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• “I Comunicadores Populares”,
realizado em novembro de
2004, com a presença do
Prof. Narciso Lobo da UFAM.
“Comunicadores populares” conhecem a Rádio Rural.
Coletivo curupira – nasceu em 2004, formado
por jovens pesquisadores do IDSM, da UEA e
adolescentes de Tefé com o objetivo de levar ao
ar uma rádio livre. Em 2005 o “coletivo” se
enfraqueceu enquanto concentrou todos os
esforços para a elaboração de um ambicioso
projeto para o edital “Pontos de Cultura” do
Ministério da Cultura (Minc), chamado “Cultura
Cabocla”, e que por fim não foi selecionado. Este
“coletivo” renasceu em 2006 quando, por
iniciativa de estudantes da Universidade do
Estado do Amazonas (UEA), começou-se a
articular a formação de um Centro de Mídia
Independente de Tefé, que entre seus objetivos
tinha a criação da rádio livre Xibé.
• É nesse contexto rico de
experiências progressistas
com comunicação que
começa o Programa Mídia
e Cidadania da UEA. O
programa começou a
ganhar forma em 2005,
através de pesquisas
teóricas ligadas à invenção
de uma abordagem nova
ao ensino de introdução à
Camiseta do feita por
antropologia: alunos de história para
o desfile da UEA no
aniversário de Tefé em
15/06/2005.
• Após abordar os conceitos de “cultura” e
“etnografia” (incluindo-se aí “etnocentrismo”,
“evolucionismo” e “relativismo cultural”), busca-
se mostrar a utilidade destes conceitos para se
estudar a “dominação” e a “resistência” cultural,
fazendo-se então uma ponte com o problema
da “dominação” e da “emancipação” nos “meios
de comunicação” e na “educação”.
• Alunos do normal
superior fazem seminário
sobre democratização
das comunicações em
dezembro de 2005.
O desfile da UEA no aniversário da cidade de 2005 tinha
como tema idealizar a Tefé do futuro. A turma de história, a
partir do trabalho feito da disciplina de antropologia, levou
às ruas o ideal de uma cidade onde a comunicação esteja
nas mãos do povo.
• Turmas de geografia, normal
superior e história realizaram
seminários sobre dominação e
emancipação na educação e
nos meios de comunicação em
2006.
Unindo antropologia e
comunicação
Franz Boas (2005) Clifford Geertz (1989)
• Em 1930 afirma que o A determinação
comportamento humano biológica deixa uma
é determinado:
lacuna que precisa ser
biologicamente –
preenchida pela cultura.
dimensão imutável e
universal A cultura é o sistema de
culturalmente – significados atribuídos
dimensão mutável e por um grupo às coisas,
responsável pela acontecimentos, ações,
diversidade entre as qualidades e relações.
sociedades.
Marshal Sahlins (1997)
• A expansão capitalista ocidental aniquilou muitas
culturas indígenas e submeteu outras. Porém,
algumas não apenas sobreviveram como ainda
estão se fortalecendo num mundo em processo de
globalização. Como?
Os atores dessas cultura nativas interagem com a
cultura dominante sem perder o sentido de si
mesmos.
Realizam bricolagens em que as coisas trazidas
pela cultura ocidental ganham novos usos e
significados à luz da cultura tradicional: o nativo
improvisa, define, categoriza e orquestra os objetos
e modos de agir e de ser.
Cada tradição, seja indígena ou ocidental, é feita de
modos distintos de transformação, o que demarca
as historicidades próprias de cada cultura.
Michel de Certeau (1994)
• No interior da sociedade capitalista, a “cultura
popular” é dominada pelos sistemas de produção
televisiva, urbanística, comercial, etc, “uma
produção racionalizada, expansionista, além de
centralizada, barulhenta e espetacular” (Certeau,
1994:39).
