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DICAS PARA A PROVA DO ITA
⎪⎩
reconhecidamente a mais abrangente possível: raramente algum
tópico do Ensino Médio não é cobrado. 2 6 2
Isso, para o candidato, traz vantagens e desvantagens. Vantagens no 4 − sec 2 x > 0 ⇒ −2 < sec x < 2 ⇒ como cos x > 0 , temos apenas que
π π
sentido de que existem várias questões de assuntos conhecidos e
0 < sec x < 2 ⇒ cos x > ⇒ − < x < .
desvantagens no sentido de que podem existir temas que o aluno não 1
domine. Porém, até nisso se faz justiça: não é possível contar apenas 2 3 3
com a sorte, uma vez que a prova é bem variada e abrangente. Aplicando finalmente as propriedades dos logaritmos, temos:
⎛ 4sen2 x − 1 ⎞
logcos x (4sen2 x − 1) − logcos x (4 − sec 2 x ) = logcos x ⎜ ⎟>2
E, além de uma prova bem diversificada, uma marca interessante é a
⎝ 4 − sec x ⎠
presença de vários temas numa única questão (cossenos com 2
logaritmos, progressões com circunferências, etc.), sempre com o
⎝ 4 − sec x ⎠ 4 − sec 2 x
que a aplicação de fórmulas é praticamente inviável, o que força o 2
candidato a ter algo a mais. Não adianta apenas conhecer milhares de
4 sen2 x − 1 4sen2 x − 1 − cos2 x(4 − sec 2 x )
− cos2 x < 0 ⇒ <0
fórmulas. Um bom raciocínio é peça fundamental nesse vestibular.
4 − sec x 4 − sec 2 x
Assim, o que se espera dos candidatos é conhecimento razoável 2
aliado com bom raciocínio.
Considerando apenas o numerador da fração, temos:
Neste material temos uma análise do vestibular de Matemática do
4 sen2 x − 1 − cos2 x(4 − sec 2 x ) = 4 sen2 x − 4cos2 x − 1 + cos2 x.
ITA. Procuraremos ajudá-lo a melhorar o seu desempenho com 1
algumas dicas que serão de grande valia na hora da prova. cos2 x
= −(4cos2 x − 4 sen2 x ) − 1 + 1 = − cos 2 x .
Bons estudos!
Assim, a desigualdade fica:
− cos2 x
<0⇒ >0
UMA QUESTÃO INTERESSANTE
cos2 x
4 − sec 2 x 4 − sec 2 x
Por uma das condições de existência ( 0 < sec x < 2 ) , é obrigatório
O exercício a seguir, retirado do vestibular de 2005, ilustra um fato
interessante da prova do ITA: normalmente, existem dois ou mais
Resolução: (Alternativa B) 6 4
Num primeiro instante, é fácil “chutar” que x provavelmente é A seguir, forneceremos algumas ferramentas que podem ajudá-lo na
irracional. Mas, isso não nos serve de muita coisa, afinal não prova, a respeito destes dois assuntos.
conseguimos encontrar nenhuma resposta que nos satisfaça apenas
chutando. FORMULÁRIO DE TRIGONOMETRIA
Uma primeira tentativa de resolução poderia ser a seguinte:
x = 7 − 4 3 + 3 ⇒ ( x − 3)2 = 7 − 4 3
Fórmulas básicas
sen2 x + cos2 x = 1 tg2 x + 1 = sec 2 x cotg2 x + 1 = cosec 2 x
x − 2 x 3 + 3 = 7 − 4 3 ⇒ x − x.2 3 − 4 − 4 3 = 0
sec x = tg x =
2 2
1 sen x
Essa tentativa nos leva a uma equação do segundo grau não muito cos x cos x
agradável, que exigirá um tempo razoável só pra terminar as contas.
cosec x = cotg x = =
Este caminho com certeza nos levará a uma resposta correta, mas a 1 cos x 1
questão não é essa. Será que não existe outro modo, menos sen x sen x tg x
trabalhoso, para se resolver esse exercício? A resposta é sim.
Observe que 7 − 4 3 = 22 − 2.2. 3 + ( 3 )2 = (2 − 3)2 .
Soma e subtração de arcos
sen(a + b ) = sen a.cos b + sen b.cos a tg a + tg b
tg(a + b ) =
Assim: x = 7 − 4 3 − 3 = 2 − 3 + 3 ⇒ x = 2 sen(a − b ) = sen a.cos b − sen b.cos a 1 − tg a.tg b
cos(a + b ) = cos a.cos b − sen a.sen b tg a − tg b
tg(a − b ) =
cos(a − b ) = cos a.cos b + sen a.sen b 1 + tg a.tg b
MISTURANDO TEMAS DIFERENTES
A prova de Matemática do ITA também é famosa por sua grande
Arco duplo
sen2 x = 2.sen x.cos x
capacidade de “misturar” conceitos distintos. Como exemplo, temos a
seguinte questão, retirada do vestibular de 2006 (se você sentir cos2 x = cos2 x − sen2 x
cos2x = 2.cos2 x − 1
tg2 x =
dificuldades, revise os tópicos, que abordados na questão):
2.tg x
Exemplo: (ITA 2006) Determine para quais valores de x ∈ (-π/2,π/2) cos2 x = 1 − 2sen2 x 1 − tg2 x
vale a desigualdade logcosx(4sen2x - 1) - logcosx(4 - sec2x) > 2.
