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RESUMO

COMO APRENDER E COMO ESTUDAR

Revisão 1: 02/04/2019 - OK
Revisão 2: 17/04/2019 - OK
Revisão 3: 17/05/2019 - NOK
Revisão 4: 17/07/2019 - NOK
Revisão 5: 17/10/2019 - NOK
Revisão 6: 17/02/2020 - NOK

Sinopse:

As condições novas e desconhecidas apresentadas pela realidade inevitavelmente


conduzir-nos-á a um aprofundamento das situações, no entanto, é conveniente precaver-se
da assimilação de materiais, mas tão somente empreender uma investigação da realidade. O
aprendizado é caracterizado por um aumento no rendimento de absorção conceitual e
incorporação no ser do próprio estudante, conforme a prática de alguns procedimentos para
compreensão fundamental do assunto em questão. Num sentido prático, convém ao estudante
alguns cuidados quanto ao estudo, desde aspectos materiais até mesmo operacionais para
não prejudicar ou dificultar a compreensão dos textos utilizados. Outro fator preponderante
e presente na vida de estudos é a influência do esquecimento e, portanto, é prudente
proceder numa sistematização de repassagens para reduzir seu impacto. E, por fim, é de
monta compreender o papel da fadiga no processo de estudos para evitar problemas de
compreensão e perda de tempo.

Índice
1. Psicologia do Estudo
1.1. Amplitude do Problema
1.1.1. Definição de Termos: Que é estudar? Que é aprender?
1.1.2. Quantos tipos ou modalidades de estudo é possível diferenciar?
1.1.3. Estratificação dos contingentes estudantis
1.1.4. O que estudar?
1.1.5. Para que estudar?
1.1.6. Por que estudar?
1.1.7. Como estudar?
1.1.8. Quando, quanto e onde estudar?
2. O Aprendizado
2.1. Como se aprende
2.1.1. Que é aprender?
2.1.2. Fatores básicos do aprendizado cultural
2.1.2.1. Atividades Associativas
2.1.2.2. Integrações Significativas
2.1.2.3. Idéias Diretrizes
2.1.2.4. Motivos
2.1.2.5. Encontro de respostas apropriadas
3. Textos Utilizados
3.1. Como tirar o melhor proveito de um livro de texto
3.1.1. O cuidado com os livros
3.1.2. Regularidade do estudo
3.1.3. Uma vista no Prólogo do livro
3.1.4. Uma vista na bibliografia
3.1.5. Como proceder ao estudo
3.1.6. Regras gerais para ler com proveito, quando se estuda
3.1.7. Como favorecer a percepção
3.1.8. O foco de luz deve estar colocado à nossa esquerda
3.1.9. Comodidade corporal
3.1.10. Um pouco de exercício de vez em quando
3.1.11. Modo de obter resultado da leitura
3.2. Como favorecer a compreensão crítica do material lido
4. Porque e como se esquece
4.1. Que é o esquecimento?
4.1.1. Inibiação retroativa
4.1.1.1. Grau de identidade ou semelhança entre o aprendizado original
e os interpolados
4.1.1.2. Número e intervalo das repassagens, ou seja, da revivescência
do estudo
4.1.2. Condições favoráveis ou adversas que atuam durante o intervalo de
retenção
4.1.3. Condições que prevalecem no período de evocação ou rememorização
5. Fadiga Mental
5.1. Que é a fadiga?
5.2. Como nasce a fadiga mental
5.3. Fatores de que depende a fadiga em geral
5.3.1. Fatores intrínsecos
5.3.2. Fatores extrínsecos
5.4. Como evitar e combater a fadiga
5.5. Regras para o melhor aproveitamento dos estudos, segundo Whipple

