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Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.a Dr.a Rosangela Marçolla
M393t
Marçolla, Rosangela
ISBN 978-85-515-0415-4
CDD 302.2
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Para iniciarmos o estudo sobre as Teorias da
Comunicação, vamos passear pelos caminhos da comunicação entre as
pessoas e todo o processo que as envolve. É importante apresentar essas
ideias iniciais para entendermos as correntes teóricas, por meio de estudos
de renomados pesquisadores da área.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para que já é veterano, há novidades em
nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ESTUDO DA COMUNICAÇÃO..................................................................................1
VII
TÓPICO 2 – MODELO DE LASSWELL...............................................................................................63
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................63
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS.............................................................................................................63
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................69
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................73
AUTOATIVIDADE..................................................................................................................................74
VIII
TÓPICO 2 – ESTRUTURALISMO......................................................................................................139
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................139
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS...........................................................................................................139
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................144
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................145
IX
X
UNIDADE 1
ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade
encontrará algumas autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
A COMUNICAÇÃO COMO
PROCESSO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, você, acadêmico, conhecerá o início da comunicação,
como uma forma de sobrevivência humana, de seus costumes e experiências.
É importante que saiba que a comunicação é estudada como processo e assim
veremos o seu desenvolvimento.
3
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
2 COMUNICAÇÃO
O ser humano sempre buscou transmitir suas ideias, suas ações de uma
maneira que fosse entendido. No tempo em que o homem morava em cavernas,
sua vida era cercada de perigos e infortúnios o tempo todo, pois pouco se sabia
da vida e dos seus fenômenos naturais. Desenhava nas paredes as suas caçadas,
registrando seus feitos. Sabe-se, por meio de pesquisas, que o homem pelo seu
instinto natural de preservação da vida, talvez quisesse prevenir os outros sobre
tais perigos.
4
TÓPICO 1 | A COMUNICAÇÃO COMO PROCESSO
E
IMPORTANT
[...] certamente esse homem primitivo fazia silêncio para ouvir aquele
que melhor contasse uma história e haveria de ser o que melhor a
revestisse de detalhes, sem fugir ao essencial, o que tivesse mais
dons de graça, fantasia, aquele que contasse com emoção – como se
estivesse vendo o que sua própria fala evocava na imaginação dos
companheiros [...] (COELHO, 1994, p. 8).
6
RESUMO DO TÓPICO 1
7
AUTOATIVIDADE
8
UNIDADE 1
TÓPICO 2
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Sinal de fumaça? Piscar de olhos? Choro de bebê? Carta? Mensagem nas
redes sociais? Tudo isso é comunicação e faz parte de um processo que envolve as
pessoas. Sim, estamos falando apenas de comunicação humana.
9
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
DICAS
10
TÓPICO 2 | ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
11
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
ATENCAO
12
TÓPICO 2 | ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
13
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
14
RESUMO DO TÓPICO 2
15
AUTOATIVIDADE
16
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Agora vamos dar início aos estudos da comunicação como um processo
que envolve não só emissor e receptor na transmissão de mensagens. É um
círculo que se completa quando temos uma resposta do receptor, que por sua vez
se torna emissor de nova mensagem.
Parece confuso, mas sabemos que entenderá esse ciclo assim que ler os
próximos tópicos. Não se trata de nada complicado e é importante prestar atenção
aos elementos da comunicação para entender como nos encontramos no contexto
social. E mais, entender a comunicação como ciência com seus objetos próprios de
estudo, mesmo que abordados em conjunto com outras áreas do conhecimento.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
17
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
18
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE MULTIDÃO, PÚBLICO, AUDIÊNCIA E MASSA
19
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
• a atitude que o emissor ou o receptor tem para consigo mesmo e para com o
conteúdo da mensagem;
20
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE MULTIDÃO, PÚBLICO, AUDIÊNCIA E MASSA
Vamos entender esses termos, pois serão usados durante o nosso estudo,
principalmente quando falarmos de comunicação massiva e os efeitos das
mensagens sobre a massa.
Multidão
21
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
Público
Dias afirma que “o público pode aceitar líderes [...], mas não lhes confere
autoridade legítima para falar em seu nome” (DIAS, 2001, p. 337). O resultado
das discussões e do pensamento do público se configura na opinião pública, que
pode ser influenciada através da mídia.
22
TÓPICO 3 | CONCEITOS DE MULTIDÃO, PÚBLICO, AUDIÊNCIA E MASSA
Audiência
Massa
23
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
ATENCAO
Entender o termo mídia e sua relação com o termo massa é muito importante,
principalmente quando atentarmos que os estudos de comunicação de massa serão
um constante objeto de pesquisa da área. Afinal, os meios de comunicação (também
chamados de mídia) trabalham em função de seu público, unificando em mídia de massa
(mass media).
24
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, aprendeu que:
• O feedback vai dar o retorno por parte do receptor. Por meio dele, pode-se
entender como foi a recepção da mensagem e a sua resposta.
25
AUTOATIVIDADE
Responda:
a) Como se define o termo massa dentro do campo da comunicação?
26
UNIDADE 1
TÓPICO 4
MÍDIA E SOCIEDADE: AS
TECNOLOGIAS A SERVIÇO DOS
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A comunicação, como sabe, alterou-se diante das evoluções tecnológicas.
A cada nova etapa, tivemos que aprender a conviver com as novas linguagens,
com as imagens, entre outras mudanças.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A comunicação, como sabe, alterou-se diante das evoluções tecnológicas.
A cada nova etapa, tivemos que aprender a conviver com as novas linguagens,
com as imagens, entre outras mudanças.
27
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
DICAS
28
TÓPICO 4 | MÍDIA E SOCIEDADE: AS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
FONTE: <medium.com/@gustavosales086/evolução-dos-meios-de-comunicação-
79564a2d3f52>. Acesso em: 30 set. 2019.
A tipografia utilizada pela primeira vez por Johann Gutenberg, por volta
do ano 1450, mudou os rumos da história, surgindo a ideia de mídia impressa,
em substituição à comunicação oral. Das conversas, histórias, jograis, agora os
documentos impressos serviam a poucos que sabiam decifrar as letras.
29
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
Rádio
30
TÓPICO 4 | MÍDIA E SOCIEDADE: AS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Televisão
Internet
31
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
Pinho (2003) explica que foi devido a este fato que o presidente
americano, Dwight Eisenhower, anunciou a criação — quatro meses
depois – da Advanced Research Projects Agency (ARPA – Agência de
Pesquisa e Projetos Avançados), integrante do Departamento Nacional
de Defesa norte-americano, desenvolvendo pesquisas de informação
para o serviço militar. Surgiu daí a necessidade de criar uma rede
nacional de computadores para ser um sistema de comunicação e
defesa, para informar sobre possíveis ataques terroristas. O sistema foi
denominado Arpanet (ROCHA, SOUZA FILHO, 2016, p. 1-2).
32
TÓPICO 4 | MÍDIA E SOCIEDADE: AS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
Osvaldo Trigueiro
INTRODUÇÃO
A sociedade moderna está cercada de todos os lados pelos vários sistemas de comunicação.
Estudar a comunicação social é uma necessidade atual de todos os povos em qualquer
parte do mundo. Conhecer e dominar os sistemas de informação e da comunicação é
indispensável no mundo globalizado. Estamos iniciando os últimos passos para a saída do
século XX e os primeiros para a entrada do século XXI. Neste período de transição o ser
humano vive momentos de incertezas da comunicação e de (in)comunicação, das crises
políticas, culturais, econômicas e religiosas. As distâncias na sociedade contemporânea
estão cada vez mais próximas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas
telecomunicações via satélite, Internet, etc. Com as novas tecnologias, a velocidade
da informação e o processo comunicacional tornam-se cada vez mais complexos e
conseqüentemente de mais difícil compreensão.
No início do século XX o impacto sociocultural e econômico se deu com a revolução
industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios de
comunicação e das novas tecnologias da informação. É inegável a importância dos
meios de comunicação social e sua influência na complexa sociedade globalizada. Desta
forma, estudar as mídias passou a ser uma prioridade no campo das interações sociais.
É necessário investigar, compreender e formular teorias de comunicação que possam
atender os interesses da sociedade no mundo globalizado. Em busca desse objetivo
resolvemos fazer algumas reflexões sobre os paradigmas existentes e tentar abrir algumas
brechas que possam contribuir na formatação de novos ingredientes colaboradores do
processo de interpretação e explicação da realidade atual. É neste mundo globalizado que
o homem vive atualmente e dele retira as informações que irão contribuir para ampliação
33
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
34
TÓPICO 4 | MÍDIA E SOCIEDADE: AS TECNOLOGIAS A SERVIÇO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Devido à sua complexidade atual e aos amplos campos de interesse fica cada vez mais
conflitante a sua definição. Na verdade, comunicação é uma atividade que praticamos
todos os dias, conhecemos, mas não sabemos defini-la satisfatoriamente.
