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Brenda Souza
Bianca Riva
Emanuelly Sulzbacher
Maria Julia Takaki Arroyo
PRÁTICAS 1 A 4
2 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................... 14
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................................... 19
3.1 VISUALIZAÇAO DOS MICRORGANISMOS NO MICROSCÓPIO................................................. 21
3.2 RESULTADOS DO PROCESSO DE COLORAÇÃO EM CADA MICRORGANISMO .............................. 22
4 CONCLUSÃO............................................................................................................. 26
5 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 27
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1 INTRODUÇÃO
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termo se divide em contenção primária e secundária, em que a contenção primária
enfoca a proteção da equipe do laboratório e do meio de trabalho contra a
exposição aos agentes infecciosos, é proporcionada por uma boa técnica de
microbiologia e pelo uso de um equipamento de segurança adequado. A contenção
secundária diz que a proteção do meio ambiente externo ao laboratório contra a
exposição aos materiais infecciosos, é proporcionada pela combinação de um
projeto das instalações e das práticas operacionais.
Já para a prevenção de riscos nas atividades tem-se a biossegurança, a qual
tem como definição um conjunto de medidas ou ações voltadas para a prevenção,
controle, minimização ou eliminação dos riscos presentes nas atividades de
pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços
que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio
ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos (UNIFESP, 2013).
As normas de Biossegurança são divididas em quatro níveis, sendo maior o
nível quanto maior o grau de contenção e complexidade. O nível é determinado
segundo o organismo de maior classe de risco envolvido no processo. O primeiro
nível de segurança, ou NB-1 é adequado ao trabalho que envolva agente com o
menor grau de risco para o pessoal do laboratório e para o meio ambiente. O
trabalho é conduzido, em geral, em bancada. Os equipamentos de contenção
específicos não são exigidos. O pessoal de laboratório deverá ter treinamento
específico nos procedimentos realizados no laboratório e deverão ser
supervisionados por cientista com treinamento em Microbiologia ou ciência
correlata. O nível de biossegurança dois, NB-2, é adequado ao trabalho que
envolva agentes de risco moderado para as pessoas e para o meio ambiente, é
muito semelhante ao NB-1, diferindo apenas no treinamento técnico do pessoal de
laboratório, o acesso ao mesmo deve ser limitado e Determinados procedimentos
nos quais exista possibilidade de formação de aerossóis infecciosos devem ser
conduzidos em cabines de segurança biológica ou outro equipamento de contenção
física (UNIFESP, 2013).
Já o nível de biossegurança três, NB-3, é aplicável aos locais onde forem
desenvolvidos trabalhos com OGM (organismos geneticamente modificados)
resultantes de agentes infecciosos Classe 3, que possam causar doenças sérias e
potencialmente letais, como resultado de exposição por inalação. Por fim, tem-se o
nível 4, NB-4, este nível deve ser usado sempre que o trabalho envolver OGM
4
resultante de organismo receptor ou parental classificado como classe de risco 4
ou sempre que envolver organismo receptor, parental ou doador com potencial
patogênico desconhecido (UNIFESP, 2013).
Além destes termos de grande importância, as normas de segurança básicas
como o uso de jaleco, se tornam essenciais pois previnem inúmeros tipos de
contaminação, por isso, a aplicação destes termos, faz com que o convívio
laboratorial se torne mais seguro e menos propenso a acidentes.
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luminosos que com as objetivas secas são desviados. Os aumentos fornecidos
pelas objetivas encontram-se gravados nas mesmas.
O Condensador ou diafragma, localiza-se abaixo da platina cuja função
principal é o fornecimento de uma grande quantidade de luz. Ao utilizar as objetivas
de pequeno aumento, o diafragma deve ser fechado para eliminar os raios laterais.
Em maiores ampliações, abre-se proporcionalmente o diafragma. Logo, o
diafragma associado à fonte luminosa regula a quantidade de luz que incide na
lente condensadora.
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condensador e pelo diafragma, passando pelo material que está na lâmina, pela
lente objetiva do tubo e da ocular até atingir a retina do globo ocular do observador;
• Revólver, peça encontrada abaixo do canhão na qual se inserem as
lentes objetivas. É dotado de um movimento de rotação que permite posicionar a
objetiva desejada para a observação do material a ser analisado. Este movimento
deve ocorrer sempre no sentido da objetiva de menor para a de maior aumento;
• Canhão, a parte mais superior do microscópio, contém um conjunto
de espelhos que projetam a imagem em direção às oculares nele encaixadas;
• Charriot, localizado acessória e superficialmente à platina, é formado
por uma presilha, dois botões giratórios e dois trilhos que têm a função de
movimentar a lâmina no plano e assim permitir a observação de toda a sua área
desejada.
• Parafusos micrômetro e macrômetro, responsáveis pela focalização.
O Parafuso micrométrico permite uma focalização mais limitada e mais fina, pois o
tubo desloca no máximo dois milésimos de milímetro, e o Parafuso macrométrico o
permite uma focalização grosseira do material. Possui um percurso vertical com
cerca de 7,5 cm.
A microscopia de campo claro é amplamente utilizada para análise de
materiais biológicos ou de outra natureza devido ao seu bom limite de resolução.
Esse limite de resolução é definido como a capacidade de uma lente separar
nitidamente as imagens de dois pontos muito próximos. Na prática, o poder de
resolução é a menor distância que pode existir entre dois pontos para que
apareçam individualizados. Assim, quanto menor for o limite de resolução da
objetiva, maior será o respectivo poder de resolução.
O limite de resolução (LR) do microscópio de luz depende do comprimento
de onda (λ) da radiação utilizada e da abertura numérica (a.n.) da objetiva, dado
pela seguinte equação:
𝐾 (1)
𝐿. 𝑅 = 𝜆.
𝑎. 𝑛
Em que: K é uma constante (0,61); λ é comprimento de onda da luz (na faixa
do verde - amarelo) e a.n. é a abertura numérica, que corresponde a medida da
capacidade de uma lente para receber informação (luz) de um objeto, e é definida
pela equação: a.n.= n.sen θ, onde n é o índice de refração do meio entre o objeto
e a objetiva (n=1 para o ar, n=1,33 para a água e n=1,5 para o vidro e para o óleo
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de imersão), e onde θ é o semiângulo de abertura, formado pelo eixo óptico e os
raios externos do feixe de luz que penetram na objetiva. Os microscópios ópticos
têm um limite de resolução da ordem de 0,2 µm, ou seja, as lentes destes
microscópios conseguem mostrar dois pontos distintos se estes estiverem
separados por distâncias de pelo menos 0,2 µm.
A microscopia óptica se refere ao uso de qualquer tipo de microscópio que
use luz para observação de espécimes. Existem vários tipos de microscopia óptica,
como:
• Campo escuro: A técnica faz uso de um tipo especial de condensador,
capaz de fazer com que somente os raios luminosos que atingirem um objeto na
lâmina entrem na objetiva. A luz que passar por onde só material transparente será
refletida, enquanto que a luz que atingir um corpo ou objeto sofrerá uma dispersão
por reflexão e refração, fazendo com que a luz incida sobre o objeto e entre na
objetiva. O objeto aparecerá iluminado e o fundo escuro.
• Confocal: Técnica utilizada para aumentar o contraste da imagem
microscópica e construir imagens tridimensionais através da utilização de um
orifício de abertura, pinhole, que permite uma grande definição de imagem em
amostras mais espessas que o plano focal. Utiliza um único fóton para iluminar o
plano amostral de cada vez.
• Fluorescência: É uma variação do microscópio de luz ultravioleta no qual
os objetos são iluminados por raios de um determinado comprimento de onda,
levando a emissão de luz de compostos fluorescentes. A imagem observada é o
resultado da radiação eletromagnética emitida pelas moléculas que absorveram a
excitação primária e emitiram uma luz com maior comprimento de onda.
• Confocal com varredura a laser: A amostra é varrida por um feixe de
elétrons que é, em seguida, modificado por um conjunto de bobinas refletoras que
o fazem percorrer o espécime ponto a ponto e ao longo de linhas paralelas. Ao
atingirem o espécime, os elétrons causam diversos efeitos. Emitem elétrons
secundários que são colhidos pelo coletor, passam por um sistema de amplificação
e são transformados em pontos de mais ou menos luminosidade, gerando uma
imagem tridimensional.