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1. Psicologia do Estudo

1.1. Amplitude do Problema


Toda circunstância ao apresentar-se na realidade, e da qual não há ainda um hábito
consolidado e instinto eficiente para lidar com seus elementos, requer de todo modo ser
estudada. E, esse estudo da situação abrange a análise dos elementos presentes nela, a
imaginação de possíveis soluções, a ponderação ou avaliação dos prós e contras e, por fim,
decidir o ensaio crítico mais adequado.
No entanto, deve-se distinguir a vantagem e o perigo da "assimilação de estudos",
pois, a vantagem trata tão somente do aproveitamento de um trabalho já desenvolvido por
alguém de alta capacidade intelectual, mas o perigo reside no afastamento da realidade ao
considerar como aspecto único da representação do real determinados estudos e/ou pontos de
vistas. A melhor maneira de evitar esse perigo é não preconizar a assimilação de dados e
materiais bibliográficos, mas absorver elementos deles para proceder numa investigação
direta da realidade.
1.1.1. Definição de Termos: Que é estudar? Que é aprender?
Estudar é concentrar os recursos pessoais em assimilar os dados, materiais e técnicas
relacionadas ao problema. Aprender é lograr o resultado desejado no processo de estudo.
Ademais, um estudo pode acompanhar-se de duas situações: Estudar sem aprender e,
aprender sem estudar.
1.1.2. Quantos tipos ou modalidades de estudo é possível diferenciar?
O estudo pode ser cultural, ou seja, é eminentemente de caráter teórico-conceitual e,
portanto, puramente intelectual e de concepção abstrata, ou pode ser vital, isto é,
caracterizado por sua apreensão experiencial da realidade através de elementos concretos-
práticos, como exemplos e aplicações.
1.1.3. Estratificação dos contingentes estudantis
Dentro do contexto estudantil existe uma série de grupos diferidos entre si por
propósitos, mas um grupo minoritário possui destaque em função de algumas características
ditas intelectualmente superiores aos demais. Esses estudantes, inicialmente, distinguem-se
pela afã de inteligir seriamente a realidade no próprio interior. De outro modo, para eles o
termo cultura adquire um senso de finalidade e não de meio, ou seja, absorvem e cultivam os
conhecimentos já existentes e transformam-nos em ferramentas para um propósito de
compreender a realidade, segundo o interesse cultural individual. Segue-se a isso as questões
práticas abaixo.
1.1.4. O quê estudar?
"Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes", dizia Goethe e,
analogamente, nem todos os estudos são para todas as pessoas. Então, antes de escolher o que
estudar é conveniente desenvolver um senso de auto-consciência da própria potencialidade
de inteligir um determinado assunto, ou seja, o que se pode estudar em conformidade com as
limitações individuais. Ademais, questionar-se-á: que matéria se deve estudar? que meios
usar para aprendê-la?
1.1.5. Para que estudar?
Esta questão refere-se a finalidade do estudo e compreende em si uma ética do estudo.
No decorrer da história dois termos, ociar e negociar, sofreram profundas e inversas
transformações na semântica e relevância social original para benefício das condições
impostas pela modernidade. Negócio, nec-ócio, isto é, não ócio tornou-se a atitude
predominante com o advento da modernidade e, concomitantemente, cunhou um peso
semântico negativo para a atividade do ócio em si. Num contexto ideal, convém ao intelectual
e estudante saber quais conhecimentos deve adquirir para ociar e, depois, utilizar-se desse
saber em proveito da sociedade através de um negócio lícito e, então, ponderar a eficácia do
trabalho de modo a assegurá-lo como meio para a prática do ócio cultural. Numa conjuntura
filosófica, o ócio coopera na produção de valores sociais, econômicos, jurídicos, religiosos,
