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Prof.ª Isabella Maria Nunes Ferreirinha
2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Isabella Maria Nunes Ferreirinha
350
F383e Ferreirinha, Isabella Maria Nunes
Ética e administração pública / Isabella Maria Nunes Ferreirinha.
Indaial : Uniasselvi, 2012.
198 p. : il
1. Administração pública.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título
Apresentação
A vida vem nos apresentando situações em que as condutas morais
vêm se transformando constantemente. Mas em meio às transformações das
condutas morais, dos costumes, que a sociedade vem sofrendo, os valores
vão se transformando em outros e em outros mais.
Bons estudos!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À ÉTICA............................................................................................. 1
TÓPICO 1 - ÉTICA................................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 3
2 CONCEITO DE ÉTICA......................................................................................................................... 4
3 O CAMPO DA ÉTICA.......................................................................................................................... 7
4 POLÍTICA E ÉTICA.............................................................................................................................. 8
5 CÓDIGO DE ÉTICA............................................................................................................................. 9
6 O VALOR DA ÉTICA............................................................................................................................ 14
7 ÉTICA E FILOSOFIA............................................................................................................................ 16
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 17
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 18
TÓPICO 3 - MORAL................................................................................................................................ 31
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 31
2 CONCEITO DE MORAL...................................................................................................................... 31
3 O CAMPO DA MORAL....................................................................................................................... 34
3.1 A PRÁTICA MORAL....................................................................................................................... 35
3.2 A MORAL E O COMPORTAMENTO HUMANO...................................................................... 36
3.3 A PRÁTICA MORAL EM NOSSA SOCIEDADE......................................................................... 38
4 MORAL, AMORAL E IMORAL......................................................................................................... 41
5 PROBLEMAS MORAIS E PROBLEMAS ÉTICOS......................................................................... 41
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 45
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 46
VII
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 66
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 71
VIII
UNIDADE 3 - GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA.................................................................................... 121
IX
8 ÉTICA E JUSTIÇA............................................................................................................................... 170
9 ÉTICA E A MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS................................................................ 172
10 CÓDIGO DE ÉTICA DA ADMINISTRAÇÃO............................................................................ 175
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 178
RESUMO DO TÓPICO 3 ..................................................................................................................... 188
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 189
X
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À ÉTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e, no final de cada um deles,
você encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
TÓPICO 1 – ÉTICA
TÓPICO 3 – MORAL
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ÉTICA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico iniciaremos nosso aprendizado compreendendo os conceitos
de ética e moral e a sua verdadeira contribuição na prática da administração
pública. Você verá o quanto o campo da ética e da moral é vasto e a sua importância
para as ações administrativas.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
FIGURA 1 – ÉTICA
2 CONCEITO DE ÉTICA
Ao falarmos em ética, a princípio, pode nos parecer um assunto meramente
conceitual, em que as práticas encontram-se distanciadas do nosso dia a dia, mas,
na verdade, ao estudarmos a ética poderemos observar que a mesma se encontra
em todo momento implícita nas ações humanas.
4
TÓPICO 1 | ÉTICA
Como se já não bastasse entender o que é ética, ainda temos que saber
a diferença entre ética e moral, porque a interface entre uma e outra está
permanentemente articulada. Você sabe a diferença entre ética e moral?
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
E
IMPORTANT
Como destaca Srour (2003, p. 7), “A ética é perene, a moral pertence ao tempo”.
O que Srour (2003) quer observar é que a ética será sempre o estudo dos
valores morais, e esses se relativizam conforme a história da humanidade, haja visto
alguns exemplos que hoje consideramos chocantes, mas que em algum momento
da história e em algum lugar eram (e muitos ainda são) práticas morais aceitáveis:
NOTA
6
TÓPICO 1 | ÉTICA
NOTA
3 O CAMPO DA ÉTICA
Embora a ética seja um assunto basicamente filosófico, seu campo de atuação
e reflexão pode ser estendido por todas as áreas. A ética também se divide em
vários campos do saber: teologia, filosofia, psicologia, direito, economia e outros.
1- A ética é descritiva – que corresponde a juízo de valor, ou seja, quem tem boa
conduta pode ser considerado como uma pessoa ética, ou seja, uma pessoa
virtuosa e íntegra. Enquanto quem não condiz com as expectativas sociais pode
ser considerado ‘sem ética’. Nesse sentido, Srour (2011) considera que a ética
assume uma ideia simplista reduzida a um valor social, ou apenas um adjetivo.
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
• Ética filosófica – que reflete sobre a melhor maneira de viver (ideais morais).
ATENCAO
Visto tudo isso, você pode estar pensando: então estudar ética é muito
complicado? Claro que não, a ética dá a oportunidade para refletir a maneira de
viver e entender os costumes do nosso tempo.
4 POLÍTICA E ÉTICA
De acordo com Aristóteles (1989, p. 30), “a política é um desdobramento
natural da ética”. A ética preocupa-se com a felicidade do homem, que é a
doutrina moral individual. Enquanto que a política preocupa-se com a felicidade
da cidade, que é a doutrina moral social.
8
TÓPICO 1 | ÉTICA
ATENCAO
POLÍTICA – preocupa-se com a felicidade coletiva da cidade (polis), e doutrina moral social.
5 CÓDIGO DE ÉTICA
Código de ética é um instrumento muito utilizado nas organizações, a fim
de estabelecer os limites de atuação de seus funcionários, seja numa organização
pública ou privada. É esse instrumento, a ética prescritiva caracterizada por Srour
(2011), que pode contribuir na confusão entre ética e moral. Segundo a maioria dos
autores, o termo correto para o código que estabelece a conduta dos profissionais
deveria se chamar Código de Moral e não Código de Ética, como é costume usar.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
E
IMPORTANT
Deontologia vem do grego deon, que significa dever, obrigação; logia vem
de logos, que significa ciência, então seria a ciência do dever ou obrigação.
10
TÓPICO 1 | ÉTICA
NOTA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
E A SOCIEDADE
O SER HUMANO
O SER HUMANO CÓDIGO DE ÉTICA
ESFERA
ESFERA PESSOAL PROFISSIONAL
PROFISSIONAL
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
TUROS
ESTUDOS FU
ATENCAO
O texto da lei que segue está resumido. Para compreender a lei é importante
estudá-la em seu texto original. Para tanto, acesse o site: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto/d1171.htm>. Nele, você encontra o Decreto na íntegra.
II - O servidor não terá que decidir entre o legal e o ilegal, o justo ou injusto,
mas entre o honesto e o desonesto, como elemento ético de sua conduta.
12
TÓPICO 1 | ÉTICA
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
ATENCAO
6 O VALOR DA ÉTICA
Qual seria mesmo o valor da ética para a administração pública? A ética é
o discernimento de que embora existam práticas que poderiam ser consideradas
‘morais’, por se tratarem de recorrentes na sociedade, ainda assim são práticas
que não se suportam do ponto de vista ético. A corrupção, por exemplo, tem sido
ato recorrente no cenário político nacional e nem por isso tornou-se moralmente
e eticamente aceitável.
Então podemos dizer que tudo que é legal é moral? Ou se é moral é legal?
Falamos anteriormente sobre as práticas que com o passar do tempo tornavam-se
costumes e hábitos. Mas não quer dizer que práticas como a corrupção passarão a
ser aceitas, pela sua recorrência ou porque a sociedade já se acostumou.
Práticas que prejudicam a maioria, que não preservam o bem comum, que não
beneficiam a sociedade, que não preservam a felicidade apontam ao valor da ética,
porque é através da ética que é possível fundamentar a moralidade e a legalidade.
14
TÓPICO 1 | ÉTICA
Então é por isso que a ética tem enorme valor para a administração
pública, porque seu papel é fazer reflexões acerca do comportamento humano e
a preservação do bem comum e da felicidade da ‘cidade’.
ATENCAO
Nem tudo que é legal é moral e nem tudo que é moral é legal.
