Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profª Carla Moser
Profª Sonia Adriana Weege
340.0202
198 p. : il
ISBN 978-85-7830-867-4
Impresso por:
Apresentação
Olá Acadêmico (a)!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO ........................................ 1
VII
UNIDADE 2 – CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO,
EXECUTIVO E JUDICIÁRIO.................................................................................. 59
VIII
10 JUSTIÇA FEDERAL......................................................................................................................... 120
11 JUSTIÇA ESTADUAL...................................................................................................................... 121
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 123
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 124
IX
X
UNIDADE 1
A FORMAÇÃO DO ESTADO
CONTEMPORÂNEO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivo apresentar ao acadêmico(a):
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, no final de cada um
deles, você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimentos
desenvolvidos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
O ESTADO BRASILEIRO
1 INTRODUÇÃO
A Constituição de 1988 em seu artigo 3º consagrou o território brasileiro
como unidade indissolúvel, identificando igualmente seu regime de governo
como “República”.
Art. 3º A República Federativa do Brasil, formada pela União
indissolúvel dos Estados e Municípios e do distrito Federal, constitui-
se em Estado democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição.
(BRASIL, 2015).
3
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
5
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
ESTADO BRASILEIRO
FONTE: A Autora
6
TÓPICO 1 | O ESTADO BRASILEIRO
O artigo 5º, inciso III da Constituição de 1988 traz o princípio que enuncia
a dignidade da pessoa humana:
Para José Afonso da Silva (2010, p. 105), "a dignidade da pessoa humana
é um valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do
homem, desde o direito à vida”.
7
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
O ilustre José Afonso da Silva (2010, p. 493), nesse sentido, ensina que a
livre-iniciativa,
8
TÓPICO 1 | O ESTADO BRASILEIRO
ᵒ Independência nacional
ᵒ Prevalência dos direitos humanos
ᵒ Autodeterminação dos povos
ᵒ Não intervenção
ᵒ Igualdade entre os Estados
ᵒ Defesa da paz
ᵒ Solução pacífica dos conflitos
ᵒ Repúdio ao terrorismo e racismo
ᵒ Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
9
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
ᵒ Executivo
ᵒ Legislativo
ᵒ Judiciário
O Estado como grupo social máximo e total, tem também o seu poder,
que é o poder político ou estatal. A sociedade estatal, chamada também de
sociedade civil compreende uma multiplicidade de grupos sociais diferenciados
de indivíduos, aos quais o poder político tem que coordenar, impor regras e
limites em função dos fins globais que ao Estado cumpre realizar. (SILVA, 2010).
10
TÓPICO 1 | O ESTADO BRASILEIRO
Silva (2010) preceitua com relação à divisão de poderes, como aquela que
consiste em confiar cada uma das funções governamentais a órgãos diferentes,
que tomam os nomes de respectivas funções, menos o judiciário.
Justen (2005) alerta que cada poder não é titular exclusivo do exercício
de uma função, mas é investido de uma função principal e, acessoriamente, do
desempenho de outras. Ressalta Silva (2010) que a ampliação das atividades do
Estado contemporâneo impôs nova visão da teoria da separação de poderes e
novas formas de relacionamento entre os órgãos legislativo e executivo e destes
com o judiciário.
12
TÓPICO 1 | O ESTADO BRASILEIRO
13
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você:
15
AUTOATIVIDADE
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A Constituição como base de todos os textos legislativos brasileiros trouxe
em seu arcabouço legal os ditames que regram a vida dos cidadãos brasileiros.
19
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
20
TÓPICO 2 | COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DOS
UNI
Competência internacional:
Competência política:
21
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Complementa:
[...]
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por
meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998).
[...]
E ainda:
a) Prestar assistência financeira ao Distrito Federal para execução de
serviços públicos, por meio de fundos próprios.
b) Organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia,
geologia e cartografia de âmbito nacional.
c) Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas
e de programas de rádio e televisão.
d) Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades
públicas especialmente as secas e as inundações.
e) Instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e
definir critérios de outorga de direitos de seu uso.
f) Organizar, manter e executar inspeções do trabalho. (BRASIL, 2015).
22
TÓPICO 2 | COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DOS
23
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
NOTA
DICAS
DICAS DE LEITURA
Dispositivo legal destinado a regulamentar norma prevista na Constituição Federal.
FONTE: JURISWAY. Disponível em:<http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.
asp?idmodelo=8482>.
24
TÓPICO 2 | COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DOS
25
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Vejamos o caput dos artigos 215, 216 e 225 da Carta Magna de 1988:
• Direito Administrativo:
a) Desapropriação.
b) Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo
de guerra.
c) Água, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
d) Serviço postal.
e) Sistema monetário (administrativo-monetário) e de medidas, títulos
e garantias dos metais.
