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TEXTO 1:

53% DAS ADOLESCENTES E JOVENS BRASILEIRAS CONVIVEM COM MEDO DIÁRIO


DE ASSÉDIO, MOSTRA PESQUISA DA ACTIONAID

O temor cotidiano sentido por meninas é maior no Brasil do que em Índia, Quênia e Reino
Unido; estudo mede prevalência da misoginia nos quatro países

Um estudo realizado pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid e


divulgado nesta quarta-feira (30 de janeiro DE 2019) mostra que mais da metade, ou 53%, das
brasileiras entre 14 e 21 anos convivem diariamente com o medo de ser assediadas. Com este
resultado, o Brasil se revela o país onde as meninas se sentem mais ameaçadas cotidianamente,
na comparação com outros três pesquisados: Quênia (24%), Índia (16%) e Reino Unido (14%). O
medo diário do assédio afeta 41% das adolescentes entre 14 e 16 anos, aumentando para 56% na
faixa etária entre 17 e 19 anos, e chegando a 61% entre as brasileiras entre 20 e 21 anos, o que
sugere que a consciência sobre os riscos aos quais as mulheres ficam expostas aumenta com o
passar do tempo.

A pesquisa, encomendada pela ActionAid e realizada com 2.560 jovens (homens e


mulheres) entre 14 e 21 anos nos quatro países, teve o objetivo de descobrir quando e onde a
exposição ao ódio contra as mulheres, o que traduz o termo misoginia, começa, e como as
experiências generalizadas de assédio sexual ocorrem durante a adolescência.

No Brasil, o estudo foi realizado em dezembro de 2018 e ouviu 500 jovens – 250 mulheres e
250 homens. A amostra incluiu participantes de todos os níveis de escolaridade e de todas as
regiões do país.

Entre o grupo de mulheres brasileiras, 78% haviam sido assediadas nos últimos seis meses.
Quando perguntadas quais tipos de agressões sofreram, elas relataram assédio verbal (41%),
assovios (39%), comentários negativos sobre sua aparência em público (22%), comentários
negativos sobre sua aparência nas redes sociais (15%), pedidos de envio de mensagens de texto
com teor sexual (15%), piadas com teor sexual que as envolviam feitas em público (12%), piadas
com teor sexual que as envolviam feitas nas redes sociais (8%), beijos e/ou abraços forçados
(8%), apalpadas (5%), fotos tiradas por baixo da saia (4%) e fotos íntimas vazadas nas redes
sociais (2%). Setenta e seis por cento disseram se sentir confortáveis com a ideia de contar a
alguém o que havia acontecido – 77% das meninas entre 14 e 16 anos afirmaram que o tinham
feito.

“A ideia de que mais da metade das jovens brasileiras sai de casa todos os dias temendo
sofrer algum tipo de violência é alarmante. Indica o nível de normalização de atitudes que agridem
e provocam danos sobre suas vidas. Sentir medo não é normal”, afirma Ana Paula Ferreira,
coordenadora de Direito das Mulheres da ActionAid no Brasil. Ela complementa:
“O que algumas pessoas podem achar engraçado, ou mesmo um elogio, faz com que muitas
meninas alterem suas rotinas, se desmotivem nas escolas, criem estratégias para transitar pelas
ruas, ou mesmo gastem mais dinheiro para evitar se expor nos espaços públicos. São jovens e
adolescentes iniciando a vida adulta, e isso impacta seu desenvolvimento pessoal, econômico e
social”.

Misoginia arraigada nas práticas sociais

Ações que traduzem desprezo ou desrespeito pelas mulheres, no entanto, não são
exclusividade do Brasil. Entre todos os países pesquisados, três quartos dos jovens (homens e
mulheres) disseram ter sido expostos a atitudes negativas ou ofensivas em relação a meninas
jovens nos últimos seis meses, e 65% das mulheres participantes enfrentaram alguma forma de
assédio sexual neste período.