Nem tudo que é legal é moral e nem tudo que é moral é legal. Vejamos
algumas situações apresentadas por Srour (2003, p. 59), de acordo com o
quadro que segue:
Estudar ética, falar de ética, refletir sobre a ética é, portanto, entender toda
a dimensão da sociedade, da humanidade. A ética, por si só, não vai elaborar um
manual de condutas, nem tampouco elencar um rol de atitudes certas e erradas.
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
7 ÉTICA E FILOSOFIA
A ética tornou-se um campo vasto nas diversas áreas científicas. Na área
médica, por exemplo, existe uma grande preocupação quanto ao que é ético ou
não nas pesquisas de campo, por se tratarem de pesquisas que lidam com o ser
humano. Existe um código de moral, na verdade chamado de código de ética, que
limita e/ou exige que a integridade do ser humano seja respeitada.
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você pôde observar:
● Legalidade e moralidade.
17
AUTOATIVIDADE
1 Baseado na leitura sobre ética e nos conceitos apresentados, como você, com
suas palavras, conceituaria ética?
18
6 (Fundação Carlos Chagas (FCC) – Tribunal Regional Eleitoral - TRE/TO –
2011 – Analista Judiciário).
a) ( ) I, II e IV.
b) ( ) I e III.
c) ( ) II, III e V.
d) ( ) II e IV.
e) ( ) III, IV e V.
7 (MTE – 2003)
No âmbito das regras deontológicas do Código de Ética do Servidor Público
Civil do Poder Executivo Federal, assinale a afirmativa falsa.
19
c) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público
caracterizam o esforço pela disciplina.
d) O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público,
é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
e) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não se
integra na vida particular de cada servidor público.
( ) certo ( ) errado
b) João, servidor público, é muito religioso e não consegue admitir que Paulo,
seu colega de setor, seja ateu. Sempre que Paulo está presente, João perde a
paciência ao realizar seus afazeres, permitindo que sua antipatia pelo colega
interfira no trato com o público. Nesse caso, João deve ser advertido em razão
de sua conduta, vedada aos servidores públicos.
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O conceito de ética foi apresentado no tópico anterior, bem como foi feita
uma introdução sobre ética e filosofia. Dada a grande contribuição e importância
da corrente filosófica ao mundo da ética e da moral, esse tópico pretende
apresentar as principais doutrinas éticas de acordo com o seu tempo.
2 IDADE ANTIGA
A Idade Antiga é representada pelos filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles,
e é nessa época que a ética adquire extremo valor. Esses filósofos se preocupavam
com o ser no mundo físico, voltados aos problemas sociais e morais. Embora não
haja propriamente coesão no pensamento e doutrina dos três, ainda assim suas
ideias tornam-se próximas no sentido da reflexão acerca do homem e da cidade.
O estudo da Ética pode-se dizer que teve início com os filósofos Sócrates,
Platão e Aristóteles. O livro Ética a Nicômaco é uma obra de referência, em que a
ética vai determinar que a finalidade suprema é a felicidade (eudaimonia).
NOTA
Eudaimonia – quer dizer felicidade para a filosofia. “Em geral, estado de satisfação
de alguém com sua situação no mundo”.
FONTE: Abbagnano (2007, p. 455-505)
Para Socrátes, a questão ética era o que bastava o homem saber, ter bondade
para ser bom. O conhecimento, para Sócrates, era uma virtude, porque pensava
que com o conhecimento o homem conseguia ser bom e ter a felicidade. Por esse
motivo é que há um entrelaçamento entre bondade, conhecimento e felicidade.
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
Sua ética era finalista, no sentido de visar um fim, no caso, que o ser
humano pudesse alcançar a felicidade. Entendia a moral como um
conjunto de qualidades que definia a forma de viver e de conviver das
pessoas, uma espécie de segunda natureza que guiaria o homem para
a felicidade, considerada a aspiração da vida humana.
NOTA
Platão (427 – 347 a. C.) – responsável pela doutrina das ideias, sabedoria e dialética.
(ABBAGNANO, 2007, p. 892).
Aristóteles (394 – 322 a. C.) – responsável pelo conceito da metafísica, da lógica, inspirou
várias outras tendências do mundo medieval e moderno.
FONTE: Abbagnano (2007, p. 90)
22
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS DOUTRINAS ÉTICAS
● Platão (427-347 a. C.): sua teoria ética relaciona-se com a política e a razão
(prudência), sua maior contribuição foi vislumbrar a cidade perfeita guiada
pelos princípios morais.
● Epicuro (341-270 a. C): teve sua filosofia dividida em três partes: canônica, física
e ética; “uma vida feliz é impossível sem a sabedoria, a honestidade e a justiça,
e estas, por sua vez, são inseparáveis de uma vida feliz”. (CARBISIER apud
PASSOS, 2004, p. 35).
● Zenão (324-263 a. C.): doutrina do estoicismo, que é uma ética, uma forma de
viver em que a natureza consistia na orientação central, que significava viver
conforme a virtude.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
3 IDADE MÉDIA
A Idade Média, conhecida pelo Renascimento, que foi considerado um
movimento literário, artístico e filosófico que teve duração entre o fim do século
XIV ao fim do século XVI. Suas características principais foram o humanismo, a
renovação religiosa, a renovação das concepções políticas e o naturalismo (novo
interesse pela investigação da natureza).
Nessa época, a situação política e social era mais complexa, por esse
motivo não se podia pretender a mesma harmonia da polis. De acordo com Passos
(2004, p. 37), “também por questões ideológicas houve o predomínio da teoria
sobre a prática”, e o cristianismo tornou-se a religião oficial, o que influenciou as
condutas morais.
DICAS
De acordo com Passos (2004, p. 39), a Idade Média inaugura uma novidade
na questão da moral:
ao deslocar o eixo fim último da vida humana, de um valor bom em
si mesmo para um bem que está em Deus. Se, para as concepções
anteriores, a felicidade era atingida no próprio ser, agora ele se
encontra no plano transcendental, e atingi-la requer apreender o fim
último que se encontra em Deus.
A ética na Idade Média, portanto, foi considerada a fase da era cristã, em que
os desígnios morais do cristianismo tornavam-se os ditames do comportamento
moral. Na Idade Média, portanto, o conceito de felicidade não pode ser atingido
nem pela razão, nem pela filosofia, mas pela fé cristã.
24
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS DOUTRINAS ÉTICAS
4 IDADE MODERNA
Como estudamos, a ética, na Idade Antiga, era explicada pela perspectiva
da natureza ou pela perspectiva cristã, em que tudo vinha da natureza ou de Deus.
Na Idade Moderna essa perspectiva muda e traz o homem como responsável
pelas suas ações.
A Idade Moderna, que ocorreu entre os séculos XVI e XIX, difere das
anteriores, porque passa a existir uma complexidade ainda maior referente aos
aspectos econômico, político, social e espiritual, principalmente em virtude do
capitalismo, desenvolvimento científico e estados centralizados.
DICAS
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
NOTA
NOTA
26
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS DOUTRINAS ÉTICAS
5 IDADE CONTEMPORÂNEA
A Idade Contemporânea é marcada pelo progresso científico e pela
valorização do ser humano concreto. Essa época não busca a humanidade perfeita,
ou seja, a ideia de cidade (polis) perfeita ou da suprema felicidade, nem tampouco
a moral cristã dá conta de responder aos novos anseios.
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
DICAS
28
RESUMO DO TÓPICO 2
O Tópico 2 foi apresentado de forma breve, para que o panorama das
influências teóricas e filosóficas pudesse constituir o pensamento ético e a
sua contribuição aos tempos de hoje e, mais tarde, ajudar na prática da gestão
pública. Assim foi possível observar que:
29
AUTOATIVIDADE
30
UNIDADE 1
TÓPICO 3
MORAL
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico 3 da Unidade 1 abordaremos a visão conceitual da moral.
Embora o Tópico 1 sobre a ética já tenha adiantado alguns aspectos da moral, como
dito anteriormente, existe uma interface entre moral e ética que é indissociável.
