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Ética e Liderança
Profª. Keitty Aline Wille Becker
Profª. Paula Carolina Ferretti
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Profª. Sônia Adriana Weege
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Keitty Aline Wille Becker
Profª. Paula Carolina Ferretti
Profª. Bianca Aparecida Grubert Gonçalves de Araújo
Profª. Sônia Adriana Weege
B395r
Becker, Keitty Aline Wille
CDD 174.4
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Relações interpessoais,
ética e liderança! Essa disciplina é importante para sua formação profissional,
e também proporcionará conhecimentos que podem ser aplicados em vários
aspectos da sua vida, até mesmo em situações pessoais. Este livro de estudos
será seu guia, orientando seus estudos e contribuindo para a ampliação de
seus conhecimentos sobre o assunto. Sendo assim, este livro está dividido em
três unidades.
A primeira unidade tem como foco o tema liderança. Ser líder não é
fácil, demanda de muitas habilidades e principalmente de desejo de liderar.
Um líder tem papel importante dentro de um grupo, pois será ele quem
irá direcionar, motivar e auxiliar os membros para que os objetivos sejam
alcançados. Sendo assim, a sua forma de agir pode fazer toda a diferença
para uma equipe. As pessoas seguem seu líder e se inspiram nele, logo ele
tem a capacidade de influenciar o comportamento de seus liderados.
III
o comportamento dos profissionais a atuações éticas ou não. Deste modo,
para garantir atuação profissional com ética, é que existem os códigos de ética
profissional, que também veremos ao longo dos estudos desta disciplina.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – LIDERANÇA................................................................................................................ 1
TÓPICO 1 – A LIDERANÇA................................................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 3
2 O QUE É LIDERANÇA....................................................................................................................... 3
2.1 TIPOS DE PODER........................................................................................................................... 5
2.2 LÍDERES E CHEFES....................................................................................................................... 7
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 11
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 12
VII
UNIDADE 2 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS................................................................................. 67
VIII
TÓPICO 2 – ÉTICA PROFISSIONAL................................................................................................. 181
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 181
2 A ÉTICA E AS PROFISSÕES ............................................................................................................ 182
3 ÉTICA E O VALOR NAS ORGANIZAÇÕES................................................................................ 187
4 ÉTICA NAS RELAÇÕES PESSOAIS E PROFISSIONAIS ......................................................... 191
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 195
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 196
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 219
IX
X
UNIDADE 1
LIDERANÇA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – LIDERANÇA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
A LIDERANÇA
1 INTRODUÇÃO
A liderança não é um assunto novo, pois muitos autores e pesquisadores
dedicaram estudos para defini-la e apresentar suas implicações. A liderança
destaca-se como fator importante para o sucesso de qualquer tipo de equipe e
revelou-se peça-chave para o alcance de metas e o sucesso das organizações.
Diante disso, nosso foco neste tópico será compreender o que é liderança,
conhecer os tipos de poder existentes em uma organização e entender a real
diferença entre um líder e os gestores de uma organização. Vamos lá!
2 O QUE É LIDERANÇA
Você já deve ter conhecido e até mesmo convivido com alguma pessoa
que inspira e motiva os outros, que agrega valor a uma equipe e ajuda todos
a manterem o foco para alcançar um objetivo, certo? Esse tipo de pessoa é
considerada um líder para as demais pessoas que a cercam e são peças-chaves
para o sucesso que qualquer tipo de equipe.
3
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
ATENCAO
E
IMPORTANT
5
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
O autor ainda ressalta que a capacidade que uma pessoa tem de influenciar,
persuadir e motivar as outras está ligada ao poder que se percebe na pessoa, sendo
que este pode ser consequência da posição que ela ocupa em uma organização ou
então decorrente da própria pessoa, conforme podemos ver na imagem a seguir.
Poder de legitimado:
Como eu sou chefe, você tem
que fazer o que eu mando
DICAS
Reflita sobre os tipos de poder e procure identificar sobre qual tipo de poder
você tem sido influenciado, ou seja, seu supervisor tem praticado qual tipo de poder sobre
você e os demais membros da equipe. Ou então, qual tipo de poder você possui? Será que
você possui o poder de competência ou de referência importantes para ser um líder?
6
TÓPICO 1 | A LIDERANÇA
7
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
GERENTE LÍDER
Administra Inova
Foco em Sistemas e Estrutura Foco em Pessoas
Visão de curto prazo Perspectiva de Longo Prazo
Pergunta Como e Quando Pergunta O que e Por Quê
Olhos nos Limites Olhos no Horizonte
Limita Dá Origem
Aceita Status Quo Desafia
Bom Soldado É a Própria Pessoa
Faz Certo as Coisas Faz as Coisas Certas
8
TÓPICO 1 | A LIDERANÇA
NOTA
FONTE: <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/aprenda-a-liderar-pessoas-e-no-gerenci-las/>.
Motivações, Motivações,
necessidades, competências,
competências estilo
LIDERANÇA
CONTEXTO
CARACTERÍSTICAS DA
ORGANIZACIONAL E
TAREFA OU MISSÃO
SOCIAL DA LIDERANÇA
FONTE: Maximiano (2011, p. 280)
9
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
• características do líder;
• características dos liderados;
• características da missão ou tarefa; e
• conjuntura social, econômica e política.
E
IMPORTANT
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Influência significa uma transação interpessoal por meio da qual uma pessoa
age no sentido de modificar ou provocar o comportamento de uma outra de
maneira intencional.
• Líder é aquele que influencia e os liderados são aqueles que são influenciados.
• O líder não precisa ter uma autorização formal para que as pessoas o sigam.
11
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F- V – V – F.
b) ( ) F – V - V – V.
c) ( ) V – V – V – F.
d) ( ) V – V – F – V.
12
I– O poder de recompensa e de coerção estão relacionados com o cargo que a
pessoa ocupa dentro de uma organização.
II– O poder coercitivo é o mais eficaz dentre todos os tipos de poderes.
III– O poder de competência, de referência e o poder legítimo são aqueles
decorrentes da própria pessoa.
IV– Mesmo que a pessoa tenha poder de competência ou de referência, sem
estar em um cargo de gerência ou chefia, seu poder sobre as pessoas é nulo.
4 De acordo com o estudo realizado sobre liderança, vimos que nem todos os
gerentes são líderes e nem todos os líderes são gerentes. Embora as pessoas
costumem utilizar essas palavras como sinônimos, existem diferenças entre
as características e comportamentos de um líder e um gerente. Diante disso,
associe as sentenças utilizando os códigos a seguir:
I– Líder.
II– Gerente.
a) ( ) II, I, II, I.
b) ( ) II, I, I, II.
c) ( ) I, II, I, II.
d) ( ) I, I, II, II.
“Se você quer ser um líder dentro de uma organização, é necessário ter um
cargo que lhe configure como uma autoridade formal, pois somente assim,
você será capaz de influenciar as pessoas.” Você considera essa afirmação
verdadeira? Justifique a sua resposta.
6 O tema estudado neste tópico é a liderança, onde vimos que não existe
apenas uma forma de conceituá-la ou explicá-la. Sendo assim, explique com
as suas próprias palavras que é liderança.
13
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
ABORDAGENS DE LIDERANÇA
1 INTRODUÇÃO
Vimos que a liderança permite que o líder influencie as pessoas, alterando
por exemplo, seu comportamento, para que os objetivos sejam alcançados. Mas
será que isso fácil? A liderança está diretamente ligada às pessoas, logo, sabemos
que as pessoas são diferentes e, consequentemente, podem responder a essa
influência de forma diferente. Diante disso, o líder precisa saber como lidar com
as pessoas nas mais diferentes situações e circunstâncias. Para nos auxiliar nisso,
temos as abordagens sobre liderança.
Você vai perceber que não existe um estilo único de liderança, nem um
estilo certo ou errado de liderança. Cabe ao líder decidir qual estilo seguirá, de
acordo como os aspectos que vimos no tópico anterior: o próprio líder, os liderados,
as características da missão ou tarefa e até mesmo a cultura organizacional.
Conhecer estas diferentes abordagens permitirá saber qual estilo de liderança
pode ser adotado pelo líder para conduzir de maneira eficaz suas equipes.
2 ABORDAGEM DA PERSONALIDADE
A mais antiga abordagem sobre liderança é a chamada Teoria dos Traços.
Nesta teoria buscou-se identificar os traços de personalidade que diferenciavam
uma grande pessoa das demais. Certos traços estavam relacionados com o sucesso
pessoal e, a partir do momento que são identificados, poderiam ser utilizados
para selecionar líderes (CHIAVENATO, 2010).
15
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Essa teoria tem como crença que algumas pessoas são melhores líderes
que outras, logo, é possível determinar as caraterísticas de um bom líder. Os
defensores desta abordagem afirmam que aquele que é um bom líder será um bom
líder em qualquer tipo de situação que esteja enfrentando (SPECTOR, 2010). Essa
abordagem, baseada nos traços, se concentra em características principais, como
atributos pessoais, físicos, mentais e culturais, conforme expostos no Quadro 2.
Para Maximiano (2011), as conclusões dos estudos desse tipo não têm
nenhum valor de previsão, pois embora os líderes tenham determinados traços
de personalidade, pode ser que as pessoas que possuem estes mesmos traços não
sejam e nem se tornem líderes. Além disso, o autor destaca que ainda não se
identificou um conjunto de traço de personalidades comuns a todos os líderes.
Outro aspecto importante identificado com base nesta teoria é que pessoas
com alta flexibilidade de adaptação de comportamento a situações diferentes
são mais propensas a assumirem um papel de líder em grupos de pessoas que
possuem pouca automonitoração (ROBBINS, 2005).
16
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
3 ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
Após o movimento dos traços, na qual estudiosos e pesquisadores
concluírem que a eficácia dos líderes não estava centrada somente nos traços
de personalidade que uma pessoa possui, a abordagem muda seu foco para o
comportamento dos líderes, surgindo então a chamada Teoria Comportamental.
17
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
ênfase no próprio líder, o líder cujo estilo é o liberal tem ênfase nos subordinados.
Por fim, temos o estilo democrático, no qual temos ênfase tanto no líder como nos
subordinados (CHIAVENATO, 2010).
18
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
humanas no trabalho e a liderança orientada para a produção, que tem como foco
os resultados do trabalho. Já a Universidade de Ohio State mediu as percepções
dos subordinados quanto ao comportamento de liderança de seus supervisores e
identificou um estilo de liderança que tem consideração com as pessoas, na qual
o líder leva em consideração os sentimentos das pessoas e um estilo de liderança
com foco na estrutura do trabalho, na qual a preocupação é com o alcance dos
requisitos da tarefa e com a agenda de trabalho (CHIAVENATO, 2010).
19
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
6
Ênfase nas pessoas
5,5
Administração do tipo "funcionário":
o desempenho adequado da organização
5 é alcançado por meio do equilíbrio entre
a necessidade de trabalho e a manutenção
do moral das pessoas em nível satisfatório.
4
1,1 9,1
2 Autoridade e obediência:
Administração precária:
a eficiência das operações é produto de
a permanência como membro da
um sistema de trabalho no qual a
organização requer um mínimo de
1 interferência do elemento humano é
esforço para fazer o serviço.
Baixa
mínima.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Baixa Ênfase na produção Alta
FONTE: Maximiano (2011, p. 291)
20
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
E
IMPORTANT
Neste modelo são atribuídos valores aos estilos, na qual concentra-se atenção
aos extremos, que geram a seguinte combinação:
• Estilo 9,9 - Gestão de equipes: é considerado o estilo mais eficaz e o mais recomendado
para os gerentes, pelo fato de que as pessoas se juntarem para cumprir as tarefas.
• Estilo 1,9 – Gestão de clube de campo: ocorre quando a ênfase está voltada mais para as
pessoas do que para as tarefas e os resultados do trabalho.
• Estilo 9,1 - Autoridade e obediência: ocorre quando a eficiência nas operações é dominante.
• Estilo 5,5 - Administração do tipo funcionário: também denominada de gestão do meio
do caminho, reflete uma preocupação moderada tanto com as pessoas quanto com a
produção.
• Estilo 1,1 - Administração precária ou pobre: trata-se da ausência de filosofia de
administração, que faz com que as pessoas exerçam o mínimo de esforço nas relações
interpessoais ou na realização do trabalho.
21
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
objetivo, sendo assim, além de saber qual estilo de liderança adotar na situação,
deve-se pensar em quem adotar, analisando o nível em que se encontra o
colaborador e utilizar o estilo de acordo com o seu grau de maturidade. Se as
situações e as equipes variam, o líder precisa variar também (JORDÃO, 2004).
Lacombe e Heilborn (2003) também destacam a questão da maturidade, na
qual afirma que na liderança situacional o comportamento do líder deve variar
conforme a maturidade dos liderados.
