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APOSTILA

HIPNOSE
COM CRIANÇAS
E ADOLESCENTES

LAIZ LIMA RICCI


NEUROPSICÓLOGOA
HIPNOTERAPEUTA

CRP 14/0615-7
ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO

2 - O PRIMEIRO CONTATO COM OS PAIS

3 - O PRIMEIRO CONTATO COM A CRIANÇA

4 - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

5 - TÉCNICAS TERAPÊUTICAS

6 - TRANSTORNOS MENTAIS

7 - HOOPONOPONO

LAIZ LIMA RICCI


NEUROPSICÓLOGOA
HIPNOTERAPEUTA

CRP 14/0615-7
1 - INTRODUÇÃO

A grande pergunta (sua e dos pais): o que fazer


com essa criança ou com esse adolescente? E eu
respondo com outra pergunta: independente de
existir ou não um transtorno, o que mais tem por
trás disso? UMA EMOÇÃO! Em 100% dos casos de
dificuldade escolar que acompanhei (existindo ou
não um transtorno) existia um ou mais sentimentos
mal resolvidos por trás. Se dividirmos nosso
cérebro em duas partes, ao meio, temos de um lado
o hemisfério esquerdo – que é onde fica nosso
consciente, é nosso lado mais lógico, analítico; o
lado que trabalha com todo o conhecimento que
adquirimos ao longo da vida – e temos o hemisfério
direito – que é onde fica nosso subconsciente,
nosso lado mais intuitivo, emocional. E qual dos
dois é mais importante desenvolvermos? OS DOIS! É
muito importante que tenhamos os dois lados do
cérebro em equilíbrio para podermos viver em
harmonia com nós mesmos, porém nossa sociedade
desenvolve mais o lado esquerdo, o que acaba
causando um desequilíbrio.

Não estou falando para deixamos de lado a


parte intelectual e focar no emocional, já que
é o que está descompensado. NÃO É ISSO,
estou falando de estimular o lado emocional
na mesma proporção em que estamos
estimulando o lado intelectual. É fato que
ninguém nunca foi e nunca vai ser 100%
equilibrado, mas o quanto mais próximos
conseguirmos chegar desse equilíbrio, melhor.

LAIZ LIMA RICCI


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HIPNOTERAPEUTA

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E também não estou falando de incorporarmos
um monge budista e viver eternamente com ele
dentro de nós, é simplesmente uma questão de
aprender a lidar um pouco mais com as emoções
para que elas possam acompanhar nossa
intelectualidade, e não andar atrás dela, que é o
que está acontecendo. Nos ensinam a andar, comer,
falar… mas ninguém ensina o que são emoções,
muito menos como lidar com elas! Vamos
aprendendo com a vida e com as experiências que
vamos tendo, mas muitas vezes, quando crianças,
ouvir um simples: “isso é só a sua ansiedade se
comunicando com você, dizendo que está
preocupada e quer te proteger, é normal sentir isso,
todo mundo sente, não tem nada de errado com
você”. Só de ouvir isso já traz uma paz muito
grande, uma tranquilidade de que tudo vai ficar
bem.

Em muitos casos é importante fazer uma avaliação


neuropsicológica, levar em um médico para fazer
todos os exames necessários, definir se existe ou
não um transtorno... é muito importante dar uma
atenção especial para essa dificuldade, mas não é a
única coisa. Se esse cérebro está em desequilíbrio,
precisamos também colocá-lo no eixo, é preciso
buscar esse equilíbrio para ter sucesso. O emocional
também é muito importante, até porque se existe
mesmo um transtorno, isso afeta diretamente o
emocional dessa criança.

LAIZ LIMA RICCI


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Nossas crianças estão cada vez mais sendo
expostas a um número de informações cada vez
maiores, acompanhadas de simplesmente “vai que
você dá conta”, quando deveria ser “calma que
além disso, também vou te ENSINAR a dar conta
de tudo isso”. Temos 4 emoções básicas que nos
impulsionam ou nos paralisam: Felicidade,
Tristeza, Raiva e Medo. E com qual delas sabemos
lidar perfeitamente bem desde quando nascemos?
Isso mesmo, a FELICIDADE! E sabe porque sabemos
lidar com ela tão bem? Porque ela é gostosa de
ser experienciada, é a única que nos permitimos
vivenciar de forma plena.

Ai você se pergunta ‘Ah Laiz, mas então a


partir de agora eu tenho que aceitar minha
tristeza, viver ela e deixar ela ficar quanto tempo
ela quiser?”, mais ou menos isso. Só que não é
SIMPLESMENTE isso, quando a gente vive um
momento muito feliz, a gente entende porque
aquilo nos deixa tão feliz, entramos em contato
com coisas que gostamos, o que isso desperta
dentro de nós, o que nos traz prazer, etc.

Nós ENTENDEMOS o porquê estamos felizes, e


se não entendemos, não temos problema e nem
resistência em tentar entender. Já os outros 3,
não procuramos entender, não tentamos buscar
qual o papel dele, o que ele está fazendo ali, qual
mensagem ele quer te passar, e o mais
importante: o que de bom esse sentimento quer
pra você? Quando tentamos entender nossos
sentimentos, acabamos sim vivenciando ele, mas
percebam que não é SIMPLESMENTE vivenciar e
deixar ele ali, tem que fazer algo com isso!

LAIZ LIMA RICCI


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E quando eu falo de tentar entender o que de
bom esse sentimento quer pra você, é porque
TODO sentimento que temos quer algo de bom pra
nós, independente de aparentemente sentir ele é
bom ou não, de fazer sentido ou não. Talvez o
sentimento em si não seja a melhor coisa que
existe, ou esteja muito longe disso, mas porque
ele está ali? Em que ele está tentando te ajudar?
Que mensagem quer te passar? Tudo isso são
coisas boas, pois te colocam em direção de um
crescimento emocional, de amadurecimento, e
ninguém disse que crescer é só bom! Já diz a
cantora Kell Smith “É que a gente quer crescer, e
quando cresce quer voltar do início, porque um
joelho ralado dói bem menos que um coração
partido”. E realmente, a dor física NA MAIORIA
DAS VEZES é menor que a dor emocional, o que
explica o grande número de adolescentes hoje em
dia que se cortam. Não que seja aceitável, é só
uma explicação do porquê fazem isso, mas aí o
que fazer com isso já é outro assunto, ou o
mesmo: temos que ensiná-los a lidar com essa
emoção.

Vamos fazer a seguinte analogia: uma


MINIVAN, tem as mesmas características de uma
VAN (ou um ônibus, só tenha em mente algo maior
e algo menor tendo a mesma estrutura), faz as
mesmas coisas, serve pra mesma coisa, tem os
mesmos motores, engrenagens, usa o mesmo
combustível... logo, um MINI HUMANO, tem as
mesmas características de um HUMANO, só que é
MINI! Brincadeiras a parte, mas é verdade. Não é
porque é pequeno que não tem sentimentos, tem
os mesmos, só que ainda está aprendendo a lidar
com eles. Talvez pra você, aprender a andar não
seja nada de mais, porque normalmente temos a
tendência a esquecer muitas coisas da nossa
primeira infância, mas com certeza não foi nada
fácil, e você lidou com medos, frustrações,
decepções, tristezas, um mix de sentimentos que
você nem se dá conta de que já existiam.

LAIZ LIMA RICCI


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Você simplesmente não sabia nomeá-los e nem o
que fazer com eles, o que não é nem uma surpresa,
porque até hoje nos deparamos com situações em
que não sabemos mesmo!

Pra VOCÊ, HOJE, é uma coisa simples, porque


você já passou por todas as dificuldades que essa
experiência trouxe, você já vivenciou todos os
conflitos de forma que hoje isso é automático pra
você.

Mas pra essa criança que está aprendendo, na


REALIDADE DELA, é algo muito grande sim, porque
é que nem dizem: é o que tem pra hoje! Ela está
neste momento, e não é porque você já passou dele
que ele se torna mais simples, se torna pra você,
mas pra essa criança tem o mesmo grau de
dificuldade. E também temos outro fator: cada um
lida com situações de uma maneira totalmente
diferente do outro. Vamos pegar como exemplo:
dois irmãos gêmeos, nasceram no mesmo dia,
poucos minutos de diferença, mesmo pai, mesma
mãe, dividiram até uma barriga!

E ainda assim, cada um vive a mesma situação de


forma completamente diferente! Isso porque cada
ser humano é único, e ainda se pegarmos o mesmo
ser humano e colocá-lo para viver a mesma
situação em momentos diferentes, uma situação
não vai ser igual a outra, pode ser parecida, mas
JAMAIS igual.

LAIZ LIMA RICCI


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Tudo o que vivemos tem interferência de muita
coisa, inclusive do ambiente, e nada é exatamente
igual. Nesse dia, nesse momento, nessa hora,
neste minuto e nesse segundo, pode acontecer
alguma coisa, se essa mesma coisa acontecer de
novo com SEGUNDOS de diferença, já vai ser
diferente, porque o mínimo que podia ser mudado
já foi mudado, e esse segundo não tem como
voltar de forma alguma! Por isso cada vivência é
única. Cada ser humano é único, e devemos
respeitar isso.

