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ABUSO SEXUAL: CRIANÇAS E

ADOLESCENTES

Análise sobre o abuso sexual a crianças e adolescentes

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O termo abuso sexual é usado de modo geral para justificar qualquer abuso que de fato
viole sexualmente outrem sem seu consentimento, fazem parte desse tipo de violência
também à tentativa de estupro, carícias indesejadas e sexo oral, todos de forma forçado. 
No Brasil a lei 12.015/2009 do código penal protege as vítimas os casos dos chamados
“crimes contra a dignidade sexual”. Apesar da existência da legislação e dos órgãos
protetores, grandes partes das vítimas de abusos sexuais apresentam resistência em
denunciar os agressores. De fato, o medo em denunciar o agressor é um dos grandes
causadores dessa resistência (medo do julgamento perante a sociedade, medo por que
muitas das vezes o agressor é alguém de confiança da família) como também a
vergonha e a burocracia da investigação.

Palavras-chave: Abuso, violência, crimes, sexual, estupro.


INTRODUÇÃO
Ao se referir à violência sexual encontramos duas vertentes que se encaixam dentro do
assunto sendo elas: exploração sexual e abuso sexual. A exploração sexual tem ligação
com o comércio de corpos e sexos, o acesso à exploração se da por meio de pornografia,
prostituição, turismo sexual e tráfico.  Enquanto, que, abuso sexual ocorre quando um
adulto tem interesse sexual por crianças ou adolescentes tanto com pessoas de vínculo
familiar quanto em pessoas que não são do vínculo familiar (FLORENTINO, 2015).

Sendo assim, é considerada constitutiva essa atitude de agressão do ser humano e os


controles desses impulsos destrutivos se dão pelo processo de socialização. Com tudo, o
uso da agressividade é decorrente da violência, tendo os fins destrutíveis que podem ser
considerados voluntário-involuntários, racional/irracional, consciente/inconsciente. Os
vínculos que foram criados com outras pessoas se tornam internalizados e ficam de lado
os que são externos (CAPITÃO e ROMARO, 2008).

De acordo com Florentino (2015) dentre esses assuntos cabe considerar que o abuso
sexual faz o levantamento sobre violência doméstica, violência sexual, e principalmente
a violência contra crianças, adolescente e adultos. Diante desses levantamentos é
possível destacar que o sexo da vítima não importa, o agressor possui desejos e pode ser
que esses sejam saciados dentro da própria família por longos tempos e por cobertura de
alguns parentescos.

O objetivo deste trabalho é aprofundar o conhecimento por meio de pesquisas


bibliográficas. Acerca do assunto escolhido – abuso sexual – onde são acometidas
crianças, adolescentes, e muitas vezes mulheres adultas também, que não estão de
acordo com o ato sexual e são violentadas, devidas as agressões e não respeitarem suas
decisões.

DESENVOLVIMENTO
O que é o Abuso sexual
O respeito ao próximo inclui também o respeito pelas decisões que o mesmo toma,
sendo assim, a relação sexual tem se tornado algo cada vez mais propagado e difundido
na sociedade, atualmente sua representação tem sido de formas distorcidas do que se
pensava relacionável. Ocorrendo desenfreadamente a busca de novas situações não
importando se vai além dos limites permitido para que não ultrapasse os direitos de
outro ser humano (PFEIFFER e SALVAGNI, 2005).
Define-se abuso ou violência sexual na infância e adolescência como a
situação em que a criança, ou o adolescente, é usado para satisfação
sexual de um adulto ou adolescente mais velho, (responsável por ela ou
que possua algum vínculo familiar ou de relacionamento, atual ou
anterior), incluindo desde a prática de carícias, manipulação de
genitália, mama ou ânus, exploração sexual, voyeurismo, pornografia,
exibicionismo, até o ato sexual, com ou sem penetração, sendo a
violência sempre presumida em menores de 14 anos (Pfeiffer e
Salvagni, 2005, apud adaptado de ABRAPIA, 1997, p. 198).
Entretanto, mesmo tendo evolução nos processos morais e legais de defesa da criança e
adolescente, os casos de abusos sexuais ainda existem e não deixa de acontecer, e muito
menos, deixa de ser visto de forma onde é um crime que deixa sequelas, danos, traumas
e até mesmo transtornos e patologias que são consideradas irreparáveis para as vítimas
(PFEIFFER E SALVAGNI, 2005).

O abuso acontece quando um adulto ou adolescente mais velho usa de crianças e


adolescentes para satisfação de seus prazeres sexuais. É considerado práticas de abuso
sexual carícias, manipulação das genitálias, ânus e mama, ato sexual com ou sem
penetração, entre outros. As violências são na maior parte presumidas em menores de
quatorze anos (PFEIFFER E SALVAGNI, 2005).

Dessa forma, é importante ressaltar que os casos de abuso sexual têm ligações diretas
com a imagem de “poder” que o agressor passa para as vítimas, por se tratar de ter
algum grau de parentesco, sendo da família ou bem próximo da família. Por ser assim,
se torna um alvo difícil de suspeitar e resulta na complicação da necessidade de
confirmação dos abusos sexuais infantis (PFEIFFER E SALVAGNI, 2005).