22
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
Uso da autoridade
pelo gerente
Área de liberdade
dos subordinados
Amplitude do comportamento
FONTE: Maximiano (2011)
23
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Bom
Desempenho
Relações líder-liderados Boa Boa Boa Boa Ruim Ruim Ruim Ruim
Estrutura da tarefa Alta Alta Baixa Baixa Alta Alta Baixa Baixa
Poder da posição Forte Fraco Forte Fraco Forte Fraco Forte Fraco
E
IMPORTANT
Primeiramente ele deve identificar qual é seu estilo de liderança, se é orientado para tarefa
ou para pessoas. Depois ele deve conhecer muito bem a situação na qual se encontra, e
analisar se a mesma é favorável ou desfavorável, para que possa definir qual deverá ser a sua
relação com os seus subordinados, qual a estrutura da tarefa e o poder que lhe é conferido
(MARTINS, 2015).
24
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
25
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Estilo do líder
Comportamento orientado
ão
Ve
para o relacionamento
n
ç
da
pa
E3 E2
ici
rt
Pa
E4 E1
Co
ão
ma
aç
nd
leg
o
De
Comportamento orientado
Pouco Muito
para a tarefa
M4 M3 M2 M1
Maduro Imaturo
Estilo de Comando (E1): este estilo é indicado quando o líder está diante
de pessoas com baixo nível de maturidade, na qual o comportamento do líder
deve ser mais orientado para a tarefa, com pouco ênfase no relacionamento.
O líder deve eliminar qualquer insegurança existente em seus seguidores a
respeito da tarefa que dever ser realizada.
26
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
Este modelo sugere que um líder eficaz será aquele que está atento à
mudança de grau de maturidade dos subordinados e ajusta seu estilo de liderança
aos níveis de prontidão apresentado de acordo coma a tarefa a ser realizada
(CHIAVENATO, 2010).
• O modelo indica que pessoas imaturas devem ser tratadas com forte autoridade,
no entanto, é possível que diante desse tipo de tratamento, pessoas imaturas
permaneçam assim e não se desenvolvam.
• A maturidade das pessoas não pode ser medida de modo confiável e sistemático.
• A divisão do estilo de liderança em quatro categorias é muito simples.
• Não há amparo metodológico, nas recomendações de Hersey e Blanchard
sobre como liderar com diferentes níveis de maturidade.
• O questionamento para diagnosticar o estilo de liderança não tem suficiente
validade.
• Estrutura da tarefa
• Sistema de autoridade formal
• Grupo de trabalho
• Diretivo • Desempenho
• Orientado para a relização • Satisfação
• Participativo
• Apoiador
• Sede de controle
• Experiência
• Autopercepção das habilidades
28
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
E
IMPORTANT
Estilo de Liderança Participativa: é marcado pela permissão concedida pelo líder para os
subordinados participarem do processo de tomada de decisões. O líder valoriza as opiniões
de seus subordinados, e as leva em consideração antes de tomar uma decisão. Este estilo é
indicado para promover a satisfação em tarefas não repetitivas.
5 ABORDAGEM TRANSACIONAL
Para Maximiano (2011, p. 297), “o líder transacional é aquele que apela aos
interesses, especialmente às necessidades primárias dos seguidores. Ele promete
recompensas ou ameaças para conseguir que os seguidores trabalhem para
realizar as metas”. De acordo com Robbins (2005, p. 397), “o líder transacional
é aquele que por meios do esclarecimento dos requisitos dos papéis e tarefas,
orientam ou motivam seus seguidores na direção das metas fixadas”.
• Promoções.
• Aumento de salário.
• Autonomia e liberdade no uso do tempo.
• Atendimento de solicitações relacionadas a transferências, designação para
outros projetos e dispensas.
Liderança Transacional
Enfatiza o trabalho padronizado e tarefas orientadas. Através de reforços – positivos ou negativos
–, os líderes especificam e clarificam as metas que os subordinados devem alcançar e anunciam as
recompensas apropriadas. As boas performances dos funcionários são atreladas a recompensas,
assim como as falhas a punições. Os seguidores concordam, aceitam ou simplesmente cumprem
as determinações do líder. Esse estilo de liderança é fortemente dependente do poder do líder.
Componentes
Laissez-faire: O líder abdica das responsabilidades e evita tomar decisões. Não cumpre suas
obrigações de supervisor e não guia seus subordinados. Oferece pouco suporte e não é atento à
produtividade ou necessidade de cumprir deveres.
Gestão por execução
Os subordinados são punidos ou recompensados por uma determinada ação. O líder se limita a
ser um monitor e intervém apenas excepcionalmente. Rotineiramente fornece feedback negativo,
pois inicia o contato com seus subordinados apenas a partir de falhas. Essa ação estimula os
subordinados a manterem o status quo e a buscarem perfeição na execução de seu trabalho, sem
estimular, no entanto, o crescimento da performance. Qualquer circunstância fora da rotina requer
a intervenção do líder, porque os empregados não foram encorajados a solucionar problemas e
não receberam autonomia para desenvolver confiança ou aprender com suas experiências. O
líder estabelece ações predeterminadas para falhas específicas e reforça as punições quando
necessário.
30
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
6 ABORDAGEM TRANSFORMACIONAL
De acordo com Chiavenato (2010), “a liderança transformacional está
baseada em mudança de valores, crenças e na necessidade de seus seguidores”.
Um líder transformacional consegue promover a mudança das necessidades,
preferências e valores de seus seguidores, fornecendo uma visão de algo que
valha a pena ser alcançado, mesmo que para isso seja necessário fazer esforços
extraordinários. Os seguidores sentem-se motivados a fazer sacrifícios pessoas
para alcançar os objetivos definidos pelos líderes (SPECTOR, 2010).
31
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Liderança transformacional
Envolve mudanças dramáticas que incluem o desenvolvimento e a implementação de uma
visão. Os líderes transformacionais ajudam a realinhar os valores e as normas da organização e,
quando necessário, acomodam e envolvem mudanças internas e externas. Os líderes inspiram
os seguidores a alcançarem retornos extraordinários, por providenciar tanto significado quanto
entendimento. Alinham objetivos e metas dos indivíduos e das organizações, atuam como
mentores e fornecem suporte e treinamento.
Componentes
Carisma: O líder é admirado e desperta identificação. Considera as necessidades dos seguidores
acima de suas próprias. Atua como um modelo, compartilha riscos e se comporta de uma maneira
consistente, com ética, princípios e valores. Providencia visão e senso de missão, estimulando o
orgulho e conquistando respeito e confiança.
Motivação Inspiracional: O líder motiva seus seguidores, providenciando significado e desafio
ao trabalho. Além disso, os encoraja a visualizar estados futuros atraentes. Demonstra entusiasmo
e otimismo, conseguindo assim espírito de time. Comunica altas expectativas, usa símbolos para
focar esforços e expressa propósitos importantes de maneira simples.
Estímulo Intelectual: O líder estimula os seguidores questionando suas premissas, reformulando
problemas e analisando velhas situações de novas maneiras. Não há ridículo ou crítica pública
dos erros. Promove inteligência, racionalidade e cuidados na resolução de problemas, enquanto
dá atenção pessoal aos indivíduos, fornecendo treinamento e conselhos.
Consideração Individualizada: O líder presta atenção à necessidade de desenvolvimento
e crescimento de cada indivíduo, atuando como mentor ou treinador. Os seguidores são
desenvolvidos com sucesso para níveis mais altos de potencial. Oportunidades de novos
aprendizados são oferecidas e as diferenças individuais em termos de necessidades e desejos são
levadas em conta.
7 LIDERANÇA CARISMÁTICA
Robbins (2005, p. 398) define a liderança carismática como aquele
tipo de liderança vista como heroica e extraordinária devido a determinados
comportamentos que são observados pelos seguidores. Carisma, segundo House
(1971), é a capacidade excepcional de uma pessoa que a diferencia ela das outras
pessoas. O carisma advém de certas características pessoas marcantes e um certo
magnetismo pessoal que influenciam fortemente as pessoas.
32
TÓPICO 2 | ABORDAGENS DE LIDERANÇA
NOTA
Carisma, segundo Yukl (1997), é uma palavra grega que significa “dom de
inspiração divina”, tal como a habilidade de realizar milagres ou predizer acontecimentos
futuros. O sociólogo Max Weber, considerado um autor clássico quando se refere a carisma,
utilizou este termo para descrever uma “forma de influência baseada não na autoridade
da posição ou tradição, mas sim nas percepções que os seguidores do líder têm de que
este seja dotado de qualidades excepcionais” (WEBER, 1947 apud YUKL, 1997). Atualmente,
o termo carisma é utilizado por diferentes autores, com diferentes conceituações, porém,
apresentam em comum uma concepção relacional e interacional (YUKL, 1997). A liderança
carismática enfatiza emoções e valores. Para Yukl (1999), esta teoria ajuda a entender como
um líder pode influenciar os seguidores a fazer renuncias, estimar a busca de objetivos
difíceis e alcançar muito mais do que foi esperado inicialmente.
FONTE: DIDIER, Juliana Maria de Oliveira Leal; MENDONÇA, José Ricardo Costa de.
Gerenciamento de Impressões e Liderança Carismática: relações e possibilidades para
estudos em empresas de hospitalidade. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/
pdf/EOR-B868.pdf>.
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
34
o líder deverá adotar estilo de liderança diferente de acordo com este grau de
maturidade.
35
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Estilo de Vendedor.
b) ( ) Estilo de Comando.
c) ( ) Estilo Delegação.
d) ( ) Estilo Participativo.
36
comportamento dos líderes. Outras abordagens sobre liderança são as
abordagens situacional, transacional, transformacional e carismática. Sobre
estas abordagens, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as
sentenças falsas:
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – V – F – V.
d) ( ) F – V – V – V.
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – V – F – V.
d) ( ) V – F – V – V.
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
O PAPEL DO LÍDER
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que o líder é importante nas organizações, pois ele auxilia para
que os demais funcionários atinjam os objetivos determinados, ou seja, transforma
visões em realidade, e para isso ele pode adotar diferentes estilos de liderança.
Mas será que é somente para isso que o líder é necessário nas organizações?
Claro que não! E mesmo que fosse só isso, esta demanda já é uma
grande responsabilidade, que exige muita competência por parte do líder.
Mas ser um líder envolve muito mais que isso. Promover mudança, manter
um bom clima de trabalho, manter o equilíbrio entre os membros de uma
equipe, ser exemplo para os outros, incentivar os funcionários a se superarem,
auxiliar no processo de desenvolvimento e crescimento do funcionário, entre
outros, são exemplos de responsabilidades e demandas quase que diárias de
um líder. É muita coisa, certo?
Vamos lá!
2 O LÍDER
Como vimos nos tópicos anteriores, não existe um perfil único que
determina um líder. Embora existam algumas competências importantes para um
líder, o fato de a pessoa possuí-las não significa que ela será um líder. Ser um líder
não é fácil, afinal é preciso ter domínio de diferentes competências, muitas vezes
simultaneamente. Chiavenato (2010, p. 376) destaca que o líder precisa “saber
ouvir, comunicar, melhorar os relacionamentos com seus liderados, aconselhar e
resolver problemas e tomar decisões participativas”.
39
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Você já deve ter ouvido que uma pessoa já nasce líder, ou então, que
liderança é uma competência nata – uns têm e outros não! Você concorda com
isso? Afinal, já nascemos líderes ou podemos desenvolver as competências
necessárias para ser um líder ao longo da nossa vida?
40
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
NOTA
41
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
2. Confiança: um líder, para poder compartilhar a sua visão e ser um exemplo, deve possuir
confiança em si próprio e em seu trabalho. Por Barri Rafferty, CEO da Ketchum.
3. Transparência: você deve ser verdadeiro com a sua equipe, tanto pessoalmente quanto
profissionalmente. Seja transparente sobre seus objetivos. Por Keri Potts, diretor sênior de
relações públicas da ESPN.
4. Integridade: o líder deve manter uma atitude íntegra em relação à empresa e à sua
equipe. A cultura da organização será um reflexo de quem ocupa a posição de liderança.
Por Gunnar Lovelace, co-CEO e cofundador da Thrive Market.
5. Inspiração: você deve ser capaz de inspirar pessoas a ser melhores do que são. O
poder da inspiração pode afetar diretamente os resultados de uma empresa. Por Arnold
Schwarzenegger, ator e ex-governador da Califórnia, nos Estados Unidos.
6. Paixão: o líder precisa amar o que faz. Não importa quanto sucesso você já tenha
alcançado, a paixão pelo negócio o manterá sempre em busca de coisas maiores e
melhores para a empresa e sua equipe. Por Joe Perez, cofundador do Tastemade.
7. Inovação: em qualquer sistema com recursos finitos e uma população que não para de
crescer, a inovação é a chave para a longevidade de uma empresa. O líder deve estimular
uma cultura de inovação. Por Aubrey Marcus, fundador da Onnit.
8. Paciência: um líder deve saber quando desistir de uma ideia e quando vale a pena ser
paciente e insistir com um projeto. Por Dan Brian, COO da WhipClip.
9. Resiliência: é inevitável. Você vai passar por situações traumáticas e complicadas. O líder
deve estar preparado para aguentar o tranco e seguir em frente. Por Ryan Holiday, autor
do livro "O obstáculo é o caminho" e ex-diretor de marketing da American Apparel.