Ao lidar com uma criança com algum problema,


estamos lidando ao mesmo tempo com algo por
trás também: os pais! Uma criança é um reflexo
dos seus pais, e na maioria das vezes, eles não vão
simplesmente fazer o que os pais falam que eles
têm que fazer, mas também repetir os exemplos
que eles têm. Então, se em casa não está bem,
eles também não vão estar bem (seja por uma
separação dos pais, por uma dificuldade
financeira ou qualquer outra coisa do tipo).

Quando nós adultos não estamos bem


emocionalmente, não conseguimos exercer nosso
trabalho e atividades diárias da mesma forma
como faríamos normalmente, parece que nossa
mente simplesmente não consegue focar
totalmente no que estamos fazendo, pois, esse
problema consome uma boa parte do nosso tempo,
energia, pensamentos, etc. Com uma criança ou
um adolescente acontece a mesma coisa, se algo
não está bem dentro dele, ele não vai conseguir
exercer suas atividades diárias da melhor forma
possível. E ainda tem um agravante: nós, no nosso
trabalho, já estamos “acostumados” com o que
fazemos, pois fazemos todos os dias, não é sempre
algo diferente.

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

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Já com uma criança ou adolescente não, eles
estão expostos diariamente a novas informações,
tendo que aprender coisas novas a todo o tempo,
o que acaba exigindo ainda mais foco e atenção
(que ele já não tem porque seu problema está
consumindo quase todo o seu estoque), o que faz
com que ele não consiga desenvolver suas tarefas
da melhor forma possível, que pode acabar
gerando frustração e mais ansiedade (que
provavelmente já existe por conta do problema
dentro dele), que vai virando uma bola de neve.
Por isso, a grande maioria dos casos que
recebemos em consultório de crianças e
adolescentes, nos mostram um declínio no
rendimento escolar também.

E muitas vezes o primeiro encaminhamento veio


até mesmo da escola. Muitas vezes quem alerta os
pais de que algo não vai bem é a própria escola, e
então eles começam a buscar ajuda. É importante
identificar isso para que os pais possam entender
que as questões emocionais influenciam no
rendimento escolar diretamente, e melhorando o
emocional, lá melhora também.

E juntamente com as frustrações e dificuldades


da criança, lidamos também com as frustrações
dos pais, que esperam algo dessa criança que ela
não está conseguindo oferecer. Quando um pai e
uma mãe vão ter um filho, projetam nessas
crianças desejos e sonhos para que ela possa
realizar, e muitas vezes isso não vai acontecer. É
preciso dar uma atenção especial para esses pais
também.

Quando pensamos em ter um filho, pensamos


também nos NOSSOS objetivos para essa criança.
Que pai e mãe nunca pensaram “ah, quando meu
filho nascer vai fazer isso, vai usar aquilo”.

Laiz Lima Ricci


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Colocamos muitas projeções em cima dessa
criança, NOSSAS projeções. E não tem nada de
errado nisso, tá tudo normal, todo mundo faz isso.
E muitas coisas que não conseguimos realizar na
vida, também esperamos que nossos filhos
realizem. E pai e mãe podem falar isso, não tem
coisa melhor na vida do que ver um filho
alcançando aquilo que não conseguimos alcançar.
Muitas vezes pode ser até mais gratificante do
que se nós mesmos tivéssemos alcançado esse
objetivo. E chegar para um pai ou uma mãe e falar
“Seu filho fez tal coisa errada” ou “seu filho não
consegue fazer tal coisa”, é a mesma coisa que
apontar o dedo para a pessoa e falar “você
fracassou uma vez, e agora está fracassando de
novo”. Por isso, temos que tomar muito cuidado
quando vamos tratar desses assuntos com os pais.
É preciso ser delicado e tentar falar de uma forma
que não os ataques, até porque eles já
perceberam o que está acontecendo e já estão se
sentindo fragilizados, já estão na “defensiva”.
Apontar um defeito de um filho, é muitas vezes
pior do que apontar um defeito da pessoa em si.

Já é muito difícil lidar com as nossas próprias


dificuldades e frustrações, e ver um filho
passando por isso é lidar com as próprias
dificuldades em dobro. Quantas coisas dos pais
não têm nessa criança? Que comportamento dessa
criança pode disparar algum gatilho nos pais,
algo que entra em contato com as suas
dificuldades. Precisamos olhar para essa criança e
ver o que é dos pais e o que e é dela. Precisamos
dar voz a essas crianças, e isso não quer dizer
trata-los como adultos, quer dizer trata-los como
seres humanos.

Laiz Lima Ricci


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Quando tratamos de uma criança com
dificuldade, precisamos tirar o foco SÓ dessa
criança, e olhar um pouco para os lados também.
Perceber o que ou quem está diretamente
envolvido nessa dificuldade. É preciso ver o que
tem por trás desse problema. Independente de
existir um transtorno ou não, o que pode ser um
intensificador disso?

As mudanças são muito mais fáceis de serem


alcançadas quando o problema ainda não se
repetiu muitas vezes a ponto de se tornar um
padrão de comportamento na vida da pessoa. Te
prometo que trabalhar com crianças e adolescentes
pode parecer divertido e ainda ter o maior impacto
que você pode imaginar.

Pense nisso: as crianças são impotentes diante da


maior parte das coisas na vida. O que eles podem
ou não podem fazer, comer, falar são alguns dos
exemplos que os adultos têm poderes sobre os
pequenos.
Empoderar as crianças é o que fazemos. Ensina-
lhes que, embora não possam controlar muitas
coisas em suas vidas, podem controlar como se
sentem em qualquer situação. Isso tem o potencial
de mudar tudo.
A ansiedade aparece em quase todos os
problemas da infância. É uma resposta direta à
necessidade de certeza em um mundo imprevisível.
Muito do que fazemos com nossos clientes adultos
também é ajudar a lidar com a incerteza.
A ansiedade quer duas coisas de nós: CERTEZA
e CONFORTO. Preciso ter certeza do que vai
acontecer para que eu possa me sentir confortável,
me sentir bem.

Laiz Lima Ricci


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2 - O PRIMEIRO CONTATO COM
OS PAIS

Quando o tema é terapia infantil, temos que


sempre pensar que existe algo e alguém por trás
dessa criança. Por isso, quando falamos de um
menor de idade, o primeiro contato que eu tenho
SEMPRE é com os pais, SEM a criança presente. É
claro que o meu foco na terapia vai ser ajudar o
menor, mas eu vou precisar de muitas informações
desses pais, eu preciso entender como esses pais
têm enxergado esse filho, e muitas vezes o que
eles tem pra falar não precisa ser dito em frente
da criança. Para a criança já é ruim o suficiente
estar passando pelos problemas que levam ela a
um consultório de terapia, seja qual for, pior
ainda isso ser exaltado pelos pais, que são o
suporte e a base desse mini humano. DEVEMOS
SIM conversar com essa criança sobre seu
problema, expor, explicar e ajudar, mas a
anamnese é uma parte muito importante que vai
nos ajudar a entender como está essa dinâmica
familiar. Muitas vezes você vai precisar falar para
os pais serem mais firmes com essa criança, falar
alguns “nãos”, e você não vai querer falar isso na
frente da criança, pois só vai dificultar que ela se
alie a você.

Laiz Lima Ricci


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Muitos pais chegam ao consultório aberto e
dispostos a fazer tudo o que for preciso para
ajudar seus filhos, mas você também vai entrar em
contato com aqueles que querem que você faça
um milagre, não assumem que têm sua parcela de
responsabilidade no problema dessa criança, e
não são muito participativos no sentido de fazer
algumas mudanças em casa ou até mesmo tratar
neles mesmos algumas questões que podem
influenciar. Não se espante se esses pais
desistirem no meio do tratamento, ou não voltar
depois desse primeiro contato caso você fale que
eles precisam fazer alguma coisa, eles talvez
ainda não estejam dispostos a se movimentar para
alguma mudança.
Pense em você mesmo como parte de um time que
está pronto para ajudar essa criança com o que
quer que seja o problema que ela apresenta. E
assim como os adultos, a criança também tem o
direito do sigilo. A única exceção é se essa
criança estiver sofrendo abuso ou correndo algum
risco de vida, se machucando ou machucando
alguém.

