sabão de coco ou a glicerina.


Adicione o chá forte e deixe ferver até tomar consistência. Acrescente o
mel e o óleo de amêndoa ou soja. Se quiser, acrescente 1 colher de cera de abelha para
que o sabonete fique mais duro.

 Observação: Proteja os olhos e não use recipientes de alumínio.


 Plantas a serem utilizadas: A sua escolha.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
240

Xarope para o Amarelão

Ingredientes

 ½ litro de água
 1 kg de açúcar mascavo
 200g de plantas verdes ou
100g se a planta for seca (incluir
sempre a raiz de picão)
 Mel, se quiser

Modo de preparo

Escolher de 1 a 3 tipos de planta. Se forem verdes, lave-as, pique e reserve.


Ferva a água com os 2 tipos de raízes por 20 minutos.
Acrescente o açúcar e deixe ferver. Quando começar a engrossar,
acrescente as plantas picadas. Ferva por mais 20 a 30 minutos.
Coe, deixe esfriar e acrescente o mel se for o caso.
Rotule e guarde na geladeira.

 Plantas a serem utilizadas:. Raiz de picão, raiz de salsa, hortelã, lima, dente-de-leão,
agrião, carqueja.
 Indicação: Estados de icterícia (problemas de fígado e vesícula biliar)
- Adulto: 1 cálice antes das refeições (3 vezes ao dia)
- Criança: 1 colher (sopa) antes das refeições (3 vezes ao dia).
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.
241

Xarope para Problemas Pulmonares

Ingredientes

 ½ litro de água
 1 kg de açúcar mascavo
 1 a 2 colheres (sopa) própolis, se quiser
 Mel, se quiser
 200 g de plantas verdes ou
100g se forem plantas secas

Modo de preparo

Escolha uma planta de cada item. Se forem plantas verdes, lave-as e pique.
Reserve.
Ferva a água com o açúcar até engrossar. Acrescente as plantas e ferva por
20 a 30 minutos.
Coe e deixe esfriar. Rotule e se quiser acrescente o mel e a própolis.

 Plantas a serem utilizadas:


- Antifebris: Laranjeira, limão, mil-em-rama, alho, manjerona...
- Antigripais: Guaco, tansagem, ameixa-de-inverno, alho, hortelã
- Diuréticas: Carqueja, quebra-pedra, pata-de-vaca, chapéu-de-couro, salsa...
- Calmantes: Cidreira, maracujá, laranjeira, manjerona, camomila, funcho, hortelã...
 Indicação: Gripe, resfriado, tosse.
- Adulto: 1 colher (sopa) 3 a 4 vezes por dia.
- Criança: 1 colher (sobremesa) 3 a 4 vezes por dia
- Bebê: 1 colher (chá) 3 a 4 vezes por dia (evitar o mel até 1 ano)
Diminuir as doses, conforme for melhorando.
 Conservação: Local fresco, seco, longe de umidade, luz e calor.

Referencias bibliográficas:
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