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INTRODUÇÃO
Administrar: é o ato de trabalhar com pessoas para realizar os objetivos da organização e seus membros. 1
Organização: Grupo de pessoas que se constitui formalmente para atingir objetivos comuns. Incluem-se,
nesta definição, as empresas, universidades, hospitais, escolas, creches, associações culturais,
partidos políticos, sindicatos, clubes, condomínios, cooperativas, famílias, organizações não go-
vernamentais, associações de classes profissionais, corporações militares, associações de mo-
radores de bairro etc.
Administra- Profissional que deve agir como “empresário”, transformando recursos em bens e serviços
dor: desejados pelas pessoas.2
1 LACOMBE, Francisco José Masset. Administração fácil. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 3.
2 LACOMBE, Francisco José Masset. Administração fácil. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 3.
3 MORAES, Anna Maris Pereira de. Iniciação ao estudo da administração. 2. ed. São Paulo: McGraw Hill, 2001. p. 7.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 2
Principais características:
Transferência da habilidade do artesão para a máquina
Substituição da força do animal ou do músculo humano pela máquina
Mecanização da indústria e da agricultura
Aplicação da força motriz à indústria
Desenvolvimento do sistema fabril
Desenvolvimento os transportes e das comunicações
Substituição do ferro pelo aço como principal matéria-prima
Substituição do vapor pela eletricidade e derivados de petróleo como principais fontes de energia
Desenvolvimento de maquinaria automática e especialização do trabalho
Domínio da indústria pela ciência
Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 3
O administrador de empresa deve sempre, em toda ação e decisão, por o desempenho econômico em primei -
ro lugar.
O administrador deve saber tomar decisões, pesando as vantagens e desvantagens de cada alternativa para
escolher a melhor.
O administrador deve ser generalista, embora quase sempre precise ter também uma especialidade.
O administrador deve aprender sempre, mantendo-se em contínuo aperfeiçoamento pessoal.
O administrador deve compreender a realidade em que a empresa está inserida, isto é, o ambiente externo
que cerca a empresa.
Espera-se que o administrador tenha como principal qualidade a iniciativa para conseguir soluções para as di -
ficuldades encontradas e para coloca-las em ação.
O administrador deve ser agente de mudanças na empresa e em seu ambiente.
O trabalho de conduzir um grupo de pessoas ao alcance de objetivos é realizado pelos administradores e, todos
eles, em todas as organizações, independente dos seus papéis, têm esta mesma responsabilidade básica.
Como tudo o mais hoje em dia, o conceito de administração geral está mudando. Não existe mais o executivo ca -
paz de utilizar princípios de administração gerais e universais, de maneira eficiente, em qualquer país, empresa ou
setor. Cada organização é única, com características próprias que a diferencia das demais e o modelo de adminis-
tração bem sucedido utilizado numa organização não será necessariamente o ideal a ser adotado por outra. Pro-
curam-se agora novos modelos educacionais e organizacionais que facilitem a síntese funcional, permitindo que
especialistas capazes de possuir visão generalista ou generalistas especializados ocupem posições de liderança nas
organizações.
HABILIDADES DO ADMINISTRADOR
A porção operacional da estrutura hierárquica era basicamente ocupada por profissionais com habilidades técni-
cas capazes de usar procedimentos, métodos e conhecimentos de um campo de especialização.
A faixa intermediária (ou gerencial) da hierarquia exigia habilidades humanas caracterizadas pela aptidão para o
relacionamento interpessoal. Aí, o administrador deveria suplementar sua habilidade técnica com a capacidade de
comunicação, motivação e liderança.
Para alcançar níveis superiores da hierarquia, o administrador deveria desenvolver uma capacitação que represen-
tasse a soma de habilidades conceituais ou integradoras, isto é, competência para ver o quadro geral, visando à
integração das várias funções da empresa.
6 Adaptado de: MORAES, Anna Maris Pereira de. Op. cit., p. 8-14.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 5
Devido ao ritmo de inovação técnica e das mudanças ambientais, o foco concentrou-se na carreira profissional e
as organizações buscam especialistas administradores cujo perfil reúna essas três habilidades, nas mesmas pro-
porções em suas carreiras e no desempenho da tarefa administrativa.
O administrador deve ser capaz de:
trabalhar participativamente na heterogeneidade organizacional;
executar as tarefas que lhe cabem, considerando a interdependência funcional;
trabalhar em equipe, na busca da interdisciplinaridade, sem perder a identidade;
reforçar as habilidades de comunicação, negociação e manutenção de relações interpessoais multiculturais.
Ao longo do tempo, determinadas capacitações funcionais receberam mais ênfase, e tornaram-se destaque nas
organizações. Foi assim no pós-guerra com a predominância da engenharia e da manufatura; no início da década
de 60 quando a moderna função de marketing aproximou-se do eixo do poder, compartilhando-o, ainda nesta dé -
cada, com especialistas em finanças.