Comunicação é uma palavra que vem do latim communicare, que tem o significado
de: trocar opiniões, partilhar, tornar comum, conferenciar. Não existe uma definição
de consenso para comunicação. No ato de comunicar os signos e os códigos sempre
estarão presentes. Também podemos afirmar que os signos e os códigos são transmitidos
e nesse processo de remeter ou receber signos e códigos dá-se o ato de comunicar. Por
isso podemos afirmar que toda a comunicação envolve signos, significantes, significados,
decodificações entre locutor e ouvinte.
Todo e qualquer ato de comunicação é impulsionado por vários sistemas de ligações que
se completam em diversas situações e adequadamente à nossa percepção. O ato de beijar:
“a mãe” é diferente do beijo “na namorada, na esposa, na filha, no afilhado, na amiga e na
vizinha”, falar uns com os outros, assistir televisão, ouvir rádio, ler uma crônica esportiva em
tal jornal etc. Todo o ato de comunicar tem a sua dimensão sociocultural.
A comunicação pode ser realizada também através do contato físico (abraços, beijos,
relações sexuais, carinhos etc.); da expressão corporal (acenos, olhares, choros, risos,
gestos etc.) é uma prática efetivada através dos diferentes sistemas simbólicos. É ilimitada
a capacidade do homem se comunicar tanto verbalmente como não-verbalmente. O
homem é um fenômeno social que avança nos campos científico e tecnológico. É o único
ser vivo que se comunica através de código digital, analógico e através da mensagem
realiza a interação social.
Com a preocupação de melhor definir os estudos de comunicação Fiske analisa duas
importantes linhas teóricas. A escola processual como uma tentativa de aproximação das
ciências sociais, da psicologia e da sociologia com o objetivo de compreender os atos
da comunicação. A escola semiótica tenta uma aproximação da lingüística com as artes
para compreender a produção e elaboração da mensagem. A primeira como sendo a
transmissão de mensagense a segunda como a produção e troca de significados.
No primeiro caso os estudos estão voltados para o modo como os emissores e os
receptores codificam e decodificam as mensagens, como são selecionados e utilizados
os canais e os meios de comunicação. Como a comunicação influencia a motivação e o
comportamento da recepção.
Quando o efeito é diferente ou menor do que aquele que se pretendia, esta escola tende
a falar em termos de fracasso de comunicação e a analisar os estádios do processo para
descobrir onde é que a falha ocorreu.
No modelo da teoria da informação a comunicação é definida como a transferência de
mensagens de uma fonte para um destinatário e estuda por etapas os componentes do
sistema: fonte, canais, ruídos, recepção e destino. É basicamente o estudo da transferência
da mensagem de uma fonte para um destinatário. Veja o esquema elaborado por Shannon
e Weaver, dois engenheiros eletrônicos:
FONTE DE
FONTE TRANSMISSOR INTERFERÊNCIA RECEPTOR DESTINO
(RUÍDO)
A segunda linha de estudo está voltada para a análise dos significados das mensagens nas
culturas. Qual a função da comunicação na nossa cultura e como as mensagens interagem
nos grupos sociais ou nas pessoas. Esta linha de investigação dos signos e significados
denominada de semiótica não considera como fracasso os conflitos, os objetivos não
alcançados no ato de comunicação. O que existe são resultados das diferenças culturais
entre emissor e receptor.
35
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
A sociedade globalizada recebe um volume cada vez maior de comunicação por todos
os lados. Quanto mais organizada uma sociedade humana, maior é a quantidade de
informação recebida. Quando estamos falando, gesticulando, escrevendo, pintando, usando
o nosso cartão de crédito, o telefone, o computador, assistindo televisão, teatro cinema e
executamos tantas outras atividades do nosso cotidiano, utilizamos, seguidamente, vários
meios de informação e de comunicação.
FONTE: <https://www.portalentretextos.com.br/materia/conceitos-da-comunicacao-de-
massa-10-11-e-12,7323>. Acesso em: 27 nov. 2019.
36
RESUMO DO TÓPICO 4
37
AUTOATIVIDADE
38
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Agora vamos entender a importância dos estudos das teorias da
comunicação dentro da sociedade em que vivemos para que possamos
compreender a extensão dos processos em que estamos envolvidos, na maioria
das vezes, sem perceber. Importante saber a extensão que ocupa a mídia na
sociedade e suas consequências no cotidiano das pessoas.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
39
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
41
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
ATENCAO
42
TÓPICO 5 | A SOCIEDADE E A FORMAÇÃO DAS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
43
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
44
TÓPICO 5 | A SOCIEDADE E A FORMAÇÃO DAS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
UNI
45
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
MARSHALL, Leandro
ESTRUTURALISMO COMPREENSIVA
47
UNIDADE 1 | ESTUDO DA COMUNICAÇÃO
que todo percurso científico é delineado pela vontade humana e não pela ilusão
de que existiria um roteiro frio e matemático nas ciências exatas. Para o pensador,
a própria escolha do objeto a ser pesquisado, a opção pela busca desta ou daquela
verdade, o caminho estabelecido entre sujeito e objeto, é dominado pelos valores
humanos. Neste sentido, não há ciência sem valores, nem relação de verdade
entre sujeito e objeto sem a dominância do sentido presente na mente do sujeito.
Por sentido, entendemos o sentido subjetivo indicado pelos sujeitos da
ação, seja a) existente de fato: 1. num caso historicamente dado, 2. como média
e como aproximação numa determinada massa de casos: ou b) construído num
tipo ideal, com atores deste caráter (WEBER, 1969, p. 06).
Por tudo isso, Weber acredita que as ciências sociais só podem se determinar
à compreensão dos acontecimentos sociais e culturais como singularidades,
rejeitando toda forma de leis universais e determinismos. Em seus trabalhos, o
filósofo alemão desenhou aquele que seria o método eficaz para a compreensão
do sentido humano para as ações sociais; o tipo-ideal. Elaborando teoricamente
alguns traços propositivos sobre uma determinada realidade, cabe ao tipo-ideal
desenhar o que seria uma teoria simplificada do real, especificando seus traços,
seus processos de causalidade e de explicação do fenômeno singular.
Os conceitos construtivos da sociologia são típico-ideais não só externa
como também internamente. A ação real sucede, na maior parte dos casos, com
obscura semiconsciência, ou com plena inconsciência de seu ‘sentido indicado’. O
agente ‘sente’ bem mais, de um modo indeterminado, do que ‘sabe’, ou tem ideia
clara; atua, na maior parte dos casos, por instinto ou costume. Só ocasionalmente
– e numa massa de ações análogas, unicamente em alguns indivíduos – é que
se eleva à consciência um sentido, seja racional ou irracional, da ação. Uma
ação efetivamente com sentido, isto é, clara e com absoluta consciência é, na
realidade, um caso limite. Toda consideração histórica ou sociológica tem que
levar em conta esse fato em suas análises da realidade. Porém, isto não deve
impedir que a sociologia construa seus conceitos, mediante uma classificação
dos possíveis sentidos indicados, e como se a ação real transcorresse orientada
conscientemente, segundo um sentido. Devemos sempre levar em conta e
esforçamo-nos para precisar o modo e a medida da distância existente frente à
realidade, quando se tratar do conhecimento desta em sua concretização. Muitas
vezes nos encontramos, metodologicamente, perante a escolha entre termos
obscuros e termos claros, mas estes irreais e típico-ideais. Neste caso, deve-se
preferir cientificamente os últimos (WEBER, 1969, p. 18).
As três grandes matrizes filosófico/sociológicas acabaram sendo fonte
e inspiração para os desdobramentos e as reflexões constituídas pelo campo
das chamadas ciências da comunicação ao longo do século 20. A Sociologia
Funcionalista acabou formatando diretamente a Teoria Funcionalista da
Comunicação. A Sociologia Crítica inspirou a Teoria Crítica, associada fortemente
ao pensamento dos teóricos da Escola de Frankfurt. E a Sociologia Compreensiva
fez surgir correntes de pensamento dentro da Escola de Chicago e da Escola de
Grenoble.
48
TÓPICO 5 | A SOCIEDADE E A FORMAÇÃO DAS TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
49
RESUMO DO TÓPICO 5
• A comunicação deve ser vista como ciência, porque oferece muitos objetivos de
pesquisa dentro de seu campo.
CHAMADA
50
AUTOATIVIDADE
51
52
UNIDADE 2
CORRENTES TEÓRICAS DA
COMUNICAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em oito tópicos. No decorrer da unidade
encontrará algumas autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
53
54
UNIDADE 2
TÓPICO 1
TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
NORTE-AMERICANAS
1 INTRODUÇÃO
A Unidade 2 do Livro Didático de Teorias da Comunicação apresenta as
principais correntes teóricas da comunicação, retratando os autores, obras e suas
ideias de cada período. Para que entenda esses pensamentos, será necessário
analisar o contexto histórico de cada época.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
FONTE: <https://www.vecteezy.com/vector-art/674006-hand-putting-a-light-bulb-in-human-
head>. Acesso em: 5 nov. 2019.