• A prática popular, qualificada de “consumo”, é
porém uma outra produção: é astuciosa, dispersa e
não é visível pois não tem onde deixar as suas
marcas. Se insinua não em produtos próprios, mas
na maneira de empregar os produtos da ordem
dominante.
• Realiza também bricolagens “com e na economia
cultural dominante, usando inúmeras e infinitesimais
metamorfoses na lei, segundo seus interesses
próprios e suas regras próprias” (Certeau, 1994:40).
• Para que o povo saia de sua situação de
resistência cultural e possa assumir o controle
dos processos de produção de significados
coletivos, é preciso ainda democratizar a
educação, a ciência e a mídia.
• Precisamos então do conceito de “transformação
estrutural da mídia” cujos precursores foram os
marxistas artistas: Bertolt Brech (apud Machado;
Magri; Masagão, 1986) e Hanz Magnus
Enzensberger (1978). Trata-se da necessidade
de se passar o controle dos meios de
comunicação para a sociedade, de maneira a
servirem à comunicação dialógica entre grupos e
culturas, e não à mera difusão da cultura do
grupo dominante.
O Programa Mídia e Cidadania
• No primeiro semestre de 2006 o “Programa” foi
pensado a partir das atividades de ensino e do Projeto
Cultura Cabocla. Foram então elaborados dois
projetos:
Preparação de oficinas a partir dos seminários de
antropologia;
Construção de um laboratório multimídia de
comunicação e produção cultural livre.
• Como esses projetos também não renderam verbas,
partiu-se para ações práticas de pouco custo e
aproveitou-se certas oportunidades.
Oficina de filme documentário –
julho de 2006
• Ana Carvalho Ziller e Pedro de Castro Guimarães
elaboraram uma metodologia de trabalho que
contemplava aulas teóricas, práticas e, é preciso
ressaltar, orientação após a oficina para que as
equipes realizassem seus próprios filmes combinada
com a possibilidade de participação na produção do
filme documentário sobre Tefé e região que a dupla
já tinha iniciado nas reservas de desenvolvimento
sustentável.
• A idéia é desenvolver um tipo de filme documentário
capaz de servir de tecitura do diálogo entre todos
aqueles envolvidos em sua temática e produção.
Guimarães pretende retornar em fevereiro de 2008,
se houver recursos, para dar continuidade ao
trabalho através de uma oficina de edição.
• A oficina, de 6 a 8 de
julho de 2006, foi
aberta à população de
Tefé, e continuou na
forma de orientação
após as aulas.
Jornada a Flor da Palavra em Tefé
- setembro de 2006
• A jornada a Flor da Palavra aconteceu em Campinas,
São Paulo (agosto), Tefé (setembro), Marília (outubro)
e Brasília (novembro), com o objetivo de unir, a partir
do tema do zapatismo, diversos movimentos,
linguagens, e formas alternativas de comunicação na
construção de “um mundo onde caibam muitos
mundos”.
• Em São Paulo...
• Em Tefé...
• Em Brasília...
Festival Latino Americano da
Classe Obreira (FELCO) –
setembro de 2006
• Durante a Semana
Acadêmica de 2006
ocorreu o FELCO.
•Aberto ao público externo
• Oficina de
Alvarães
em outubro
• No Abial...
• Maria Mercês...
I Movimento Cultural de Tefé
• Festa em 2007 com o objetivo de arrecadar
recursos para o CMI-Tefé e abrir espaços para os
movimentos culturais de juventude. Dela saiu o 1º
vídeo da Xibé.
Outras ações de 2007:
• Participação de um representante do CMI-Tefé
no Encontro “Tech” do CMI-Brasil.
• Criação do site do CMI-Tefé:
http://xibe.guardachuva.org
• Oficina interna com participação do IDSM.
• Oficina de HTML para publicação na web.
• Preparação de 3 alunos para pesquisarem, na
iniciação científica, as experiências da Rádio
Rural, IDSM e CMI-Tefé.
• Preparação de um trabalho de extensão na
Barreira da Missão.