10. Autenticidade: o líder deve possuir sua própria forma de liderar. Você precisa mostrar que
pode comandar uma equipe sem a necessidade de imitar o que outros chefes fazem.
Cada um tem o seu estilo. Por Jeremy Bloom, cofundador e CEO da Integrate.
11. Mente Aberta: você precisa manter a mente aberta, os ouvidos também. Você deve ser
flexível e estar preparado para mudar quando for necessário. Por Daymond John, CEO
da Shark Branding e da FUBU.
12. Decisivo: tomar decisões faz parte da rotina de alguém em uma posição de liderança.
Você deve avaliar tudo e decidir com confiança. Por Scott Hoffman, dono da Folio
Literary Management.
13. Empoderamento: o grande líder deve empoderar os que estão em sua volta. Faça a sua
equipe superar as suas capacidades. Por Shannon Pappas, VP senior da Beachbody Live.
14. Positividade: você precisa desenvolver uma cultura otimista na organização. Um local
que propicie o pensamento positivo. Por Jason Harris, CEO da Mekanism.
15. Generosidade: o líder deve sempre oferecer a sua melhor face para os demais. Deve dar
mais do que recebe. Por Christopher Perilli, CEO da Pixel Mobb.
16. Persistência: as grandes conquistas costumam levar tempo e um líder deve persistir até
alcançar o sucesso. Por Noah Kagan, presidente da appsumo.
17. Insights: o líder precisa ser capaz de absorver tudo o que está acontecendo para chegar
a uma conclusão. Para isso ele deve estar sempre informado e a par de tudo o que
ocorre em seu negócio. Por Raj Bhakta, fundador da WhistlePig Whiskey.
18. Comunicação: toda a sua equipe precisa saber exatamente o que você precisa de cada
pessoa. O líder é capaz de se comunicar de forma clara. Por Kim Kurlanchik Russen, sócia
do TAO Group.
19. Responsabilidade: a pessoa que se encontra em uma posição de liderança é responsável
pelos sucessos e pelos fracassos. Você deve estar preparado para os dois cenários e
aceitar o fardo de ser um líder. Por Sandra Carreon-John, VP senior da M&C Saatchi Sport
& Entertainment.
20. Incansável: o líder deve estar sempre presente e precisa mostrar força e energia. Por Nick
Woolery, diretor global de marketing da Stance Socks.
42
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
43
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
• Exponha seus sentimentos: Líderes que apenas comunicam os fatos são tidos
como frios e distantes. Ao manifestar seus sentimentos os demais o verão como
real e humano. Saberão quem você é, e o respeito por você tende a aumentar.
• Conte a verdade: A honestidade é crucial para a credibilidade, sendo assim,
você deve ser visto como alguém que diz a verdade. A pessoas são mais
tolerantes ao descobrir algo que “não desejam ouvir” que ao descobrir que o
líder mentiu para elas.
• Mostre consistência: As pessoas desejam previsibilidade. A desconfiança
decorre de não saber o que esperar. Faça uma pausa para refletir sobre seus
valores e convicções. Depois deixe que suas decisões sempre sejam orientadas
por eles. Quando você conhece o seu objetivo central, suas ações decorrerão
de acordo com ele, você projetará uma firmeza que lhe trará a confiança dos
demais.
• Cumpra com suas promessas: A confiança requer que as pessoas acreditem
que podem contar com você. Dessa forma, você precisa garantir que manterá
sua palavra. Promessas feitas devem ser cumpridas.
• Mantenha a confiabilidade: Você confia nas pessoas que sejam discretas a às
quais você possa recorrer. Dessa forma, se as pessoas se expõem ao lhe contar
algo em confiança, precisam sentir-se seguras de que você não discutirá o
assunto com as outras pessoas ou trairá sua confiança. Se as pessoas o percebem
como alguém que deixa vazar confidências pessoais ou alguém com quem não
possam contar, você não será tido como digno de confiança.
• Demonstre competências: Conquiste a admiração e o respeito dos demais
demostrando habilidade técnicas e profissionais. Dedique especial atenção
ao desenvolvimento e à demonstração de duas habilidades de comunicação,
negociação e outras habilidades interpessoais.
44
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
E
IMPORTANT
Lembre-se: “O verdadeiro líder não faz tudo sozinho, mas motiva as pessoas a
trabalharem em equipe”. Robert Wong (apud JORDÃO, 2004, p. 105).
NOTA
46
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
FIGURA 10 – COMPETÊNCIA
Conhecimento
(saber)
Habilidade
Competência
(saber fazer)
Atitude
(Querer fazer)
FONTE: A autora
DICAS
Quer saber sobre competências? Então acesse o link a seguir e saiba mais
sobre a importância desses elementos para resultados pessoais/profissionais: <http://www.
transformece.com.br/o-que-sao-competencias/>.
Para ter equipes de alta performance, elevando os ganhos do negócio, o primeiro passo
é investir no desenvolvimento dos colaboradores. Caso contrário, há grande chance de
cultivar colaboradores estagnados que produzem apenas o solicitado. Vale lembrar que o
desenvolvimento deve ocorrer através de parceria entre o departamento de RH e os líderes
dos demais setores.
47
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
Todo líder precisa ter como função o acompanhamento de seus colaboradores. Para isso,
o primeiro passo é saber quem é o profissional: quais são os pontos fortes e fracos, os
fatores que o motivam, a qualidade dos resultados que apresenta, seus objetivos e anseios.
Com base nessas informações, o líder consegue alinhar as expectativas do liderado com as
estratégias da empresa, podendo inclusive, traçar caminhos e possíveis promoções.
FONTE: FERREIRA, Ana Carolina. Qual é o papel do líder para o desenvolvimento do colaborador?
Disponível em: <http://blog.peexbrasil.com.br/papel-do-lider-para-o-desenvolvimento-do-colaborador/>.
Essa mesma ideia é compartilhada por Jordão (2004, p. 70), que explica
que “a motivação está relacionada a ideia de que todo comportamento humano
tem uma causa, um motivo [...] todo comportamento humano é motivado, isto é
provocado por alguma necessidade do homem e não lhe pode ser imposto”.
48
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
Para Bergamini (2009, p. 88), para que o líder consiga ter seguidores
motivados existem dois aspectos que merecem a atenção
Para que o líder consiga manter sua equipe motivada, ele precisa entender
as necessidades de cada indivíduo. As pessoas são diferentes e, embora estejam
em uma mesma equipe, podem ter desejos e necessidades diferentes, cabe ao líder
identificá-los e oferecer estímulos de acordo com as necessidades identificadas.
49
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
NOTA
1. Para alcançar uma nova etapa, a anterior deve estar satisfeita, ao menos parcialmente. Isto
se dá uma vez que, quando uma etapa está satisfeita ela deixa de ser o elemento motivador
do comportamento do ser, fazendo com que outra necessidade tenha destaque como
motivação.
2. Os quatro primeiros níveis destas necessidades podem ser satisfeitos por aspectos
extrínsecos (externos) ao ser humano, e não apenas por sua vontade.
3. A necessidade de autorrealização nunca é saciada, ou seja, quanto mais se sacia, mais a
necessidade aumenta.
4. Acredita-se que as necessidades fisiológicas já nascem com o indivíduo. As outras
mostradas no esquema acima se adquirem com o tempo.
5. As necessidades primárias, ou básicas, se satisfazem mais rapidamente que as necessidades
secundárias, ou superiores.
6. O indivíduo será sempre motivado pelas necessidades que se apresentarem mais
importantes para ele.
FONTE: <http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-teoria-da-hierarquia-
das-necessidades/5266/>.
50
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
DICAS
51
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
NOTA
NOTA
Feedback Negativo: Apesar da carga negativa, não deixa de ser um feedback necessário,
pois mostra os pontos que precisamos melhorar, como um comportamento inadequado ou
algo que acaba afetando o nosso desempenho. Ter esse tipo de toque, de quem quer seja, é
52
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
importante, pois acabamos entendendo melhor quais são os objetivos da empresa e o que
ela espera de seus colaboradores. Esse norte contribui para eliminarmos o que há de errado
e para que possamos progredir no ambiente corporativo.
Feedback Construtivo: Esse feedback é uma junção dos dois anteriores, pois pode apontar
algo que não está adequado, porém, vem junto de uma solução para que o problema seja
resolvido. Com esse tipo de feedback, podemos identificar nossos erros e acertos e ainda
conseguir soluções e métodos para resolvê-los. Esse é o tipo de feedback mais indicado nas
empresas, principalmente com indivíduos que não sabem lidar com comentários negativos.
Ao identificar o ponto problemático de uma pessoa e elaborar uma maneira de lidar com ele,
você passará mais confiança e proporcionará motivação, ao invés de soar como uma bronca.
1
Deve ser
combinado
previamente
6 2
Deve validar Deve basear-se
o feedback em fatos e dados
Relação de
Parceria
5 3
Deve ser Deve zelar pela
transparente privacidade
4
Deve ocorrer em
tempo oportuno
53
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
54
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
DICAS
Quer assistir a outros filmes sobre liderança? Então acesse o link <http://penser.com.br/filmes-
sobre-lideranca/> e você terá uma grande listagem de filmes sobre o tema. Bom filme!
55
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
NOTA
O autor ainda reforça que as demais habilidades de um líder são importantes, no entanto
pesquisas mostram que a inteligência emocional é a condição sine qua non para a liderança.
E
IMPORTANT
Sine qua non é uma locução adjetiva, do latim, que significa “sem a qual não”. É uma
expressão frequentemente usada no nosso vocabulário e faz referência a uma ação ou
condição que é indispensável, que é imprescindível ou que é essencial.
56
TÓPICO 3 | O PAPEL DO LÍDER
DICAS
FONTE: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-e-psicologia/inteligencia-emocional-
trabalho-importante/>. Acesso em: 18 jan. 2018.
57
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
LEITURA COMPLEMENTAR
1. INTRODUÇÃO
2. GESTÃO CONTEMPORÂNEA
previsível esta dificuldade na condução dos trabalhos, pois as pessoas são a causa
de tudo que acontece e por definição não gerenciamos apenas o trabalho em si,
gerenciamos pessoas [...].
[...] O líder precisará saber definir o tipo de liderança a ser aplicada, saber
avaliar o grau de motivação e de amadurecimento tanto do grupo como dos
indivíduos, criando desta forma, um objetivo comum ao grupo, gerando assim
desafios necessários ao crescimento pessoal e consequentemente o crescimento
coletivo. Sendo assim, torna-se necessário entender a importância da inteligência
emocional na liderança e a sua relação com a melhoria da comunicação interpessoal
nas organizações [...].
3. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
59
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
tanto no ambiente profissional quanto familiar, uma vez que o indivíduo se torna
mais consciente de suas responsabilidades sobre o bem-estar de si mesmo e de
outrem, usando as habilidades adquiridas para promover uma mudança cultural
e social no meio em que vive e ou trabalha (GOLEMAN, 2007).
60
TÓPICO 1 | A LIDERANÇA
61
UNIDADE 1 | LIDERANÇA
6. CONCLUSÃO
Este são alguns trechos do artigo sobre inteligência emocional. Leia o texto na
íntegra acessando o site <http://www.inovarse.org/sites/default/files/T16_M_036.
pdf>. Boa leitura.
62
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Um líder precisa ter diferentes competências que lhe permitirão ouvir seus
liderados, se comunicar com as pessoas, aconselhá-las, resolver problemas e
tomar decisões.
• O líder precisa transmitir essa visão de futuro para todos, fazendo com que as
pessoas entendam o propósito que deverá ser alcançado e para que se motivem
para isso.
63
• O líder precisa saber fazer a associação entre as competências que o funcionário
possui e as necessárias para o cargo ou atividade.
• O líder precisa ter em sua equipe pessoas motivadas e para isso, ele precisa
entender as necessidades de cada indivíduo.
64
AUTOATIVIDADE
1 Um líder tem grandes responsabilidades e demandas para com sua equipe, com
cada um dos membros desta equipe, e claro, com a organização de uma forma
geral. Sua necessidade pode ser percebida em diversos momentos e demandas.
Sobre o líder, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças
falsas:
( ) Todo líder já nasce líder, pois existem habilidades que nunca poderão ser
aprendidas.
( ) Tão importante quanto ter várias habilidades comuns a muitos líderes, é
ter o desejo de ser um líder.
( ) O líder não é responsável pela motivação dos seus seguidores.
( ) O líder é mais necessário diante da estabilidade organizacional.
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) F– V – F – F.
d) ( ) V – F – V – V.
65
III– O primeiro passo para conquistar a inteligência emocional é conhecer suas
próprias emoções.
IV– Ser inteligente emocionalmente pode fazer com que as outras pessoas
o consideram uma pessoa fria, pois passa a demonstrar menos os seus
sentimentos.
