Outro fator que influencia muito nessa visão erronêa é a perceção que o mesmo
sofre da sociedade quando possui algum transtorno mental ou algo do tipo, pois seu
comportamento acaba por ser alterado pelos sintomas do transtorno, e que dificulta
o entendimento do que o adolescente está fazendo de propósito ou o que ele faz
devido á condição que possui, utilizando jovens TDAH ( Transtorno de Déficit de
Atenção com Hiperatividade ), no estudos conduzidos por Bagwell, Molina, Pelham
& Moza (2001), foi encontrado que no funcionamento social desse jovens, eles
sofriam com condições como impulsividade, hiperatividade e agressão, fatores
condinzentes com o TDAH mas que podem ser enxergados como comportamentos
pertencentes á um clássico “ adolescente problema “, e esses comportamentos
contribuiam negativamente ao desenvolvimento de relações sociais no início da
adolescência, variável que pode vir a impactar fortemente o seu desenvolvimento
social tardio. Continuando com o exemplo de jovens com TDAH, pelo lado
emocional, é mostrado que esses jovens precisam de um suporte emocional extra
das figuras de autoridade em sua vida, pois os comportamentos que essas figuras
consideram frustrantes e irritantes ( e consequentemente ocorre a punição no jovem
devido a presença desses comportamentos ) são os mesmos que servem como
gatilho para o desenvolvimento de sintomas como ansiedade e baixa auto estima,
que se não forem intervidos, podem se transformar em transtornos depressivos ou
de ansiedade em sua forma completa, como demonstrados nos estudos de
Bierdman et al. (2008).
Adolescentes tendem a engajar em contato mais frequente com seus iguais do que
com individuos muito removidos de suas semelhanças, e a qualidade das relações
frutos desses contatos muda com rapidez. No estudo de Cairno, Leung, Buchanan
& Cairns, 1995), a função das relações sociais tendem a mudar constantemente de
ranques, colegas de atividade logo viram amigos próximos e relações platônicas
mudam para relações amorosas com rapidez, e mesmo a maior parte das
experiências de adolescentes serem positivas é possível enxergar diversas como
um fluxo que altera constantemente entre positivo e negativo. Isso é apoiado pelo
estudo de Barnes, Hoffman, Welte, Farrell & Dintcheff (2007), que demonstra que
quanto mais próximos da adolescência os jovens chegam, menos tempo eles
passam com suas famílias e passam mais tempo com seus iguais, e como em
constantes relações humanas, com foco principal em adolescentes, tais relações
tendem a se desvair e a rejeição se torna algo comum na constante de vida do
adolescente.