estéticos e científicos e a sua prática elimina os hábitos de paixões vis comuns à
contemporaneidade.
1.1.6. Por que estudar?
A motivação do estudar é de ser o único modo mais plausível de lograr algum saber.
Ademais, a principal característica do estudo não é a aquisição de um esforço mental e
concentração atentiva na captação de materiais, mas tão somente está presente na aptidão de
superar dificuldades de compreensão e de execução de aprendizagens. Entretanto, o
automatismo inconsciente e desinteressante no estudo proporciona a não integração do
conhecimento nas reações individuais.
1.1.7. Como estudar?
Antes de estabelecer uma regra, deve-se ter noção do funcionamento do processo
mental durante o estudo:
1o. Apreensão ou captação dos dados
Nesta fase, deve-se procecer com maior número de vias sensoriais e planos de
focalização ou percepção. E, de alguma forma, utilizar em benefício dos sentidos, elementos
como esquemas, diagramas, gráficos, entre outros. Ademais, o processo de extrajeção do
conteúdo apreendido será de maior proveito se houver um transcrever, sem consulta, de um
resumo do assunto, ao fim do estudo. De outro modo, mais precisamente, reconstruir,
ordenar e classificar de forma sistemática os elementos adquiridos no estudo e, portanto, por
si só constitui-se de uma evocação.
2o. Sua retenção e evocação
Também, é importante, na concepção dessa técnica, como dispositivo para encadear
em outros estudos, anteriores ou posteriores, um senso de continuidade dos conceitos, ou
seja, a integração do conjunto de conhecimentos a fim de ampliar a base do campo de estudo.
Ao contrário, tornar-se-á a mente humana num "armazém de idéias". Então, permitir-se-á o
surgimento de um homem culto, pois, a cultura é justamente a concepção de mundo e a
atitude ante ele. Não obstante, a natureza fundamental da ignorância e do esquecimento do
conhecimento reforçar-se-á através da prática constante dessa atitude e aptidão da integração
de dados experienciais para obter uma Verdade que lhe sirva de apoio na vida. Porém, para
tudo isso não basta somente o esforço, mas há a necessidade da discussão e do diálogo
socrático.
3o. Elaboração e integração dos conceitos e critérios resultantes
Assim, aos meros mortais, a exceção dos geniais, a incompatibilidade da auto-
formação fica restrita e prejudicada a catatimia, ou seja, a fraqueza moral das emoções
polarizarem o pensamento. Então, cabe no processo de aprendizado estudar sobre todas as
opiniões, principalmente as divergentes, investigar a realidade sob todos os pontos de vista
estudados e, sobretudo, comparar as convicções individuais com as demais cujo propósito é
tão somente cooperar na formação de um terreno firme da integração de conhecimentos.
4o. Aplicação dos mesmos à resolução de novos problemas
Ao homem culto cabe necessariamente a integração de suas idéias, como uma
Verdade, no seu Ser. Se, porventura, o estudante deter-se na fase anterior, esta última jamais
concretizar-se-á, ou seja, permanecer-se-á somente no domínio das abstrações, sem jamais
lograr a concretude e praticidade das idéias na realidade.
1.1.8. Quando, quanto e onde estudar?
- Estudar com luz natural;
- Bem depois das refeições do que após;
- Em períodos breves, com intervalos de distração, melhor que períodos longos de
imobilidade; - Levantar-se cedo e pôr-se a estudar, depois de uma ducha matutina, com um
material previamente elaborado;
- Evitar a todo custo o tresnoitar;
- A sessão de estudo não deve-se prolongar por mais de duas horas, com pausa de três
a cinco minutos a cada meia hora;
- Mudar o tema do assunto a cada sessão;
- É contraproducente encerrar-se horas e horas num quarto;
- O ambiente deve ser bem iluminado, ventilado, de mobília confortável, ausente de
ruídos, espaçoso, etc.

