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CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PERANTE O

FENÔMENO DE ABUSO SEXUAL INFANTIL

FERREIRA, Thais Carolina 1


NANTES, Elaine da Silva2

Resumo: O presente estudo objetiva abordar o tema da violência sexual infantil e as


contribuições da Psicologia no atendimento e acompanhamento da vítima. Para uma
melhor compreensão do fenômeno, foi levantado o histórico da violência contra
criança no Brasil e exposto o que se caracteriza uma violência sexual infantil. O
abuso sexual contra o incapaz está sendo considerado um problema de saúde
pública, devido a sua incidência, principalmente no núcleo familiar. Diante do
exposto levantou-se a seguinte problemática: Qual o papel do psicólogo e sua
contribuição no atendimento de crianças vítimas dessa violência? Para responder a
essa questão elencou-se os seguintes objetivos: Descrever as formas de violência
sexual contra a criança; pesquisar o papel do profissional de psicologia frente a essa
demanda e descrever a contribuição desse atendimento psicológico para a
recuperação da criança. Para a realização deste trabalho optou-se por um percurso
metodológico com base na pesquisa com abordagem qualitativa, de natureza básica
e com procedimento bibliográfico. Como breves conclusões podem salientar que o
psicólogo tem um papel crucial no acolhimento e escuta da vítima, e na elaboração
psíquica do acontecimento, contribuindo para a superação de traumas.

Palavras-chave: Violência Sexual; Infância; Psicologia.

INTRODUÇÃO

O propósito do presente artigo é expor a temática da Violência Sexual Infantil,


e tecer considerações sobre a contribuição do profissional de psicologia perante
esse fenômeno atual e de grande reincidência.

De acordo com pesquisas realizadas pelo Mistério da Saúde (2008), a


violência é um dos principais desafios do século XXI, devido ao seu grande impacto
na saúde pública. Atingindo principalmente as crianças e adolescentes,

1
Acadêmica do curso de Psicologia da Faculdade Integrado de Campo Mourão - PR.
2
Professora Mestranda da Faculdade Integrado de Campo Mourão - PR.
caracterizando-se como a principal causa de óbito das mesmas. (apud FURLAN et
al, 2011).

Silva (2009), aponta a violência sexual como a forma de atendimentos mais


realizados, sendo que 44% dos registros ocorrem com crianças de 0 a 9 anos de
idade. Dessa forma a violência sexual infantil é considerada como um problema de
saúde pública no Brasil, devido aos seus altos índices de ocorrência.

Como afirma Marques(2011), a violência sexual tem um impacto gigante na


saúde física e mental da criança, prejudicando seu desenvolvimento saudável, e
gerando danos que podem persistir ao longo da vida. Essa demanda é constituída
encima de dúvidas, incertezas, medos, angústias histórias complexas e dinâmicas
familiares difíceis.

O psicólogo como agente de mudanças tem um papel importante perante


esse fenômeno tão recorrente, uma vez que tem o aparato teórico-cientifico para
lidar com essa demanda. Realizando o acolhimento da vítima e seus familiares, sem
realizar julgamentos nem culpabilizações, e auxiliando na superação do trauma
vivenciado.

Com foco na melhor realização da pesquisa e exposição de conteúdos, o


trabalho focalizará o exercício do profissional da psicologia inserido no Centro de
Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), ressaltando as atribuições
do psicólogo no contexto social, especialmente no atendimento e acompanhamento
de crianças vítimas de violência sexual.

METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho optou-se por um percurso metodológico com


base na pesquisa com abordagemqualitativa, de natureza básica e com
procedimento bibliográfico. Dessa forma o presente trabalho propõe por meio da
ciência psicológica, compreender o fenômeno do abuso sexual infantil, e as
contribuições do psicólogo perante essa demanda. O material utilizado consiste em
documentos, manuais e artigos científicos, retirados de fontes primárias – Concelho
Federal de Psicologia, e secundárias -Albernaz, Almeida, Balbinotti,Florentino,
Furlan, Friedrich, Froner e Ramires, Scussel, Silva. Após as pesquisas, serão
realizadas as leituras, para a extração do conteúdo desejado para a elaboração do
artigo.

