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PÓS GRADUAÇÃO EM

NEUROPSICOPEDAGOGIA CLINÍCA
E REABILITAÇÃO COGNITIVA

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DADOS DO PROFESSOR
Termos e Nomenclaturas

• Deficiente Auditiv@: termo mais usado


na área da saúde; profissionais como
Otorrinolaringologistas e Fonoaudiólogos.
Está relacionado aos graus de perda:

Audição Normal: 0 – 25 dB
Deficiência Auditiva Leve: 26 – 40 dB
Deficiência Auditiva Moderada: 41 – 70 dB
Deficiência Auditiva Severa: 71 – 90 dB
Deficiência Auditiva Profunda: Acima de 91 dB
Termos e Nomenclaturas

• Surd@: pessoas com surdez profunda,


provavelmente serão usuárias da língua
de sinais, dependendo da época do
diagnóstico da perda, da habilitação oral,
uso de aparelhos, podem também
oralizar.

Preferem ser referidas como Surdas do


que como Deficientes Auditivas.
Termos e Nomenclaturas

• Surd@-mud@: termo obsoleto, inadequado e


incorreto, pois o déficit auditivo, em nenhum
momento prejudica as pregas vocais (não mais
cordas vocais). É possível aprender a falar
(oralizar) mesmo não ouvindo!

•Mudinh@: diminutivo do termo inadequado e


incorreto, pejorativo, despersonaliza o indivíduo,
normalmente conhecido por “mudinh@”, faz com
que as pessoas nem saibam seu verdadeiro
nome. Muito desrespeitoso!
O Sujeito
A Língua

Ferdinand de Saussure (1857-1913),Linguísta e Filósofo Suíço


A Língua

Essencialmente social porque é


convencionada por
determinada comunidade
linguística
A Fala
• Secundária e individual, ou seja, é
veículo de transmissão da Língua,
usada pelos falantes através da fonação
e da articulação vocal
A Língua
PORTUGUÊS
produção e expressão
PORTUGUÊS
recepção
LIBRAS
produção e expressão
LIBRAS
recepção
Produção, Expressão e Recepção

• LÍNGUA PORTUGUESA:
oral-auditiva
– Principal característica:
linearidade

• LÍNGUA DE SINAIS:
espaço-motora-visual
– Principal característica:
simultaneidade
LIBRAS
Configurações
de Mãos
unidades
mínimas sem
significado
Alfabeto Manual ou Datilologia
LIBRAS

Parâmetros Primários:
Configurações de Mãos (CM)
Ponto de Articulação (PA)
Movimento (M)

Parâmetros Secundários:
Expressão Facial
Direcionalidade
Orientação da(s) palma(s) da(s) mão(s)
LIBRAS
exemplos de parâmetros

APRENDER:

CM: “C” e “S”


PA: testa
M: abrir e fechar

SÁBADO:
CM: “C” e “S”
PA: frente à boca
M: abrir e fechar
Signwriting

expressões faciais e os
movimentos do corpo das
línguas de sinais. Este
“alfabeto” - uma lista de
• A escrita da língua
símbolos de sinais utiliza símbolos visuais para
visualmente
representar
delineados – as
é configurações
utilizado parade mão, os movimentos, as
escrever movimentos de
qualquer língua de sinais no
mundo.
Língua de Sinais

Oficializada e reconhecida como Língua pela Lei Federal 10.436/2002


Lei regulamentada pelo Decreto 5.626/2005

Também pode ser usada a sigla abaixo, seguindo a lógica


internacional das Línguas de Sinais, porém, menos utilizada no
Brasil
Histórico da Educação dos Surdos

Até a metade do século XVIII o surdo era


considerado “não-educável”
1755: criação da 1ª escola pública para
surdos na França
A educação formal dos surdos tem suas
décadas de ouro de 1770 a 1820 com
expansão das escolas e uso dos sinais
metódicos
1789 morre o Abade L’Epeè...
Histórico da Educação dos Surdos

1817 criação da American School for


the Deaf, por Thomas H. Gallaudet
1857 criação do Imperial Instituto dos
Surdos Mudos do Rio de Janeiro,
pelo Imperador Dom Pedro II

1880 ocorreu o II Congresso


Internacional de Educação de
Surdos, em Milão-Itália
Histórico da Educação dos Surdos

“Antes de Stokoe começar o seu trabalho, a


língua de sinais não era vista como uma
língua real. Em vez disso, ela era vista como
uma porção de gestos sem
sentido ou pantomima.” (Fonte:
deafness.about.com) [ tradução livre do
Inglês]

Começa-se a discutir a viabilidade do


Oralismo enquanto filosofia única e
exclusiva para o ensino dos deficientes
auditivos.
Histórico da Educação dos Surdos

Aprovação da Lei Federal 10.436 de 24 de abril de 2002.