O importante desse tópico, portanto, é dar destaque ao conceito de moral e você
compreender o comportamento humano em relação ao que é moral.
2 CONCEITO DE MORAL
De acordo com Srour (2003), a ética é perene e a moral é mutável. A ideia
de ética é que ela não muda, a ética faz reflexões acerca dos costumes, que é o
campo da moral. Para melhor compreendermos, no Brasil, temos a história da
mulher como um bom exemplo de mudança de costumes e, por conseguinte,
mudança de valores morais.
Até a década de 30 a mulher não podia votar e nem ser votada, portanto o
sufrágio feminino foi uma conquista de equiparar a mulher ao homem e torná-la
um membro da sociedade como qualquer um, ou seja, uma pessoa participativa
aos desígnios políticos do país.
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
Não se pretende aqui fazer nenhum tipo de apologia à mulher, muito pelo
contrário, a mulher é só um bom exemplo para que possamos perceber o quanto
ela se transformou perante a sociedade. Antes ela não votava e nem era votada,
antes ela não trabalhava fora de casa, antes a sua vida limitava-se a cuidar de
filhos e marido. E hoje?
E
IMPORTANT
32
TÓPICO 3 | MORAL
Por isso mesmo, as morais são as nervuras sensíveis das culturas e dos
imaginários sociais, as peças de resistência que armam as identidades
organizacionais, códigos genéticos das condutas sociais requeridas
pelas coletividades. Assim sendo, enquanto as morais correspondem
às representações mentais que dizem aos agentes sociais o que se
espera deles, quais comportamentos são recomendados e quais não
o são, a ética diz respeito à disciplina teórica e ao estudo sistemático
dessas morais e de suas práticas efetivas.
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
ÉTICA MORAL
Perene Temporal
Universal Cultural
Regra Conduta da regra
Teoria Prática
FONTE: A autora
A ética é perene porque as suas reflexões são num curso contínuo e eterno,
sempre haverá reflexões sobre a ética. Já a moral é temporal, porque de acordo
com o tempo, os costumes e valores de uma sociedade se modificam.
Essas as principais diferenças entre ética e moral, que ajudam para auxiliar
na compreensão quanto às suas ramificações e desdobramentos.
3 O CAMPO DA MORAL
O campo da moral, pela sua mutabilidade, se torna um campo vasto, em
que se possibilita uma multiplicidade de ações. Até porque a moral é oriunda das
ações e interações humanas. A moral, portanto, está em toda parte, nas escolas,
nas igrejas, nos hospitais, nas organizações privadas e públicas.
34
TÓPICO 3 | MORAL
Segundo Srour (2011), existem dois universos que se podem tomar como o
início para melhor compreensão da prática moral: particularismo e universalismo.
UNIVERSALISMO PARTICULARISMO
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
36
TÓPICO 3 | MORAL
NOTA
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
NOTA
38
TÓPICO 3 | MORAL
O que podemos observar nesse caso? Que tudo o que a empresa fez está
completamente errado e que as suas ações estão no universo do particularismo.
Contudo, Srour (2011, p. 106-107) aprofunda um pouco mais no que ele chama de
“moral da parcialidade”, ou seja, “existem pessoas e organizações que pensam
que existem erros na sociedade, tais como impostos muito caros e que se acham
no direito de transgredir a lei por não concordarem com as normas”.
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
E
IMPORTANT
O que o autor chama de fato social é qualquer ação neutra, por exemplo,
cumprir com as minhas obrigações no trabalho. Fato moral já implica uma atitude
positiva ou negativa, ser conivente ou agente de práticas ilícitas no trabalho
(negativa), denunciar práticas negativas no trabalho (positiva). Então:
40
TÓPICO 3 | MORAL
● Fatos sociais - são aqueles que não afetam os outros, nem para o bem e nem
para o mal, portanto são eticamente neutros.
● Fatos morais - podem ter efeito positivo, numa visão universalista (causam
benefícios aos outros) ou particularista (não causam benefícios aos outros).
● Imoral – é uma atitude que vai contra as normas e valores de uma organização
ou sociedade e que prejudica os outros.
Pode-se concluir que uma atitude moral é uma ação positiva, uma atitude
imoral é uma ação negativa e uma atitude amoral é uma ação neutra. Dessa forma,
o âmbito da moral é decidir como agir, é uma questão da prática, enquanto que o
âmbito da ética é refletir sobre essas ações e suas implicações na felicidade humana.
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
O que o autor quer alertar é que todos esses problemas são práticos e reais
e se apresentam nas relações afetivas dos seres humanos. As decisões práticas
humanas podem afetar um pequeno grupo ou um grande grupo.
42
TÓPICO 3 | MORAL
1ª pergunta
A ação política é motivada
por interesses oportunistas
à exclusão das metas da
organização?
SIM NÃO
ANTIÉTICA 2ª pergunta
A ação política respeita os direitos
dos indivíduos envolvidos?
SIM NÃO
3ª pergunta ANTIÉTICA
A atividade política é razoável e
justa?
SIM NÃO
ÉTICA ANTIÉTICA
FONTE: Robbins (2000); Adaptado de: Cavanagh; Moberg; Valasquez (1981, p. 368)
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
44
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse Tópico 3 sobre moral, as principais considerações são:
● O conceito de moral.
45
AUTOATIVIDADE
1 Nesse exercício proposto por Srour (2011) em seu livro “Casos de ética
empresarial: chaves para entender e decidir”, o autor propõe situações
cotidianas para distinguir fato social de fato moral. Na coluna intitulada
“Fato” coloque a letra S para fato social e a letra M para fato moral. Em
seguida, justifique a sua escolha, tendo em vista as questões universalistas
e particularistas.
46
Um fiscal de obras cede às pressões de empreiteiro
13
e mede serviços inexistentes mediante propina.
Um gerente de banco concede um empréstimo a
14 um cliente que preencheu requisitos exigidos pela
área de crédito.
Um vendedor de loja de eletrônicos orienta
detalhadamente o cliente a respeito das vantagens
15 e desvantagens de um produto, fornecendo-lhe
especificações técnicas e um quadro comparativo
dos preços dos concorrentes.
Um vendedor de loja de eletrônicos consegue
efetivar uma venda sem revelar que o produto
16
tem um defeito de fabricação que só aparece após
alguns meses de uso.
Um camelô garante a um cliente que o produto
”made in China”, embora muitíssimo mais barato,
17
é absolutamente idêntico àquele que se vende nas
lojas.
Um comprador exige a emissão de Nota Fiscal
18 Paulista dando o número de seu CPF, embora a
caixa da loja nada tenha perguntado a respeito.
Um comprador fornece o número de seu
19 CPF depois que a caixa da loja lhe perguntou
rotineiramente se queria a Nota Fiscal Paulista.
Um cliente faz questão, no restaurante, de que não
se emita a nota fiscal ou cupom fiscal e prefere
20
pagar em dinheiro vivo e não com cartão de crédito
ou cheque.
2 Quais são as principais diferenças que você pode apontar entre ética e moral?
3 Do ponto de vista ético e moral, o que você acha da afirmação: sempre houve
e sempre haverá corrupção no Brasil quando se fala de política.
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 4
RELAÇÕES HUMANAS
1 INTRODUÇÃO
Esse quarto e último tópico da Unidade 1 vem apresentar as relações
humanas, no sentido de dar conta da visão multidimensional do ser humano em
relação às suas possibilidades de se relacionar.
2 RELAÇÕES SOCIAIS
Ninguém vive sozinho, o sentido de interdependência já se adquire
desde o nascimento. Somos afetados todo tempo por relações humanas, seja no
nosso condomínio, na universidade, igreja, ou em quaisquer dos lugares que
frequentamos ou que intercedemos. Então, relações humanas é toda e qualquer
interação humana.
FIGURA 6 – GENTILEZA
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
NOTA
O Profeta Gentileza foi uma pessoa que viveu nas ruas da cidade do Rio de
Janeiro, em que escrevia mensagens de paz, amor e gentileza. Ele passou a viver na rua após
ter perdido toda a família no incêndio em Niterói-RJ.
