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RESUMO - O presente estudo tem como objetivo propor uma análise mais
aprofundada a respeito da avaliação escolar em Educação Física, visando novas
formas de entendimento e compreensão, tendo em vista uma pratica avaliativa mais
humana e justa, através de implementações coletivas, privilegiando as ações do
professor e do aluno em todo o caminhar do processo educativo. Este trabalho não
pretende criar um modelo, mas estudar o tema e mostrar que existem caminhos
possíveis para trabalhar de forma diferenciada a avaliação em Educação Física.
Abstract - The presente study it has as objective to propose a more detailed analyse
about the school evaluation in Physical Education,aiming at new forms of
understanding and comprehension, having in view to evaluation practice more
human and joust, through collective implementation, priviliegingd the actions of the
teacher and student in all walking of the educational process. This work does not
intend to create a model, but to study the subject and to show that there are possible
ways to work different form the evaluation in Physical Education.
1
Professor do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, área de Educação Física, Colégio Estadual
Coronel Amazonas – Ensino Fundamental e Médio, Município de Porto Amazonas, PR. E-mail:
marileneschuhli@seed.pr.gov.br
2
Orientadora docente do Setor de Métodos e Técnicas da Educação, Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG), PR.
1
INTRODUÇÃO
3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
pois foi o momento dos alunos perceberem a importância de seus atos durante o
processo ensino aprendizagem e que estes fazem a diferença durante os
procedimentos de organização da proposta pedagógica do professor.
Interessante foi notar o ar de surpresa e satisfação dos alunos quando das
explicações feitas de como seria o trabalho no semestre letivo em relação ao
compromisso e responsabilidade de todos no processo de desenvolvimento da
disciplina e principalmente dos novos procedimentos avaliativos da disciplina
Educação Física.
Com o objetivo de obter informações importantes de como os alunos
percebem e sentem-se em relação às práticas avaliativas empregadas até o
momento, foi utilizado, nesse momento um questionário que serviu de sondagem
para o andamento da proposta. O diagnóstico constou de 10 perguntas abertas e
fechadas sobre as avaliações realizadas na disciplina de Educação Física no ano
anterior e de como os alunos sentem-se em relação a esta. O resultado foi o ponto
de partida para nortear o trabalho do ano letivo de 2009
Sobre a sondagem inicial e final importante considerar os resultados obtidos.
Cabe aqui ressaltar a opção quanto à apresentação dos resultados obtidos após
aplicação dos instrumentos de coleta de dados que nominamos de “diagnóstico
inicial” e “diagnóstico final”.
Ao proceder à análise do instrumento num processo de cotejamento de
dados, percebi que não teria sentido a análise individualizada, ora do diagnóstico
inicial ora do diagnóstico final. Desta feita, a opção foi a de contraponto entre os dois
momentos, que com certeza deu maior visibilidade e clareza do objeto pretendido.
Assim se expressam os gráficos:
9
25
PROVAS PRÁTICAS
PROVAS TEÓRICAS
20
15
APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS
FICHAS
10
PESQUISAS
5 OUTRAS
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 1
O gráfico 1 representa de forma clara como os alunos eram avaliados na
disciplina de Educação Física, na série anterior: provas praticas, participação nas
aulas, apresentação de trabalhos e pesquisas.
Apesar dos instrumentos avaliativos serem diversificados os mesmos eram
utilizados somente como mensuração de notas, não levando em consideração o
envolvimento dos alunos no processo avaliativo.
Após a implementação da proposta as respostas sobre os instrumentos
avaliativos utilizados tiveram um acréscimo significativo onde foram citados as fichas
de acompanhamento, o bloco avaliativo e a auto-avaliação.
A diversidade de procedimentos avaliativos possibilita ao professor e também
aos alunos obter dados e pistas para um diálogo sobre o que foi ensinado, o que o
aluno realmente aprendeu e o que pode a vir aprender.
10
18
16
14
12
10
SEMPRE
8 QUASE SEMPRE
NUNCA
6
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 2
Quando perguntados se através dessas avaliações eles puderam demonstrar
o que aprenderam durante as aulas e consequentemente no processo avaliativo as
respostas do diagnóstico inicial e final quase não mudaram, então depreende-se de
que a aprendizagem sempre ocorreu o que justifica um índice maior em relação ao
item sempre. Já o item quase sempre decaiu aproximadamente 4pontos o que
revela o elevado índice de aceitação do processo implantado, já o item nunca
permaneceu na mesma pontuação.
Tais dados revelam que as aulas ministradas pela professora regente já
tinham uma perspectiva diferenciada e que a aplicação do projeto só veio a
fortalecer e concretizar sua ação docente.