Resolução: Arco triplo
Temos aqui a presença de trigonometria e logaritmos. Tanto um sen3 x = 3 sen x − 4 sen3 x cos3 x = 4cos3 x − 3cos x
quanto o outro são fundamentais para a resolução desse exercício. A
partir da condição de existência da base, temos:
⎛ −π π ⎞ −π π
Arco metade
cos x > 0 e cos x ≠ 1 ⇒ x ≠ 0 e x ∈ ⎜ ; ⎟ ⇒ < x < 0 ou 0 < x < ⎛x⎞ 1 − cos x ⎛x⎞ 1 + cos x ⎛x⎞ 1 − cos x
sen ⎜ ⎟ = ± cos ⎜ ⎟ = ± tg ⎜ ⎟ = ±
⎝ 2 2⎠ 2 2 ⎝2⎠ 2 ⎝2⎠ 2 ⎝2⎠ 1 + cos x
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
p+q p−q
sen p + sen q = 2.sen
Definição de logaritmo:
⎧base > 0 e base ≠ 1
logbase x = a ⇔ basea = x , onde ⎨
cos
⎩x > 0
2 2
p−q p+q
sen p − sen q = 2.sen cos
2 2
p+q p−q
cos p + cos q = 2.cos 1) logb ( xy ) = logb x + logb y
Resumo das propriedades:
cos
2) logb ( x / y ) = logb x − logb y
2 2
p+q p−q
cos p − cos q = −2.sen
3) logbm x n =
sen
2 2 n
sen( p + q )
.logb x
tg p + tg q =
m
4) logb x =
cos p.cos q logc x
sen( p − q )
(mudança de base)
tg p − tg q =
logc b
cos p.cos q
[ −1; 1]
⎡ π π⎤
Um tópico bastante frequente na prova de Matemática do ITA é
f ( x ) = arcsen ( x ) ⎢− 2 ; 2 ⎥
Determinantes. Vamos relembrar suas propriedades, a partir de
⎣ ⎦
algumas definições:
]−∞; ∞[
⎤ π π⎡
f ( x ) = arctg ( x ) ⎥− 2 ; 2 ⎢
um elemento aij de uma matriz M, quadrada e de ordem n>1, o
⎦ ⎣
determinante Dij, de ordem n - 1, associado à matriz obtida de M
⎛ π⎤
linear de outra fila paralela, o valor do determinante permanece
Como senα = > 0 , temos que α ∈ ⎜ 0, ⎥ ⇒ cos α = .
3 4
⎝ 2⎦
inalterado.
5 5
[0, π] .
5 Existe outra propriedade dos determinantes, que será trabalhada na
seguinte questão, também retirada do vestibular do ITA de 2006.
⎛ π⎞
Como cos β = > 0 ⇒ β ∈ ⎜ 0, ⎟
4
⎝ 2⎠ ⎡ −2a −2b −2c ⎤
Exemplo: (ITA 2006):
5 ⎡a b c ⎤
Se det ⎢⎢ p q r ⎥⎥ = -1 então o valor do det ⎢⎢ 2p + x 2q + y 2r + z ⎥⎥ é
( α = β ) . Assim:
Os dois ângulos estão no mesmo quadrante e, portanto são iguais
⎢⎣ x y z ⎥⎦ ⎢⎣ 3 x 3y 3z ⎥⎦
cos( α + β) = cos2α = cos2 α − sen2 α = − =
16 9 7 igual a
.
25 25 25 a) 0 b) 4 c) 8 d) 12 e) 16
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
⎣⎢ x z ⎦⎥ ⎣⎢ x z ⎦⎥ ⎣⎢ x y z ⎦⎥
ângulo entre os dois vetores. Considerando que dois vetores não
y y colineares sempre determinam um plano, podemos fazer essa análise
O último determinante tem duas linhas iguais, enquanto o primeiro a partir de uma abordagem geométrica em \ 2 , embora ela seja válida
tem a segunda linha multiplicada por 2. Assim:
⎡ a c ⎤ ⎡a b c ⎤
para vetores em \ 3 :
⎣⎢ x y z ⎦⎥ ⎣⎢ x y z ⎦⎥ Q (x2, y2)
DETERMINANTE DE VANDERMONDE
O Determinante de Vandermonde é um conhecido método de calcular
determinantes onde se tem em todas as linhas ou todas as colunas da
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo OPQ:
QP 2 = OP 2 + OQ 2 − 2 ⋅ OP ⋅ OQ ⋅ cos θ ⇒
matriz uma Progressão Geométrica. Seu valor é dado por:
# # # % # G G
Em particular, se u e v são vetores não nulos perpendiculares entre
1 an an2 " ann −1
si, temos que θ = 90° ⇒ cos θ = 0 ⇒ u ⋅ v = 0 .