Rosana Braga (2011) dá dicas práticas para que a gentileza seja exercitada
no dia a dia das pessoas. É uma relação de atitudes básicas para que as pessoas
possam se harmonizar. Vejamos as dez ações de gentileza:
50
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
10 Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito
pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.
PESSOAS
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
52
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
ATENCAO
Urbanidade é cortesia.
FIGURA 9 – CIVILIDADE
FALTA CIVILIDADE
AOS MOTORISTAS! REPETE SE
FOR HOMEM!
DICAS
2.2 SOLIDARIEDADE
A solidariedade é um aspecto destacado, porque é através dela que o ser
humano pode dispor de seu objetivo pessoal em prol do objetivo coletivo.
54
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
FIGURA 10 – SOLIDARIEDADE
A satisfação de
interesses pessoais
gera bem restrito
PRÁTICA CONSENSUAL
Autointeresse Egoísmo
(individualidade) (exclusividade)
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
3 RESPONSABILIDADE SOCIAL
A responsabilidade social sempre foi o tema principal da gestão pública
e se expandiu às empresas privadas. E no meio empresarial têm se tornado
crescentes os instrumentos e mecanismo de adesão, implantação e controle.
56
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
DICAS
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
ATENCAO
58
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
4 DIREITOS
Com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, no calor do
fim da Segunda Guerra Mundial, os direitos do ser humano tomaram consciência
e força. E com o passar dos anos tornou-se cada vez mais interveniente, uma vez
que a história humana foi marcada por muitas barbáries.
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
No Brasil contamos com diversas leis que têm como princípio observar
e garantir os direitos humanos, tal como a própria Constituição Federal de 1988
(BRASIL, 1988), artigos 5 e 6 do Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais,
a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, conhecida como o Estatuto do Idoso,
a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, com alterações dadas pela Lei nº 8.242, de
12 de outubro de 1991, conhecida como o Estatuto da Criança e do Adolescente,
e a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil, ou seja, as
principais normas de civilidade e direitos sociais.
60
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
5 CIDADANIA
A cidadania vem da ideia de polis, que quer dizer cidade, em que na Grécia
antiga as pessoas se reuniam e participavam nas decisões do bem comum. Com o
passar do tempo, o conceito de cidadania foi ampliado aos deveres e direitos dos
seres humanos e ao conjunto de valores da sociedade, mas no senso comum está
sempre mais ligado à preservação dos direitos e identidade dos seres humanos e
capacidade de participação.
FIGURA 14 – CIDADANIA
Corrêa (2002) classifica o ser, a fim de mostrar que a cidadania abrange mais
os seres sob o ponto de vista dos direitos e deveres e também do ponto de vista das
atitudes e comportamentos, como podemos observar no quadro a seguir:
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
* Ser Cidadão
* Ser Pessoa
* Ser Indivíduo
* Ser Humano
62
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos algumas das questões colocadas por Vázquez (2003, p. 15) a esse
respeito:
A relação entre meios e fins pressupõe que a pessoa moral não existe
como um fato dado [...], mas é instaurada pela vida intersubjetiva e social,
precisando ser educada para os valores morais e para as virtudes.
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
UNI
65
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
NOTA
LEITURA COMPLEMENTAR
Roberto Romano
66
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
vem coroar um costume plenamente ético, mas hediondo e imoral, já que sapa a
consciência moral que exige a unidade do ser humano: judeus, árabes ou negros,
todos integram o ser humano. O ético, assim entendido, tem um atrativo muito
grande, porque nele se descreve o “concreto”, a vida do povo.
67
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À ÉTICA
UNI
• Ética: BOFF, Leonardo. Ética e Moral: a busca dos fundamentos. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
• Ética profissional: SÁ, Antônio L. de. Ética profissional. São Paulo. Atlas, 1996.
• Política: ARISTÓTELES. Política. Tradução Mário da Gama Kury, Brasília: UnB, 1989.
• Poligamia: CHIZIANE, Paulina. NIKETCHE: uma história de poligamia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2004.
68
TÓPICO 4 | RELAÇÕES HUMANAS
• Excisão feminina ou circuncisão feminina: WARIS, Dirie; MILLER, Cathleen. Flor no deserto.
São Paulo: Editora Hedra, 2001.
• História da mulher no Brasil: DEL PRIORE, Mary (Org.). História das mulheres no Brasil. São
Paulo: Contexto, 1997.
• VIDEOTECA
69
RESUMO DO TÓPICO 4
No Tópico 4 apresentaram-se as relações humanas dentre as suas
principais interações entre indivíduos e Estado. Foi possível, portanto:
● O conceito de cidadania.
70
AUTOATIVIDADE
4 O que é cidadania? Para responder a essa pergunta, sugiro que você, caro(a)
acadêmico(a), faça uma pesquisa aos dicionários de filosofia e ciência
política. Você verá como é prazeroso conhecer as palavras pela sua gênese
para contextos diferentes.
71
72
UNIDADE 2
ÉTICA PROFISSIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e, no final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) ajudarão a assimilar cada vez mais o
conteúdo proposto.
73
74
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Esse Tópico 1 procura colocar as questões éticas e morais em reflexão
às práticas profissionais, para que essas práticas possam ser entendidas e
interiorizadas não só pela força da lei, mas, principalmente, pelos valores
humanos e pela função principal da administração pública, que é servir e primar
pelo bem comum.
75
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
PRUDÊNCIA
JUSTIÇA
FORTALEZA
TEMPERANÇA
● Prudência: “Qualidade de quem age com comedimento, buscando evitar tudo que
julga fonte de erro ou de dano; cautela, precaução”. (FERREIRA, 2009, p. 602).
76
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
CONSCIÊNCIA
RACIONALIDADE SUBSTANCIAL
AÇÕES DO ADMINISTRADOR
RACIONALIDADE FUNCIONAL
RESPONSABILIDADES
77
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
78
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
FONTE: A autora
79
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
NOTA
A razão vem do latim ratio, que por sua vez origina-se do verbo reor,
que quer dizer: contar, reunir, medir, calcular. De acordo com o Dicionário de
Filosofia, existem quatro principais significados fundamentais (ABBAGNANO,
2007, p. 969-970):
Nesse sentido, baseado em Max Weber, pode-se dizer que existam duas
racionalidades que regem a ação administrativa: racionalidade substancial e a
racionalidade funcional. Weber define ação social associando-a aos alicerces do
conceito sociológico de racionalidade. Weber distingue a ação social: a racional
no tocante aos fins, a racional no tocante aos valores.
NOTA
80
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
Tipos de racionalidades
Racionalidade
X Racionalidade Substantiva
Instrumental
Processos organizacionais
Fins
Entendimento
Hierarquia e normas Desempenho
Julgamento ético
Estratégia interpessoal
Autorrealização Utilidade
Valores e objetivos Valores emancipatórios Fins
Julgamento ético Rentabilidade
Cálculo
Entendimento Utilidade
Tomada de decisão
Julgamento ético Maximização de
recursos
81
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
Maximização de
recursos
Controle Entendimento
Desempenho
Estratégia interpessoal
Maximização de
Autorrealização
recursos
Divisão do trabalho Entendimento
Desempenho
Autonomia
Cálculo
Autenticidade Desempenho
Comunicação e relações
Valores emancipatórios Êxito/resultados
interpessoais
Autonomia Estratégia interpessoal
Ação social e
Valores emancipatórios Fins
relações ambientais
Êxito/resultados
Desempenho
Julgamento ético
Reflexão sobre a organização Fins
Valores emancipatórios
Rentabilidade
Julgamento ético Cálculo
Conflitos Autenticidade Fins
Autonomia Estratégia interpessoal
Autorrealização
Desempenho
Satisfação individual Autonomia
Utilidade
Autorrealização Utilidade
Dimensão simbólica Valores emancipatórios Êxito/resultados
Desempenho
ATENCAO
82
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
DICAS
83
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
84
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
RACIONALIDADE SUBSTANCIAL
AÇÃO
ADMINISTRATIVA
RACIONALIDADE FUNCIONAL
ÉTICA DA UTILIDADE
O que na gestão pública pode-se ter como exemplo quanto aos dois tipos
de racionalidade?