11
25
20
15
SEMPRE
QUASE SEMPRE
10
NUNCA
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 3
25
20
15
SEMPRE
QUASE SEMPRE
10
NUNCA
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 4
20
18
16
14
12
10 SEMPRE
QUASE SEMPRE
8
NUNCA
6
4
2
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 5
20
18
16
14
12
10 APÓS CADA ATIVIDADE
NO MEIO DO BIMESTRE
8
NO FINAL D BIMESTRE
6
4
2
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 6
18
16
14
12 PROVAS PRÁTICAS
PROVAS TEÓRICAS
10
PARTICIPAÇÃO NAS AULAS
8 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
FICHAS
6
PESQUISA
4 OUTRAS
2
0
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO
INICIAL FINAL
Gráfico 7
A idéia mais comum que se tem de jogo é o da competição. Mas essa não é
necessariamente a única opção. Podemos propor situações onde os alunos em vez
de jogar em oposição aos adversários, ou vencer sem ajuda de companheiros, eles
podem dentro de uma metodologia cooperativa, participar de atividades com várias
pessoas onde a intenção é alcançar objetivos comuns.
As atividades cooperativas aumentam a segurança nas capacidades
pessoais e contribuem para o sentido de pertencer a um grupo. Nestas atividades
ninguém perde, ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Num sistema de
cooperação além da satisfação e alegria vivenciadas, cada uma das partes e o todo
ganham em conseqüência da ajuda. Em diversas atividades o resultado alcançado
pelo grupo é melhor do que a soma dos resultados obtidos numa situação de
competição.
Com isso não queremos dizer que a competição é algo exclusivamente
negativa. Ela pode ser bem administrada, discutida e contextualizada pelo professor.
Nas situações competitivas sempre surgem conflitos, dúvidas e opressões, que
devem ser mediadas para que adquiram um caráter educativo, inclusive porque
estas vão ocorrer no cotidiano dos próprios alunos.
Em relação à modalidade de voleibol, segundo os alunos o trabalho havia
sido somente com a iniciação, não ficando claro o que realmente os alunos já
conheciam da modalidade. Assim, antes de iniciar o trabalho foi realizada uma
avaliação diagnóstica para perceber qual era o nível de conhecimento dos alunos
em relação a este esporte.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais
“o ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua
complexidade histórica, política e social. Busca-se um entendimento crítico
das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla:
isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o
sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica s sua
significado cultural como fenômeno de massa.” (DCEs, 2008, p.34).
das atividades, os alunos foram informados sobre como construí-lo, sua estrutura e
objetivo.
Em parceria com as professoras de Língua Portuguesa e de Arte os alunos
elaboraram um texto com a justificativa de seu portfólio e as ilustrações das
atividades realizadas.
No transcorrer da implementação foram realizadas diversas atividades que
configuraram partes integrantes do portfólio da turma, tais como:
- bloco avaliativo, utilizado após cada aula, onde os alunos registravam
dentro do conteúdo proposto o que eles tinham conseguido aprender e as
dificuldades encontradas. Desta forma a professora pode ter maior clareza do
progresso dos alunos bem como o quê eles ainda não conseguiram aprender;
- fichas individuais de registro das observações dentro das dimensões
conceitual, atitudinal e procedimental. Assim, através destas os alunos puderam
comparar o seu desenvolvimento durante o processo de aprendizagem e também
pode saber exatamente o que se esperava dele em todo o caminhar pedagógico.
Estas fichas eram preenchidas mensalmente pela professora, anexada no portifólio
dos alunos e analisadas durante as discussões coletivas;
- textos, relatórios e pesquisas, estes registros escritos tornaram-se um
grande aliado na busca de superação das necessidades dos alunos, pois
forneceram dados sobre sua caminhada pedagógica, estabelecendo um diálogo
entre aluno /professor, permitindo assim o replanejamento de ações futuras;
- ficha de auto avaliação em duplas - este instrumento avaliativo transformava
os dados obtidos nas demais fichas aplicadas, em valores numéricos.
Através do portfólio os estudantes e o professor desenvolveram capacidades
de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, além de oportunizar a documentação
e registro de todas as atividades de forma sistemática e reflexiva.
Na disciplina de Educação Física o uso deste instrumento é muito valioso,
pois permite o apontamento de várias vivências que, muitas vezes, pela natureza da
disciplina não são consideradas e passam despercebidas, perdendo-se assim uma
rica fonte de informação para o processo avaliativo
O trabalho interdisciplinar com as demais disciplinas da série, mas
especificamente com a Língua Portuguesa e Arte foram significativas para eles (os
alunos) notarem a inter-relação das disciplinas e os conteúdos trabalhados. Com a
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
AMARAL, Jader Denicol do. Jogos cooperativos. 2.ed. São Paulo: Phorte,2007.
KUNZ, Elenor. Educação Física: ensino & mudança. Ijuí: Unijuí, 1991.
_____. Transformação didático-pedagógico do esporte. 6,ed.Ijuí: Unijuí, 1994.
LUKESI, Carlos Cipriano. Avaliação da aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez,
1996
AGRADECIMENTOS: