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Centro Universitário Tiradentes – UNIT/AL


Curso de Psicologia

IZADORA FIREMAN LESSA

Relatório Final do Estágio Básico II – Psicologia da Saúde

Maceió, 2021
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IZADORA FIREMAN LESSA

Relatório Final do Estágio Básico II – Psicologia da Saúde

Relatório final do Estágio Básico II – Psicologia da


Saúde, realizado sob orientação da prof.ª. Ms. Renata
Laureano da Silva como requisito obrigatório à
conclusão da graduação em Psicologia.

Maceió, 2021
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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................04
2. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04/05
3. OBJETIVOS DO ESTÁGIO.......................................................................................08
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................ 08/09/10/11
5. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO........................................................................... 11/12/13
6. AUTOAVALIAÇÃO...............................................................................................13/14
7. REFERÊNCIAS...........................................................................................................15
8. ANEXOS.......................................................................................................................16
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1. IDENTIFICAÇÃO

a. Aluno: Izadora Fireman Lessa

b. Matrícula: 1181523491

c. Endereço: Rua Travessa Serafim Costa/ N° 417

d. Telefones / e-mail: (82)98170-9280/ izadora.fireman@souunit.com

e. Supervisoras: Renata Laureano da Silva e Thayse Clemente Rodrigues

f. Período do Relatório: : 11.08.2021 até 01.10.2021.

g. Carga horária: Total 100 horas

h. Local de estágio: Hospital Veredas

2. INTRODUÇÃO

A disciplina de Estágio Básico 2 foi iniciada dividindo a turma deste estágio em dois campos
de atuação: a Psicologia da Saúde, em que os estagiários eram designados para o Hospital
Veredas, as Unidades Básicas de Saúde e SUMESE; e Psicologia Clínica. A partir disso,
minha turma teve como área de atuação inicial, a Psicologia da Saúde orientada pelas
preceptoras Renata Laureano da Silva e Thayse Clemente Rodrigues Duarte, que nos
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auxiliaram ao longo desta primeira etapa da disciplina. Dessa forma, em nosso primeiro dia
de estágio, as preceptoras apresentaram o cronograma das supervisões teóricas, e práticas
onlines e presenciais. Além disso, explicaram como seria os encontros, os critérios
avaliativos, as atividades desenvolvidas e os instrumentos necessários, como: diário de
campo, medida de eficiência, relatório, diário de classe e dentre outros.
Posto isso, é importante relatar que as supervisões teóricas serviram de grande suporte para
os atendimentos na prática hospitalar, pois foi através delas que pude visualizar a conduta
necessária para um acolhimento à subjetividade do sujeito, prestando atendimento
diferenciado e uma escuta qualificada. Logo após, é trazida uma fundamentação teórica, na
qual nos dá embasamento sobre a Psicologia da Saúde no contexto hospitalar.

● História do local do estágio

O Hospital Veredas, é localizado na Avenida Fernandes Lima – Gruta de Lourdes, Maceió –


AL. Sucessor do Hospital do Açúcar/Usineiros, que em janeiro de 2017, completou 60 anos
de boas práticas de saúde e agora apresenta uma moderna atualização de sua estrutura, tendo
sido reinaugurado em 2019.
Sendo assim, tendo em vista a necessidade de apontar todo o histórico do hospital
antecedente ao Hospital Veredas, é preciso relatar que em virtude do Estatuto da Lavoura
Canavieira de 1941, e do compromisso entre usineiros, plantadores de cana e trabalhadores
da agroindústria da cana em Alagoas, foi instituída a Fundação Hospital da Agro-Indústria do
Açúcar de Alagoas conhecida como Hospital do Açúcar, em Maceió. Posto isso, a
materialidade do Hospital do Açúcar é situada nas origens históricas, socioeconômicas e
culturais de Maceió, abordando a política assistencial do extinto Instituto do Açúcar e do
Álcool, IAA, em relação ao trabalhador da agroindústria canavieira. Isto é, a instituição de
caráter filantrópico, será capaz de prestar assistência médica preventiva, hospitalar,
farmacêutica, odontológica e social aos trabalhadores agrícolas e industriais da lavoura
canavieira, e da indústria do açúcar e do álcool.
A partir deste aspecto e de diversas transformações, o Hospital do Açúcar precisou renunciar
os atendimentos exclusivos aos trabalhadores rurais e se adaptar às demandas sociais devido
a Constituição de 1988 e as legislações que surgiram logo após, pois é através dela que surgiu
a garantia do direito à saúde para todos os cidadãos brasileiros. Nesse sentido, o Sistema
Único de Saúde foi inserido e junto a ele, o intuito de prestar a assistência médico-hospitalar
de alta complexidade em diversas especialidades. Tendo como objetivos: a identificação e
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divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; a formulação de política de


saúde destinada a promover, nos campos econômico e social; a assistência às pessoas por
intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização
integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. (Lei n. 8.080, de 19 de
setembro de 1990).
Além disso, é preciso compreender que ao longo dos anos, o Hospital do Açúcar passou por
diversas crises econômicas e precisou ser fechado para algumas reestruturações. Sendo seu
sucessor, o Hospital Veredas, que abriu suas portas no dia 26 de abril de 2019, a fim de se
comprometer com a segurança e o cuidado centrado no paciente; humanização; filantropia;
responsabilidade socioambiental e dentre outros. Logo, a instituição concedeu aos pacientes
uma área para convivência alinhada às novas tendências e recomendações da Organização
Mundial de Saúde sobre o impacto que áreas verdes, áreas de relacionamento e de recreação,
áreas de experiências complementares, que exercem qualidade de vida aos pacientes.

● Concepções teóricas: Psicologia da Saúde no Contexto Hospitalar

Após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi constatado nos Estados Unidos da
América (EUA), a necessidade da assistência psicológica para os militares, pois os mesmos
apresentavam uma série de reações psíquicas no período de hospitalização, como: distúrbios
da sensopercepção, alterações no humor e agitação psicomotora (Pate & Kohut, 2003). A
partir desses aspectos, as atividades da psicologia no contexto de saúde começaram com o
objetivo de identificar o processo de adoecimento consequente da hospitalização, buscando
formas de minimizar essas reações e compreender a subjetividade da pessoa doente.
No que diz respeito ao Brasil, a Psicologia na área hospitalar, inicia-se por volta de 1950 no
setor terciário, sendo fundamentada pelo princípio da integralidade, uma concepção dinâmica
que enfatiza a inter-relação de aspectos envolvidos no processo saúde e doença (Mattos,
2003). Dessa forma, é importante ressaltar que nesta época existiam poucos profissionais e
que muitos deles eram formados em Ciências Humanas, sendo responsáveis pela assistência
psicológica aos pacientes hospitalizados. Assim, foi verificado a necessidade do surgimento
dos cursos de graduação em Psicologia para delimitar a atuação do psicólogo nas instituições
de saúde (Angerami-Camon, 2002).
Em vista disso, a psicologia foi sendo inserida no contexto hospitalar e as primeiras
atividades foram realizadas por Matilde Néder em 1954, na clínica ortopédica e
traumatológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
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de São Paulo (HC-FMUSP), considerada a pioneira na área, já que atuava prestando