Com a inflação generalizada e o dramático aumento da competição por investimentos e financiamentos, bem
como da sofisticação dos instrumentos financeiros, a função financeira foi incorporada ao eixo do poder na déca -
da de 70.
Convém observar que na Europa e no Japão o foco das organizações jamais saiu da manufatura e da produção, o
que representou uma vantagem nas décadas de 70 e 80. Este foco na produção e na manufatura volta na década
de 90 com a preocupação na diversificação, na customização e na qualidade.
Entretanto, uma orientação demasiada estreita para a produção tem suas desvantagens. Há, por exemplo, uma
grande lacuna entre os conhecimentos técnicos em engenharia, revelados por alguns administradores, e seus co -
nhecimentos com relação ao marketing dirigido às preferências do consumidor.
O que se exige na verdade são pessoas e processos que efetivamente sintetizem as funções do especialista no
contexto da administração geral.
O terceiro milênio se inicia valorizando um profissional especialista na promoção de mudança nos negócios, o em -
preendedor habitual, que deve desempenhar vários papéis ao mesmo tempo. Esses empreendedores, entretanto,
dificilmente são considerados modelos de administração geral em grandes corporações, pois podem tornar-se
frustrados com o aparecimento de uma burocracia estabilizadora e com a ausência de desafios.
O administrador deve possuir capacidade de estruturar uma visão e convertê-la em realidade, podendo esta visão
ser fruto de trabalho compartilhado, vindo daí a importância dada à comunicação. A capacidade de expressão ver -
bal tem ganhado cada vez mais destaque entre os administradores, embora alguns estudos demonstrem que falar
em público é uma atividade temida por grande número de pessoas.
A comunicação, todavia, tem dois sentidos, ascendente e descendente, daí porque, talvez mais importante do que
falar seja a capacidade para ouvir.
A principal vantagem da receptividade do administrador é o encorajamento ao estabelecimento de um fluxo de in-
formações do nível operacional para o institucional (ascendente) que o ajudará a melhor compreender a realidade
ambiental e operacional.
O administrador precisa também ter grande flexibilidade de comportamento a fim de que possa:
resistir a períodos de incerteza sobre a forma de realização do trabalho adotada por seus subordinados;
resistir à tentação de interferir prematuramente depois de ter delegado autoridade;
aceitar resultados inferiores aos que ele próprio teria alcançado; e
ouvir toda a proposta apresentada pelo subordinado, com paciência, ainda que ele seja prolixo.
Um grande desafio da época atual, talvez seja ajudar o especialista a adquirir uma competência generalizada o
mais rápido possível. Neste aspecto, o administrador brasileiro parece ser mais bem sucedido, na medida em que
demonstra possuir maior capacidade de adaptação a novas situações.
Como vimos, a habilidade conceitual é cada vez mais solicitada aos administradores, que precisam entender com
clareza como as partes e funções da organização se ajustam e se inter-relacionam. Esta é a capacidade de integra -
ção e de síntese em contraste com a visão do especialista que tende a analisar e dissecar.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 6
Essa capacidade de síntese está ligada à criatividade e consiste, principalmente, em juntar elementos comuns sob
novas formas, buscando-os em um contexto diferente do usual.
PAPÉIS INTERPESSOAIS
Símbolo: O dirigente, como símbolo, realiza tarefas cerimoniais e personifica os sucessos e os fracassos da or-
ganização.
Líder: Por trabalharem com - e através de - outras pessoas, os administradores são responsáveis pelos atos
dos subordinados e pelos seus próprios. Daí, fracasso ou sucesso dos subordinados é medida direta do seu
próprio fracasso ou sucesso.
Elemento de ligação: Administradores eficazes estabelecem redes de obrigações mútuas e relações com ou-
tros administradores, dentro e fora da organização, que possam, de alguma forma, auxiliá-los no alcance dos
objetivos.
PAPÉIS INFORMACIONAIS
Coletor: Através de perguntas, observações diretas e indiretas, conversas informais, leituras específicas ou ge-
néricas, viagens, cursos, seminários e palestras, os administradores obtêm informações que podem ser de
muita utilidade.
Disseminador: É responsabilidade do dirigente certificar-se que os subordinados recebem as informações de
que necessitam para realizar seus deveres.
Porta-voz: Os dirigentes devem falar por sua unidade de trabalho dentro da organização, ou representar toda
a organização ao lidar com clientes, fornecedores ou representantes do governo.
PAPÉIS DECISÓRIOS
Empreendedor: O administrador que inicia o processo de mudança por vontade própria, buscando e apro-
veitando oportunidades, sem esperar que algo lhe seja solicitado. Tem habilidade para perceber a hora da mu-
dança e coragem e vontade para realizá-la.
Solucionador de Problemas: Praticamente não há limites para o número de problemas que podem ocorrer
nas organizações. Os administradores devem encontrar soluções para os problemas difíceis e implementá-las,
ainda que sejam impopulares. Para tanto, devem ser capazes analítica, conceitual e psicologicamente.