= ∏ ( ai − a j )
G G
⎣⎢ abc 1 d d 2 ⎦⎥ G G
Na forma de um produto de números reais. O produto vetorial resulta, para cada par de vetores u e v , num
outro vetor u ∧ v , que é perpendicular ao plano determinado por
G G
Resolução: esses dois vetores. Seu módulo é dado por:
| u ∧ v | = | u | ⋅ | v | ⋅ sen θ
Multiplicando a primeira linha por a , a segunda por b , a terceira por G G G G
c e a quarta por d (e então dividindo o determinante por abcd para
não alterar seu valor):
Esse módulo representa, geometricamente, a área do paralelogramo
bcd 1 a a 2 abcd a a 2 a3 1 a a2 a3 G G
determinado pelos vetores u e v :
= ⋅ = ⋅
acd 1 b b 2 1 abcd b b 2 b3 abcd 1 b b 2 b3
2
abd 1 c c abcd abcd c c 2 c 3 abcd 1 c c 2 c 3
abc 1 d d 2 abdc d d 2 d 3 1 d d2 d3 G
h = | v | ⋅ sen θ
v G
E o determinante acima é o Determinante de Vandermonde, então:
θ
bcd 1 a a2 1 a a2 a3 G
u
= =
acd 1 b b2 1 b b2 b3 G G
Observe que, se um dos vetores u ou v for nulo, ou se eles forem
abd 1 c c2 1 c c2 c3 colineares, o produto vetorial será o vetor nulo.
abc 1 d d2 1 d d2 d3
= ( a − b )( a − c )( a − d )( b − c )( b − d )( c − d ) .
Com base nesses produtos, conseguimos outro exemplo de aplicação
da teoria de vetores, que é o produto misto, no qual utilizamos
simultaneamente o produto escalar e o produto vetorial.
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2 B
A partir dos produtos anteriores, temos:
[u,v ,w ] = u ⋅ (v ∧ w ) = x1 ⋅ y 2 z2 + y1 ⋅ z2 + z1 ⋅ 2
G G G G G G y z z x2 x y2
.
3 3 3 x3 x3 y3
1− 3
Segue que:
x
[u,v ,w ] = x2
x1 y1 z1 A 2
G G G
y2 z2
x3 y3 z3 Observe que é incoerente apresentar os vértices do tetraedro, uma
figura tridimensional, através de apenas duas coordenadas. Vamos
O G B
v A
G
[u,v ,w ] = | u ⋅ (v ∧ w ) | = | u | ⋅ | v ∧ w | ⋅ | cos θ |
A partir do produto escalar, temos: M
G G G G G G G G G
( )
determinamos a altura DG relativa à base ABC:
⎛2 6⎞
SOBC
(DG )2 + (CG )2 = (DC )2 ⇒ (DG )2 + ⎜ = 2 2 ⇒ DG =
⎜ 3 ⎟⎟
2
2 2 4
Além disso, a altura do tetraedro, relativa a essa base OBC, será a ⎝ ⎠ 3
mesma altura h considerada para o paralelepípedo. Assim:
1 ⎛1 G G ⎞ G
VOABC = ⋅ SOBC ⋅ h = ⋅ ⎜ ⋅ | v ∧ w | ⎟ ⋅ | u | ⋅ | cos θ | ⇒
1 O volume do tetraedro será dado por:
3 ⎝2 ⎠ VABCD = ⋅ SABC ⋅ DG = ⋅ ⋅ ⇒ VABCD =
3 1 1 (2 2)2 3 4 8
VOABC = ⋅ [ u, v , w ]
1 G G G 3 3 4 3 3
6
Vamos agora analisar o mesmo problema por um ponto de vista
Exemplo: (ITA 2005) Em relação a um sistema de eixos cartesiano vetorial:
ortogonal no plano, três vértices de um tetraedro regular são dados
por A = (0,0) , B = (2,2) e C = (1 − 3,1 + 3) .
D = ( xD , y D , zD ) o vértice do tetraedro fora do plano determinado pelo
2ª Resolução: Seguindo o mesmo desenho da 1ª resolução, seja
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⎧ x A + xB + xC 0 + 2 + (1 − 3 )
⎪ xD = xG = = = 1−
3 De acordo com o enunciado, a área da superfície lateral é o dobro da
⎪
área da base:
⎨ w ⋅ SM
× 4 = 2 ⋅ w 2 ⇒ SM = w
3 3 3
⎪ y A + y B + y C 0 + 2 + (1 + 3)
⎪⎩ y D = y G = = = 1+
3
2
3 3 3
Sendo h a altura da pirâmide, no triângulo ΔSOM , retângulo em O,
Para determinar sua altura zD , lembrando que o tetraedro é regular: aplicamos o teorema de Pitágoras:
AB = AD ⎛w ⎞
h2 + ⎜ ⎟ = w 2 ⇒ h =
2
w 3
⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎝2⎠
(2 − 0)2 + (2 − 0)2 + (0 − 0)2 = ⎜ 1 − − 0 ⎟ + ⎜1 + − 0 ⎟ + ( zD − 0)2
2 2
2
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
3 3
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎛ w 3⎞
Assim, temos as coordenadas de S = ( 0,0, h ) = ⎜ 0,0,
3 3
⎜ ⎟ , de modo
zD 2 = ⇒ zD = (lembrando que tomamos zD > 0 ) ⎝ 2 ⎟⎠
4 4 3
3 3
( ) ( )
3 3 3
1 4 3 ⎡
VABCD = ⋅ ⋅ 1 + 3 − 1 − 3 ⎤ ⇒ VABCD =
6 3 ⎣ ⎦
8
Assim, calculando cada termo separadamente:
JJJG JJJJG ⎛ 3w ⎞ ⎛ w ⎞ w ⎛ 3w ⎞ w 3 w 3 3w 2
3
DP ⋅ AQ = ⎜ − ⎟⋅⎜− ⎟ + ⋅⎜− ⎟+ ⋅ =
O próximo exemplo ilustra como a introdução dos vetores pode ⎝ 4 ⎠ ⎝ 4⎠ 4 ⎝ 4 ⎠ 4 4 16
⎛ 3w ⎞ ⎛ w ⎞ ⎛ w 3 ⎞
simplificar a resolução de um exercício que, se resolvido apenas com
DP = ⎜ − ⎟ ⎜ ⎟ +⎜
+ ⎟ =
2
JJJG 2 2
⎝ 4 ⎠ ⎝ 4 ⎠ ⎜⎝ 4 ⎟⎠
ferramentas de Geometria Espacial pura, poderia se tornar muito w 13
trabalhoso. 4
⎛ w ⎞ ⎛ 3w ⎞ ⎛ w 3 ⎞
AQ = ⎜ − ⎟ + ⎜ − +⎜ ⎟⎟ =
Exemplo: (IME 2010) A área da superfície lateral de uma pirâmide JJJJG
2
⎟
2 2
⎜
w 13
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
quadrangular regular SABCD é duas vezes maior do que a área de
sua base ABCD. Nas faces SAD e SDC traçam-se as medianas AQ e 4 4 4 4
DP. Calcule o ângulo entre estas medianas. Substituindo:
DP ⋅ AQ
3w 2
⎛ 3 ⎞
JJJG JJJJG
cos θ = JJJG JJJJG = = ⇒ θ = arccos ⎜ ⎟
Resolução: Estabelecendo um sistema de coordenadas 3
⎝ 13 ⎠
16
DP ⋅ AQ w 13 w 13 13
tridimensionais, como indicado na figura a seguir, e chamando o lado
do quadrado da base da pirâmide de w, temos: ⋅
z 4 4
S CÔNICAS
ELIPSE
Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma elipse de focos em F1 e
F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cuja soma das distâncias a F1 e F2 é
constante e igual a 2a, com 2a > 2c.