acompanhamento psicológico durante o período pré e pós-operatório de cirurgias na região
cervical (Angerami-Camon, 2002).
Por conseguinte, em 1956, na unidade pediátrica do HC-FMUSP, Aydil Pérez-Ramos foi a
psicóloga responsável pela assistência às crianças hospitalizadas devido às diferentes
patologias, e desenvolveu junto à equipe multiprofissional, atividades de psicodiagnóstico e
intervenção psicológica hospitalar, métodos que estavam sendo utilizados em uma fase inicial
e foram aprimorados a partir de sua experiência prática, considerando a necessidade de
elaboração dos princípios técnicos. (Queiroz, 1958, 1961). Percebendo a inclusão da
psicologia na área da hospitalização infantil, a atuação desses profissionais possibilitou o
desenvolvimento de estudos científicos e a inserção da Psicologia no Hospital geral em 1974,
nos Institutos de Ortopedia, Psiquiatria, Neurologia e dentre outros.
Desse modo, a psicologia foi ganhando espaço no âmbito hospitalar e acabou por ser
caracterizada como uma forma de auxiliar o paciente em seu processo de adoecimento,
visando à diminuição do sofrimento provocado pela hospitalização, devendo prestar
assistência ao paciente, seus familiares e a toda equipe de serviço, levando em conta um
amplo leque de atuação e a pluralidade das demandas (CHIATTONE, 2011).
Nesse sentido, o psicólogo atua sobre alguns pontos centrais no hospital geral, como: a
criação de vínculo terapêutico, a escuta qualificada e o atendimento diferenciado, voltado
para a escuta das queixas e demandas do paciente, visando reorganizar a tensão emocional,
como também, buscar políticas públicas para o bem-estar do indivíduo ( Campos, 1995).
Em 2000, através da Resolução nº 014/2000, o Conselho Federal de Psicologia reconheceu a
especialidade Psicologia Hospitalar, a qual apresenta instruções para o psicólogo obter o
registro. Para atuar nessa área, era necessário os profissionais concluírem o curso de
especialização e solicitarem o registro de especialista ao Conselho Federal de Psicologia; ou
diante da comprovação de experiência prática de dois anos e aprovação nas provas teóricas.
Por meio da Resolução nº 02/2001, o Conselho Federal de Psicologia (2001), definiu os
parâmetros para a atuação na área, considerando relevante a avaliação e o acompanhamento
psicológico dos pacientes hospitalizados e seus familiares, utilizando teorias, técnicas e
diversos tipos de intervenção em ambientes distintos, priorizando a relação paciente, família e
equipe de saúde através do contato interdisciplinar, objetivando compartilhar informações
úteis para o direcionamento de estratégias. De acordo com Chiattone (2006), isso possibilita
discutir características de um caso clínico com os profissionais, definir procedimentos de
intervenção e acompanhar os resultados avaliando seus efeitos.
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Nesse cenário, podemos reconhecer que o Brasil avançou muito com o advento do Sistema
Único de Saúde (SUS) em 1990, pois estabeleceu a saúde como direito de todos e dever do
Estado. Sendo assim, quando se pensa em Psicologia aplicada à saúde, é necessário
considerar os diferentes pontos de atenção (primário, secundário e terciário).

3. OBJETIVOS DO ESTÁGIO

Objetivo Geral: Compreender a prática de atendimento psicológico no Hospital Veredas


e realizá-lo como estagiária do curso de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes.

Objetivos Específicos:
✔ Observar os atendimentos feitos pelas preceptoras;
✔ Acolher o sujeito diante de sua subjetividade;
✔ Proporcionar um espaço no qual o sujeito sinta-se acolhido e respeitado pela equipe de
saúde.

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

4.1 SUPERVISÃO TEÓRICA


- Discussão do texto do Diehl, Maraschin e Tittoni sobre as ferramentas para uma
psicologia social, apontando as práticas de saúde e o sentido de olhar, escrever e
percorrer no campo de atuação. Assim, “ pensar o lugar é também pensar de onde
partimos enquanto psicólogos, fazendo perguntas e intervenções, acreditando estar
ajudando. Nessa supervisão cheia de reflexões, aprendi que preciso me concentrar
mais no presente e que todo conhecimento trabalhado nesses momentos é
extremamente importante.
- Debate sobre a leitura do livro “ A produção de informação na pesquisa social ”, se
referindo ao capítulo 13 - “ Diários como atuantes em nossas pesquisas: Narrativas
ficcionais implicadas”, trazendo o breve histórico em relação a essa produção
discursiva, sua atuação em pesquisas científicas e seus diferentes conceitos.
- Discussão sobre o “Registro em prontuário no hospital: o psicólogo na equipe
multiprofissional de saúde “. A leitura e a discussão desta temática, me proporcionou
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compreender sobre a estrutura do prontuário médico, que configura como um


instrumento que contém um conjunto de informações sobre o paciente, constando: a
identificação do paciente, dados socioeconômicos, história clínica (anamnese), exame
físico, exames complementares e resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico,
tratamentos efetuados, prescrições medicamentosas. Além disso, consegui ter acesso a
algumas questões pertinentes sobre a escrita do psicólogo nesse prontuário, pois o
mesmo trazia a evolução do paciente de forma otimizada, trazendo orientações para
equipe e respeitando o sigilo do paciente.
- Discussão sobre o texto referente a Clínica Ampliada e Compartilhada, BRASIL
(2009). Nesta cartilha, aprendi sobre a importância de projetos que deem assistência
aos profissionais de saúde; que o diagnóstico de uma doença sempre parte de um
princípio universalizante e que ela não pode ser o centro do atendimento.
- Debate sobre “ A Equipe de saúde: dialogando sobre sigilo e confidencialidade”. Este
capítulo traz a questão da preservação do sigilo do psicólogo no viés de três casos
clínicos no ambiente hospitalar; o manejo da equipe frente às problemáticas dos
pacientes e a subjetividade dos usuários.
- Supervisão sobre a leitura Reinventando Práticas Psi. Momento que me possibilitou
entender sobre as políticas em saúde, o compromisso clínico político e as diversas
formas que o psicólogo pode se reinventar além da clínica.