NOTA
85
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
4 DEVERES PROFISSIONAIS
Qualquer que seja a profissão, ela está imbuída de deveres próprios de sua
função, de seu ofício. Os deveres não são só para serem cumpridos, como também
são norteadores para que o exercício seja realizado dentre os padrões éticos.
86
TÓPICO 1 | PROFISSÃO E SUAS CONDUTAS
FIGURA 21 – GREVE
87
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
88
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste Tópico 1 foi possível desenvolver a reflexão acerca dos principais
elementos da ética profissional e sua principal função social, abordados pelos
principais itens:
89
AUTOATIVIDADE
1 O planeta Terra será destruído e uma nave especial, chamada Noé, será
enviada a outro planeta para iniciar uma nova vida. Só cabem sete pessoas
nesta nave. Faça uma análise pela questão da racionalidade substancial
e instrumental e indique quais, dentre as pessoas com suas respectivas
profissões da lista a seguir, você acha que deveriam ser escolhidas.
Médico Administrador
Cozinheiro Lixeiro
Professor Jornalista
Orientador religioso Engenheiro
Artista plástico Dentista
Advogado Psicólogo
Prostituta Filósofo
Músico
Para muitos leitores, a opção de Sofia foi imoral. Outros a veem como amoral,
já que, refém de uma situação extrema, Sofia não tinha condições de fazer uma escolha.
Vamos e convenhamos: Sofia fez, sim, uma escolha – a de salvar a própria vida e a do
filho. Em troca, entregou a filha. A morte provocada nunca deixa de ser uma escolha,
haja vista os prisioneiros dos campos de concentração que preferiam o suicídio à morte
planejada que lhes era reservada. Sofia adotou a ética da responsabilidade em sua
vertente da finalidade: raciocinou que a salvação de duas vidas, em troca de uma só,
justificava a escolha; fez um cálculo; pensou cometer um mal menor para evitar um mal
maior. Ademais, imaginou provável que outros tantos milhares de irmãos de infortúnio
seguiriam seu caminho se a alternativa lhes fosse apresentada.
90
De fato, no mundo ocidental, as “escolhas de Sofia” (situações extremas em
que as opções implicam graves concessões em troca de objetivos maiores) encontram
respaldo coletivo a despeito do horror que suscitam. Num navio que afunda e que não
possui botes salva-vidas em quantidade suficiente, o que se costuma fazer? Sacrificam-
se todos os passageiros e tripulantes, ou salvam-se quantos couberem nos botes?
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
O ATO ADMINISTRATIVO
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 2 apresentará ao(à) acadêmico(a) um aprofundamento maior
quanto à prática da gestão pública do ponto de vista da Lei no 8.112, de 1990, que
rege o servidor público federal e também ao conceito e, por conseguinte, à prática
do ato administrativo.
2 A LEI Nº 8.112/90
Vivemos num mundo moderno em que se tem a necessidade de postular
em lei todas as condutas das organizações e pessoas enquanto ser individual e
ser profissional. Por esse motivo, criamos uma infinidade de leis. É lei para as
relações de trânsito, trabalhistas, civis, direitos dos idosos e das crianças, é lei
para tudo. O que você acha das leis? É possível vivermos sem elas?
Passos (2004, p. 155), sobre a ética do serviço público, aborda essa questão
quanto à qualidade do serviço público e seus problemas:
Então temos a Lei nº 8.112/91 (BRASIL, 1990), que irá dispor aos
servidores públicos esses limites, seus deveres e as repreensões em virtude de
ações indesejáveis.
93
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
DICAS
Todas essas leis que regem a administração pública existem para que cada
vez mais se possa garantir que os atos administrativos estejam de comum acordo
com os princípios éticos e morais.
94
TÓPICO 2 | O ATO ADMINISTRATIVO
O item II, “ser leal às instituições a que servir”, é ter firmeza e consciência
quanto ao compromisso assumido ao se vincular num cargo público. Nesse caso,
é ser leal à sua instituição. É a velha frase: “vestir a camisa” da organização.
FONTE: BRASIL. Lei nº 8.027, de 12 de abril de 1990. Dispõe sobre normas de conduta dos servidores
públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas, e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8027.htm>. Acesso em: 29 mar. 2012.
95
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
96
TÓPICO 2 | O ATO ADMINISTRATIVO
I- o servidor público não pode sair sem autorização do seu chefe imediato
durante o expediente de trabalho;
VI- não pode o servidor empenhar outra pessoa estranha à repartição de suas
atribuições;
VIII- a chefia imediata do servidor pode ser cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil (pais, avós, filhos, netos e irmãos) apenas em cargo efetivo, cuja
investidura se dá mediante aprovação em concurso público, não lhe permitindo
ocupar cargo ou função de confiança, de livre nomeação e exoneração;
97
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
XIV- usura é sinônimo de agiotagem, nesse sentido não pode o servidor obter
vantagem em nenhuma hipótese;
XV- o servidor não pode ser negligente, indolente e preguiçoso, ou ainda agir
com descaso e apatia, e sim deve ter atenção, cuidado e eficiência no exercício
de sua função;
98
TÓPICO 2 | O ATO ADMINISTRATIVO
ATENCAO
O ato jurídico tem como fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar
ou extinguir direitos.
NOTA
99
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
NOTA
ATENCAO
100
TÓPICO 2 | O ATO ADMINISTRATIVO
ATENCAO
ATENCAO
NOTA
Todo ato administrativo deve ter uma motivação (ou causa) para que o
ato administrativo seja considerado válido.
ATENCAO
102
TÓPICO 2 | O ATO ADMINISTRATIVO
ATENCAO
O objeto é o efeito jurídico que o ato produz. O objeto decorre da lei, por
esse motivo, ele tem que ser lícito possível de fato e de direito. Em conformidade
com a lei, o objeto também está imbuído de moralidade.
FIGURA 22 – DEVER
LEVANTA
A MÃO QUEM
FEZ O DEVER
DE CASA !!!
103
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
NOTA
104
RESUMO DO TÓPICO 2
Esse Tópico 2 adentrou para as questões da prática da administração
pública baseada em seus conceitos teóricos e favorecendo o seu entendimento pelo
prisma das questões morais e éticas, que são a base dos atos administrativos, como:
105
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Fato administrativo.
b) ( ) Fato da administração.
c) ( ) Ato jurídico.
d) ( ) Ato administrativo.
e) ( ) Ato da administração.
FONTE: Disponível em: <http://atepassar.com/questoes-de-concursos/bancas/conesul/>.
Acesso em: 30 mar. 2012.
Essa afirmação é:
a) ( ) Verdadeira.
b) ( ) Falsa.
106
UNIDADE 2 TÓPICO 3
AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
1 INTRODUÇÃO
Inicia-se o Tópico 3 sobre as organizações públicas, mas sempre buscando
no cerne das reflexões as questões éticas e morais. Embora essas questões pareçam
repetitivas, as suas ratificações são permanentes a cada lei, regimento e/ou
simplesmente no que tange ao tema.
Por esse motivo, a ética e os valores morais têm sido difundidos com
muita seriedade e com bastante destaque em quaisquer das organizações, mesmo
nas privadas. O que as difere são os seus segmentos de atuação e, principalmente,
os seus interesses.
107
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
De acordo com Etzioni (1974, p. 53), as organizações podem ser divididas em:
Como bem abordado pelo autor, muitos podem pensar que ética não tem
nada a ver! Vejamos o que Srour (2011, p. 29) coloca:
Ética! Nada a ver! Ninguém ‘se comporta direito’ com impostos insanos,
bandalheira na máquina pública, lerdeza da Justiça, desperdício de
recursos, obras superfaturadas, infraestrutura em petição de miséria,
descalabro da educação pública, subsídios obscenos ao grande capital,
esperteza em todas as transações, precariedade dos serviços públicos,
incúria das autoridades, sanhas fiscais que achacam... Quer mais?