Laiz Lima Ricci


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AVALIAÇÃO

1 - SOBRE OS PAIS
Pais casados ou não
Como eh a relação dos pais
Com quem a criança mora
Como era esse ambiente antes da
criança nascer
Foi planejado ou não
Entender sobre o estado emocional de
quem cuida da criança
Como foi a gestação
Como foi o parto

2 - SOBRE O AMBIENTE
Como eh a rotina dessa criança
quem participa da rotina
Como são as regras
Horários para dormir e acordar
Atividades extra curriculares
Socialização, como eh
Horário para jogos e televisão

3 - SOBRE A CRIANÇA
Como foi o desenvolvimento para
andar e falar
Como reage quando as coisas não vão
como espera
Como eh o dia a dia
Qual o estado emocional na maior
parte do tempo
O que gosta de fazer
Tem medos
Como eh o rendimento escolar
Como é o comportamento no geral
Tem dificuldade de seguir regras

Laiz Lima Ricci


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3 - O PRIMEIRO CONTATO COM
AS CRIANÇAS

A criança precisa, acima de tudo, se sentir


segura onde ela está. É importante que você faça
tudo o que for preciso para que ela sinta essa
segurança, sem que ela perceba obviamente que
você está fazendo isso. E essa segurança começa
no primeiro contato que você tem com a criança
junto com seus pais. Não tente forçar um abraço
ou fazer com que ela fique sozinha com você na
sala se essa criança não está confortável ainda.
Primeiro de tudo, abaixe-se no nível da criança
para poder a cumprimente, faça um contato visual
e se apresente. Diga que você está lá para ajudá-
la e que você tem uma sala com várias coisas
legais que os pais dela já conheceram, e pergunte
se ela gostaria de conhecer. Se ela quiser, você
pode entrar com essa criança na sala sozinha, mas
se ela não quiser e ainda estiver com medo,
provavelmente vai abraçar o pai ou a mãe, então
você pergunta se ela aceita ir se eles forem junto.
Isso é para o caso de crianças mais novinhas, 6
anos mais ou menos, que às vezes não querem
ficar longe dos pais. Crianças mais velhas
dificilmente vão ter problemas em ir sozinhas,
muitas vezes vão até preferir isso.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
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Se os pais estiverem na sala, tome cuidado em
sempre colocar a criança em primeiro lugar, muitas
vezes você vai ter que deixar de prestar atenção no
pai ou na mãe para dar atenção para essa criança
que está tentando se expressar. Lembre-se sempre:
o foco é a criança, não os pais. A criança é o
paciente!
Você pode até conversar com os pais antes que
talvez a criança não se sinta confortável em entrar
na sala sozinha, e que então você vai convidá-los a
entrar, e que se eles perceberem que a criança já
está entretida e interagindo, eles podem então sair
para que a criança fique mais à vontade para se
expressar.
Se os pais estiverem na sala, vocês podem até
usá-los como modelo e demonstrar algumas
técnicas neles para que a criança se sinta mais à
vontade em participar.

Laiz Lima Ricci


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4 - CONSIDERAÇÕES
IMPORTANTES!

NUNCA USAMOS SCRIPTS QUANDO


TRABALHAMOS COM CRIANÇAS.

A única maneira de usar metáforas lendo para a


criança é se você falar: “Eu li essa história esses
dias e me lembrei de você e do seu problema na
escola. Você gostaria que eu lesse para você?”

Quando usamos metáforas com adultos, permitimos


que a mente inconsciente do paciente chegue a um
significado para ele sozinha. Com as crianças é
diferente, precisamos fazer um link, precisamos
explicar o porque achamos que essa história se
encaixa na história dela ou como essa história nos
fez lembrar das lutas que ela vem tendo. Crianças
com menos de 7 anos ainda não têm as habilidades
cognitivas necessárias para construir pensamentos
metafóricos, ou seja, tirar seus próprios
significados da metáfora, ela não passa apenas de
uma história e pronto.

E até mesmo algumas crianças mais velhas ou


adultos que não tem esse pensamento abstrato
muito construído ainda precisam de ajuda nessas
horas. Podemos até perguntar: “porque você acha
que estou te contando essa história?" Ou “Essa
história te faz pensar em alguma coisa? Te lembra
algo?”.

Laiz Lima Ricci


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Certa vez coloquei um áudio de meditação para
tocar no meu celular e perguntei para uma mini
paciente se ela gostaria de fazer junto comigo.
Disse que era muito legal para abaixar nossa
ansiedade. Foi muito legal porque ela tinha 8 anos,
e ouvia falar de ansiedade mas não sabia o que
era. Mas eu só descobri que ela não sabia porque
PERGUNTEI A ELA SE ELA SABIA O QUE ERA. E
então eu tive a chance de explicar para ela o que
era e como isso atrapalhava o sono dela (que era o
problema que trouxe ela ao consultório), e então
que isso poderia ajudar muito ela.
Ela adorou a ideia, e foi mais ou menos assim.

NÚMERO DE SESSÕES
Apesar de termos um resultado mais rápido com
crianças pois elas vivem nesse estado, elas
também são seres humanos, então depende. Pode
ser que em 1 sessão resolvemos o problema, pode
ser que precisaremos de mais. O mais importante
de tudo é estabelecer uma confiança com os pais e
a criança. Mas no geral, os resultados são bem
mais rápidos que em adultos.

SOBRE O ESPAÇO
Mantenha o espaço o mais “clean” possível.
Crianças normalmente querem prestar atenção em
tudo. Se você tiver muitos estímulos, isso pode te
atrapalhar um pouco. É interessante ter um
armário onde você pode guardar os brinquedos e
jogos para não ficarem expostos.
Também não é interessante ter brinquedos
expostos para quando for atender adolescentes. Se
você vai atender um adolescente e ele entra na
sala e vê vários ursinhos de pelúcia e brinquedos,
você provavelmente perderá o rapport
instantaneamente antes mesmo de ter começado.

Laiz Lima Ricci


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ESCUTA ATIVA

Se você ficar pensando no próximo paciente, no


seu almoço, ou até no protocolo que irá usar, você
não está com uma escuta ativa, o que não te faz
presente para realmente ouvir o que aquela
criança tem para te trazer.
A escuta ativa consiste basicamente em ouvir o
que a pessoa tem a dizer sem julgamento, sem a
necessidade de dar uma devolutiva ou
interpretação.
Consiste basicamente em ouvir o que a pessoa
tem a dizer de uma maneira que você consiga
entrar nessa história para tentar compreender o
discurso do paciente. Não se preocupe em ter que
dar uma devolutiva ou um feedback. Acredite, se
você ainda não sabe o que dizer, te faltam
informações, então pergunte!

Laiz Lima Ricci


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5 - TÉCNICAS TERAPÊUTICAS

ANCORANDO CONFIANÇA

Peça a para criança imaginar uma situação ou


um problema. Veja todos os detalhes, sinta todas
as sensações. Peça para ela se imaginar saindo da
cena. Então pergunte como ela gostaria de se
sentir naquele momento ou situação.
Ajude a criança a entrar em contato com essa
emoção boa que vai ajudar ela, faça ela inspirar, e
quando fizer isso, a sensação boa aumenta. Depois
com a sensação boa maior, peça para ela pular na
cena de novo com aquela sensação boa. Se a
criança tiver dificuldade, pode perguntar pra ela
que cor ela acha que a confiança tem, por ex, ou o
cheiro. E ajude a colocar essa sensação dentro
dela.

INDUÇÃO DA ONDA DE RELAXAMENTO

Primeiro encontre uma posição confortável,


mantenha sua cabeça reta e encontre um ponto um
pouco acima do nível dos olhos para colocar seu
foco.

Então difuse seu foco e relaxe sua visão. Agora


feche os olhos e pense em "dez" enquanto imagina
uma onda de relaxamento movendo-se da parte
superior da cabeça até as pontas dos dedos

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

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E deixa ela se mover e se acalmar junto com a
sua respiração. Agora abra e feche seus olhos
enquanto você pensa “9”, mais uma onda de
relaxamento descendo por todo o seu corpo.
Algumas pessoas imaginam os números sumindo da
mente.
E então abra e fecha os olhos “8” e sinta mais uma
onda de relaxamento te levando pra um estado de
conforto mais profundo. Deixa todos os músculos
do seu corpo ficarem ainda mais relaxados. Vá
contando até chegar no 1, abrindo e fechando seus
olhos entre cada número.

Agora, eu vou te mostrar como esse estado de


relaxamento da mente é legal, vou te mostrar como
você dá uma sugestão e até seu corpo vai acreditar
em você. Coloca todo o seu foco nas suas pernas
agora. Imagina que elas estão tão relaxadas que
ficam até pesadas. Imagina que elas estão mais
pesadas do que quando você está dormindo. Agora
pensa nessa sugestão para você mesmo “minhas
pernas estão muito pesadas” e porque você está em
um estado muito receptivo, você vai perceber que
as suas pernas acreditam em você.

Pergunte para o adolescente se ele consegue


perceber o peso, e então fale que algumas pessoas
conseguem perceber isso ainda mais forte quando
eles tentam levantar a perna.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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TÉCNICA DA TELA DE CINEMA

Então, você está em um estado mental poderoso.