Entre os brasileiros que afirmaram ter testemunhado algum tipo de atitude depreciativa
contra meninas nos últimos seis meses (88%), os principais praticantes foram pessoas da família
(39%) e amigos (34%) dos jovens entrevistados, o que mostra que a misoginia está arraigada nas
relações sociais. Quando perguntados em quais espaços viram, ouviram ou leram conteúdos
ofensivos ou negativos sobre mulheres, o grupo pesquisado no país listou, principalmente, as
redes sociais (55%), seguidas de filmes ou programas de TV (43%), letras de músicas (34%), e
celebridades e personalidades (23%).

“É importante que esta pesquisa tenha ouvido também meninos, pois a discussão sobre a
violência contra a mulher envolve a todos. Homens que assediam o fazem por diversas razões,
incluindo o fato de que foram ensinados, em alguma medida, que isso é normal”, pontua Ana
Paula.

A boa notícia é que a conscientização sobre o assunto parece estar crescendo nesta
geração. Quando perguntados no Brasil sobre o nível de tolerância a determinadas agressões,
88% dos jovens (meninos e meninas) consideraram comentários negativos sobre a aparência de
meninas inaceitáveis, e 85% se mostraram totalmente intolerantes a piadas sexuais envolvendo
garotas – os melhores resultados entre os países.

O Brasil também liderou no nível de intolerância a vazamento de fotos íntimas de meninas


na internet, com os mesmos 85%. Para 89% dos jovens entrevistados, beijos e abraços forçados
são inaceitáveis, enquanto 86% consideram apalpadas inadmissíveis. Noventa por cento
condenam a prática de tirar fotos por baixo de saias de meninas, também o melhor resultado na
comparação entre os países, junto com o Reino Unido. Para todos os tipos de violência, as
meninas apresentaram maior nível de conscientização do que os meninos no Brasil.

Entre os jovens dos quatro países pesquisados que disseram ter testemunhado situações de
assédio sexual nos seis meses anteriores à realização da pesquisa, 85% apontaram a vontade de
impressionar os amigos, achar que seria engraçado ou acreditar que isso é “o que os homens
fazem” como razões mais prováveis para a atitude do agressor.

No Brasil, uma proporção maior de jovens (44%) respondeu que o assédio testemunhado foi
motivado pela crença do agressor de que a vítima consideraria um elogio ou ficaria feliz por alguém
considerá-la atraente.

Os brasileiros também lideram a lista de jovens que acreditam que as meninas são mais
suscetíveis a assédio do que os meninos, com 83% das respostas. Na desagregação por sexo dos
participantes, 85% das mulheres concordaram com esta ideia, comparadas a 80% dos homens.

Outra boa notícia: em todos os países, os jovens acreditam que a educação é,


predominantemente, a resposta: 80% apoiam a educação como forma de combater o assédio
contra meninas e mulheres. No Brasil, 59% disseram que ensinar os meninos nas escolas sobre
como tratar as meninas é o caminho; 54% apontaram a educação de meninas, também nas salas
de aula, sobre como denunciar assédios como medida importante; e 41% acreditam na
necessidade de conscientizar professores a levarem as denúncias a sério, mesma porcentagem
dos que afirmaram também ser importante educar os pais.

“A proteção de meninas e mulheres é responsabilidade de toda a sociedade, e todas as


instituições devem se mobilizar para isso, desde a família, passando pelos espaços religiosos,
culturais, educacionais e laborais. Só assim todas nós poderemos conhecer, um dia, a liberdade de
não sentir medo”, conclui Ana Paula.

TEXTO 2:

INVASÃO DO ESPAÇO PESSOAL

Cada vez mais se dá destaque à questão do espaço usado, reivindicado e até defendido
pelas pessoas. A invasão do espaço pessoal é um importante elemento de estudo, já que este
espaço não é apenas físico, mas também psicológico. De acordo com Argyle e Trower (1981), ele
pode representar uma importante via de comunicação entre as pessoas.

As pessoas têm uma área ao redor do corpo que pode ser classificada como íntima,
pessoal, social ou pública dependendo da distância entre seus corpos e o do próximo. Quando
essas áreas ao redor do corpo são ultrapassadas sem permissão, ocorre a invasão desses
espaços (HALL, 1989; SOMMER, 1973).

