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CONCEITOS BÁSICOS Commented [t1]: A Atenção Básica é o primeiro nível de

atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de


ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
Atenção básica: a atenção básica é entendida como o primeiro nível da atenção à saúde no SUS (contato agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a
preferencial dos usuários) que inclui um rol de procedimentos mais simples e baratos, capazes de atender redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo
à maior parte dos problemas comuns de saúde da comunidade. de desenvolver uma atenção integral que impacte
positivamente na situação de saúde das coletividades. Este
Mais informações trabalho é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS),
nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais, nas Unidades
Procedimentos de média complexidade: procedimentos especializados realizados por profissionais Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde.
médicos, outros profissionais de nível superior e nível médio; cirurgias ambulatoriais especializadas; A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações
procedimentos tráumato-ortopédico; ações especializadas em odontologia; patologia clínica; de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a
anatomopatologia e citopatologia; radiodiagnóstico; exames ultra-sonográficos; diagnose; fisioterapia; promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
terapias especializadas; próteses e órteses; anestesia. diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da
saúde.
Mais informações É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais
e sanitárias, democráticas e participativas, sob forma de
Procedimentos de alta complexidade: assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por trabalho em equipe, e dirigidas a populações de territórios
meio dos procedimentos de diálise); assistência ao paciente oncológico; cirurgia cardiovascular; cirurgia bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade
vascular; cirurgia cardiovascular pediátrica; procedimentos da cardiologia intervencionista;
sanitária, considerando a dinamicidade existente no ...
procedimentos endovasculares extracardíacos; laboratório de eletrofisiologia; assistência em tráumato- Commented [t2]: A média complexidade ambulatorial é
ortopedia; procedimentos de neurocirurgia; assistência em otologia; cirurgia de implante coclear; composta por ações e serviços que visam atender aos
principais problemas e agravos de saúde da população, cuja
cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; cirurgia da alota craniana, da face e do sistema complexidade da assistência na prática clínica demande a
estomatognático; procedimentos em fissuras lábio-palatais; reabilitação protética e funcional das disponibilidade de profissionais especializados e a utilização
doenças da calota craniana, da face e do sistema tomatognático; procedimentos para a avaliação e o de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e
tratamento dos transtornos respiratórios do sono; assistência aos pacientes portadores de queimaduras; tratamento.
No material de apoio conhecido como O SUS de A a Z,
assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); cirurgia reprodutiva; genética
fornecido pelo Ministério da Saúde no site do
clínica; terapia nutricional; distrofia muscular progressiva; osteogênese imperfecta; fibrose cística e Departamento de Atenção Básica (DAB)
reprodução assistida. (http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/) e construída
conjuntamente pelo Conselho Nacional de Secretarias
Mais informações Municipais de Saúde (Conasems), temos, em acréscimo a
esta definição, uma relação dos grupos que compõem os
procedimentos de média complexidade do Sistema de
Informações Ambulatoriais (SIA):
JUSTIFICATIVAS PARA INCORPORAÇÃO DAS PICS • procedimentos especializados realizados por profissionais
médicos, outros profissionais de nível superior e nível
médio;
- Das práticas complementares, destaca-se o reiki e lian gong (Gráfico 3). Apenas 6% do total dispõem de • cirurgias ambulatoriais especializadas;
lei ou ato institucional estadual ou municipal criando algum tipo de serviço relativo às práticas integrativas • procedimentos tráumato-ortopédico; ...
e complementares (Gráfico 4). Commented [t3]: No mesmo material de apoio,
encontramos a seguinte definição de alta complexidade.
- Observou-se, ainda, que as ações, preferencialmente, estão inseridas na Atenção Básica – Saúde da Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS,
Família em todas as práticas contempladas (Gráficos 5 a 10). envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à
população acesso a serviços qualificados, integrando-os aos
- As experiências levadas a cabo na rede pública estadual e municipal, devido à ausência de diretrizes demais níveis de atenção à saúde (atenção básica e de
específicas, têm ocorrido de modo desigual, descontinuado e, muitas vezes, sem o devido registro, média complexidade).
fornecimento adequado de insumos ou ações de acompanhamento e avaliação. Principais áreas que compõem a alta complexidade do SUS,
organizadas em redes são:
- É importante dentro do planejamento de Implementação da PNPIC, a ampliação da oferta de PICS nos • assistência ao paciente portador de doença renal crônica
diversos serviços. Isto depende da garantia de condições de oferta das PICS pelos profissionais (por meio dos procedimentos de diálise);
• assistência ao paciente oncológico;
identificados na rede, como a ampliação do número de profissionais que realizam PICS. Esta ampliação • cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia
pode ocorrer a partir de processos formativos e de educação permanente. cardiovascular pediátrica;
Os profissionais identificados e/ou membros da comunidade com potencial podem participar do • procedimentos da cardiologia intervencionista;
desenvolvimento de trabalho educativo em Práticas Integrativas e Complementares, em conjunto com as • procedimentos endovasculares extracardíacos;
• laboratório de eletrofisiologia;
ESF. É importante integrar à articulação universidade–serviço–comunidade como forma de potencializar
• assistência em tráumato-ortopedia;
as dimensões da integralidade e da interdisciplinaridade no olhar dos profissionais. • procedimentos de neurocirurgia;
• assistência em otologia;
• cirurgia de implante coclear; ...
DOCUMENTOS SOBRE INCORPORAÇÃO DAS PICS
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cuja implementação
envolve justificativas de natureza política, técnica, econômica, social e cultural. Esta política atende,
sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências que já vêm
sendo desenvolvidas na rede pública de muitos municípios e estados a demanda pela sua efetiva
incorporação ao SUS, conforme atestam as deliberações das Conferências Nacionais de Saúde; da 1ª
Conferência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2001; da 1ª Conferência Nacional de Assistência
Farmacêutica, em 2003, a qual enfatizou a necessidade de acesso aos medicamentos fitoterápicos e
homeopáticos; e da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, em 2004.