55
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
56
TÓPICO 1 | TEORIAS DA COMUNICAÇÃO NORTE-AMERICANAS
3 TEORIA HIPODÉRMICA
Essa teoria é de fácil assimilação. Traz a ideia de uma seringa que aplica
seu conteúdo sob a nossa pele ou uma bala que perfura o nosso corpo de uma só
vez. Traduz a instantaneidade da recepção das mensagens como um movimento
único: o emissor manda a mensagem, mas a resposta não corresponde à reação
individual, mas sim à atitude geral, de todos os receptores.
57
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
UNI
58
TÓPICO 1 | TEORIAS DA COMUNICAÇÃO NORTE-AMERICANAS
E
IMPORTANT
Para se entender essa teoria, podemos indicar o filme “A Onda” (The Wave -
1981; Die Welle - 2008).
O filme norte-americano tem início com o professor de história Burt Ross explicando aos
seus alunos a atmosfera da Alemanha, em 1930, a ascensão e o genocídio praticado pelos
nazistas.
Os questionamentos dos alunos levam o professor a realizar uma arriscada experiência
pedagógica que consiste em reproduzir na sala de aula alguns clichês do nazismo: usariam
o slogan “Poder, Disciplina e Superioridade” e um símbolo gráfico para representar “A onda”.
O professor Ross se declara o líder do movimento da “onda”, exorta a disciplina e faz valer
o poder superior do grupo sobre os indivíduos. Os estudantes o obedecem cegamente. A
tímida recusa de um aluno o obriga a conviver com ameaças e exclusão do grupo. A escola
inteira é envolvida no fanatismo da “A onda”, até que um casal de alunos mais consciente
alerta ao professor ter perdido o controle da experiência pedagógica que passou ao domínio
da realidade cotidiana da comunidade escolar.
59
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
FICHA TÉCNICA:
Ano: 1981
Duração: 46 Minutos
Direção: Alex Grasshoff
No filme alemão, Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos
sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique
na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele
grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda.
Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros.
Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já
saiu de seu controle.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Todd Strasser (romance), Dennis Gansel (roteiro), Peter Thorwarth (roteiro)
Gênero: Drama
Origem: Alemanha
Duração: 101 minutos
60
RESUMO DO TÓPICO 1
• A teoria hipodérmica foi a base para todas as outras teorias das comunicações.
Ela logo foi descartada por ser considerada muito simplista, já que não levava
em conta as resistências que a mensagem sofria antes de chegar ao indivíduo.
61
AUTOATIVIDADE
Entendemos que para esta teoria, o receptor é visto como parte de uma massa
amorfa, indefesa, com um comportamento único e uniforme. Daí o paralelo
com o projétil, ou bala mágica, porque a informação seria recebida como
uma injeção, entrando no corpo humano de forma imediata. A massa passa a
ser percebida como um novo tipo de organização social, constituída por um
conjunto homogêneo de pessoas, ainda que estas tenham origens diferentes.
O modelo comunicativo seria do emissor e do receptor, de forma que todo
estímulo geraria uma resposta, sendo os seus efeitos imediatos e inevitáveis.
Na realidade, quer parecer que, para a teoria hipodérmica a resposta a um
estímulo é aquela que foi idealizada pelo emissor, já que os efeitos são tidos
como certos. O receptor passa a ser um agente passivo. A teoria situa-se dentro
dos estudos dos emissores e trabalha, podemos dizer, de forma central, com
as ideias de emissor, manipulação e massa (MÜLLER; ANDREONI, 2016, p.
6).
FONTE: http://desacato.info/filme-a-onda-the-wave-1981-die-welle-2008/.
62
UNIDADE 2 TÓPICO 2
MODELO DE LASSWELL
1 INTRODUÇÃO
Aqui vamos iniciar de fato os estudos das teorias da comunicação. A
palavra de ordem dos Estados Unidos é pragmatismo, portanto, as pesquisas têm
o foco nas funções, na praticidade dos efeitos que a mídia produz nas pessoas.
Indo direto ao assunto: de que forma as mensagens atingem seu receptor e
como podemos aproveitar isso em benefício da produção de informação ou da
propagação de ideias.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
DICAS
Teóricos:
- Harold Lasswell: cientista político (opinião pública).
- Paul Lazarsfeld: sociólogo (estudo das audiências, efeitos e opinião pública).
- Kurt Lewin: psicólogo (líderes de opinião).
- Carl Hovland: psicólogo (influência e mudanças de atitude).
63
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
FONTE: A autora
64
TÓPICO 2 | MODELO DE LASSWELL
UNI
65
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
Behaviorismo
ESTÍMULO-RESPOSTA
FONTE: <https://amenteemaravilhosa.com.br/o-que-e-o-condicionamento-classico/>.
Acesso em: 30 nov. 2019.
66
TÓPICO 2 | MODELO DE LASSWELL
Harold Lasswell, segundo Assis ( 2011, p. 6), revela que, até o final da
década de 1940, os estudos científicos acerca dos processos comunicacionais
tinham forte tendência a se concentrarem em uma única questão, ou seja, alguns
se debruçavam sobre o “quem” (emissor), outros se propunham a decifrar o
“que” se dizia (conteúdo), outros, ainda, se dedicavam a compreender o “canal”
(meio), e assim por diante. Tal subdivisão do campo de investigações deu origem,
basicamente, a cinco percursos metodológicos: “análise de controle”, “análise de
conteúdo”, “análise dos meios”, “análise de audiência” e “análise de efeitos”.
DICAS
UNI
Os Sete Quês
O cientista político Harold Lasswell propõe um paradigma destinado a orientar o exame
científico dos variados aspectos da comunicação de massa. Segundo Lasswell o estudo
de cada uma dessas questões (conhecidas como os setes quês) implica modalidades
específicas de análise do processo comunicacional.
67
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
68
TÓPICO 2 | MODELO DE LASSWELL
LEITURA COMPLEMENTAR
J. SOUSA
R. VARÃO
69
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
70
TÓPICO 2 | MODELO DE LASSWELL
71
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
Esse cenário muda quando temos aquilo que Miège chamou de ampliação
das perspectivas em Comunicação. Quando as preocupações sobre nossa área se
aliam aos temas emergentes e começam a geram explicações mais complexas para
os efeitos da Comunicação, como foi o caso das pesquisas sobre o imperialismo
cultural. Certamente, esse momento também marcou o surgimento de uma
nova forma de ver o papel do receptor. Contudo, é precipitado afirmar que a
contribuição de Lasswell tenha data de morte, que ela não tenha mais força no
nosso atual cenário acadêmico. Afinal, Lasswell não interessa mais aos estudos
em Comunicação?
FONTE: <http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/899748727630762372538758797747281757
07.pdf>. Acesso em: 8 set. 2019.
72
RESUMO DO TÓPICO 2
• O modelo de Lasswell (Quem? Diz o quê? Por qual canal? Com que efeito?
Para quem?) organizou e marcou as pesquisas em Comunicação.
73
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://www.studocu.com/pt/document/universidade-do-porto/teorias-da-
comunicacao/outro/mauro-wolf-teorias-da-comunicacao/2041496/view>. Acesso em: 5
nov. 2019.
74
UNIDADE 2 TÓPICO 3
ABORDAGEM DA PERSUASÃO
1 INTRODUÇÃO
Nesse momento, vamos estudar as tendências das pesquisas direcionadas
para os efeitos que a mídia provoca nas pessoas. Sabemos que as mensagens por
meio de informações ou propagandas são assimiladas e aceitas pela sociedade,
principalmente quando utilizadas como persuasão.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
FONTE: <http://teoriasdacomunicacaoemacao.blogspot.com/2010/05/teoria-hipodermica-e-
sua-superacao.html>. Acesso em: 30 nov. 2019.
75
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
Esse estudo tem como base a ideia do modelo behaviorista, estudado pela
psicologia, que mostra causa e efeito. Assim, não temos a massa, mas a audiência,
não mais passiva. Começa a ideia da seletividade das recepções.
A propaganda tem que ser bem elaborada para influenciar seu público,
fazendo com que ele se interesse pela ideia ou pelo produto, apresentados de forma
discreta, tentando convencer de sua importância. Há que existir confiabilidade no
emissor ou produtor da mensagem.
76
TÓPICO 3 | ABORDAGEM DA PERSUASÃO
• Exposição seletiva: esse fato é como se fosse o ponto-chave dessa teoria, pois,
uma pessoa só tem interesse a ouvir determinada informação se a mesma está
de acordo com suas atitudes. Para entender perfeitamente: a pessoa só se expõe
àquilo que a agrada.
77
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
78
RESUMO DO TÓPICO 3
79
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://dalpiazdalpiaz.com.br/opiniao-e-noticia/voce-sabe-a-diferenca-entre-
persuasao-e-manipulacao#.XYJYXPBKjIU>. Acesso em: 30 nov. 2019.