4.2 ATIVIDADES PRÁTICAS REMOTAS


- Introdução ao Estágio Básico II, Acolhimento. Explicações sobre os campos de
estágio e a divisão dos grupos das práticas on-line.
- Apresentação dos instrumentos necessários, como: o diário de campo, relatório, diário
de classe, e dentre outros.
- Na Imersão do dia 17/08/2021 com a convidada: Aline Kelly sobre as Medidas
Socioeducativas, pude refletir sobre as dificuldades dos socioeducandos, através do
filme “ O Juízo”, que me fez questionar sobre a ética profissional no âmbito jurídico,
já que a juíza se colocava de forma preconceituosa.
- Na Imersão do dia 18/08/2021 começamos com o filme “ SUS que dá certo- Parto
Humanizado no Hospital Sofia Feldman” e logo após discutimos com a convidada
Nara Rocha, sobre o setor da Maternidade e as políticas de saúde que poderíamos
utilizar quando fôssemos atuar.
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- Na imersão do dia 19/08/2021 teve a apresentação da convidada Marcelly Alpiano


abordando a sua experiência na saúde do Adulto e do Idoso no contexto hospitalar.
Em seguida , foi passado o documentário “ SUS que dá certo, o cotidiano no Hospital
Adilon Behrens. Refletindo sobre a organização da instituição hospitalar, a
importância do acompanhamento multiprofissional em conjunto família/ paciente e
dentre outros.
- Discussão sobre a origem das instituições de saúde.
- Discussão do tema Covid e Pandemia por meio das Cartilhas da Fiocruz “Orientações
aos trabalhadores da saúde”
- Apresentação dos casos clínicos feitos no contexto de saúde.

4.3 ATIVIDADES PRÁTICAS PRESENCIAIS


- Setor: Maternidade
- Dia 06/09/2021, primeiro dia de estágio presencial, fizemos uma visita técnica ao
Hospital Veredas, e logo após, houve uma atividade sobre o percorrer no setor da
maternidade. Assim, ao debater sobre nossas reflexões, aprendi a importância do
acolhimento naquele contexto, seja pelo profissional da psicologia ou da equipe de
saúde, e o processo de humanização, detalhado pelas preceptoras.
- Dia 08/09/2021, segunda prática presencial no Hospital Veredas, tivemos algumas
orientações pela preceptora Thayse em relação aos atendimentos que iríamos
observar e logo após, fomos até o posto de enfermagem no setor da maternidade.
Nesse momento, a professora nos mostrou alguns prontuários e explicou algumas
informações hospitalares e códigos que a equipe de saúde utiliza na descrição dos
dados pessoais da paciente, como: a Idade Gestacional - IG, Gestação- G, Segundas
informações colhidas da paciente - SIC, Conduta- COD e dentre outras. Atendimento
diferenciado e escuta qualificada a paciente Vittoria Mikaelle.
- Dia 13/09/2021, terceira prática presencial, tivemos no primeiro momento, uma troca
de conhecimentos em relação a evolução da paciente Vittoria, que tínhamos atendido
na quarta-feira passada. E logo, fomos construindo as características importantes para
colocar no livro. Assim, após a discussão e a criação da evolução básica da paciente,
fomos até o posto de enfermagem no setor da maternidade, observar os prontuários
ímpares, já que a psicóloga de referência do hospital juntamente com a nossa
preceptora Thayse teria dividido as enfermagens.
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- Dia 15/09/2021, quarta prática presencial, nos reunimos no CSIM para algumas
orientações da preceptora sobre o nosso primeiro atendimento no setor da
maternidade e logo depois, fomos para o posto de enfermagem pegar os prontuários e
nos comunicar com a equipe em relação às enfermarias. Em seguida, falamos com a
Mônica, enfermeira chefe, para saber se havia alguma solicitação da equipe sobre
alguma paciente e ela nos informou o caso de Leide de Naura, uma pedagoga que deu
a luz a um RN com a possibilidade de ter Síndrome de Down.
- Dia 20/09/2021, quinta prática presencial, nos arrumamos para o atendimento na
maternidade e em seguida, nos reunimos em uma sala do CSIM para as orientações
das preceptoras acerca de como seria os próximos encontros, tanto de prática, quanto
presencial, e logo após, tivemos algumas explicações sobre a medida de eficiência e a
apresentação necessária para o dia 27/09. A partir desse momento, a professora
Thayse Duarte nos informou sobre as duplas de atendimento e nos dirigimos a
maternidade. Chegando no posto de enfermagem, eu e minha dupla pegamos um
prontuário para analisar, estudar e colher as informações necessárias para a assistência
psicológica da paciente Nayara Gleice.
- Dia 22/09/2021,, chegamos ao CSIM para as orientações acerca do diário de classe,
que servia de resumo de todas as práticas hospitalares e clínicas, e logo após, fomos
fazer as discussões de caso das duas duplas que prestaram atendimento psicológico na
segunda-feira.Por conseguinte, ao debater ambos casos, fomos escrever a evolução da
paciente e depois nos direcionar ao setor da maternidade, onde se encontrava a
professora. Ao chegarmos lá, falamos com a preceptora Thayse, sobre a situação do
grupo, que devido a questões pessoais e algumas inseguranças, não estava bem para
prestar acolhimento. Desse modo, preferimos utilizar o restante do tempo da prática
para criar a estrutura do vídeo e as temáticas necessárias para a medida de eficiência.
E em seguida, a professora nos deu alguns direcionamentos e assinou nossa
frequência daquele dia.

5. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO
Durante o estágio básico II em saúde, pude refletir sobre diversas demandas e contextos, e
isso me motivou bastante, já que os campos de estágio eram direcionados a área
hospitalar, unidades básicas de saúde e jurídica. Logo, a minha experiência com as
supervisões e práticas on-line, foram bem proveitosas, pois a forma como as preceptoras
nos abordaram e nos orientaram, fizeram com que pudéssemos adquirir conhecimento de
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forma leve. Nesse sentido, todos os nossos momentos no estágio remoto, eram começados
por música, permitindo a descontração dos estagiários, e a construção do vínculo com os
mesmos e as preceptoras.
Além disso, os conteúdos ministrados pelas professoras Thayse Clemente e Renata
Laureano, foram bem explicados, já que as mesmas além de trabalhar a parte teórica,
conseguiam fazer dinâmicas e interagir com a turma, visando a colaboração e
participação de todos os estagiários.
Posto isso, durante todo esse processo, foi trabalhado: documentários na área da
maternidade e no contexto de menores infratores; textos; cartilhas sobre a conduta dos
profissionais na área hospitalar e jurídica; questões de sigilo e confidencialidade nos
campos em que fomos direcionados; políticas públicas em saúde e dentre outros fatores
que possibilitaram a compreensão acerca da prática presencial no Hospital Veredas.
Sendo assim, no meu primeiro dia de estágio presencial, conheci o Centro de Simulação
Realística, ambiente que acolhe os estagiários da Unit, e fomos para uma visita técnica no
Hospital, conhecendo o Centro de Atendimento Intensivo; a Urgência e Emergência, o
Gripário (pessoas com sintomas de gripe ou COVID-19 eram direcionadas a este lugar);
A Casa da Criança ( ambulatório quimioterápico infanto-juvenil ); os Centros Cirúrgicos
feminino e masculino e por fim, a Maternidade, setor em que íamos atuar. Neste dia, eu
fiquei muito feliz, pois entrar em contato com a área hospitalar, algo que sempre esperei e
desejei, me fez enxergar o quanto preciso me preparar, estudar e aproveitar ao máximo
esta oportunidade.
Na segunda prática presencial do estágio, como também, nossa primeira observação de
atendimento da professora Thayse, pude refletir sobre a necessidade de nos
concentrarmos na fala da paciente, pois a mesma é terapêutica e super relevante no
posicionamento do psicólogo.
Diante disso, vale ressaltar que após o acolhimento, fazíamos uma discussão de caso nas
salas de prescrição, a fim de trocar conhecimentos e percepções em relação à queixa
principal da paciente, para que depois desse processo, pudéssemos escrever sua evolução(
exame mental; humor; relação com a equipe multidisciplinar e compreensão sobre a
hospitalização). Essa prática de debater sobre o caso foi bem significativa, pois eu me
soltava e trazia diversas reflexões não só pelo o que a paciente trazia em sua fala, como
também a sua linguagem corporal e o jeito que ela se expressava pelo seu olhar.
Portanto, todo esse tempo observando a nossa preceptora Thayse Clemente e prestando
atendimento no Veredas, me fez compreender sobre a importância de ouvir, de prestar
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atenção na subjetividade do sujeito, de não antecipar a fala do paciente, de discutir sobre


o caso, de ter as supervisões e de buscar estratégias e políticas que visem a segurança do
paciente e seu bem-estar.

6. AUTOAVALIAÇÃO

Durante o Estágio Básico II, escolhi a área hospitalar como uma forma de compreender se
esse campo de atuação era o que eu tanto imaginava e queria como profissão. Porém,
encontrei algumas dificuldades, já que me vi muito pressionada em diversos âmbitos da
minha vida e foi um momento difícil, seja pela graduação, como também na minha vida
pessoal. Então, por conta disso e de vários motivos, eu tive alguns problemas em relação
a ligar a câmera, pois me sentia desconfortável e às vezes me atrapalhava no raciocínio
das palavras quando ia interagir com a turma ou assunto proposto, algo que mexeu
comigo, porque sou bem comunicativa e participativa. Contudo, conforme o tempo foi
passando, tentei me sentir mais confiante quanto a isso e as professoras me estimulavam
bastante, então, por mais que eu ligasse somente às vezes, eu dei o meu melhor nesse
sentido.
Além desse aspecto, durante os estágios online, seja supervisão ou prática, quando era
dividido os grupos de Maternidade e Sumese, senti a ausência de algumas pessoas nesse
setor, pois geralmente sobrava para mim, Marcelle e Davi, algo que era desgastante, pois
nem sempre tínhamos muito tempo para resolver tudo que teria sido orientado pelas
preceptoras. Entretanto, por mais que houvesse esses conflitos, conseguimos absorver os
assuntos, debater as leituras e nos unir para as discussões com a professora, algo que
contribuiu para as práticas de atendimento.
No estágio presencial, optei pelo setor da maternidade como atuação e foi uma escolha
em que me desafiei a sair da zona de conforto, uma vez que não tinha muito afeto e
conhecimento sobre as informações hospitalares dessa área. Embora tenha sido um
desafio, eu me senti bem por começar a inserir uma rotina na minha vida relacionada à
faculdade, pois essa prática me motivava a estudar e a buscar caminhos seguros para
trabalhar com os pacientes.
Nesta prática, primeiramente observei a professora Thayse prestar acolhimento
diferenciado e uma escuta qualificada. Isso me proporcionou uma auto-observação sobre
a forma como poderia atuar nesse contexto e a importância do silêncio durante o
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atendimento. Dessa forma, no meu primeiro atendimento, fomos em 4 pessoas e eu


acabei conduzindo com a Marcelle um caso sobre gestação tardia, que nos possibilitou ir
além do que a paciente trazia em sua fala, percebendo a postura corporal e olhar dela
frente às situações.
Portanto, acredito que mesmo nervosa e um pouco insegura, consegui encarar os
atendimentos de forma tranquila, precisando melhorar em alguns sentidos: a minha
ansiedade no acolhimento, já que algumas vezes tentei responder a minha própria
pergunta e a autocobrança, tendo em vista as situações que me senti pressionada pelo
grupo e comecei a me colocar na frente de tudo.
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7. REFERÊNCIAS

ANGERAMIN-CAMON, V. A. (2002). Psicologia hospitalar, passado, presente e


perspectivas. In V. A. Angerami-Camon (Org.), O doente, a psicologia e o hospital
(pp.3-27). São Paulo: Cengage Learning.

CHIATTONE, Heloisa Benevides de Carvalho. A Significação da Psicologia no Contexto


Hospitalar. In:______. Psicologia da Saúde – um novo significado para a prática clínica. 2ª
Edição revista e ampliada. Cengage Learning Edições, p. 145 – 233, 2011.

QUEIROZ, A. M. (1958). Some psychological contributions to the clinical treatment of


the asthmatic child. Acta Allergologica, 12(6), 396-406.

QUEIROZ, A. M. (1961). Os aspectos psicológicos da criança enferma. Revista de


Psicologia Normal e Patológica, 7(1-3), 463-468.

MATTOS, R. A. (2003). Integralidade e a formulação de políticas específicas de saúde. In


R. Pinheiro & R. A.Mattos (Orgs.), Construção da integralidade: cotidiano, saberes e
práticas em saúde (pp.45-99). Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

SIMONETTI, Alfredo. Manual de Psicologia Hospitalar O Mapa da Doença. 8. ed.- São


Paulo: Casado Psicólogo, 2016.