OBRIGAÇÕES DO GESTOR
Elaborar normas técnicas para inserção da PNPIC na rede municipal de Saúde.
Definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta política, considerando a
composição tripartite.
Promover articulação intersetorial para a efetivação da política.
Estabelecer mecanismos para a qualificação dos profissionais do sistema local de Saúde.
Estabelecer instrumentos de gestão e indicadores para o acompanhamento e avaliação do impacto da
implantação/implementação da política.
Divulgar a PNPIC no SUS. Realizar assistência farmacêutica com plantas medicinais, fitoterápicos e
homeopáticos, bem como a vigilância sanitária no tocante a esta política e suas ações decorrentes na sua
jurisdição.
Apresentar e aprovar proposta de inclusão da PNPIC no Conselho Municipal de Saúde.
Exercer a vigilância sanitária no tocante à PNPIC e a ações decorrentes, bem como incentivar o
desenvolvimento de estudos de farmacovigilância e farmacoepidemiologia, com especial atenção às
plantas medicinais e aos fitoterápicos, no seu âmbito de atuação.

LEIS, NORMAS, PORTARIAS SOBRE PICS


PORTARIA SAS/MS N°145, de 11 de janeiro de 2017
Estabelece novos procedimentos de práticas integrativas e complementares em saúde na tabela de
procedimentos do SUS para atendimento na Atenção Básica.

PORTARIA DGP nº 48, de 25 de fevereiro de 2010


Aprova a diretriz para implantação dos Núcleos de Estudos em Terapias Integradas (NETI)
no âmbito do serviço de saúde do exército.

PORTARIA SAS N°154 de 18 de março de 2008.


Recompõe a Tabela de Serviços/Classificações do Sistema de Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde SCNES. (ANEXO I)
PORTARIA SAS Nº 853, de 17 de novembro/2006

PORTARIA GM Nº 971, de 03 de maio de 2006


Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de
Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 971/GM, de 3 de maio de 2006. Aprova


a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
Sistema Único de Saúde. Brasília, 3 mai. 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília-DF, Seção1,n. 84, p.20,3 maio 2006.

FINANCIAMENTO DE RECURSOS
Os serviços de Atenção Básica (AB) não possuem financiamento específico, sendo as ações de PICS
financiados a partir do piso da atenção básica (PAB) fixo e variável, onde as equipes de AB incluindo os
NASF podem realizar ações em PICS ao ser composto por profissionais que utilizem estas práticas no
cuidado integral a população de seu território.
Os novos procedimentos de PICS listados a seguir, fazem parte do novo rol de ampliação por meio da
portaria SAS/MS n°145, publicada em 11 de janeiro de 2017, para monitoramento no SIGTAP e ampliação
dos procedimentos na tabela de procedimentos da AB. No que diz respeito ao financiamento, estas
práticas devem ser implantadas com recurso da AB (PAB fixo e variável) ou por meio de recursos da gestão
local.
Consideração: deverá ser realizada avaliação trimestral do incremento das ações realizadas a partir do
primeiro ano, com vistas a ajustes no financiamento mediante desempenho e pactuação.

POSSÍVEIS ÁREAS QUE O ESPAÇO PODE EXPLORAR


- Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC para profissionais no SUS, em conformidade com
os princípios e diretrizes estabelecidos para a educação permanente.
- Apoio técnico ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais para atuação na área de
informação, comunicação e educação popular em PIC que atuem na Estratégia Saúde da Família e
Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
- Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para instrumentalização de
processos de gestão.
- Quanto à capacitação dos profissionais, as atividades são desenvolvidas principalmente nos próprios
serviços de Saúde, seguidas por capacitação em outros centros formadores (Gráfico 11).

RESPONSABILIDADES DOS PRESTADORES


Os prestadores de serviços (entidades) são responsáveis pelo registro das informações nos sistemas de
captação do atendimento ambulatorial e hospitalar, assim como pelo acompanhamento desse registro,
por meio do aplicativo TABWIN, de modo que as informações correspondam à realidade da
prestação de serviços.

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