Alocador de recursos: Como os recursos são sempre limitados, cada administrador deve organizar as tarefas
em ordem de prioridade, distribuindo adequadamente os recursos necessários para a realização das mesmas,
no tempo devido e na quantidade adequada.
Negociador: As negociações podem ser internas ou externas. Pessoas que trabalham para uma mesma orga -
nização discordam frequentemente sobre objetivos ou sobre modos mais eficazes de alcançá-los. Daí a impor -
tância da negociação interna. Quanto às negociações externas, acontecem entre os dirigentes e os fornecedo -
res, concorrentes ou órgãos do governo sempre que há interesses conflitantes envolvidos.
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
As pessoas nas organizações realizam tarefas que possibilitarão o alcance dos objetivos. O administrador faz com
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que os outros as realizem de forma mais eficiente, desempenhando as funções que compõem o processo adminis-
trativo.
A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os esforços realizados pelos membros da or-
ganização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar objetivos estabelecidos.
A realização dessas funções caracteriza o trabalho do administrador, independente do nível hierárquico em que se
situe e do tipo de organização em que atue, com ou sem finalidade lucrativa, pública ou privada, manufatura ou
de prestação de serviço.
Para facilitar o entendimento do processo administrativo faz-se necessário definir suas partes, separadamente.
Planejar: Significa pensar antecipadamente em objetivos, ações e atos baseados em algum método, plano ou
lógica (não palpites). O planejamento produz planos, nos quais se determinam estratégias, diretrizes, táticas
ou procedimentos, de forma racional, a fim de que os objetivos sejam alcançados.
Planos são linhas-mestras pelas quais:
1- a organização obtém e aplica os recursos materiais, humanos e outros necessários ao alcance de seus objeti-
vos;
2- os membros da organização realizam atividades consistentes com os objetivos;
3- o processo administrativo é monitorado e medido, de modo que sejam tomadas medidas corretivas, caso a
ação não seja satisfatória.
Dirigir: Significa dizer às pessoas o que fazer e conseguir que elas façam da melhor forma possível; para tanto
o administrador precisa comunicar, liderar e motivar.
Controlar: Significa verificar se os atos realizados estão de acordo com os planos, ou seja, se os atos, individu-
ais ou coletivos, levam, realmente, a ação organizacional em direção aos objetivos estabelecidos.
Elementos principais do controle:
1- estabelecer padrões de desempenho (baseados nos planos);
2- medir o desempenho atual;
3- comparar os dois (padrões e desempenho);
4- executar ações corretivas caso sejam detectados desvios.
Planejar e organizar representam aspectos mais abstratos do processo administrativo, enquanto dirigir e contro-
lar caracterizam aspectos mais concretos, representando o trabalho efetivo com pessoas.
Na prática, o desempenho destas funções, complexamente interligadas de forma interativa, constituirá o processo
administrativo, sendo impossível separá-las.
A sequência ideal inicia-se no planejamento, entretanto, várias combinações dessas funções costumam acontecer
ao mesmo tempo, sobrepondo-se.
Seu desempenho deve ser adaptado ao nível hierárquico, ao tipo de empresa, ao ambiente externo e, principal -
mente, deve ser guiado por princípios éticos.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 8
EXERCÍCIOS
Reúna-se com seu grupo de estudos e relacione exemplos reais para cada um dos papeis dos administradores.
PAPEIS INTERPESSOAIS
Símbolo: _____________________________________________________________________________
Líder: ________________________________________________________________________________
Elemento de Ligação: ___________________________________________________________________
PAPEIS INFORMACIONAIS
Coletor: ______________________________________________________________________________
Disseminador: _________________________________________________________________________
Porta-voz: ____________________________________________________________________________
PAPEIS DECISÓRIOS
Empreendedor: ________________________________________________________________________
Solucionador de Problemas: ______________________________________________________________
Alocador de Recursos: __________________________________________________________________
Negociador: __________________________________________________________________________
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 9
7 LACOMBE, Francisco José Masset. Administração fácil. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 6.
8 LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p.7.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 10
Instruções
1. Leia a seguir a lista parcial de comportamentos nos quais muitos administradores podem se engajar. Classifi-
que esses itens em termos de sua importância para desempenho eficaz como administrador. Coloque 1 ao
lado do item que julgar mais importante, 2 para o segundo mais importante, até 10 para o menos importante.
2. Reúna-se em grupo de quatro ou cinco pessoas para confrontar seus resultados, justificando seu raciocínio.
Se puder, adicionem quaisquer outros comportamentos a essa lista que possam levar ao sucesso ou a uma
maior eficácia administrativa.
Comunica e interpreta a politica da empresa para que elas sejam compreendidas pelos mem-
__________ bros da organização.
Toma decisões rápida e claramente.
__________
Designa os subordinados para as tarefas para as quais eles estão mais bem preparados.
__________
9 BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário competitivo. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 29-30.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 11
AS ORGANIZAÇÕES
Organização: Grupo de pessoas que se constitui formalmente para atingir objetivos comuns. Incluem-se,
nesta definição, as empresas, universidades, hospitais, escolas, creches, associações cultu-
rais, partidos políticos, sindicatos, clubes, condomínios, cooperativas, famílias, organizações
não governamentais, associações de classes profissionais, corporações militares, associações
de moradores de bairro etc. 10
REQUERRRR REQUER
Padrão de vida Alto padrão Alto nível de
satisfatório de consumo produção per capita
REQUER REQUER
REQUER
Troca dos bens e serviços
produzidos pelos especia- Vida em grupo Liderança
listas
REQUER
REQUER
Organização Administração
10 LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p. 11. (vide p. 1 deste material)
11 LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p. 13.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 12
Servem à sociedade: Elas buscam, por meio de seu desempenho, transformar o mundo em um lugar maior,
mais seguro e mais agradável de viver, suprindo a sociedade com os produtos e/ou serviços de que necessita.
Permitem também às pessoas satisfazer seu instinto gregário, suprindo-as com os relacionamentos de que ne -
cessitam para viver.
Realizam objetivos: Coordenando os esforços de diferentes indivíduos, as organizações possibilitam o alcance
de objetivos que, de outra forma, seriam muito mais difíceis ou até impossíveis de ser atingidos. Dessa forma,
promovem:
aumento de habilidades: pessoas realizam tarefas de forma mais eficiente em colaboração com outras;
compressão do tempo: pessoas alcançam objetivos com maior rapidez, quando desempenham suas tarefas
de forma cooperativa.
Preservam o conhecimento: As organizações tornam o conhecimento perene ao guardá-lo e protegê-lo. Elas
também aumentam o conhecimento ao desenvolver novos e mais eficientes meios de realizar tarefas. Criam
uma tendência para a inovação por não se satisfazerem com produtos ultrapassados e com formas pouco efici -
entes de fabricá-los. As organizações que aprendem refletem o desejo de aperfeiçoamento constante.
Proporcionam carreiras: Elas proporcionam aos seus integrantes uma fonte de sobrevivência e até mesmo de
satisfação e auto-realização, possibilitando o crescimento e o desenvolvimento profissional.
Influenciam um ambiente em rápida mudança: Os departamentos de pesquisa e desenvolvimento de algu-
mas empresas, além de constituírem um laboratório de criatividade e inovação, monitoram o ambiente externo
a fim de perceber tendências, buscando desenvolver novos produtos e/ou serviços que possibilitem às empre -
sas adaptarem-se a ele ou influenciá-lo. O melhor exemplo é a globalização que tornou o mundo menor, não só
mercadológica, mas também tecnologicamente, pelo intercâmbio de mercadorias, pessoas e ideias que intensi-
ficou.
Criam valor para seus proprietários, clientes e empregados: Uma empresa só pode ser lucrativa quando o
valor criado ou gerado for maior do que o custo dos recursos que emprega. Ela também cria valor quando utili -
za seus recursos de forma ótima no atendimento às necessidades ou desejos dos clientes. Ao proporcionar car -
reiras e estimular o desenvolvimento do capital intelectual, estará agregando valor aos seus empregados.
Lutam com os atuais desafios da diversidade da força de trabalho: Ao encontrar maneiras de motivar os
empregados a trabalhar juntos para atingir os objetivos organizacionais, as organizações estarão resolvendo
conflitos provenientes dos mutáveis padrões de carreiras, dos diferentes perfis profissionais e das diversas cul -
turas.
Promovem a sinergia: O resultado da tarefa organizacional é maior do que a simples soma das tarefas indivi -
duais (sinergia significa trabalho conjunto).
12 MORAES, Anna Maris Pereira de. Iniciação ao estudo da administração. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 2001. p. 37.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 13
Eficácia: 13 Consiste em fazer aquilo que efetivamente precisa ser feito para atingir resultados que sejam váli-
dos para a organização, ou seja, fazer a coisa certa ou correta. A eficácia está diretamente ligada à
capacidade de se atingir resultados válidos, isto é, que precisam ser atingidos.
A eficácia é a relação entre os objetivos e os resultados. Diz respeito ao desempenho do sistema
quanto à realização de seus fins. A medida da eficácia procura responder às perguntas:
O que aconteceu?
O que deveria ter acontecido?
O que é feito?
O que deveria ser feito?
Eficiência: 14 Consiste em fazer bem-feito aquilo que está sendo feito, isto é, fazer aquilo que está sendo fei -
to da maneira correta, ou fazer corretamente as coisas, mas sem considerar se o que está sen -
do feito é o que deveria ser feito. A eficiência está relacionada aos meios e à forma utilizados
para atingir s resultados, sem considerar se esses resultados são válidos.