PATE, W. E., & Kohut, J. L. (2003). Results from a national survey of psychologists in
medical school settings. Journal of Clinical Psychology in Medical Settings, 12(3), 85-91.
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8. ANEXOS

8.1 DECLARAÇÃO DE PSICOTERAPIA


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8.2 FREQUÊNCIA
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8.3 DIÁRIO DE CLASSE

8.4 DIÁRIO DE CAMPO

Nome do Aluno: Izadora Fireman Lessa

Nome das preceptoras: Renata Laureano da Silva e Thayse Clemente Rodrigues.

Local de Estágio Presencial: Hospital Veredas

Encontro 1 [Dia: 17 /08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] terça

Prática de Neste encontro, teve a apresentação de alguns graduandos e da mediadora Aline


Saúde de Kelly, que foi convidada pelas preceptoras para falar sobre as Medidas
Estágio Básico Socioeducativas após a apresentação do documentário, e tirar dúvidas acerca do
II online debate.
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O documentário apresentado mostrava casos de menores infratores, como:


assaltos, homicídios, tráfico, furtos feitos pelos mesmos e como o juizado de
menores, os advogados, o defensor público e a polícia os tratavam mediante a
essas questões. Isto é, como o CRIAM ( Centro de Recursos Integrados para
Menores) trabalhavam com as políticas públicas diante do ato infracional.

Além disso, foi discutido sobre a conduta dos indivíduos presentes, já que a juíza
julga os menores diante de seus próprios valores e realidade, sendo que cada um
tem sua história e direitos, assim como todos os cidadãos brasileiros. Logo, outras
questões foram levantadas, como: questões sociais, raça, economia, políticas
públicas, acolhimento e a prática do psicólogo no sistema.

Reflexão: nós psicólogos precisamos reconhecer a realidade social em que vamos


atuar, ou seja buscar formas macropolíticas, em busca de socializar essas pessoas
perante a sociedade, já que suas vidas muitas vezes não ajudam nessa
ressocialização.

Senti que apesar de estar em uma realidade diferente daqueles jovens, eu consigo
compreender que atitudes humanizadas podem sim transformar vidas, mas todo o
processo depende dele, do ambiente em que ele vive e das pessoas presentes no
seu cotidiano.

Lembrei da série “ For Life” e do filme “ Somos todos iguais ‘’.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 2 [Dia: 18 /08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] quarta

Prática de Primeiramente, foi apresentado um vídeo sobre como o Sistema Único de Saúde
Saúde de realiza as políticas públicas no setor da maternidade. Explicando como ocorre o
Estágio Básico processo de humanização neste âmbito; a prática do psicólogo; a comunicação
II online entre a equipe multidisciplinar e a família; as oficinas para a comunidade, e os
grupos de apoio.

Logo em seguida, houve um momento de esclarecimento sobre algumas questões


com a convidada Nara Rocha, trazendo diversos contextos da maternidade que
muitas vezes são romantizados, e relatos de diversos pacientes sobre o período
pré-natal, o luto, entre outros.

Além disso, consegui refletir sobre muita coisa diante desta prática, mas o que
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ficou mais evidente foi o papel da mãe que a sociedade impõe dentro desse
contexto, e o posicionamento do pai que é colocado como uma escolha.

Série: Caso de April e Jackson- Greys Anatomy

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 3 [Dia: 19 /08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] quinta

Prática de Nesta Imersão, tivemos a presença das preceptoras e da convidada Marcelly


Saúde de Alpiano, explicando mais profundamente sobre o atendimento interprofissional na
Estágio Básico saúde do adulto e do idoso. Logo, a pesquisadora compartilhou suas experiências
II online como atuante da área hospitalar e a partir de um vídeo sobre um hospital em
Minas Gerais, podemos visualizar melhor como é a organização da instituição, a
relação entre os colaboradores, o papel de cada funcionário nos casos clínicos e o
funcionamento da instituição.

Reflexão: Neste terceiro encontro, fiquei maravilhada em como a relação dos


profissionais e o funcionamento da instituição, reflete no bom atendimento ao
paciente. E como a saúde mental é importante neste contexto.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 4 [Dia: 23/08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] segunda

Prática de Inicialmente, tivemos um momento de apresentação, com as perguntas: “ Por que


Saúde de você escolheu a psicologia e o campo de estágio atual? “ e “ Qual a música que
Estágio Básico nos descrevia?. Prática que possibilitou aos estagiários se conhecerem melhor, e
II online terem mais intimidade para partilhar suas particularidades e experiências na área
da Psicologia.

Logo, neste quarto encontro, foi feita uma discussão acerca do conceito de saúde
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trazido pela OMS; a história das instituições de saúde; o papel do psicólogo no


ambiente hospitalar e as práticas da equipe baseadas no “ controle de corpos”.

Além disso, as preceptoras fizeram mais uma dinâmica, nos perguntando sobre as
três palavras que pensamos quando falamos em hospital, e logo pensei em saúde,
espera e acolhimento.

Reflexão: A discussão desta prática foi muito instigante, pois todos da nossa
turma participaram e desconstruiram diversos pontos em relação ao contexto
hospitalar e suas práticas, ao conceito de saúde e doença, as políticas públicas
necessárias e etc.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 5 [Dia: 25/08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] quarta

Prática de Inicialmente, tivemos um momento para debater algumas questões em relação ao


Saúde de estágio. Em seguida, trouxemos para a sala de aula como nós nos sentimos durante
Estágio Básico todo o período de pandemia até os dias de hoje, e como o COVID-19 e as
II online consequências dele, tem nos afetado. Além disso, as preceptoras nos prestaram um
acolhimento acerca dessas questões e nos orientaram em relação às Cartilhas da
Fiocruz “Orientações aos trabalhadores da saúde”, já que o texto continha e
explicava os impactos a saúde mental neste contexto, os sinais de alerta, e os
cuidados necessários para uma possibilidade de prevenção desse sofrimento
psíquico. Logo após, a turma de prática foi dividida em duas salas virtuais de
acordo com as áreas de estágio, para refletir e fazer uma leitura específica sobre a
Cartilha “ Orientações às/aos psicólogas/os hospitalares” e comentar sobre pontos
importantes para nossa atuação.

