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Para conhecer
Desde a década de 80 que as pesquisas das neurociências aplicadas à educação já mostram um grande
e crescente descompasso entre o que a ciência sabe sobre ensino e aprendizagem e o que as escolas
e universidades praticam em seus campi. Howard Gardner em Harvard redefinindo as teorias da
inteligência e suas metodologias de desenvolvimento e Philippe Perrenoud na Universidade de
Genebra, consolidou o modelo de competências na aprendizagem. Ambos são exemplos de
pesquisadores que apresentaram o resultado de suas pesquisas na década de 80, com forte impacto
no conhecimento educacional da época, mas até hoje com grande resistência à aplicabilidade prática
de suas propostas.
Ser capaz de responder corretamente questões em uma prova não garante a capacidade de realizar
algo com aquele conhecimento. O abismo entre a compreensão teórica e a capacidade de utilizar
efetivamente este conhecimento, deu origem ao termo “Aprendizado Efetivo”, que veio para se
contrapor ao conceito simplista de aprendizado oriundo do desempenho adequado em uma avaliação
escrita ou teste padronizado.
Se um aluno tirou boas notas e passou de ano, costuma-se dizer que ele aprendeu. No entanto, isto
costuma não ser verdadeiro. A Aprendizado Efetivo diz respeito ao desenvolvimento da capacidade
de agir a partir do conhecimento e habilidades adquiridas, coloca-las em práticas em diferentes
contextos e situações e gerar resultados efetivos a partir delas, e ainda, manter a fixação mnemônica
deste aprendizado pelo resto da vida. Sem isto não se pode afirmar que o aprendizado ocorreu.
Para compreender
Fazendo uma síntese simplificada da contribuição das pesquisas da neuroeducação para o ensino e a
aprendizagem, com foco na busca do Aprendizado Efetivo, podemos considerar os seguintes
elementos:
a) O primeiro contato com o tema, assunto ou matéria, através do estudo individual a partir da
leitura de textos e sua respectiva interpretação e compreensão utilizando recursos como
resumos, anotações, mapas conceituais, esquemas, analogias, entre outros.
8. O segundo tipo de erro presente nas estruturas curriculares das instituições de ensino, e
considerado mais grave do que o primeiro, é o de trabalhar os quatro componentes em tempos
curriculares distintos: exposição em sala, estudo na véspera da prova, aplicabilidade só no período
do estágio obrigatório no final do curso ou em algumas aulas práticas demonstrativas. Esta
fragmentação torna o aprendizado muito pouco efetivo. Os resultados das principais pesquisas da
neuroeducação mostram que o Aprendizado Efetivo pode ser obtido com muito mais propriedade
e facilidade, se o tempo dos quatro componentes curriculares forem um só. Ou seja, estudar,
elaborar, ouvir exposições, debater, ensinar e, principalmente aplicar tudo isto, precisa ocorrer em
uma mesma sequência temporal para que o Aprendizado Efetivo possa ocorrer.
Para refletir
Para se obter um aprendizado efetivo, em síntese, temos que fazer apenas três coisas:
• Estudar
• Interagir com quem sabe fazer
• Fazer
Para sintetizar
No fórum desta aula, você deve postar um exemplo de como você aprendeu determinado assunto que
você domina muito bem, não apenas na teoria, mas que você já colocou em prática de forma efetiva.
Conte-nos como você fez para aprender e que recursos você utilizou para fixar o aprendizado.