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Humano
Profª. Anacléia Fernanda Moretto
Profª. Paula Dittrich Corrêa
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Anacléia Fernanda Moretto
Profª. Paula Dittrich Corrêa
M845m
Moretto, Anacléia Fernanda
Movimento funcional humano. / Anacléia Fernanda
Moretto; Paula Dittrich Corrêa. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
268 p.; il.
ISBN 978-85-515-0414-7
1. Locomoção humana. - Brasil. I. Corrêa, Paula Dittrich.
II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 612.76
Impresso por:
Apresentação
Para que você, acadêmico, possa ampliar seus conhecimentos, vamos
iniciar nossos estudos sobre Movimento Funcional Humano. O conteúdo
deste livro didático, bem como as orientações, contribuirá positivamente
com o direcionamento do processo ensino-aprendizagem.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA ........................................1
VII
3.2 PLANO SAGITAL.............................................................................................................................47
3.3 PLANO TRANSVERSAL . ..............................................................................................................47
4 MOVIMENTOS BÁSICOS DO CORPO HUMANO.....................................................................49
4.1 MOVIMENTOS DE FLEXÃO E EXTENSÃO...............................................................................49
4.2 MOVIMENTOS DE ADUÇÃO E ABDUÇÃO..............................................................................50
4.3 MOVIMENTOS DE ROTAÇÃO LATERAL E MEDIAL.............................................................52
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................56
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................57
VIII
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................110
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................112
IX
UNIDADE 3 - BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO...........................177
X
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................229
TÓPICO 3 - CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A
FUNÇÃO DO SISTEMA DO MOVIMENTO............................................................231
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................231
2 PARALISIA CEREBRAL.....................................................................................................................231
2.1 CLASSIFICAÇÃO...........................................................................................................................232
2.1.1 Espástico..................................................................................................................................233
2.1.2 Atetose.....................................................................................................................................234
2.1.3 Atáxico.....................................................................................................................................235
2.1.4 Misto........................................................................................................................................235
2.2 DISFUNÇÃO MOTORA................................................................................................................236
2.3 ÓRTESES..........................................................................................................................................237
3 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL..............................................................................................239
3.1 CLASSIFICAÇÃO...........................................................................................................................239
3.1.1 Acidente Cerebral Vascular Hemorrágico.........................................................................240
3.1.2 Acidente Vascular Cerebral Isquêmico...............................................................................240
3.2 ETIOLOGIA E SINTOMAS...........................................................................................................241
4 DISTÚRBIOS DO CEREBELO.........................................................................................................243
LEITURA COMPLEMENTAR..............................................................................................................246
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................248
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................249
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................251
XI
XII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA
E BIOMECÂNICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ESTUDO DA CINESIOLOGIA
E BIOMECÂNICA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos aspectos relacionados à biomecânica e cinesio-
logia, veremos os conceitos básicos, os quais são de extrema importância para a
atividade profissional de fisioterapeutas, cirurgiões, ortopedistas, terapeutas ocu-
pacionais, dentre outros profissionais.
2 CONCEITOS
Para iniciar nossos estudos, vamos entender o que significa cinesiologia e
biomecânica.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Floyd (2016) consegue fazer uma relação simples sobre músculos, ossos e
articulações. Para ele, os ossos possuem diferentes tamanhos, bem como formas
variadas, que influenciará a quantidade e o tipo de movimento que ocorre entre
eles nas articulações.
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
6
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
NOTA
Você sabia que a cada 30 dias no espaço, o astronauta é acarretado por perda
óssea de 1% na coluna lombar e 1,5% nos quadris?
DICAS
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Dessa forma ele estudou as forças musculares que incidiam como linhas,
ligando origens e inserções e estudou também o funcionamento dos ligamentos.
NTE
INTERESSA
Curiosidade!
O Homem Vitruviano é o nome de um desenho feito por Leonardo da Vinci no século
XV e representa o ideal clássico do equilíbrio, da beleza, da harmonia e da perfeição das
proporções do corpo humano. Da Vinci utilizou muitos desenhos como uma forma de
pesquisar o universo da ciência, principalmente no campo da engenharia, associada à
anatomia e biomecânica.
8
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Cabe citar a abordagem de Charles Darwin, bem conhecido por sua teoria
da evolução das espécies, fazendo relação com a cinesiologia, pois trouxe para a
sua pesquisa vários antropólogos que agregaram mais conhecimentos a essa área.
NTE
INTERESSA
Curiosidade!
Ergógrafo é um equipamento de avaliação do trabalho muscular.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
4 PARÂMETROS BIOMECÂNICOS
A Segunda Guerra Mundial resultou em tragédias, fome e morte,
entretanto, com o passar das décadas, o avanço tecnológico surgiu, gerando reflexo
em atividades utilizadas na área científica, incluindo a biomecânica, no sentido
de melhor compreensão do movimento humano, bem como sua aplicação para
recuperação e reabilitação dos pacientes. Então, agora vamos estudar os métodos
utilizados pela biomecânica para abordar diversas formas de movimento. Veja o
esquema a seguir:
FONTE: As autoras
4.1 ANTROPOMETRIA
Conforme Chaffin (2001), é a ciência baseada em experiências, fatos, vi-
vências que identifica medidas físicas confiáveis da forma e dimensões de uma
pessoa para comparação antropológica.
10
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
4.2 DINAMOMETRIA
É a parte da biomecânica responsável por avaliar as forças sobre os corpos,
dessa forma, o instrumento que auxilia a medição é o dinamômetro, que mede e
traduz a aplicação de uma força, normalmente representada em N (Newton) ou
kgf (quilograma-força).
12
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
4.3 ELETROMIOGRAFIA
Avalia a maneira como controlamos nossos músculos e, assim, determina
quais são os responsáveis pelos movimentos, portanto sua função é estimar
padrões de atividades dos músculos envolvidos, como exemplo podemos citar a
marcha normal e patológica (SOUZA, 2018).
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
4.4 CINEMETRIA
É uma técnica de investigação da biomecânica que analisa os parâme-
tros biomecânicos do movimento de corpos ou dos seus centros de massa, como:
deslocamento, tempo, velocidade e aceleração de segmentos e articulações, bem
como padrões de movimentos mais eficientes para os esportistas, por exemplo
(SOUZA, 2018).
Para elucidar o que estamos estudando, vamos pensar em uma prova es-
portiva, como salto de vara, que através de treinos e detalhes técnicos minucio-
sos, como o ângulo de rotação do punho ou velocidade de extensão do tornozelo,
pode-se chegar a resultados excepcionais.
14
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
5 REVISÃO DA MATEMÁTICA
Vamos estudar agora as forças estáticas que agem no sistema musculoes-
quelético. Esse subtópico pretende revisar alguns conceitos da matemática básica
utilizados na biomecânica.
5.2 TRIGONOMETRIA
Na prática profissional, você perceberá que os ângulos são importantes
para a análise do sistema musculoesquelético, assim, a trigonometria constitui
uma ferramenta muito importante na biomecânica.
16
TÓPICO 1 | ESTUDO DA CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
FONTE: <https://www.isaudebrasil.com.br/noticias/detalhe/noticia/voce-tem-artrite-ou-artrose-
sabia-que-sua-dor-tem-nome>. Acesso em: 28 maio 2019.
Oatis (2014) afirma que o uso mais comum dos vetores na biomecânica
é para representar forças, como musculares, de reação articular e de resistência.
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O uso mais comum dos vetores na biomecânica é para representar forças, como
musculares, de reação articular e de resistência.
19
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F-F-V-V.
b) ( ) V-F-F-F.
c) ( ) F-V-F-V.
d) ( ) V-F-V-F.
20
4 Para realizarmos a avaliação da função muscular, utilizamos o instrumento
que auxilia a medição, que é o dinamômetro, sendo importante para mensurar
a força muscular de diferentes grupos musculares, principalmente a isometria
e a pontualidade dos grupos musculares envolvidos na atividade. Com relação
à afirmação, de qual método do movimento humano estamos falando? Assinale
a alternativa CORRETA:
a) ( ) Antropometria.
b) ( ) Eletromiografia.
c) ( ) Cinemetria.
d) ( ) Dinamometria.
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
1 INTRODUÇÃO
Você já percebeu que a ciência investe muito nos estudos e pesquisas sobre
o corpo humano? As ciências da saúde são um dos principais objetos de estudo do
homem, envolvendo o assunto que estamos estudando, ou seja, a biomecânica.
2 LEIS DE NEWTON
As leis de Newton foram descobertas por Isaac Newton, ele conseguiu
explicar o que ocorre no movimento humano, quais as forças envolvidas e a ma-
neira com que essas forças se comportam. Isaac também classificou em três tipos
distintos, os quais serviram como fundamentos para várias ciências, como é o
caso da biomecânica (HAMILL et al., 2016).
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
24
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
FONTE: <https://descomplica.com.br/blog/resumo/quais-sao-as-leis-de-newton-e-como-sao-
aplicadas/>. Acesso em: 2 jun. 2019.
Conforme Oatis (2014), a Segunda Lei de Newton gera uma equação que
relaciona todas as forças atuantes em determinado objeto, sua massa e sua acele-
ração, portanto, essa relação se expressa por:
∑ F = ma
As mesmas forças que atuam sobre diferentes corpos fazem com que os
corpos se movam de forma diferente. “Newton afirma que a aceleração (a) de um
corpo é proporcional à magnitude das forças em rede (F) que atuam sobre ele e
inversamente proporcional à sua massa (m)” (HOUGLUM, 2014, p. 34).
A Segunda Lei de Newton determina que quanto maior for a força, maior
será a aceleração do corpo, e quanto maior for a massa desse corpo, menor será
a aceleração (PRUDÊNCIO, 2013). Nesse exemplo que demonstramos na Figura
16 é fácil de perceber essa teoria, pois a mulher aplica uma força que produz uma
aceleração proporcional a essa força para mover o carro. Entretanto, a aceleração
produzida aumenta, quando é adicionada a força aplicada pelo menino.
26
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
DICAS
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
3 FORÇA
É importante saber que a produção de uma força exige a ação de um corpo
sobre outro, como exemplo de força podemos citar a força de empurrar, puxar,
chutar e arrastar. Não podemos esquecer que as forças são grandezas vetoriais
que descrevem tanto a magnitude quanto a direção.
Para Floyd (2016, p. 80), “os músculos são a principal fonte de força que
produz ou altera o movimento de um segmento do corpo, do corpo inteiro ou
de um objeto lançado, rebatido ou parado”. Interessante saber que os músculos
fortes são capazes de produzir mais força do que músculos fracos.
28
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
4 TORQUE
Torque é a força aplicada ao redor de um eixo, dessa forma, o torque pro-
duz movimento articular, portanto, torque (t) também é conhecido por momento,
matematicamente falando “é o produto de uma força, vezes a distância perpendi-
cular(d) de sua linha de ação, até o eixo de movimento” (HOUGLUM, 2014, p. 40).
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
T=Fxd
30
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
FIGURA 21 – GANGORRA
DICAS
Vamos deixar como sugestão um vídeo para você assistir e ter a oportunida-
de de aprender mais sobre o torque. Acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=M-
7THxlimQ_I
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
5 SISTEMAS DE ALAVANCA
Esse nome é referenciado a um sistema composto por um corpo que tem
um ponto de fixação ou eixo e nesse corpo atua alguma força, a uma certa dis-
tância desse eixo, ou seja, consiste em um corpo rígido com duas forças aplicadas
externamente e um ponto de rotação (MCGINNIS, 2015).
As duas forças podem ocorrer tanto do mesmo lado como em lado dife-
rente do centro de rotação. Se as forças estiverem em lados diferentes do centro
de rotação, o sistema é considerado uma alavanca de primeira classe. Se as “for-
ças estiverem no mesmo lado do centro de rotação e a força externa estiver mais
perto do CR do que a força muscular, isso é uma alavanca de segunda classe”
(OATIS, 2014, p. 13).
32
TÓPICO 2 | PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA
Ponto Fixo
Fr
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/walnut-about-be-cracked-by-
human-1103509997>. Acesso em: 18 nov. 2019.
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Força
Apoio
Resistência
FONTE: <http://www.drsergio.com.br/ergonomia/biomecanica/>. Acesso em: 6 jun. 2019
Você sabia que o masseter, que fica na parte posterior de sua mandíbula,
é capaz de levantar 180 kg?
Apoio Força
Resistência
FONTE: <http://bit.ly/2XBRnPF>. Acesso em: 6 jun. 2019.
• Equilíbrio estático.
• Equilíbrio dinâmico.
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Para que um corpo esteja em equilíbrio estático, três condições devem ser
atendidas, segundo McGinnis (2015):
1) A soma de todas as forças verticais (ou componentes de força) que atuam sobre
o corpo deve ser igual a 0.
2) A soma de todas as forças horizontais (ou componentes) que atuam sobre o
corpo deve ser igual a 0.
3) A soma de todos os torques deve ser igual a zero.
FONTE: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/equilibrio-estatico-dinamico.htm>.
Acesso em: 6 jun. 2019.
36
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Essas leis ainda são utilizadas para a maioria das análises do movimento
humano na biomecânica.
• A Segunda Lei de Newton é conhecida por Lei da Força e evidencia quando uma
aceleração de um corpo está diretamente equilibrada, com a força resultante
que atua sobre ele.
• A Terceira Lei de Newton diz que para cada ação (força) existe uma reação
(força oposta), de mesma magnitude, mas na direção oposta.
37
AUTOATIVIDADE
1 O campo gravitacional é uma região que atua ao redor da Terra, que objetiva
atrair os corpos para o centro do planeta. Essa atração acontece por meio da força
gravitacional. Em sentido figurado, a ilustração a seguir é uma representação da
descrição do comportamento dos corpos em movimento, entretanto, essa é uma
ilustração clássica de qual lei? Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Lei de Newton.
b) ( ) Lei de Lavoisier.
c) ( ) Lei de Pitágoras.
d) ( ) Lei da Hipotenusa.
38
3 Alavanca é um sistema mecânico que tem a função de aumentar o efeito
de uma força em relação a uma resistência, em decorrência da ação de
um momento favorável. Há três tipos de alavancas, cada tipo tem suas
características próprias e vantagens em relação a equilíbrio, força e velocidade.
Descreva as alavancas de primeira classe ou interfixas.
4 Nesse tipo de alavanca, a força está entre o eixo e a resistência. Ela produz
velocidade e amplitude de movimento, porém uma grande quantidade de
força é necessária para que ela seja movimentada, mesmo quando a resistência
é pequena. Diante dessa afirmativa, estamos falando de qual tipo de alavanca?
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Torque.
b) ( ) Trigonometria.
c) ( ) Equação de Pitágoras.
d) ( ) Eletromiografia.
39
40
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Certamente você já viu ao vivo, ou pela televisão, uma partida de futebol
ou basquete, não é mesmo? E você já pensou em fazer a análise dos movimentos?
Após estudar esta unidade, você poderá praticar esse hábito saudável e testar
seus conhecimentos.
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
NOTA
FONTE: <https://www.lance.com.br/mais-esportes/arthur-zanetti-conquista-tres-ouros-
brasileiro-especialidades.html>. Acesso em: 23 jun. 2019.
44
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
46
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
FONTE: <https://fisioterapiamy.wordpress.com/2018/03/12/resumo-introducao-ao-estudo-da-
anatomia-humana/>. Acesso em: 26 jun. 2019.
48
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Esse tipo de movimento ocorre para o lado e para cima, realizado pelos
músculos supraespinhoso e deltoide. Observe os músculos nessa representação
anatômica a seguir:
50
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
Subescapular Supra-Espinhoso
Deltóide
Pequeno Redondo
infra-Espinhoso
Grande Redondo
Abdução
Adução
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
FONTE: <https://questoesdefisiocomentadas.wordpress.com/tag/movimentos-articulares/>.
Acesso em: 25 jun. 2019.
CHAMADA
52
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
LEITURA COMPLEMENTAR
Fátima Cardoso
Lúcia Helena de Oliveira
A Ciência Constrói Atletas: a corrida atrás de medalhas leva esportistas aos laborató-
rios. Fisiologia do esforço, biomecânica, psicologia, tudo vale na luta por centímetros ou décimos
de segundo.
A paixão por marcar gols, no entanto, falava mais alto do que uma ces-
ta. Foram necessários muitos conselhos de uma grande jogadora de basquete da
época, Norma de Oliveira, a Norminha, para que a menina enfim resolvesse se
aventurar em jumps e bandejas. O basquete brasileiro ganhou assim Hortência,
uma das maiores jogadoras que já pisaram nas quadras em todo o mundo.
É por esse motivo que há cerca de trinta anos se desenvolve outra forma
de trabalhar esportistas de alto nível, a biomecânica. Ao contrário da fisiologia,
que investiga as mudanças por dentro do corpo, a biomecânica se preocupa com
os aspectos externos, ou os movimentos e comportamento dos músculos durante
uma competição. O ponto de partida é a antropometria, um cálculo da massa cor-
poral segundo um modelo matemático que serve para determinar, entre outros
parâmetros, o centro de gravidade do corpo, um dado fundamental quando se
estuda movimento.
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA
Ela é medida pela plataforma de força, uma placa de aço sustentada por
quatro pequenos aparelhos sensíveis à pressão. Ligada também a um compu-
tador, a plataforma dá os gráficos de três forças toda vez que alguém pisa ali:
vertical, para baixo; horizontal, no sentido do movimento; transversal, lateral-
mente ao movimento. Por fim, a cinemetria analisa a posição das partes do corpo
no espaço. Isso é feito com câmeras de vídeo ou filme, que registram imagens
posteriormente digitalizadas e passadas a um computador. A rotina de treinos e
competições sobrecarrega não só o físico de um atleta, mas também sua cabeça.
O preparo psicológico, por isso, cada vez mais decide o jogo a favor de
quem o tem. Ele se resume a características psicofisiológicas treináveis como
músculos: atenção, concentração, percepção, memória, pensamento, sentimentos
e emoção. As técnicas são variadas, desde pedir a um jogador de tênis que fixe
o olhar numa bolinha por cinco minutos, até criar num jogador o hábito de vi-
sualizar a partida desde o dia anterior para entrar na quadra psicologicamente
“aquecido”. ”A preparação psicológica é tão importante quanto a física”, garante
a psicóloga Regina Brandão, coordenadora do setor de psicologia do Celafiscs.
54
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA APLICADA AO MOVIMENTO
55
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A linha de gravidade é uma linha vertical que passa pelo centro da gravidade.
56
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Plano frontal.
b) ( ) Plano perpendicular.
c) ( ) Plano horizontal.
d) ( ) Plano sagital.
57
5 Tanto os movimentos de adução quanto os de abdução não são comuns
quanto os movimentos de flexão e extensão, além disso, ocorrem somente
nas articulações metatarsofalângicas, do quadril, do ombro, do punho, e
metacarpofalângicas. Diante dessa consideração, analise as alternativas a
seguir e marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
a) ( ) V, V, F, F.
b) ( ) F, F, F, V.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) V, V, V, F.
