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CÓDIGO: 31102
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
1
Ver esta ideia em Jacques Le Goff, História e Memória. Tradução de Bernardo Leitão (5ª Ed. Campinas:
Editora da Unicamp 2003) pp.179.e ss.
2
Ver em Ana Teresa Peixinho, História e Jornalismo: A narrativa como ética. Documento PDF.
Acessível: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/43465/1/27%20Ana%20Teresa%20Peixinho.pdf
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Idem, Ibidem
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não serem esquecidas), permitindo conhecer e a perceber o presente, unindo as
sociedades, para que tenham uma visão mais crítica e atualizada do mundo.
Grande parte das sociedades considera o passado como o modelo do presente. Daí,
atualmente surgirem movimentos nacionalistas e revolucionários, tais como outros que
tiveram como palavra de ordem o regresso ao passado. O surgimento do nacionalismo,
deve-se ao facto, de o mundo atravessar crises económicas, políticas e sociais diversas,
que afetam todos os países, sociedades e nações. Assim, derivam novas iniciativas
idênticas, a outros movimentos nacionalistas do passado (ex.: nazismo, fascismo), e
partidos revolucionários, que vão buscar esses ideais, costumes e memórias passadas,
tentando aplicar essas ideologias no presente. No discurso do político André Ventura,
existe uma invocação ao passado histórico, condicionado por fatores políticos, culturais
e religiosos, havendo uma apropriação de ideologias da Idade Média e do Estado Novo.
Essa invocação é feita de forma a legitimar o presente, para que essas memórias não
caiam em esquecimento e não haja crise das mesmas. Quando aparece junto do Castelo
de Guimarães, ao túmulo de Dom Afonso Henriques e da estátua de Nuno Álvares
Pereira, usando símbolos, referências e valores dos monumentos históricos da memória
coletiva portuguesa, quer evocar sentimentos e valores nacionalistas, como sendo as
heranças do passado para a sociedade presente. As razões de advogar o passado, têm por
objetivo que a sociedade mantenha as memórias coletivas, permita perpetuar as
sociedades históricas e se obtenha um maior conhecimento através da História. Para as
memórias e lembranças coletivas não desparecerem e se manterem, é necessário que a
sociedade as evoque e as transmita. Assim, no dizer de Le Goff “devemos trabalhar de
forma que a memória coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens.”
(Le Goff, 2003).
O 4ensino da História tem uma papel importante na educação e para o futuro, pelos
valores e conteúdos que veicula. Sinaliza retrocessos e evita que fatos terríveis se
repitam. Ajuda a perspetivar problemas e crises atuais, relaciona factos com o impacto
social. Permite a descobrir e a compreender a diversidade e unicidade humana. Situar-se
no tempo, confrontando ideias, construir quer argumentos, quer uma visão mais
alargada do mundo. Abre horizontes, estimulando à busca do conhecimento, e a ter uma
posição consciente, reflexiva e crítica da sociedade.
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Ver esta ideia em Maria Isabel João – Memória, História e Educação. Noroeste. Revista de História.
Braga: Universidade do Minho, 1 (2005) pp.95 e ss.
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Bibliografia
Enciclopédia Einaudi, dir, Ruggiero Romano, ed. Port. Coord. Fernando GIL,
1.Memória- História. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1984.
FERNANDES, José, & GOMES, Hélder. Como Ventura usou o imaginário nacionalista
do Estado Novo e imitou Donald Trump. Expresso [em linha]. Lisboa (22 Jan. 2021).
[Consult.26/10/2021] Disponível na Internet: <URL: Expresso | Como Ventura usou
o imaginário nacionalista do Estado Novo e imitou Donald Trump>
MIGUÉLEZ, Cavero Alicia, & MARTINS, Pedro. Os usos da Idade Média no discurso
político atual. Público. Lisboa (4 Fev. 2021). [Consult.26/10/2021]. Disponível na
Internet: <URL: Os usos da Idade Média no discurso político atual | Opinião |
PÚBLICO (publico.pt) >
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