66
UNIDADE 2
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Em praticamente todas as atividades que realizamos em nosso dia a dia,
mesmo que inconscientemente, nos relacionamos com outras pessoas, assim
surgem os relacionamentos interpessoais. Para iniciar o estudo direcionado às
relações interpessoais é necessário compreender, de forma clara, alguns conceitos
específicos que são relacionados aos nossos comportamentos e atitudes. Para
tanto, discutiremos, neste primeiro tópico, alguns aspectos conceituais sobre
como surgiu a teoria das Relações Humanas e como o entendimento desta teoria
tem auxiliado os indivíduos a interagirem nos mais diversos ambientes que estão
inseridos.
69
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
70
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
NOTA
DICAS
Ficou curioso para saber como eram as condições de trabalho antes do processo
de humanização? Assista ao filme Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, e procure refletir
em como as más condições no ambiente laboral podem interferir na saúde física e mental
dos indivíduos. Nesta grande obra, questões como a falta de coleguismo, desigualdades
sociais e assédio moral são colocadas em cena.
71
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
DICAS
72
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
Apatia Ocorre quando temos a sensação de que não há diferença entre gostar e não gostar.
73
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Uma pessoa e
Marido e mulher; vendedor e comprador; professor e aluno.
outra
Membros de Pai, mãe e filhos, no lar; professor e alunos, numa classe; empregados e
um grupo gestores, numa empresa.
74
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
NOTA
Agora que você já tem uma visão geral do que são as relações interpessoais,
procure refletir como é seu relacionamento com as pessoas que o cercam.
3 O INDIVÍDUO E O GRUPO
O conhecimento sobre o comportamento social tem sido estudado
por meio da análise do comportamento e das habilidades sociais. A análise
do comportamento enquadra-se em uma abordagem filosófica, científica e
aplicada, que vai além do domínio dos comportamentos sociais. Por outro lado,
as habilidades sociais voltam-se justamente para os comportamentos sociais.
75
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Para Del Prette e Del Prette (2001), a temática das relações interpessoais
faz parte de uma perspectiva sistêmica, ou seja, faz parte de um conjunto de
subsistemas do indivíduo integrado ao seu ambiente. Este ambiente não se
refere somente a situações específicas, mas agrega o âmbito familiar, escolar,
social e cultural. Seguindo a linha de pensamento de Del Prette e Del Prette, é
fundamental que se estude não apenas as relações do indivíduo no grupo, mas
também seu comportamento, sua história, suas raízes, seu contexto social como
um todo, identificando assim, possíveis causas para estes comportamentos.
NOTA
76
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
Procure refletir quais outras causas podem levar uma pessoa a ser agressiva no
trabalho e como você pode praticar sua empatia em momentos como este, prezando
sempre por manter o bom relacionamento no ambiente de trabalho.
Mas o que seriam as habilidades sociais? De acordo com Del Prette e Del
Prette (2001): “[...] refere-se à existência de diferentes classes de comportamentos
sociais no repertório do indivíduo para lidar de maneira adequada com as
demandas das situações interpessoais”. Desta forma, as habilidades sociais estão
associadas à forma como lidamos com determinadas situações que ocorrem por
meio dos relacionamentos interpessoais.
77
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Interdependência
entre os elementos
Sistema de
GRUPO
interação
Unidade
reconhecível
ATENCAO
78
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
NOTA
Você deve ter notado algumas características nesta entidade que a tornam um grupo. Discuta
com seus colegas quais características podem contribuir para que a FENASSEC forme um
grupo de indivíduos.
Vimos até agora, que um grupo é formado por indivíduos que buscam
um objetivo comum e interagem entre si, esta interação ocorre quando duas ou
mais pessoas se reúnem e realizam contato umas com as outras. A influência
que um indivíduo exerce sobre o outro dentro de um grupo, ocorre mediante
o emprego de linguagem, símbolos, gestos e postura (MINICUCCI, 2015). Se
observamos o comportamento de um grupo de pessoas que trabalham no setor
financeiro, como um banco ou cooperativa, podemos perceber que determinados
comportamentos são semelhantes. A forma de atender os clientes, o jeito que se
expressam diante de determinada situação, a conduta e a postura para resolver
problemas, a maneira de se vestir entre outras coisas.
79
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
A cultura organizacional
Para facilitar sua compreensão de cultura organizacional, leia o artigo de Fleury (1987)
disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-75901987000400003&script=sci_
arttext&tlng=pt>.
Você já deve ter notado que em uma organização existem diversos níveis
hierárquicos dentro dos grupos de trabalho. Esta divisão de papéis a serem
desempenhados é chamada de estratificação social, pois há indivíduos acima e
abaixo da hierarquia (MINICUCCI, 2015). Cada pessoa recebe uma função a ser
cumprida, surge então os papéis dos gestores, coordenadores, liderados, entre
outros. Toda esta estrutura é conduzida para facilitar a percepção do indivíduo
de qual é sua posição na empresa e, portanto, qual condução deve ter no ambiente
de trabalho.
80
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
exemplo, não é fácil conviver diariamente com pessoas que não conhecemos, e
principalmente quando não se está preparado para tais relacionamentos. Muitas
vezes, os jovens saem de um ambiente acadêmico e partem para o mercado de
trabalho sem estarem informados de como devem agir com os colegas (WEIL,
2013). Outra questão importante, quando se está inserido em um grupo de
trabalho, embora haja a estratificação social e a cultura organizacional, nem
sempre o indivíduo irá sentir que faz parte ou encaixa-se no que a empresa lhe
oferece.
NOTA
Atualmente, as organizações estão cada vez mais objetivando não apenas o lucro,
mas também benefícios no âmbito social e comunitário. Questões como bem-estar,
sociabilidade, desenvolvimento pessoal, entre outras, fazem com que a organização seja
mais atrativa diante dos funcionários. As pessoas, assim como as organizações, estão
mudando sua forma de pensar. Pertencer a uma organização deve fazer um sentido maior
do que apenas ser remunerado financeiramente. Os indivíduos estão buscando empresas
que possibilitem o bem social e façam a diferença para a comunidade, tornando-se um lugar
prazeroso para se estar.
Analise os grupos a que você pertence e verifique quais necessidades eles preenchem
para você.
81
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Por fim, este colega ainda consegue colocar-se no lugar do próximo, sendo
compreensivo com muitas pessoas que estão ao seu redor e fazendo contatos com
facilidade, ou seja, ele possui a competência da empatia e das habilidades sociais.
Todas essas competências fazem com que seu colega se destaque na empresa, ele
consegue se autopromover por meio de sua forma de agir e de se relacionar com
as pessoas, ele possui autoconhecimento de si e por isso sabe tomar decisões,
trabalhar em equipe e tem aptidão para liderar.
83
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Facilidade Social
Preocupação: Importar-se
Cognição Social: Saber como
com as necessidades dos
funciona o mundo social.
outros e agir com base nelas.
84
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
ATENCAO
Como você pode perceber, esta cena tinha tudo para se tornar um verdadeiro
conflito, porém, a secretária Dagmar soube usar sua inteligência social e identificar que o
sentimento dos colegas era de possível revolta por não poderem participar da organização
do evento, sentindo então a necessidade de rebaixá-la. Ao observar a situação por este lado,
compreendeu que poderia incluí-los em alguma atividade, conseguindo o contato do buffet
e ainda melhorando seu relacionamento interpessoal no trabalho.
Você agiria de qual maneira em uma situação como esta? Repense suas atividades
diárias e discuta com seus colegas de sala como é possível utilizar a inteligência emocional
no ambiente de trabalho.
ATENCAO
85
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
De acordo com Del Prette e Del Prette (2001, p. 63), as condições geradas
pelo automonitoramento são:
86
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
percepção, pontual e ter boa memória”. Além disso, os autores relatam que é
preciso, nesta profissão, transitar entre a vida profissional leve e ao mesmo tempo
enfrentar de forma dinâmica todos os desafios impostos, concentrando-se nas
soluções para resolver os problemas com sabedoria.
UNI
De acordo com Del Prette e Del Prette (2001), neste século, os termos
inteligência social e inteligência emocional têm ganhado espaço, existem
pressões em todos os campos da vida social em relação à forma como as pessoas
se comportam. Idealiza-se que o ser humano busque relações mais saudáveis e
para isso valoriza-se em sociedade questões como a boa comunicação, controle
emocional, criatividade, facilidade para trabalhar em equipe entre outras
características que reforçam perfis ideais de profissionais e estudantes.
87
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
5 FENÔMENOS GRUPAIS
Já estudamos anteriormente que um grupo é a união de pessoas com
um objetivo em comum. Pessoas que se reúnem para estudar, para elaborar o
projeto de um edifício, para jogar futebol ou simplesmente conversar sobre
um acontecimento, constituem na prática um grupo social. O comportamento
das pessoas dentro do grupo, também chamado de comportamento grupal, é
resultado das reações dos indivíduos e do comportamento do grupo como um
todo, de acordo com as dinâmicas existentes. Na dinâmica do grupo estão as
pessoas, as interações, os sentimentos, as atividades, a comunicação e os objetivos
(KANAANE, 1999).
A expressão dinâmica de grupo foi criada por Kurt Lewin com o intuito
de estudar os fenômenos grupais (OSORIO, 2008). Quando determinado grupo se
reúne para realizar uma tarefa, ocorrem diversos fenômenos entre suas conexões.
Compreender estes fenômenos permite melhorar o funcionamento do grupo,
além de proporcionar que as pessoas envolvidas consigam se capacitar para o
trabalho com e em grupo (OSORIO, 2008).
88
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
NOTA
89
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/46/52/fb/4652fbbc943cbb8a614a3f908c20424a.jpg>.
Acesso em: 11 nov. 2018.
O grupo pode, ainda, punir as pessoas que não cumprem com as normas
e regras impostas. Em nosso dia a dia, é possível identificar facilmente situações
que levam à punição. Imagine um grupo de estudos para a prova de relações
interpessoais. Todos os membros do grupo buscam trocar informações, resumos
e dicas de estudo, conforme acordado por todos, com exceção de um participante,
que até o momento apenas usufruiu das informações disponibilizadas no grupo,
não contribuindo de forma colaborativa. Certamente, este membro receberá
alguma punição em relação ao seu comportamento.
ATENCAO
90
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
sociais cada pessoa possui uma personalidade diferente, algumas sãos mais
semelhantes às nossas características e podem nos aproximar de determinadas
pessoas, outras são diferentes, e por isso, o contato pode ser mais distante.
Mas afinal, por que cada indivíduo possui uma personalidade diferente?
Para responder à esta pergunta, é preciso nos aprofundar em elementos específicos
da teoria da personalidade. Dentre estes elementos estão a estrutura, o processo,
o crescimento e desenvolvimento, a psicopatologia e a mudança (PERVIN;
JOHN, 2008). Trataremos especificamente do crescimento e desenvolvimento e
da psicopatologia.
DICAS
91
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Podemos concluir, até aqui, que a maneira como cada pessoa se comporta
em diversas situações reflete sua personalidade, logo, todas as pessoas podem
passar por algumas dificuldades devido à forma como se comportam diante
dos contextos vivenciados (KAY; TASMAN; LIEBERMAN, 2002). Desta forma,
entender a própria personalidade pode ajudar a melhorar as escolhas diárias,
podendo evitar assim, conflitos ou problemas maiores, como o estresse e a
ansiedade.
92
TÓPICO 1 | RELAÇÕES HUMANAS, OS GRUPOS E O INDIVÍDUO
NOTA
93
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
DICAS
94
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
I– Autorregulamentação.
II– Autopercepção.
III– Habilidade sociais.
( ) Envolve a competência que uma pessoa tem para interagir facilmente com
outras pessoas, usando isto em benefício próprio.
( ) Envolve a capacidade que uma pessoa tem para lidar com suas emoções,
possibilitando assim, melhorar as tarefas a serem cumpridas.
( ) Refere-se ao conhecimento que um indivíduo possui sobre seus sentimentos
em determinadas situações.
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) III – I – II.
d) ( ) II – I – III.
96
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O ser humano costuma passar boa parte de sua vida em uma organização,
isso ocorre pois é ali que ele consegue o sustento para sua família, tem a chance
de crescer profissionalmente, conquistar seus objetivos, se satisfazer enquanto
participante da sociedade, entre tantos outros motivos que fazem com que um
indivíduo busque dedicar-se ao seu trabalho. Assim, muitas atitudes pessoais
podem ser reflexo de acontecimentos no setor de trabalho. Quando isso ocorre,
as pessoas em volta acabam sofrendo ou vibrando com os comportamentos que
cada indivíduo realiza. Torna-se, portanto, aconselhável o estudo das relações
interpessoais no trabalho para que possamos identificar maneiras de minimizar
comportamentos agressivos e maximizar atitudes positivas, possibilitando o
equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Conseguir conciliar trabalho e vida pessoal não tem sido tarefa fácil,
principalmente em um ambiente voltado às tecnologias, em que o desenvolvimento
humano, por vezes, fica em segundo plano. A divergência entre família e trabalho
também ocorre, as famílias enfrentam dificuldades para compreender, por um
lado, a busca pelo sucesso no trabalho, e por outro, a atenção para compromissos
fora da empresa. Tanto as organizações como o próprio indivíduo devem buscar
soluções para estas questões. Aos seres humanos, é preciso saber identificar
limites entre o trabalho e sua vida pessoal. Para as organizações, é necessário
buscar alternativas para não sobrecarregar a vida pessoal dos seus funcionários
(BOM SUCESSO, 2002).
97
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Há muito tempo, grande parte das pessoas vivia na zona rural, a família era
a base para a construção da estrutura econômica básica. O pai era encarregado de
trabalhar no campo e repassar seus ensinamentos aos filhos. A mãe, por sua vez,
tinha como função cuidar da alimentação da família. As pessoas se conheciam e
participavam de atividades juntas. Assim, as relações no trabalho e na família
eram as mesmas, além disso, o trabalho proporcionava satisfação e era criativo
(MINICUCCI, 2015).
98
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
que possam assim, produzirem mais e melhor. De acordo com Kanaane (1999, p.
59), o trabalho é: “Uma ação humanizada exercida num contexto social, que sofre
influências oriundas de distintas fontes, o que resulta numa ação recíproca entre
o trabalhador e os meios de produção”.
99
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
100
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
Observando por outro lado, suponha que este mesmo porteiro não possua
o hábito de cumprimentar as pessoas que por ali passam, certamente sua imagem
será de um funcionário fechado e com o passar do tempo as pessoas passarão
despercebidas por ele. É assim também em seu ambiente de trabalho, quanto
mais você se esforçar para manter bons relacionamentos e melhorar o ambiente
de trabalho, melhores serão seus resultados e mais chances terá de ser ouvido em
uma reunião, das pessoas o procurarem para pedir sugestões, de ser respeitado
por seus colegas. Isso tudo independente da sua posição hierárquica dentro da
organização.
DICAS
101
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
102
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
103
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
DICAS
O Great Place To Work é uma autoridade global no mundo do trabalho, confira no link
abaixo quais foram as empresas que se destacaram no último relatório.
Disponível em: <https://gptw.com.br/ranking/melhores-empresas/>.
104
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
NOTA
3 A MOTIVAÇÃO E O TRABALHO
O que faz você sair todos os dias para trabalhar? Quais são os motivos que
lhe dão mais vontade em fazer o que faz? Todos nós temos um motivo maior que
nos impulsiona a querer fazer parte de algum trabalho, curso, atividade social.
A motivação não está presente apenas no ambiente de trabalho, ela move nossa
vida pela busca de algo maior, que nos faça sentir bem, nos satisfaça enquanto
seres humanos, do contrário, não haveria graça nem motivos para fazer o que
fazemos.
105
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
106
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
NOTA
107
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
impostos (BOM SUCESSO, 2002). Para que tudo isso aconteça de fato, a empresa
precisa tomar algumas atitudes e decisões em todo o seu contexto, vejamos a
seguir alguns deles.
NOTA
108
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
feitas. Por exemplo, para a pessoa que possui necessidade de estima, é importante
que seu líder imediato procure lhe fornecer feedback conforme suas evoluções no
trabalho, principalmente quando estas forem positivas e vierem acompanhadas
de elogios.
NOTA
Reflita sobre o trabalho que você desenvolve na empresa em que atua. Quais
necessidades expostas no Quadro 4 possuem maior relação as suas necessidades individuais?
Em seu trabalho você consegue satisfazê-las? Se não, o que tem feito para melhorar esta
situação?
DICAS
109
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
Discuta com seus colegas de sala: na empresa em que vocês atuam, existem
estímulos para motivar os funcionários? Procurem identificar quais são e como poderiam ser
implementados em outras empresas.
4 LIDERANÇA E PODER
Na Unidade 1 tratamos da liderança e seus aspectos fundamentais. Você
já sabe então que um indivíduo pode ser chamado de líder quando, por meio de
sua personalidade, consegue dirigir um grupo social e conquistar a participação
espontânea de todos os membros deste grupo (WEIL, 2013). Podemos notar a
partir desta definição que para que um líder exista, ele precisa pertencer a um
grupo, e as pessoas ali presentes devem ter inspiração pelas suas atitudes, para
que os trabalhos possam fluir de maneira respeitável e produtiva.
Considerando isso, sabemos que nem sempre essas relações são afetuosas,
muitas vezes o poder acaba impactando o comportamento do líder e ocasionando
conflitos no grupo. Assim, é relevante buscarmos entender como o líder pode
utilizar de seus relacionamentos interpessoais para melhorar a convivência das
pessoas no ambiente de trabalho e quais atitudes de poder devem ser evitadas
dentro de uma organização.
110
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
NOTA
Se você não tem um líder, é possível que seja um! Busque identificar em seu
trabalho qual pessoa é considerada líder e como o grupo costuma tratá-la. Com respeito e
inspiração ou com medo?
Mesmo que um líder tenha ótimas qualidades para dirigir, ele não trabalhará
sozinho. Certamente ele precisará lidar com seguidores, subordinados e dirigidos
(MINICUCCI, 2015). Desta forma, se um líder possuir alguma dificuldade em
lidar com seus seguidores, subordinados e dirigidos, possivelmente isso será
percebido por todo o grupo, causando desconforto. Você consegue perceber o
quanto um líder pode melhorar ou piorar seu grupo?
AUTOATIVIDADE
112
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
dos membros do grupo. Líderes que não possuem habilidades de liderança, que
são rejeitados pelas equipes de trabalho, costumam piorar o clima organizacional,
além de aumentar conflitos (BOM SUCESSO, 2002).
NOTA
Você já ouviu falar do chefe boçal? Ele acredita que o assédio moral é uma
forma de liderança. Descubra mais sobre o chefe boçal e como evitar essas atitudes no link
disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/lider-ou-bocal-como-
seus-subordinados-o-veem/75495/>.
113
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
O poder nas organizações pode ser visto não apenas pela liderança, mas
existem outros momentos em que ele é destacado. De acordo com Bom Sucesso
(2002), nas equipes de trabalho é comum notar disputas constantes por poder e
prestígio. Essas disputas podem ser pela busca de reconhecimento pelos dirigentes
ou ainda pela competição de liderança com os colegas de equipe. O autor
descreve ainda que a disputa pelo poder e prestígio surge de várias maneiras,
como quando o indivíduo mostra que conseguiu determinada informação antes
que seus colegas, faz amizades com os amigos do futuro chefe, promove festas,
forma panelinhas contra algum colega, entre tantos outros exemplos.
É possível afirmar com base no que já lemos até agora que o líder atual é
aquele que é aberto ao diálogo, que é flexível e tem a capacidade de incentivar a
troca de ideias entre as equipes. Líderes que persistirem em se manter longe das
equipes, detendo o poder centralizado, certamente privarão seus subordinados de
usar suas experiências, criatividade e suas informações para promover benefícios
para a organização (FERNANDES; OLIVEIRA; SILVA, 2006). Mas, como pode ser
possível melhorar o relacionamento do líder com os subordinados? Conforme o
Quadro 5, existem algumas qualidades pessoais do líder que podem despertar
em seus subordinados equilíbrio, alegria e produtividade.
114
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
Autocontrole O líder não se deixa levar pelos seus impulsos, sabe controlar suas reações.
Empatia Busca compreender o seu humano, estando a par dos problemas de cada um.
Procura da Procura sempre obter o acordo de todos, sem ouvir apenas a maioria,
unanimidade ouve também a minoria.
O líder é também o educador, deve ter qualidades superiores à média do
Dar o exemplo
seu grupo.
Atitude de respeito
O líder respeita profundamente o ser humano.
humano
Enfrentar as O líder sabe lidar com situações de tensões, costuma reunir as pessoas e
tensões e conflitos busca entender as causas e resolvê-las, de forma coletiva.
DICAS
1° Respeitar o ser humano e crer nas suas possibilidades, que são imensas.
2° Confiar no grupo, mais que em si mesmo.
3° Evitar críticas a qualquer pessoa em público, procurando sempre elogiar, diante do grupo,
os aspectos positivos de cada um.
4° Estar sempre dando o exemplo, em vez de ficar criticando todo o tempo.
5° Evitar dar ordens, procurando a cooperação de cada um.
6° Dar a cada um o seu lugar, levando em consideração os seus gostos, interesses e aptidões
pessoais.
7° Evitar tomar, mesmo de maneira provisória, a iniciativa de uma responsabilidade que
pertença a outrem, mesmo pensando que faria melhor; no caso de chefes que lhe são
subordinados, evitar “passar por cima” deles.
8° Consultar os membros do grupo, antes de tomar uma resolução importante, que envolva
interesses comuns.
9° Antes de agir, explicar aos membros do grupo o que vai fazer e por quê.
10° Evitar tomar parte nas discussões, quando presidir uma reunião; guardar neutralidade
absoluta, fazendo registrar, imparcialmente, as decisões do grupo.
Assista também ao vídeo O bom líder inspira, do professor e filósofo Mario Sergio Cortella.
Vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=U9vi0acPujE>.
115
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
Discuta com seus colegas de sala, qual dos conflitos interpessoais é mais
presente no seu ambiente de trabalho, o de natureza substantiva ou emocional? Procurem
buscar os motivos que levam tal conflito acontecer. Na opinião de seu grupo, poderia um
conflito de natureza substantiva tornar-se um conflito de natureza emocional?
116
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
NOTA
117
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
118
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
DICAS
A crítica, assim como outras causas citadas acima, é uma das grandes
responsáveis pelas tensões e conflitos no trabalho. A crítica pode ser tanto
construtiva quanto destrutiva, isso dependerá de como o criticado age diante da
crítica e como ela é repassada por quem critica. É necessário identificar que a
119
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
crítica afetiva existe quando há o real interesse pelo outro e pelo seu crescimento
pessoal (BOM SUCESSO, 2002). Quando a pessoa fica sabendo, por exemplo,
que alguém falou mal dela, sem dar a chance de se defender, isso pode ser
associado de forma ofensiva, considerando-se uma crítica destrutiva. Por outro
lado, se a pessoa entende a crítica como um sinal de alerta para um possível
comportamento errado e recebe a oportunidade de explicar possíveis causas para
este comportamento, ocorre uma crítica construtiva.
DICAS
Saber criticar e receber uma crítica não é algo simples, é preciso atentar a alguns
aspectos que facilitam este processo. Ficou interessado? Assista ao vídeo Como fazer uma
crítica construtiva e expanda sua compreensão sobre este assunto.
120
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
Aprendemos até aqui que conflitos surgem por diversas causas e possuem
consequências negativas para a qualidade e a produtividade de uma organização e
de seus membros. Existem ainda as tensões em um ambiente de trabalho, que não
devem ser confundidas com os conflitos. As tensões têm seu significado voltado
para como nos sentimos diante da espera de um objetivo ou acontecimento que
nos é importante e necessário. A tensão faz parte da nossa vida, quando evitamos
tensões, estamos por evitar também nossos objetivos, então qual o problema em
termos tensões? As tensões tornam-se um problema quando são consideradas
nocivas e desnecessárias (WEIL, 2013). Veja no Quadro 6, alguns tipos de tensões
que podem prejudicar nossa saúde física e mental.
121
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
122
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
organizacional em si. Por isso, não há uma fórmula mágica, mas cada situação
conflituosa merece atenção e discussão dos envolvidos para melhorar solucioná-
la ou evitá-la.
NOTA
Você já deve ter presenciado alguma cena de conflito, seja como participante
ou apenas observador. Imagine a seguinte situação de conflito: Júlio decidiu pedir aumento
ao seu superior, alegando estar realizando mais tarefas do que seu colega ao lado, Carlos.
Ao ouvir isso, Carlos levanta-se furioso e começa uma discussão.
Reflita com seus colegas de sala qual das estratégias de gestão de conflitos
seriam melhor aplicadas em uma situação como esta? Integrativo, acomodação, domínio,
evitamento ou compromisso? Comente o motivo da sua escolha.
Perceba então que cada grupo poderá optar por soluções distintas e estas
darão o desfecho ou o direcionamento para o conflito. Como já vimos, os grupos
são formados por indivíduos, então, além da solução de conflitos partir dos
grupos, deve-se compreender qual a postura dos indivíduos deste grupo diante
123
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
ATENCAO
Lembre-se destas diferenças e também que um conflito não ocorre apenas por
existirem discordâncias de pensamentos no ambiente de trabalho, isso é natural! O conflito
na verdade se instala quando esse clima é agravado e acaba resultando em raiva, discussões,
desrespeito entre outros acontecimentos.
124
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
NOTA
125
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
126
TÓPICO 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO TRABALHO
das reações que as outras pessoas têm sobre nós. Conhecer a si mesmo significa,
então, a visão que temos da nossa própria imagem, por meio do ponto de vista de
outras pessoas. Por essa perspectiva, o mundo exterior pode nos causar dúvidas
e sofrimento em relação a quem realmente somos, nossas competências e valores.
Por isso, a abordagem humanista ressalta que, quando o sujeito é capaz de aceitar-
se como verdadeiramente é, tende a desenvolver sua maturidade emocional,
deixando de lado o uso excessivo dos mecanismos de defesa (MENDES et al.,
2012). Anteriormente nesta unidade, já tratamos sobre os mecanismos de defesa.
Não é à toa que coordenar grupos é uma das quatro habilidades importantes
para o trabalho citadas por Del Prette e Del Prette (2001), essas habilidades estão
agregadas a habilidades sociais profissionais, sendo expandidas por conceitos
como inteligência emocional, inteligência social, sensibilidade para o trabalho
em equipe, assertividade, entre outros. Especificamente em coordenar grupos,
os autores relatam que a habilidade de mediar conflitos de opiniões é essencial
para o bom líder. Da mesma forma, é mais provável que se resolva situações de
conflito e problemas coletivos de forma eficaz quando as pessoas que estão em
posição de coordenar ou mediar soluções apresentam alguma dessas habilidades
sociais, como resolução de problemas e a tomada de decisão.
DICAS
Você já deve ter notado o quão importante é para a organização que um líder
saiba lidar com os conflitos existentes na empresa. Se ficou interessado e deseja saber mais,
leia a reportagem 7 dicas essências para o líder administrar conflitos.
Disponível em: <https://www.crbasso.com.br/blog/7-dicas-essenciais-para-o-lider-administrar-
conflitos/>.
127
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
128
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
129
AUTOATIVIDADE
Conceitos:
Características:
a) ( ) I, III, II.
b) ( ) II, I, III.
c) ( ) III, I, II.
d) ( ) III, II, I.
130
4 Você acredita que as críticas no ambiente de trabalho podem ser construtivas?
Se sim, cite dois exemplos de críticas construtivas e como estas podem
auxiliar no desenvolvimento profissional de um indivíduo.
131
132
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A comunicação é o elo para transmitirmos nosso conhecimento, tirarmos
dúvidas, darmos opiniões, sugestões, entre outros aspectos que englobam a arte
da comunicação. Todos os dias a comunicação se faz presente em nossa volta, não
é apenas o ato de falar que caracteriza uma comunicação, ela pode estar presente
nos gestos, olhares, leituras, entre outras situações que você terá a oportunidade
de aprender neste novo tópico.
134
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
135
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
Note que é preciso equilibrar o corpo e a fala para que sejam nossos aliados na arte
da comunicação. Discuta com seus colegas quais hábitos de comunicação não verbal estão
presentes em seu ambiente de trabalho, são gestos que condizem com o que as pessoas
querem transmitir ou acabam atrapalhando o clima no local de trabalho?
DICAS
O livro O corpo Fala, dos autores Pierre Weil e Roland Tompakow, é uma
indicação interessante de leitura para compreender melhor a comunicação não verbal.
137
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
Você deve estar se perguntando por qual motivo uma comunicação poderia
ser falha ou ter insucesso. Existem algumas situações que podem dificultar as
comunicações. Para Minicucci (2015), quando ocorre a má comunicação existem
bloqueios, filtragens e ruídos impedindo que esta comunicação seja efetuada de
maneira adequada. A filtragem acontece quando apenas uma parte da mensagem
é recebida, o emissor pode emitir três informações, mas o receptor entenderá
apenas uma delas. Os ruídos, por sua vez, concretizam-se quando uma mensagem
é distorcida ou mal interpretada, podemos associar quando estamos em um
ambiente muito barulhento e nos chega apenas parte da mensagem emitida. Por
fim, o autor relata o bloqueio, em que a mensagem é interrompida ou não é captada
pelo receptor. Ambas as situações, bloqueios, filtragens e ruídos impedem que a
mensagem seja recebida de forma clara e correta, provocando falha na comunicação.
Para Weil (2013), não apenas os ruídos e barulhos podem atrapalhar uma
conversa, mas também questões que envolvam opiniões e atitudes do receptor, é
aquela velha situação em que a pessoa só ouve o que lhe é interessante; o egocentrismo
também é tido como uma barreira nas comunicações, quando estamos sempre
prontos para rebater as informações recebidas, impedindo assim de compreender
o ponto de vista do emissor; a percepção que temos dos outros pode fazer com
que prestemos mais atenção em certas pessoas do que em outras, esta situação é
influenciada por preconceitos e estereótipos; a competição também é descrita pelo
autor como um impedimento a comunicação eficaz, quando competimos não temos
tempo de ouvir o outro, buscamos apenas sermos ouvidos.
NOTA
Você é questionador? Utiliza humor nas conversas? Seu tom de voz é alto? Você
costuma falar com gestos? Você não deixa os outros falarem? Geralmente interrompe quem
está falando? Fala pouco? Discuta com seus colegas de sala, quais destes questionamentos
poderiam prejudicar a comunicação interpessoal e por qual motivo.
138
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: https://wordsofleisure.com/2015/05/24/tirinha-do-dia-o-poder-de-um-boato/.
Acesso em: 5 dez. 2018.
139
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
4 FACILITADORES DA COMUNICAÇÃO
O fato de você falar não quer dizer que saiba se comunicar. Saber
se comunicar exige atenção, prática e melhorias constantes, principalmente
quando se está começando a compreender a importância da comunicação para o
crescimento e desenvolvimento profissional (DALE CARNEGIE & ASSOCIATES,
2012). De acordo com Minicucci (2015), existem alguns aspectos que podem
melhorar a compreensão da comunicação, dentre estes podemos destacar os que
seguem:
140
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
perda de algum parente próximo, por isso saber ouvir é também entender as
mensagens que vão além da fala.
• Uso de comunicações face a face – quando nos comunicamos de forma virtual,
deixar as palavras em caixa alta, por exemplo, pode dar a entender que você
está gritando com a pessoa do outro lado da tela. Por isso, é mais fácil as
pessoas aceitarem uma crítica quando estão face a face. A comunicação face a
face ainda é uma boa oportunidade de tornar a comunicação mais envolvente
e fácil.
• Colocar-se no mundo do recebedor – a mensagem que se deseja transmitir
deve ser moldada para que a pessoa que receba possa entender, desta forma, é
preciso adaptar a mensagem aos interesses e valores do receptor.
• Saber distinguir o momento oportuno de a mensagem ser enviada – sempre
há um momento oportuno para a comunicação ser estabelecida, é necessário
estar atento a eles para que a mensagem não corra o risco de ser ignorada ou
mal interpretada.
• A mensagem deve ser simples, direta e sem redundância – quanto mais clara
for a mensagem, maior será a capacidade do receptor de entendê-la.
Note que saber ouvir vai além de escutar palavras, saber ouvir é buscar
entender as mensagens que as outras pessoas têm a nos passar, atentando
para todo o contexto em que a comunicação está acontecendo, bem como aos
sentimentos empregados nas mensagens (DALE CARNEGIE & ASSOCIATES,
2012). Para uma comunicação fluir de maneira correta, é preciso que ambos os
envolvidos na conversa aceitem as diferenças uns dos outros, reconhecendo o
modo individual de observar e de interpretar a realidade de cada pessoa. Para
influenciar alguém, não é preciso dominá-lo, mas sim desenvolver habilidades de
expor ideias sem pressões ou constrangimentos (DI NIZO, 2007).
NOTA
Para se aprofundar neste contexto, sugerimos a leitura do artigo escrito por Bíscoli
e Lotte (2006), com o tema: Reflexões teóricas sobre a importância da comunicação na
profissão de secretariado executivo.
141
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
Você já deve ter notado em algum colega de trabalho ou até mesmo em você, a
incapacidade de dizer não diante de algo que é imposto. Pessoas assim, acabam abraçando
todos os problemas da organização. Os demais colegas passam todos os “pepinos” pois
sabem que esta pessoa não negará. Com o tempo, as pessoas que não dizem não, acabam
acumulando suas atividades e ficando estressadas por não conseguirem cumprir todas as
metas, acabam esquecendo suas reais necessidades. Aprender a dizer sim ou não diante
de uma comunicação é importante para que se filtre o que realmente conseguimos realizar
daquilo que não nos fará bem ao longo do tempo. E você? Como anda sua comunicação?
Como você pôde notar, para ter uma comunicação assertiva é preciso
identificar o que se deseja, ter um comportamento proativo, buscando soluções
com foco nos problemas e não nas pessoas, sabendo inclusive dizer não, sem receio.
Essas condutas possibilitam que mal-entendidos sejam evitados, que boatos não se
espalhem e que se crie um ambiente de trabalho tranquilo. Para isso a escuta eficaz
também se faz necessária. Fazem parte desta escuta a formulação de perguntas
de esclarecimento ao interlocutor, repetir o que se entendeu, a fim de confirmar o
verdadeiro sentido da mensagem; observar de forma atenta a linguagem não verbal;
não criar estereótipos que impeçam que a mensagem seja dada; não interromper
a pessoa que tem a vez da fala; prestar atenção no que está sendo dito e deixar
abertura para ideias e sugestões (TERCIOTTI; MACARENCO, 2017).
NOTA
143
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
o sentido da mensagem, procurar ter expressões faciais que combinem com o que
se está dizendo e buscar um tom de voz adequado (TERCIOTTI; MACARENCO,
2017). Essas são algumas das ações que podem ser adotadas em busca da boa
comunicação. É possível que você já tenha presenciado ou praticado diversos
exemplos de comunicação assertiva, são elas que fazem nossas relações serem mais
harmoniosas e facilitam a comunicação seja no ambiente profissional ou pessoal.
5 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
A comunicação tem sido considerada uma ferramenta estratégica de gestão.
Nesse contexto, encontra-se a comunicação organizacional. Com as mudanças
impostas a todos os campos sociais e organizacionais, surgem novas formas de
trabalho que trazem consigo a necessidade de expandir as formas existentes de
comunicação. A falta de comunicação pode causar resultados inadequados no
nível estratégico das organizações. A comunicação na empresa direciona-se para
a criação de visões compartilhadas e um ambiente colaborativo (VIEIRA, 2004).
NOTA
144
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
145
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
NOTA
146
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
147
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
NOTA
148
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
Um novo padrão de relações exige e idealiza tanto para alunos, quanto para
profissionais, perfis que obtenham a inteligência social, sensibilidade, empatia,
assertividade, desenvolvimento interpessoal (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001),
entre outras características que fazem toda a diferença em meio a globalização e
competitividade. Além disso, para Del Prette e Del Prette (2001), as capacidades
de boa comunicação, mente criativa, facilidade para trabalhar em equipe e liderar
de maneira produtiva são algumas das capacidades que são idealizadas para o
ser humano do século XXI, visando construir relações mais saudáveis.
NOTA
149
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
150
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
151
UNIDADE 2 | RELAÇÕES INTERPESSOAIS
152
TÓPICO 3 | AS COMUNICAÇÕES NAS RELAÇÕES HUMANAS
153
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
154
AUTOATIVIDADE
1 Um gerente solicita via e-mail que seu subordinado compareça em sua sala
para responder se irá participar da auditoria que acontecerá no sábado.
Desta forma, o gerente poderá lhe passar as orientações necessárias. Essa
comunicação pode ser considerada unilateral ou bilateral? Justifique.
I– Omissão.
II– Distorção.
III– Sobrecarga.
a) ( ) I – III – II.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) III – I – II.
d) ( ) II – I – III.
155
c) ( ) Compreender as opiniões dos funcionários e mantê-los sempre bem
informados.
d) ( ) Proporcionar que boatos e fofocas sejam disseminados pela organização.
156
UNIDADE 3
ÉTICA PROFISSIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 1
O QUE É ÉTICA
1 INTRODUÇÃO
Nossa vida cotidiana está repleta de questionamento do tipo: devo
cumprir a promessa x que fiz a um amigo próximo, mesmo sabendo que poderá
causar danos ao próximo? Se ao andar à noite sozinho, percebo a aproximação
de alguém que possa tentar me agredir, devo atacar o suspeito aproveitando que
ninguém está vendo, só para garantir que não serei atacado? Devo dizer sempre
a verdade ou há situações em que posso mentir?
Nos dias de hoje você já deve ter ouvido muito falar sobre a palavra ética, não
é mesmo? Até certo tempo esse tema não era tão evidenciado como nos dias de hoje.
Isso porque talvez mais pessoas saibam o que significa e, a partir de então, começam
a analisar o comportamento de seus semelhando baseando-se em princípios éticos.
Para auxiliar nas respostas daremos início a essa última unidade de estudos
sobre os mais variados conceitos de ética bem como sua origem. Como veremos a
seguir, muito se fala nesta tal ética, porém pouco se pratica. Neste tópico daremos
um norte sobre as ciências que estudam a ética, o comportamento ético do ser
humano, a relação do homem com a ética além de diferenciar a ética da moral.
Vamos lá?
159
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
2 O SIGNIFICADO DA ÉTICA
Partindo para uma contextualização histórica da ética, os estudos voltados
a essa terminologia começaram no momento em que o homem começou a viver
em sociedade. Essa convivência fez surgir a necessidade de se estabelecer normas
e comportamento do convívio humano. A partir de então, a ética é vista de modo
primário, como conjunto de valores que vão se modificando conforme o passar
dos anos e a evolução da humanidade (EGG, 2012).