58
UNIDADE 2
ESTUDO DO SISTEMA
MUSCULOESQUELÉTICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
59
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O sistema esquelético é formado por inúmeros ossos, que é a estrutura
resistente do corpo humano (LIPPERT,1996). Geralmente, os estudantes que es-
tão cursando essa disciplina já terão realizado algum curso de anatomia humana,
mas é de grande importância uma pequena revisão antes de dar início ao estudo
de Cinesiologia e Biomecânica.
2 SISTEMA ESQUELÉTICO
Esse sistema é a parte da estrutura do sistema locomotor. O sistema
esquelético representa a sustentação para que as articulações possam realizar
movimentos, auxiliando as contrações musculares. O esqueleto humano adulto é
formado aproximadamente por 206 ossos (LIPPERT, 1996; CODEA; VICENTINI,
2009; FLOYD, 2016).
DICAS
61
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
a) Esqueleto axial: composto pelas regiões corporais que têm como função eixo
central do corpo. Essa parte do esqueleto é formado por 80 ossos.
b) Esqueleto apendicular: composto pelos membros superiores e inferiores. Essa
parte do esqueleto é composto por 126 ossos (CODEA; VICENTINI, 2009).
FONTE: <https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-humano/>.
Acesso em: 9 ago. 2019.
62
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
b) Proteção: o osso é duro e protege os órgãos que o circundam. Por exemplo, o crânio
envolve e protege o cérebro, e a caixa torácica protege o coração, pulmões e outros
órgãos do tórax.
c) Movimento: os músculos esqueléticos são ligados aos ossos pelos tendões, que são
tiras fortes de tecido conjuntivo. Os ossos agem como alavancas para gerar o movi-
mento na contração muscular.
d) Armazenamento (reservatório de animais): alguns minerais do sangue são absorvi-
dos para os ossos e armazenados. Os principais minerais armazenados são o cálcio e
o fósforo. O tecido adiposo também é armazenado no interior de cavidades.
e) Produção de células sanguíneas (hematopoiese): muitos ossos contêm cavidades
cheias de medula óssea vermelha, o que dá origem a células sanguíneas e plaquetas.
a) Osso longo: exibe comprimento maior que a sua largura e espessura com a
presença de canal medula. Exemplos: fêmur, úmero e rádio.
b) Osso curto: pequenos ossos sólidos em forma de cubo. É um tipo de osso em
que suas três dimensões são equivalentes. Exemplos: carpo e tarso.
c) Osso chato ou plano: ossos em que prevalecem duas das dimensões sobre a
outra. Possui uma superfície curva. Exemplos: esterno, clavícula e escápula.
d) Osso irregular: não tem forma geométrica definida, tendo diversas finalidades.
Exemplos: ísquio, púbis e maxila.
e) Osso sesamoide: são pequenos e estão encravados no tendão de uma unidade
musculotendínea. Exemplo: patela.
DICAS
Assista ao vídeo Anatomia óssea – Como decorar o nome dos ossos, disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=ffoqaDsl0AE.
63
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
3 SISTEMA ARTICULAR
O conhecimento da biomecânica da cartilagem articular é importante para
que possamos compreender como funciona o movimento do corpo humano, uma
vez que o sistema articular é um dos componentes para que isso aconteça.
64
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
• fibrosas (sinartrose);
• cartilaginosas (anfiartrose); e
• sinoviais (diartrose).
• sutura;
• sindesmose; e
• gonfose.
Sutura: são vistas entre os ossos do crânio, são formadas por inúmeras
camadas fibrosas, sendo a união bastante íntima limitando muito os movimentos
(DANGELO, 2000).
Sindesmose: os ossos estão unidos por uma faixa de tecido fibroso longo,
constituindo um ligamento interósseo ou uma membrana interóssea, podendo ter
maior grau de mobilidade de acordo com o comprimento das fibras. Exemplos:
sindesmose tíbio-fibular e a membrana interóssea radio-ulnar (DANGELO, 2000).
3.3 SINOVIAIS
Essas articulações são caracterizadas pela existência da cápsula sinovial,
que nela contém o líquido sinovial (sinóvia). Esse fluido, junto às camadas de
cartilagem que revestem as extremidades dos ossos auxilia a lubrificação da ar-
ticulação (MACIEL, 2001). As articulações sinoviais também possuem outras es-
truturas: cartilagem articular, cápsula articular e cavidade articular (DANGELO,
2000). Todas essas estruturas fazem com que haja ampla capacidade de movi-
mentos dessa articulação.
DICAS
66
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
67
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
6 MÚSCULOS
O sistema muscular é construído pelo grupo de músculos do nosso corpo.
O corpo humano é composto por cerca de 600 músculos, unidos eles representam
de 40 a 50% do peso total de uma pessoa (BRIAN, 2003).
68
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
• resistência à fadiga;
• pequeno diâmetro da fibra;
• grande capacidade de suprimento aeróbico de energia;
• potencial limitado para desenvolvimento de força rápida;
• de aparência vermelha devido ao maior suprimento de sangue e maior
conteúdo de mioglobina;
• velocidade de contração lenta;
• velocidade de relaxamento lenta (LIBERA; CARPENE, 1997).
DICAS
70
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
71
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
72
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
FONTE: <https://www.todoestudo.com.br/wp-content/uploads/2018/08/tipos-de-tecido-
muscular.jpg>. Acesso em: 9 ago. 2019.
• concêntrica;
• excêntrica; e
• isométrica.
73
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
74
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
DICAS
DICAS
75
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/04-sistemamuscular-160916224412/95/04-sistema-
muscular-40-638.jpg?cb=1474065933>. Acesso em: 16 ago. 2019.
76
TÓPICO 1 | ESTUDO DO SISTEMA ESQUELÉTICO
NOTA
Samantha Bonnel
77
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
78
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, V, V, V.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, F, V, V.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) F, F, V, V.
80
( ) Contração excêntrica: quando um músculo se alonga durante a contração
(dinâmica negativa) ou de alongamento. Nas contrações excêntricas,
a origem e inserção se afastam, ocasionando a desaceleração dos
segmentos do corpo e oferecem absorção de choque (amortecimento)
quando ao andar, isto é, freia o movimento.
( ) Contração isométrica: é o encurtamento do músculo no momento da
contração ou de encurtamento. Nesse tipo de contração, a origem e
a inserção se aproximam, ocasionando a aceleração de segmentos do
corpo, isto é, acelera o movimento. As contrações isométricas podem ser
consideradas geradoras de movimento contra a gravidade ou a força de
resistência sendo descritas como contrações positivas
( ) Contração concêntrica: a contração concêntrica tem como definição
a forma de contração muscular sem produção de movimento. As
contrações concêntricas podem ser utilizadas para estabilizar um
segmento do corpo e impedi-lo de ser movimentado por forças externas.
a) ( ) V, V, V.
b) ( ) V, F, F.
c) ( ) F, V, V.
d) ( ) F, F, V.
81
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A coluna vertebral é um segmento complexo de alta relevância para o
funcionamento do corpo humano, responsável por sustentar a posição bípede
do homem, muito sobrecarregada no que se refere ao desenvolvimento humano,
visto que o homem moderno tem estado cada vez mais envolvido em funções e
atividades longas e, por vezes, ergonomicamente desrespeitadas nos locais de
trabalho, com isso há um maior desgaste e estresse da coluna vertebral que pode
levar ao aparecimento de patologias (SLEUTJES, 2004).
2 COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral apresenta curvaturas classificadas em: primárias e
secundárias.
83
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
FONTE: <https://www.auladeanatomia.com/novosite/wp-content/uploads/2015/11/colunas.
bmp?x73193>. Acesso em: 16 ago. 2019.
DICAS
84
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
85
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
FIGURA 14 – VÉRTEBRA
86
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
3 REGIÃO CERVICAL
A coluna cervical está localizada na região do pescoço e é formada por
sete vértebras (C1–C7), sendo a primeira, a segunda e a sétima com características
especiais e diferentes das outras vértebras, denominadas de vértebras atípicas,
chamadas respectivamente de atlas e áxis (TORTORA; DERRICKSON, 2017).
Essas duas vértebras têm a função de possibilitar a união com a cabeça e permitir
movimentos complexos.
87
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
88
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
O áxis (C2) articula-se na sua parte inferior com C3 como uma vértebra
típica e na sua porção superior articula-se com o atlas também pelo processo
odontoide.
DICAS
89
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
DICAS
91
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
4 COLUNA TORÁCICA
As vértebras torácicas são geralmente um total de 12 (T1, T2, T3, T4, T5,
T6, T7, T8, T9, T10, T11 e T12) e suportam as costelas. Nessa área da espinha
dorsal há 12 pares de costelas (STRIANO, 2015).
92
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
93
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
94
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
• flexão: 30 a 40 graus;
• extensão: 20 a 25 graus;
• inclinação lateral 25 graus; e
• rotação: 30 graus.
95
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
5 COLUNA LOMBAR
A região lombar é formada por cinco vértebras (L1, L2, L3, L4, L5) que
possuem características próprias. É localizada na parte inferior, compreendi-
da entre o tórax e o quadril (TORTORA; DERRICKSON, 2017; VANPUTTE;
REGAN; RUSSO, 2016). A coluna vertebral, no segmento lombar, apresenta
uma lordose fisiológica que é preservada pelo formato de suas vértebras, dis-
cos e pelos músculos (FIGUEIRÓ, 1993).
DICAS
96
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
97
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
98
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
99
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
100
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
Esplênio da cabeça
(cortado)
Terceira vértebra cervical
Semiexpecinal da cabeça
Multifido (porção cervical) Levantador da escápula
Interespinais Longuíssimo
Semiespinais da cervical da cabeça
Iliocostal cervical
Longuíssimo
Semiespinais do tórax do pescoço
Espinal do tórax
Eretores
da espinha
Longuíssimo
do tórax
Diafragma
Iliocostal do tórax
Iliocostal lombar
Intertransversais
Quadrado lombar
Multifido
(porção lombar)
Visão posterior
5.6 CORE
O core pode ser chamado também de power house ou centro de força. O
core, ou núcleo, pode ser caracterizado como uma “caixa muscular”, e nessa
“caixa” encontram-se 29 pares de músculos que contribuem para estabilizar a
coluna vertebral, pelve e a cadeia cinética no período dos movimentos funcionais
(AKUTHOTA et al., 2008). O core pode ser definido como uma caixa ou um
cilindro de parede dupla:
102
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
103
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
6 SACRO
O sacro é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. Sua base é formada
pela face superior da primeira vértebra sacral, que consiste no corpo vertebral na
parte superior, e do arco vertebral na parte posterior (LEE; VLEEMING, 2001). Essa
área da coluna possui a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada
para cima e o ápice para baixo. O sacro articula-se na parte superior com a quinta
vértebra lombar e na parte inferior com o cóccix (DANGELO; FATTINI, 2011).
104
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
105
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
106
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
7 CÓCCIX
O cóccix é a porção distal da coluna vertebral, um osso pequeno triangular
resultado da fusão de três a cinco vértebras. Articula-se com o sacro na sua parte
superior, sendo mantido por uma cápsula e por ligamentos (FAIZ; BLACKBURN;
MOFFAT, 2013; CHUEIRE; CARVALHO FILHO; SOUZA, 2002; GRAAFF, 2003).
107
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
108
TÓPICO 2 | ESTUDO DA COLUNA VERTEBRAL
DICAS
Segue um resumo para que você possa se interessar pela leitura. O link do
artigo está ao final, para que você faça a leitura na íntegra.
Resumo
O propósito deste estudo foi estimar a prevalência de dor lombar entre praticantes de
musculação, bem como estratificar aqueles que acusam este sintoma quanto ao grau de
intensidade da dor (severa, moderada e suave). A amostra foi composta de 260 indivíduos
do sexo masculino, com idade média de 27,6 anos (± 6,8), praticantes de musculação em
academias do bairro do Méier do Rio de Janeiro. O estudo é do tipo descritivo transversal
e utilizou como variável discricionária a presença de dor lombar. Os dados foram
coletados através do Quebec Back PainDisabilityScale. Como resultado, encontramos que
a prevalência de lombalgia entre os participantes foi de 47,3% (n = 123), variando quanto
à sua intensidade entre suave (39,8% dos praticantes), moderada (51,2%), severa (8,9%) e
apresentando mensalmente (36,6%) as maiores frequências de queixa da dor. Entre aqueles
que alegaram sentir dor, 57,7% disseram não sentir dor enquanto praticam musculação.
Outro dado importante revela que 68,3% dos que sentem dor não perderam nenhum dia
de trabalho devido a esta algia.
109
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• As vértebras torácicas são geralmente um total de 12 (T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7,
T8, T9, T10, T11 e T12) e suportam as costelas.
• A região lombar é formada por cinco vértebras (L1, L2, L3, L4, L5) que possuem
características próprias.
110
• A coluna lombar e o quadril são responsáveis pela mobilidade do tronco.
• O core, ou núcleo, pode ser caracterizado como uma “caixa muscular”, e nesta
“caixa” encontram-se 29 pares de músculos que contribuem para estabilizar
a coluna vertebral, pelve e a cadeia cinética no período dos movimentos
funcionais.
• O sacro é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais. Sua base é formada
pela face superior da primeira vértebra sacral, que consiste no corpo vertebral
na parte superior, e do arco vertebral na parte posterior.
111
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, F, V, V.
112
( ) A curvatura existente na estrutura da coluna torácica é denominada
lordose torácica.
( ) Costelas verdadeiras: as costelas estão diretamente articuladas à cartilagem
do osso.
( ) Costelas falsas: são três pares de costelas que se ligam à cartilagem do osso
esterno e não ao osso propriamente dito.
( ) Costelas flutuantes: são as duas últimas costelas presentes na parte torácica
que permanecem soltas, estando fixadas somente na parte posterior da
coluna vertebral.
a) ( ) F, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, F.
c) ( ) V, F, F, V.
d) ( ) F, V, F, F.
FONTE: SOUZA, Elaine Barbosa de. Coluna vertebral. 2019. Disponível em: https://www.
todabiologia.com/anatomia/coluna_vertebral.htm. Acesso em: 20 set. 2019.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
113
4 A coluna vertebral estende-se desde o occipital até a pelve. É constituída por
33 segmentos, sendo 24 vértebras, sacro (cinco segmentos fundidos) e cóccix
(quatro segmentos fundidos), articulando-se pelas costelas com o osso esterno.
Superiormente, articula-se com o osso occipital (crânio); inferiormente,
articula-se com o osso do quadril (Ilíaco). A coluna vertebral é dividida em
quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea, sendo 7 vértebras
cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas (PORTAL
EDUCAÇÃO, 2016). Identifique as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F)
em relação ao sacro e cóccix.
FONTE: PORTAL EDUCAÇÃO. Coluna vertebral. São Paulo. 2016. Disponível em: https://www.
portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina-alternativa/coluna-vertebral/36453. Acesso
em: 20 set. 2019.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
114
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A principal função do membro superior está relacionada à movimentação
da mão, permitindo a elaboração de movimentos altamente complexos e delicados,
como segurar, golpear e realizar tarefas motoras finas. O membro superior
também tem a característica de ter grande mobilidade. Para que ocorra essas
funções é necessário o perfeito funcionamento de seus músculos e articulações.
O membro superior está unido ao esqueleto axial por ossos que constituem a
cintura escapular.
DICAS
2 OMBRO
Por meio da anatomia, a região do ombro abrange os ossos da cintura
escapular (escápula e clavícula), manúbrio do esterno e úmero. A união entre
esses ossos forma um complexo articular que juntos possibilitam ao membro
superior uma ampla amplitude de movimento (GHORAYEB; BARROS, 1999;
HALL, 2000; BRUSETTI, 2002).
115
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
1. glenoumeral;
2. esternoclavicular;
3. acromioclavicular;
4. coracoclavicular; e
5. escapulotorácica.
116
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
DICAS
FONTE: <http://cirurgiaombroecotovelo.com.br/ruptura-ou-lesao-do-manguito-rotador-
ortopedista-em-curitiba-dr-carlos-henrique-ramos/>. Acesso em: 6 set. 2019.
117
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
118
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
119
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
• Deltoide: adução, abdução até 90°, rotação medial e rotação lateral do braço.
• Peitoral maior: realiza rotação medial, flexão e adução do braço.
• Latíssimo do dorso: adução, rotação medial e extensão do braço; adução da
escápula.
• Redondo maior: rotação medial e adução do braço.
• Supraespinal: rotação lateral e abdução até 90° do braço.
120
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
DICAS
121
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
3 COTOVELO
A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero, rádio e
ulna. Juntos, eles determinam a movimentação de flexão, extensão, pronação e
supinação. O contorno das superfícies articulares, junto à cápsula, aos ligamentos e
aos músculos promovem a estabilidade articular (TORTORA, 2012; MAGEE, 2005).
Ela é considerada uma das articulações mais estáveis de todo o corpo humano.
DICAS
• Articulação umeroulnar;
• Articulação radioumeral.
122
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
123
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
124
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
DICAS
FONTE: <https://pt.slideshare.net/blendaneiva/msculos-dos-membros-
superiores-20131-17871858>. Acesso em: 9 set. 2019.
125
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
126
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
127
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
4 PUNHO
O principal osso para a articulação do punho é o rádio. Há dois ossos
proximais do carpo que interagem com o rádio para formar a articulação do
punho. Existem oito ossos do carpo no punho. Eles encontram-se em duas fileiras:
a fileira proximal (escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme) e a fileira dista
(trapézio, trapezoide, capitato e hamato) (HOUGLUM; BERTOTI, 2014).
128
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
FONTE: <https://docplayer.com.br/8650099-Universidade-federal-de-juiz-de-fora-faculdade-de-
fisioterapia.html>. Acesso em: 10 set. 2019.
129
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
130
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
131
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
5 MÃO
A mão é a principal parte funcional do membro superior. Utilizamos as
mãos para realizar inúmeras atividades, que variam de tarefas muito simples
até outras bastante complexas. O principal objetivo das outras articulações do
membro superior é fazer com que a mão assuma várias posições para executar
essas tarefas (LIPPERT, 2013).
DICAS
Assista aos vídeos a seguir e veja quais ossos fazem parte da mão, acesse:
• https://www.youtube.com/watch?v=HLrxjTyulh0.
• https://www.youtube.com/watch?v=TfMpna5iQTY.
132
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
DICAS
133
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
134
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
135
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
136
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
LEITURA COMPLEMENTAR
Paula Zeni
Danieli Isabel Romanovitch Ribas
Vera Lígia Bento Galli
Regina Goldoni
Ana Lígia Oliveira
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
138
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
RESULTADOS
139
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DISCUSSÃO
140
TÓPICO 3 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS SUPERIORES
CONCLUSÃO
141
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
142
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O principal osso para a articulação do punho é o rádio. Há dois ossos proxi-
mais do carpo que interagem com o rádio para formar a articulação do punho.
143
AUTOATIVIDADE
FONTE: VOLL PILATES GROUP. A fisioterapia esportiva na prevenção de lesões no ombro. São Paulo.
2017. Disponível em: https://blogfisioterapia.com.br/lesoes-no-ombro/. Acesso em: 20 set. 2019.
a) ( ) V, V, F, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, F, V, V.
FONTE: JOSÉ DE MELO/SAÚDE. Lesões do cotovelo. São Paulo. 2017. Disponível em: https://
www.saudecuf.pt/desporto/lesoes/lesoes-do-cotovelo. Acesso em: 20 set. 2019.
144
( ) A articulação radioulnar realiza os movimentos de flexão e extensão.
( ) A articulação do cotovelo é funcionalmente uma articulação em dobradiça,
permitindo o movimento em apenas um plano (uniaxial) com um grau de
liberdade, realizada no plano sagital.
( ) Os movimentos realizados pelas articulações do cotovelo são: flexão,
extensão, supinação e pronação.
a) ( ) F, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, F.
c) ( ) V, F, F, V.
d) ( ) F, V, F, F.
FONTE: JOSÉ DE MELO/SAÚDE. Lesões do punho e mão. São Paulo. 2017. Disponível em:
https://www.saudecuf.pt/desporto/lesoes/lesoes-do-punho-e-mao/instabilidades. Acesso em:
20 set. 2019.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) V, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
145
4 O período da Renascença foi o marco inicial para o desenvolvimento do co-
nhecimento da anatomia da mão humana. Nota-se essa afirmação pelas obras
artísticas do período, por exemplo, nas obras de Leonardo Da Vinci (1452-1519),
que demonstrava seu fascínio pela anatomia da mão. A mão está localizada na
parte mais distal dos membros superiores, podendo alcançar pontos distantes
em qualquer posição, dentro de certos limites com qualquer orientação, graças
à mobilidade de todas as articulações do braço, principalmente do ombro, que
é a articulação que possui a maior mobilidade de todo corpo (GASPAR, 2010).
Identifique as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) em relação à mão.
a) ( ) V, V, F, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
146
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Os membros inferiores são duas máquinas bem construídas, constituídas
de várias partes anatômicas complexas funcionando juntas em perfeita harmonia.
Sem eles não seríamos capazes de caminhar, pular, correr, ficar de pé, agachar etc.
Nesse sentido, precisamos mantê-los em boas condições físicas. As extremidades
inferiores podem ser divididas em quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo e pé.
2 QUADRIL
A articulação do quadril é a mais proximal do membro inferior. É de
grande importância nas atividades com sustentação de peso, permitindo marchar,
correr e pular. O quadril possui uma articulação sinovial esferoidea. A cabeça do
fêmur, arredondada, encaixa-se no acetábulo e articula-se um com o outro. O
quadril é uma articulação estável, e, por isso, sua amplitude de movimento é
menor quando comparada à articulação do ombro (LIPPERT, 2018).
147
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
149
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
150
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
151
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
3 CINTURA PÉLVICA
A cintura pélvica é formada pela união de três ossos: íleo, ísquio e púbis,
que unem-se ao sacro. Cada um dos três ossos auxilia a formação do acetábulo,
cavidade na qual o fêmur se encaixa, e eles unem-se posteriormente com o sacro
e anteriormente com a sínfise púbica (OSAR, 2017).
152
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
FONTE: <https://fitnessmagazine.com.br/o-que-sao-anteroversao-e-retroversao-pelvica/>.
Acesso em: 15 set. 2019.
153
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
4 JOELHO
O joelho é completamente suportado e mantido por músculos e ligamen-
tos, sem estabilidade óssea, e inúmeras vezes está exposto a estresses e lesões
graves. É formado por ossos, cartilagens, meniscos e ligamentos. Os ossos que
compõem o joelho são: fêmur, tíbia e patela (HORN; OLIVEIRA, 2005).
154
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
1. femoropatelar; e
2. tibiofemoral.
4.1 MENISCOS
Os meniscos medial e lateral são dois hemidiscos de fibrocartilagem
cuneiformes, semilunares, sendo preparados para absorver choques. Têm a
função de atuar na distribuição de cargas sobre a articulação tibiofemoral:
155
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
DICAS
FONTE: <https://orthoinfo.aaos.org/pt/diseases--conditions/lesoes-do-ligamento-cruzado-
anterior-lca-acl-injuries/>. Acesso em: 16 set. 2019.
156
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
157
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
158
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
5 TORNOZELO E PÉ
O tornozelo e o pé são estruturas associadas entre si, que concedem: estabi-
lidade, sincronismo anatômico e funcional, permitindo o apoio, sustentação e mar-
cha (CONTI, 2011). É um sistema complexo composto por: 26 ossos, 34 articulações
e mais de 100 músculos, tendões e ligamentos (HOUGLUM; BERTOTI, 2014).
159
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
5.2 LIGAMENTOS
A articulação do tornozelo possui os seguintes componentes articulares:
a membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular e ligamentos. Os
principais ligamentos são:
160
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
• dorsiflexão: 0 a 20 graus;
• flexão plantar: 0 a 45 graus;
• inversão: 0 a 40 graus; e
• eversão: 0 a 20 graus (MARQUES, 2003).
161
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
ar ou talus- calcâneo Articulação Tibio-társica o
na)
FIGURA 74 – MOVIMENTOS DO TORNOZELO (A)
talus- crural
Articulação em dobradiça –
sagital
Graus de amplitude de movime
Articulação médio-t
direção lateral.
FIGURA 76 – MOVIMENTOS DO TORNOZELO (C)
DICAS
• Músculos que fazem parte da divisão anterior da perna: tibial anterior, exten-
sor longo dos dedos, extensor longo do hálux e fibular terceiro.
• Músculos que fazem parte da divisão lateral da perna: fibular longo e fibular
curto.
• Músculos que fazem parte da divisão posterior da perna: gastrocnêmico e só-
leo, plantar delgado, tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do
hálux (RUSSO; MOREIRA, 2003).
163
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
164
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
6 GONIOMETRIA
A goniometria é uma forma de medida importante utilizada para definir
a quantidade de movimento articular tanto ativo como passivo. Já que mede a
posição relativa de dois segmentos ósseos, a goniometria é um modo de medida e
registro do movimento osteocinemático disponível na articulação. É a ferramenta
manual utilizada com mais frequência (HOUGLUM; BERTOTI, 2014).
165
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
166
Posição ideal: A vítima poderá ficar sentada, em pé ou deitada em decúbito ventral,
mantendo os braços ao longoTÓPICOdo corpo.
4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado ao longo da linha axilar média do
Precauções
tronco apontando para– o
evite:
trocanter maior do fêmur.
Braço móvel do goniômetro: Deve ser colocado sobre a superfície lateral do corpo
do • elevação
úmero da escápula;
voltado para o epicôndilo lateral.
• a flexão do tronco;
Eixo: Sobre o eixo látero-lateral da articulação glenoumeral, próximo ao acrômio.
• a abdução da articulação do ombro; e
• Precauções: Evitar a flexão do tronco ou elevação da escápula. Evitar a abdução da
a adução escapular.
articulação do ombro. Evitar a adução escapular.
DICAS
167
TABELAS DOS ÂNGULOS ARTICULARES
TABELAS DOS ÂNGULOS ARTICULARES
168
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
DICAS
NOTA
ENTORSE DE TORNOZELO
169
UNIDADE 2 | ESTUDO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Introdução
A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma
articulação. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente
encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais.
Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a
cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte (D). No Reino Unido, ela acontece em
uma a cada 10.000 pessoas da população geral, isto é, cerca de 5.000 lesões por dia (D).
A entorse do tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação
funcional. A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos
ligamentos talo-fibular anterior, posterior e talo-calcâneo, associada ao terço distal da
fíbula. O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo,
numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular
ou degrau. Este movimento anômalo proporciona uma lesão que se inicia no ligamento
talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo-fibular, com o
aumento da energia do trauma. A lesão do ligamento talo-fibular posterior é rara, ocorrendo
apenas na luxação franca do tornozelo (A).
170
TÓPICO 4 | CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA APLICADA AOS MEMBROS INFERIORES
CHAMADA
171
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• A cintura pélvica é formada pela união de três ossos: íleo, ísquio e púbis, que
unem-se ao sacro.
• O tornozelo e o pé são estruturas que estão associadas entre si, que concedem:
estabilidade, sincronismo anatômico e funcional, permitindo o apoio,
sustentação e marcha.
172
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, F, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, F, V, V.
173
( ) Ligamentos cruzados e colaterais são os principais grupos de ligamentos
encarregados por dar sustentação e estabilidade ao joelho. Os ligamentos
cruzados estão localizados fora da cavidade articular.
a) ( ) F, F, V, V.
b) ( ) V, F, V, F.
c) ( ) V, F, F, V.
d) ( ) F, V, F, F.
FONTE: NORKIN, C.; LEVANGIE, P. Joint Structure and Function: A Comprehensive Analysis.
2nd ed. Philadelphia: F. A. Davis, 1992.
( ) O tornozelo e o pé são estruturas que estão associadas entre si, que con-
cedem: estabilidade, sincronismo anatômico e funcional, permitindo o
apoio, sustentação e marcha.
( ) As articulações do tornozelo e do pé podem mudar, em fragmentos de
segundos, em um único passo, de uma estrutura móvel que se molda às
irregularidades de qualquer terreno indo para uma estrutura rígida que
suporta o peso do corpo.
( ) A articulação do tornozelo possui os seguintes componentes articulares: a
membrana sinovial; o líquido sinovial; a cápsula articular; e ligamentos.
( ) Os músculos extrínsecos possuem origem abaixo do joelho e inserção no
pé, realizam movimentos do tornozelo, chamados de dorsiflexão (flexão
dorsal, plantiflexão, inversão e eversão).
a) ( ) V, V, V, V.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) V, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
a) ( ) V, F, V, V.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, V.
d) ( ) F, F, V, V.
175
176
UNIDADE 3
BIOMECÂNICA APLICADA AO
MOVIMENTO HUMANO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
177
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
178
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você verá um breve histórico da marcha. Será feito o estudo da
marcha e da corrida humana, além da descrição biomecânica de ambas. Veremos
que a corrida pode ser considerada uma variação da marcha, sendo compreendida
como uma forma de locomoção intensa e complexa que exige grande coordenação
de movimentos. Analisaremos quais ações e grupos musculares ocorrem na marcha
e corrida humana, bem como as condições necessárias para a realização de uma
marcha e corrida normal. Na marcha serão observadas as marchas patológicas.
179
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
NOTA
FONTE:<https://www.saudecuf.pt/areas-clinicas/exames/neurologia/emg-
eletromiografia>. Acesso em: 9 jun. 2019.
3 A MARCHA NO BRASIL
No Brasil, levando-se em conta que ainda é deficiente a assistência primária
em saúde, entende-se por que há poucos estudos e profissionais de saúde que se
dediquem ao estudo da marcha. O custo da montagem de um laboratório de análise
moderno inclui um gasto elevado, em torno de US$ 250.000,00, além da equipe
e manutenção do equipamento. O Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília, foi o
primeiro nessa área, e durante muitos anos foi a única referência nacional em análise
de marcha. Atualmente, há serviços em vários estados dedicados a desenvolver
laboratórios de análise de movimento (SAAD; RIZZO; MASIERO, 1996).
4 MARCHA (CAMINHADA)
Nós, seres humanos, desenvolvemos um padrão da marcha hábil, que
permite avançar para frente enquanto suportamos o nosso peso corporal. Os
humanos utilizam um padrão da marcha do tipo bípede, que é menos eficiente e
estável que a marcha quadrupedal, pois com a finalidade de permanecer em pé,
o centro da massa deve ser mantido em equilíbrio sobre a base de suporte (pés)
(GAGE et al., 2009).
DICAS
181
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
Além disso, a marcha, de acordo com Balaban (2014), é uma tarefa motora
de alta complexidade, envolvendo um padrão entrelaçado e coordenado de ativação
e mobilização dos diversos segmentos corporais, fazendo uso de forças internas e
externas, na dependência do sistema neuromusculoesquelético (MOTRIZ, 2005).
182
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
6 CICLO DA MARCHA
A marcha humana é um movimento de progressão que resulta do
sincronismo existente entre os ciclos de marcha de ambos os pés. O ciclo da marcha
consiste na sequência de eventos que ocorre entre dois contatos consecutivos de
um mesmo pé com a superfície de apoio.
DICAS
183
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
Fase de
balanço
40%
Fase de
apoio
60%
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Ciclo-da-marcha-onde-e-possivel-
notar-a-predominancia-da-fase-de-apoio-60-em_fig4_324149758>. Acesso em: 22 nov. 2019.
NOTA
DICAS
184
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
Resposta à carga: duplo apoio inicial, contato inicial até a elevação do outro
pé. O quadril e o joelho encontram-se em flexão e o tornozelo em plantiflexão
(HEBERT et al., 2017).
DICAS
No vídeo a seguir, você pode observar as fases das marchas, além disso,
entender melhor seu funcionamento e desenvolvimento.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=EoyRnmpmZdM.
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
185
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
186
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
187
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
FONTE: <http://www.def.ufla.br/marcoantonio/wp-content/uploads/2014/10/aula-marcha-
biomecanica.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
188
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
DICAS
189
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <https://www.treinoemfoco.com.br/qualificando-seu-treino/cinesiologia-biomecanica-
da-corrida/>. Acesso em: 26 jul. 2019.
190
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
• Cadência: soma dos passos por minuto podendo variar de 101 a 122 passos por
minuto (CARR; SHEPHERD, 2008).
DICAS
9 ANÁLISE DA MARCHA
A avaliação da marcha tem por objetivo verificar a presença de alterações,
ou não (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010; FONTES; FUKUJIMA; CARDEAL, 2007).
191
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
DICAS
192
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
FIGURA 15 – ELETROMIOGRAFIA
FONTE: <https://i0.wp.com/www.novafisio.com.br/wp-content/
uploads/2017/07/19958941_266790073803346_1342015368320587867_n.
jpg?resize=400%2C300&ssl=1>. Acesso em: 16 jul. 2019.
FONTE: <http://www.compsens.uni-tuebingen.de/compsens/images/
ProjectPictures/500KinectSystemLab.jpg>. Acesso em: 16 jul. 2019.
10 CINEMÁTICA E CINÉTICA
Os tipos de avaliações são divididos em dois grupos: cinemática e cinética.
A cinética mede as forças envolvidas e as situações fisiológicas, como saturação do
oxigênio, frequência cardíaca e gasto energético (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
193
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <https://www.medicalexpo.fr/prod/techno-concept/product-77870-723569.html>.
Acesso em: 16 jul. 2019.
194
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
11 MARCHAS PATOLÓGICAS
As marchas patológicas decorrem de algum distúrbio que afeta a
coordenação dos movimentos ou o controle postural no andar, acabando em
muitas vezes na falta de equilíbrio do indivíduo (SILVA, 2017). Existem inúmeras
anormalidades na marcha, destacando as seguintes:
195
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
12 CORRIDA
Diferente dos costumes dos nossos ancestrais, em busca da sobrevivência,
que percorriam quilômetros para prática da caça, pesca e coleta, o homem
contemporâneo vem sofrendo transformações tanto físicas como psíquicas, que
geram uma tendência ao “tecnológico” e sedentarismo (SALGADO; CHACON-
MIKAHIL, 2006; GALLOWAY, 2009). Os humanos são formados por uma espécie
corredora, pois quando crianças, logo após aprende a andar, isto é, logo após os
primeiros passos, já começam a correr (SILVA; VOTRE, 2009).
196
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
Quando uma pessoa caminha, com velocidade próxima a 2m/s, existe uma
reestruturação do trabalho neuromotor e a emergência do padrão de corrida, com
a existência de uma fase de voo, que a diferencia da caminhada. A biomecânica da
corrida modifica-se à medida que a velocidade aumenta e a configuração de forças
aplicadas ao solo durante a passada. A frequência da passada e seu comprimento
é imprescindível e decisivo para uma corrida eficiente em qualquer velocidade.
Elementos antropométricos, como tamanho das pernas e pés, interferem o resultado
da corrida, uma vez que membros inferiores maiores normalmente estão ligados a
uma passada maior (PASSOS et al., 2017).
13 CICLO DA CORRIDA
Um ciclo de corrida inicia no momento do contato inicial do calcanhar de
um pé até o próximo contato inicial do calcanhar do mesmo pé, e é dividido em
duas fases: fase de apoio ou sustentação e fase de transição/balanço/suspensão.
197
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
DICAS
198
TÓPICO 1 | BIOMECÂNICA DA MARCHA, MARCHA PATOLÓGICA E DA CORRIDA
FONTE: <https://www.uninassau.edu.br/noticias/dia-do-atleta-e-celebrado-em-dezembro>.
Acesso em: 18 jul. 2019.
15 CINÉTICA DA CORRIDA
Cinética é o estudo das forças e como elas afetam os movimentos.
Tipicamente, transdutores de força têm sido utilizados para medir
tais forças. As forças no contexto do movimento humano podem ser
classificadas em internas e externas. Forças internas são aquelas que
agem dentro do corpo ou sistema de interesse que está sendo estudado.
Por exemplo, as forças que os músculos, ligamentos e outros tecidos
internos fazem na articulação. Em contraste, forças externas são aquelas
que agem no corpo como resultado de sua interação com o ambiente
externo. Exemplos de forças externas são as forças de contato com o
solo e as forças gravitacionais. O estudo das forças no e sobre o corpo
humano pode responder perguntas sobre como e por que ocorrem os
movimentos que observamos (FUKUCHI, DUARTE, 2016, p. 225).
199
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
200
RESUMO DO TÓPICO 1
• Quanto mais alta é uma pessoa, maior será o comprimento do passo e assim
alcançará uma maior velocidade. A média da velocidade da marcha é 1,2 m/s.
201
• A análise de marcha fundamenta-se em um método propedêutico em que
são examinadas todas as fases da marcha de maneira sistemática, por meio
de mensurações dos parâmetros espaço-temporais, cinemáticos e cinéticos. A
avaliação da marcha tem por objetivo verificar a presença de alterações ou não
na pessoa.
• Quando uma pessoa caminha com velocidade próxima a 2m/s, existe uma
reestruturação do trabalho neuromotor e a emergência do padrão de corrida,
com a existência de uma fase de voo, que a diferencia da caminhada. A
biomecânica da corrida modifica-se à medida que a velocidade aumenta e a
configuração de forças aplicadas ao solo durante a passada.
202
AUTOATIVIDADE
FONTE: CORRÊA, S. C. et al. Mecânica de fluidos: uma proposta de integração da teoria com
a prática. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 2011.
203
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V, V, F, V.
b) ( ) F, F, V, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F.
204
FONTE: RONDINELLI, P. Corrida. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/
educacao-fisica/corrida.htm. Acesso em: 22 nov. 2019.
205
206
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você aprenderá que a biomecânica é utilizada na análise do
movimento para prática da natação, ciclismo e arremesso de peso. Você estudará
quais são os principais músculos utilizados nos movimentos das atividades físicas
associados à Biomecânica.
2 NOÇÕES DE HIDROSTÁTICA
Hidrostática é o ramo da física que estuda a força exercida sobre os fluidos
em repouso. É essa parte da física que explica por que as coisas boiam ou afundam.
NOTA
Você sabe o que um fluido? É uma substância que pode escoar facilmente e
que muda de forma sob a ação de pequenas forças. Os fluidos não têm uma forma própria,
eles assumem a forma de seu recipiente, mudando sua forma sob a ação de alguma força
externa (HALLIDAY et al., 2014).
207
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
208
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
Blaise Pascal foi um notável cientista, que ao pesquisar a física dos fluidos,
acabou inventando a prensa hidráulica, que utiliza a pressão hidráulica para
multiplicar forças.
Acadêmico, você tem ideia de quem inventou a seringa? Objeto tão utilizado
para injetar medicamentos? Foi o Blaise Pascal, em meados do século XVII.
209
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
Você já deve ter visto em posto de gasolina ou oficina mecânica, uma prensa
hidráulica, aquele equipamento que levanta o carro, não é mesmo? Vamos utilizar
o princípio de Pascal para entender como ela funciona.
FONTE: <http://bifisicaudg.blogspot.com/2015/08/estatica-de-los-fluidos-o-hidrostatica.html>.
Acesso em: 22 jul. 2019.
2.3 EMPUXO
O empuxo é conhecido como princípio de Arquimedes, definido como uma
força atuante de baixo para cima, em um corpo mergulhado em um fluido. Assim,
o corpo torna-se mais leve, ou seja, os corpos aparentemente acabam perdendo
seu peso (HEILMANN, 2017).
1. Se o peso do corpo for menor que a força de empuxo, o corpo flutuará (P<E).
2. Se o peso do corpo for igual à força de empuxo, o corpo ficará em equilíbrio,
permanecendo total ou parcialmente submerso (P=E).
3. Se o peso do corpo for maior que a força de empuxo, o corpo afundará (P>E).
211
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <http://old.agracadaquimica.com.br/index.php?&ds=1&acao=quimica/
ms2&i=9&id=534>. Acesso em: 22 jul. 2019.
Portanto, empuxo é uma força vertical para cima, exercida pela água ou
pelo fluido sobre um corpo. Um exemplo clássico, para conseguirmos imaginar essa
teoria, é o que acontece quando uma pessoa entra numa piscina, pois a sensação
é de leveza, inclusive as pessoas conseguem boiar com facilidade, demonstrando
que a densidade do indivíduo é praticamente igual à densidade da água.
Observe a figura a seguir e tente compreender por que a pedra fica mais
pesada ao ser retirada da água:
Levantar uma pedra grande do fundo do rio não é difícil, enquanto a rocha
estiver abaixo da superfície. Quando levantada acima da superfície, a força para
levantá-la aumenta muito. A explicação é que, quando a pedra está dentro da
água, a água exerce uma força para cima, oposta à ação da gravidade. Essa força
é chamada de empuxo.
212
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
FONTE: <http://www.triatlonrosario.com/2010/01/tecnica-de-crol-crawl-los-brazos.html>.
Acesso em: 25 jul. 2019.
213
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
fase ascendente. A fase de propulsão inicia nos quadris pela ativação dos músculos
iliopsoas e reto femoral, já na fase de recuperação, também começa nos quadris com
a contração dos músculos glúteos (principalmente os glúteos máximo e médio) e
é imediatamente seguida pela contração dos músculos do jarrete (bíceps femoral,
semitendíneo e semimembranáceo). Durante todo o movimento de pernadas, o pé é
mantido em flexão plantar em decorrência da ativação dos músculos gastrocnêmio
e sóleo e da pressão exercida pela água durante a fase descendente do movimento
(MCLEOD, 2010).
FONTE: <https://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-nadada-da-borboleta-image39713612>.
Acesso em: 25 jul. 2019.
214
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
FONTE: <https://www.istockphoto.com/pl/wektor/styl-grzbietowy-p%C5%82ywak-
gm489118100-74535533>. Acesso em: 25 jul. 2019.
215
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
4 CICLISMO
O ciclismo encontra-se entre as atividades esportivas com maior
quantidade de praticantes no mundo (SALAI et al., 1999), com considerável
aumento na última década (ASPLUND; ROSS, 2010). Além de ser utilizada em
competições, a bicicleta teve sua inclusão entre os meios de locomoção, sendo um
importante meio de transporte para milhões de indivíduos em várias regiões do
mundo (SALAI et al., 1999; SRINIVASAN; BALASUBRAMANIAN, 2007).
NOTA
FONTE:<http://www.praquempedala.com.br/blog/curiosidade-pe-de-vela-ou-
pedivela/?fbclid=IwAR3EOXYY_-Iv9_0GbipYbgSOeetPDYJNP3eKUVPGjuzAHfyQMNS_h_
BaL3Y>. Acesso em: 13 nov. 2019.
216
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
4° quadrante 1° quadrante
270° 90°
3° quadrante 2° quadrante
FASE DE RECUPERAÇÃO
180°
FONTE: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Ciclo-da-pedalada-dividido-em-quatro-
quadrantes-e-duas-fases-adaptado-de_fig2_303486777>. Acesso em: 21 jul. 2019.
217
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
0°
352° 8°
Transição Fase de
propulsão
270° 90°
Fase de
recuperação
Transição
188° 172°
180°
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-O10EdlmMjnI/UlB5UImI-5I/AAAAAAAABIQ/V_lyM_SuuNw/
s400/Pedal+-+Fases.jpg>. Acesso em: 21 jul. 2019.
ATENCAO
218
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
Glúteo Quadril
Quadríceps
Isquiotibiais
Panturrilha
FONTE: <http://desafiodosrochas.com.br/principais-musculos-e-fases-do-ciclo-de-
pedaladas-2/>. Acesso em: 21 jul. 2019.
NOTA
219
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
DICAS
5 ARREMESSO DE PESO
O atletismo é uma modalidade-base para o desenvolvimento de outros
esportes. Dessa forma, podemos dizer que o aperfeiçoamento das habilidades do
atletismo é de essencial importância à prática de outras modalidades, observando
um jogador em ação numa partida de handebol, basquetebol, futsal, voleibol ou
futebol. No decorrer do jogo o atleta anda, às vezes corre, salta e executa arremessos
e lançamentos, por esse motivo ele procura desenvolver essas habilidades que são a
base dos conjuntos de fundamentos técnicos dessas modalidades esportivas (NOLL;
SUÑÉ; OPPERMANN, 2008; OLIVEIRA; RIBEIRO JUNIOR; COELHO, 2010).
FONTE: <https://s2.glbimg.com/CrcuGI1rqJ8bdFvGv4UVbDe0Dnc=/0x0:600x400/1360x0/
smart/filters:strip_ icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2019/07/01/darlan_romani.jpg>. Acesso
em: 25 jul. 2019.
220
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
NOTA
Posição de Força
Arremesso
Preparação Deslocamento propriamente Recuperação
dito
221
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
222
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
É o resultado do impulso
executado para cima, iniciado
na perna direita, passando por
todo o corpo até chegar ao peso.
Do momento da fixação do pé
direito até o instante de soltar
o peso, o corpo atua mediante
Arremesso um movimento complexo de
propriamente “elevação avanço-rotação-
dito extensão”. O lado esquerdo
do corpo se eleva e avança
até a vertical; os quadris e os
ombros se voltam para frente;
os segmentos previamente
flexionados se estendem e assim
o peso recebe uma impulsão na
direção do arremesso.
Após o desequilíbrio gerado
pela ação do arremesso, o
atleta deve colocar o corpo
e m u m a p o s i ç ã o e s t á ve l .
Recuperação
Para tal executa um passo de
do equilíbrio
recuperação. A perna esquerda
com reversão
é lançada para trás e a direita
levada rapidamente à frente,
ligeiramente flexionada para
amortecer o impulso
Finalização O atleta deverá sair do setor de arremesso pela metade de trás do círculo.
FONTE: <https://blogpilates.com.br/wp-content/uploads/2016/10/xArremesso-de-Peso-capa-
730x456.jpg.pagespeed.ic.KTNdLdHQdd.jpg>. Acesso em: 22 jul. 2019.
6 LEIS MECÂNICAS
As leis do movimento mostram uma grande relação com a distância a ser
alcançada no lançamento. Podendo ser destacados os seguintes:
223
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
Isso quer dizer que o atleta dotado de maior força muscular possui
possibilidade de lançar a bola a uma maior distância. Além disso, pode-se
concluir que a duração da aplicação da força influi sensivelmente na velocidade
de projeção da bola.
224
TÓPICO 2 | ESTÁTICA DOS FLUIDOS E ANÁLISE DA BIOMECÂNICA EM
d = 90000 . 0,5
10
d = 45000
10
d = 4500m ou 4,5km
Lembre-se:
sen 0 = 0
sen 90⁰ = 1
Sen 2α = 1
2α = 90°
α = 90/2
α = 45⁰
225
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <http://files.efd321.webnode.com.br/200000215-b2bbdb3b69/Apostila%202%20Provas%20
de%20Campo%20-%20Saltos%20e%20Lan%C3%A7amentos.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2019.