26
TÓPICO 2 | COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DOS
27
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
4 COMPETÊNCIAS DO ESTADO
Os estados federados têm assegurada sua autonomia (art. 18, 25-28),
capacidade de auto-organização, autoadministração (art.25, parágrafo 1º) e de
autolegislação (art. 25) e autogoverno (art. 27, 28 e 125) que se encontram instituídas
em alguns artigos do texto constitucional, a saber:
28
TÓPICO 2 | COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS DOS
Alerta Silva (2010), que implicitamente está vedado para os estados tudo
o que tenha sido enumerado para a União e para os municípios.
29
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
31
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você pôde:
32
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Águas.
b) ( ) Orçamento.
c) ( ) Cultura.
d) ( ) Responsabilidade por dano a bens e direitos de valor artístico.
e) ( ) Proteção e defesa da saúde.
( ) Certo.
( ) Errado.
( ) Certo.
( ) Errado.
( ) Certo.
( ) Errado.
33
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Em um contexto geral os direitos sociais possuem conteúdo econômico-
social, que tem por finalidade melhorar as condições de vida e de trabalho para
todos os cidadãos.
35
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Educação
Saúde
Alimentação
Trabalho
Moradia
DIREITOS
SOCIAIS
Lazer
Segurança
Previdência Social
Proteção a Maternidade e à
Infância
36
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
37
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
38
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
39
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Direito de
substituição
processual
Direito de
participação
Direito de
representação
classista
40
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
41
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Cabe lembrar que o artigo 8º, parágrafo único, estabelece que disposições
deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
43
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
4 DIREITOS POLÍTICOS
Nas palavras de Moraes (2013, p. 234-235) “os direitos políticos representam
um conjunto de regras que determinam a atuação da soberania popular que será
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, nos termos da lei mediante: plebiscito, referendo e iniciativa popular”.
• Direito de sufrágio.
• Alistabilidade (direito de votar em eleições, plebiscitos e referendos).
• Elegibilidade.
• Iniciativa popular de lei.
• Ação popular.
• Organização e participação dos partidos políticos.
44
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
45
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
INSTRUMENTO
FORMA DE PRINCIPAL
CONGRESSO PARA
EXERCÍCIO DIFERENÇA
NACIONAL CONVOCAR
DA CONCEITO
COMPETÊNCIA PLEBISCITO E
SOBERANIA MOMENTO DA
EXCLUSIVA AUTORIZAR
POPULAR CONSULTA
REFERENDO
Retomando alguns conceitos vamos reafirmar que voto é o ato por meio
do qual se exercita o sufrágio, ou seja, o direito de votar e ser votado; sufrágio é o
direito de votar e ser votado e escrutínio é o modo, a maneira, a forma pela qual se
exercita o voto (público ou secreto).
4.3 ELEGIBILIDADE
Elegibilidade, segundo Moraes (2013, p. 240), “é a capacidade eleitoral
passiva consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos
políticos, mediante eleição popular, desde que preenchidos determinados
requisitos”.
46
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
Com relação ao requisito da idade esta condição inicia aos 18, terminando
aos 35 anos, vamos observar:
o 35 anos para presidente e vice-presidente da República e senador;
o 30 anos para governador e vice-governador do Estado e do Distrito
Federal;
o 21 anos para deputado federal, deputado estadual ou distrital, prefeito,
vice-prefeito e juiz de paz;
o 18 anos para vereador.
47
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
• Caráter nacional.
• Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação destes.
• Prestação de contas à Justiça Eleitoral.
48
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
Lenza (2011) ainda define que são assegurados aos partidos políticos
autonomia para defender sua estrutura interna, organização e funcionamento,
devendo constar em seus estatutos partidários, normas que façam referência
a fidelidade e disciplina partidárias, podendo prever sanções em caso de
infidelidade partidária não podendo entretanto determinar a perda de mandato,
esta que tem hipóteses taxativas previstas no artigo 15 da Constituição Federal.
5 NACIONALIDADE
De acordo com Lenza (2011), a “nacionalidade pode ser definida como
um vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado,
fazendo com que esse indivíduo passe a integrar o povo daquele Estado, e por
consequência desfrute de direitos e submeta-se a obrigações”.
49
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
50
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
51
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
LEITURA COMPLEMENTAR
52
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
53
UNIDADE 1 | A FORMAÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
54
TÓPICO 3 | DIREITOS SOCIAIS E POLÍTICOS
55
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você pôde:
56
AUTOATIVIDADE
( ) Certo.
( ) Errado.
a) 30 empregados.
b) 50 empregados.
c) 100 empregados.
d) 200 empregados.
e) 500 empregados.
57
5 Constitui condição de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima de:
a) Participação partidária.
b) Alistabilidade.
c) Elegibilidade.
d) Plebiscito.
e) Referendo.
a) Apátrida.
b) Estrangeiro.
c) Brasileiro nato.
d) Brasileiro naturalizado.
e) Italiano, podendo optar pela nacionalidade brasileira após a maioridade.
58
UNIDADE 2
CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS
DOS PODERES LEGISLATIVO,
EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Os conteúdos desta unidade ajudarão você a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, sendo que, ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimen-
tos desenvolvidos.
CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
PODER LEGISLATIVO
1 INTRODUÇÃO
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, também
conhecida como Constituição Federal ou simplesmente CF, é a base de um Estado
de Direito e da democracia. Buscamos na CF os princípios que regem o Direito
Público, em especial os que se referem ao conteúdo deste tópico, as características
e competências do Poder Legislativo.
61
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
NOTA
3 CONGRESSO NACIONAL
No Brasil, o legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional. Assim
diz Moraes (2011, p. 430): “O Poder Legislativo é bicameral e exercido pelo
Congresso Nacional, que se compõe pela Câmara dos deputados e do Senado
Federal [...]”.
Dirigir os serviços deste órgão é uma tarefa que não se restringe apenas a uma
pessoa. Um grupo de pessoas, as quais compõem a chamada mesa, dão os rumos do
Congresso. A presidência desta mesa, sempre, fica a cargo do Presidente do Senado
Federal; os demais cargos são alternados entre a Câmara dos Deputados e o Senado
Federal. Como descreve Alkmim (2010, p. 134):
63
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
64
TÓPICO 1 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
4 SENADO FEDERAL
O Senado Federal, parafraseando Moraes (2011), possui a mesma relevância
que a Câmara dos Deputados, porém com atribuições específicas e diferentes desta
outra Casa Legislativa.
E
IMPORTANT
65
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
66
TÓPICO 1 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
E
IMPORTANT
67
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
Além das atribuições que são comuns às duas Casas Legislativas, como
ocorre com o processo ordinário de elaboração e aprovação de leis que
depende da aprovação de ambas, certas atribuições são privativas de
cada Casa. (ALKMIM, 2010, p. 135).
69
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
70
TÓPICO 1 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
71
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
72
TÓPICO 1 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
E
IMPORTANT
Para a prática dos seus atos e o pleno exercício de suas sessões e atividades
legislativas, administrativas e fiscalizadoras, a Câmara Municipal deverá ter a
sua sede própria ou poderá atuar no Paço Municipal (DIAS, 2005).
73
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
Com a eleição de novos vereadores, orienta Dias (2005, p. 25) que “Instalar-
se-á a Câmara Municipal, no dia 1º de janeiro, do ano seguinte ao da eleição
municipal, que é o início da legislatura.”
74
TÓPICO 1 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do
respectivo Estado e os seguintes preceitos:
[...]
IV - número de Vereadores proporcional à população do Município,
observados os seguintes limites:
a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um
milhão de habitantes;
b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios
de mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes;
c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinquenta e cinco nos
Municípios de mais de cinco milhões de habitantes; [...]
75
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
E
IMPORTANT
Caro(a) Acadêmico(a)!
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o Poder Legislativo Municipal é interessante
visitar a Câmara de Vereadores, da sua cidade, e assistir a reuniões abertas das Comissões
ou votações de leis pelo Plenário.
NOTA
Edilidade
Poder legislativo municipal. Conjunto de Vereadores. (CUNHA, 2007, p. 113).
76
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou:
• Os representantes deste poder são eleitos pelo povo, através do voto; por este
motivo representam os nossos interesses em todas as esferas de governo.
77
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Função Legislativa.
b) ( ) Função Administrativa.
c) ( ) Função Fiscalizadora.
d) ( ) Função Executiva.
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROCESSO LEGISLATIVO
1 INTRODUÇÃO
A legislação, em especial, as emendas à Constituição, leis complementares,
leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e
as resoluções estão diretamente ligadas ao nosso cotidiano, alterando direitos
sociais, tributos, códigos, entre outros. Esta legislação, ou normas, são frutos
do processo legislativo que é o trabalho do Poder Legislativo de cada Ente da
Federação.
80
TÓPICO 2 | PROCESSO LEGISLATIVO
A CF, no artigo 47, determina o processo das leis ordinárias, Alkmim (2009,
p. 664) explica a essência delas, como: “É o ato legislativo típico. A elaboração
de leis ordinárias constitui a atividade legislativa mais comum. [...].”. Por serem
mais comuns representam a maioria das normas legislativas.
81
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
Já, a Medida Provisória, “[...] é o ato normativo, com força de lei, editado
pelo Presidente da República em caso de relevância e urgência, submetido de
imediato ao Congresso Nacional, e cuja eficácia se extingue, desde a edição, se
não for convertida em lei no prazo de 60 dias a partir da publicação.” (AVELAR,
2008, p. 289).
82
TÓPICO 2 | PROCESSO LEGISLATIVO
E
IMPORTANT
4 PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS
Os procedimentos legislativos, dos atos que o Poder Legislativo dos
Entes da Federação deve exercer, estão expressos na Constituição Federal entre
os artigos 60 e 69 e também na Lei Complementar 95/1998. Os procedimentos
legislativos dividem-se em três categorias é o que nos explica Alkmim (2009, p.