Sanção do Decreto Federal 5.626, em 22 dezembro de
2005.

Ministério da Educação publica a “Política Nacional da


Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva”, em janeiro de 2008.

Há toda uma mobilização das Escolas Especiais para o


não-fechamento das mesmas (para surdos, cegos,
deficientes intelectuais)
Histórico da Educação do Surdo

O embate entre a educação


gestualista e oralista do
surdo existiu desde os seus
primórdios
Filosofias Educacionais
Oralismo

Foi a partir do Congresso Internacional de


Educadores de Surdos, realizado em 1880 em
Milão, no qual os professores surdos foram
excluídos da votação, que o oralismo saiu
vencedor e o uso da língua de sinais nas escolas
foi “oficialmente” abolido. Os alunos surdos foram
proibidos de usar sua língua “natural” e, dali por
diante, forçados a aprender, o melhor que
pudessem, a (para eles) “artificial” língua falada.
Comunicação Total

Comunicação Total é uma filosofia educacional


para alunos surdos que propõe a utilização de
múltiplos meios de comunicação através de
recursos lingüísticos e não lingüísticos como a
oralidade, gestos, desenhos, sinais, leitura
orofacial, mímica, expressões corporal e facial,
datilologia, pantomima, leitura e escrita, entre
outros, mas que não utiliza a LIBRAS, pelo fato de
nem alunos e nem professores dominarem esta
Língua.
Bilinguismo

A evolução do conceito das línguas de sinais


propiciadas pelas diversas pesquisas na área da
lingüística passou a considerar a possibilidade de
ser esta a língua que desenvolveria na criança
surda “sua competência lingüística nos primeiros
anos de vida, como ocorre com a criança ouvinte,
diminuindo assim, a ênfase na reeducação
auditiva”. Língua de Sinais como primeira língua e
a língua oral do país como segunda língua; no
caso do Brasil: LIBRAS e Língua Portuguesa.
Como ensinar meu aluno que não ouve?
• Depende:
– O que sei sobre surdez/educação de surdo...
– Que direção a família decidiu seguir...
– O que o meu aluno consegue...
– A estrutura do sistema educacional...
– Etc...
Perspectivas
Educação com base na abordagem oral:
Aluno deficiente auditivo, usuário do AASI e ou Implante
Coclear (IC)

Sentar-se nas primeiras carteiras, próximo ao professor, de modo que o


IC e ou melhor ouvido fique voltado para o professor
Carteiras e cadeiras com feltro nos pés para
diminuir atrito e barulho, e outras medidas para
cuidar da acústica da sala de aula
Número de alunos reduzidos
Foco no desenvolvimento oral
Aquisição de vocabulário (oral e escrito)
Trabalho sempre contextualizado e concreto
Perspectivas
Educação com base na abordagem bilíngue:
Aluno surdo, potencial usuário ou já usuário da LIBRAS
Educação Infantil junto com as demais crianças, com uso de sinais para
situações do dia-a-dia: ÁGUA, BANHEIRO, COMER, CASA, MÃE, PAI,
PROFESSOR, BRINCAR, etc...
Ensino Fundamental, primeiros anos, escola ou sala para surdos;
professor surdo ou ouvinte FLUENTE em Língua de Sinais. Todo
conteúdo acadêmico desenvolvido em Língua de Sinais

Língua Portuguesa como disciplina, ensinada com


estratégias de língua estrangeira, na modalidade escrita,
para leitura (silenciosa) e escrita do aluno surdo

Ensino Fundamental, Médio, Superior, alunos surdos,


a priori, usuários competentes da Língua de Sinais,
acompanhados por tradutores-intérpretes também
competentes e fluentes na Língua de Sinais, na área.

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