2. O Aprendizado

2.1. Como se aprende


2.1.1. Que é aprender?
Em geral, o aprendizado é uma espécie de mudança de rendimento decorrente de
exercício ou prática. No contexto de aprendizagem cultural, sua definição corresponde a um
aumento da capacidade de aquisição de recursos para compor um conjunto de conhecimentos
aplicáveis às situações da realidade.
São divididas em dois momentos:
- compreensão e fixação
Sua característica é a capacidade de concentração mental, de absorção de sensações e
relações associativas.
- retenção e evocação
Caracterizada pela capacidade de memória e a sua periodicidade nas revisões de
conteúdo. Assim, um modo eficaz de avaliar o correto aprendizado decorre da reprodução
correta desse conteúdo, considerando todos os fatores influenciantes na aquisição de
esquecimento desse conhecimento que podem alterar a eficiência da evocação do assunto
apreendido nas repassagens posteriores ou reminisciência no intervalo delas. Então, essa
diferença entre evocação e apreensão corresponde ao esquecimento ou ignorância.
Afinal, o aprendizado cultural tem o duplo propósito de reter e aplicar para inserir
esse novo conhecimento ao conjunto do já existente.
2.1.2. Fatores básicos do aprendizado cultural
2.1.2.1. Atividades Associativas
As atividades associativas são imprescindíveis para a compreensão dos processos de
apreensão e retenção. A consciência humana está de algum modo em fluxo contínuo de
imagens, sensações e sentimentos, num ritmo contínuo e unido do entrelaçamento sucessivo
desses elementos, semelhante a uma corrente de água. Portanto, esse processo descrito possui
duas classes de relações:
- as puras conexões associativas
São nexos circunstancias, conscientes ou inconscientes que ligam dados, sucessos e
experiências por semelhança, projeção contígua ou simultaneidade sucessiva. De outro
modo, as conexões mentais dos conceitos apreendidos propendem a permanecer em estado de
latência e, conforme os elementos experienciais associativos - semelhança, projeção
contígua ou simultaneidade sucessiva - são ativados, revividos ou representados na realidade,
os demais aspectos da vida individual humana propendem a sê-lo. Como recomendação para
maior aproveitamento da vida de estudo, deve-se de maneira extensa e variadamente associar
os novos conceitos aos já conhecidos para facilitar a posterior evocação e, portanto, dispô-los
espontaneamente ao arbítrio individual.
2.1.2.2. Integrações Significativas
- as integrações significativas
As integrações significativas são caracterizadas por serem de natureza ulterior, ou
seja, formam-se apenas se houver um desenvolvimento mental de alto nível e inúmeros
conjuntos associativos firmados. Portanto, é uma integração de dados psíquicos [em oposição
ao pneuma paulino? cf. exegese de Rm 1,9] à base de abstração composta dos elementos
essenciais ou fundamentais do conjunto conceitual assimilado. Tais conexões associativas
possuem aspectos substanciais ou intrínsecos, isto é, de causa e efeito. E, esta relação de
associação intrínseca culmina na criação de idéias ou conceitos até então desconhecidos.
Assim, a integração significativa é o ato de descobrir o sentido de uma série ou sucessão de
termos [inteligir?].
2.1.2.3. Idéias Diretrizes
As idéias diretrizes são os elementos essenciais e fundamentais compostas num
determinado assunto e que delimitam, em maior ou menor grau, todo o campo de estudo. Para
o estudante é conveniente identificar qual é a idéia diretriz ou conceito fundamental da
explicação de um autor, ou seja, a sua linha de pensamento, pois, sem essa compreensão os
conceitos sem relação precedente ou seguinte acarretará na baixa ou nenhuma associação e,
portanto, na perda de sentido ou unidade da totalidade do assunto. A descoberta da idéia
diretriz é um dos fatores fundamentais da aprendizagem cultural. Então, como dica é
recomendado diariamente praticar em alguns parágrafos qual a idéia diretriz ou conceito
fundamental presente nelas, a fim de exercitar-se na técnica de abstração e síntese para maior
aproveitamento de estudo ou leitura ulterior.
2.1.2.4. Motivos
Outro fator fundamental no estudo é o motivo, ou seja, as forças que impelem o
estudante a realizá-lo. Em outras palavras, o motivo de aprendizagem corresponde na
condição individual em perseverar numa tarefa de aprendizagem equacionada pela aptidões e,
portanto, determinando o nível de rendimento. E, ainda, este motivo é tão somente
apresentado por uma vocação. Com a advertência do interesse ser de algum modo moderado,
pois, o interesse em excesso propender-se-á ao estudante pular etapas.
2.1.2.5. Encontro de respostas apropriadas
As dificuldades apresentadas no decurso de um aprendizado, de algum modo dever-
se-ão superadas com a elaboração de respostas apropriadas, isto é, uma aplicação prática e
experiencial dos conceitos apreendidos. Normalmente, um período de estagnação criativa
pode desencadear a resposta para perguntas anteriormente formuladas, ou seja, após um grau
firmemente estabelecido de integração significativa o estudante logra uma compreensão da
unidade de sentido presente no conjunto de dados dispostos e incorpora-o à sua
personalidade. Assim, é depreendido a existência de crises no processo de aprendizado que
pode ser suplantada com a introdução de um ajuste de perspectiva cujo propósito é variar a
percepção do objeto, principalmente nas revisões de conteúdo.