Segundo Hall, o espaço íntimo é a distância na qual é possível praticar o amor, lutar,
confrontar e proteger-se. Neste espaço, a possibilidade de contato físico é predominante na
percepção das pessoas e estas se comunicam não apenas por meio das palavras, mas também do
tato, cheiro e calor do corpo, sendo a ultrapassagem deste espaço permitida somente a familiares,
filhos e namorados.
O espaço pessoal é definido por Hall (1989) como uma espécie de "bolha" que as pessoas
criam em torno de si que apresenta uma distância de 50 cm a 1,20 m. Nessa distância, a visão do
rosto fica totalmente nítida, há possibilidade de segurar ou agarrar outra pessoa e é possível notar
alguns detalhes fisionômicos. É limitada pela extensão do braço e apropriada para tratar de
assuntos pessoais. Normalmente só os amigos (íntimos) ficam dentro do espaço pessoal.

Outro espaço citado por Hall (1989) é o público, que é totalmente impessoal. Nele a
acuidade visual diminui consideravelmente, abrangendo, no máximo, o rosto todo; outros detalhes
tornam-se imperceptíveis. Esta distância pode ser usada por qualquer pessoa em ocasiões
públicas para discursos ou alguma outra forma solene de conversa.

Hall (1989) aponta que temos "personalidades" situacionais aprendidas. Estas


personalidades estão associadas às distâncias acima descritas. Assim, as pessoas que não
desenvolveram a fase pública de sua personalidade não costumam ocupar espaços públicos, não
sendo bons oradores ou árbitros. Por outro lado, as pessoas que não desenvolveram as distâncias
íntimas e pessoais não podem suportar a proximidade.

Para Sommer (1973, p. 34), "a violação da distância individual é a violação das expectativas
da sociedade; a invasão do espaço pessoal é uma intrusão nas fronteiras do eu da pessoa". Hall
(1989) também utiliza o mesmo conceito, afirmando que a percepção do eu está associada ao
processo de delimitar fronteiras; deste modo, quando alguém se aproxima demais, ocorre uma
invasão do eu. Segundo Sommer (1973), o espaço pessoal é uma área carregada de conteúdos
emocionais; assim, esta área é interpretada pelas pessoas como sua, seu espaço.

Quando somos invadidos em nosso espaço pessoal, normalmente nos sentimos instigados a
apresentar certos comportamentos, muitas vezes não-verbais, que indicam incômodo, tais como:
afastamento, desvios de olhar, bater os dedos em algum lugar, etc. (SOMMER, 1973). Segundo
Heimstra e Mc Farling (1978), os indivíduos apresentam vários comportamentos para se ajustar a
determinadas condições ambientais; estes comportamentos podem ser de aproximação, de fuga
ou esquiva ou adaptação às situações ambientais. Allekian (1973, apud SAWADA et al., 1998)
afirma que a invasão do espaço pessoal ou territorial pode levar a algumas reações como
ansiedade ou inquietação, sendo que estas reações dependem de como a pessoa percebe essa
situação e quais são suas necessidades individuais, experiências anteriores e pressões culturais.
Sabendo-se que existe uma relação entre as características do ambiente e o comportamento, este
estudo levanta a seguinte questão: "Como o indivíduo se comporta de maneira não-verbal num
ambiente em que seu espaço pessoal é violado?"

Sommer (1973) aponta que o espaço pessoal é uma área com limites invisíveis que cercam
nosso corpo; é um território portátil, pois pode ser levado para qualquer lugar, sendo que,
dependendo da concentração de pessoas ou da densidade do local, este território pode se ampliar,
diminuir ou até desaparecer. Por exemplo, em um restaurante vazio, o espaço tende a ampliar-se,
pois as pessoas geralmente se sentam a mesas diferentes e afastadas; se o restaurante estiver
lotado, no entanto, o espaço tenderá a diminuir, considerando que pessoas desconhecidas vão se
sentar à mesma mesa. Por outro lado, se a pessoa entrar em um trem superlotado, seu espaço
pessoal provavelmente desaparecerá, pois as pessoas não só estarão próximas como haverá
contato físico entre elas.