Uma das aplicações da microscopia de campo claro é a análise de células
em cultivo, com os microscópios invertidos. O microscópio invertido segue o
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mesmo princípio de operação do microscópio óptico convencional, mas com a
particularidade de ser montado de maneira totalmente oposta.
O revólver e as objetivas estão montados abaixo da platina; a fonte luminosa
e a lente condensadora se encontram acima da platina, o que gera um grande
espaço entre a fonte luminosa e as objetivas. Logo, em microscópios invertidos, a
luz vem de cima do palco e o objetivo está abaixo dela, permitindo observar as
amostras localizadas no fundo de um recipiente. Isso é muito útil para manter as
amostras hidratadas e permite observações que não são possíveis com
microscópios convencionais.
Entre outros métodos de análises, temos a avaliação da contaminação em
amostras de caldos primária e mista, vinho (em fermentação ou no final de
fermentação) e levedo tratado ou não, a partir da contagem direta ao microscópio
óptico de bastonetes. Para esse tipo de experimento, as amostras de vinho e de
levedo devem ser previamente diluídas para que a visualização ao microscópio não
apresente mais que 3 a 5 bastonetes por campo, e misturadas em partes iguais
com corante azul de metileno/sulfato azul de nilo em um tubo de ensaio e depois
homogeneizá-los. Com essa mistura pronta, coloca-se 0,003 ml sobre uma lâmina
de vidro e observa-se ao microscópio óptico com a objetiva de imersão (100x),
fazendo a contagem dos bastonetes não corados (vivos). As células viáveis
aparecerão incolores e as não viáveis coloridas de azul intenso.
Outro tipo de análise que pode ser feito é a identificação de micotoxinas em
alimentos como, silagens e pão. As micotoxinas são substâncias tóxicas resultantes
do metabolismo secundário de diversas linhagens de fungos filamentosos. A
doença que resulta da ingestão de micotoxinas é denominada micotoxicose e a
mesma pode causar vários danos ao organismo animal, bem como em humanos,
afetando funções de crescimento do organismo e o desenvolvimento de tumores,
podendo ser letal. Para este experimento, coletou-se quatro amostras
representativas de um silo de silagem e amostras de pão de sanduiche, as
amostras foram semeadas em placas de petri no meio de cultura específico para
fungos – Agar Sabouraud, em seguida as mesmas foram incubadas em estufa
microbiológica na temperatura de 25°C por três dias. Posteriormente, retirou-se
uma pequena parte do micélio de cada fungo, que foram colocados sobre uma
lâmina com duas gotas da solução a 1% de azul de lactofenol, e observadas em
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microscópio óptico com magnitude de 400x, para identificar as micotoxinas, as
quais foram extraídas para posterior análise.
E, por fim, outra técnica conhecida é a análise microbiológica voltada à
garantia da segurança dos alimentos, como leite e seus derivados, ovos, carnes e
derivados. Entre os agentes causais mais envolvidos estão Staphylococcus aureus,
Salmonella spp. e Escherichia coli. No experimento proposto por Flávia Sarkis,
avaliou-se as condições microbiológicas das carnes de capivara, cateto e javali in
natura comercializadas no Brasil. Para a contagem presuntiva de Staphylococcus
aureus, foi utilizado o método de contagem direta em placas, com um microscópio
estereoscópico e contadas as colônias típicas de S.aureus: pretas, brilhantes,
circulares lisas, convexa e com halo ao redor. Para confirmação foram selecionadas
algumas colônias típicas para teste de Gram, catalase, coagulade e Staphy-Test.
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especialmente sobre microrganismos patogênicos (germes). Este tipo de
esterilizante tem a capacidade de destruir os esporos produzidos pelos agentes
patogênicos.
Em relação à limpeza de ambientes comuns no dia-a-dia como casas,
banheiros, salas, corredores de escolas, entre outros, os termos mais apropriados
a se utilizar seriam a sanitização, desinfecção e a limpeza, propriamente dita. A
sanitização se caracteriza por utilizar um agente químico para reduzir a população
microbiana até atingir níveis compatíveis com as normas de saúde. Os
desinfetantes são definidos como substâncias químicas ou produtos capazes de
deter ou inibir a proliferação de microrganismos patogênicos em ambientes e
superfícies à temperatura ambiente. Por fim, a limpeza é a remoção de sujidades
que antecede os procedimentos de desinfecção ou esterilização.
