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ARTIGO
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Márcia Gozzi
Puc-Campinas, Graduada em Educação Física, Mestre em Educação, Doutora em
Psicologia.
Resumo
Abstract
Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP, v. 9, n. 13, jul./dez. 2008– ISSN 1679-8678
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Introdução
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suas aulas, permitindo que uma série de decisões sejam tomadas pelos
alunos no decorrer da mesma, as quais o autor ressalta que é essencial em
qualquer situação onde exista uma relação ensino-aprendizagem.
Mosston nos colocou que existem três etapas que são identificadas a
partir dessas decisões: a fase de Pré-impacto, que se refere a todas as
decisões tomadas antes da aplicação da aula, definindo as intenções do
professor para com os alunos diante das atividades que serão propostas; a
fase de Impacto, que inclui as decisões referentes ao momento da aplicação
das atividades e o desempenho dos alunos, definindo a ação; e a fase de
Pós-impacto, que se refere às análises das respostas obtidas durante a fase
de impacto, avaliando se os objetivos da proposta foram alcançados.
Já na sua primeira publicação esse autor esclarece que “a
necessidade de identificar e deixar clara a estrutura do comportamento
docente é extremamente benéfico tanto para o professor quanto para o
aluno.” (Mosston, 1966, apud Gozzi, 1995).
Segundo o autor, um comportamento de ensino é uma cadeia de
tomada de decisões que se organizam no tempo, nas fases do antes, do
durante e do após a aula, decorrente do contato com os alunos. A essa
estrutura deu-se o nome de Spectrum dos Estilos de Ensino em Educação
Física. O autor refere-se ao Spectrum como uma representação gráfica, um
esquema de organização dos muitos estilos que podem ser desenvolvidos,
ou seja, um mapa que mostra o relacionamento entre os estilos de ensino e
seus elementos.
Os exemplos do autor sugerem metodologias aos professores de
Educação Física, e induz à investigação própria de cada estilo estimulando o
leitor a uma análise dos aspectos positivos de cada estilo, sobretudo do
estilo comando, que é o mais utilizado no cotidiano da Educação Física.
Importante salientar que a aprendizagem nem sempre é um caminho
fácil e pode se concretizar também de maneira complexa, porém Cratty
(1978, apud Gozzi 1995), afirma que “não é ilusão acreditar que a luta de
vários profissionais em mostrar que a Educação Física pode ser mais que
uma porção prática, é viável”. Em nossas aulas o aluno não é só um ser
praticante mas sobretudo pensante.
O Spectrum consiste em mapear os Estilos de Ensino e mostrar o
relacionamento entre eles e seus elementos, bem como padrões de ensino e
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Objetivos
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ESCOLA I - 1ª Série
ESCOLA I - 2ª Série
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ESCOLA I - 3ª Série
ESCOLA I - 4ª Série
Nas aulas ainda foi observado maior utilização do estilo Comando (A) em que os
alunos reproduziram um modelo pré determinado, o estilo Tarefa (B), onde houve
retroalimentação oferecida pelo professor em vários momentos das aulas, o que
também caracteriza este estilo, e Descoberta Dirigida (F), que impulsiona o aluno a
descobrir conceitos planejados pelo professor. Podemos observar no gráfico a seguir
essa evidência.
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Percebe-se que ainda há poucas tentativas de fazer com que os alunos tomem
decisões, pois estes ficam ainda mais dependentes do professor de acordo com os
estilos mais utilizados, Comando e Tarefa.
ESCOLA II - 1ª Série
Nesta escola foi observado o uso dos estilos Comando (A), e na maioria das
aulas assistidas o estilo Tarefa (B) esteve presente devido às várias intervenções
feitas pelo professor diante da proposta inicial da aula.
ESCOLA II - 2ª Série
Nesta classe foi possível perceber o uso dos estilos Comando (A), Tarefa (B) e
Recíproco (C), onde foi atribuído maior confiança na tomada de decisões dos alunos.
ESCOLA II - 3ª Série
Os resultados obtidos perante as observações junto a esta classe foram
semelhantes aos obtidos na 1ª série, com maior utilização dos estilos Comando (A) e
Tarefa (B).
ESCOLA II - 4ª Série
A proposta das atividades para com esta classe foi a mesma proposta oferecida
na classe anterior, portanto os estilos utilizados pelo professor foram os mesmos:
Comando (A) e Tarefa (B), como podemos verificar no gráfico abaixo.
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Nessa escola então a possibilidade de que os alunos tomem decisões nessa fase de
escolaridade é muito pequena, uma vez que o professor lança mão de estilos que não
permitem a tomada de decisões dos alunos, promovem mais as decisões do professor,
ou seja, o Comando e o Tarefa.
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ESCOLA IV – 1ª SÉRIE
Nesta unidade escolar os estilos encontrados foram o Comando (A), Tarefa (B)
e Recíproco (C).
ESCOLA IV – 2ª SÉRIE
O professor utilizou com esta classe os estilos Comando (A), Tarefa (B) e
Descoberta Dirigida (F).
ESCOLA IV – 3ª SÉRIE
Estiveram presentes nas aulas com esta classe os estilos Comando (A), Tarefa
(B) e Solução de Problemas Divergente (H).
ESCOLA IV – 4ª SÉRIE
O professor utilizou nesse caso os estilos Comando (A), Tarefa (B), Inclusão (E)
e também Solução de Problemas Divergente (H). Veremos no gráfico abaixo os
destaques:
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Podemos perceber que também persiste a tomada de decisão por parte do professor,
porém fica para alguns momentos, sobretudo na 4ª série uma ou outra possibilidade
de que os alunos tomem mais decisões, ao utilizar os estilos Descoberta Dirigida e
Solução de Problemas.
Nas categorias organização dos alunos, correção, motivação, retroalimentação,
gerenciamento do espaço, tempo e equipamentos, assim como a organização dos
conteúdos, pudemos observar que houve ocasiões em que o professor foi ao encontro
dos alunos, buscando-os na sala de aula, explicando a atividade e posteriormente
organizando-os na quadra como também ocasiões em que o professor ministrou a
aula dentro da sala de aula, organizando os alunos sentados nas carteiras ou em
círculo no chão.
Foi possível perceber através de atividades lúdicas, atrativas e condizentes com as
características de cada turma, e através de exemplos sobre o tema das aulas,
caracterizando uma retroalimentação positiva.
A organização foi feita de maneira dinâmica e positiva, mesmo quando o professor
não se encontrava em local apropriado, dividindo o tempo para que cada tarefa
pudesse ser executada da maneira adequada. Alguns materiais utilizados foram
trazidos de casa para a escola pelo professor.
O conteúdo trabalhado estava de acordo com as condições ambientais e físicas da
escola, ou seja, em algumas aulas o conteúdo não estava planejado com muita
antecedência, e sim como uma estratégia do professor para o desenvolvimento das
atividades em dias em que a utilização do espaço físico externo esteve impossibilitada
devido às condições climáticas do dia.
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Considerações finais
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Referências
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---------Teaching Physical Education. 3.ed. New York. Columbus. A. Bell & Howeel
Company, 1986.
Contato
Márcia Gozzi
PUC-CAMPINAS, Graduada em Educação Física, Mestre em Educação, Doutora em Psicologia,
residente à R. Theóphilo de Camargo, 124, Cidade Universitária II, Campinas, SP, CEP 13083-
620, fone: (19) 3203-4966 – (19) 97654141.
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