VIOLENCIA SEXUAL INFANTIL

Segundo Balbinotti (2008), na atualidade a violência é um dos maiores


problemas da sociedade, manifestando-se das mais diversas formas, com os mais
variados públicos. A problemática levantada será da violência sexual infantil,
considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como um dos maiores
problemas de saúde pública.

Como relata Silva (2009), o histórico de violência com criança no Brasil,


ocorre desde a vindas dos portugueses, que recrutavam crianças pobres e órfãs,
para a tripulação dos navios. Esses recrutas tinham a função de servir as esposas
dos portugueses, porém muitas dessas sofriam abuso sexual ainda nas
embarcações. Assim sendo, desde a constituição do Brasil há histórico de violência
sexual contra incapaz.

É importante ressaltar que preocupação com esse tema no Brasil só ganha


destaque com o direcionamento da Constituição Federal de 1988, sobre o Princípio
da Prioridade Absoluta:

Art. 227- É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à


criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. (BRASIL, 1988, Art. 227 apud SILVA, 2009).
Nesse novo artigo da Constituição Federal Brasileira, as crianças passam a
serem vistas como cidadãos em processo de desenvolvimento, e começam a ter
seus direitos assegurados.

Segundo Habigzang (2005) citado por Furlan et al (2011), a violência sexual


infantil é caracterizada por qualquer ato ou contado com a criança em atividades de
ordem sexual, em que o adulto use a criança para sua estimulação e obtenção de
prazer. A violência sexual é baseada em uma relação de poder, do adulto abusador
sobre o incapaz abusado. Conforme relata Pedersen (2009):

[...] a violência sexual contra crianças e adolescentes tem origem nas


relações desiguais de poder. Dominação de gênero, classe social e
faixa etária, sob o ponto de vista histórico e cultural, contribuem para
a manifestação de abusadores e exploradores. A vulnerabilidade da
criança, sua dificuldade de resistir aos ataques do abusador são
condições que favorecem a ocorrência da violência. (apud FURLAN
et al, 2011, p. 3).

De acordo com Silva (2009), esse tipo de violência não ocorre somente pelo
uso da força física, mas também por meio da sedução estabelecida por meio de uma
relação de confiança entre o abusador e a vítima, criando um falso consentimento do
incapaz, que acaba por submeter-se ao ato abusivo.

A violência sexual pode ocorrer de várias formas, Scussel et al (2005), a


classifica de três maneiras: não envolvendo contato físico, que pode se dar por
aliciamento pela internet ou pessoalmente, por meio de telefonemas obscenos,
voyeurismo e a realização de fotografias ou filmagens de crianças para obtenção de
prazer. Outra classificação é a violência sexual envolvendo contato físico, que se
caracteriza por tocar no corpo e na genital da criança, penetração de objetos, dedo
ou órgão sexual, bem como realizar contato oral com a genitália da vítima. Além das
classificações já descritas existem a violência sexual seguida de violência física, que
envolve o estupro associado a brutalidade e agressão, podendo em alguns casos
ocorrer o assassinato do infante.

Silva (2009), acrescenta dizendo que a maioria dos casos de violência sexual
infantil não deixa marcas aparente nas vítimas, pois em grande parte consiste em
masturbação, sexo oral, exibicionismo e outros atos sem penetração, dessa forma
torna-se difícil a identificação da violência, já que nesses casos não deixam marcas
físicas e sim psicológicas.

O abuso sexual pode ser caracterizado de duas formas, o intrafamiliar e o


extrafamiliar. Balbinotti (2008), defini o intrafamiliar como aquele que ocorre no seio
familiar, envolvendo o abuso da criança por um parente próximo, geralmente do
convívio diário. Já o extrafamiliar configura a violência que ocorre fora do domicílio,
ou tem como abusador alguém que não é próximo a família. Segundo Guerra apud
Balbinotti (2008), “Aproximadamente 80% dos abusos sexuais infantil são praticados
por membros da família ou por pessoa conhecida confiável.” (p.3).