Dois outros termos geralmente utilizados para se referir à limpeza de um
ambiente ou lugar, porém mais empregados no universo laboratorial, são a
degermação e a fumigação. O primeiro termo é definido como como uma medida
para reduzir ou remover parcialmente os microrganismos da pele ou outros tecidos
por meio de métodos químicos, como a utilização de anti-sépticos degermantes, e
físicos, como a higienização das mãos e antebraços. Já a fumigação se caracteriza
por tratamento com agente químico, em estado gasoso, que atinge a totalidade de
um produto a ser tratado fitossanitáriamente a fim de evitar a disseminação de
pragas em operações de transporte de cargas. Em relação à materiais orgânicos,
tem-se ainda o termo biocida. De acordo com o dicionário Dicio, biocida é um tipo
de conservante que impede o ataque de fungos e bactérias aos materiais
orgânicos.
Muitos microrganismos possuem técnicas de sobrevivência que os permite
resistir no ambiente se a técnica de limpeza adequada não for empregada. As
bactérias, por exemplo, produzem esporos bacterianos (endósporo) que são
estruturas resistentes, dormentes e não reprodutivas produzidas. Este mecanismo
é realizado a fim de garantir a sobrevivência do microrganismo por períodos
desfavoráveis. Para assegurar a limpeza total quando necessária e que nenhum
tipo de esporo ou microrganismo continue residindo no ambiente, existem, então,
métodos de esterilização e procedimentos de assepsia e antissepsia que podem
ser empregados nos laboratórios, por exemplo.
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A flambagem é um método de esterilização usado para evitar que as culturas
nas alças e agulhas microbiológicas se espalhem ao se aquecer gradualmente a
ponta da alça utilizada para o esfregaço. O procedimento se dá posicionando-se a
ponta a alça na região azul da chama do bico de Bunsen (região mais fria da
chama). Deve-se arrastar a alça para cima lentamente até a região mais quente da
chama (imediatamente acima da região azul) e manter na posição até que a alça
fique vermelha, garantindo que todo o comprimento da alça receba o aquecimento
adequado. Depois de resfriado, a alça pode ser usada imediatamente e não deve
ser colocada em contato com a superfície ou agitada. A re-esterilização da alça
deve ser feita imediatamente após seu uso.
O bico de Bunsen é amplamente utilizado em laboratórios e em laboratórios
de microbiologia, especialmente, este é utilizado com o objetivo de esterilizar
materiais por meio da flambagem, conforme descrito anteriormente, e ainda para
aquecimento de superfícies ou como fonte de calor para aquecer recipientes. O
equipamento possui uma região de segurança que garante a diminuição de
microrganismos em um raio de aproximadamente 10cm em seu entorno devido ao
calor fornecido pela chama. A zona de segurança propicia um ambiente asséptico
ao redor do material e do raio que a chama alcança, diminuindo o risco de
contaminação por aspiração ou contato com microrganismos.
Já os procedimentos que visam a assepsia e antissepsia são realizados
fazendo-se a limpeza e desinfecção do ambiente em que se irá trabalhar com
solução desinfetante própria e o ambiente deve permanecer limpo e organizado
durante o decorrer de seu uso. A antissepsia das mãos ocorre sempre antes e
depois do manuseio com os materiais. Alças, agulhas e a bancada devem ser
esterilizadas antes e depois de sua utilização, a fim de evitar a criação de aerossóis.
Os dois primeiros materiais podem ser esterilizados ao se aquecer a ponta de suas
bases e a bancada esterilizada com álcool 70%, por exemplo. Para os frascos e
tubos, as bocas devem ser flambadas no início e fim de seu uso.
Analisando situações cotidianas ou industriais, pode-se notar que o
emprego de técnicas de assepsia, antissepsia e flambagem se fazem presentes
nestes meios. Ao se lidar armazenar alimentos em casa ou no recebimento de
matérias-primas alimentícias em uma indústria é essencial que se apliquem
técnicas de assepsia para evitar que haja a contaminação de microrganismos nos
alimentos e, assim, que ocorra alguma intoxicação. Em berçários de recém-
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nascidos ou na realização de algum tipo de cirurgia a antissepsia das mãos e
antebraços, feita por quem irá entrar em contato com uma pessoa, deve ser
realizada para evitar que não ocorra a contaminação por nenhum tipo de
microrganismo. A flambagem de facas antes de se cortar algum alimento ou ainda
a flambagem de agulhas de costura para se furar espinhas são exemplos do uso
de uma técnica de esterilização presentes no cotidiano e que muitas vezes são
feitos inconscientemente.
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
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lâmina, tendo em vista que o inóculo não deve ser muito carregado. O esfregaço
da colônia garantiu que toda a superfície propícia da lâmina recebesse a colônia do
microrganismo. No caso da coleta da colônia é preciso realizar a diluição com salina
estéril 0,9% na lâmina de modo a evitar que o esfregaço fique muito concentrado e
posteriormente a visualização no microscópio seja difícil. Passou-se, então, a
lâmina preparada sobre a chama do bico de Bunsen até que esta ficasse seca, a
fim de fixar o esfregaço na lâmina e evitar que ele se perdesse durante as etapas
de lavagem com os corantes, água e álcool. Depois de realizado o esfregaço, a
alça foi esterilizada pelo mesmo método descrito anteriormente.
É importante salientar que a etapa de lavagem é fundamental para que a
próxima substância a ser utilizada não interfira na anterior, por isso no caso dos
corantes a lavagem deve ser realizada até que não saia mais corante da lâmina, o
mesmo vale para o álcool. Após o fim dessa etapa, deve-se secar suavemente a
lâmina e observar estas com o auxílio do microscópio na objetiva de imersão e com
o óleo de cedro/mineral, visando identificar as células coradas.
Em relação à prática, foi-se utilizado culturas de bactérias (Escherichia Coli,
Staphylococcus aureus) e levedura (Saccharomyces) previamente preparadas e
disponibilizadas quando estas já se apresentavam bem cultivadas. No caso de ser
necessário que o grupo prepare as culturas deve-se utilizar incubadora de fungos,
a qual é de uso exclusivo para o cultivo de bactérias e leveduras. Para a utilização
da incubadora para fungos necessita-se do seguinte processo para o
funcionamento: acionar o interruptor geral e deixar os componentes eletrônicos
estabilizarem por 5 minutos, lembrando sempre que o mesmo não pode ser ligado
e desligado em intervalos inferiores a 3 minutos. Selecionar a temperatura
desejada. A lâmpada piloto, ao apagar, indica que a temperatura de
termostatização foi atingida e, após isto, iniciam-se os ciclos de liga-desliga, para
manutenção da temperatura desejada. Aguardar a estabilização da temperatura +/-
30 minutos (SALVATORI et al., 2013). Em caso de necessidade de movimentação
do aparelho, esperar 30 minutos antes de religá-lo. Não abrir a porta
frequentemente para evitar a condensação dentro da câmara interna. Para evitar
problemas com a estabilização da temperatura, manter o interruptor ligado
constantemente. A temperatura é depende da metodologia empregada. O limite de
tolerância fica em ± 1 °C, e a limpeza deve ser realizada semanalmente (limpar com
uma esponja, água e detergente neutro e retirar todo o resíduo de espuma com um
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pano enxaguado em água limpa). Para a desinfecção, passar um pano umedecido
em álcool 70%.
Com a lâmina preparada, a próxima etapa é a de coloração, na qual
primeiramente deve-se cobrir o esfregaço com solução de cristal violeta por
aproximadamente um minuto e em seguida esse deve ser lavado em água corrente
com o pissete. O mesmo procedimento deve ser repetido analogamente para o
lugol fraco, álcool absoluto e fucsina, respeitando respectivamente os seguintes
tempos: um minuto, quinze segundos e 30 segundos.