108
TÓPICO 3 | AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
E assim como cita Covey (1994), gestão e liderança podem criar uma nova
fórmula para que as suas ações sejam voltadas ao bem coletivo, e não somente
aos interesses particulares dos indivíduos e/ou de interesse direto e tão somente
da organização.
FIGURA 24 – LIDERANÇA
As diretrizes são
Apenas o líder decide Total liberdade ao
debatidas e decididas
Tomada de e fixa as diretrizes, sem grupo para tomar as
pelo grupo, que
decisões nenhuma participação decisões, com mínima
são estimulados e
do grupo. intervenção do líder.
orientados pelo líder.
O líder aconselha e dá
O líder dá ordens e Participação limitada
orientação para que o
determina providências do líder. Informações e
Programação grupo esboce objetivo
para a execução de orientações são dadas
dos trabalhos e ações. As tarefas
tarefas, sem aplicá-las desde que solicitadas
ganham perspectivas
ao grupo. pelo grupo.
com os debates
109
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
Esses aspectos essenciais apontam para que o bem comum só seja possível se
houver o bem-estar das pessoas com elas mesmas (individual e coletivo), e também
em qualquer espaço, seja a sua própria comunidade ou com a sociedade em geral.
111
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
112
TÓPICO 3 | AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
113
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
UNI
114
TÓPICO 3 | AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Rosilene Marton
115
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
Ter padrões éticos significa ter bons negócios a longo prazo. Existem
estudos indicando a veracidade dessa afirmativa. Na maioria das vezes, contudo,
as empresas e organizações reagem a situações de curto prazo.
116
TÓPICO 3 | AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS
DICAS
LIVROS
VIDEOTECA
117
UNIDADE 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
118
RESUMO DO TÓPICO 3
O Tópico 3 apresentou os diferentes interesses e tipos de organização e a
ética como instrumento fundamental de fundo de análise, assim desenvolvidos
em objetivos:
119
AUTOATIVIDADE
120
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e no final de cada um deles você
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O conceito de princípio pela filosofia é dividido em duas épocas da
filosofia: antiga e moderna. Na filosofia antiga, princípio seria então “ponto de
partida e fundamento de um processo qualquer” (ABBAGNANO, 2007, p. 928), e
na filosofia contemporânea a noção de princípio perde sua importância e “inclui
a noção de um ponto de partida privilegiado, não de modo relativo (em relação
a certos objetivos), mas absoluto em si”. (ABBAGNANO, 2007, p. 929). Embora
exista uma delonga sobre o que vem a ser princípio dentre a filosofia, em virtude
das contribuições filosóficas no decorrer dos anos e pela própria história.
123
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
L LEGALIDADE
I IMPESSOALIDADE
M MORALIDADE
P PUBLICIDADE
E EFICIÊNCIA
124
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ATENCAO
125
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
DICAS
Dessa forma, a doutrina moral que cerca esses princípios é que toda
prática da administração pública deve ser realizada pelo interesse público e pela
conveniência da administração.
DICAS
126
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICAS
DICAS
127
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
●
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade: esse princípio deve
observação à “adequação entre os meios e fins” (razoabilidade) (MEIRELLES,
2006, p. 93) e também veda “imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público” (proporcionalidade). (MEIRELLES, 2006, p. 93-94).
128
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DICAS
PRINCÍPIOS DEFINIÇÃO
Supremacia do interesse público sobre O interesse público é supremo sobre os interesses
o privado individuais.
Isonomia Tratamento igual aos realmente iguais.
Os atos da administração presumem-se legítimos,
Presunção de legitimidade e veracidade
até prova em contrário.
É a possibilidade de que certos atos administrativos
ensejam de imediata e direta execução pela própria
Autoexecutoriedade
administração, independente de ordem jurídica.
Adequação entre os meios e fins dos atos
Razoabilidade e proporcionalidade
administrativos.
Todo ato administrativo deve ter uma motivação
baseada nos princípios do interesse público e do
Motivação
bem comum.
129
RESUMO DO TÓPICO 1
130
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Legalidade.
b) ( ) Proporcionalidade.
c) ( ) Moralidade.
d) ( ) Ampla defesa.
e) ( ) Segurança jurídica.
FONTE: Disponível em: <http://www.concursospublicosonline.com/informacao/view/Provas/
MPOG-2005/Direito-Administrativo-Prova-1-MPOG-2005>. Acesso em: 30 mar. 2012.
3 (MTE – 2003)
a) ( ) Moralidade.
b) ( ) Eficiência.
c) ( ) Publicidade.
d) ( ) Legalidade.
e) ( ) Impessoalidade.
FONTE: Disponível em: <http://www.concursospublicosonline.com/informacao/view/Provas/Fiscal-
do-Trabalho-2003/Etica-na-Administracao-Publica-Prova-1-MTE-2003/>. Acesso em: 30 mar. 2012.
131
4 (Auditor Fiscal do Trabalho – ESAF – 2003)
a) ( ) Legalidade.
b) ( ) Impessoalidade.
c) ( ) Moralidade.
d) ( ) Publicidade.
132
6 (FAPERP/2011 – Auditor Público Interno - Pref. Pontes e Lacerda/MT).
a) ( ) Legalidade.
b) ( ) Impessoalidade.
c) ( ) Moralidade.
d) ( ) Publicidade.
7 (CESPE/MPTO/2006)
133
Estão certos apenas os itens:
a) ( ) I e III.
b) ( ) I e IV.
c) ( ) II e III.
d) ( ) II e IV.
134
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Nesse Tópico 2 vamos estudar sobre a qualidade na gestão pública, nos
serviços públicos. Na década de 80, com maior ênfase se falou constantemente
em qualidade nas diversas organizações, e nessa mesma época difundiram-
se inúmeros programas que visavam mensurar e certificar a qualidade das
organizações, principalmente na iniciativa privada. E com a reforma gerencial da
administração pública também houve a forte preocupação pela qualidade.
2 CONCEITO DE QUALIDADE
Pode-se dizer que a história da qualidade teve seu início com a Revolução
Industrial e a disseminação em série nos modos de produção. A partir da Segunda
Guerra Mundial, os Estados Unidos incentivaram a utilização dos métodos
estatísticos de Shewhart pelos seus fornecedores, divulgando os novos métodos
de controle de qualidade no mundo.
NOTA
135
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
NOTA
Sob outro ponto de vista, Chiavenato (2003, p. 629) conceitua qualidade pela
perspectiva de uma organização (preferencialmente privada): “é o atendimento
das exigências do cliente; ou a adequação à finalidade ou uso; ou a conformidade
com as exigências” (destaca-se cliente, seja ele interno ou externo).
Então, excelência na qualidade sugere uma escala entre o bom e o ruim, entre
o melhor e o pior, para determinar, por fim, que excelência seja o melhor, o ponto
mais alto da escala. Para Demo (1995, p. 11), a expectativa torna-se mais ampla do
que simplesmente adotar uma escala entre o bem e o mal; “qualidade, por sua vez,
aponta para a dimensão da intensidade. Tem a ver com profundidade, perfeição,
principalmente com participação e criação. Está mais para o ser que para o ter”.
136
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
NOTA
137
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
NOTA
138
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
139
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Todo serviço público depende da ação humana, então não há como pensar
no serviço público como processo isolado. Para cada processo ou procedimento do
serviço público há uma ação humana, existem recursos humanos que devem estar
envolvidos. Nos estudos e teorias de Administração a isso se chama Metodologia
de Planejamento Participativo.
E
IMPORTANT
140
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
O ponto real é o lugar onde está; ele tanto pode ser útil na diretriz de um
planejamento, pois identifica os pontos positivos e negativos e auxilia apontar
novos caminhos, ou simplesmente pode não servir de nada; pode significar o
ponto da zona de conforto, da estagnação.