656):
83
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
84
TÓPICO 2 | PROCESSO LEGISLATIVO
1. Lei Complementar
a) A iniciativa cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma
e nos casos previstos nesta Constituição.
b) A iniciativa é privativa do Presidente da República, quando fixem ou modifiquem
os efetivos das Forças Armadas e quando disponham, sobre:
• criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração;
• organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios;
• servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
• organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios;
• criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI da CF;
• militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
c) A iniciativa é popular e apresentada à Câmara dos Deputados de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
d) As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
e) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
f) Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
2. Lei Ordinária
a) A iniciativa cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma
e nos casos previstos nesta Constituição.
b) A iniciativa é privativa do Presidente da República, quando fixem ou modifiquem
os efetivos das Forças Armadas e quando disponham, sobre:
• criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração;
• organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios;
• servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria;
• organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios;
• criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI da CF;
• militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
c) A iniciativa é popular e apresentada à Câmara dos Deputados de projeto de lei
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por
cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
d) A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
85
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
3. Medida Provisória
a) Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
b) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
• nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
• direito penal, processual penal e processual civil;
• organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;
• planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º da CF;
• que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo
financeiro;
• matérias reservadas a lei complementar;
• já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção
ou veto do Presidente da República.
c) Quando implique em instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos na
CF nos art. 153, I, II, IV, V, e 154, II da CF, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
d) Perderão a eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de
sessenta dias, prorrogável por uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional
disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes e suspendendo-se os
prazos durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
e) A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos
constitucionais.
f) Quando não apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação,
entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso
Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações
legislativas da Casa em que estiver tramitando.
g) Terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
h) Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.
i) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
j) Não editado o decreto legislativo que se refere à instituição e majoração de impostos
até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas
constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
l) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória,
esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.
4. Lei Delegada
a) As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar
a delegação ao Congresso Nacional.
b) São vedadas as seguintes matérias:
• atos de competência exclusiva do Congresso Nacional;
• atos de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
• matérias reservadas à lei complementar;
• a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de
seus membros;
• a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
• os planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
c) A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional,
que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício, caso a resolução determinar a apreciação
do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
86
TÓPICO 2 | PROCESSO LEGISLATIVO
E
IMPORTANT
87
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou:
• Existem atos legislativos primários (que estão expressos na CF) e atos legislativos
secundários (que estão expressos em outras leis), neste tópico apresentamos
apenas os primários.
88
AUTOATIVIDADE
a) ( ) As emendas à constituição.
b) ( ) As leis complementares.
c) ( ) As medidas provisórias.
d) ( ) As leis delegadas.
89
90
UNIDADE 2 TÓPICO 3
CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
PODER EXECUTIVO
1 INTRODUÇÃO
A execução das políticas públicas, o bom funcionamento do atendimento
ao público, enfim, o bem-estar da sociedade nas ações do dia a dia, são atividades
que dependem diretamente da ação executiva, que cabe ao Poder Executivo.
91
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
92
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
E
IMPORTANT
93
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
94
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
95
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
96
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO E
ÓRGÃOS EXECUTIVOS
CONSULTA
I - Conselho de Governo
I - Casa Civil
II - Conselho de Desenvolvimento
II – Secretaria Geral
Econômico e Social
III - Secretaria de Relações Institucionais
III - Conselho Nacional de Segurança
IV - Secretaria de Comunicação Social
Alimentar e Nutricional
V - Gabinete Pessoal
IV - Conselho Nacional de Política
VI - Gabinete de Segurança Institucional
Energética
VII - Secretaria de Assuntos Estratégicos
V - Conselho Nacional de Integração de
VIII - Secretaria de Políticas para as Mulheres
Políticas de Transporte
IX - Secretaria de Direitos Humanos
VI - Advogado-Geral da União
X - Secretaria de Políticas de Promoção da
VII - Assessoria Especial do Presidente
Igualdade Racial
da República
XI - Secretaria de Portos
VIII - Conselho de Aviação Civil
XII - Secretaria de Aviação Civil
IX – Conselho da República
XIII - Secretaria da Micro e Pequena Empresa
X – Conselho de Defesa Nacional
XIV - Controladoria-Geral da União
97
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
E
IMPORTANT
6 CASA CIVIL
A competência da Casa Civil é normatizada no art. 2º, incisos I e II da Lei
Federal nº 10.683/2003, como podemos observar:
Já, a sua estrutura básica, os órgãos, estão delineados na mesma lei e artigo,
porém no parágrafo único, que resumimos a seguir: o Conselho Deliberativo do
Sistema de Proteção da Amazônia, a Imprensa Nacional, o Gabinete, a Secretaria-
Executiva e até três subchefias (a serem determinadas).
98
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
Art. 91 [...]
§ 1º - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da
paz, nos termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e
da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu
efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com
a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas
necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado
democrático (BRASIL, 1988).
8 MINISTÉRIOS
Os ministérios são agrupados pela ação governamental que devem
desempenhar nos setores políticos, econômico, militar e social. Devem ser criados
e estruturados por lei que identificará suas atribuições, competências e estrutura
funcional. Esta normatização é encontrada no art. 88 da CF de 1988.