Considerando que apresentamos certos comportamentos quando somos invadidos em


nosso espaço, Argyle e Trower (1981) entendem que a linguagem do corpo expressa muito mais
sentimentos e atitudes do que a linguagem verbal. Cada pessoa age de uma determinada maneira
numa dada situação, podendo algumas vezes expressar os sentimentos e atitudes de forma pouco
ou muito intensa e por meio de sinais bastante sutis. A disposição ambiental também é um fator
relevante, considerando que a distância entre as pessoas, bem como a quantidade delas presentes
num determinado local, pode afetar o comportamento. Apesar de algumas reações ou
comportamentos serem universais, a cultura pode interferir nestes comportamentos, pois culturas
diferentes podem ter formas particulares de expressar sentimentos ou emoções e de usar a
distância do espaço.

Myers (1999) relata que o espaço pessoal é diferente quando observamos diferentes
culturas: algumas preferem mais espaço, como a dos escandinavos, norte-americanos e britânicos,
e outras preferem menos, como os latino-americanos, árabes e franceses. Por este motivo, Hall
(1989) dá ênfase aos desentendimentos que podem ocorrer entre pessoas de culturas diferentes,
já que a utilização do espaço difere.

A fim de medir o espaço pessoal e observar os comportamentos de reação à invasão de tal


espaço, Silva et al. (1991) realizaram um estudo com 25 homens e 24 mulheres, com idades entre
17 e 37 anos, que consistia numa aproximação frontal excessiva a um dos sujeitos por parte de um
dos experimentadores durante uma conversa informal, enquanto outros experimentadores
observavam e/ou filmavam a reação dos sujeitos à invasão. Assim, obteve-se como resultado uma
distância média de 52,9 cm de onde as pessoas podiam conversar sem se sentirem incomodadas.
Quando esta distância era invadida, as reações dos sujeitos consistiram principalmente no
afastamento, na mudança de orientação do corpo, no cruzamento dos braços e no adiantamento
ou recuo de uma das pernas. Isto indicou alguns comportamentos utilizados na preservação do
espaço pessoal. O estudo constatou que a distância interpessoal usada pelos brasileiros é menor
que a usada pelos nórdicos.

Chippari et al. (1987) também realizaram um experimento cujo objetivo era verificar as
reações à invasão do espaço em função do gênero. O estudo consistiu na abordagem feita por
experimentadores a pessoas desconhecidas, em locais públicos, com o pretexto de solicitar uma
informação, enquanto dois observadores, simultaneamente, registravam seis categorias de
comportamentos emitidos pelos sujeitos: 1) tocar os próprios braços; 2) cruzar os braços; 3) impor
barreira com as pernas; 4) mudar a orientação do corpo; 5) mudar a inclinação do corpo; e 6)
afastar-se. Os resultados revelaram não haver diferença estatisticamente significativa nas
seqüências de reações apresentadas por homens e mulheres; houve diferença estatisticamente
significativa entre as freqüências de uso das categorias de reação à invasão, havendo
preponderância da mudança de orientação do corpo.

A invasão do espaço pessoal e suas conseqüências refletem a complexidade das relações


humanas, pois o espaço do indivíduo vai muito além do que enxergamos, uma vez que além do
corpo humano e de uma distância física, há uma "capa" invisível que o reveste, podendo variar de
pessoa para pessoa; e é importante considerar esta "capa" ou dimensão oculta, visto que pode
afetar o comportamento dos indivíduos e também o processo de comunicação (HALL, 1989).
Moser (1997) relata que as transformações ocorridas no ambiente têm influência direta sobre as
relações entre as pessoas e consideráveis implicações sobre o comportamento humano, uma vez
que os indivíduos agem sobre o ambiente e este, por sua vez, modifica e influencia as condutas
humanas

TEXTO 3:

NÃO É NÃO

Não é não. Se a vítima disser que não quer, nada pode acontecer. Mesmo que não se
objetive ao ato sexual. “Na importunação, não há violência nem grave ameaça. É aquele apalpar, é
aquele beijo ou abraço forçado, é passar a mão, como aconteceu no BBB. Não houve violência
física, mas houve o cometimento de atos sem o consentimento da mulher”, afirma a titular do
Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da DPCE, defensora Noêmia
Landim.