A eficiência é a relação entre os insumos aplicados no processo e os resultados, e diz respeito
ao desempenho do sistema quanto ao uso dos meios. A medida da eficiência procura respon-
der às perguntas:
Como aconteceu?
Podemos fazer melhor?
Produtividade: 15 É a relação entre os produtos obtidos e os fatores de produção empregados na sua obten-
ção. É o quociente que resulta da divisão entre a produção obtida e um dos fatores em -
pregados na produção ou entre a produção obtida e um conjunto ponderado de fatores
de produção.
Trata-se de uma relação entre o que foi obtido e um dos recursos usado para obtê-lo.
É comum dizer-se produtividade de uma máquina, de um operário, de uma linha de pro-
dução, de uma fábrica etc.
“(...) Nenhuma organização está isolada, mas inserida em um ambiente que atua sobre ela e
sobre o qual ela também age. Ao elaborar seus planos, a empresa considera o ambiente em
que está inserida e, em muitos casos, procura atuar sobre esse ambiente para modifica-lo a seu
favor. Isso caracteriza as organizações como sistemas abertos. (...)” 17
O ambiente externo da organização pode ser dividido em: macroambiente, ou ambiente geral, e microambiente,
ou ambiente específico ou de tarefa.
Compradores Leis e
Novos política
entrantes
ORGANIZAÇÃO
Fornecedores
Ambiente
Competitivo
Rivais
Substitutos
Economia
Valores
Sociais e
Culturais
Macro-ambiente
Demografia Tecnologia
16 Adaptado de: LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p. 21-24 e MORAES, Anna Maris Pereira de. Op. cit., p. 21-35.
17 LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p. 21.
18 BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário competitivo. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 48.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 15
19 Adaptado de: LACOMBE, Francisco José Masset. Op. cit., p. 21-22 e MORAES, Anna Maris Pereira de. Op. cit., p. 21-35.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 16
Tecnológicas Conhecimento
Políticas Decisões Governamentais
Subsistemas Hierárquicos:
Nível Institucional ou Estratégico (NI)
Nível Intermediário ou Gerencial (NG)
Nível Operacional ou Técnico (NO)
Subsistemas Funcionais:
Subsistema de Produção
Subsistema Financeiro
Subsistema de Marketing
Subsistema de Recursos Humanos
AS FUNÇÕES DA EMPRESA 23
Nível Institucional ou Estratégico (NI): é o mais elevado. Em geral, nele situam-se os proprietários, os acio-
nistas e os altos executivos.
Nível responsável pela definição de objetivos e estratégias determinados no planejamento. Por manter inter -
face com o ambiente externo, é afetado diretamente por mudanças advindas desse ambiente. Lida com a in-
certeza e funciona como um sistema aberto. Por assumir riscos maiores, concentra um volume maior de auto-
ridade e responsabilidade. As decisões estratégicas apoiam-se predominantemente na racionalidade política
e na racionalidade econômica.
Nível Intermediário ou Gerencial (NG): Cuida da articulação entre o NI e o NO, transformando decisões
não programadas (estratégicas), tomadas pelo NI, em decisões programadas (programas e processos operaci-
onais) necessárias ao NO, atenuando a incerteza advinda do ambiente externo. Sua tarefa principal é transfor -
mar estratégias em programas de ação, utilizando predominantemente a racionalidade legal e a racionalida-
de social.
Nível Operacional ou Técnico (NO): Nível que trata da execução cotidiana e eficiente das tarefas e opera-
ções da empresa. O trabalho desenvolvido neste nível está relacionado diretamente com a produção dos pro-
dutos e/ou serviços da empresa, representando o seu núcleo técnico. Funciona baseado em rotinas e procedi -
mentos programados para assegurar a máxima eficiência das operações do dia-a-dia. Apoia-se, portanto, na
racionalidade técnica, na certeza, na previsibilidade e na lógica do sistema fechado.
OBJETIVOS DA EMPRESA 25
Objeti- Situações futuras que a empresa deseja alcançar. São influenciados pelo ambiente, mas também
vos: constituem uma força que causa impacto no ambiente. Mudanças ambientais podem provocar
mudanças de objetivos.
Conceito de Sistema:
Um sistema é um conjunto de elementos (parte do sistema ou subsistemas), dinamicamente inter-relaciona -
dos (independentes ou interatuantes), desenvolvendo uma atividade ou função para atingir um ou mais obje -
tivos / propósitos (finalidade para a qual o sistema foi criado).
RETROALIMENTAÇÃO
FEEDBACK
Elementos de um sistema:
Entradas (inputs): recursos humanos, financeiros e materiais necessários ao funcionamento do sistema.
Operação ou processamento: etapa de transformação dos recursos em produtos ou serviços, por meio da
tecnologia e do conhecimento.
Saídas (outputs): mercadorias, serviços e realizações que contribuirão para alcançar os objetivos ou propósi-
tos do sistema.