E
IMPORTANT
100
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
10 GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR
O Governador é o Chefe do Poder Executivo Estadual, cabendo a ele
(juntamente com o vice) a direção da Administração Estadual. É o que ressalta
Temer (2002, p. 88): “O governador e o vice-governador compõem o Poder
Executivo Estadual, cujo objetivo é executar, administrar, o que formulou o
legislador estadual, seja o constituinte, seja o ordinário”.
Meirelles, Aleixo e Burle Filho (2013, p. 862) destacam, que: “Em todos os
Estados-membros (26, atualmente) o Poder Executivo é exercido, unipessoalmente,
pelo Governador, auxiliado por Secretários de Estado”.
101
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
102
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
103
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
13 PREFEITO E VICE-PREFEITO
“O Prefeito é o chefe do Poder Executivo, cabendo-lhe a direção
administrativa e política do município”. (MORAES, 2011, p. 301). Quanto à
direção da prefeitura, como administração direta municipal, explicam Meirelles,
Aleixo e Burle Filho (2013, p. 863):
104
TÓPICO 3 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
E
IMPORTANT
Caro(a) acadêmico(a)!
Não esqueça que antes da posse é importante que o Prefeito tome algumas providências, é
o que ensina Fernandes (2010, p. 62):
105
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou:
106
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Administração Indireta.
b) ( ) Administração Direta e Indireta.
c) ( ) Órgãos Indiretos de Administração.
d) ( ) Administração Direta.
a) ( ) É a Constituição Estadual.
b) ( ) É a Carta Magna Federal.
c) ( ) É a Lei Orgânica Municipal.
d) ( ) É a Lei Orgânica do Tribunal de Contas.
107
108
UNIDADE 2
TÓPICO 4
CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
PODER JUDICIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Na organização do Estado fica determinada como função típica do Poder
Judiciário, a judiciária ou jurisdicional, atribuição muito importante para redimir
conflitos entre os poderes, a sociedade e facilitar o acesso de todos à justiça, entre
outros.
109
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
110
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
111
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
1. Competências originárias
a) A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
b) Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.
c) Nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente.
d) O "habeas corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o
mandado de segurança e o "habeas data" contra atos do Presidente da República, das Mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal.
e) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Território.
f) As causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e
outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
i) O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for
autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
j) A revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados.
l) A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
m) A execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de
atribuições para a prática de atos processuais.
n) A ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados,
e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam
direta ou indiretamente interessados.
o) Os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal.
p) O pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade.
q) O mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do
Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal,
das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais
Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal.
r) As ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério
Público.
2. Competências em grau de recurso ordinário
a) O "habeas corpus", o mandado de segurança, o "habeas data" e o mandado de injunção decididos
em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
b) O crime político.
3. Competências em grau de recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última
instância, quando da decisão recorrida
a) Contrariar dispositivo desta Constituição.
b) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal.
c) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) Julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
112
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
113
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
1. Competência Constitucional
2. Atribuições Constitucionais
114
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
1- Competências originárias
a) Nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal,
os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.
b) Os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal.
c) Os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea
"a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante
da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
d) Os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o",
bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos.
e) As revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados.
f) A reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
g) Os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União.
h) O mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de
órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos
de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral,
da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal.
i) A homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.
2- Competências em grau de recurso ordinário
a) Os "habeas corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória.
b) Os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais
ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.
c) As causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e,
do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
115
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
a. idade: 35 a 65 anos;
b. ser brasileiro nato ou naturalizado;
c. notável saber jurídico e reputação ilibada.
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
117
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
118
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
119
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
10 JUSTIÇA FEDERAL
A organização da Justiça Federal encontra-se fundamentada pela
Constituição Federal, art. 106. Seus órgãos são: os Tribunais Regionais Federais e
os Juízes Federais.
1. Competências originárias
120
TÓPICO 4 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DO
11 JUSTIÇA ESTADUAL
Encontramos no art. 125 da Constituição Federal a autorização dos
Estados de organizarem sua justiça, respeitando os princípios constitucionais. A
competência desta justiça deve ser delineada nas Constituições Estaduais e a lei
de organização deve ser de iniciativa do Tribunal de Justiça de cada Estado.
121
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
DICAS
122
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou:
123
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Função Administrativa.
b) ( ) Função Jurisdicional.
c) ( ) Função Legislativa.
d) ( ) Função Executiva.
124
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Quando tratamos do relacionamento entre os Poderes Executivo e o
Judiciário, precisamos conhecer quais são os órgãos que representam um elo entre
esses poderes e entre a sociedade. Este tópico trará para você as informações acerca
de alguns atores que não compõem o quadro de órgãos do Judiciário, porém
auxiliam o Poder Judiciário na função jurisdicional.
Aos estudos!
2 MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Público – MP – consoante com os ensinamentos de Moraes
(2009) é o defensor dos direitos fundamentais, entre eles os indisponíveis e
interesses coletivos. Também atua como fiscal dos Poderes Legislativo, Executivo
e Judiciário. “Os membros do Ministério Público, em nível federal, são chamados
de Procuradores da República e, em nível estadual, de Promotores e de
Procuradores da Justiça.” (ALKMIM, 2009, p. 703).