3. Textos Utilizados

3.1. Como tirar o melhor proveito de um livro de texto


Como obter o máximo de rendimento com o mínimo de esforço?
3.1.1. O cuidado com os livros
- Proteger do extravio, da sujeira, dos rasgões, etc.;
- Encardená-lo, se necessário;
- Guardar sempre no mesmo lugar;
- Emprestar somente se tiver certeza do retorno;
- Carregá-lo o menos possível;
- Escrever nele somente anotações imprescindíveis;
3.1.2. Regularidade do estudo
É conveniente regularizar as horas e local de estudo.
3.1.3. Uma vista no Prólogo do livro
Também é conveniente dedicar um tempo da sessão de estudo para a leitura do
prólogo ou introdução do texto ou livro, pois, há de encontrar-se uma condensação do
pensamento do autor, com seus propósitos, idéias diretrizes e técnica de desenvolvimento. Na
leitura do índice deve-se observar: a) verificar as matérias tratadas, classificação e
subordinação; b) os termos cuja definição é ignorada e convém aprender; c) a ordem e
seriação dos capítulos.
3.1.4. Uma vista na bibliografia
Após a leitura supracitada, dedicar-se à observar a bibliografia citada ou
recomendações.
3.1.5. Como proceder ao estudo
A partir de agora inicia-se a leitura propriamente dita, com o auxílio de um lápis para
anotações no próprio livro.
3.1.6. Regras gerais para ler com proveito, quando se estuda
- Captar o sentido das frases, dando aos termos a acepção intentada pelo autor;
- Separar os conceitos básicos ou fundamentais dos acessórios ou secundários;
- Separar as afirmações certas das objetivamente discutíveis.
3.1.7. Como favorecer a percepção
- Corrigir os defeitos visuais;
- Assegurar luz suficiente, sem sombras, nem halos;
- Se não puder ler com luz natural, utilizar-se de lâmpadas de foco;
3.1.8. O foco de luz deve estar colocado à nossa esquerda
Para evitar a formação de sombras prejudiciais ao foco de leitura.
3.1.9. Comodidade corporal
A posição ideal é sentado num assento confortável e brando, e o livro posicionado na
horizontal com inclinação de 30 a 60 graus.
3.1.10. Um pouco de exercício de vez em quando
A cada dez ou quinze minutos, levantar e movimentar-se.
3.1.11. Modo de obter resultado da leitura
- Efetuar a primeira leitura sem interrupção, para evitar a perda de unidade de
sentido;
- Na segunda leitura, marcar os níveis de dificuldade e de interesse do texto,
utilizando-se da técnica de sublinhar;
- Convém notar, na leitura, se o autor é do tipo indutivo, ou seja, apresentam primeiro
os fatos e a conclusão fica ao final, ou do tipo dedutivo, isto é, iniciam por apresentar a tese
defendida e, em seguida, põe-se a defendê-la (a atenção nesses tipo facilita a compreensão do
texto e da avaliação crítica);
- No uso do sublinhado é prudente que o mesmo, na leitura, corresponda a um
encadeamento coerente das idéias, isto é, sem perder a unidade de sentido, pois, essa leitura
simplificada poupa tempo e esforço para assimilar a essência significativa do texto;
3.2. Como favorecer a compreensão crítica do material lido
- Também é importante o uso de técnicas como diagramas, esquemas, quadros
sinóticos, dicionários, etc. para a compreensão do texto;
- Na leitura, não passe adiante se houver alguma palavra não plenamente
compreendida;
- Imediatamente após a leitura de um parágrafo, efetuar um resumo, ou evocar em voz
alta os dados e idéias presentes no texto, sem utilizar os mesmos termos do autor;
- A verdadeira compreensão de determinado assunto ou texto decorre da expressão
pessoal de dados, idéias ou conceitos;
- Não recorde com palavras o que puder compreender vendo;