Reflexão: Esta prática me permitiu ter mais proximidade com os demais


integrantes do grupo de estágio; me fez refletir em como a pandemia trouxe
impactos a nossa saúde mental e como cada pessoa tem um jeito diferente de
enfrentar este processo.
22

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 6 [Dia: 30/08/2021 das 13:30 às 17:30 horas] segunda

Inicialmente, foram feitos alguns esclarecimentos em relação aos próximos


Prática de encontros e a prática presencial. E logo após, foi dividido a turma em duas salas
Saúde de virtuais, com o propósito em que os grupos se reunissem para a leitura de casos e
Estágio Básico respondessem o questionário.
II online Essa prática foi importante para que pudéssemos refletir sobre os contextos em
que íamos atuar e o posicionamento do psicólogo. Além disso, meu grupo da
maternidade se atentou alguns detalhes em relação ao caso clínico e a equipe de
saúde, como: erro de diagnóstico; a humanização necessária no ambiente
psiquiátrico; a ética na prática multidisciplinar; e por último, a subjetividade do
sujeito, que ainda é negligenciada pela ordem médica.
Posteriormente, o grupo 1 se reuniu para falar seus pontos individuais, e tivemos
alguns avisos importantes para esta semana em relação às vacinas e o encontro no
hospital veredas.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 7 [Dia: 02/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Quinta

O primeiro encontro do mês de setembro foi um momento de acolhimento com a


Prática de gestão do Hospital Veredas de forma virtual, nos apresentando os membros da
Saúde de diretoria, a localização do Estágio Básico II, os setores, a estrutura estática, o
23

Estágio Básico público alvo, os protocolos do hospital e as regras básicas para os estagiários. Por
II online conseguinte, foi apresentado o psicólogo Bruno que poderia auxiliar os estudantes
da Unit, caso acontecesse alguma coisa; a quantidade de profissionais e os
andares, com respectivas áreas. Posto isso, foi apresentada algumas dicas
necessárias para a biossegurança em nosso trabalho, e por fim, as atividades
desenvolvidas pela psicologia com os pacientes, acompanhantes e colaboradores.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 8 [Dia: 06/09/2021 das 13:00 às 17:00 horas] Segunda

Em minha primeira prática presencial no Hospital Veredas, pude conhecer o


Prática de Centro de Simulação Realística, que é o ambiente onde os estagiários são
Saúde de acolhidos pela instituição do Centro Universitário Tiradentes, já que o lugar
Estágio Básico contém sala de descanso, vestiário feminino e masculino, salas de reunião e etc.
II Presencial
Além disso, tivemos uma visita técnica em toda a rede hospitalar, como: o Centro
de Atendimento Intensivo; a Urgência e Emergência, o Gripário (pessoas com
sintomas de gripe ou COVID-19 eram direcionadas a este lugar); A Casa da
Criança ( ambulatório quimioterápico infanto-juvenil ); os Centros Cirúrgicos
feminino e masculino e a Maternidade.

Posteriormente, tivemos uma atividade para realizar nas áreas de atuação:


percorrer pelo contexto, visualizar a forma de trabalho dos profissionais, o
comportamento dos pacientes e levar para a reunião com as preceptoras, o que
sentimos e aprendemos nesses setores.

Reflexão:

Na maternidade eu pude observar,


Que este setor é muito mais do que ouvi falar,
É o lugar em que o ambiente traz cor a vida de uma mãe,
É o lugar que precisa de acolhimento,
Seja pelos profissionais de medicina, enfermagem ou psicologia,
É saber observar os momentos de dor,
Mas também contemplar o que vem além dela,
É saber que o lugar de fala é do paciente,
E o nosso, é saber ver e ouvir sem julgamento.
É lutar por políticas que deixem este ambiente cada vez mais humanizado,
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É lutar para que a nossa permanência na área hospitalar seja cada vez mais
respeitada e vista como essencial.

- é ser simplesmente psicóloga 🦋


Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 9 [Dia: 08/09/2021 das 13:00 às 17:00 horas] quarta

No início da segunda prática presencial no Hospital Veredas, tivemos algumas


Prática de orientações pela preceptora Thayse em relação aos atendimentos que iríamos
Saúde de observar e logo após, fomos até o posto de enfermagem no setor da maternidade.
Estágio Básico Nesse momento, a professora nos mostrou alguns prontuários e explicou algumas
II Presencial informações hospitalares e códigos que a equipe de saúde utiliza na descrição dos
dados pessoais da paciente, como: a Idade Gestacional - IG, Gestação- G,
Segundas informações colhidas da paciente - SIC, Conduta- COD e dentre outras.
Desta maneira, após as orientações e o momento de troca de conhecimento, lemos
o prontuário da paciente Vittoria Mikaelle (24 anos), para entender seu processo
de parto, internação, integração com a equipe de saúde, antes de prestar o
atendimento.
Posto isso, fomos até a enfermaria onde se encontrava a usuária do serviço único
de saúde, e a mesma foi receptiva e comunicativa; embora estivesse preocupada e
fragilizada em relação a sua filha que infelizmente se encontrava na UTI Neonatal
( espaço reservado para tratamento de prematuros e de bebês que apresentam
algum tipo de problema ao nascer). Durante o atendimento por solicitação
indireta, Vittoria trouxe algumas reclamações da equipe de saúde, pois reclamaram
de seus gritos de dor enquanto estava em trabalho de parto e depois trouxe como
queixa principal, o sentimento de culpa por ter bebido e fumado durante a
gestação, e esse motivo ter influenciado na saúde de sua bebê. Depois disso, a
equipe e a assistente social avisaram que a Vittoria já estava de alta, e ela começou
a chorar porque não queria ir embora deixando a filha na UTI e porque, não tinha
condições financeiras de ir todos os dias para acompanhá-la. Após esse instante, a
equipe tentou acalmá-la junto a nossa preceptora Thayse, explicando as estratégias
que o hospital concede em sua condição socioeconômica e todo o processo de alta,
ao se deslocar como acompanhante para setor da UTI Neonatal e Pediátrica.
Em vista do ocorrido, a paciente se mostrou pouco comunicativa e bastante
fragilizada diante da notícia, manifestando o desejo de precisar estar sozinha com
o seu marido naquela situação. Logo, encerramos o atendimento e nos
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direcionamos para o CSIM, para escrever sobre o caso, explicar tudo que nos
chamou atenção e o que era necessário para a evolução no prontuário da paciente.