Você pensa em uma sugestão, e seu corpo acredita
em você. Agora vamos começar a pensar em filmes
que vão ser como sugestões diretas para a sua
mente inconsciente. Imagina uma tela de cinema
na sua frente. Esse vai ser um modelo pra você
poder fazer em casa. Você pode criar um filme
onde você se vê sendo ou reagindo exatamente da
maneira que você gostaria.
Quando parecer muito bom e atrativo, você pode
pular pra dentro desse filme, pra dentro dessa
pessoa que já começou a sentir as mudanças. Sinta
como é boa a sensação de fazer aquilo que você
quer, se sentindo exatamente como você gostaria
que fosse.
Então pula de volta para o seu corpo, mexa-se e
sorria. Você pode fazer esse exercício simples e
rápido todos os dias, mudando os filmes para
mostrar todas as diferentes maneiras que você
gostaria de mudar.
Se você achar que visualizar um filme e pular
dentro dele não é muito fácil para você, então você
pode simplesmente imaginar, e depois de contar
até 1, como você se sentiria se tivesse mudado.
Sinta o que você sentiria como se você já estivesse
da maneira que você gostaria de estar, fazendo
exatamente aquilo que você gostaria de fazer.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
FINGINDO TRANSE - ADOLESCENTES

Feche os olhos, e finja que você vai entrar


agora em um estado muito profundo de
relaxamento. Só finja. Finja que seus braços e
pernas estão tão pesados ou até mesmo flutuando.
Algumas pessoas conseguem fingir se lembrando
de algum momento em que estiveram muito
relaxados, e como seu corpo nesse momento
começa a ficar… diferente! Algumas pessoas
fingem que é como se fosse aquelas hipnoses de
algum desenho… e elas fingem que estão se
sentindo tão relaxadas que é como se sua mente
pudesse viajar… fingindo entrar naquele estado de
conforto total, onde as coisas vão ficar mais
fáceis, e as mudanças vão acontecer… fingindo
relaxar tanto que a mente começa a achar
algumas respostas muito mais fácil…que o que
achamos que era um problema, quando ficamos
relaxados assim, parece agora tão pequeno…
fingindo agora estar aberto a todas as sugestões…
porque você está em um estado muito profundo de
relaxamento, você pode ouvir e pegar todas as
sugestões que precisar… para mudar!

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
INDUÇÃO DA MÃO

É divertido para crianças, adolescentes e


adultos. É uma indução sem pressão que permite
que você desenvolva a dissociação consciente /
inconsciente, dando ao cliente algo concreto para
focar. É uma boa indução para todos os tipos de
clientes. Comece fazendo a criança ou
adolescente se concentrar em uma das mãos e
comece bem devagar, levantando a mão um
pouquinho de cada vez com muita consciência.

Aqui está um exemplo:

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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"Então, enquanto você se senta e relaxa, quero
que você se concentre na sua mão direita,
observando as sutis mudanças e sensações nas
pontas dos dedos e na palma da mão, enquanto
você conscientemente começa a levantar a mão
muito lentamente. Perceba conscientemente as
mudanças... enquanto você continua... centímetro
por centímetro de cada vez. Levante a mão, tão
lentamente quanto você concentra toda a sua
atenção consciente em como essa elevação é
sentida... A maneira como você pode sentir a
mudança de tensão, o pulso... essa mão...
enquanto você concentra toda a sua atenção
consciente nisso... para que a sua mente
consciente possa se concentrar no que é mais
importante para você... Enquanto você continua
levantando essa mão com muita consciência... o
seu inconsciente pode começar a examinar alguns
arquivos em sua mente... encontrando momentos
de calma e permitindo que você relaxe... porque
você teve muitas experiências de calma que seu
inconsciente pode acessar... para que você
comece a mudar de uma maneira que permita que
você se sinta realmente relaxado... e aberto a
novas ideias... enquanto tudo o que você precisa
fazer conscientemente é continuar se
concentrando nessa mão levantada.

E como essa mão subiu todo o caminho, agora


você pode começar, ainda... muito
conscientemente... mover ela para baixo... ainda
mais lentamente, enquanto seu inconsciente
começa a conectar essa calma ao local que você
mais precisa... "

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
E isso cria um profundo estado de transe que
você pode usar para qualquer tipo de trabalho de
mudança. Às vezes, sugerimos que o inconsciente
conecte a confiança a todos os lugares que
precisam. Você pode sugerir que essa mão possa
baixar apenas tão rapidamente quanto o
inconsciente possa gerar algumas ideias criativas
para algumas soluções para esse problema.

Essa indução também é ótima para adultos


analíticos. É uma forma muito legal de induzir um
estado de transe profundo, porém flexível.

KID HAND STICK

Pressione a mão contra a mesa. Agora escolha


um ponto para focar. Deixe realmente seus olhos
focados , como se estivessem presos, olhando para
esse ponto. Então você pode ver sua mão, certo? E
você pode sentir sua mão na mesa e sentir a mesa
empurrando contra a mão. E enquanto você fica
olhando fixamente para aquela mão, pode
imaginar uma cola, como superbonder, se
espalhando entre a mão e a mesa. Como se a cola
estivesse se espalhando por toda aquela mão e
aquela mesa.
E como você imagina a mão presa como cola,
como se fosse uma parte da mesa agora, você
pode notar o que está mais preso, os dedos ou a
palma da mão? (Se eles disserem "dedos") Então
para que você possa sentir esses dedos presos,
grudando mais, quando eu toco nesses dedos, eles
ficam ainda mais presos como cola na mesa, tão
presos que, quando você tenta levantar um dedo
ou talvez dois desses dedos realmente presos,
você vai perceber que a palma gruda ainda mais, e
quanto mais você tentar erguer esse dedo, mais a
palma gruda.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Então, o que está mais preso agora, os dedos ou
a palma da mão? Engraçado, não é? E observe o
que acontece quando você tenta levantar a mão, e
verá que ela está totalmente presa à mesa.
Quanto mais você tenta levantar, mais presa ela
parece. Tente mais e observe o que acontece.
É como nossos problemas. Às vezes parece que
quanto mais tentamos consertar, mais presos nos
sentimos. Às vezes, apenas precisamos relaxar,
relaxar mais plenamente e, ao fazer isso, podemos
mais facilmente nos soltar. Você está aqui para
aprender a relaxar mais do que nunca e é aí que
podemos começar a encontrar maneiras mais
fáceis de nos libertar.
Como essa mão, relaxando agora... e quando
essa mão relaxa, você pode começar a sentir esse
relaxamento espalhando seu braço pelo corpo e,
como você pode relaxar, você pode levantar a
mão, isso mesmo, é fácil quando você relaxa e
coloca a mão onde fica ainda mais confortável
quando você fecha os olhos ... sentindo mais
conforto por dentro.

LEVITAÇÃO DO BRAÇO

É divertido para crianças em idade escolar.


Também pode ser ensinado como um processo de
auto-hipnose para uso posterior.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
"Olhe para a sua mão, a mão que você escolher é
a certa para fazer isso acontecer. Continue
olhando para a sua mão, porque daqui a pouco,
algo interessante vai acontecer. Mas primeiro,
preciso que você use sua mente poderosa para
perceber que um balão ... um balão grande e
colorido está preso ao pulso da mão. Talvez você já
saiba que cor é esse balão.
Agora, eu vou te dar um poder. Você notará que,
ao expirar, esse balão fica ainda maior. Ele fica
maior e mais forte, quase como se sua respiração
estivesse indo diretamente para ele, como hélio.
Continue respirando e apenas veja o que
acontece... observe... enquanto esse balão se torna
maior... e mais forte... começando a subir mais
alto. E observe o que acontece… Quanto mais alto e
mais forte ele fica, ele começa a levantar seu
pulso, sua mão e seu braço…
Ah, e eu esqueci de lembrar de te dizer que,
quando sua mão se levanta, você começa a se
sentir mais feliz. De fato, quanto mais alta sua
mão, melhor você se sente. Você pode até começar
a rir um pouco... ou rir alto (aproveite as respostas
aparentes - muitas crianças começam a rir e rir)
Observe que se você prender a respiração, o balão
pára de se mover para cima ... e sua mão também.
Agora, respire novamente e deixe a mão e o braço
se moverem novamente.
Isso não é interessante? Bem, aposto que quando
você for à escola amanhã, poderá até contar a seus
amigos sobre essa hipnoterapeuta maluca que você
visitou e como ela estava falando sobre um balão
colorido e, de repente, sua mão e seu braço
começaram a flutuar sem você sequer tentar fazer
acontecer! Seus amigos ficarão meio surpresos e
talvez até com um pouco de inveja por não
saberem como fazer isso acontecer... Você é
realmente bom nisso! Observe como você está
ficando ainda mais feliz quando sua mão está
flutuando.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
(Se a resposta for limitada, sugira a adição de
mais balões. Você também pode mencionar uma
brisa suave que eleva o balão e o braço mais alto,
soprando suavemente na parte inferior do braço /
mão da criança. Quando o braço estiver estendido
em direção ao teto, prossiga.)

