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PROJETOS DE ATERROS SANITÁRIOS

Curso: Engenharia Ambiental


Professora: Cibele Gabriel
Contato: cibele.gabriel@gmail.com
CONTEÚDO
 ATERROS SANITÁRIOS
 Escolha de Áreas;
 Licenciamentos e EIA/RIMA.

 DETALHAMENTOS DA CONSTRUÇÃO
 Drenagem de Águas Pluviais. Monitoramento Ambiental e Unidade de Apoio;
 Drenagem de Gases – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);
 Drenagem, Coleta, Tratamento e Disposição de Líquidos Percolados;
 Valas, Células e Depósitos. Impermeabilizações;

 CONSTRUÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO


 Construção, Operação e Manutenção;
 Fechamento e selagem. Reinserção.

 GESTÃO DE ATERROS
 Vida Útil e Índice de Qualidade.

 NORMAS TÉCNICAS, RESOLUÇÕES E LEGISLAÇÃO VIGENTES


ATERROS SANITÁRIOS

Escolha de áreas
HISTÓRICO

 Desenvolvimento de produtos ao longo da história >


Produção em grande escala com a industrialização;

 FALTA de planejamento quanto ao uso desenfreado dos


recursos naturais;

 FALTA de planejamento quanto a destinação adequada


dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos;

 GEROU os lixões >> Depósitos a céu aberto, sem


tratamento;

 Um dos maiores problemas a serem solucionados pelas


prefeituras;
 Áreas produtoras e geradoras de doenças, mau cheiro e
vetores de vários tipos como insetos e roedores;

 Urbanização desenfreada e do desperdício > profundas


discussões, no campo técnico-científico ou no político-
econômico;

 Alternativa ambientalmente viável >> Aterros sanitários


com o gerenciamento integrado dos resíduos
municipais;
 Gerenciamento integrado é:

“...conjunto articulado de ações:

 Normativas;
 Operacionais;
 Financeiras;
 Planejamento,

que uma administração municipal desenvolve, baseado em critérios:

 Sanitários;
 Ambientais;
 Econômicos,

Para:

 Coletar;
 Tratar;
 Dispor o lixo da sua cidade”.

(Jardim et al, 1995: 3).


FASES DO GERENCIAMENTO INTEGRADO

 1º - Como fazer: Diagnóstico de administração;

 2º - O que fazer:

 Serviço de limpeza;
 Disposição final;
 Tratamento.
DEFINIÇÃO - RESÍDUO

“...Resíduo é algo que faz parte de um processo


produtivo ou não, e que eventualmente não está sendo
aproveitado, mas que apresenta ainda uma utilização
em potencial”.

Leão (1997: 213)


DEFINIÇÃO - LIXO

“...algo inservível, que necessitaria apenas ser disposto


de uma maneira atóxica e não poluente, que se possível,
não seja notado pela atual e futuras gerações. Lixo seria
mais rejeito que resíduo, portanto denominaremos lixo
como RSU – Resíduos Sólidos Urbanos”

(Leão, 1997:213)
A DESTINAÇÃO COMUM
 Áreas periféricas urbanas > fundo de vales, várzeas de
corpos d’água, vertentes de relevo dissecadas;

 83% dos RSU são despejados em áreas impróprias (IBGE);

 Deslizamentos de encostas;
 Enchentes causadas pelo assoreamento dos rios e córregos;
 Proliferação de vetores transmissores de doenças, tais como
insetos e roedores;
 Maus odores em virtude da decomposição da matéria
orgânica;
 Poluição do solo, do ar e das águas superficiais e
subterrâneas”.
A DESTINAÇÃO ADEQUADA
CONCEITOS DE ATERROS SANITÁRIOS

“Forma de disposição final de resíduos urbanos no solo,


através do confinamento em camadas cobertas com
material inerte, geralmente solo, segundo normas
operacionais específicas, de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais”.

ABNT, 1987.
A DESTINAÇÃO ADEQUADA
CONCEITOS DE ATERROS SANITÁRIOS

“Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no


solo, sem causar danos à saúde pública e à sua
segurança, minimizando os impactos ambientais, método
este que utiliza princípios de engenharia para confinar os
resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao
menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada
de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a
intervalos menores se for necessário”.

NBR 8419, ABNT (1984).


A DESTINAÇÃO ADEQUADA
CONCEITOS DE ATERROS SANITÁRIOS

“Aterro Sanitário é um processo utilizado para a


disposição de resíduos sólidos no solo, particularmente
lixo domiciliar - que, fundamentado em critérios de
engenharia e normas operacionais específicas, permite a
confinação segura em termos de controle de poluição
ambiental e proteção à saúde pública”.

Jardim et al (1995: 75).


MÉTODOS UTILIZADOS
O PROJETO DE UM ATERRO SANITÁRIO
O QUE DEVE SER EVITADO

 Escorregamento de massa de lixo;

 Ineficiência da drenagem do percolado, acarretando


afloramento de “Chorume” e infiltrações no lençol
freático;

 Ineficiência dos drenos de água superficiais;

 Ineficiência da impermeabilidade de fundo provocando


infiltração no lençol freático;
O PROJETO DE UM ATERRO SANITÁRIO
O QUE DEVE SER EVITADO

 Erosões de cobertura;

 Migração de gases e “chorume” para áreas vizinhas;

 Instabilização de massa ou áreas adjacentes;

 Ocorrência de trincas e deformações excessivas nas


regiões com cobertura definitiva (final).
O PROJETO DE UM ATERRO SANITÁRIO
O QUE DEVE SER CONSIDERADO

 Deve ser cercado para evitar a entrada de catadores de


materiais recicláveis;

 Deve ter também uma portaria;

 Deve ter uma balança para pesagem dos caminhões que


transportam os resíduos;

 Deve conter um pátio de estocagem de materiais e


iluminação para atividades no período noturno;
O PROJETO DE UM ATERRO SANITÁRIO
O QUE DEVE SER CONSIDERADO
 Distância de rodovias;

 Distância de APP’s;

 Limites entre municípios;

 Distância de áreas urbanas;

 Possibilidade de expansão;

 Vida útil.
O PROJETO DE UM ATERRO SANITÁRIO
O QUE DEVE SER CONSIDERADO

 Distância de áreas urbanas;

 Possibilidade de expansão;

 Vida útil.
CONDICIONANTES DO MEIO FÍSICO

Geológicos principais são:

 Zonas de alto risco sísmico;

 Zonas cársticas;

 Estratigrafia, tipos litógicos, heterogeneidades;


CONDICIONANTES DO MEIO FÍSICO

 Estruturas geológicas, fraturas, falhas e dobras;

 Características dos solos superficiais, como: conteúdo


de matéria orgânica, composição geoquímica,
principalmente de óxidos-hidróxidos, fosfatos e
carbonatos, espessura, granulometria e estruturas.
CONDICIONANTES DO MEIO FÍSICO

Hidrogeológicos, destacam-se:

 Presença de aquíferos regionais;

 Zonas de recarga de aquíferos regionais;

 Cargas e gradientes hidráulicos, porosidades, velocidades


e direções fluxo regional e local;
CONDICIONANTES DO MEIO FÍSICO

 Características da zona não-saturada, como as


propriedades hidráulicas e geoquímicas;

 A posição do nível d’água;

 Qualidade e utilização das águas subterrâneas;

 Proximidade, qualidade e utilização das águas


superficiais.
CONDICIONANTES DO MEIO FÍSICO

Geomorfológicos, os mais importantes são:

 Áreas sujeitas à inundação;

 Áreas com declividades elevadas;

 Áreas suscetíveis a escorregamento, erosões e


subsidências.
ABNT NBR 8419
 Parâmetros considerados:

 Conhecimento do sistema vigente de limpeza urbana;


 Localização das áreas de despejo utilizadas e suas
condições;
 Relação dos principais impactos da construção deste
empreendimento;
 Dados da população;
 Tipo de resíduo gerado pelo município;
ABNT NBR 8419
 Volume per capita de lixo produzido;
 Densidade e peso específico de todo o material
analisado;
 A composição dos resíduos;

 Balanço da massa;

 Dados pluviométricos;

 Regime de temperatura;

 Avaliação das áreas disponíveis para o projeto;

 Levantamento topográfico e geotécnico;


LICENCIAMENTO AMBIENTAL

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