O ter ou não violência é, inclusive, a principal diferença entre importunação sexual e estupro.
“No estupro, tem violência. O ato é forçado. O agente criminoso vai, através da força, impor o ato.
Ou força isso através de ameaça grave: “ou você faz ou você morre”. O assédio também envolve
relações de trabalho, onde existe uma hierarquia. Mas mesmo que não haja hierarquia pode haver
assédio”, detalha a defensora.

Independente de se tratar de importunação sexual ou de assédio sexual, a vítima pode


oferecer denúncia contra o acusado.

A defensora informa ainda que a importunação sexual pode ocorrer até mesmo em
casamentos. Ela detalha: “a legislação não limita que o crime se configura somente se for cometido
entre desconhecidos. É quando alguém pratica ato libidinoso sem o consentimento do outro. Se
esse outro for mulher, pode até configurar um crime mais grave. Porém, muitas mulheres acabam
não procurando ajuda, ou só procuram quando sofrem uma violência maior, porque acha ‘normal’.”
O “normal” ao qual a defensora refere-se é o efeito direto do machismo e da cultura do
estupro, paradigmas que a supervisora do Serviço Psicossocial da Defensoria, psicóloga Andreya
Amendola, alerta como elementos fundamentais na construção de uma narrativa perversa para a
vítima sempre achar que é dela a culpa de o agressor ter sido flagrado e responsabilizado pelo ato.

“A questão do machismo é muito arraigada ainda, assim como é a ideia de que a mulher é
propriedade do homem e, por isso, ele pode invadir o corpo dela quando quiser. E não é assim.
Nós não somos propriedade de ninguém! A gente é da gente mesma. Porém, às vezes, por conta
desse machismo, a vítima não tem nem reação na hora da importunação ou do assédio. E pensa
que, por não ter reagido, é porque queria. Mas qualquer um de nós, sendo pego de surpresa, pode
não ter reação no momento e só depois compreender o que aconteceu. Ninguém pode apalpar o
outro sem que o outro diga abertamente que deseja”, pontua a especialista.

Ressalta-se também que ninguém pode abraçar ou beijar alguém, independente do sexo, se
o outro não manifestar que deseja o contato.

Andreya diz ser comum as vítimas sequer saberem que foram vítimas de importunação,
tamanha é a alienação imposta pelo machismo. “Muitas vezes, a mulher fica em dúvida se de fato
não consentiu o ato. Mas temos que educar e dizer que: se não foi o que você queria, é
importunação; se teve violência, é assédio”, frisa.

A psicóloga alerta que muitos homens praticam a importunação e o assédio por terem
certeza da impunidade e do acolhimento da sociedade, especialmente, quando entendem que foi
um “erro apenas”. “O homem acha que não vai dar em nada porque antigamente era assim. Mas a
lei vem evoluindo, assim como todos os comportamentos da nossa sociedade. A gente não rompe
ciclos atendendo só a uma mulher, mas às novas gerações. Temos que conscientizar as novas
gerações, num trabalho de prevenção. Porque a violência se naturalizou. Muitos agressores
reproduzem comportamentos apreendidos. Ele vivenciou na infância e também faz por achar
normal. Nós temos que conscientizar que o corpo da mulher é da mulher. E ninguém deve tocar
sem permissão”, finaliza Andreya Amendola.

Baseado nos textos acima, elabore e justique suas respostas:

1. O que é importunação sexual? E qual a diferença com o estupro?

2. Porque devemos respeitar os limites do outro (seu espaço físico) e qual a menor
distância permitida sem violar o direito do outro (independente de ser homem ou mulher?)

3. Há relatos de muitos casos no Brasil sobre importunação sexual praticadas entre


colegas e amigos. Após ler todos os textos acima e conhecer um pouco mais sobre o
assunto, qual o seu posicionamento sobre o fato?
4. Existem muitas campanhas “Não é não”. No entanto, apesar da colega ter sido clara
que não gostaria de receber abraços, sua posição foi de ignorar sua fala. Após
conhecer mais sobre o assunto e saber que pode sofrer punições por isso, como vê o
direito do outro?

5. Faça uma síntese sobre os três textos, reunindo-os e evidenciando os principais


pontos de cada um deles.

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