Uau! isso é tão legal! Agora, olhe para cima e me


diga, que cor é esse balão?

Ótimo! Deixe seu braço cair e suas pálpebras se


abaixarem, para que possamos continuar nossa
experiência…

VISUAL SQUASH

Outro processo divertido e eficaz que traz um


fenômeno hipnótico ao integrar partes
conflitantes é o squash visual. Muitas vezes, as
crianças apresentam um hábito ou medo
indesejados e, uma vez que lidam com isso há
algum tempo antes de pedir ajuda, tendem a ter
muitos sentimentos negativos em relação a si
mesmos ou, pelo menos, à parte deles que
gerencia o hábito ou sente o medo.
O squash visual nos permite explorar a ideia de
que o comportamento estava tentando fazer algo
útil para a criança.

O que chamamos de intenção positiva, os


terapeutas chamariam de ganho secundário. Essa
abordagem permite que uma criança reconheça
que não há parte "ruim" para eles; que sua mente
inconsciente estava tentando fazer o melhor por
eles e, em seguida, abre a porta para encontrar
outras maneiras de conseguir isso.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Aqui vai um exemplo:
Hipnoterapeuta: Vamos fazer algo divertido!
Comece colocando os braços na sua frente com as
palmas para cima. Muito bom. Agora respire fundo
e segure a respiração… solte e feche os olhos.
(algumas crianças preferem mantê-los abertos... de
qualquer maneira funciona).
Criança: Assim?

H: Sim. Agora, qual é a mão que quer parar de roer


as unhas?
C: Este aqui. (movendo a mão esquerda)
H: Ok, e eu quero que você imagine uma imagem
dessa parte. Pode ser o que você quiser, uma
forma, um desenho animado, uma cor...
C: É uma estrela amarela.
H: Ótimo! E agora, na outra mão, crie uma imagem
para a parte de você que gosta de roer as unhas.
C: Hum ... É um emoticon com um joia ...
H: Ok, agora, se concentra na mão com a estrela,
começando a relaxar como eu ensinei, ombros
soltos, respirando com facilidade, enquanto essas
mãos podem meio que ficar paradas em cima
sozinhas ... O que é essa parte que você está
tentando fazer por você? O que ela quer?
C: Quer que eu seja feliz. Para não me machucar e
não fazer meus dedos doerem e sangrarem.
H: E quando você está feliz e seus dedos estão
bem, o que acontece?
C: Faz mamãe feliz.
H: E quando a mamãe está feliz, o que isso faz por
você?
C: Isso me faz sentir orgulhoso.
H: E quando você e sua mãe estiverem felizes e se
sentirem orgulhosos e seus dedos se sentirem bem,
como você estará?
C: Ótimo!
H: Sim você está! E agora, se concentra na outra
mão. O que essa parte quer para você, eh algo
bom?

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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C: Hum ... isso é bom? Ela quer que eu me sinta
relaxado .. roer as unhas me relaxa.
H: E quando você está relaxado, o que estar
relaxado faz por você?
C: Isso me faz focar no meu trabalho escolar.
H: E quando você está relaxado e focado, o que
isso faz por você?
C: Eu me sinto melhor e meu cérebro não viaja.
H: E quando seu cérebro não está disperso e você
pode se concentrar e relaxar. como você vai estar?
C: Um… calmo e tranquilo.
H: Isso mesmo! E agora vem a parte mais
divertida... vire essas mãos para que elas fiquem
de frente uma para a outra e relaxe um pouco
mais, respirando fundo... e expirando... muito
bom. Agora, ambas as partes querem coisas boas
para você. Quero que sua mente sábia junte essas
mãos apenas o mais rápido que puder para
combinar todas as coisas boas para que você
possa tê-las sem aquele roer de unhas que você
costumava fazer. Só que você não pode fazer isso,
então sente-se e observe o que essas mãos fazem
sozinhas por você.
C: Eles estão estranhos. Como se eu não estivesse
segurando meus próprios braços.
H: Isso mesmo. Sua mente sábia pode fazer isso
sozinha. Então relaxe enquanto essas mãos
começam a se unir, para que você possa se
concentrar enquanto relaxa e se sentir orgulhoso
e feliz ... aprendendo outras maneiras de se sentir
focado ... novas maneiras de relaxar ... dedos se
sentindo melhor ... (as mãos dele começam a se
mover devagar uma em direção à outra)
C: Minhas mãos estão se movendo!
H: Isso mesmo. enquanto sua mente descobre
maneiras muito mais fáceis de relaxar, se
concentrar e fazer você se sentir orgulhoso ... (as
mãos levam um minuto para se juntarem
completamente enquanto o garoto assiste com
surpresa)

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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C: Isso é tão estranho!
H: Muito bom! E imagine que imagem vem à mente
agora... combinando essas partes em algo maior...
mais poderoso...
C: Engraçado... Eu estava pensando que seria um
emoji positivo com uma estrela... mas minha
mente... louca ... Eu me vejo com um grande
sorriso... segurando meu velho ursinho.
H: E como você se sente agora?
C: Bem. Calmo... Mal posso esperar para contar à
mamãe que minhas mãos se moveram… que louco!

ÂNCORAS DE DISTÂNCIA

As crianças adoram âncoras tangíveis. Pense em


como um bicho de pelúcia especial ou um
cobertor faz com que se sintam seguros. Podemos
usar pequenas bugigangas como âncoras para
crianças de qualquer idade. Imagine como um
item pode ser adotado por uma criança; talvez
personalizado com seu nome ou símbolo, por
exemplo.
Se você quiser tornar a âncora física ainda mais
eficaz, use um emocionante ritual de descoberta.
Imagine esconder o item em algum lugar do seu
escritório e criar um jogo do tipo “quente e frio”
que permite à criança encontrá-lo. A partir desse
ponto, você pode compor esse senso de
descoberta com qualquer recurso positivo que a
criança queira ou precise.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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Filhos pequenos e filhos grandes às vezes
perdem as coisas. Forneça aos pais uma cópia de
substituição da âncora! Outra opção é fazer uma
"transferência ritualizada de poder", reservando
um momento e permitindo que o recurso ancorado
flua nas mãos da criança, tipo assim:

Hipnoterapeuta: Agora que você escolheu o item


e conhecemos os poderes mágicos dele, faremos
agora a parte mais importante. Segura o item na
sua mão e feche seus olhos. Agora, sentindo a
força que você sente ao marcar um gol. Como é
isso de novo?
Criança: Me sinto feliz e orgulhoso... Meus amigos
estão torcendo e eu estou sorrindo.

H: E sinta esse sorriso se espalhando... e esse


sentimento em seu corpo, feliz... agora aperta o
item na sua mão bem forte três vezes. Aperta e
solta 3 vezes. Ao fazer isso, o poder entra na sua
mão... portanto, mesmo se você não estiver com
seu objeto especial, quando você fechar a mão
dessa forma, sentirá o poder chegar.

C: Eu já sinto isso!

METÁFORA DA LANTERNA

Um dos acessórios mais fáceis de usar é uma


lanterna, que usamos como metáfora para foco e
atenção. Muitos jovens têm dificuldade em prestar
atenção. O engraçado é que as coisas para as
quais eles têm dificuldade em prestar atenção são
geralmente entediantes para eles, como
professores, aulas de matemática e aulas de
história etc. Pergunte a uma criança se ela tem
dificuldade em prestar atenção em Minecraft por
horas a fio e você receberá um sorriso incrédulo!

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Compre várias lanternas baratas - mas não muito
baratas, porque você quer que elas funcionem.
Diga à criança que você sabe o segredo para
melhorar sua capacidade de se concentrar, mas
primeiro você precisa fazer algo... depois diminua
a iluminação do seu consultório. Esse simples
movimento cria um ar de mistério e suspense,
despertando ainda mais a curiosidade da criança.
Depois, mostre a ela uma pequena lanterna.
Ligue-a e comece a apontá-la para diferentes
áreas da sala - em um canto, no teto, em uma
cadeira, etc. Enquanto faz isso, comece a falar
sobre como a atenção é como um holofote; um
holofote que é controlado por eles. Assim como
você está apontando a lanterna para coisas
diferentes, elas apontam a atenção para direções
diferentes.
Traga uma segunda lanterna e acenda ela,
direcionando-a para algo diferente da primeira.
Adicione uma terceira, para que todas as três
estejam brilhando pela sala. Você pode manipulá-
las para ter efeito, movendo-as para que a luz que
elas lancem fique ativa. Fale sobre como, quando
estamos distraídos e tentando prestar atenção a
muitas coisas, não podemos prestar muita atenção
a apenas uma coisa.
Você pode perguntar à criança "Se esta lanterna
estivesse apontando para algo em sua vida em que
você precisa prestar atenção, o que seria?". A
criança pode dizer "Meus amigos" ou "Meu dever
de casa". Faça com que relacione cada lanterna
para algum tópico, se certificando de incluir o
que ela está lutando para focar na vida.
Deixe a criança escolher a lanterna que deseja
acender e desligar as outras. Faça um som audível
de "clique" quando fizer isso, para a criança
perceber o que está sendo desligado. Você ficará
com apenas uma lanterna, brilhando sobre esse
tópico e poderá continuar colocando, por
exemplo, uma âncora de foco e concentração!

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

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PONTO FOCAL

É realmente difícil manter ansiedade,


insegurança e tendências compulsivas sem
diálogo interno. Se ajudamos as crianças a parar
de dizer a si mesmas como estão assustadas,
bagunçadas ou não são boas o suficiente, é muito
mais fácil pensar em novos pensamentos. Existem
algumas maneiras pelas quais gostamos de brincar
com o crítico interno de uma criança. Uma
maneira que realmente lhes permite a pausa de
que precisam é mudar para a visão periférica.
Este estado não apenas acalma a mente, mas
também cria uma sensação geral de calma.
Faça a criança começar escolhendo um ponto ou
ponto focal para olhar. Lentamente, peça para que
ela comece a expandir sua visão periférica,
fazendo com que eles se conscientizem de todo o
espaço ao redor do local, mantendo os olhos nesse
ponto. Em seguida, incentive-os, enquanto ainda
olha o ponto focal para imaginar ver as paredes
de ambos os lados o tempo todo e peça para eles
imaginarem que estão ampliando sua visão como
se pudessem sentir o espaço atrás deles.
Você vai ver o corpo relaxando, a respiração
mudando e depois os fará voltar ao foco e
perguntar o que era. Peça que eles apresentem
uma palavra que descreva o ponto focal. Pergunte
se eles perceberam que pararam de falar dentro
de sua cabeça. Depois, guie-os a fazer isso
algumas vezes. Cada vez que eles pensam na
palavra que representa o ponto focal, ela se torna
uma simples âncora auditiva.
Em seguida, progrida no futuro, fazendo com
que eles imaginem entrar na situação em que
geralmente sentem o problema e mudarem. Você
pode usar o gatilho como ponto focal. Em outras
palavras, se a criança fica ansiosa quando o
professor a chama, pratique isso com o professor
como ponto focal. Se for um elevador, use as
portas que se abrem como ponto focal.

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

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É o que Carlos Castaneda chamou de "parando o
mundo". Também ensinamos a nossos clientes
maiores, porque isso permite que eles promovam a
conscientização de dentro para fora.
A melhor coisa sobre a visão periférica é que ela
pode ser feita em qualquer lugar, a qualquer hora
e com prática, se torna outra maneira de ser no
mundo.

EMOTIONAL FREEDOM TECHNIQUE

Se há uma abordagem com a qual você deve


passar algum tempo experimentando, deve ser
essa. Já vi EFT ajudar mais crianças com mais
coisas do que qualquer outra. De eliminar medos
e fobias a esmagar desejos e compulsões, é uma
das técnicas mais usadas no baú de brinquedos.
A Técnica da Liberação Emocional, também
conhecida como EFT, é uma forma de psicologia
energética que envolve tocar pontos de
acupuntura poderosos enquanto redireciona a
mente, também chamada de acupuntura sem
agulhas. Com as crianças, a versão curta é mais
fácil para eles, por isso vou compartilhar o
processo de EFT mais rápido. Isso consiste em
tocar em quatro pontos e condicionar uma âncora
para um estado de calma. Essa variação foi
desenvolvida por Robert Smith.

Um dos aspectos mais importantes do uso da


EFT envolve a criação de expectativa em uma
criança de que o que você está compartilhando
com ela ajudará. Para os adolescentes, faça uma
boa explicação a esse respeito, explicando como
nosso corpo meio que faz download do conteúdo
emocional que experimentamos e como isso pode
nos afetar. O uso da EFT ajuda a descarregar esse
download de uma maneira muito orgânica, muitas
vezes sem ter que se aprofundar no problema. Isso
pode ser muito interessante para os jovens.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
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Começamos estabelecendo uma âncora para a
calma e tranquilidade. Com os adultos, geralmente
podemos fazer com que os clientes pensem em um
local de férias, seja lá o que for, que lhes permita
uma sensação de paz. Com crianças, nem sempre é
tão direto assim. Às vezes, perguntar às crianças
como elas se sentirão quando esse problema for
resolvido e fazer com que elas imaginem sentir
isso, obterá a dose de alívio que você poderá
ancorar.
Às vezes, se você estiver ensinando um dos outros
processos, como respirar pelo coração e ver a
criança realmente relaxada, basta abrir os olhos e
agarrar o pulso enquanto respiram fundo e expiram
dizendo "deixe ir" de "se sentindo bem" ou você
pode fazer com que a criança invente uma palavra
ou frase que seja boa.
Por ter essa âncora, a criança às vezes pode usá-
la apenas para uma mudança rápida quando a EFT
pode não ser apropriada ou não se sentir
confortável ao tocar. (Embora seja uma boa ideia
mostrar a uma criança como ela pode tocar os
pontos disfarçadamente, debaixo de uma mesa, por
exemplo.)
Agora vamos ao toque dos pontos de acupuntura.
Comece fazendo a criança pensar no medo ou na
emoção ligada ao problema. Pergunte à criança
onde ela sente isso no corpo, e então vai tocando
em si mesma e peça que ela também faça. Em cada
ponto de toque, você vai pedindo à criança que
diga "Eu posso deixar isso passar". O primeiro
ponto é entre as sobrancelhas (o terceiro olho). Em
seguida, toque no lado do olho, sob o olho e depois
na clavícula, repetindo e fazendo com que a
criança repita "Eu deixo isso ir". Então pegue seu
pulso, respire fundo e, enquanto expira
lentamente, diga "paz" ou o que quer que funcione
com essa criança em particular.
.

Laiz Lima Ricci


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Fazemos isso muitas vezes, às vezes passando a
sessão inteira explorando toda e qualquer emoção
ligada ao problema. Se for para um hábito como
roer unhas, arrancar cabelos ou algum outro
sentimento compulsivo, continuamos com a
criança e percebemos a sensação antes de morder
ou puxar, e ensinamos a tocar nos pontos de
energia. Isso lhes dá tempo para realmente
aprender essa técnica, ajudando sistematicamente
o cérebro a religar a compulsão. Você pode se
surpreender com a rapidez e profundidade dessa
técnica para crianças

TÉCNICA DO DIRETOR

Para crianças mais velhas, podemos adicionar


outra etapa e usar uma metáfora do palco. Essa
versão divertida da PNL costuma ser um sucesso,
especialmente para qualquer trabalho de mudança
que envolva desempenho, ações, hábitos, etc.
Você pode ensinar a criança que ela pode usar
essa técnica por conta própria, seguindo o passo a
passo.

Laiz Lima Ricci


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hipnoterapeuta

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O primeiro passo esclarece e reconhece o
problema de uma perspectiva de fora:

1. Sente-o em um teatro imaginário sozinho,


olhando para o palco em que uma cena da peça de
sua vida está prestes a começar. Esta cena retrata
como ele enfrentou problemas (x problema). Diga
a ele que ele é o diretor desta peça e eles podem
criar o cenário. deixe ele passar algum tempo
fazendo isso; você pode sugerir que preste
atenção à iluminação, música ou efeitos sonoros,
acessórios etc. Não há limites para isso;
incentive-o a ser criativo. Quando ele estiver
pronto,

2. Diga ao garoto que alguém está subindo no


palco e esse alguém é um ator que pode ou não se
parecer com ele. Como diretor, ele precisa
instruir o ator sobre como desempenhar o papel
de si mesmo. Ele precisa se certificar de dizer a
esse ator como é ter esse problema, como ele
ficará, etc. Quando isso estiver pronto,

3. Faça com que ele grite "Ação!" (cuidado,


algumas crianças gritam!) e depois deixe a cena
passar, certificando-se de que toda a miséria,
frustração, aborrecimento, efeitos negativos etc.
sejam demonstradas completamente. Em seguida,
peça ao garoto que pressione "pausar" para que
toda a ação pare. Às vezes, peça para ele brincar
com isso algumas vezes, vinculando a palavra
"pausa" a um toque na mão para ancorá-la.

O passo dois permite que a criança crie um


script diferente:

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1. Informe ao garoto que agora ele vai dirigir uma
nova cena, onde terá a solução ou a ausência do
problema. Peça para ele comparecer ao set,
fazendo mudanças que sejam congruentes com a
melhoria. Você pode sugerir que ele traga qualquer
recurso que aprimore a mudança. É um ótimo
momento para aplicar qualquer outro conjunto de
habilidades que você já tenha ensinado.

2. Peça à criança para atualizar seu ator em


relação à mudança desejada - isso pode significar
ajustar a linguagem corporal, emoções, respostas,
usar esses recursos, além de experimentar
quaisquer benefícios à mudança.

