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Por abuso sexual, Silva et al. (1997, p.14) pronunciaram-se de modo a afirmar que: “O
abuso sexual ocorre quando a criança ou o adolescente é envolvido em atividades sexuais
impróprias para a sua idade e seu desenvolvimento psico sexual, as quais não têm maturidade
para compreender ou dar consentimento pleno”.
Essa definição bastante ampla engloba desde a solução, corrupção de menores,
manipulação de órgãos genitais e ao ato sexual em si, com ou sem violência. Também se inclui
nessa definição todo e qualquer tipo de exploração comercial do sexo, como a pornografia ou
prostituição.
Sobre abuso sexual seja na infância ou na adolescência pode ser entendido também
como meio utilizado para satisfazer sexualmente alguém responsável por uma criança ou por um
ser na fase da adolescência ou que tenha vinculo familiar ou então que mantenha um
relacionamento com seres na faixa como aqui especificada. Para o abuso sexual como então já
contextualizado há de levar-se em conta como meios utilizados em tal ato ilícito não somente os
acima já citados. Ainda que também exista possibilidade de fazer uso tanto da prática de
carícias, do exibicionismo como dentre outros, o ato sexual em si sendo o mesmo com
penetração ou não. (PFEIFFER; SALVAGIN, 2005).
Enquanto definição a respeito do abuso sexual também há de se levar em conta o
posicionamento de Schaefer, Rossetto e Kristensen (2012), segundo o qual compreende-se der
ser o abuso aqui mencionado, como qualquer ato ou interação quando praticado por variadas
formas (carícias, ato sexual, pornografia, exibicionismo e outros mais) envolvendo uma criança
e adolescentes. Ademais considera-se uma não aptidão por parte destes seres humanos em
relação a uma compreensão ou consentimento para a realização da prática sexual por outrem,
como aqui já dito, esteja em um estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado.
Deste modo, ainda que também sobre o abuso sexual em crianças e adolescentes,
conclui-se que pode ser violento, mas a maneira pela qual é cometido, na maioria das vezes, não
envolve violência nenhuma. Grande parte dos abusos sexuais como então referenciados implica
em uma lavagem cerebral sutil na criança e no adolescente, que é recompensada com agrados ou
com mais amor e atenção ou, ainda, subornada para se manter quieta.
O abuso sexual em crianças e adolescentes integra um conhecimento como sendo um
ato violento seja doméstica ou intra familiar. No entanto, no contexto doméstico intra
familiar violência pode ocorrer que não apenas em referência ao abuso sexual, mas também em
ao abuso físico, ao abuso emocional e à negligência.
Ainda que também sobre o abuso emocional exista a possibilidade de afirmar que
em função de sua ocorrência haja um impedimento de um desenvolvimento psicológico normal
na criança ou no adolescente conduzindo a vítima do abuso em foco a perder vínculo afetivo
com o adulto, como também dentre outras consequências: demonstração de agressividade;
apresentação de condutas destrutivas e anti sociais; uma amostra de modo que com baixa
autoestima; e outros mais, que dentre estes, a tendência ao suicídio. (CUNHA, 2013)
O abuso físico, conforme Silva et al. (1997, p. 14) "consiste em toda ação não
acidental capaz de causar dano físico à criança através da força. Geralmente, ocorre com mais
frequência no âmbito familiar e é praticada pelos próprios familiares."
Sobre o abuso físico Cunha (2013) se posicionaram de modo a afirmar que ao
contrário do abuso emocional, o abuso físico é uma prática de violência que se mostra mais
evidente e de fácil de detecção, tendo a sua distinção com relação ao abuso emocional, por
exemplo isto em meio uma observação tanto quanto ao aspecto físico como no que diz respeito
aos relatos dos responsáveis pela vítima do abuso em fito (CUNHA, 2013).
1.1.3 Negligência
A negligência, por sua vez, em concordância com Silva et al. (1997, p. 15) "é a
omissão do responsável pela criança em prover os cuidados básicos essenciais ao seu
desenvolvimento sadio, tais como proteção, alimentação, afeto, entre outros." O abandono é a
forma mais comum e mais extrema de negligência. No que concerne ao abuso sexual, este já foi
conceituado anteriormente.
Algo que, portanto, deve ser visto como prática ilícita em referência à legislação
brasileira em abrangência a uma atenção também para a negligência em referência ao termo
adolescência, e isto quando dentre outras circunstâncias, quanto ao Estatuto da Criança e do
Adolescente, Art. 40, eis o seguinte conhecimento:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL,
2014, p. 11)
Dessa forma, devendo-se atentar para o que garante ao adolescente dentre a outros
direitos, no que diz respeito a cuidados para com o ser humano como anteriormente citado, o
direito à dignidade e outros mais direitos.
Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças ou adolescentes que se vê nas
estatísticas, observa-se que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria dos casos de
violência não são efetivamente denunciados, sequer chegando ao conhecimento das autoridades
competentes tendo em vista, principalmente, o medo que as vítimas possuem resulta em um
dano psíquico e emocional devastador.
Dessa maneira quanto ao agressor do abuso sexual, ou seja, quanto ao abusador, este
caracteristicamente falando, podendo ser visto quando há de fazer-se uma referência a uma
diversidade no que tange aspectos constituintes do perfil do mesmo.
Verifica-se, assim, que quando o abuso ocorre dentro do lar onde o abusador é
geralmente o pai ou padrasto, o processo é bastante complicado. Na maioria dos casos,
essa criança necessitará de um tratamento psicológico a longo prazo o que requer
profissionais especializados na área.
As consequências emocionais para a criança ou o adolescente que tenha sofrido
abuso sexual são bastante graves, isso porque quanto mais próximo for o relacionamento entre a
vítima e o abusador, mais a vítima se sentirá traída.
Mas, o perigo não está apenas dentro de casa. Em diversos outros locais
frequentados tanto pela criança como pelo adolescente podem existir pessoas que conferem
riscos à integridade física e sexual dos mesmos. Portanto, não há lugar absolutamente seguro
contra esse crime, deve-se sempre ficar atento. Para Furniss apud Azevedo e Guerra (1997, p. 1
10):
O abuso sexual intra familiar pode ainda ser compreendido como uma síndrome
conectora de segredo e adição. A síndrome de segredo ocorre através de ameaças,
promessas de recompensas e garantia de silêncio, bem como pela negação da família
em "escutar" as tentativas da criança em comunicar o abuso. A síndrome da adição,
por sua vez, envolve a crescente intensidade das diferentes formas de abuso sexual,
em geral, num primeiro momento mais leve, como carícias no corpo da criança, até,
num segundo momento, o abuso sexual com intercurso completo. Portanto, o abuso
sexual infantil envolve atividades que objetivam a gratificação das demandas e
desejos sexuais do abusador, de modo a incluir o elemento intencional e repetitivo.
A criança que foi vítima de abuso sexual sofrerá consequências de cunho emocional,
social ou interpessoal, comportamental, sexual, físico e cognitivo que vão se estender
por toda sua vida, afetando de modo definitivo o seu desenvolvimento psicológico.
Porém, o que se observa é que havia um abuso desse poder por parte do
adulto, gerando a violência e o abuso sexual infantil. A visão da criança como um ser
"inferior" propiciava que os pais, irmãos e demais parentes a violassem sem culpa.
Para De Mause apud Sanderson (2005, p. 5):