4. Porque e como se esquece

4.1. Que é o esquecimento?


Dentre os diversos fatores que promovem o esquecimento, um deles, a inibição
retroativa tem destaque, além dos apresentados abaixo:
a) As influências favoráveis ou adversas que se exercem durante os períodos
de suposta inatividade ou latência (intervalo de retenção);
b) As condições predominantes no período de evocação ou rememorização;
4.1.1. Inibição retroativa
Esse fator é caracterizado pelo decréscimo de retenção nas atividades interpoladas do
período de aprendizagem à evocação ulterior. Por ser a principal fonte de esquecimento,
vejamos quais são as influências desse processo.
4.1.1.1. Grau de identidade ou semelhança entre o aprendizado
original e os interpolados
Inicialmente, cabe uma distinção entre o conceito de identidade ou semelhança como
forma (extrínseca) e como significado (intrínseco). Em geral, durante a interpolação, a
identidade de forma e significado cooperam para melhorar a retenção e diminuir o grau de
esquecimento, ao contrário, a semelhança de forma e significado prejudicam a retenção e,
portanto, favorece o esquecimento.
4.1.1.2. Número e intervalo das repassagens, ou seja, da
revivescência do estudo
Para um percurso normal deve-se efetuar uma leitura de texto por pelo menos quatro
vezes, sendo a segunda de 12 a 24 horas após a primeira, a terceira entre 15 e 30 dias após a
segunda e, a quarta entre 180 e 220 dias depois da terceira. Esse processo beneficia o
decrescimento do esquecimento ao longo do tempo.
Ademais, há outros fatores influenciadores no processo de esquecimento por inibição.
4.1.2. Condições favoráveis ou adversas que atuam durante o intervalo de
retenção
Ação adversa à retenção e favorável ao esquecimento:
- Irregularidade nos estudos, descanso e distrações;
- Pequenos problemas na saúde corporal;
- Abusos esportivos e sexuais;
- Falta de sono;
- Falta de interesse pelo assunto em estudo durante os intervalos;
- Emoções intensas;
Ação favorável à retenção e redutora do esquecimento:
- Regularidade nos hábitos da vida;
- Prática de exercícios leve e vida ao ar livre;
- Moderação na sexualidade e no trabalho corporal;
- Sono reparador;
- Interesse geral pelo assunto nos intervalos;
- Evitar sobressaltos em geral;
4.1.3. Condições que prevalecem no período de evocação ou
rememorização
Antes de tudo, qualquer material revisado periodicamente propende a ser recordado
com mais eficácia. E, mais importante, é mais importante recordar um material na revisão
do que relê-lo e, também, fazer perguntas sobre o texto antes da evocação. Ademais, é
importante não fazer o esforço evocativo sem entender o sentido da pergunta e esta questão
deve estar integrada no conjunto de percepções da alma do estudante como uma inquietação
ou espanto.
Também deve-se prevenir qualquer conclusão apressada antes de analisar e delimitar
a indagação. E, a evocação de uma série de dados ou conhecimentos é fatigante, surge então,
o motivo de uma boa formulação da questão. No entanto, a prática da evocação requer
precauções, pois o seu excesso causa a inibição paradoxal, ou seja, a evocação torna-se uma
força de refreamento e inibe a recordação em função do esforço excessivo e, portanto, não
recorda-se do conteúdo.
Assim, o processo de recordação proceder-se-á através de pequenos esforços,
repetidos seriadamente com intervalos de breve descanso. Por essa razão, o estudante deve
manter-se em contato com o assunto estudado no transcorrer do cotidiano em diálogos e
conversas com outros, pois, esse recurso favorece a evocação lograr a recordação de forma
indireta. Por fim, se porventura, houver o frequente esquecimento de um aspecto específico,
proceder na busca de alguma barreira psíquica inconsciente, ou seja, se existe algum fator
experiencial e até traumático que retorna à memória na evocação de algum conceito, e operar
para suplantá-lo e evitar a falha associativa.
5. Fadiga Mental