Crianças que são vítimas de violência sexual, podem ter prejuízos em seu
desenvolvimento psicossocial e graves traumas psicológicos, como ressalta
Friedrich (1998)

[...] indivíduos abusados sexualmente podem apresentar sintomas de


natureza interna, tais como ansiedade, depressão, queixas
somáticas, inibição e sintomas de stress pós-traumático
(hiperexcitação fisiológica, medos e evitação, reexperiencia) ou
externa, como agressão, delinquência, envolvimento em prostituição,
em níveis aumentado de atividade, além de problemas de
comportamento sexual. (apud FURLAN, 2011, p. 5)

Quando existe a suspeita de violência sexual uma importante medida a ser


tomada, segundo Scussel et al (2005), é entrar em contato com instituições, que
trabalham na investigação, diagnóstico, enfrentamento de atendimento à vítima e
seus familiares, Concelhos Tutelares, Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA), Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude
(PJDIJ), 1° Vara da Infância e da Juventude (1° VIJ), Disque 100 ou 156.

ATUAÇÃO DO PSICOLOGO PERANTE O FENOMENO DE VIOLÊNCIA SEXUAL


INFANTIL.
Com a finalidade de uma melhor exposição da atuação do profissional de
psicologia perante a demanda de abuso sexual infantil, o artigo abordará o exercício
do profissional inserido dentro do CREAS (Centro de Referência Especializado de
Assistência Social). Vale ressaltar que o psicólogo também pode lidar com essa
demanda em outras áreas, como no âmbito Jurídico ou na clínica com psicoterapia
individual.

Segundo Albernaz (2013), a atuação dos psicólogos nas políticas públicas


articula-se aos seus deveres éticos e políticos da profissão, que objetiva contribuir
com os direitos do sujeito e da coletividade, estando incluso o direito da criança em
desenvolver de forma saudável e livre sua sexualidade, sem qualquer forma de
violência e abuso.

De acordo com o Concelho Federal de Psicologia (2009), no primeiro


atendimento à vítima o psicólogo deve ter por objetivo realizar o acolhimento da
criança e de sua família, efetuar a classificação da demanda, levantando as
situações de emergência ou de ameaças que possam surgir.

Azambuja (2006) apud Froner e Ramires (2009), ressalta a importância da


criança ser acolhida em um ambiente que lhe forneça segurança, e atendida por um
profissional capacitado para entender suas questões. Dessa forma o psicólogo
precisa propiciar uma escuta atenta à vítima e seus familiares.

[...] É o profissional de psicologia que exercerá o trabalho com


sentimentos e subjetividade de crianças/adolescentes vitimizados e
suas famílias – criando ambiente favorável o resgate da autoestima,
à reconstrução de relações afetiva, à reconstrução de significados
acerca da vivência, à compreensão acerca da dinâmica familiar, aos
limites e cuidados na família, ao desenvolvimento da sexualidade,
etc. (CONCELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2009 p. 61).

Florentino (2014), relata que uma das principais funções do profissional de


psicologia dentro do CREAS, é estar capacitado a identificar quais são os prejuízos
emocionais instalados na vítima e a profundidade dos mesmo, para que a partir
disso planejem qual é a melhor intervenção a ser realizada.
Albernaz (2013), afirma que o atendimento psicológico deve contar com a
atenção psicossocial, que é realizada por um conjunto de procedimentos técnicos
especializados, que objetivam a estruturação de ações de atendimento e proteção à
criança, proporcionando condições para o restabelecimento do convívio familiar e
social, permitindo a superação da situação de violência.

Almeida (2011), aponta que o papel do psicólogo deve funcionar como uma
escuta terapêutica, livre de julgamentos, de conceitos pré-concebidos e sem
culpabilizar em momento algum a vítima. Faz-se imprescindível levar em conta a
realidade socioeconômica, e a constituição familiar da criança vitimizada.

De acordo com Froner e Ramires (2009), aconselha-se deixar a criança falar


livremente sobre suas vivências, ou realizar perguntas abertas e adequadas para a
linguagem e entendimento da mesma. O problema existente no atendimento infantil,
é que muitas vezes a criança não possui uma boa verbalização, segundo os autores
já citados, “a limitação verbal das crianças menores pode ser sanada por material
correspondente ao universo infantil.” (p.10). Então para um melhor atendimento, é
necessário a utilização das técnicas lúdicas, como jogos, brincadeiras, desenhos, e
instrumentos projetivos, essas técnicas superam as limitações verbais infantil.