O ponto ideal deve ser entendido como aquele ponto em que se quer chegar,
repleto de inserções de influências políticas, econômicas, sociais etc. Esse ponto
é o ponto em processo espiral, num processo contínuo de evolução e melhoria.
Nesse corpo espiral, a esfera ética e moral pode ser analisada e discutida.
141
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
142
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
143
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
§ 8o Nos órgãos e nas entidades em que não hajam sido criadas comissões
de ética setoriais, caberá ao seu titular designar a pessoa que exercerá as
atribuições previstas no § 7o. (Incluído pelo Decreto de 18.5.2001)
Art. 4º Eventuais despesas com a execução do disposto neste Decreto,
inclusive as decorrentes de deslocamentos dos membros da Comissão de
Ética, correrão à conta da Presidência da República.
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
4.1 MISSÃO
A missão da Comissão de Ética da Administração Pública Federal é “zelar
pelo cumprimento do Código de Conduta da Alta Administração Federal, orientar
as autoridades para que se conduzam de acordo com suas normas e inspirar o
respeito à etica no serviço público”. (BRASIL, 2011).
144
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
ENTIDADE COMPETÊNCIAS/ATRIBUIÇÕES
Tem a incumbência de proceder à revisão das normas
que dispõem sobre conduta ética, tem competência para
1. Comissão de Ética Pública acompanhar e aferir a observância das normas estabelecidas no
Código de Conduta da Alta Administração Federal e aplicar as
penalidades nele previstas.
Têm por finalidade orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com
o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente
de imputação ou de procedimento suscetível de censura (Itens
XVI e XVII do Decreto no 1.171/94). Compete-lhes, também,
no âmbito dos respectivos órgãos e entidades, funcionar como
projeção da Comissão de Ética Pública, supervisionando a
2. Comissões de Ética
observância do Código de Conduta da Alta Administração
Federal e, quando for o caso, comunicar a essa Comissão a
ocorrência de fatos que possam configurar descumprimento
daquele Código, bem como promover a adoção de normas de
conduta ética específicas para os servidores dos órgãos a que
pertençam (§ 7º do art. 3º do Decreto de 26 de maio de 1999,
acrescentado pelo art. 1º do Decreto de 18 de maio de 2001).
Compete-lhe defender o patrimônio público, supervisionar,
coordenar e fiscalizar a atuação dos demais órgãos do Poder
Executivo, no que tange à apuração de desvios de condutas que
importem em prejuízo ao erário; pode instaurar procedimentos
3. Controladoria-Geral da
administrativos para apurar atos lesivos ao erário, realizar
União
inspeções e avocar processos administrativos em curso na
Administração Pública Federal, dentre outras atribuições (arts.
6º, 14-A e 14-B da Lei n° 9.649, de 27 de maio de 1998, com a
redação dada pelo art. 1º da Medida Provisória n° 2.143-35).
4. Corregedorias específicas
Têm, entre outras funções, a de apuração de infrações
de determinados órgãos e
disciplinares dos servidores do respectivo órgão ou entidade.
entidades
Exerce as funções de Órgão Central do Sistema de Pessoal
Civil do Poder Executivo, competindo-lhe supervisionar e
5. Secretaria de Recursos fiscalizar a obrigação da autoridade competente de promover
Humanos do Ministério do a apuração imediata, quando tiver ciência de irregularidade no
Planejamento, Orçamento e serviço público e, em caso de omissão dela, designar a comissão
Gestão disciplinar, ressalvada a competência da Controladoria-Geral
da União, quando se tratar de infração que cause lesão ao
patrimônio público.
145
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
146
TÓPICO 2 | ÉTICA E QUALIDADE EM GESTÃO PÚBLICA
147
RESUMO DO TÓPICO 2
148
AUTOATIVIDADE
a) ( ) C, C
b) ( ) C, E
c) ( ) E, C
d) ( ) E, E
149
Com base nas ideias do texto anterior, escreva uma dissertação na qual
deverá ser discutida a afirmação em negrito.
150
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O Tópico 3 vai tratar do novo perfil do servidor público. Qual seria o
perfil ideal do servidor público? Qual seria o principal verbo para ser adotado ao
servidor? É necessário realmente tratar e estudar esse novo perfil?
c) ser probo (íntegro, honesto), reto, leal e justo, sempre voltando as suas ações
ao bem comum;
151
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
152
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
3.1 INICIATIVA
O Dicionário da Língua Portuguesa (FERREIRA, 2001, p. 420) apresenta
três significados para a palavra iniciativa: “1) Ação de quem é o primeiro a propor
e/ou empreender algo; 2) Ação, empreendimento; 3) Qualidade de saber agir, de
passar do pensamento ou decisão à ação. Ao ‘pé da letra’, pode-se considerar a
iniciativa como uma boa qualidade ao administrador público”.
153
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
3.2 HONESTIDADE
A honestidade é uma virtude que deve ser desenvolvida tanto no
campo pessoal como profissional. A honestidade não permite relatividade ou
subjetividade, não existe, por exemplo, uma pessoa parcialmente honesta. A
honestidade deve ser exercida na plenitude.
FIGURA 29 – HONESTIDADE
Seu irmão
vive quebrando
as coisas.
Não pai,
fui eu que
quebrei.
154
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
3.3 RESPONSABILIDADE
A responsabilidade social tem sido um termo muito difundido nos
últimos anos, é uma cobrança mundial que as organizações façam uso de sua
responsabilidade perante a sua comunidade e ao mundo.
Ser responsável é uma virtude que nem deveria ser pontuada, porque é
implícita a qualquer atividade profissional.
FIGURA 30 – RESPONSABILIDADE
1 2 3
4 5 6
COMBATER A AIDS,
REDUZIR A MELHORAR A SAÚDE A MALÁRIA E OUTRAS
MORTALIDADE INFANTIL DAS GESTANTES DOENÇAS
7 8 OITO METAS
ESTABELECIDAS
PELA (ONU)
QUALIDADE DE VIDA TODO MUNDO
ATÉ 2015
E RESPEITO AO MEIO TRABALHANDO PELO
AMBIENTE DESENVOLVIMENTO
155
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
NOTA
3.4 SIGILO
O sigilo torna-se uma virtude importante porque, dependendo da função que
o servidor público ocupe na organização, exigirá dele discrição e sigilo de informações,
caso contrário pode-se dizer que esse funcionário estaria sendo antiético.
FIGURA 31 – SIGILO
AGORA,
DIGITE O SEU
PARTIDO.
156
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
3.5 COMPETÊNCIA
Competência, a rigor, é capacidade, aptidão. Na literatura encontra-se
competência na capacidade de o servidor público exercer sua função na organização
com conhecimento, atitude e habilidade, tal como pode ser observado na figura:
FIGURA 32 – COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
CONHECIMENTO
HABILIDADE ATITUDE
FONTE: A autora
157
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
4.1 OPORTUNISMO
O oportunismo, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa,
significa: “acomodação às circunstâncias para se chegar mais facilmente a um
resultado”. (FERREIRA, 2001, p. 534). Essa definição leva à conclusão de que
oportunismo é um defeito, porque fere o princípio da eficiência.
FIGURA 33 – OPORTUNISMO
158
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
4.2 ORGULHO
O orgulho em relação a si mesmo e a outrem, a princípio, pode parecer
com virtude. A fragilidade do orgulho é ser demasiadamente acerbado e, por esse
motivo, quando em relação a si mesmo, impede de enxergar no outro qualidades
superiores às suas.
5 ASSÉDIO MORAL
O assédio moral é um tema relativamente novo, mas que merece destaque.
Hoje existem diversas cartilhas para auxiliar as pessoas no que fazer quando
sentirem que estão sendo assediadas.
159
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
, VOCÊ
SORRIA
ENDO
ESTÁ S
ADO
ASSEDI
II- submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de
violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma
de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
160
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará
o cumprimento da pena em regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o
agente em local sob jurisdição brasileira.
161
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
[...]
NOTA
Embora a cartilha descreva sobre assédio moral e sexual, nesse caderno optamos
pela análise somente do assédio moral.