a 2 = b2 + c 2
B1 ( b,0 )
y
y
P Q
e= <1
c
a a a
C D B2 ( −b,0 )
As coordenadas dos vértices da base quadrada são: O: centro B1B2: eixo menor (2b)
⎛w w ⎞ ⎛ w w ⎞ ⎛ w w ⎞ ⎛w w ⎞
A = ⎜ , ,0 ⎟ , B = ⎜ − , ,0 ⎟ , C = ⎜ − , − ,0 ⎟ e D = ⎜ , − ,0 ⎟ .
F1, F2: focos F1F2: distância focal (2c)
⎝2 2 ⎠ ⎝ 2 2 ⎠ ⎝ 2 2 ⎠ ⎝2 2 ⎠
A1, A2, B1, B2: vértices e: excentricidade
A1A2: eixo maior (2a)
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
( x − x0 ) ( y − y0 )
Equações reduzidas – centro em (x0, y0) Interpretação de uma equação do 2o grau
Dada a eq. Geral do 2o grau:
• + =1
2 2
( y − y0 ) ( x − x0 )
2
a b2
de um rotação de eixos de um ângulo θ tal que
é sempre possível eliminar o seu termo retângulo (2Bxy) através
• + =1
2 2
A1A2 // Ou:
a 2
b 2 A=CÆθ=π/4 A ≠ C Æ tg 2θ = 2B/(A – C)
HIPÉRBOLE é possível também identificar a cônica através de sua equação
Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma hipérbole de focos em F1 pelo determinante:
e F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cujo módulo da diferença das
distâncias a F1 e F2 é constante e igual a 2a, com 2a < 2c.
c 2 = a2 + b2
(i) Se , então a equação representa uma parábola.
B1 ( b,0 )
y
e = >1
c (ii) Se , então a equação representa uma elipse.
(iii) Se , então a equação representa uma hipérbole.
A1 ( −a,0 ) A 2 ( a,0 )
a
Obs: A identificação não indica se a cônica é degenerada ou
F1 ( −c,0 ) F2 ( c,0 )
O x
não, para isso é necessária a rotação de eixos.
B2 ( −b,0 )
Em 2006 tivemos 2 questões de cônicas, uma delas discursiva.
c
Confira!
( x − x0 ) ( y − y0 ) ( y − 8)2 ( x − 7)2
Equações reduzidas – centro em (x0, y0)
9( y − 8)2 − 16.( x − 7)2 = 144 ⇒ − =1
• − =1
2 2
A1A2 // Ox: 16 9
( y − y0 ) ( x − x0 )
a2 b2
Logo, a equação reduzida da hipérbole é:
• − =1 ( y − 8)2 ( x − 7)2 ⎧a = 4
2 2
− = 1⇒ ⎨
⎩b = 3
A1A2 // Ou:
a2 b2 4 2
3 2
e⊥d
2
Uma das aplicações mais interessantes dessa mistura de temas que
F ( p 2,0 )
pode ocorrer em uma questão do vestibular do ITA é usar conceitos
(−p 2,0 )
V' V x de Geometria Analítica para resolver uma questão de Números
e Complexos. Sabendo que todo número complexo pode ser
representado por um ponto do plano cartesiano (Plano de Argand-
Gauss), desenvolvemos algumas ideias.