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 4
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A próxima etapa é entender o processo de comunicação que ocorre em duas
etapas, chamada também de teoria do fluxo comunicacional em duas etapas, que
destaca o papel dos formadores de opinião com atuação em suas comunidades.
Agora vai ver como acontece a transmissão de mensagens por meio de um líder
de opinião ou um grupo de referência (família, igreja, escola etc.).
83
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
FONTE: <https://medium.com/@itoaraujo/a-pesquisa-norte-americana-segundo-carlos-alberto-
ara%C3%BAjo-f0d495b90313>. Acesso em: 4 nov. 2019.
DICAS
E
IMPORTANT
84
TÓPICO 4 | TWO-STEP OF FLOW E LÍDERES DE OPINIÃO
85
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
Para que entenda melhor, leia o texto a seguir. É importante que perceba
os elementos das teorias da comunicação inseridas nas nossas atividades dos dias
de hoje.
86
TÓPICO 4 | TWO-STEP OF FLOW E LÍDERES DE OPINIÃO
E
IMPORTANT
Thamyres Oliveira
Gislane Moraes
Twitter
O twitter surgiu em 2006 e foi desenvolvido por Jack Dorsey, Eva Willians, Biz Stone e
Noah Glass. O objetivo principal da rede era fazer com que as pessoas se comunicassem
por meio de mensagens curtas de até 140 caracteres, informando o que estavam fazendo
no momento (FERRARI, 2014).
No Brasil, a rede só chegou em 2008 e entre fevereiro e março de 2009 o mesmo teve um
aumento de 96,8% na participação de usuários, o que corresponde a um crescimento de
344 mil para 677 mil usuários (MONTENEGRO, 2009).
Conforme pesquisa divulgada pelo próprio twitter em abril desse ano, os usuários desse
microblog, geralmente, são pessoas que se interessam por filmes; cinema; música; ciência
e tecnologia; livros e leituras; turismo e internet; o que deixa subentendido que tais usuários,
geralmente, recorrem ao twitter para discorrer sobre tais temas. Devido à quantidade de
caracteres que o twitter suporta a maioria desses usuários escreve pelo celular.
Ao se observar a plataforma do twitter é possível afirmar que cada usuário passa a ocupar
um papel de destaque nesse microblog. Para tornar-se membro dessa rede basta dispor
87
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
de acesso à internet, possuir uma conta de e-mail, preencher um formulário e criar uma
senha. Tais procedimentos são executados, rapidamente, pelo próprio usuário e quando
a conta for efetivada o mesmo pode emitir seu posicionamento a respeito de qualquer
tema e ocupar papel semelhante ao do líder de opinião, visto que tal usuário vai buscar
convencer seus seguidores de que suas postagens são relevantes.
Outro recurso que essa plataforma dispõe que faz com que sejam enfatizadas as pessoas
mais influentes da rede é a opção de “retweetar”, que funciona como uma espécie de
compartilhamento das informações postadas por um usuário. No momento em que a
postagem de algum usuário A é “retuitada” pelo usuário B a mesma passa a ser apresentada
aos seguidores desse segundo usuário e a publicação começa a ser expandida e pode até
mesmo ser “retuitada” novamente. A quantidade de vezes que um conteúdo é replicado
reflete a relevância atribuída ao mesmo e faz com que o autor do texto postado possa ser
visto como líder de opinião sobre aquele tema. Porém, observa-se que essa posição de
líder é passageira e devido à grande quantidade de informações que circulam nessa rede
social esse conteúdo pode ser esquecido horas ou dias depois da postagem, uma vez que,
novos conteúdos aparecem e com eles surgem novas lideranças.
O número de “seguidores” que um utilizador desse microblog possui também é um
instrumento relevante para que o twitter desse indivíduo seja reconhecido e suas
informações sejam compartilhadas. O “seguidor” do twitter é alguém que tem interesse
em acompanhar as informações postadas por outro indivíduo. No momento em que
um usuário B opta por seguir o usuário A, geralmente, o mesmo possui algum vínculo
com esse usuário que pode ser oriundo das relações fora do twitter ou até mesmo do
compartilhamento de gostos semelhantes no microblog. Quanto maior o número de
seguidores mais chances o usuário do twitter possui de ter seu conteúdo “retuitado” e
de ocupar um papel de destaque, embora se saiba que tal ênfase se torna efêmera na
sociedade de rede, na qual rapidamente o conteúdo é substituído.
As “menções” que o usuário recebe nessa rede também revelam o grau de poder que o
mesmo apresenta. No momento em que ele é mencionado em ações positivas, tais ações
são associadas à imagem dele e esse usuário torna-se bem visto entre seus seguidores que
passam a observar mais suas postagens e, devido à boa imagem já atribuída ao mesmo
são seduzidos com mais facilidade pelas suas publicações. Porém, se as menções forem
negativas essas informações repercutidas no perfil desse internauta podem fazer com que
os “seguidores” adotem uma posição em defesa desse usuário que seguem ou até mesmo
passem a discordar de suas postagens deixando de segui-lo.
No que se refere ao conteúdo postado pelos utilizadores desse microblog percebe-se que
o formato dessa rede permite que eles atuem como comunicadores e cada um é o líder
de opinião de si mesmo, pois eles tendem a utilizar o twitter para divulgar situações que
presenciaram ou para comentar informações repassadas por outras fontes, ou seja, embora
tenham recebido a informação de algum emissor a rede social é usada para refletir sobre
o posicionamento recebido e até mesmo gerar novos olhares e discussões sobre alguns
temas. O usuário não é passivo e o twitter oferece espaço para que o mesmo esboce suas
opiniões e ofereça sua versão sobre conteúdos variados.
É importante ressaltar que o twitter além de ser usado por pessoas físicas também faz
parte da rotina de empresas, dentre elas as jornalísticas, que buscam fidelizar seu público e
divulgar os seus trabalhos na rede. No caso das empresas jornalísticas, nota-se que o twitter
permite um contrafluxo que faz com que as mesmas não sejam as únicas portadoras da
informação. O poder de colaboração dos usuários inverte papéis e faz com que as pessoas
físicas agendem os meios quebrando o que previa a hipótese de agenda setting. Conforme
Hohlfeldt (1997, p.44), nessa hipótese acreditava-se que os meios de comunicação
influenciavam a médio e a longo prazo o público e faziam com que o mesmo incluísse
as preocupações da mídia em sua agenda social. Com a invenção do twitter, o inverso
acontece e as mobilizações que os líderes de opinião promovem na rede podem funcionar
como pauta para os veículos de comunicação. Frequentemente, os trending topics do
twitter (TT’s), elementos que trazem uma lista atualizada dos tópicos mais discutidos no
twitter, tornam-se alvo dos meios de comunicação que tendem a transformá-los em
matérias jornalísticas ou os utilizam para complementar informações sobre um tema.
88
TÓPICO 4 | TWO-STEP OF FLOW E LÍDERES DE OPINIÃO
Facebook
O facebook, outra rede social usada, constantemente, no Brasil, surgiu em 2004 e foi criado
por Mark Zuckerberg, Eduard Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. A rede, inicialmente,
seria destinada a Universidade de Harvard, mas logo foi expandida para outras regiões.
Por meio do facebook, os usuários criam perfis pessoais e trocam mensagens públicas e
privadas utilizando fotos, vídeos, textos e links. A versão em português da rede foi lançada
em 2008 e desde 2010, o serviço pode também ser acessado, gratuitamente, através de
celulares após uma parceria que o grupo Facebook fez com a operadora TIM do Brasil.
Atualmente, outras operadoras também disponibilizam esse serviço para os clientes.
A rede social competiu com o Orkut, que já era popularizado no Brasil, e em 2011 o
desbancou ultrapassando seu número de usuários. Na época, o Orkut dispunha de 29
milhões de usuários e foi suplantado pelo facebook que passou a ter 30 milhões.
Assim como o twitter, para se ter acesso ao facebook é necessário somente conectar-se
à internet e preencher um rápido cadastro. Depois da aprovação, o usuário está habilitado
para buscar os amigos que ele pretende manter na rede e postar as informações que
considera interessante distanciando-se assim do modelo proposto por Lazarsfeld (1955), no
qual o indivíduo sempre precisava de um intermediário para compreender algum assunto.
Com as ferramentas multimidiáticas que o facebook dispõem (fotos, vídeos, textos e links)
qualquer um pode produzir conteúdo e postar nessa rede social.
As pessoas que o usuário adiciona a essa rede são chamados de “amigos”. A quantidade
de “amigos” incorporados à rede demonstra a influência do internauta tanto dentro quanto
fora do facebook, uma vez que os “amigos” podem ser pessoas que convivem, fisicamente,
com os indivíduos ou apenas o adicionaram por compartilhar gostos, afinidades ou até
mesmo pela curiosidade de saber o que o mesmo posta.
O número de “curtidas” também reflete a notoriedade que o indivíduo dispõe na rede. O
“curtir” no facebook equivale a gosto. Desse modo, o número de curtidas está relacionado
à aceitação que aquela postagem conseguiu diante de tal rede.