Reflexão: Inicialmente, ao entrar no quarto da paciente, percebi todo o ambiente,


as pessoas e o que eu poderia tirar de informação, para compreender melhor o
caso. Depois de entrar no quarto e nos apresentarmos para Vittoria, tentei
concentrar toda a minha atenção apenas em sua fala e percebi o quanto isso é
importante em nosso trabalho como psicólogas, pois a escuta é terapêutica. Além
disso, percebi também a relevância em depois do atendimento escrever sobre todo
o processo segundo as informações colhidas da paciente.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 10 [Dia: 13/09/2021 das 13:00 às 17:00 horas] Segunda

Na terceira prática presencial, tivemos no primeiro momento, uma troca de


Prática de conhecimentos em relação a evolução da paciente Vittoria, que tínhamos atendido
Saúde de na quarta-feira passada. E logo, fomos construindo as características importantes
Estágio Básico para colocar no livro.
II Presencial Assim, após a discussão e a criação da evolução básica da paciente, fomos até o
posto de enfermagem no setor da maternidade, observar os prontuários ímpares, já
que a psicóloga de referência do hospital juntamente com a nossa preceptora
Thayse teria dividido as enfermagens.
Por conseguinte, fomos por busca ativa a paciente Yasmin Vitória, ainda gestante,
prestar acolhimento e uma escuta qualificada junto a nossa preceptora Thayse. No
atendimento, a usuária trouxe que teria sido transferida da UPA para o Veredas,
porque precisava investigar sua infecção urinária e ser acompanhada durante 48
horas, pois estava migrando para o intestino, podendo afetar a sua gestação. Sua
hipótese diagnóstica seria de Disúria ( sensação aguda de queimação) e Polaciúria
(alteração da cor e desejo súbito e intenso de urinar).
Além disso, a paciente mostrou-se receptiva, retraída e pouco comunicativa
durante o atendimento, respondendo somente o necessário. Apresentava
sentimentos de culpa, devido a sua negligência ao ingerir água, e o humor
entristecido, visto que estava afastada de sua família e sua filha, que era muito
apegada e tinha somente 3 anos.
Durante o período de assistência psicológica, a paciente coloca que não queria
aquela gravidez e não tinha sido planejada, já que tinha uma filha mais nova e
muitas responsabilidades.
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Posto isso, na sua internação, sua relação com a equipe foi satisfatória e trouxe
uma preocupação em relação ao termo de responsabilidade, pois caso quisesse ir
para casa ficar com sua filha, seria culpada de qualquer coisa que acontecesse ao
seu bebê. Relata que a equipe conversou com ela sobre não ser egoísta nesse
momento e o que importava, era a saúde da mesma e da criança.
Ademais, declarou que não queria partilhar mais nenhuma informação e acabamos
por encerrar o atendimento, indo em direção ao CSIM para debater sobre o caso e
escrever as duas evoluções necessárias no livro.

Reflexão: Em relação ao caso de Yasmin, me pareceu como uma hipótese, que a


mesma só havia ficado no hospital por conta deste termo de responsabilidade e
que estava insatisfeita com aquela gestação.
Além do caso que atendemos, a professora trouxe a situação de uma gestante que
teria sido molestada durante 8 anos pelo pai e que teria seguido uma gestação de
um estupro feito pelo mesmo. Aquilo me tocou profundamente e senti a
necessidade de trabalhar ainda mais, a minha dificuldade em lidar com casos de
violência, seja ela física, psicológica ou sexual.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 11 [Dia: 15/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Quarta

Inicialmente, nos reunimos no CSIM para algumas orientações da preceptora


Prática de sobre o nosso primeiro atendimento no setor da maternidade e logo depois, fomos
Saúde de para o posto de enfermagem pegar os prontuários e nos comunicar com a equipe
Estágio Básico em relação às enfermarias.
II Presencial Em seguida, falamos com a Mônica, enfermeira chefe, para saber se havia alguma
solicitação da equipe sobre alguma paciente e ela nos informou o caso de Leide de
Naura, uma pedagoga que deu a luz a um RN com a possibilidade de ter Síndrome
de Down.
Lemos o prontuário da paciente, exames, caderneta de gestação, e seguimos as
quatros estagiárias juntamente com a preceptora Thayse, para prestar a assistência
necessária.
Entramos na enfermaria, me apresentei a paciente e toda a equipe, expliquei nossa
função naquele contexto e seguimos para o acolhimento.
No atendimento, a usuária relata que ser mãe aos 39 anos foi algo que ela não
esperava e que sua gravidez era de alto risco por conta de sua idade, algo que a
preocupou durante a gestação, mas que tentou enfrentar ao lado de seu marido e
de sua fé, todo esse processo.
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Além disso, Leide implica que está tranquila quanto à hipótese diagnóstica de seu
filho. Porém, sua postura corporal e seu olhar, não transmitem o mesmo, já que
trouxe em algumas falas, a sua insatisfação por ele não ser do jeito que esperavam:
“ Fácil é ter a perfeição”, “ Quando não veio do jeito que a gente esperava”.
Posto isso, é importante ressaltar que todo esse comportamento de querer passar
uma tranquilidade, poderia ser uma forma de enfrentamento da situação, de se
confortar e de entender tudo que estava acontecendo. Desse modo, percebendo as
respostas curtas e pouco aprofundadas de Leide Naura, tentei destrinchar o que
seria essa tranquilidade para ela e como a mesma estava enfrentando esse
momento.
Logo, perto de encerrar o atendimento, perguntamos sobre a relação da
equipe-paciente, e a mesma relata que durante a sua internação foi bem acolhida.
Trouxe que já estava de alta e que seria acompanhante de Heitor até o dia 21/09,
para investigar sua condição diagnóstica.
Por conseguinte, ao perceber algumas interferências, encerramos o atendimento e
fomos até uma sala de prescrição no próprio hospital, discutir sobre o caso e ouvir
a nossa preceptora em relação ao nosso acolhimento. Após esse momento, fomos
para o CSIM para escrever a evolução da paciente e finalizar este dia de estágio.

Reflexão: Nessa primeira vez prestando acolhimento, pude perceber o quanto


preciso melhorar em relação a minha ansiedade nos atendimentos e do quanto é
importante perguntar como usuária gostaria de ser chamada, já que a equipe de
saúde despersonaliza ela a todo momento.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 12 [Dia: 20/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Segunda

Neste dia de prática, nos arrumamos para o atendimento na maternidade e em


Prática de seguida, nos reunimos em uma sala do CSIM para as orientações das preceptoras
Saúde de acerca de como seria os próximos encontros, tanto de prática, quanto presencial, e
Estágio Básico logo após, tivemos algumas explicações sobre a medida de eficiência e a
II Presencial apresentação necessária para o dia 27/09.

A partir desse momento, a professora Thayse Duarte nos informou sobre as duplas
de atendimento e nos dirigimos a maternidade. Chegando no posto de
enfermagem, eu e minha dupla pegamos um prontuário para analisar, estudar e
colher as informações necessárias para a assistência psicológica.
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Ao entrar na enfermaria da paciente Nayara Gleice, de 26 anos, me apresentei


como estagiária do Veredas e perguntei a Nayara se ela aceitava o atendimento e
como preferia ser chamada. Após a confirmação, seguimos para o acolhimento
em que a usuária foi bem receptiva, colaborativa e comunicativa.

Desse modo , Nayara relata que foi para o hospital por muitas dores e contrações,
e que evoluiu para o parto normal, tendo algumas dificuldades em relação a
dilatação, mas que com a ajuda da equipe de saúde, se tranquilizou e todo o
processo foi bem “humanizado” -SIC. Dessa forma, a relação entre a equipe e a
usuária foi bem satisfatória e a mesma, parecia ter toda a assistência necessária
naquele momento de hospitalização.

Além disso, a usuária traz para o atendimento sua história em relação a como
descobriu sua gravidez e como foi difícil ter essa notícia após ela e seu marido
estarem desempregados. Nayara relata que ela e seu marido desejavam ter filhos,
mas por não ter condições financeiras de suprir tudo o que uma criança precisa,
sempre deixava para depois.

Em seguida, apesar de estar feliz pelo nascimento de sua filha Sarah, e pela
mesma ter vindo saudável, estava frustrada, preocupada e triste por não conseguir
amamentar ( mamilos planos), pois tinha feito diversos cursos e toda uma
preparação quanto às dores da amamentação.

Posteriormente, apesar de todo conteúdo trazido, Nayara estava conseguindo lidar


com a situação de forma aparentemente saudável, já que estava orientada pela
equipe de saúde e estimulando sua mama, enquanto sua bebê era alimentada por
leite NAN. Portanto, ao encerrarmos o atendimento, seguimos para uma sala de
prescrição para fazer as anotações do caso e em seguida, tivemos algumas
orientações da professora para falar com a enfermeira chefe sobre a conduta em
relação ao leite artificial. Sobre isso, a enfermeira chefe relata que o hospital só
auxilia com o leite NAN, mães soropositivas, algo que nos deixou preocupadas,
pois seria algo caro dentro da realidade dos pais.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 13 [Dia: 22/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Quarta


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Nesta prática, chegamos ao CSIM para as orientações acerca do diário de classe,


Prática de que servia de resumo de todas as práticas hospitalares e clínicas, e logo após,
Saúde de fomos fazer as discussões de caso das duas duplas que prestaram atendimento
Estágio Básico psicológico na segunda-feira.
II Presencial Por conseguinte, ao debater ambos casos, fomos escrever a evolução da paciente e
depois nos direcionar ao setor da maternidade, onde se encontrava a professora.
Ao chegarmos lá, falamos com a preceptora Thayse, sobre a situação do grupo,
que devido a questões pessoais e algumas inseguranças, não estava bem para
prestar acolhimento.
Desse modo, preferimos utilizar o restante do tempo da prática para criar a
estrutura do vídeo e as temáticas necessárias para a medida de eficiência. E em
seguida, a professora nos deu alguns direcionamentos e assinou nossa frequência
daquele dia.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 14 [Dia: 27/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Segunda

Durante essa prática, tivemos algumas orientações sobre a apresentação dos casos
Prática de clínicos e logo após, a turma decidiu as ordens das apresentações. Sendo assim, eu
Saúde de e minha dupla - Marcelle, fomos as primeiras a apresentar e trouxemos o caso
Estágio Básico clínico de uma mulher com 39 anos que se considerava muito velha para ter filhos
II Presencial e que estava passando por um processo difícil, pois havia a possibilidade de seu
RN ter Síndrome de Down. Além disso, trouxemos os conceitos de gestação
tardia, trazendo a identificação da paciente nesse sentido, as problemáticas, os
benefícios, e algumas frases da mesma, a fim de causar reflexão para os
telespectadores. Posteriormente, as professoras liberaram um momento para que a
turma debatesse sobre o caso e tirassem suas dúvidas.
A seguir, houve as apresentações das outras equipes e a que mais me chamou
atenção, foi a de Mônica e sua dupla, que relataram uma intervenção sobre
setembro amarelo na área feminina do hospital e demonstraram terem sido muito
assertivas, pois tinha uma mulher que precisava daquele acolhimento, já que teria
tentado suicídio duas vezes.

Reflexão: as temáticas que os colegas trouxeram, me fez refletir sobre diversos


contextos e isso foi de extrema importância, pois todos estão no processo de
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aprendizado, se permitindo e se arriscando por uma subjetividade que é deixada de


lado, não somente pelo campo hospitalar, mas na SUMESE também, pois
despersonalizam o sujeito e os titulam como doentes ou como infratores.

Parecer do(a)
supervisor(a)

Encontro 15 [Dia: 29/09/2021 das 13:00 às 17:30 horas] Quarta

Nesta prática, foi feito a ordem e a continuação das apresentações dos estudos de
Prática de casos em saúde.
Saúde de Dessa forma, a primeira dupla a se apresentar foi a Amália e Marina, trazendo o
Estágio Básico caso de E.F, socioeducando que apresentava desmaios recorrentes e um contexto
II Presencial familiar fragilizado. Após essa apresentação, eu me senti bastante interessada pelo
estágio da SUMESE, pois as meninas trouxeram de forma ampla e completa como
funcionava os atendimentos, a relação entre a equipe e a história do infrator. Além
disso, foi feito um debate sobre esse caso e um momento para que as meninas
pudessem tirar as dúvidas da turma.
Já a segunda apresentação, dos alunos: Pedro, Elza e Gabriel, estagiários na ala
masculina do hospital Veredas, trouxeram um caso de um paciente que sofreu uma
agressão durante o assalto de seu carro, levando um tiro de raspão na cabeça e
outro no tornozelo. Posto isso, por mais que o paciente tenha passado por uma
situação que poderia ser traumática, ele não apresentava estar preocupado com o
que aconteceu, e sim, com a cirurgia em que estava esperando e seu pós-cirúrgico.
Fato que me deixou algumas dúvidas, pois segundo os estagiários, ele parecia
estar “tranquilo” com a situação do assalto.
Após os esclarecimentos do grupo de Pedro, foi apresentado o terceiro caso, pelos
estagiários: Igor, Fernanda e Ianna, os quais trouxeram o caso de uma idosa que
havia sofrido um infarto e esperava por uma cirurgia há mais de um mês, situação
precária que a incomodava. A partir disso, conforme os alunos, a queixa principal
da usuária seria o fato de a mesma confundir a saudade dos familiares pela dor do
infarto, e isso ter sido uma grande problemática.
Outro caso bem importante e que me chamou bastante atenção, foi o caso de uma
gestante portadora do vírus HIV, que foi constrangida pela equipe de saúde no
setor da maternidade. Fato que me incomodou muito, pois onde está o sigilo do
paciente e a ética profissional no ambiente hospitalar? Bom, essa foi minha grande
dúvida e reflexão.

Parecer do(a)
31

supervisor(a)

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