126
TÓPICO 5 | ÓRGÃOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO
127
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
4 DEFENSORIA PÚBLICA
Você sabia que o Estado tem a responsabilidade de prestar assistência
jurídica integral e gratuita a todos que comprovarem insuficiência de recursos?
Este é um dos direitos individuais que podemos encontrar na Constituição
Federal no art. 5º, inciso LXXIV. A fim de respeitar essa exigência constitucional e
a sua função jurisdicional é que os Estados-membros devem instituir, através de
lei complementar, a Defensoria Pública.
DICAS
128
TÓPICO 5 | ÓRGÃOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO
E
IMPORTANT
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma vez entregue à Mesa, o projeto de lei será lido no Expediente para
conhecimento dos deputados e, depois, publicado no Diário da Assembleia, que
129
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
é; o Diário Oficial do Poder Legislativo. No prazo de dois dias, o projeto deverá ser
incluído na Pauta para possível recebimento de emendas.
1) Exclusivas:
• criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
• criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios;
• exploração dos serviços de gás canalizado.
2) Concorrentes:
• direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
• orçamento;
• juntas comerciais;
• custas dos serviços forenses;
• produção e consumo;
130
TÓPICO 5 | ÓRGÃOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO
131
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
As leis na história
Leis que fizeram história
Polêmicas
Famosas
132
TÓPICO 5 | ÓRGÃOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO
Ninguém esquece...
133
UNIDADE 2 | CARACTERÍSTICAS E COMPETÊNCIAS DOS PODERES LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO
134
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você estudou:
135
AUTOATIVIDADE
1 A justiça brasileira deve ser provocada para que desempenhe seu papel de
resolução de conflitos ou lides. Isso significa que para a defesa dos direitos
fundamentais é necessário iniciar um processo judicial demonstrando a lesão
do direito. Quanto à defesa dos direitos indisponíveis e interesses coletivos,
fica a cargo de um Órgão que também é auxiliar do Poder Judiciário, assinale
a alternativa CORRETA:
a) ( ) É a Defensoria Pública.
b) ( ) É o Ministério Público.
c) ( ) É a Advocacia Geral da União.
d) ( ) É o Ministro da Justiça.
a) ( ) O Advogado-Geral da União.
b) ( ) A Procuradoria-Geral da União e a da Fazenda Nacional.
c) ( ) As Procuradorias Regionais da União e as da Fazenda Nacional e as
Procuradorias da União e as da Fazenda Nacional nos Estados e no Distrito
Federal e as Procuradorias Seccionais destas.
d) ( ) A Corregedoria-Geral da Advocacia da União.
136
UNIDADE 3
ATOS ADMINISTRATIVOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, no final de cada um
deles, você encontrará atividades que o(a) auxiliarão a fixar os conhecimen-
tos desenvolvidos.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Para que a Administração Pública atenda à finalidade de sua própria
existência, que é a de atender por meio dos serviços públicos as necessidades e
os interesses da coletividade, esta faz uso de instrumentos denominados de atos
administrativos.
139
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
140
TÓPICO 1 | CONCEITOS, ELEMENTOS E ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
NOTA
a) Competência
ATENCAO
141
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
NOTA
Avocar: (...) atrair para si; atribuir a si, arrogar-se (avoca a si o poder de decisão) [...] chamar
para si funções originariamente atribuídas a um subordinado (HOUAISS, 2009, p. 231).
a) Forma
b) Finalidade
142
TÓPICO 1 | CONCEITOS, ELEMENTOS E ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
c) Motivo
NOTA
143
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
e) Objeto
1) Ato praticado com conteúdo não previsto em lei: Ex.: A lei nº 8.112/90 estabelece
como sanção disciplinar a suspensão do servidor público por até 90 dias. Se a
administração editasse um ato suspendendo um servidor por 120 dias, esse ato
seria nulo por vício de objeto.
144
TÓPICO 1 | CONCEITOS, ELEMENTOS E ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
2) Ato praticado com objeto diferente daquele que a lei prevê para aquela situação:
Ex.: Imagine-se que a lei de um município preveja que a instalação de bancas
de jornais no passeio público deva ser consentida ao administrado mediante
permissão de uso de bem público.
a) Presunção de legitimidade
145
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
b) Imperatividade
c) Autoexecutoriedade
146
TÓPICO 1 | CONCEITOS, ELEMENTOS E ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
d) Tipicidade
147
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
UNI
148
RESUMO DO TÓPICO 1
149
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Imperatividade.
b) ( ) Autoexecutoriedade.
c) ( ) Presunção de legitimidade.
d) ( ) Tipicidade.
a) ( ) imperatividade
b) ( ) autoexecutoriedade
c) ( ) presunção de veracidade
d) ( ) tipicidade
e) ( ) moralidade
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A Administração Pública tem como objetivo primordial atender à
coletividade em suas necessidades e utilizará para esta tarefa agentes públicos
que prestarão da mesma forma serviços públicos.
153
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
154
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
NOTA
No exemplo acima a nomeação é o ato principal, sendo a aprovação prévia o ato acessório.