O “compartilhar” é outro fator relevante para se analisar a atuação do novo líder de opinião.
Quanto mais uma informação é compartilhada, mais usuários tomam conhecimento do
conteúdo postado por um usuário do facebook. Porém, do mesmo modo que essa rede
social permite que cada um possa ser um líder de opinião a mesma faz com que o usuário
responda as consequências do conteúdo postado.
A rede proporciona feedback imediato, o que permite que “amigos” possam discordar
das informações apresentadas por um usuário A rede também vem sendo utilizada para
provocar mobilizações nas quais com o uso de hashtag, vídeos e outras ferramentas os
usuários tentam chamar a atenção para algumas questões que os mesmos consideram
relevantes.
FONTE: OLIVEIRA, Thamyres e MORAES, Gislane. O novo líder de opinião e sua atuação
no facebook e twitter. Trabalho apresentado XV Encontro dos Grupos de Pesquisa em
Comunicação, do XXXVIII, Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio de
Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2001.
89
RESUMO DO TÓPICO 4
90
AUTOATIVIDADE
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 5
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
FONTE: <http://incomuniq.blogspot.com/2011/10/hipotese-do-uso-e-das-gratificacoes_20.
html>. Acesso em: 25 nov. 2019.
93
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
McQuail (1994, p. 320 apud DALMONTE, 2006, p. 10-11) elenca uma série
de motivações que orientam o indivíduo na busca de satisfações para algumas
necessidades na mídia:
94
TÓPICO 5 | CORRENTE DOS USOS E GRATIFICAÇÕES
E
IMPORTANT
Com o passar dos tempos, apesar de não seguirmos uma linha cronoló-
gica determinante dos processos de comunicação, fica evidente a evolução dos
estudos de cada elemento que compõe a comunicação entre as pessoas. E assim,
vamos conhecendo vários pensamentos, sem, contudo, aprofundarmos em perío-
dos de estudos, pois precisaríamos de uma unidade própria para cada um.
95
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, aprendeu que:
• O estudo dos usos e gratificações trata justamente do uso que as pessoas fazem
dos meios e não mais o que os meios fazem com as pessoas.
• O receptor agora passa a ser visto como sujeito agente, e se torna capaz de
praticar processos de interpretação e satisfação de necessidades. As mensagens
são aproveitadas e adaptadas à realidade do receptor, de acordo com suas
motivações e experiências.
• Nessa teoria, as novas funções dos meios são: diversão, relações pessoais,
identidade pessoal, vigilância do entorno.
96
AUTOATIVIDADE
Danila Dourado
1- Necessidades cognitivas:
• Promoção de informação e dicas ao informa aos outros usuários através
de suas páginas pessoais e grupos que são fãs. Portanto, é um canal de
distribuição de conteúdo, como links de notícias e de produtos / serviços
recomendados.
• Aprender sobre a sociedade e o mundo aplicando o conceito de
cibercidadania, feito sem sair de casa, espalhando informações de
sensibilização social.
• Nas redes sociais é possível aplicar o caráter seletivo no comportamento
dos usuários, no sentido em que só se consome o conteúdo desejado.
• Fácil acesso aos tipos de conteúdo, a prática da cibercidadania e consumo
seletivo, mostrar que o utilitarismo pode direcionar o interesse do usuário.
97
• É visível a intencionalidade de engajamento por parte dos usuários da rede
social a partir da observação do esforço para manter um perfil ativo.
• As mídias sociais representam o ambiente ideal para resistir às influências
impostas pela mídia tradicional, porque os usuários podem comentar,
criticar e sugerir nenhum pré-requisito.
2- Necessidades afetivas:
• Apesar da possibilidade de entrar em um mundo imaginário, o contato
social é eficaz, principalmente devido à interação com os amigos que pode
ser real ou virtual.
• Pode ter maior liberdade de expressão e emoções, através da produção e
distribuição de conteúdo.
• Os internautas se envolvem em relacionamentos criados e mantidos no
mundo virtual.
3- Necessidades de interação pessoal:
• A redução da insegurança pessoal ocorre na Internet que se tornem
agentes ambientais e pode dar sua versão dos acontecimentos, o que
psicologicamente influencia uma maior chance de interação.
• O usuário ativo pode adquirir uma estrutura para a rotina diária através
de uma maior interação social e acesso à informação, uma vez que esses
recursos incluem trazer prazer e substratos psicológicos.
4- Necessidades de interação social:
• Se sentir conectado a uma comunidade, ou seja, “o sentido de comunidade
definido por McMillan e Chassis (1986) como o sentimento que gera nas
pessoas se sentir valorizado pelos membros de um grupo e fazer parte de
uma comunidade.
• Os SM constituem uma base para o contato social, uma vez que de acordo
com Stavrositu e Sundar (2008) “o senso de comunidade aumenta com a
frequência com que há troca de informações”.
5- Necessidades de escape:
• As redes sociais são uma forma de contato social, mas em alguns casos
pode assumir o papel de substituir o contato pessoal social.
• Ao participar das discussões geradas nas mídias sociais, com todas
suas ferramentas que misturam entretenimento e informação, se têm
a oportunidade de fugir dos problemas e sofrimentos do cotidiano,
disponibilizando assim de um forte apoio para passar o tempo ocioso.
FONTE: <https://daniladourado.com.br/2010/04/12/usos-e-gratificacoes-nas-midias-
sociais/>. Acesso em: 25 nov. 2019.
98
de consumo que o público faz das comunicações de massa. As necessidades
dos receptores são consideradas como uma das variáveis que delimitam os
efeitos da comunicação.
A ideia dos Usos e Gratificações se baseia em três princípios:
1. O receptor é ativo e busca nos meios de comunicação os conteúdos
que melhor atendam às suas necessidades e desejos;
2. Os motivos que levam à escolha de meios e conteúdos estão sujeitos
a inúmeras influências psicológicas, ambientais, conjunturais e sociais;
3. A exposição aos meios compete outras formas potencialmente
capazes de satisfazer (gratificar) aos mesmos motivos.
Assim o público poderá escolher, expor-se aos meios ou procurar
formas de gratificação não relacionadas aos meios de comunicação. Do mesmo
jeito, a exposição aos meios é um ato intencional, não casual.
“Que tal ganhar cortesias, livros, eletrônicos, entre outras gratificações,
enquanto navega pela web?” O internauta (receptor) busca os meios de
comunicação e os conteúdos que melhor atendam às suas necessidades
e desejos. Sua escolha vai depender das influências psicológicas, socais
e ambientais. Cabe ao indivíduo escolher se expor aos meios ou encontrar
formas de gratificação.
FONTE: <https://publicitarioxy.wordpress.com/2016/03/24/teoria-do-uso-e-gratificacao-e-
teoria-matematica/>. Acesso em: 25 nov. 2019.
2 O texto 2 traz os três princípios que norteiam a ideia dos usos e gratificações
no cotidiano das pessoas. Exemplifique esses princípios.
99
100
UNIDADE 2 TÓPICO 6
HIPÓTESE DO AGENDA SETTING,
GATEKEEPER E NEWSMAKING
1 INTRODUÇÃO
Chegou o momento de refletirmos sobre a potencialidade das informações
na vida das pessoas. Por que da noite para o dia vivemos uma vida que não é a
nossa? Sofremos ou torcemos por quem não conhecemos pessoalmente?
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
A hipótese do agenda setting é o estudo que mostra como a mídia tem o
poder de agenda das informações. A hipótese foi proposta na década de 1970,
pelos pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw, que defendem que
é a mídia quem determina quais assuntos estão presentes nas conversas dos
receptores.
101
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
DICAS
102
TÓPICO 6 | HIPÓTESE DO AGENDA SETTING, GATEKEEPER E NEWSMAKING
O gatekeeper possui uma teoria, na qual, ele é que decide o que será
publicado ou não diante do grande fluxo de informação que pairam
nas redações. “[...] estudos [...] chegaram à conclusão que as decisões
do gatekeeper estavam mais influenciados por critérios profissionais
ligados às rotinas de produção da notícia e a eficiência e velocidade do
que por uma avaliação individual de noticiabilidade” (PENA, 2005,
p. 134).
FIGURA 10 - GATEKEEPER
103
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
104
TÓPICO 6 | HIPÓTESE DO AGENDA SETTING, GATEKEEPER E NEWSMAKING
E
IMPORTANT
FIGURA NOTICIABILIDADE
105
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://teoriadojornalismo-fesv.blogspot.com/2009/11/mapa-mental-de-teorias.htm>.
Acesso em: 25 nov. 2019.
106
RESUMO DO TÓPICO 6
• Gatekeeper surgiu nos anos 1950, nos Estados Unidos, como forma de destaque
ao poder do jornalismo na sociedade. Acredita que o processo de produção da
informação é um processo de escolhas, no qual o fluxo de notícias tem que
passar por diversos "gates" (portões) até a sua publicação.