O trabalho em grupo é uma importante forma de atuação do psicólogo


inserido no CREAS, pois possibilita um espaço para as vítimas e os familiares
compartilhares suas experiências e elaborarem essas vivências. Para Almeida
(2011), os grupos de apoio configuram um ambiente de escuta, na qual as vítimas
podem compartilha suas experiências, seus medos, angústias e duvidas, referente
ao acontecimento de violência. O profissional de psicologia é responsável pela
condução do grupo, que deve ocorrer semanalmente e ser formador de acordo com
a faixa etária.

De acordo com o Concelho Federal de Psicologia (2009), os grupos de apoio


aos familiares, são constituídos por membros adultos das famílias de crianças que
são atendidas pelo CREAS. Também ministrado pelo profissional de psicologia,
esses grupos buscam o fortalecimento dos familiares para enfrentar as sequelas da
violência e ter a capacidade de dar suporte emocional que a criança necessita.

Dessa forma, a prática do psicólogo dentro do CREAS, de acordo com o


Concelho Federal de Psicologia (2009), deve comprometer-se com um perspectiva
emancipatória, promovendo autonomia e consciência social, que consiste em
promover o empoderamento do indivíduo, o desenvolvimento de uma consciência
crítica e sua participação efetiva no meio social.

CONCLUSÃO

Por meio do levantamento bibliográfico sobre o tema da violência sexual


infantil, verificou-se que esse fenômeno concebe uma questão crescente, com
proporções gigantescas, que assola toda a população. Por meio das pesquisas
constata-se que esse tipo de violência causa graves danos psíquicos na criança
vitimizada, podendo prejudicar seu desenvolvimento saudável, e causar graves
traumas que podem ser refletido no decorrer da vida.

Diante das discussões levantadas no decorrer do artigo, notou-se que a


atuação do psicólogo perante a demanda de abuso sexual infantil é um desafio
complexo, pois os profissionais deparam-se com vários casos complicados, que
exigem-lhes uma infinidade de habilidades, até mesmo as pessoais, para
conseguirem lidar com o peso da questão.

A atuação do profissional de psicologia dentro das políticas públicas, perante


essas casos, deve ser o de minimizar os impactos e as consequências da violência
sexual para a criança, por meio da acolhida, da escuta sem julgamentos e
proporcionando um lugar em que a vítima sinta-se segura para relatar suas
vivencias e elabora-las.

Uma vez que o abuso sexual infantil é considerado um problema de ordem


pública, social e familiar é imprescindível, a ocorrência de ações preventivas e a
realização de novas pesquisa nessa área, principalmente de cunho psicológico. É
necessário também intensificar os programas desenvolvido com as vítimas,
aumentando os serviços de acolhimento e escuta terapêutica.

REFERENCIAS

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CONTRIBUTIONS OF PSYCHOLOGY BEFORE THE PHENOMENON OF CHILD


SEXUAL ABUSE

SUMMARY: The present study aims to address the issue of child sexual violence
and the contributions of Psychology in the care and follow - up of the victim. For a
better understanding of the phenomenon, the history of violence against children in
Brazil was raised and exposed what characterizes a sexual sexual violence. Sexual
abuse against the disabled is being considered a public health problem, due to its
incidence, mainly in the family nucleus. In view of the above, the following issues
were raised: What is the role of the psychologist and his contribution to the care of
children who are victims of this violence? To answer this question the following
objectives were listed: Describe the forms of sexual violence against the child;
Research the role of the psychology professional in face of this demand and describe
the contribution of this psychological care for the recovery of the child. For the
accomplishment of this work we opted for a methodological course based on the
research with a qualitative approach, of a basic nature and with a bibliographic
procedure. As brief conclusions may emphasize that the psychologist plays a crucial
role in the reception and listening of the victim, and in the psychic elaboration of the
event, contributing to the overcoming of trauma.

Key words: Sexual Violence; Childhood; Psychology.

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