3. Deixe a ação rolar novamente, lembrando ao


garoto que ele está dirigindo o programa e que
pode lidar com o que quiser. Ele pode até estar
aberto a ter uma pedra de tropeço para ver como o
ator se sai. Após uma performance satisfatória,
peça ao garoto que agradeça e demita o ator.

O passo três move a criança para a ação em


primeira mão:

1. Diga à criança que é hora de ele ir lá embaixo e


brincar. Associe-o ao palco e faça os ajustes.
Lembre-o das características da função, de seus
recursos, etc. Peça-lhe que pratique apertando o
botão "pausa" para reforçar a âncora.

2. Mesmo que a ação seja autodirigida, você pode


solicitar do lado de fora. Você deseja mantê-lo se
movendo para os estados de sucesso, sentindo-se
capacitado ao aplicar suas novas habilidades ou
mentalidade. Normalmente, iniciamos um ensaio
mental completo a partir deste ponto, usando
qualquer uma das metáforas de viagem no tempo e
deixando o palco para trás.

Laiz Lima Ricci


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Ritmo futuro, fazendo o garoto imaginar cenas
futuras na vida real, onde ele pode praticar
usando o botão "pausar". É muito raro, mas se
uma criança ainda está lutando ou se
defrontando, você pode ajudá-la a aproveitar sua
criatividade e obter alguma ajuda, até dizendo
"Pausa! Vamos para a tomada 2!"

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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6 - TRANSTORNOS MENTAIS

TDAH

A hiperatividade é a atividade motora excessiva


(correr, batucar, mexer as mãos, pernas) quando
isso não é esperado ou apropriado. A
hiperatividade nos adultos pode se manifestar
como inquietude intensa ou esgotamento dos
outros com sua atividade. A impulsividade é
referida por ações precipitadas, sem
premeditação e com potencial de dano à pessoa
(por ex: atravessar a rua sem olhar para os lados).
Os comportamentos impulsivos também se
manifestam por meio da intromissão social
(interromper os outros em excesso) e/ou tomada
de decisões importantes sem considerar as
consequências no longo prazo (começar um
compromisso sem ter toda noção ou sair de um
emprego sem informações apropriadas).

Cabe destacar que é comum os sintomas


variarem conforme o contexto.
Os sintomas ou sinais do transtorno podem ser
mínimos ou ausentes quando a pessoa está sendo
supervisionada, recebendo recompensas pelo
comportamento apropriado, em uma situação nova
ou está envolvido em atividades interessantes.

Crianças com TDAH são muito diferentes das


normais durante atividades estruturadas de sala
de aula, por exemplo. Mesmo em seus períodos
mais sossegados, as crianças com TDAH
demonstram atividade excessiva. A atividade
motora parece aumentada durante o sono,
sugerindo que a atenção não é a área central ou
primária de déficit.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Os sintomas são frequentemente mais aparentes
ao professor em settings barulhentos ou apinhados
do que ao médico em consultório silencioso.

A impulsividade patológica é também observada


na emotividade, controle comportamental e
agressividade. Raiva e brigas podem ser facilmente
precipitadas em resposta a provocações menores.
Uma vez com raiva, esta pode estimular um
aumento na impulsividade; ou seja, a raiva pode
estimular-se.

O TDAH é diagnosticável por volta dos 36 meses,


mas pode ser difícil identificar antes dos 5 anos de
idade, devido ao estágio de hiperatividade normal
no desenvolvimento, comumente nos dois
primeiros anos.

ESPECTRO AUTISTA

As principais características do transtorno do


espectro autista são: prejuízo persistente na
comunicação social recíproca e na interação social
e padrões restritos e repetitivos de
comportamento, interesses ou atividades.

Manifestações do transtorno também variam


muito dependendo da gravidade da condição
autista, do nível de desenvolvimento e da idade
cronológica; daí o uso do termo espectro.

Muitos indivíduos têm déficits de linguagem


que variam desde ausência total da fala, atrasos na
linguagem, compreensão reduzida da fala, fala em
eco até linguagem explicitamente literal ou
afetada.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Os déficits na reciprocidade sócio emocional
(envolvimento com outros e compartilhamento de
ideias e sentimentos) estão claramente evidentes
em crianças pequenas com o transtorno, que
podem apresentar pequena ou nenhuma
capacidade de iniciar interações sociais e de
compartilhar emoções, além de imitação reduzida
ou ausente do comportamento de outros.

Pode existir aparente preferência por atividades


solitárias ou por interações com pessoas muito
mais jovens ou mais velhas.
Comportamentos estereotipados ou repetitivos
incluem estereotipias motoras simples (abanar as
mãos, estalar os dedos), uso repetitivo de objetos
(girar e/ou enfileirar objetos) e fala repetitiva
(ecolalia, repetição, uso estereotipado de palavras
e frases).

Excessiva aderência a rotinas e padrões restritos


de comportamento podem ser manifestados por
resistência a mudanças (sofrimento a mudanças
pequenas – mudança do alimento favorito; regras;
rigidez de pensamento) ou por padrões
ritualizados de comportamento verbal ou não
verbal (repetição de perguntas e andar em um
espaço). Interesses altamente limitados e fixos, no
transtorno do espectro autista, tendem a ser
anormais em intensidade ou foco (apego a uma
tampa, panela; utensílio que faça barulho).

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

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PRINCIPAIS MEDICAMENTOS

TDAH

Ritalina:
Metilfenidato (nome comercial Ritalina) é uma
substância química utilizada como fármaco
estimulante leve do Sistema Nervoso Central com
mecanismo de ação ainda não bem elucidado,
estruturalmente relacionado com as anfetaminas.

É usada para tratamento medicamentoso dos


casos de transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), narcolepsia e hipersônia
idiopática do Sistema Nervoso Central (SNC). O
TDAH é um transtorno metabólico neural, que
resulta em comportamentos mal adaptados; o
metilfenidato pode favorecer a quebra do "círculo
vicioso" criado pela hiperatividade em especial.
Como toda medicação, o metilfenidato deve ser
usado e dosado por profissional médico
especializado neste tipo de transtorno. Por ser
uma medicação psicoestimulante, seu uso
provocaria uma maior produção e
reaproveitamento de neurotransmissores, por
exemplo: dopamina e serotonina.

O uso do Metilfenidato pode causar efeitos


colaterais como:
O uso de metilfenidato pode ocasionar cefaléia,
taquicardia, palpitações, hipertensão arterial,
febre, erupções cutâneas, queda de cabelo,
agressividade, perda de peso e de apetite, perda
do sono, alterações de humor, dores no estômago,
ressecamento dos lábios, visão embaçada e
convulsões.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
VENVANSE - Lis-dexanfetamina - 30, 50 ou 70 mg
pela manhã - duração do efeito: 12 horas.

RITALINA - Metilfenidato (ação curta) - 5 a 20mg


de 2 a 3 vezes ao dia - duração do efeito: 3 a 5
horas.

CONCERTA - Metilfenidato ( ação prolongada) -


18, 36 ou 54 mg pela manhã - duração do efeito: 12
horas.

RITALINA LA - Metilfenidato ( ação prolongada) -


20, 30 ou 40 mg pela manhã - duração do efeito: 8
horas.

Esses medicamentos agem no lobo pré frontal do


cérebro. Responsável pela execução das
atividades, planejamento. Essa medicação vai
organizar no cérebro todas as funções executivas
de uma pessoa com TDAH.

Esses medicamentos podem ser utilizados


somente quando a pessoa necessita, não requer
um uso contínuo.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
ESPECTO AUTISTA

O uso de psicofármacos como adjuvantes no


tratamento de pacientes de TEA ainda está em
fase de investigação. O tratamento farmacológico
pode ser usado para “amenizar” o quadro clínico e
não para tratar a doença, e a base são os sintomas
mais incapacitantes e mais propensos a responder
aos medicamentos existentes. Sabe-se que ainda
não há cura ou mesmo tratamento específico para
a doença. Como o tratamento possivelmente será
de longo prazo cabe uma análise bastante
rigorosa dos efeitos adversos durante a escolha
do medicamento.
A terapia medicamentosa mais comum consiste
no uso, isolado ou associado, de antipsicóticos,
inibidores seletivos da recaptação da serotonina
(ISRS), estimulantes, estabilizadores de humor e
agonista alfa-adrenérgicos.
Dentre os tratamentos, o mais investigado é o uso
de antipsicóticos - haloperidol e a risperidona -
com resultados positivos, com redução de
agressividade, queda na irritabilidade e no
isolamento. Os efeitos colaterais mais comuns
são: sonolência, tontura, salivação excessiva e
ganho de peso.