5.1. Que é a fadiga?


A fadiga mental ou corporal são caracterizadas por fenômenos conscientes e
objetivos. As conscientes são ocasionalmente reconhecidas como sensação de fadiga,
cansaço e suas moléstias são de origem da chamada fadiga subjetiva e, o segundo tipo, os
objetivos, remetem às condições de queda de rendimento.
5.2. Como nasce a fadiga mental
Em condições normais, durante o processo inicial de estudo, o trabalho é sumamente
dedicado ao ajuste, adaptação e concentração mental e, portanto, a aquisição de atitude de
compenetração. A consolidação da atitude de compenetração favorece a velocidade,
aceleração e facilidade na absorção do material estudado e, então, entra-se no segundo
período, ou seja, do progressivo "aquecimento" mental, tornando-se assim cada vez mais fácil
o grau de apreensão do material. No entanto, é também nesta fase que surge os primeiros
sinais de fadiga mental. Então, adentra-se o terceiro período, de nivelação e anfibolia, onde a
produção de leitura equilibra a entrada do conteúdo na mente com a incipiente fadiga já em
andamento, de modo que, o esforço de concentração aumenta gradualmente, mas sem
interferir diretamente no rendimento, mesmo com algumas leves variações na concentração.
E, após um longo tempo, inicia-se o quarto período, ou seja, de fadiga mental, pois, as
variações iniciais intensificam-se e suplantam progressivamente a capacidade de controlar os
efeitos de entrada de conteúdo na mente, aumentando a dificuldade de manter o esforço de
estudo em equilíbrio. Seus sinais físicos e mentais são: desinteresse, impressão de cansaço,
aborrecimento e o culminante sono.
5.3. Fatores de que depende a fadiga em geral
Há os intrínsecos, relacionados ao trabalho e as condições ambientais dele, e o
extrínsecos, atuantes na disposição individual prévia.
5.3.1. Fatores intrínsecos
- Número excessivo de horas de estudo ou trabalho;
- Ausência de pausas;
- Textos inadequados;
- Postura inadequada;
- Excesso de barulho;
- Iluminação e temperatura deficiente ou excessiva;
- Falta de ventilação e mau cheiro;
- Alterações digestivas;
- Perturbações emocionais;
5.3.2. Fatores extrínsecos
- Falta de repouso e sono noturno;
- Descomedimento;
- Conflitos familiares;
- Preocupações diversas;
- Nutrição deficiente;
- Falta de interesse;
- Enfermidades;
5.4. Como evitar e combater a fadiga
- Empreender qualquer estudo com preparação prévia de entendimento do mesmo;
- Iniciar qualquer estudo com uma noção introdutória do assunto;
- A cada um hora de estudo, fazer uma pausa;
- Evitar estudar após prática de movimentos intensos, com sono, fome, frio, sede, etc.;
- Alternar os modos de estudar, de leitura, para evocação, resumo, pesquisa, etc.;
- Mudar de posição a cada dez ou quinze minutos, com pausa de meio minuto para a
vista;
- A cada trinta minutos efetuar uma pausa de três a cinco minutos, e após uma sessão
de duas ou três horas, fazer uma pausa de trinta minutos com repouso ou distração leve;
- Nutrir-se de alimentação rica em leticina (ovo, peixe, etc.), viver ao ar livre, bom
repouso noturno, banhos mornos e diminuir os temas por vez de estudo;
5.5. Regras para o melhor aproveitamento dos estudos, segundo Whipple
- Estudar sempre no mesmo lugar;
- Estudar sempre no mesmo horário;
- Estudar com intensidade e concentração;
- Elaborar os próprios exemplos de todos os princípios e regras gerais;
- Repassar mentalmente cada parágrafo imediatamente após lê-lo;
- Para domínio de material extenso e complexo, executar um esquema;

Formular uma IMAGEM para sintetizar o livro ou tópico estudado.

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