• e // Ou: ( x − x0 ) = 4 p ( y − y 0 )
(II) Sendo O a origem do plano cartesiano, definimos OP = x 2 + y 2
2
( x-x0 ) ( y-y0 )
Dada uma equação do 2o grau redutível à forma
(III) Se z = x + y ⋅ i , z ∈ ^ e z0 = a + b ⋅ i é um número complexo
+ =1
2 2
k1 k2 qualquer, temos: z − z0 = ( x + i ⋅ y ) − (a + b ⋅ i ) = ( x − a )2 + ( y − b )2 ,
k1 = k 2 Circunferência que é a distância entre dois pontos da Geometria Analítica;
k1>0, k2>0 e k1>k2 Elipse de eixo maior horizontal (IV) De (III), temos que:
k1>0, k2>0 e k1<k2 Elipse de eixo maior vertical • z − z0 = R é uma circunferência de centro z0 e raio R;
k1>0 e k2<0 Hipérbole de eixo real horizontal • z − z1 + z − z2 = 2k é uma elipse de focos z1 e z2 , e eixo
k1<0 e k2>0 Hipérbole de eixo real vertical maior de comprimento 2k , para k > 0 ;
• z − z1 − z − z2 = 2k é uma hipérbole de focos z1 e z2 , e
Rotação de eixos eixo transverso de comprimento 2k , para k > 0 .
(V) Com relação ao argumento de z, temos que arg( z ) = θ é uma
um ângulo θ são dadas por (x’,y’) tais que
As coordenadas de um ponto P(x,y) após a rotação de eixos de
x = x’.cosθ - y’.senθ y = x’.senθ + y’.cosθ semirreta iniciada na origem, e arg( z − z0 ) = θ é uma semirreta com
início em z0 .
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
identidade de Euler.
( )
A demonstração da primeira é:
iθ ⎛ e 2 − e 2 ⎞
θ iθ
iθ −i θ
⎛ θ θ⎞ ⎛ θ θ⎞ θ
−e
= ⎜ cos + i sen ⎟ − ⎜ cos − i sen ⎟ = 2i ⋅ sen .
iθ −i θ
(1 − i ) ⋅ ( −1 + i ) = 2i .
Observe a questão a seguir, retirada do vestibular ITA-97. Essa
questão é uma boa aplicação da forma exponencial, ao invés da
A IDENTIDADE DE EULER utilização direta da fórmula de De Moivre.
2 +i 2
Você sabe qual é a origem da identidade de Euler? A resposta está
em Taylor! Exemplo: (ITA 1997) Considere os números complexos z =
2
Em Matemática, uma série de Taylor é uma série de potências 6
w + 3z + 4i 4
utilizada para aproximar funções. Elas recebem esse nome em e w = 1 + i 3 . Se m = , então m vale:
z 2 + w 3 + 6 - 2i
homenagem ao matemático inglês Brook Taylor. Várias funções
podem ser aproximadas por esse método, que, por envolver derivadas a) 34 b) 26 c) 16 d) 4 e) 1
de funções, só é ensinado nas disciplinas de Cálculo.
Entre as funções que estudamos, existem três que merecem Resolução: (Alternativa A)
destaque: Utilizando a forma exponencial, temos:
z = 2e e w = 2e
iπ iπ
ex = 1+ x + + + ...
x2 x3 4 3
2! 3!
cos x = 1 − + − + ...
Dessa forma, temos então que o numerador é dado por:
w 6 + 3.z 4 + 4i = 64.e 2 πi + 3.16.e πi + 4i = 16 + 4i
x2 x4 x6
2! 4! 6!
sen x = x − + − + ...
x3 x5 x7
Fazendo o mesmo para o denominador:
z 2 + w 3 + 6 − 2i = 4.e + 8.e i π + 6 − 2i = −2 + 2i
3! 5! 7!
iπ
A partir destas fórmulas, podemos calcular o valor das funções seno, 2
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
S = 2π ⋅ L ⋅ d
gerada pela rotação da linha em torno do eixo, temos:
k =0 ⎝ k ⎠
−3
5x
⎜ 5x ⎟
⎝ ⎠
CM 3 x
d
3 5
a) 729 3 45 b) 972 3 15 c) 8913 d) 376 3 e) 165 3 75
5 3
Resolução: (Alternativa E)
Do binômio de Newton, temos:
⎛ ⎞
E'
⎛ 33 x ⎞
⎟ = ⎜ ⎜⎛ ⎟⎞ x 3 − ⎜⎛ ⎟⎞ x 6 ⎟ =
−
12
⎜
12
−3
1 1
3 2 −1 3 3 1
⎜⎜ ⎝ 5 ⎠ ⎟⎟
5x
⎜ 5x ⎟ ⎝5⎠
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
(II) VOLUMES: PAPPUS-GULDIN 3 x
Seja S a área da figura e d a distância do centro de massa ao eixo de
⎡ ⎤ ⎡ 1⎤
12 − k
= ∑ ⎜ ⎟ ⋅ ⎢⎜ ⎟ x 3 ⎥ ⋅ ⎢ − ⎜ ⎟ x 6 ⎥ = ∑ ⎜ ⎟ ⋅ ( −1)k ⎜ ⎟
36 − 5 k
⎛ 12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ 2 − 1 ⎛3⎞ 3 ⎛ 12 ⎞ ⎛3⎞ 6
rotação EE’. O volume V do sólido obtido pela rotação da figura em
−
k
3 k − 24
⋅x 6
1 1
12 12
V = 2π ⋅ S ⋅ d ⎢⎝ 5 ⎠ ⎥ ⎢ ⎝5⎠ ⎥
torno do eixo EE’ é dado por:
k =0 ⎝ k ⎠ k =0 ⎝ k ⎠ ⎝5⎠
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
E
36 − 5 k
⎛ 12 ⎞ ⎛3⎞ 6
3 k − 24
E o termo geral de tal binômio é: Tk +1 = ⎜ ⎟ ⋅ ( −1)k ⋅ ⎜ ⎟ ⋅x 6 .
⎝k ⎠ ⎝5⎠
•
S Assim, para que tenhamos o termo independente de x, o expoente de
3k − 24
d
⎛ 12 ⎞ ⎛3⎞
−
Exemplo: (IME 2010) Sejam ABC um triângulo equilátero de lado Se podemos desenvolver o binômio de Newton, também podemos
2 cm e r uma reta situada no seu plano distante 3 cm do seu desenvolver o polinômio de Newton, que é conhecido como polinômio
baricentro. Calcule a área da superfície gerada pela rotação desse de Leibniz.
triângulo em torno da reta r.
a) 8π cm2 b) 9π cm2 c) 12π cm2 Tal polinômio é obtido do desenvolvimento de ( x1 + x2 + " + x p )n .
d) 16π cm2 e) 36π cm2 Pensando analogamente ao binômio de Newton, podemos
desenvolver o polinômio de Leibniz como uma generalização do
Resolução: (Alternativa E) binômio. Assim:
Como a distância x do centro de massa do triângulo à reta r é 3 cm,
(1 + x + x 2 )9 = ∑ 1x x =∑
natural. Tal expressão é desenvolvida pela fórmula: A partir do desenvolvimento do polinômio de Leibniz, temos:
⎛n⎞ ⎛n⎞ ⎛n⎞ x j + 2 k , onde i + j + k = 9 .
(ax + by )n = ⎜ ⎟ ⋅ (ax )n ⋅ (by )0 + ⎜ ⎟ ⋅ (ax )n −1 ⋅ (by )1 + ⎜ ⎟ ⋅ (ax )n − 2 ⋅ (by )2 +
9! i j 2 k 9!
⎝ ⎠
0 ⎝ ⎠
1 ⎝ 2⎠ i ! j !k ! i ! j !k !
⎛ n ⎞ ⎛n⎞
+" + ⎜ ⎟ ⋅ (ax ) ⋅ (by ) + ⎜ ⎟ ⋅ (ax ) ⋅ (by )
n −1
⎝ − ⎠ ⎝ ⎠
1 0 n
n 1 n
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
⎧i + j + k = 9
Assim, devemos resolver o seguinte sistema: ⎨
se B está em S, B é subconjunto de An, e, portanto, deve possuir n – 1
⎩ j + 2k = 4
, com i, j, k elementos (se B tem n elementos então B = An). Afirmamos que B é o
Logo, o coeficiente de x 4 em (1 + x + x 2 )9 é:
Essa sequência é a maior possível, e respeita as condições impostas
por S. Logo, o número máximo de elementos que S pode ter é n + 1.
+ + = 36 + 252 + 126 = 414
9! 9! 9! Como comentário, essa foi uma questão que exigiu uma boa dose de
7!0!2! 6!2!1! 5!4!0! raciocínio por parte dos candidatos, e ilustra bem um vestibular que
não quer apenas fórmulas decoradas.
No vestibular de 2006, o tópico de Teoria dos Conjuntos rendeu um Equações algébricas que são importantes no vestibular do ITA, sendo
total de três questões, ou seja, 10% da prova. Pode parecer pouco, um assunto recorrente nesse vestibular, são as equações polinomiais
mas na verdade esse foi um dos tópicos mais cobrados, justamente recíprocas. Vamos desenvolver dois pontos: como reconhecer tais
por ser um tema que exige boa capacidade de abstração por parte equações e como trabalhar com elas.
dos candidatos.
(I). Reconhecimento
Conjunto: é uma coleção de elementos. Uma equação da forma an ⋅ x n + an −1 ⋅ x n −1 + " + a1 ⋅ x + a0 = 0 é dita
recíproca se e somente se ak = ±an − k , com 0 ≤ k ≤ n . Isto fornece um
a) vazio: não possui elementos
b) unitário: possui um único elemento
conjunto de equações “simétricas”, por exemplo:
Relação de pertinência: se x é um elemento do conjunto A ⇒ x ∈ A . a) 2 x 2 + 3 x + 2 = 0 ;
c) universo: conjunto que possui todos os elementos
Caso contrário, x ∉ A . b) 4 x 3 − 3 x 2 + 3 x − 4 = 0 ;
c) a ⋅ x 6 − b ⋅ x 5 + c ⋅ x 4 − c ⋅ x 2 + b ⋅ x − a = 0 , com a ≠ 0 ;
d) a ⋅ x 5 + b ⋅ x 4 + c ⋅ x 3 + c ⋅ x 2 + b ⋅ x + a = 0 , com a ≠ 0 .
um conjunto B então A é subconjunto de B, ou seja, A ⊂ B .
Subconjunto: se todos os elementos de um conjunto A pertencem a
intersecção: A ∩ B = { x / x ∈ A e x ∈ B }
Se ak = −an − k , como em (b) e (c), a equação é classificada como
b) equação recíproca de primeira espécie;
c) diferença: A − B = { x / x ∈ A e x ∉ B } .
equação recíproca de segunda espécie.
Complementar: se A ⊂ B então o complementar de A com relação à
B é o conjunto CAB = B − A .
