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Conceitos em Saúde

Pública

Professora: Natale Souza


Atenção à
saúde
Atenção à saúde
É tudo que envolve:
PROMOÇÃO PREVENÇÃO
O cuidado com a saúde do
ser humano, incluindo as
ações e serviços de REABILITAÇÃO TRATAMENTO
e DE DOENÇAS.

No SUS, o cuidado com a saúde está ordenado em níveis de atenção, que são a básica, a
de média complexidade e a de alta complexidade.

Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das ações e serviços do


sistema.
Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais
relevante que outro, porque a atenção à Saúde deve ser integral.

Nem sempre um município necessita ter todos os níveis de atenção à saúde instalados
em seu território, para garan6r a integralidade do atendimento à sua população.

Particularmente no caso dos pequenos municípios,


isso pode ser feito por meio de pactos regionais que
garantam às populações dessas localidades acesso a
todos os níveis de complexidade do sistema. A
prioridade para todos os municípios é ter a atenção
básica operando em condições plenas e com
eficácia (BRASIL, 2009).
Atenção básica à
saúde
Atenção básica à saúde
A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde :
INDIVIDUAIS
FAMILIARES e Que envolvem
COLETIVAS

Promoção Prevenção Proteção Diagnóstico

Cuidados
Redução de paliaUvos e
Tratamento Reabilitação
danos vigilância em
saúde
Desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada,
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido,
sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária (BRASIL, 2017)
A Atenção Básica será a principal porta de entrada e
centro de comunicação da RAS, coordenadora do
cuidado e ordenadora das ações e serviços
disponibilizados na rede (BRASIL, 2017).

A Atenção Básica será ofertada integralmente e


gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas
necessidades e demandas do território, considerando os
determinantes e condicionantes de saúde (BRASIL, 2017)
Atenção Básica tem na Saúde da Família sua
estratégia prioritária para expansão e
consolidação da Atenção Básica.

A Atenção Básica considera a pessoa em sua singularidade e inserção


sociocultural, buscando produzir a atenção integral, incorporar as ações
de vigilância em saúde
qA qual constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise
e disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde
qAlém disso, visa o planejamento e a implementação de ações públicas para a
proteção da saúde da população, a prevenção e o controle de riscos, agravos e
doenças, bem como para a promoção da saúde.
Atenção
hospitalar
Atenção Hospitalar
A atenção hospitalar representa um conjunto de ações
e serviços de promoção, prevenção e
restabelecimento da saúde realizado em ambiente
hospitalar. Ela tem sido, ao longo dos anos, um dos
principais temas de debate no Sistema Único de Saúde
(BRASIL, 2009)

É indiscubvel a importância dos hospitais na organização da rede de assistência,


seja pelo Upo de serviços ofertados e a grande concentração de serviços de
média e alta complexidade, seja pelo considerável volume de recursos
consumido pelo nível hospitalar (BRASIL, 2009).
O Brasil possui uma rede hospitalar bastante heterogênea do ponto
de vista de incorporação tecnológica e complexidade de serviços,
com grande concentração de recursos e de pessoal em complexos
hospitalares de cidades de médio e grande porte (BRASIL,2009).
O desenvolvimento da gestão e do gerenciamento local das unidades
hospitalares pode produzir avanços significaUvos na superação de
dificuldades no sistema hospitalar do País (BRASIL,2009).
Para tanto, deve-se aprimorar os mecanismos de controle, avaliação e
regulação dos sistemas de saúde e, ao mesmo tempo, dotar os dirigentes
hospitalares de instrumentos adequados a um melhor gerenciamento dos
hospitais vinculados à rede pública de saúde. A política da atenção hospitalar
visa a promover de forma definitiva a inserção das unidades hospitalares na
rede de serviços de saúde (BRASIL,2009).
Bioética
Bioé8ca

Palavra cunhada pelo oncologista Van Ressenlaer


Potter, em 1971, para definir

“A ciência da sobrevivência e do melhoramento da vida com a


manutenção da harmonia universal”. Estudo da éUca da vida e das
consequências que as ações de saúde têm sobre os seres humanos.
A disciplina se
ocupa dos con
progresso bio flitos originad
médico, acele os pela contra
ra d o n o dição entre o
fronteiras da c s ú lUmos anos e
id ad an ia e d o os limites ou
s direitos hum
anos.

A bioética atual foi dividida, para fins de estudo, em duas vertentes:


1) a das situações emergentes, que trata do
desenvolvimento cienbfico e tecnológico —
engenharia genéUca, reprodução assisUda,
transplantes de órgãos e tecidos, clonagem,
alimentos transgênicos, dentre outros;