Valls (1994) destaca que ética é algo que, quando perguntado a alguém,
todo mundo sabe que existe, no entanto ninguém é capaz de explicar com
precisão o que seria essa tal “ética”. Ainda complementando, quando alguém é
questionado em relação a ter ou não um comportamento ético, mesmo sem saber
exatamente o que é, vão lhe responder que sim, seu comportamento é ético.
PROPRIEDADE DO CARÁTER
ÉTICA
160
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
Muitas vezes, em nosso dia a dia, somos testados por outras pessoas ou
situações quanto a ser ético. Em primeiro momento, podemos dizer, de modo
bem superficial, que a escolha de ser ético ou não está relacionado ao caminho do
bem o do mal. Tendo esse raciocínio como base, analisando as situações diárias
pelas quais passamos, somos desafiados a realizar escolhas, entre fazer o que é
certo, porém com consequências imediatas a alguém, ou então fazer o que nos
convém, mesmo que seja incorreto. A partir disso fica o questionamento, o que
fazer? Ser ético em suas escolhas ou não? Mas o que seria tomar uma atitude ética
nesses casos?
161
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
DICAS
O autor ainda destaca que para melhor compreensão do que seria ética
em sua teoria é separada em duas vertentes descritas a seguir:
162
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
• Conjunto de teorias que de modo geral não se aplica na prática: Muitas pessoas
acreditam que a ética acaba por ser inaplicável no mundo real, no entanto, a
teoria relacionada à ética deve ser o que se pratica e não meramente teórica.
O que pode acontecer em muitas situações é que a ética acaba por não ser
praticada.
FONTE: <http://notasasombradostempos.blogspot.com/2017/05/a-sociedade-da-
desresponsabilizacao.html>. Acesso em: 3 ago. 2018.
Dadas as questões expostas acima do que não seria a ética, Singer (2002)
destaca então o que ela de fato seria. Como já citado, muitos comportamentos
podem ser considerados antiéticos em função de ir contra ao que acreditamos,
de modo individual. No entanto, cada um pode apresentar padrões éticos que
diferem entres os indivíduos, como nos casos citados acima por Cortella (2013).
163
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
estarem vivendo dentro de padrões éticos, mesmo que em nível individual esteja
de acordo com os princípios morais.
Vale ressaltar então que a ética é algo do coletivo, que desde o início da
convivência do homem em sociedade foi necessário para estabelecer normas e
regras de convivência. Assim, a ética pode ser definida como um conjunto de a
valores dos indivíduos em sua vida em sociedade.
164
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
165
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Ou seja, para Platão, a ética era evitar tudo o que lhe induzia a
comportamentos errôneos.
Podemos compreender então que a ética não é algo novo e vem sendo
investigado há muitos anos. Passados os filósofos gregos, vamos ver o que os
diversos períodos da história da sociedade nos trazem quanto à ética.
166
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
foi muito marcado pela criação do cristianismo, o que fez com que a visão da ética
e da moral fossem baseadas neste sentido (TAVARES, 2013).
FONTE: <https://blogdomarcelogomesfreire.wordpress.com/2009/09/15/atendimento-
especial/> Acesso em: 10 ago. 2018.
Neste período, a ética passa a ficar mais próxima do que havíamos falado
até então. Passa a se aproximar das ações e comportamento humano, bem como
sua responsabilização pelos seus atos e não somente a visão da felicidade trazida
pelos filósofos gregos (TAVARES, 2013).
167
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Como podemos observar, a ética, com o passar dos anos, foi se moldando
de acordo com a sociedade. Assim como a sociedade evoluía, a ética também foi
alterando suas concepções.
168
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
FONTE: <http://hi-etica.blogspot.com/2011/02/foto-etica-na-sociedade.html>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
169
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
4 ÉTICA X MORAL
Agora que conseguimos compreender um pouco mais sobre a ética e seus
conceitos, vamos conhecer um pouco da moral. O que podemos afirmar em um
primeiro momento é que a ética e a moral estão totalmente relacionadas, porém
não são a mesma coisa. Você saberia responder o que é moral? Qual é a diferença
entre a ética e a moral? Será que ambas estão relacionadas ao comportamento
humano?
170
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
ÉTICA MORAL
Para esclarecer melhor, Passos (2004, p. 23) destaca que “[...] a moral
normatiza e direciona a prática das pessoas, e a ética teoriza sobre as condutas,
estudando as concepções que dão suporte à moral”. Com isso podemos afirmar
que a ética e a moral caminham sempre juntas. Isso porque a ética é a ciência na
qual se estuda a conduta moral do homem na sociedade.
171
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Ética Moral
Perene Temporal
Universal Cultural
Regra Conduta da Regra
Teoria Prática
Srour (2003) destaca que enquanto a ética está relacionada com as questões
teóricas a um estudo mais sistemático, a moral corresponde à realidade, a prática
das normas, o que se espera do comportamento do indivíduo em sociedade,
divide também o que é identificado como um mau comportamento e um bom
comportamento.
A moral está fortemente ligada aos costumes de uma sociedade, aos valores
e às normas. É a partir da moral que conseguirmos identificar o que devemos
fazer em determinado contexto. Ela faz parte da vida concreta das pessoas em
função de estar relacionada com os valores, hábitos e costumes, podemos afirmar
que ela faz parte da cultura do ser humano (FÁVERI, 2009).
172
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
A moral não é apenas uma só para todos, assim como existem várias
culturas, vários perfis sociais, múltiplas identidades organizacionais, a moral vai
se adaptando e se alterando para cada cenário, conforme os valores de cada grupo
social. Isso faz com que as condutas também se apresentem de forma diferenciada
em cada cenário de acordo com a moral (SROUR, 2003).
173
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
• Moral – é agir de acordo com seus próprios valores, ou ainda valores da sua
organização, sociedade ou até mesmo meio no qual você vive, sem que suas
atitudes sejam prejudiciais ao próximo.
• Imoral – ser imoral está relacionado ao comportamento contrário aos valores
estabelecidos na organização, sociedade na qual você está inserido, essas ações
normalmente tendem a refletir negativamente os outros indivíduos.
• Amoral – é um comportamento apresentado como neutro, no qual suas atitudes
não apresentarão reflexo nem positivo, nem negativo.
5 HOMEM E A ÉTICA
Como vimos até aqui, a ética faz parte do ser humano. A ética está presente
em suas ações em todos os lugares e a todo momento. O comportamento do ser
humano na sociedade está passível de julgamento do ser ético ou não.
Deste modo podemos afirmar que a ética parte do ser humano. Somos nós
quem ditamos como devemos conviver em sociedade e quais serão as regras que
nos permitirão uma vida em harmonia. Você deve estar se perguntando, mas no
cenário real de hoje não é bem assim que funciona, não é mesmo?
174
TÓPICO 1 | O QUE É ÉTICA
Isso nos leva a pensar quantas vezes falamos a frase: “Essa pessoa é
antiética!” No entanto, o que é correto para eles pode não ser para nós. Hoje,
em muitos casos as questões éticas são apenas aparência, no qual se fala muito
e se pratica pouco, em que o pensamento coletivo, o que deveria ser voltado a
um pensamento social de fraternidade, está praticamente ausente (CORTELLA,
2013).
Com isso, Singer (2002) relata que a ética exige que pensemos um pouco
além do que somente nosso ponto de vista, que nos voltemos ao ponto de vista
universal, que seja comum à sociedade, para assim podemos caracterizar nosso
comportamento como ético e moral.
175
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
FONTE: <http://anaperugini.com.br/etica-em-tempos-de-pos-verdade/>.
Acesso em: 16 ago. 2018.
Ao fim deste tópico o que devemos ter muito claro em nossa mente é
que a ética está em nossas ações diárias. Ela é algo a ser analisado em nível de
coletividade com olhar universal e não somente observando o que seria certo
para o bem-estar individual. O pensamento de coletividade, hoje, é algo que
quase não conseguimos mais identificar na sociedade, em função disso é que
destacamos muitos comportamentos como sendo antiéticos, que fogem muito da
preocupação com o todo.
176
RESUMO DO TÓPICO 1
177
AUTOATIVIDADE
178
( ) A psicologia estuda a ética a partir do comportamento humano,
compreendendo os atos individuais.
( ) A economia estuda a relação efetiva da ética na vida social e perante os
fenômenos econômicos.
( ) A bioética estuda a ética a partir da relação com a vida humana e fatores
que estão relacionados à qualidade de vida humana.
( ) A sociologia estuda a ética na questão do poder dado ao ser humano e as
consequências desse poder.
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) V – F – F – V.
179
180
UNIDADE 3
TÓPICO 2
ÉTICA PROFISSIONAL
1 INTRODUÇÃO
Talvez um dos temas mais desafiadores de ser trabalhado é a questão
da ética nos locais de trabalho. Como ser ético na minha profissão? Existe algo
que regulamente o comportamento ético da minha profissão? Essas são algumas
das perguntas que iremos responder neste segundo tópico da Unidade 3 desta
disciplina.
A ética no local de trabalho se faz necessária pelo mesmo motivo pelo qual,
no princípio da humanidade, criou-se a ética, para que a convivência profissional
fosse possível dentro dos limites do respeito para com seu colega de trabalho.
Uma organização, seja ela qual for, é formada por pessoas. Essas pessoas
apresentam os mais variados comportamentos, com valores e princípios diferentes
umas das outras. Em seu local de trabalho você pode observar e verificar essas
diferenças na prática, não é mesmo? O mais desafiador nesta convivência é fazer
com que, mesmo com todas as diferenças individuais, todos trabalhem em prol
de um único objetivo, o objetivo da organização na qual trabalham.
181
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
2 A ÉTICA E AS PROFISSÕES
Na sociedade nos dias de hoje, somos observados o tempo todo,
principalmente pelas nossas atitudes. Não basta sermos somente bons pais, bons
filhos, bons amigos ou bons vizinhos, temos que ser bons profissionais também
(ALONSO, 2006). A questão de sermos bons profissionais não engloba somente a
questão do desenvolvimento da profissão, mas sim a conduta e comportamento
apresentado no local de trabalho.
FIGURA 9 – PROFISSÕES
FONTE: <https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/guiaenem/estudantes-vivem-desafio-
de-escolher-profissao-22079639>. Acesso em: 28 ago. 2018.
182
TÓPICO 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
DICAS
Kant foi um filósofo alemão conhecido por dar origem à filosofia crítica. Para saber
um pouco mais sobre este filósofo, acesse: <https://www.ebiografia.com/immanuel_kant/>.
Assim, observando que essa prática trará benefícios tanto para quem
realiza o trabalho a alguém quanto para quem aproveita dos frutos desse trabalho,
essa relação exige a priorização de comportamentos que seja condizentes com os
princípios éticos específicos (SÁ, 2007).
183
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
profissional é uma via de mão dupla, na qual se beneficia quem realiza o trabalho
e quem recebe o trabalho realizado.
Como exemplo desse relacionamento podemos citar a relação da secretária
com seu chefe. Em várias situações do dia a dia, ele precisa de suporte para a
organização de suas atividades e atendimento ao cliente, tanto externo quanto
interno. Da mesma forma a secretária necessita de uma oportunidade de trabalho
para que assim possa desenvolver suas habilidades, ou seja, as duas partes
necessitam uma da outra para que assim o trabalho seja realizado com sucesso.
NOTA
FONTE: <http://crn5.org.br/crn-5-promove-seminario-para-discutir-codigo-de-etica-e-codigo-
de-conduta-da-profissao/>. Acesso em: 23 ago. 2018.
184
TÓPICO 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
p. 146), “A profissão, pois, que pode enobrecer pela ação correta e competente,
pode também ensejar a desmoralização, através da conduta inconveniente, com a
quebra de princípios éticos”.
DICAS
A ética na vida profissional faz com que venha em nossa mente a ideia de
uma prestação de serviço de qualidade e de confiabilidade. Voltando, deste modo,
a confirmar que o profissional não é apenas aquele considerado capacitado para
determinada função, mas sim aquele que apresenta uma conduta condizente com
os valores éticos e morais do seu trabalho (ALONSO, 2006).
Falamos até aqui de ética e de profissão, mas o que é essa tal ética
profissional?
FIGURA 11 – DÚVIDA
185
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Trazendo para o lado prático, um profissional que age com ética, de modo
geral, não se deixa corromper em nenhum ambiente, mesmo que neste ambiente
existam outros profissionais que tenham atitudes consideradas antiéticas. A base
de toda e qualquer profissão está na virtude presente no profissional e na sua
prática, isso faz com que a ética seja originária do próprio indivíduo que esteja
exercendo a profissão (CASTRO, 2015).
Mas você deve estar se questionando como podemos ser éticos em nossas
vidas profissionais. O site SBCoaching (2018) traz alguns pontos que podemos
observar para, de fato, apresentar um comportamento considerado ético:
186
TÓPICO 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
FONTE: <https://www.sbcoaching.com.br/blog/carreira/etica-profissional-importancia/>.