Ainda assim, a violência sexual, ou seja, o abuso sexual é considerado um problema


alarmante da saúde pública. De acordo com Pfeiffer e Salvagni (2005), p. 198 “O abuso
sexual infantil é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos
realizados em diferentes partes do mundo sugerem que 7-36% das meninas e 3-29% dos
meninos sofreram abuso sexual.”. O que caracteriza que esse problema de saúde pública
reconhecido pela própria OMS acomete crianças de ambos os sexos, sejam eles,
feminino ou masculino.

Abuso de poder intrafamiliar e o processo de denuncia


De acordo com Platt et al., 2018, os casos de abusos sexuais mais prevalentes têm sido
com meninas numa faixa etária entre 5 a 10 anos, considerando a importância em não
descartar que acomete os meninos também. Porém, em uma proporção bem reduzida ou
pouco discutida. Portanto, esses casos são mais de natureza intrafamiliar, durante o
período de 1999 a 2003 um estudo alcançou um levantamento de dados que considerava
que os pais dentro de suas próprias casas são os autores dessas violências.

Segundo Vicentin e Valle, 2009, apud Dessen e Silva, 2005, as crianças que sofrem
violências sexuais e as consequências desses atos agressores passam que depender de
uma figura que transmita proteção e cuidado, e na ausência dessa figura protetora ou
“defensora” as crianças que são vítimas passam a ser expostas a viver dentro de uma
negligência e vulnerabilidade da família, tendo que enfrentar essa exposição durante
todo o período de infância.

Considera que quando o autor da violência sexual é o pai biológico, ele trai a confiança
da criança e aproveita-se de sua vulnerabilidade ou imaturidade, garantindo o silêncio
da vítima seja com promessas, chantagens ou ameaças, frequentemente se beneficiando
da conivência, seja pela não percepção da mãe e dos outros membros da família. A
autora complementa que a vítima vive uma situação traumática e conflituosa, permeada
por diferentes sentimentos, como medo, raiva, prazer, culpa e desamparo. Pode haver
raiva dirigida à mãe, por não a proteger, o que retroalimenta o medo de revelar a
violência em função do receio de que não acreditem nela (vítima) ou a considerem
culpada (Vicentin e Valle, 2009, apud Araújo 2002, p. 180).

As vítimas ainda são expostas a traumas psicológicos que são desencadeados devidos ao
abuso sexual, entre eles são classificados a depressão, ansiedade, fobias, uso de drogas,
transtornos de estresses pós-traumático e/ou tentativas de suicídio. Com tudo, essas
consequências psicológicas são variáveis considerando que cada criança e adolescente
corresponde de maneira diferente (VICENTIN E VALLE, 2009).

No processo de denúncia é importante que ocorra o acolhimento de profissionais


qualificados e uma abordagem responsável com as vítimas. Por se algo que viole seus
corpos, seu psicológico e sua intimidade, essas vítimas se sentem desprotegidas tanto
diante da família como da sociedade, o que gera uma informação muitas vezes
distorcida da real situação. Por isso, os profissionais dessa área são bem preparados para
que ocorra a melhor busca de informações e que não haja interferências ou até mesmo
ruídos que prejudiquem (JACINTO, 2009).

METODOLOGIA
A metodologia é todo o processo de criação de um projeto, trabalho, pesquisa, estudo e
afins. Utilizou-se de fontes e sites como: Scielo, Google Acadêmico, livros, notícias
com levantamentos de dados, livros fornecidos pela biblioteca física e virtual da
faculdade Multivix de Cachoeiro, auxilio de computadores, celulares, impressoras,
Xerox, caderno, lápis, folhas de resumos, energia elétrica e materiais que são parte da
criação.

Considerando que todo o material usado para confeccionar esse artigo são documentos
que foram publicados, bem como, revistas, artigos científicos, livros e resumos, nada
que foi dito nesse trabalho foi inventado ou criado. Buscou-se fonte para embasamento
e coerência e coesão do mesmo.

CONCLUSÃO
Com base nas pesquisas realizadas foram encontrados levantamentos de estudos feitos
em diversas cidades, estados e países. Sendo assim, concluímos que os casos de abuso
sexual e violência sexual é um problema de saúde pública em vários lugares do mundo,
e a organização mundial de saúde (OMS) elenca um banco de dados frequentemente,
bem como, busca orientar nas capacitações de profissionais que trabalharam
diretamente com esses casos.

Segundo dados do ministério da saúde, a maior parte das vítimas de estupro é


constituída por crianças e adolescentes, em torno de 70% dos casos denunciados. Os
agressores mais comuns são membros da própria família ou pessoas do convívio da
vítima.

Durante todo o levantamento de dados, é considerável que todos os dias acontecem


violência sexual, uma vez que, os conteúdos de pedofilia e pornografia infantil estão
disponíveis em sites e lugares acessíveis a grande maioria da sociedade. As crianças e
adolescente que são expostos a esses tipos de violências carecem de atenção, cuidado e
proteção.

Portanto, é preciso estar atento aos sinais e sintomas demostrados pelas crianças e
adolescente, se há necessidade de uma conversa, da imposição de confiança e buscar
conhecer o comportamento que não condiz com o humor satisfeito da criança. Por ser
um tema amplo e que aponta agressões e violência que invade a individualidade do
outro é importante ouvir e entender a criança/adolescente, compreendendo que seu
discurso pode vir a ser importante para causar o fim da agressão em caso de
intrafamiliar ou extrafamiliar, violência e/ou abuso sexual.

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