162
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
163
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
164
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
NOTA
165
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
7 MODELOS DE HOMEM
Ramos (1984) foi um sociólogo que muito contribuiu para a gestão pública,
principalmente ao relacionar modelos de homem e as teorias administrativas.
FIGURA 35 – IDENTIDADE
166
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
167
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
RECONHECI-
COMUNIDADE/ CONVIVIALIDADE
SOCIAL REATIVO MENTO DO
SOCIEDADE
GRUPO
DINHEIRO
ECONOMIA
OPERACIO- (Trabalho por
BIOLÓGICA (MERCADO E FÍSICA
NAL recompensa
BUROCRACIA)
material)
168
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
Alimentação, moradia,
FISIOLÓGICAS conforto físico,
descanso, lazer, etc.
169
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
8 ÉTICA E JUSTIÇA
O trabalho em sociedade implica tomar decisões. A todo tempo se decide
sobre questões gerais e específicas, internas e externas de uma organização.
De acordo com Alonso, Lopes e Castrucci (2010, p. 110), existem três tipos
de características na tomada de decisões:
● Justiça social – a justiça social apresenta duas vertentes: a) justiça legal – que
são as obrigações dos cidadãos para com o Estado; b) justiça distributiva – que
são as obrigações do Estado para com seus cidadãos.
● Justiça equitativa – é aquela que parte do pressuposto de que todos são iguais.
170
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
O QUÊ?
AÇÃO ADMINISTRATIVA
ÉTICA DAS TOMADAS DE DECISÃO
ÉTICA DA CONVICÇÃO
ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
O QUÊ?
POR QUÊ?
171
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
172
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
NOTA
173
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
ECONOMIA
TECNOLÓGICO
Crescimento e competição
Inovação
Aumento de produtividade
Infraestrutura
Redução de preços
Tecnologias
Marketing e publicidade
Desenvolvimento do produto
Maximização do bem
SOCIAL
PSICOLÓGICO
Instituições e valores
Emoções e desejos
Família e amigos
Sentimento de controle BEM COMUM
Educação
Tomada de decisões CONSUMO
Classe social
Construção de identidade
Simbolismo
Necessidade
Moda e sabores
POLÍTICO
Modelo de crescimento CULTURAL E HISTÓRICO
Proteção do consumidor Diferenças culturais
Informação História social
Qualidade de vida Histórias de vida
Segurança Religião
Questões ambientais
174
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
PREÂMBULO
CAPÍTULO I
DOS DEVERES
II- manter sigilo sobre tudo o que souber em função de sua atividade profissional;
175
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
VI- renunciar, demitir-se ou ser dispensado do posto, cargo ou emprego, se, por
qualquer forma, tomar conhecimento de que o cliente manifestou desconfiança
para com o seu trabalho, hipótese em que deverá solicitar substituto;
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS
II- apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições, quando as julgar
indignas do exercício profissional ou prejudiciais ao cliente, devendo, nesse caso,
dirigir-se aos órgãos competentes, em particular ao Tribunal Regional de Ética
dos Profissionais de Administração e ao Conselho Regional de Administração;
176
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
177
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
DECRETA:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal, que com este baixa.
ITAMAR FRANCO
Romildo Canhim
CAPÍTULO I
Seção I
Das Regras Deontológicas
178
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
II- O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua
conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo
e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
VI- A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
VIII- Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou
da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre
o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre
aniquilam até mesmo a dignidade humana, quanto mais a de uma Nação.
179
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
XI- 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho
da função pública.
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
180
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
181
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
Seção III
Das Vedações ao Servidor Público
182
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
CAPÍTULO II
Das Comissões de Ética
XVII- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos
suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que
considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional,
podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas
contra o servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta,
cuja análise e deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o
exercício do cargo ou função pública, desde que formuladas por autoridade,
servidor, jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se identifique
ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas.
183
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
184
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
DICAS
LIVROS
VIDEOTECA
185
UNIDADE 3 | GESTÃO PÚBLICA E ÉTICA
NA INTERNET
Honestidade
Esse vídeo curto é daqueles que pretende
passar a mensagem de bons valores. O
interessante nesse filme é fazer analogia
às oportunidades que aparecem no dia a
dia e que por vezes colocam em xeque a
firmeza do caráter das pessoas.
186
TÓPICO 3 | O PERFIL MODERNO DO SERVIDOR PÚBLICO
O funcionário público
Essa é uma produção da Rede Globo de
Televisão, em que exibia um programa de
humor chamado TV Pirata. Esse vídeo é
sátira à burocracia e morosidade dos serviços
públicos. Vale a pena assistir pela comédia, mas
principalmente para que se faça uma reflexão
sobre como deve ser o serviço público e como
ele é visto por outrem. Apesar da produção
ter sido entre o final da década de 80 e início
da década de 90, ainda é atual em diversos
setores e organizações de serviços públicos. FONTE: Disponível em: <http://www.youtub
Esse episódio contou com a atuação de Regina e.com/watch?v=AGR_3R5pvBs>. Acesso em:
Casé, Diogo Vilela e Guilherme Karam. 31 mar. 2012.
Tempos Modernos
Esse filme de Charles Chaplin, de 1936, é uma
produção que satiriza o homem operacional
diante do mundo moderno. É um filme que
faz forte crítica ao capitalismo e da relação
árdua do trabalho operacional da era da
Revolução Industrial.
187
RESUMO DO TÓPICO 3
188
AUTOATIVIDADE
( ) CERTO ( ) ERRADO
B) A servidora pública Jane, irritada com o fato de uma colega ter sido designada
para fiscalizar o seu trabalho, não fez nada para prejudicar ou facilitar o
trabalho de fiscalização. Nessa situação, a atitude de Jane é aceitável, visto que
não há qualquer obrigação da sua parte em facilitar o trabalho de fiscalização.
( ) CERTO ( ) ERRADO
SITUAÇÃO RESPOSTA
Você recebe de seu superior orientação contrária aos valores da
O QUE VOCÊ
2 organização e questiona na hora seu fundamento. A tentativa de
FAZ?
esclarecimento, entretanto, revela-se inútil.
Você deduz que, sendo assim, não há razões para esquentar a cabeça
A
com valores enunciados, mas não praticados.
Você comunica imediatamente o fato a seu diretor e lhe diz que
B precisa de uma urgente transferência de área para não ter de
desobedecer às ordens recebidas.
Você se conforma porque vai ver que não entendeu direito a relação
C
entre a orientação dada e os valores da organização.
Você verifica com os colegas se a interpretação que fez é correta.
D Caso assim seja, procura formalmente seu diretor e lhe diz que irá
desobedecer ao superior.
SITUAÇÃO RESPOSTA
Você está sendo cogitado para uma promoção e dirige uma equipe
O QUE VOCÊ
3 que costuma ter boas ideias. Foi convidado para um encontro de
FAZ?
trabalho com superiores.
A Você apresenta algumas ideias inovadoras sem indicar a origem.
Você aproveita a oportunidade para lançar as melhores ideias e dá a
B
quem as formulou o respectivo crédito.
Você relata que, em seus limites orçamentários, planeja colocar em
prática uma ou outra inovação que sua equipe desenvolveu e lança
C
ideia que ultrapassa sua seara, dizendo que seu pessoal está ansioso
para pôr mãos à obra.
Você se abstém de dar ideias, ainda que a organização incentive as
D iniciativas e as inovações, porque acha que alguém irá se apropriar
delas.
190
9 (ESAF - TRF 2003)
191
192
REFERÊNCIAS
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brasileira coordenada e revista por Alfredo Bossi; revisão e tradução dos novos
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BOFF, Leonardo. Ética da vida: a nova centralidade. Rio de Janeiro: Record, 2009.
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Subsecretaria de Edições Técnicas, 2003.
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Beatriz de Figueiredo. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1994.
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para o desenvolvimento sustentável. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.
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da razão feliz. Fortaleza: ABC, 1991.
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