Acesso em: 23 ago. 2018.
Tendo falado de ética nas profissões, um fator muito importante que deve
ser observado é a questão dos valores profissionais. Esses valores relacionados a
qualquer profissão devem estar vinculados às questões éticas, para que assim a
imagem de qualidade possa ser representativa.
Ética
Moral Valores
187
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Em seu princípio básico, quando falamos em valor, isso nos remete a preço
das coisas, como preço de um carro, de produtos de beleza, alimentação roupas,
dentre outros. No entanto, o valor, em sua vertente filosófica, está relacionado
com valores e princípios pessoais, o que nós consideramos como valioso.
188
TÓPICO 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
Assim como nós, indivíduos sociais, temos valores intrínsecos que orientam
nossas escolhas, as organizações, como organismos sociais, também apresentam
valores. Os valores organizacionais ajudam a definir o perfil da organização e em
que essa organização acredita e defende, fazendo com que esses valores façam
parte da cultura da organização e do seu modo de agir.
189
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
NOTA
mesmo princípio, cada pessoa detém valores e crenças diferenciados, o que faz com
que as atitudes sejam totalmente diferentes entre as pessoas de uma sociedade.
É seis É nove
FONTE: <http://agazetadigital.blogspot.com/2018/04/um-choque-de-visoes.html>.
Acesso em: 3 set. 2018.
NOTA
E
IMPORTANT
192
TÓPICO 2 | ÉTICA PROFISSIONAL
DICAS
1. Saber ouvir: todos têm algo para falar, e muitas das vezes, de onde menos se espera, pode
surgir algo muito bom, uma ideia inovadora para um projeto, uma solução para algo.
2. Saber trabalhar em equipe: maior diferencial competitivo é o capital intelectual.
Precisamos aprender a trabalhar em equipe, fazer desabrochar o potencial de todas as
pessoas, aprender a viver com as diferenças e extrair o melhor da diversidade que existe
dentro da organização.
3. Não faça fofocas: falar dos outros pelas costas não define quem é a pessoa da qual você
está falando, mas mostra quem você é. Fofocas nunca trouxeram coisas boas, onde quer
que ela surja, sempre vem acompanhada por desentendimentos.
4. Chamar atenção de alguém: nunca chame atenção de alguém na presença de outras
pessoas, mesmo que você seja um líder, chefe, gerente. Se tiver algo para ser corrigido,
chame a pessoa em um local reservado.
5. Humilhar as pessoas: pense muito bem antes de sair humilhando os outros, afinal,
ninguém é melhor do que ninguém. Todos nós temos as nossas diferenças, limitações
ou falta de conhecimento em determinados assuntos.
6. Apelidos: isso é uma coisa que muitas empresas proíbem. Exigem que as pessoas sejam
chamadas pelo nome ou sobrenome. Pois em muitos lugares, certos apelidos já deram
até processos judiciais.
7. Brincadeiras: cuidado com as brincadeiras. Procure não exagerar e, principalmente, saiba
com quem brincar. Lembre-se que nem todo mundo gosta de certas brincadeiras. E
certas brincadeiras podem até gerar demissões por justa causa.
8. Falar mal do trabalho: cuidado, não fique por aí falando mal do seu trabalho ou da
organização. Se não está satisfeito, vá à busca de outro que venha deixá-lo feliz.
9. Pontualidade: evite chegar atrasado à empresa. Se você sempre se atrasar, poderá ser
considerado indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de carreira.
10. Não abuse do poder: nunca use o seu cargo, função, posição para obter qualquer
favorecimento para si ou para outros. Procure ter o melhor resultado, mantendo sempre
uma atitude clara, de respeito e de colaboração com todos.
11. Utilização de recursos da empresa: tenha cuidado ao utilizar recursos da empresa para
fins pessoais, como telefone, internet e-mails. Algumas empresas são bem rígidas nesse
aspecto, fazendo até monitoração dos mesmos.
12. Assédios e ameaças: jamais tolere ameaças ou assédios, seja qual for o tipo.
FONTE: DINIZ, L. Ética nas relações no trabalho. 2013. Disponível em: <http://www.
administradores.com.br/artigos/carreira/etica-nas-relacoes-no-trabalho/73845/>. Acesso em:
4 set. 2018.
193
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
De acordo com Passos (2004), a ética nas relações profissionais tende a ser
um conjunto de normas que tem como objetivo regulamentar o comportamento
profissionais das pessoas que trabalham na organização. A partir disso então é
que surgem os códigos de ética profissional que veremos mais adiante.
194
RESUMO DO TÓPICO 2
• Os valores são princípios que temos desde que nascemos e vamos aperfeiçoando
com o tempo.
195
AUTOATIVIDADE
I– Altruísmo.
II– Moralidade.
III– Responsabilidade ética.
IV– Consciência.
196
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) II – III – I – IV.
b) ( ) I – II – IV – III.
c) ( ) III – IV – II – I.
d) ( ) IV – III – I – II.
4 Existem três pilares que são capazes de gerir o comportamento dos seres
humanos, sendo estes a ética, a moral e os valores de cada indivíduo. Quando
mencionamos a palavra valor, o primeiro pensamento é a questão de valores
econômicos e monetários, no entanto, para a filosofia, o valor apresenta outro
sentido. Com relação ao sentido de valores no âmbito filosófico, assinale a
alternativa CORRETA:
1 INTRODUÇÃO
Chegamos ao último tópico da última unidade desta disciplina. Até aqui
pudemos compreender as questões éticas de um modo geral, desde a criação da
ética para a sobrevivência em sociedade, até as questões morais que a cercam.
Tendo compreendido esses fatores, partimos para a compreensão de como as
questões éticas se encaixam na vida profissional.
199
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
No entanto, essa profissão é muito mais do que ser um simples assistente. Uma
das funções do profissional de secretariado é assessorar o executivo da organização,
porém seu trabalho não se limita a apenas essa atividade (MATTOS, 1999).
FIGURA 16 – SECRETÁRIOS
FONTE: <http://secretariasublime.blogspot.com/2017/01/secretariado-executivo-na-gestao.
html>. Acesso em: 11 set. 2018.
Com todas essas mudanças neste mesmo período, por volta dos anos
1950, muito cursos de aperfeiçoamento para a profissão foram desenvolvidos,
como cursos de datilografia e técnico em secretariado (AZEVEDO; COSTA, 2000).
200
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
201
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
FONTE: <http://www.emprego.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/derttr.jpg>.
Acesso em: 28 mar. 2019.
202
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
• Transmitir recados.
• Redigir e digitar correspondência.
• Receber, classificar e filtrar correspondência.
• Manter atualizado a arquivo de endereço.
• Preparar a agenda para reuniões e secretariar reuniões.
• Elaborar atas.
• Preparar roteiros de viagens.
• Providenciar reserva de hotéis passagens e documentos necessários
para viagem.
203
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
UNI
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O exercício da profissão de Secretário é regulado pela presente Lei.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, é considerado:
I - Secretário Executivo o profissional diplomado no Brasil por curso superior de Secretariado,
reconhecido na forma da Lei, ou diplomado no exterior por curso superior de secretariado,
cujo diploma seja revalidado no Brasil, na forma da Lei;
II - Técnico em Secretariado o profissional portador de certificado de conclusão de curso de
secretariado, em nível de 2º grau.
Art. 3º Fica assegurado o direito ao exercício da profissão aos que, embora não habilitados nos
termos do artigo anterior, contêm, pelos menos, 5 (cinco) anos ininterruptos, ou 10 (dez) intercalados,
de exercício em atividades próprias de secretaria, na data de início de vigência desta Lei, e sejam
portadores de diplomas ou certificados de alguma graduação de nível superior ou de nível médio.
Art. 4º São atribuições do Secretário Executivo:
I - planejamento, organização e direção de serviços de secretaria;
II - assistência e assessoramento direto a executivos;
III - coleta de informações para a consecução de objetivos e metas de empresas;
IV - redação de textos profissionais especializados, inclusive em idioma estrangeiro;
V - interpretação e sintetização de textos e documentos;
VI - taquigrafia de ditados, discursos, conferências, palestras de explanações, inclusive em
idioma estrangeiro;
VII - versão e tradução em idioma estrangeiro, para atender às necessidades de comunicação
da empresa;
VIII - registro e distribuição de expedientes e outras tarefas correlatas;
IX - orientação da avaliação e seleção da correspondência para fins de encaminhamento à chefia;
X - conhecimentos protocolares.
Art. 5º São atribuições do Técnico em Secretariado;
I - organização e manutenção dos arquivos de secretaria;
II - classificação, registro e distribuição da correspondência;
III - redação e datilografia de correspondência ou documentos de rotina, inclusive em idioma
estrangeiro;
IV - execução de serviços típicos de escritório, tais como recepção, registro de compromissos,
informações e atendimento telefônico.
Art. 6º O exercício da profissão de Secretário requer prévio registro na Delegacia Regional
do Trabalho do Ministério do Trabalho e far-se-á mediante a apresentação de documento
comprobatório de conclusão dos cursos previstos nos incisos I e II do art. 2º desta Lei e da
Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS.
Parágrafo único - No caso dos profissionais incluídos no art. 3º desta Lei, a prova de atuação
será feita por meio das anotações da Carteira de Trabalho e Previdência Social ou por
qualquer outro meio permitido em Direito.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
204
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto
Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de 01/10/1985
Publicação: Diário Oficial da União - Seção 1 - 1/10/1985, Página 14314 (Publicação Original).
FONTE: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1980-1987/lei-7377-30-setembro-1985-
356167-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 11 set. 2018.
205
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
FONTE: <https://br.freepik.com/vetores-gratis/reuniao-comercial-bem-sucedida-ou-entrevista-de-
trabalho_1311606.htm#term=secretaria%20desenhos&page=1&position=13>. Acesso em: 14 set. 2018.
E
IMPORTANT
FONTE: <https://br.freepik.com/fotos-vetores-gratis/secretaria-desenhos>.
Acesso em: 14 set. 2018.
207
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
208
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
Toda e qualquer relação de trabalho deve ser pautada no respeito, seja ela
do chefe com a secretária, da secretária com o chefe ou com qualquer funcionário
da organização. Comportar-se com ética e moral perante seus colegas de trabalho
faz com que exista boas relações de trabalho e consequentemente um bom clima
organizacional.
209
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
Tendo em vista esse cenário, cada profissão tem regras e deveres específicos
a cada uma, e para regulamentar as atividades de cada profissão dentro dos
padrões morais e éticos que cabem a cada profissão, existem os códigos de ética
profissional.
210
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
• Honestidade no trabalho.
• Lealdade com a empresa na qual trabalha.
• Formação de uma consciência profissional.
• Execução do trabalho no mais alto nível de rendimento.
• Respeito à dignidade de cada indivíduo.
• Sigilo profissional.
• Discrição no exercício da profissão.
• Prestação de contas ao chefe hierárquico.
• Observação das normas da empresa.
• Tratamento de respeito a todos os funcionários da organização.
211
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
212
TÓPICO 3 | ÉTICA E O PAPEL DA SECRETÁRIA
213
UNIDADE 3 | ÉTICA PROFISSIONAL
que pertencem.
Capítulo VIII - Da Obediência, Aplicação e Vigência do Código de Ética
Art.17º. - Cumprir e fazer cumprir este Código é dever de todo Secretário.
Art.18º. - Cabe aos Secretários docentes informar, esclarecer e orientar os
estudantes, quanto aos princípios e normas contidas neste Código.
Art.19º. - As infrações deste Código de Ética Profissional acarretarão penalidades,
desde a advertência à cassação do Registro Profissional na forma dos dispositivos
legais e/ou regimentais, através da Federação Nacional das Secretárias e
Secretários.
Art.20º. - Constituem infrações:
Transgredir preceitos deste Código;
1. Exercer a profissão sem que esteja devidamente habilitado nos termos da
legislação específica;
2. Utilizar o nome da Categoria Profissional das Secretárias e/ou Secretários para
quaisquer fins, sem o endosso dos Sindicatos de Classe, em nível Estadual e da
Federação Nacional nas localidades inorganizadas em Sindicatos e/ou em nível
Nacional.
FONTE: <https://www.jusbrasil.com.br/diarios/3589548/pg-1-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-
de-07-07-1989/pdfView>. Acesso em: 10 set. 2018.
214
RESUMO DO TÓPICO 3
215
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – V – V – F.
b) ( ) F – V – F – V.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) V – F – F – V.
216
de secretariado também precisa apresentar um comportamento de acordo
com seus princípios morais e éticos. Assim assinale a alternativa que
NÃO apresenta um comportamento ético por parte da secretária em seu
relacionamento com colegas de trabalho.
217
218
REFERÊNCIAS
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Novos rumos em comunicação interpessoal: técnicas para melhorar os seus
resultados, como mudar comportamentos. São Paulo: Novel, 2000.
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219
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em: <https://www.jusbrasil.com.br/diarios/3589548/pg-1-secao-1-diario-oficial-
da-uniao-dou-de-07-07-1989/pdfView>. Acesso em: 10 set. 2018.
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