2) a bioética das situações persistentes, que analisa os


temas cotidianos referentes à vida dos indivíduos, como
a exclusão social, o racismo, a discriminação da mulher
no mercado de trabalho, a eutanásia, o aborto, a
alocação de recursos no setor Saúde, etc.
PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Relaciona-se ao dever de
ajudar aos outros
Beneficência
De fazer ou promover o
bem a favor de seus
interesses.
Neste princípio, o profissional se compromete:

q Em avaliar os riscos e os benefícios i sa m o s


ú d e pr e c
potenciais (individuais e coletivos) e ais d a sa v ista
o f i ssi on nto d e
Como pr é benéfico do po a r a o s
u e o p
q A buscar o máximo de benekcios, fazer o q e o que é benéfic .
da saúde s e m ge ral
reduzindo ao mínimo os danos e
re s h u m ano
riscos. se
Princípio de Implica no dever de se abster de
não- fazer qualquer mal para os clientes,
maleficência de não causar danos ou colocá-los
em risco.
O profissional se compromete a
avaliar e evitar os danos
previsíveis.
q Não basta apenas, que o profissional de saúde
tenha boas intenções de não prejudicar o cliente.

q É preciso evitar qualquer situação que signifique


riscos para o mesmo e
qVerificar se o modo de agir não está prejudicando o
cliente individual ou coletivamente.
Não maleficência
Beneficência significa
significa

“fazer o bem” “evitar o mal”


Autonomia
A autonomia não nega
O terceiro princípio, diz respeito: influência externa, mas dá ao
ser humano a capacidade de
À autodeterminação ou autogoverno, ao poder
refleUr sobre as limitações
de decidir sobre si mesmo.
que lhe são impostas, a parUr
Preconiza que a liberdade de cada ser humano das quais orienta a sua ação
deve ser resguardada. frente aos condicionamentos.

Cabe aos profissionais da saúde oferecer as


informações técnicas necessárias para orientar
as decisões do cliente, sem utilização de
formas de influência ou manipulação
Princípio da justiça
Relaciona-se à distribuição coerente e adequada de
deveres e beneacios sociais.

Costumamos acrescentar outro conceito ao de justiça:


o conceito de equidade que representa dar a cada
pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades,
ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são
diferentes e que, portanto, também são diferentes as
suas necessidades
De acordo com o princípio da jusUça, é preciso respeitar
com imparcialidade o direito de cada um. Não seria éUca
uma decisão que levasse um dos personagens envolvidos
(profissional ou paciente) a se prejudicar
Clínica ampliada
Clínica ampliada

Trabalho clínico que visa:

Ao sujeito e à doença Tendo como objeUvo produzir saúde (eficácia


terapêuUca) e aumentar a autonomia do sujeito,
À família e ao contexto da família e da comunidade.
U6liza como meios de trabalho:
A clínica ampliada propõe que o
A integração da equipe multiprofissional
profissional de saúde desenvolva a
A adscrição de cliente capacidade de ajudar as pessoas,
la e a
construção de vínculo não só a combater as doenças,
A elaboração de projeto terapêuUco mas a transformar-se, de forma
conforme a vulnerabilidade de cada caso, e que a doença, mesmo sendo um
limite, não a impeça de viver
A ampliação dos outras coisas na sua vida de modo
recursos de inter
sobre o processo venção
saúde-doença. prazeroso (BRASIL,2009).
Doenças de
notificação
compulsória
Doenças de no8ficação compulsória

São doenças ou agravos à saúde que


devem ser notificados à autoridade
sanitária por profissionais de saúde ou
qualquer cidadão, para fins de adoção de
medidas de controle pertinentes.

Essas doenças exigem atenção especial da vigilância epidemiológica. As ações


prevenUvas e de controle são norteadas pelas noUficações recebidas. Além
disso, o acompanhamento dos casos possibilita idenUficar a ocorrência de
surtos e epidemias. Para a vigilância das paralisias flácidas e do sarampo, é
necessário ainda noUficar a não ocorrência da doença – NoUficação NegaUva.
Doenças e agravos
não-transmissíveis
Doenças e agravos não-transmissíveis

Grupo de doenças abrangente, do qual as mais prevalentes são

qAs doenças cardiovasculares (doenças isquêmicas do


coração, doenças cérebro-vasculares e hipertensão)
crô n ica s n ã o tr a n sm issí ve is (câncer,
q As doenças ti ca s etc.)
oe n ça s re n a is e re u má
diabetes, d
q Os agravos decorrentes das causas externas (acidentes, violências
e envenenamentos) e os transtornos de natureza mental.

A vigilância de doenças e agravos não transmissíveis possibilita conhecer a distribuição,


magnitude e tendência dessas doenças, bem como os seus fatores de risco e proteção
na população, identificando condicionantes sociais, econômicos e ambientais.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garan:ndo saúde nos municípios / Ministério da Saúde,
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da
Saúde, 2009.
BRASIL, Ministério da Saúde. Decreto Nº 7508 de 28 de junho de 2011. Ministério da Saúde: Brasília.
2011.
BRASIL, Ministério da Saúde. Lei Nº 8080 de 19 de setembro de 1990. Ministério da Saúde: Brasília. 1990.
BRASIL, Ministério da Saúde. Lei Nº 8142 de 28 de dezembro de 1990. Ministério da Saúde: Brasília. 1990.
BRASIL, Resolução 453/12. Resolve: Aprovar as seguintes diretrizes para ins:tuição, reformulação,
reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 2, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017:
Consolidação das normas sobre as polí:cas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Disponível
em: h_p://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0002_03_10_2017.html. Acesso em
20/02/2021
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017:
Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde. Disponível em:
h_p://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0004_03_10_2017.html. Acesso em 20/02/2021
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