Retroação (feedback): mecanismo responsável pela promoção do equilíbrio e da estabilidade do sistema,
possibilitando a homeostasia (equilíbrio dinâmico do sistema).
Subsistemas: partes de um sistema onde se desenvolvem as atividades interdependentes e interatuantes.
O ambiente das empresas divide-se em duas partes: ambiente interno e ambiente externo.
O ambiente interno refere-se às partes internas da empresa, ou seja, seus recursos humanos, financeiros, mate-
riais, mercadológicos e administrativos, e às interações entre eles.
RECURSOS DA EMPRESA28
MISSÃO DA ORGANIZAÇÃO:
A MISSÃO significa a razão de ser e de existir da organização e qual é o seu papel na sociedade.
Representa a finalidade para a qual a organização foi criada.
A missão de uma organização não é definitiva nem estática, mas sofre mudanças ao longo de sua existência.
A missão envolve os objetivos essenciais do negócio. Cada organização tem sua missão específica e dela de-
correm os seus objetivos organizacionais principais.
DECLARAÇÃO DE MISSÃO:
Uma declaração de propósito definida em termos genéricos, mas duradoura, que identifica o alcance das ope -
rações da organização e o que ela tem a oferecer a seus vários stakeholders.
Ao discutir constantemente sua missão, a organização faz com que todos os seus funcionários saibam exata -
mente qual a sua contribuição pessoal para que a organização possa bem realizar a sua finalidade primordial.
Através da declaração formal e escrita da missão, a organização desenvolve seus símbolos básicos e preserva a
sua identidade. Assim, a organização indica e esclarece a sua missão para orientar e estimular a iniciativa pes -
soal de cada um de seus membros.
29 Adaptado de: MORAES, Anna Maris Pereira de. Op. cit., e CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e
prática. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 22
VISÃO ORGANIZACIONAL:
A VISÃO serve para mirar o futuro que se deseja alcançar.
É a imagem que a organização define a respeito do seu futuro, ou seja, do que ela pretende ser.
A visão organizacional indica quais os objetivos a serem alcançados nos próximos cinco anos para orientar os
seus membros quanto ao futuro que a organização pretende transformar em realidade.
VISÃO: Ser reconhecido como um hospital de referência regional e estadual, integrado ao Sistema Públi-
co de Saúde, na média e alta complexidade, num prazo de 5 (cinco anos).
VALORES: Cultivar ambiente de trabalho que inspire firmeza e mansidão, prestando assistência humani-
zada com qualidade, através de gestão profissional e transparente, obedecendo princípios éticos, mo-
rais, legais e espirituais, transmitindo confiabilidade e respeito.
30 CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 2000. p. 51.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 23
TIPOS DE DECISÃO 31
Decisões Programadas: são tomadas em situações repetitivas, de acordo com métodos e técnicas já esta-
belecidas. Servem para enfrentar tanto questões complexas quanto questões simples. Se um problema se re -
pete, e seus componentes podem ser definidos, previstos e analisados, ele pode ser resolvido com uma deci -
são programada. Até certo ponto, as decisões programadas limitam a liberdade, porque a organização, e não
o indivíduo, decide o que fazer. As políticas, regras ou procedimentos por meio dos quais as decisões progra -
madas são tomadas economizam tempo, permitindo dedicar atenção a outras atividades mais importantes.
Decisões Não-Programadas: constituem novidades, são inéditas e tendem a ser tomadas dentro de regras
improvisadas. Se um problema não é frequente para ser resolvido com uma política, ou se for tão importante
que mereça tratamento especial, deve ser resolvido por uma decisão não-programada. À medida que alguém
ascende na hierarquia organizacional, a sua capacidade de tomar decisões não-programadas se torna mais
necessária. Por esse motivo, a maioria dos programas de desenvolvimento de administradores tenta capacitá-
los a tomar decisões não-programadas, em geral ensinando-os a analisar os problemas sistematicamente e a
tomar decisões racionalmente.
PLANEJAMENTO: “o processo consciente e sistemático de tomar decisões sobre objetivos e atividades que uma
pessoa, um grupo, uma unidade de trabalho ou uma organização buscarão no futuro.” 34
O planejamento tem um propósito, sendo realizado por administradores, que frequentemente recorrem ao co -
nhecimento e à experiência dos empregados para elaborá-lo.
No Nível Intermediário ou Gerencial, o Planejamento Tático trata da alocação de recursos, traduzindo e in-
terpretando as decisões estratégicas, transformando-as em planos concretos em nível departamental.
No Nível Operacional, o Planejamento desdobra os planos táticos, de cada departamento, em Planos Operaci-
onais, de cada tarefa.
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Os objetivos estratégicos são afirmações amplas que descrevem onde as organizações desejam estar no futu-
ro. Eles abrangem a organização como um todo e, por isso, são chamados objetivos gerais.