107
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Newsmaking.
b) ( ) Agenda-setting.
c) ( ) Gatekeeper.
d) ( ) Usos e gratificações.
108
UNIDADE 2 TÓPICO 7
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Com o advento do capitalismo a informação tornou-se um elemento
essencial para o desenvolvimento das sociedades. Assim, segundo Sá (2019, p.50),
"a criação e inovação de sistemas, técnicas e máquinas despontou como provável
solução em busca da qual empenharam-se governos, associações, sociedade civil".
109
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
DICAS
E
IMPORTANT
110
TÓPICO 7 | TEORIA DA INFORMAÇÃO OU TEORIA MATEMÁTICA
111
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
E
IMPORTANT
Andreia Sanches
112
TÓPICO 7 | TEORIA DA INFORMAÇÃO OU TEORIA MATEMÁTICA
FONTE: <https://industrianodigital.wordpress.com/2017/01/24/teoria-matematica-da-
comunicacao/>. Acesso em: 26 nov. 2019.
113
RESUMO DO TÓPICO 7
Neste tópico, aprendeu:
• Ruídos são as distorções que afetam a mensagem, pois provocam uma incerteza
que, segundo a Teoria Matemática da Comunicação, é prejudicial ao processo
efeito de comunicação.
114
AUTOATIVIDADE
115
116
UNIDADE 2 TÓPICO 8
INTERACIONISMO SIMBÓLICO: A
ESCOLA DE CHICAGO
1 INTRODUÇÃO
Você vai conhecer agora os princípios do interacionismo simbólico como
forma de entender o processo de comunicação. Essa teoria opõe-se às ideias que
fortalecem as ações e reações das pessoas em decorrência de normas e regras
sociais pré-estabelecidas.
117
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
118
TÓPICO 8 | INTERACIONISMO SIMBÓLICO: A ESCOLA DE CHICAGO
DICAS
119
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
120
TÓPICO 8 | INTERACIONISMO SIMBÓLICO: A ESCOLA DE CHICAGO
E
IMPORTANT
David Vega
O interacionismo simbólico é uma das teorias mais populares da sociologia, que estuda o
comportamento humano na sociedade e como as pessoas interpretam o comportamento
de outras pessoas.
O homem é um ser social. Mas, ao contrário de outros seres vivos, que também têm sua
própria sociedade (por exemplo, abelhas e formigas), as pessoas não têm comportamentos
inatos. Somos como o barro, do qual pode moldar qualquer coisa. Então, por que precisamos
da sociedade, como isso aconteceu e que lugar na sociedade cada um de nós tira? Essas
questões estabelecem a teoria do interacionismo simbólico.
O autor da teoria, o sociólogo americano George Herbert Mead, acreditava que era tudo
sobre a capacidade das pessoas de se comunicar usando símbolos. Sem comunicação,
não há sociedade humana, nós simplesmente não poderíamos concordar, sem nomear
a mesma coisa com a mesma palavra. Além das palavras, uma pessoa usa ativamente a
linguagem de sinais, expressões faciais, que também são símbolos.
121
UNIDADE 2 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO
Os seguidores dessa teoria acreditam que nós mesmos criamos nossa realidade,
escolhendo e interpretando os fatos da vida como é conveniente para nós. Por exemplo,
quase todo mundo conhece a constelação da Grande Ursa, mas poucas pessoas veem
neste aglomerado de estrelas diretamente um urso, as pessoas veem um balde. Eles sabem
que se um balde estiver visível no céu, significa que é um grande urso, um símbolo.
As pessoas não são robôs, nem sempre agem previsivelmente, em resposta a qualquer
estímulo. Do conjunto de fatos, uma pessoa escolhe certos símbolos significativos e
os "digere" a seu modo, fazendo outras conclusões e ações apropriadas. Os sociólogos
acreditam que é impossível compreender um indivíduo ou uma sociedade, sem saber
exatamente como uma pessoa "digere" esses símbolos.
122
RESUMO DO TÓPICO 8
Neste tópico, aprendeu que:
CHAMADA
123
AUTOATIVIDADE
FONTE: <file:///C:/Users/User/Downloads/843-Texto%20del%20
art%C3%ADculo-3388-1-10-20170529%20(1).pdf>. Acesso em: 5 nov. 2019.
Teoria Hipodérmica
Características:
Modelo de Lasswell
Características:
Abordagem da Persuasão
Características:
124
Corrente dos Usos e Gratificações
Características:
Gatekeeper
Características:
Newsmaking
Características:
Interacionismo simbólico
Características:
125
126
UNIDADE 3
CORRENTES TEÓRICAS DA
COMUNICAÇÃO II
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em seis tópicos. No decorrer da unidade encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A primeira teoria desta unidade refere-se à Teoria crítica ou Escola de
Frankfurt. Para que entenda esse assunto, vai aprender os conceitos de indústria
cultural com o objetivo de compreender os princípios vindos das ideias que
preconizavam a crítica ao capitalismo e norteiam os pensadores alemães e seus
motivos para o encaminhamento de seus estudos.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
129
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
130
TÓPICO 1 | TEORIA CRÍTICA OU ESCOLA DE FRANKFURT
Max Horkheimer (1895-1973)
Foi diretor do Instituto para Pesquisa Social da Universidade de
Frankfurt. Em 1947, Horkheimer publica Eclipse da razão, obra que apresenta
a tese da “dialética do esclarecimento”. No mesmo ano, publica, com Theodor
Adorno, Dialética do esclarecimento.
131
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
Walter Benjamin (1892-1940)
Ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo. Publicou A obra
de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. O autor defendia a oralidade
como forma de preservação de interação humana e as narrativas impressas foram
motivo para a dissociação das pessoas.
Theodor Adorno (1903-1969)
Uma de suas obras mais importantes é Dialética do esclarecimento, escrita
com Max Horkheimer. Apresenta discussão sobre a “razão e critica o mercado,
que adota uma visão exclusivamente técnica, e a “indústria cultural” do sistema
capitalista.
Erich Fromm (1900-1980)
Um dos diretores do Instituto para Pesquisa Social da Universidade de
Frankfurt. Na década de 1950, o autor apresenta a ideia de que o ser humano se
adaptaria a qualquer condição social
Jürgen Habermas (1929)
O pesquisador diferenciou-se de seus contemporâneos por apresentar
uma visão menos pessimista das sociedades modernas. Para que a sociedade
cumprisse os ideais propostos pelos iluministas, Habermas adota o paradigma
comunicacional, ou seja, a “razão comunicativa” livre, racional e crítica.
Herbert Marcuse (1898-1979)
Criticava o desenvolvimento acelerado da tecnologia, o racionalismo que
dominava as sociedades modernas e os movimentos que reprimiam as liberdades
individuais. Marcuse aliava-se a uma tendência marxista de valorização social
do proletariado, classe que havia perdido seu poder ao permitir o surgimento do
nazismo, do stalinismo e do sistema capitalista.
132
TÓPICO 1 | TEORIA CRÍTICA OU ESCOLA DE FRANKFURT
E
IMPORTANT
INDÚSTRIA CULTURAL
FONTE: <https://cultura.culturamix.com/curiosidades/o-conceito-da-industria-cultural>.
Acesso em: 21 nov. 2019.
Em especial, nos dias atuais, em que os meios se inserem cada vez mais
em sistemas de interação entre produtores e usuários – como expoente
desta realidade temos a internet – em que as noções a respeito de seus
usuários devem ser encaradas de forma diferente da tradicional, isto
é, de maneira distinta do modo que encaramos as logísticas, consumo
e consequências de outros veículos “tradicionais” (PAIVA, 2008, p. 8).
133
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
E
IMPORTANT
Escola de Frankfurt
A Escola de Frankfurt teve seus alicerces fundados em 1923. Nesse ano, Félix Weil realizou
um congresso acadêmico de sucesso que reuniu os principais pensadores marxistas da
época. Contudo, a fundação do "Instituto para Pesquisa Social" (Institut für Sozialforschung)
se daria somente em 22 de junho de 1924.
Era um anexo da Universidade de Frankfurt que estava sob a direção de Carl Grünberg.
Ele dirigiu a instituição até 1930, ano em que assume Max Horkheimer. Mais tarde, com a
ascensão do nazismo, o instituto é transferido para Genebra e Paris. Em 1935, foi transferido
para Nova Iorque, Estados Unidos. Ali, será acolhido pela Universidade de Colúmbia, até
1953, quando o Instituto para Pesquisa Social retorna à Frankfurt definitivamente.
Principais características
Os teóricos da Escola de Frankfurt foram capazes de compartilhar seus pressupostos teóricos
e desenvolver uma postura crítica. Essa postura esteve oposta ao determinismo comum às
teorias positivistas. Foram inspirados por pensadores como Kant, Hegel, Marx, Freud, Weber
e Lukács, Os “frankfurtianos” também ficaram marcados pela influência marxista, contudo,
consideraram alguns fatores sociais que o próprio Marx não previu. Sua análise recai sobre
a “superestrutura”. Ou seja, os mecanismos que determinam a personalidade, a família e a
autoridade, analisadas no contexto da estética e da cultura de massa.