No autismo a pessoa tem alterações na região


cortical do cérebro, responsável pela fala e pela
sociabilidade. Todo quadro clínico do indivíduo
que tem autismo remete a essa camada mais
externa do cérebro.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Normalmente a criança nasce normal, e ao
longo do desenvolvimento aparecem sinais que
chamam atenção: dificuldade de socializar,
interesses mais restritos diferente de outras
crianças da mesma idade, muitas delas não falam,
não olham no olho, e elas têm características
incluindo movimentos repetitivos. Geralmente
bebês que estão dentro do espectro não fazem o
contato ocular com a mãe na hora da
amamentação. Alguns são agressivos, agitados,
com dificuldade para dormir, alguns tem
convulsão. Não se sabe exatamente a causa, mas
existe uma origem genética

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
7 - HOOPONOPONO

Hooponopono é uma técnica de cura Havaiana


que permite apagar elementos negativos e
situações problemáticas. Temos o hábito de
considerar que os problemas vêm de fora e de
buscar nos outros a sua causa para tentar resolvê-
los.
No caso do Hooponopono, é em nós que vemos e
resolvemos os problemas. Purificamos a parte que
temos em comum com os outros. Se purificarmos
essas memórias em nós, purificamos também o
exterior.
É um método de resolução de problemas que
leva em conta nossos diferentes aspectos
psicológicos, e também nos une à parte mais
elevada de nós (Divino, Universo)... e é nesse nível
que reside todo o nosso poder.

A partir do conceito de ho'oponopono criamos a


nossa realidade. Evoluímos em certo ambiente, e
na maioria das vezes, o que vivemos reforça
nossas crenças. É como se criássemos nossa
realidade a partir da referência de nossas
experiências e não conseguimos ver outra saída.
Essa técnica consiste basicamente na repetição
de quatro frases: Sinto muito, Me perdoe, Te amo,
Sou grata. “Hoo” significa causa em havaiano, e
“ponopono” significa perfeição. De acordo com
essa técnica, o erro nasce de pensamentos que
estão contaminados por nossas memórias
dolorosas do passado. essa técnica oferece uma
maneira de liberar a energia desses pensamentos
dolorosos. que causam desequilíbrio e doença.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Dr Hew Len descobriu que tudo o que acontece
na nossa vida é apenas uma projeção dos nossos
programas e crenças. Para os antigos havaianos,
nossos problemas começam com nossos
pensamentos impregnados de memórias dolorosas
de pessoas, lugares ou coisas. Nosso intelectual
não consegue resolver esses problemas, apenas
administra. Para fazer ho'oponopono você não
precisa saber qual o problema ou erro, tudo o que
tem a fazer é limpar e purificar dizendo: sinto
muito, me perdoe, eu te amo, sou grata. Dr Len
diz que quando você deleta algo de um
computador, isso vai para a lixeira. Isso continua
no computador, mas não a vemos mais lá. As
memórias também são assim, continuam, porém
invisíveis.
O que você precisa fazer é apagá-las
completamente e permanentemente. Ele explica
que o estado bloqueado bloqueado de nosso bem
estar nada mais era do que a
falta de amor.

O perdão abre as portas que permitem o amor


entrar.

No livro “Limite Zero”, o autor fala que se você


quiser resolver um problema, trabalhe em si
mesmo. Se o problema é com outra pessoa, por
exemplo, apenas pergunte para si mesmo: “o que
está acontecendo em mim que está fazendo com
que essa pessoa me aborreça?”.
Quando você detecta uma coisa que não gosta
em outra pessoa, essa coisa também está em você.
Sua tarefa é purificá-la. Hooponopono não encara
os problemas como provação, e sim como
oportunidades.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
O processo se configura em 4 fases. A primeira
fase trata de identificar o problema. Não precisa
entrar em uma análise profunda sobre o problema,
basta identificar. O segundo ponto importante a
ser considerado é o fato de que a maioria dos
problemas tem múltiplas dimensões que não
compreendemos.
A terceira fase é trabalhar diferentes aspectos
até que a ordem e a harmonia sejam
reestabelecidas. E por fim, a quarta fase é que
tudo deve ser dissolvido de amos os lados. O
processo do perdão é, então, efetuado de maneira
correta. Essas são as 4 fases utilizadas na
resolução de conflitos.
As quatro frases não precisam ser ditas nessa
ordem, pode ser qualquer ordem.
É uma espécie de mantra que nos une à nossa
parte divina. Seu significado é:

“Sinto muito pelo que causou essa


perturbação.
Me perdoe por isso, eu não sabia.
Sou grato(a) por ter me revelado esse meu
aspecto.
Eu te amo pelo que é.”

Também podemos traduzir da seguinte maneira:

“Sinto muito por tê-lo julgado mal.


Me perdoe por não tê-lo compreendido.
Sou grato(a) por ter revelado isso em mim.
Eu te amo pelo que é.”

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Essa segunda tradução serve mais quando temos
um problema com uma terceira pessoa.
É possível praticar o Hooponopono sozinho ou
com algum terapeuta que utilize esse método de
trabalho.
Você pode pedir para a pessoa se conectar com a
parte mais elevada dela mesma e repetir depois
de você cada uma das quatro frases, podendo ser
feito também dentro do estado de hipnose, até
mesmo durante uma regressão. Repetimos essas
frases devagar, várias vezes, concentrados no que
dizemos. De maneira geral, quando as memórias
são dissolvidas, a pessoa sente que alguma coisa
saiu e até mesmo que a emoção na qual se
encontrava se dissipou.
Antes de qualquer coisa, escolha o problema a
ser tratado e pense a respeito. Conecte-se com a
parte mais elevada de si mesmo, sua sabedoria
interior, seu Eu interior, e repita as quatro frases
mentalmente ou em voz alta. Faça isso várias
vezes seguidas, com tranquilidade, concentrando-
se no que diz, sem perder a conexão com sua
parte mais elevada. Respire com calma, sem
bloquear a respiração, pois isso é importante para
o nível de sua energia. Tente perceber o que se
passa em você. Você vai sentir se deve continuar
ou se pode parar.
Como a prática do Hooponopono é um processo
energético, você logo sentirá quando ele chega ao
fim. Não fique tentando analisar. Se pensamentos
vierem à mente, não tem problema, apenas
continue.
O mais importante é a conexão feita, o resto se
realiza sozinho.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
As memórias vem do nosso subconsciente e se
manifestam sob a forma de problemas repetitivos,
seja no nível físico, relacional, material, etc.
Nosso intelecto consegue compreender apenas
uma parte do problema.
Hooponopono nos permite entrar em conexão
com a parte divina em nós. É nesse espaço interno
que a memória repetida se “dissolve”. São as
memórias que bloqueiam nosso fluxo de energia, e
é necessário purificá-las para reencontrar a
circulação dessa energia de uma maneira
harmoniosa em nossa vida.
Ao serem purificadas, essas memórias, que são
bloqueios e limitações, cedem lugar a um fluxo
energético diferente. Essas memórias são
programas que nos pertencem, mas que
compartilhamos com outras pessoas. Em níveis
dos quais não temos consciência, a purificação é
uma desprogramação que cria um novo fluxo de
energia, que nos reajusta com nossa vibração
inicial.
Essas frases existem para nos purificar.
Purificamos os programas internos que nos
impedem de alcançar o estado puro de amor.
Assumir a responsabilidade significa aceitar a
ressonância em si, seja ela qual for.
A responsabilidade está ao mesmo tempo em
nossos pensamentos, em nossos atos e no que se
produz em nossa vida. Assumir a responsabilidade
significa aceitar e amar essas manifestações. É a
partir disso que a purificação pode ser realizada.
Quando nos encontramos numa situação
desconfortável que nos causa medo, raiva,
insegurança ou que perturba nossa ordem
estabelecida, parte de nós sofre.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
Se pudermos começar por aceitar o que existe,
seremos ainda mais capazes de amar, ou seja, dar
atenção e amor a essa parte que está
desestabilizada em nós. Comece por reconhecer
essa parte, seu sofrimento, e por amar essa parte
que sofre e que não é tão perfeita quanto você
gostaria. Não faço pelo outro, mas porque assumo
a responsabilidade do que está em meu campo.

O objetivo da vida é retornar ao amor a cada


momento, e para isso, a pessoa precisa
compreender que são seus pensamentos que criam
a sua vida da maneira como ela é a cada
momento. Os problemas não são as pessoas, os
lugares nem as situações, mas sim os pensamentos
a respeito deles. Como diz o Dr. Len, a pessoa
precisa aceitar a ideia de que não existe o “lá
fora”.

Quando temos um problema com outra pessoa,


com o exterior, muitas vezes tendemos a
considerar que ele vem desse outro. Porém em
uma relação há vários protagonistas, e você é um
dos protagonistas desse conflito com outra
pessoa. A questão não é saber se você tem ou não
razão, e sim ver que existe um conflito que te
afeta. É nesse ponto que o Hooponopono vai agir,
nessa memória, nesse programa, que vai muito
além daquilo que você imagina e tem consciência.

O Ho’oponopono permite purificar os


pensamentos e ir além deles. É como se
arrancassem ervas daninhas de nós mesmos.

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7
SINTO MUITO
ME PERDOE
EU TE AMO
SOU GRATO

Laiz Lima Ricci


neuropsicólogoa
hipnoterapeuta

CRP 14/0615-7

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