Os objetivos estratégicos devem estar direcionados para oito áreas diferentes:
permanência no mercado;
inovação;
produtividade;
recursos financeiros e materiais;
lucratividade;
desenvolvimento e desempenho administrativo;
atitude dos empregados;
responsabilidade pública.
OBJETIVOS TÁTICOS
Os objetivos táticos, também chamados metas, definem os resultados que a maioria dos departamentos ou
unidades de negócios da organização pretendem alcançar. Referem-se à administração média e descrevem o
que as principais subunidades devem fazer para que a organização alcance seus objetivos globais.
Os planos táticos destinam-se a auxiliar a execução dos principais planos estratégicos e realizar uma parte es-
pecífica da estratégia da empresa.
OBJETIVOS OPERACIONAIS
Os objetivos operacionais definem os resultados específicos esperados dos setores, grupos de trabalho e indi -
víduos. Por esse motivo, os planos operacionais são desenvolvidos nos níveis mais baixos da organização, para
especificar as etapas de ação em relação aos objetivos operacionais a serem alcançados e para apoiar os pla -
nos táticos.
POLÍTICAS
Políticas são orientações para a tomada de decisão. Uma política reflete um objetivo e orienta os gerentes e
funcionários em direção a esse objetivo, em situações que requeiram julgamento.
Sua função é aumentar as chances de os diferentes gerentes e funcionários fazerem escolhas semelhantes ao
enfrentar, individualmente, situações similares, limitando o campo do poder discricionário para a tomada de
decisão. Podem ser:
Políticas Explícitas: são afirmações escritas ou orais que fornecem informações para a tomada de deci-
sões, de modo que a escolha entre alternativas seja orientada. Ex.: política de admissão de funcionários,
política de promoção de funcionários, política de concessão de crédito ao consumidor etc.
Políticas Implícitas: apenas diferem das Explícitas na medida em que não foram faladas ou escritas.
São, em geral, subentendidas e consideradas de conhecimento geral.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Planejamento Operacional: consiste no estabelecimento de planos que se relacionam com a operação da
empresa no dia-a-dia, em uma base de curto prazo. Preocupa-se com “o que fazer” (tarefa/atividade) e com o
“como fazer” (método).
Voltado para a otimização e maximização de processos, enfatizando a eficiência e cuidando da administração
pela rotina.
O grau de liberdade na execução das tarefas é pequeno (decisões programadas), daí o detalhamento com que
se estabelecem as operações.
Apresenta um caráter imediatista (curto prazo) e abrangência local (tarefa).
Constituído por uma infinidade de planos operacionais das diversas áreas funcionais da empresa (produção,
finanças, recursos humanos, marketing etc.).
Orçamentos: são planos operacionais relacionados com o fluxo de capital alocado a determinadas tarefas
em um período de tempo. O nível intermediário é responsável pela elaboração do planejamento financeiro
que envolve valores maiores e tempo mais prolongado.
Programas: são planos operacionais relacionados com o tempo e com as atividades a serem realizadas.
Programas Simples: na sua elaboração, usa-se um calendário para programar as atividades. São repre -
sentados graficamente pelos cronogramas.
Programas Complexos: para sua elaboração, usam-se técnicas matemáticas avançadas ou dados pro-
cessados no computador, como as redes PERT/COM.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 29
Regras e Regulamentos: são planos operacionais relacionados com o comportamento solicitado às pessoas.
Uma regra determina um curso específico de ação ou conduta que deve ser seguido.
Geralmente as regras e regulamentos salientam o que as pessoas devem ou não fazer. São diferentes das po -
líticas por serem bastante específicos. Restringem o grau de liberdade das pessoas em determinadas situa-
ções previstas.
Podem ser uma descrição autoritária dos passos a seguir, a simples proibição declarada de um ato ou um re-
quisito a ser obedecido.
Quando as regras são violadas, ações corretivas precisam ser tomadas.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 30
ORGANIZAÇÃO: função administrativa que constitui o ato de integrar recursos e órgãos, estabelecendo rela -
ções entre eles.
Ao desempenhar a função de organização, os administradores delineiam a estrutura organizacional, ou seja, o
instrumento de operacionalização do planejamento.
A estrutura organizacional possibilita a transformação de um modelo teórico, traçado no planejamento, em
ação organizacional que contribuirá para o alcance dos objetivos.
No desempenho da função de organização, o administrador deve:
Listar o trabalho que precisa ser realizado para alcançar os objetivos da empresa.
Dividir o trabalho em tarefas que possam ser realizadas de modo lógico e eficiente, por indivíduos ou gru-
pos. Este processo é denominado divisão do trabalho.
Agrupar as tarefas segundo um critério determinado, criando as unidades organizacionais (órgãos). Este
tipo de agrupamento é denominado departamentalização.
Criar mecanismos de integração de esforços dos indivíduos, grupos e órgãos da empresa para facilitar o
alcance dos objetivos. Desse modo, seria estabelecida a hierarquia, quando essa integração envolvesse a
determinação de relações de autoridade, e a coordenação, quando interligasse unidades organizacionais
do mesmo nível hierárquico.