Exemplo: (ITA 2008 adaptada) É dada a equação polinomial
(a + c + 2) ⋅ x 3 + (b + 3c + 1) ⋅ x 2 + (c − a ) ⋅ x + (a + b + 4) = 0 , com a, b, c
reais e a + c ≠ −2 . Sabendo-se que essa equação é recíproca de
União de dois conjuntos: n( A ∪ B ) = n( A) + n(B ) − n( A ∩ B )
primeira espécie e que 1 é uma raiz, então o produto a ⋅ b ⋅ c é igual a:
a) –2 b) 4 c) 6 d) 9 e) 12
Conjunto das partes: dado um conjunto A, o conjunto das partes de
A, P(A), é o conjunto de todos os possíveis subconjuntos de A. Se A Resolução: (Alternativa E)
possui n elementos, então o conjunto P(A) possui 2n elementos. Do fato de ser recíproca de primeira espécie, temos:
⎧a + c + 2 = a + b + 4 ⎧b = c − 2
⎨ ⇔⎨
Dizemos que P = { A1, A2 ,..., An } é uma partição de A se cada conjunto ⎩b + 3c + 1 = c − a ⎩a = 1 − 3c
Partições de um conjunto: seja A um conjunto não-vazio e finito. .
(a + c + 2) ⋅ 13 + (b + 3c + 1) ⋅ 12 + (c − a ) ⋅ 1 + (a + b + 4) = 0 ⇔
conjunto A e se a intersecção desses conjuntos, tomados dois a dois,
sempre é vazia.
a + 2b + 5c = −7
Fazendo A1 = {1, 2, 3} e A2 = {4, 5}, temos que A1 ∩ A2 = { } e
Exemplo: A = {1, 2, 3, 4, 5}
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p
Se a = 2 , ficamos com a equação 0 ⋅ x = 0 , que é satisfeita para todo
x ∈ \ . Nesse caso, temos conjunto verdade V = \ .
técnica de resolução é dividir a equação por x 2 , onde p é o grau do
polinômio resultante, e usar as identidades a seguir:
x + = α , x 2 + 2 = α 2 − 2 , x 3 + 3 = α3 − 3α ,... Se a = −2 , ficamos com a equação 0 ⋅ x = −4 , que não é satisfeita
1 1 1
x x x
para nenhum valor real de x. Assim, temos conjunto verdade V = ∅ .
a−2
Exemplo: (ITA 1997) Seja S o conjunto de todas as raízes da
equação 2 x 6 − 4 x 5 + 4 x − 2 = 0 . Sobre os elementos de S podemos Se a ≠ 2 e a ≠ −2 , temos x = =
1
(a + 2) ⋅ (a − 2) a + 2
e, nesse caso, o
⎧ 1 ⎫
afirmar que:
conjunto verdade V = ⎨ ⎬ é unitário.
a) todos são números reais.
b) 4 são números reais positivos. ⎩a + 2 ⎭
c) 4 não são números reais.
d) 3 são números reais positivos e 2 não são reais.
Via de regra, nesse tipo de exercício, o aluno deve ficar muito atento
e) 3 são números reais negativos.
para as condições de existência sobre a variável x, principalmente
com relação a valores do parâmetro que zeram algum denominador,
A equação é recíproca de segunda espécie, de modo que x = 1 é
Resolução: (Alternativa D)
raízes de índice par (que só existem em \ para radicandos não-
verdade V = \ .
Fazendo a troca de variáveis x + = α , temos x 2 + 2 = α 2 − 2 , de
1 1
Temos:
x+
1
= 1 + 2 ⇔ x 2 − (1 + 2) ⋅ x + 1 = 0 ⇔ x =
1+ 2 ± 2 2 − 1
+ +
x 2 –2 2 a
E ainda: –
x + = 1 − 2 ⇔ x 2 + ( 2 − 1) ⋅ x + 1 = 0
1
EQUAÇÕES COM PARÂMETROS O exemplo a seguir foi, originalmente, uma das questões, proposta
pela então Tchecoslováquia, presentes na prova da quinta Olimpíada
Discutir uma equação, ou uma inequação, em função de um ou mais Internacional de Matemática (IMO), realizada em 1963.
parâmetros, consiste em determinar, para cada valor assumido pelos
parâmetros, o conjunto verdade das mesmas. Considere, por Exemplo: (ITA 2007) Considere a equação:
exemplo, a equação a seguir, na variável x:
(a 2 − 4) ⋅ x = a − 2 x2 − p + 2 x2 − 1 = x .
Vamos analisar o conjunto verdade, em \ , dessa equação, em a) Para que valores do parâmetro real p a equação admite raízes
função do parâmetro real a. Observe que podemos fatorar o reais?
(a + 2) ⋅ (a − 2) ⋅ x = a − 2
coeficiente de x no primeiro membro da equação: b) Determine todas essas raízes reais.
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0
( p − 4)2
Para a condição (II), temos: x 2 ≥ 1 ⇔ ≥1
Levando em consideração as restrições (I), (II) e (III), elevamos 8 ⋅ (2 − p)
ambos os membros da equação irracional ao quadrado, observando,
para p < 2 , como no caso anterior, segue que:
Novamente levando em consideração que o denominador é positivo
porém, que podemos introduzir novas raízes na equação obtida a
( )
( p − 4)2 ≥ 8 ⋅ (2 − p ) ⇔ p 2 − 8 p + 16 ≥ 16 − 8 p ⇒ p 2 ≥ 0
partir desse ponto, que não satisfazem a equação original. Daí a
x 2 − p + 2 x 2 − 1 = ( x ) ⇔ 4 x 2 − p x 2 − 1 = ( p + 4) − 4 x 2
necessidade de verificar as três condições obtidas até então.
2
2
⎧⎪ x 2 − p ≥ 0
⇒ 4 x2 − p x2 − 1 ≥ 0 ,
Finalmente, para a condição (IV), fazemos:
⎨ ( p − 4)2
⎪⎩ x 2 − 1 ≥ 0 ( p + 4) − 4 x 2 ≥ 0 ⇔ 4 x 2 ≤ p + 4 ⇔ 4 ⋅ ≤ p+4
Sendo temos mais uma
8 ⋅ (2 − p )
condição:
( p + 4) − 4 x 2 ≥ 0 (IV) Mais uma vez, para p < 2 , isso equivale a:
( p − 4)2 ≤ 2 ⋅ (2 − p ) ⋅ ( p + 4) ⇔ 3 p 2 − 4 p ≤ 0 ⇔ 0 ≤ p ≤
4
(4 )
Nesse caso, elevamos novamente os dois membros da equação
= ( ( p + 4) − 4 x 2 ) ⇔ (16 − 8 p ) ⋅ x 2 = p2 − 8 p + 16
irracional ao quadrado: 3
x2 − p x2 − 1
2 2
Assim, a condição sobre o parâmetro real p para que se tenha
4−p
⇔ 8 ⋅ (2 − p ) ⋅ x 2 = ( p − 4)2 x=
2 2 ⋅ (2 − p )
como raiz da equação apresentada é:
2 2 ⋅ (2 − p )
procedimento em algumas equações, cuja resolução por métodos
puramente algébricos seria muito trabalhosa, ou praticamente
claramente ela não satisfaz a condição (III), que exige x ≥ 0 . impossível. Considere o seguinte exemplo, retirado da 24ª OBM
(Olimpíada Brasileira de Matemática), nível universitário.
|p−4|
Assim, nos resta analisar a possibilidade x =
2 2 ⋅ (2 − p )
, para Exemplo: (OBM) Determine todas as soluções reais da equação:
x = 2+ 2− 2+ x .
p < 2 . Devemos descobrir para quais valores do parâmetro p < 2 ela
verifica simultaneamente as condições (I), (II), (III) e (IV).
Resolução:
Inicialmente, observe que, se p < 2 , então p − 4 < 0 , de modo que
Observe que o procedimento de ir elevando ao quadrado os dois
4−p
membros da equação nos conduziria a uma equação polinomial de 8º
| p − 4 | = 4 − p . Assim, podemos reescrever x =
grau, além de introduzir diversas condições de existência para cada
2 2 ⋅ (2 − p )
. vez que elevássemos os dois membros ao quadrado. Entretanto, ao
invés disso, podemos observar de início que, das condições de
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DICAS PARA A PROVA DO ITA
⎛ ⎛ θ ⎞⎞
abscissas no ponto (a,0) , como esboçado na figura a seguir:
a equação se reduz a 2cos θ = 2 ⋅ ⎜ 1 + sen ⎜ ⎟ ⎟ .
⎝ ⎝ 4 ⎠⎠
y
⎝ ⎝ 4 8 ⎠⎠ ⎝4 8⎠
x
⎡ π⎤ ⎛π θ⎞ ⎛π θ⎞ ⎛π θ⎞
Para θ ∈ ⎢0, ⎥ , temos cos ⎜ − ⎟ ≥ 0 ⇔ cos ⎜ − ⎟ = cos ⎜ − ⎟ ,
⎣ 2⎦ ⎝4 8⎠ ⎝4 8⎠ ⎝4 8⎠
⎛π θ⎞
e a equação se reduz a: cos θ = cos ⎜ − ⎟ .
⎝4 8⎠
⎛π θ⎞ ⎧⎪ y ≥ 0
Como θ e ⎜ − ⎟ são dois arcos do primeiro quadrante com o y = f ( x ) = 1 − x 2 , temos:
⎨ 2
⎝4 8⎠ ⎪⎩ x + y = 1
Por outro lado, fazendo 2
.
1ª Resolução:
Pela condição de existência sobre a raiz quadrada, temos: θ
1 − x 2 ≥ 0 ⇔ −1 ≤ x ≤ 1 x
–1 cos θ 1
é a reta ficar totalmente acima da semicircunferência. Assim, o maior COM EN TÁRI OS FI N AI S D E M ATEM ÁTI CA
valor do parâmetro a que ainda dá certo é aquele que torna a reta
tangente à semicircunferência, como ilustra a figura: É importante ficar claro que, embora o vestibular do ITA seja uma
y prova de grande inteligência, na qual muitas vezes existem dois ou
mais métodos de resolução para uma dada questão (um normalmente
mais rápido e outro um pouco mais trabalhoso), o mais importante é
RESOLVER O EXERCÍCIO. De fato, não importa o caminho, e sim o
resultado. Embora seja muito importante manter o espírito crítico e
refletir a cada questão, não vale à pena perder muito tempo
procurando um caminho curto quando se sabe uma maneira de
resolver a questão, pois tempo é um bem precioso nesse
1 vestibular. Boa prova!
45° 45°
x
–1 1 a
( ) ( )
P ( B ) = P ( B | A ) ⋅ P ( A ) + P B | AC ⋅ P AC
temos a Formula de Probabilidade Total:
P ( B ) = P ( B | A1 ) ⋅ P ( A1 ) + P ( B | A2 ) ⋅ P ( A2 ) + ... + P ( B | An ) ⋅ P ( An )
forma geral da Formula de Probabilidade Total é dada por:
P ( A) ⋅ P (B | A)
Teorema de Bayes diz que:
P ( A | B) =
P (B )
.
Resolução:
Primeiramente definimos os eventos:
p(D ) = 0 ⋅ + ⋅ + 1⋅ =
5 1 10 25 3
40 2 40 40 4