Para os estudiosos, as técnicas de dominação seriam ditadas pela Indústria Cultural,
principal responsável pela massificação do conhecimento, da arte e da cultura. As técnicas
físicas de reprodução da obra de arte, bem como sua função social também são temáticas
recorrentes da escola.
Os assuntos mais recentes e que têm dominado os estudos da Escola de Frankfurt são:
as novas configurações da razão libertadora; a emancipação do ser humano pela arte e o
prazer e a ciência e a técnica enquanto ideologia.
134
TÓPICO 1 | TEORIA CRÍTICA OU ESCOLA DE FRANKFURT
135
RESUMO DO TÓPICO 1
• A teoria crítica ensina que conhecimento é poder. Isso significa que entender as
formas de opressão permite que providências sejam tomadas para mudá-las. O
objetivo é promover mudanças positivas nas condições que afetam nossa vida.
136
AUTOATIVIDADE
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 2
ESTRUTURALISMO
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 2, vai conhecer uma nova abordagem dos estudos das teorias da
comunicação. A sociedade, segundos os pesquisadores dessa corrente, enxergam
a sociedade como um quebra-cabeças, em que cada parte pode ser considerada
uma estrutura única. Todas se encaixam para formar o todo, mas as pesquisas são
realizadas tendo cada estrutura um modelo.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
FIGURA 3 - ESTRUTURALISMO
139
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
140
TÓPICO 2 | ESTRUTURALISMO
FONTE: <https://www.revuedesdeuxmondes.fr/31-octobre-2009-mort-de-claude-levi-strauss/>.
Acesso em: 21 nov. 2019.
141
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
E
IMPORTANT
Semiologia de Saussure
Por sua vez, os estudos a partir da linguística vêm dos princípios descritos por Ferdinand de
Saussure (1857-1913).
Saussure fornece as bases teóricas para duas importantes ciências do século 20: a
Linguística Estrutural e a Semiologia, ou ciência dos signos. As teorias de Saussure podem
ser explicadas por meio de quatro dicotomias. A primeira diz respeito a duas formas de se
abordar a linguagem. Língua: o aspecto social da linguagem. Fala: o aspecto individual da
linguagem.
A segunda refere-se a tipos de estudos da linguagem: Linguística sincrônica (estática ou
descritiva): estuda a constituição da língua (fonemas, palavras, gramática etc.) num dado
momento.
A originalidade de Saussure foi propor um estudo da língua enquanto sistema social de
um ponto de vista sincrônico, não histórico, como vinha sendo feito antes. Ele também
propõe o nome de semiologia, ou estudo do signo linguístico, que contém: Significante:
é a expressão material do signo, como o som da palavra "árvore" ou a imagem da palavra
escrita no papel. Significado: o conceito que o significante representa ou o conteúdo do
signo, uma ideia, como a árvore que eu imagino ao ouvir ou ler a palavra escrita.
FONTE <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/estruturalismo-quais-as-origens-
desse-metodo-de-analise.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 20 nov. 2019.
142
TÓPICO 2 | ESTRUTURALISMO
143
RESUMO DO TÓPICO 2
• A teoria crítica ensina que conhecimento é poder. Isso significa que entender as
formas de opressão permite que providências sejam tomadas para mudá-las. O
objetivo é promover mudanças positivas nas condições que afetam nossa vida.
144
AUTOATIVIDADE
O que é estruturalismo
145
Estruturalismo e funcionalismo
Estruturalismo e pós-estruturalismo
146
UNIDADE 3
TÓPICO 3
TEORIA CULTUROLÓGICA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, está recebendo novos conceitos. Vimos a teoria crítica,
o estruturalismo e agora a teoria culturológica. A partir dos estudos críticos,
partimos para a inserção da cultura como princípio para se concretizar uma ação
comunicacional na sociedade.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
FONTE: <http://mundoacademicorp.blogspot.com/2016/03/as-teorias-da-comunicacao-pt-vi.
html>. Acesso em: 21 nov. 2019.
147
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
A cultura de massa é uma realidade que não pode ser tratada a fundo
senão comum método, o da totalidade [...] Não se pode reduzir a
cultura de massa a um ou a alguns dados essenciais [...] devemos
tentar ver aquilo a que chamamos de ‘cultura de massa’ como um
conjunto de cultura, civilização e história (MORIN, 1960 apud WOLF,
1987, p. 90).
148
TÓPICO 3 | TEORIA CULTUROLÓGICA
149
RESUMO DO TÓPICO 3
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Você vai ter contato com um estudo que marcou bastante as pesquisas das
teorias da comunicação, depois de ver a teoria crítica, o estruturalismo, a teoria
culturológica e agora o mundo de McLuhan.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Vamos explicar para você. McLuhan percebeu muitos anos antes do
computador e da internet que o mundo seria totalmente conectado. Como o
homem antes se comunicava pela fala, pelas histórias e depois se distanciou pelas
letras impressas, ele voltaria a se reencontrar por intermédio dos veículos de
comunicação audiovisuais.
153
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
UNI
154
TÓPICO 4 | ALDEIA GLOBAL: MARSHALL MCLUHAN
FONTE: <https://www.comunidadeculturaearte.com/marshall-mcluhan-colocou-os-media-em-
perspetiva-passada-presente-e-futura/>. Acesso em: 20 nov. 2019.
UNI
155
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
McLuhan ficou famoso também por uma das mais célebres ideias: a de que
“o meio é a mensagem”, forma como o autor resume seu pensamento a respeito
dos efeitos das mídias na cultura humana. Para ele, cada tecnologia carrega em
si mesma peculiaridades que interferem na construção e na transmissão de seus
conteúdos, o que implica diretamente nos efeitos de recepção das mensagens.
156
TÓPICO 4 | ALDEIA GLOBAL: MARSHALL MCLUHAN
157
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
FONTE: <http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2017/resumos/R57-1545-1.pdf>.
Acesso em: 19 out. 2019.
Vamos explicar essa ideia de forma mais clara. Mcluhan afirmava que
o homem, em tempos antigos, vivia de maneira tribalizada, transmitindo
informações através da oralidade a todos os membros de sua comunidade.
158
TÓPICO 4 | ALDEIA GLOBAL: MARSHALL MCLUHAN
159
RESUMO DO TÓPICO 4
• Aldeia global, termo criado em 1960, define o mundo ligado pelos meios de
comunicação eletrônicos, que permitem a volta à oralidade, à visão e à lógica
não-linear. O avanço tecnológico estaria reduzindo o planeta à mesma situação
que ocorre em uma aldeia. Pode-se dividir a sociedade da seguinte maneira:
a. Tribalização: o início da humanidade.
b. Destribalização: a invenção da escrita e o rompimento dos laços tribais.
c. Retribalização: as tecnologias audiovisuais quebram as barreiras
comunicacionais.
• McLuhan também criou a ideia dos meios como extensões dos sentidos
humanos.
160
AUTOATIVIDADE
162
4 Complete:
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 5
OS ESTUDOS CULTURAIS
1 INTRODUÇÃO
Você conhecerá neste ponto uma nova visão do termo cultura. Já vimos
nos conceitos anteriores que a cultura já se mostra presente nos estudos. Aqui
ela será o ponto principal das pesquisas e vamos ver agora a inclusão de todas as
culturas, não mais só as predominantes.
Cada povo tem a sua cultura e deve ser respeitada. Como um produtor
midiático ou publicitário pode criar uma campanha para lançar um produto
que contém matéria-prima ou elementos não aceitos em uma região? É isso que
vamos ver.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
165
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
Três textos que surgiram nos final dos anos 50, são identificados como
as fontes dos Estudos Culturais: Richard Hoggart com The Uses of
Literacy (1957), Raymond Williams com Cultureand Society (1958) e E.
P. Thompson com The Making of the English Working-class (1963). O
primeiro é em parte autobiográfico e em parte história cultural do meio
do século XX. O segundo constrói um histórico do conceito de cultura,
culminando com a ideia de que a "cultura comum ou ordinária"
pode ser vista como um modo de vida em condições de igualdade de
existência com o mundo das Artes, Literatura e Música. E o terceiro
reconstrói uma parte da história da sociedade inglesa de um ponto de
vista particular – a história "dos de baixo" (ESCOSTEGUY, s.d., p. 1-2).
a) Richard Hoggart:
b) Raymond Williams
c) E. P. Thompson
166
TÓPICO 5 | OS ESTUDOS CULTURAIS
FONTE: <http://postcolonialist.com/civil-discourse/meus-primeiros-encontros-com-textos-de-
stuart-hall/>. Acesso em: 21 nov. 2019.