Em geral, os atos que dependem de autorização, aprovação, proposta, parecer, laudo
técnico, homologação, visto etc. são atos administrativos compostos.
155
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
156
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
E
IMPORTANT
O ato nulo não produz efeito entre as partes, ele é um ato ilegal ou ilegítimo
e seu defeito não pode ser corrigido (convalidado). Exemplo, a nomeação de um
candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija.
157
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
E
IMPORTANT
Acadêmico(a), guarde!
Ato anulável: vício que pode ser corrigido, logo pode ser convalidado.
Ato nulo: vício que não pode ser corrigido, deve ser anulado; e ato inexistente não pode
nada, por que nem existe.
E
IMPORTANT
159
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
160
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
161
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
O que caracteriza um ato enunciativo é que ele por si só, não produz
qualquer efeito jurídico, dependem sempre de outro ato que tenha conteúdo
decisório.
162
TÓPICO 2 | CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
NOTA
Não podemos confundir o atestado com certidão, porque esta reproduz atos
ou fatos constantes de seus arquivos, enquanto o atestado comprova um fato ou situação
existente, mas não constante em livros, papéis ou documentos em poder da Administração.
O atestado tem por finalidade comprovar fatos ou situações transitórias, que se modificam
frequentemente.
ESPÉCIES EXEMPLOS
Normativos Decretos, resoluções, instruções normativas, deliberações.
Ordinatórios Portaria, ofício, despacho, circular.
Negociais Licença, autorização, permissão, homologação.
Enunciativos Certidão, parecer, atestado.
Internos: penalidades disciplinares, como: advertência,
Punitivos suspensão, demissão. Externos: multa administrativa,
interdição de atividade, destruição de coisas etc.
FONTE: A autora
163
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
UNI
164
RESUMO DO TÓPICO 2
165
AUTOATIVIDADE
a) ( ) De império.
b) ( ) Discricionário.
c) ( ) Enunciativo.
d) ( ) De mero expediente.
e) ( ) Homologatório.
a) ( ) Finalidade e objeto.
b) ( ) Finalidade e motivo.
c) ( ) Motivo e objeto.
d) ( ) Finalidade, apenas.
e) ( ) Motivo, apenas.
166
Analise a alternativa que contém a resposta CORRETA:
a) ( ) III e IV.
b) ( ) II, III e IV.
c) ( ) I e III.
d) ( ) I, II e IV.
e) ( ) I e II.
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para que um ato administrativo possa ser extinto, se faz necessária a
observação de situação que produza amparo legal para sua consecução. São
aceitas pelos doutrinadores como formas de extinção do ato administrativo pelo
cumprimento de seus efeitos, desaparecimento do sujeito ou objeto, retirada do
ato pelo Poder Público, renúncia, saberemos um pouco mais destas condições nos
estudos empreendidos neste tópico.
169
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
170
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
b) Não podem ser revogados os atos vinculados, porque os atos vinculados geram
direitos adquiridos. Por exemplo: concedida aposentadoria para um servidor,
é evidente que para sua concessão ele preencheu os requisitos, preenchidos
estes requisitos é um direito dele, o de se aposentar. A Administração não pode
revogar a aposentadoria. Ela pode anular, se for ilegal, mas não pode revogar.
c) Não pode a Administração Pública revogar os atos que já exauriram os seus efeitos.
A revogação supõe sempre um ato que ainda esteja produzindo efeitos, e o que a
revogação faz é retirar do ato a possibilidade de continuar a produzir efeitos. Por
exemplo: o indivíduo tem uma permissão para uso de um bem público, que é
válida, o indivíduo vem utilizando aquele bem. A Administração Pública pode
revogar a permissão, de tal modo que a partir de uma data futura, a permissão
deixa de produzir efeitos. Mas se o ato já exauriu seus efeitos, porque a permissão
foi dada por um prazo que já terminou, não cabe mais a utilização do instituto da
revogação.
e) Não podem ser revogados os atos enunciativos, porque eles não produzem
efeitos. Você não vai revogar uma certidão, um atestado, uma informação.
f) Não podem ser revogados os atos que integram um procedimento, pois a cada
novo ato, ocorre a preclusão com relação ao ato anterior. Por exemplo, você
tem as várias fases da licitação e não vai revogar um ato do procedimento.
Quando praticou o ato subsequente, o ato anterior já ficou precluso.
g) Também não podem ser revogados os atos que gerem direitos adquiridos e isto
consta da parte final da Súmula 473 do Supremo Tribunal Federal.
171
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
E
IMPORTANT
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
O prazo que possui a Administração Pública para rever seus próprios atos,
ou seja, declare seus atos administrativos ilegais e, portanto, os anule, é de cinco
anos a contar da data em que foram praticados, salvo a comprovação de má-fé.
172
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
E
IMPORTANT
173
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
UNI
O ato administrativo possui o aval da Administração Pública para fazer com que
seus agentes públicos, representantes do Estado, atuem de forma que façam a vontade do
Estado, exercendo sua soberania sobre a sociedade.