DICAS
: Para você saber mais sobre os ângulos do arremesso de peso e sua velocidade,
assista ao vídeo Lançamento oblíquo: https://www.youtube.com/watch?v=U3jDHU5zY8Y.
226
RESUMO DO TÓPICO 2
227
• A pedalada baseia-se em dois movimentos essenciais: empurrar e puxar o
pedal, o princípio fundamental da pedalada é produzir movimentos circulares,
leves e suaves com regularidade e harmonia de aplicação de força sobre os
pedais em todo o ciclo.
228
AUTOATIVIDADE
2 Quando a água congela, ela se expande. O que isso quer dizer acerca da
massa específica do gelo, comparada com a massa específica da água?
229
( ) Existem diferentes estilos técnicos de arremesso de peso: lateral parada;
lateral com deslocamento; rotacional e o arremesso O’Brien.
( ) As qualidades fundamentais do atleta são a força e a aceleração.
( ) É um esporte individual que baseia-se no lançamento de uma esfera, de
massa igual a 4,000 kg para homens e 7,260 kg para mulheres.
( ) O arremesso de peso O’Brien é dividido em: concentração/empunhadura/
posição inicial estacionária; arrasto; posição final – rotação; arremesso
propriamente dito; recuperação do equilíbrio com reversão e finalização.
230
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Muitas pessoas, dentre elas crianças, jovens e idosos são acometidos por
doenças no decorrer de suas vidas, algumas conseguem restabelecer a saúde,
entretanto, outra parcela não tem o mesmo privilégio
2 PARALISIA CEREBRAL
É um termo utilizado para determinar uma condição motora, proveniente
de lesão cerebral, que frequentemente inicia na infância, com variância de
gravidade, desde a mais leve até a mais severa, acarretando dependência total,
parcial ou independência para a vida diária.
A maioria das pessoas pensam que uma criança ou adulto acometido por
paralisia cerebral está condenado a viver na dependência de outra pessoa, para
231
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
fazer desde as habilidades mais simples, como tomar banho, escovar os dentes
e andar, até as mais complexas, como trabalhar, constituir uma família, estudar,
entre outras.
2.1 CLASSIFICAÇÃO
A classificação da paralisia cerebral depende da avaliação dos parâmetros
anatômico, topográfico e distúrbio motor. Portanto, estudaremos o parâmetro
distúrbio motor, dessa forma, os tipos de paralisia são: espástico, atetose, atáxico
e misto (FONSECA; LIMA, 2008).
2.1.1 Espástico
Fonseca e Lima (2008) indicam que é a forma mais frequente de paralisia
cerebral ocasionada pelo comprometimento do neurônio motor superior,
ao longo do trato piramidal, cuja lesão leva a quadros bem característicos,
como movimentos lentos e reflexos profundos hiperativos, clônus, reflexo
cutaneoplantar em extensão (sinal de Babinski) e atrofia muscular.
233
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
2.1.2 Atetose
Também chamada de discinético, é caracterizada por movimentos
involuntários e posturas anormais, associada à deficiência de coordenação motora.
Há alterações na regulação do tônus muscular, oscilando entre o baixo ao normal ou
do baixo ao alto. Nesse tipo de paralisia, as lesões afetam, na maior parte das vezes, as
partes profundas do cérebro, ou seja, os gânglios basais (NEISTADT; ARAÚJO, 2002).
234
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
2.1.3 Atáxico
Essa forma é caracterizada como rara, apresentando diminuição da
coordenação estática e dinâmica. As crianças acometidas apresentam tônus
variado, normalmente a hipotonia, com tremores intencionais, dismetria, marcha
atáxica, fala disártrica e escandida, com comprometimento da inteligência
acentuado (DIAMENT, 2010).
2.1.4 Misto
É caracterizado pela associação de alguns tipos de paralisia cerebral,
normalmente o mais comum é o espástico agrupado com o atetoide, no espástico
pode ser permanente e variar com flutuações, instabilidade e movimentos
desordenados. Para Marcosoni et al. (2012), essa manifestação mista acontece em
função de o encéfalo ter sofrido lesões em duas regiões.
235
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
236
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
FONTE: <https://www.linkedin.com/pulse/lobos-cerebrais-fernado-nicolau-virtuous-poet->.
Acesso em: 6 jul. 2019.
2.3 ÓRTESES
As órteses são instrumentos funcionais que auxiliam o indivíduo com
dano cerebral a adquirir segurança e confiança para executar atividades habituais,
sendo utilizadas tanto em membros superiores como inferiores.
237
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
238
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
3.1 CLASSIFICAÇÃO
O acidente vascular cerebral ocorre quando o aporte de sangue, que é
direcionado ao cérebro, sofre uma interrupção ou redução, impedindo que as
células sejam supridas de oxigênio e nutrientes. Uma outra situação que pode
acontecer é a ruptura de um vaso sanguíneo, causando hemorragia cerebral.
Os sintomas nesse tipo de AVC persistem por pelo menos 24 horas ou até
a pessoa ir a óbito. As lesões não são localizadas somente na região do cérebro,
como se costuma imaginar, mas também no cerebelo ou no tronco encefálico
(NITRINI, 2015).
240
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
E
IMPORTANT
241
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
FONTE: <https://updatefreud.blogspot.com/2018/07/12-sintomas-que-ajudam-a-identificar-um-
acidente-vascular-cerebral-AVC.html>. Acesso em: 14 jul. 2019.
NOTA
O AVC é uma doença que quanto mais rápido você identificar e tratar, maiores
serão as chances de se recuperar.
FONTE: <https://caririrevista.com.br/wp-content/uploads/2019/04/banner-riscos-300x80.jpg>.
Acesso em: 14 jul. 2019.
242
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
4 DISTÚRBIOS DO CEREBELO
Sua posição no corpo humano está localizada na parte anterior à medula
ablongata, auxilia a formação do teto do IV ventrículo, o que implica possíveis
complicações na circulação liquórica no caso da existência de lesão nessa região.
Trabalha em nível involuntário e inconsciente e sua função não é exclusivamente
motora (KOPCZYNSKI et al., 2012).
243
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
244
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
CHAMADA
245
UNIDADE 3 | BIOMECÂNICA APLICADA AO MOVIMENTO HUMANO
LEITURA COMPLEMENTAR
Augusto: A disciplina que mais me marcou, por incrível que pareça, foi a
primeira, ministrada pelo professor Geraldo Campos, a disciplina de Gestão. Foi
ele que me sociabilizou perante a turma e aonde tudo começou, por isso mesmo
que tenho carinho especial por ele, sem deixar de lembrar das aulas de Erasmo
Ouriques, pela didática e da Simone Karmann, pelo carinho.
Pergunta: De onde veio a sua paixão pelo time de futebol Avaí?
Augusto: A paixão pelo Avaí veio desde pequeno. A minha família toda é avaiana,
mas meus pais não ligavam muito para o futebol. Fui nas primeiras vezes para
a Ressacada e me apaixonei pela atmosfera e pelo clube. Desde 2001 eu vou nos
jogos, não importa que esteja chovendo ou até mesmo gripado, a minha presença
está confirmada. De lá para cá, o envolvimento só aumentou com a criação de um
blog, o Blog do Guto, faço com maior honra e orgulho todos os dias desde 2009,
falando sobre o Leão.
246
TÓPICO 3 | CONDIÇÕES PATOLÓGICAS QUE AFETAM A FUNÇÃO DO
Augusto: A expectativa está ótima, estou muito tranquilo, o stress já passou com
o TCC. Agora é só aproveitar e curtir o momento. A emoção só vai me levar no
dia da formatura quando vou receber o diploma.
Pergunta: Você pretende continuar os estudos nesta área?
Augusto: Sim, pretendo fazer alguns cursos e me capacitar ainda mais para entrar
no mercado de trabalho. O meu maior objetivo é realizar o curso da CBF para
ser técnico de futebol, sei que tenho capacidade para isso e vou lutar muito para
conseguir.
Pergunta: Quais são os seus planos para depois de formado?
Augusto: Acredito que sim, por toda a minha força de vontade para chegar até aqui
e ser exemplo para outras pessoas. Lutar pelos seus sonhos tem que ser aplicado
para tudo na vida.
Pergunta: O que você diria para quem está começando a cursar uma graduação?
FONTE: <http://www.jornalmetas.com.br/geral/geral-pais-estado/estudante-com-paralisia-cerebral-
se-forma-em-educa%C3%A7%C3%A3o-f%C3%ADsica-1.1992849>. Acesso em: 13 jul. 2019.
CHAMADA
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compreensão. Acesse o AVA e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
247
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
a) ( ) Córtex.
b) ( ) Tronco encefálico.
c) ( ) Cerebelo.
d) ( ) Hipotálamo.
249
Assinale a alternativa que indica a sequência correta:
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, F, F, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) F, V, V, V.
FONTE: <https://www.jornalnordeste.com/olho-clinico/avc-o-que-e-e-como-
prevenir>. Acesso em: 15 jul. 2019.
a) ( ) O AVC pode ser uma bomba relógio, pode estar no seu pensamento,
mas depende de você fazer a prevenção.
b) ( ) O tempo é o limite e infelizmente na terceira idade, não há prevenção
para as patologias.
c) ( ) Consciência não é a alma da saúde.
d) ( ) Desistir é necessário e o tempo urge a seu favor.
250
REFERÊNCIAS
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articulares. Rio de Janeiro: Ace Gestão em Saúde, 2016. 50 p. Disponível em:
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