167
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
DICAS
168
RESUMO DO TÓPICO 5
169
AUTOATIVIDADE
170
2 Assinale a alternativa incorreta:
A) ( ) Cultura, como objeto dos Estudos Culturas, não é prática social e nem
soma de costumes, mas sim a interrelação entre os elementos que compõem
a sociedade, é o modo de organização da energia humana, percebido nas
identidades, nas correspondências ou descontinuidades. Analisar cultura
é descobrir a natureza da organização dessas relações; perceber como os
padrões culturais são vividos e experimentados, é perceber a experiência.
B) ( ) Segundo a vertente culturalista, defende-se que é preciso estudar os
processos específicos e indissolúveis, expressos pela determinação do
tempo, concebendo a cultura como a forma inteira da vida. Thompson
enquadra cultura como algo que entrelaça todas as práticas sociais, como
manifestação da atividade humana, como ação dos homens e mulheres que
fazem história.
C) ( ) A cultura é um conceito central nas teorizações de Stuart Hall, servindo
não apenas como fundamento epistemológico para suas discussões teóricas,
mas também como um conceito metodológico nas análises que realiza de
diferentes fenômenos e artefatos culturais.
D) ( ) Com um viés metodológico interdisciplinar, os Estudos Culturais
buscam compreender, nas sociedades industriais contemporâneas e
em suas inter-relações de poder, a atuação da cultura nas mais diversas
áreas temáticas: gênero, feminismo, identidades nacionais e culturais,
políticas de identidade, pós-colonialismo, cultura popular, discurso, textos
e textualidades, meios de comunicação de massa, pós-modernidade,
multiculturalismo e globalização, entre outros.
E) ( ) Durante os anos 1970, com o feminismo sendo uma temática bastante
intensa no Funcionalismo norte-americano propiciam-se questionamentos
acerca da identidade com Stuart Hall, com a variável de “ler os processos
de construção da identidade unicamente através da cultura de classe
e sua transmissão geracional” (MATTELART; NEVEU, 1997, p. 123).
Posteriormente aos questionamentos de gênero, nos anos 50, amplia-se a
discussão sobre estudos de raça e etnicidade e, já nos anos 60, as questões
da cultura nacional ecoam na construção identitária.
171
172
UNIDADE 3
TÓPICO 6
A ESCOLA LATINO-AMERICANA
1 INTRODUÇÃO
Chegamos aos estudos das teorias que circulam na América Latina. Depois
que conheceu as correntes de pensamento norte-americanas e as europeias, agora
vai saber que também temos uma linha de estudos.
2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Os estudos latino-americanos da comunicação surgiram com o objetivo
de analisar o fenômeno de dependência dos países da América Latina em relação
às principais potências do mundo. E, principalmente, como essa superioridade
em relação a esses países se refletia nos meios de comunicação de massa.
173
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
174
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
FONTE: <https://pt.slideshare.net/jennyffermesquita/estudos-latino-americanos-em-
comunicao1>. Acesso em: 24 nov. 2019.
175
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
FIGURA 15 - CIESPAL
176
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
DICAS
FONTE: <http://nomespesquisacomunicacao.com.br/verbetes/jesus-martin-barbero/>.
Acesso em: 24 nov. 2019.
O aporte teórico mais significativo tendo como ponto central a questão da cultura na América
Latina está na obra do espanhol naturalizado colombiano, Jesús Martín-Barbero, autor que
forneceu os elementos para pensar a recepção a partir das mediações. Para Martín-Barbero,
a comunicação se desenvolve a partir de cadeias de relação ou de relacionamento, nas quais
as ações dos produtores, produtos e receptores, propiciam deslocamentos de significados.
Como nos Estudos Culturais europeus, no trabalho deste autor há um deslocamento da
questão da produção e do conteúdo para aspectos relacionados à recepção, que passa a
ser entendida como o espaço no qual ocorre uma ressignificação dos sentidos sociais. As
mediações funcionam como elementos de apoio para integração da cultura aos processos
comunicativos da vida cotidiana, dando à própria cultura uma dinâmica comunicativa. As
mediações dinamizam a cultura, recriando sentidos funcionalizados pela comunicação
e assim sucessivamente, em uma permanente retroalimentação. Desse ponto de vista
impossível dissociar comunicação e cultura, uma vez que comunicação é um processo
simultâneo e codependente das formações culturais. Assim, seus elementos básicos
(emissor, receptor, canal e mensagem) só podem ser compreendidos a partir dos contextos
culturais nos quais estão inseridos (TEMER; TONDATO, 2014, p. 3).
177
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
178
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
E a cada nova mídia que se conhece, mais pesquisas são necessárias para
se entender a importância dos meios de comunicação na formação de opinião das
pessoas. Essas tais pesquisas são interessantes para as empresas de comunicação. As
pesquisas em comunicação se concentram hoje nas universidades, principalmente
nos cursos de pós-graduação, mestrados e doutorados. A difusão de resultados
limita-se ainda aos campos acadêmicos e aos encontros de pesquisas nacionais e
internacionais. A Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares
da Comunicação, fundada em 1977, é um exemplo de uma das iniciativas de
Marques de Melo ao lado de pesquisadores da época.
179
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
DICAS
José Marques de Melo nasceu em Palmeira dos Índios (AL), em junho de 1943. Começou
no jornalismo antes mesmo de ingressar na universidade, atuando em jornais diários de
Maceió, como correspondente do interior, para os jornais Gazeta de Alagoas e Jornal
de Alagoas. Posteriormente, colaborou com o Jornal do Commercio e o Última Hora, já
em Recife (PE). Graduou-se em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela
Universidade Católica de Pernambuco, em 1964, e bacharelou-se em Ciências Jurídicas
pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1965. No ano seguinte inicia suas pesquisas
em Comunicação, obtendo sua pós-graduação pelo Centro Internacional de Estudos
Superiores de Comunicação para a América Latina, em Quito, no Equador.
Foi um dos fundadores da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
(ECA-USP), na qual obteve os títulos de doutor, livre-docente, professor adjunto e professor
catedrático de Jornalismo. Na mesma universidade torna-se, em 1973, o primeiro doutor
em Jornalismo do Brasil. Foi discípulo de Luiz Beltrão, tendo divulgado a sua obra em suas
pesquisas. É autor de mais de 40 livros sobre comunicação. Trouxe a Cátedra Unesco de
Comunicação para o Brasil, fundou o Intercom, entre outros legados que deixou à ciência
da comunicação.
FONTE: <http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_
content&view=article&id=6479&Itemid=2>. Acesso em: 21 nov. 2019.
180
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
DICAS
181
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
FONTE: <http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2017/resumos/R57-0860-1.pdf>.
Acesso em: 27 nov. 2019.
182
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
FONTE: <http://adoropapel.com.br/2017/08/literatura-de-cordel-um-simbolo-da-cultura-
nordestina/>. Acesso em: 21 nov. 2019.
183
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
FONTE: A autora
184
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
FONTE: A autora
Patrimônio Cultural do Brasil, o cordel hoje surfa nas plataformas digitais e nas
salas de aula. Foto: André Mello / Agência O Globo. Disponível em: <https://glo.
bo/2VqQ6Kw>. Acesso em: 21 nov. 2019.
185
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
No site www.youtube.com
YouTube é uma plataforma de compartilhamento de vídeos
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=KWgCHEMg9uQ.
FONTE: A autora
FONTE: A autora
186
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
FONTE: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/o-auto-da-compadecida-resumo-da-
obra-de-ariano-suassuna/>. Acesso em: 21 nov. 2019.
187
UNIDADE 3 | CORRENTES TEÓRICAS DA COMUNICAÇÃO II
LEITURA COMPLEMENTAR
Folkmídia
Há meio século, o folclore da sociedade industrial refletia a apropriação
da “cultura popular” pela poderosa “cultura de massas”, processando símbolos
e imagens enraizados nas tradições nacionais dos países hegemônicos e
convertendo-os em mercadorias para o consumo das multidões planetárias
(BAUSINGER, 1961). Por sua vez, o folclore midiático, típico da sociedade
pós-industrial, configura-se como mosaico de signos procedentes de diferentes
geografias nacionais ou regionais, buscando projetar culturas seculares ou
emergentes no novo mapa mundial.
Por isso mesmo, os espaços ocupados pelas tradições populares na
agenda midiática contemporânea correspondem a iniciativas destinadas a
preservar identidades culturais ameaçadas de extermínio ou estagnação, quando
188
TÓPICO 6 | A ESCOLA LATINO-AMERICANA
189
RESUMO DO TÓPICO 6
CHAMADA
190
AUTOATIVIDADE
191
de inovações agrícolas entre camponeses, usando modelo criado para o
cotidiano do agricultor norte-americano.
d) ( ) A postura funcionalista, acrítica e conformista deste tipo de pesquisa
latino-americana recebeu uma reação de várias fontes, quase todas
localizadas no Chile. Perplexa ante o impacto da indústria cultural no
Continente emerge a pesquisa-denúncia de inspiração da teoria hipodérmica
que detecta a expansão das empresas multinacionais e diagnostica o avanço
da ideologia do consumo.
192
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