Divisão do Trabalho: processo pelo qual decompõe-se uma tarefa complexa em seus diversos componentes,
de modo que seja atribuído a cada indivíduo, ou grupo de indivíduos, apenas partes limitadas da tarefa global.
Principal vantagem: facilitar a realização da tarefa mais complexa, por meio da execução de uma série inte-
grada de operações pequenas, simples e separadas. Atribuindo-se ao trabalhador apenas essas tarefas sim -
ples, seria possível a sua especialização, com reflexos imediatos sobre o aumento da produtividade total.
A divisão do trabalho propicia o aumento da produtividade por meio da especialização, que é a forma de o in-
divíduo conhecer apenas uma parte do processo produtivo global, pois é impossível a uma única pessoa ad -
quirir toda a capacitação necessária para a realização total do trabalho.
Entretanto, é aconselhável buscar modos de evitar a monotonia que a realização de uma única tarefa pode
provocar, levando o indivíduo a cometer erros, devido ao cansaço. Também não se pode esquecer que, ao se
fixar somente parte do trabalho, o indivíduo perde a noção da contribuição que presta para o alcance do ob -
jetivo, o que o leva à alienação, ao desinteresse e à desmotivação.
Os administradores, principalmente aqueles situados nos níveis institucional e gerencial, precisam desenvol-
ver a habilidade específica associada à formação generalista, como forma de garantir a eficácia organizacio-
nal.
A formação generalista proporciona ao administrador a visão do conjunto da administração, necessária para
avaliar as implicações globais do processo administrativo.
Há técnicas de rotatividade de postos de trabalho, ampliação e enriquecimento de cargos, entre outras, que
contribuem para minimizar os efeitos negativos da especialização.
Convém ainda lembrar que o processo de divisão do trabalho requer esforços renovados para a interligação
sequencial de suas partes, denominada coordenação. Sem a interligação e a continuidade sequencial que a
coordenação proporciona, dificilmente os objetivos seriam alcançados.
DIFERENCIAÇÃO HORIZONTAL, VERTICAL E EM TAREFAS ESPECIALIZADAS
36 MORAES, Anna Maris Pereira de. Op. cit., p. 89-105.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 31
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Estrutura Centralizada: quando há pouca distribuição de autoridade, concentrando-se esta nos níveis hie-
rárquicos mais elevados.
Estrutura Descentralizada: quando há muita autoridade distribuída.
EMPOWERMENT
Empowerment: processo de delegação de autoridade que coloca o poder de decisão o mais próximo possí-
vel da clientela, ou seja, do local em que se desenrola a ação organizacional.
AMPLITUDE ADMINISTRATIVA
Amplitude administrativa ou amplitude de controle: número de subordinados que um chefe pode su-
pervisionar eficientemente.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 33
Organização Linear: trata-se de uma estrutura simples, baseada na autoridade linear, em que as funções geral-
mente são dispostas em uma organização de linha em que a cadeia de comando é clara e descendente através dos
níveis gerenciais.
Órgãos de Linha: aqueles que concentram suas atividades no alcance dos objetivos, tratando da decisão e exe-
cução das tarefas representativas das competências e vocações da empresa.
Órgãos de Staff: aqueles que concentram suas atividades na prestação de serviços especializados, aconselha-
mento e consultoria técnica, auxiliando a linha por meio de sugestões.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 34
Organização Formal:
Baseia-se em uma divisão racional do trabalho, na integração dos participantes segundo um critério esta -
belecido por aqueles que detêm a autoridade.
É planejada e intencionalmente criada, sendo aprovada pela empresa e comunicada por meio dos veícu -
los de comunicação utilizados.
É composta por cargos, funções, relações hierárquicas e funcionais, ou seja, profissionais, sem levar em
conta sentimentos ou emoções.
Possui normas e regulamentos, em geral escritos, determinados pela própria organização.
Organização Informal:
Surge espontânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam cargos na organização formal.
Forma-se a partir das relações pessoais e do surgimento de grupos informais constituídos pelo sentimen-
to ou interesses comuns que aproximam as pessoas.
A organização informal não se restringe ao espaço físico da empresa, nem ao horário de trabalho, pois
suas manifestações podem se estender a horas e locais de lazer.
A inter-relação entre as pessoas dá-se de forma natural e se manifesta na colaboração espontânea que se
pode prestar ao outro.
Possui também normas que regularão o comportamento; entretanto, trata-se de normas sociais estabe-
lecidas pelas pessoas e não pela instituição.
Apesar de não constarem de qualquer documento escrito, são respeitadas e adotadas pelo grupo com
tanto rigor quanto as normas institucionais.
ORGANOGRAMA
INCLUIR MODELO E EXPLICAR PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ORGANOGRAMA.
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL 36