174
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Tendo em vista que a competência deve estar definida em lei, todo ato
praticado por aquele que não for detentor das atribuições será ilegal. Os principais
vícios relacionados à competência descritos por Di Pietro (2005, p. 229-230) são:
175
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
177
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
Como definido pela Lei nº 4.717/65, art. 2º, parágrafo único, e, trata-se do
desvio de poder ou desvio de finalidade, como sendo aquele em que o agente
pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente,
na regra de competência.
Ratificação: a autoridade que deve ratificar pode ser a mesma que praticou
o ato anterior ou um superior hierárquico, mas o importante é que a lei lhe tenha
atribuído esta competência específica. A ratificação é adequada para os atos que
contenham vícios de competência e forma não se aplicando àqueles que têm
vícios de objeto ou finalidade.
Ainda alerta Carvalho Filho (2011, p. 153) que existem algumas barreiras
à convalidação, sendo elas “a impugnação do interessado, expressamente ou
por resistência ao seu cumprimento; o decurso do tempo com a ocorrência da
prescrição”.
a) Defeito sanável.
b) O ato não acarretar lesão ao interesse público.
c) O ato não acarretar prejuízo a terceiros.
d) Decisão discricionária da administração acerca da conveniência e
oportunidade de convalidar o ato (em vez de anulá-lo).
179
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
180
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
b) Controle Externo
181
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
c) Controle Popular
Art. 31
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos
da lei.
Art. 5º
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Art. 74
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é
parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
b) Controle Concomitante
A explicação deste controle está indicada pelo próprio nome. Este controle
é exercido durante a realização do ato e permite que se verifique a sua regular
formação.
183
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
b) Controle de mérito
184
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Para que seja possível o ato do controle hierárquico é necessário que seja
possível a atuação de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação,
da mesma forma que seja possível que os agentes públicos responsáveis pela
execução do controle hierárquico tenham disponíveis meios para a correção dos
desvios ou irregularidades que eventualmente possam ser encontradas.
185
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
E
IMPORTANT
b) Controle finalístico
NOTA
Sugiro que você aprofunde seus estudos com relação aos atos administrativos.
Todas as decisões da Administração Pública ocorrem por meio destes, indico como
bibliografia o livro de Marcelo Alexandrino e Paulo Vicente, DIREITO ADMINISTRATIVO
DESCOMPLICADO da Editora Método, em seu Capítulo 8, relembrando que os doutrinadores
possuem formas próprias para interpretar a Administração Pública/Poder Público, mas que
não destoam daquilo que é fundamental que é reconhecer as engrenagens deste poder.
186
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
LEITURA COMPLEMENTAR
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
187
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
O Conceito de Moralidade
188
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
189
UNIDADE 3 | ATOS ADMINISTRATIVOS
190
TÓPICO 3 | EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Vale lembrar que não é punível o agente público, ou equiparado, quando o ato
acoimado de improbidade é, na verdade, fruto de inabilidade, de gestão imperfeita,
ausente o elemento de “desonestidade”, ou de improbidade propriamente dita. Se
o agente, por incompetência, ou ainda, pelo mau exercício de sua função, acarretar
danos ao Poder Público, age em desconformidade com o princípio da moralidade
administrativa. Já o agente que atua com a intenção (dolo) de obter vantagem às
custas do Erário Público, fere o princípio da probidade administrativa.
191
RESUMO DO TÓPICO 3
192
AUTOATIVIDADE
195
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 7 abr. 2014.
BRASIL. Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965. Regula a ação popular. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4717.htm>. Acesso em: 10 jan. 2015.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 473. In: Súmulas. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=473.
NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas>. Acesso em: 7 abr. 2014.
CARVALHO, José dos Santos Filho. Manual de direito administrativo. 24. ed.
Rev., ampl. atualizada até 31 dez. 2010. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2011.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 26. ed.
São Paulo: Atlas 2013.
CUNHA, Sérgio Sérvulo da. Dicionário compacto do direito. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2007.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 21 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 26. ed. São Vicente: Atlas, 2013.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 18. ed. São Vicente: Atlas, 2005.
FERNANDES, Marco Antônio. Manual para prefeitos e vereadores. 2ª. ed. São
Paulo: Quartier Latin, 2010.
GONÇALVES, Marcos Flávio R et al. Manual do prefeito. 11. ed. Rio de Janeiro:
IBAM, 2000.
197
JESUS, Silvio Borges de. Câmaras municipais: processo e procedimentos.
Blumenau: Acadêmica, 1996.
JUSTEN, Marçal Filho. Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 39. ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 34. ed. São Paulo:
Malheiros, 2008.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 29 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. 3 ed. Atual. e rev. São Paulo:
Atlas, 2013.
SILVA, Lino Martins da. Contabilidade governamental. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 34. ed. São
Paulo: Malheiros Editora, 2011.
SILVA, Jose Afonso da Silva. Curso de direito constitucional positivo. 34. ed.
São Paulo:Malheiros, 2010.
STECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luiz Bolzan. Ciência política e teoria geral
do Estado.2. ed. Porto Alegre: Livraria do advogado, 2001.
198