A etapa final é a de observação em microscópio óptico. Posicionou-se a
lâmina com a cultura colorida no microscópio, pingou-se uma ou duas gotas de óleo
de imersão, ligou-se o aparelho e ajustou-se as objetivas que melhor possibilitavam
a visualização dos microrganismos. Para que se tenha a quantidade de luz ideal
para fotografar o objeto de estudo, é preciso seguir alguns passos, os quais foram
desenvolvidos por August Köhler em 1893 e é geralmente chamado de “Iluminação
de Köhler”.
1. Abra completamente a Íris da Fonte de Luz e o Diafragma do
Condensador.
2. Ligue a Fonte de Luz e ajuste a Intensidade da Iluminação para cerca de
70%.
3. Abaixe completamente a platina utilizando os parafusos macrométrico e
micrométrico.
4. Coloque a objetiva de 4x no caminho da luz.
5. Insira a lâmina já preparada e com lamínula.
6. Ajuste o foco para que fique na margem da lamínula.
7. Abaixe completamente o Condensador (utilize o Parafuso Regulador de
altura do Condensador)
8. Feche completamente a Íris da Fonte de Luz.
9. Eleve o Condensador lentamente até que a margem da Íris esteja
completamente resolvida na imagem – você deve conseguir ver toda a
luz passando por um pequeno polígono.
10. Centralize este polígono usando os parafusos de centralização do
Condensador.
11. Abra a Íris somente até a margem poligonal sair do campo de visão.
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12. Finalmente, feche o Diafragma do Condensador para aumentar o
contraste na amostra. O exato grau de fechamento do diafragma deve
ser determinado experimentalmente.
13. Ajustes finais na intensidade da luz e diafragma devem ser feitos
visualizando o espécime.
Em cada objetiva há inscrições sobre a quantidade de luz requerida e essa
quantidade deve ser ajustada no condensador a cada vez que trocar de objetiva,
repetindo os passos de 6 a 12.
Depois da visualização, as objetivas foram limpas com papel filtro macio para
não riscar a lente, embebido numa mistura de etanol e éter, e tomando cuidado
para não inundar a lente.
Ao finalizar a prática fez-se uso dos procedimentos de descarte dos materiais
utilizados, sendo este diferenciado em quatro tipos: descarte de amostras, de
materiais não reutilizáveis, materiais tóxicos e vidrarias quebradas. O descarte que
ficou responsável aos operados da prática foi o dos papéis que envolviam os swabs
e o destino dos swabs à solução de hipoclorito de sódio disponível no laboratório.
A lavagem das vidrarias utilizadas também ficou designada aos operadores. Após
o uso, depositou-se o material em soluções de hipoclorito de sódio e sabão por 24
horas, e posteriormente devem ser lavadas com água, detergente e esponja afim
de retirar todos os resíduos de seu interior.
. O descarte de amostras, materiais não reutilizáveis, materiais tóxicos e
vidrarias que foram quebradas ficaram sob responsabilidade do professor e do
coordenador do laboratório, em que, para o primeiro, faz-se o armazenamento das
amostras processadas em sacos adequados e destinados à esterilização em
autoclave a 121 ±1ºC por 20 minutos. Posteriormente o material é encaminhado
ao destino estabelecido para lixo orgânico na Instituição. As alíquotas de amostras
utilizadas para as diluições nos processos analíticos são autoclavadas da mesma
forma e encaminhadas ao lixo orgânico da Instituição. (SALVATORI et al., 2013)
Para os materiais não reutilizáveis, autoclave-se após a realização de
análises e descarta-se conforme determinado na instituição. Já para o descarte de
materiais tóxicos e contaminados, acondiciona-se o material em caixa coletora
própria, sendo seu recolhimento efetuado quando atingida a capacidade da mesma.
Por fim os descartes de vidrarias danificadas são armazenados em caixa
coletoras próprias e destinadas a usina de reciclagem da própria Instituição para
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fins de reaproveitamento. As vidrarias quebradas com meio de cultura são
autoclavadas antes do descarte e acondicionadas em recipientes apropriados, por
exemplo, beckers de 1000 mL, potes plásticos, entre outros. (SALVATORI et al.,
2013)
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Figura 3- Parede celular Gram Negativa.
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Já as leveduras são organismos eucarióticos unicelulares, que se
reproduzem assexuadamente por brotamento ou cissiparidade e que desenvolvem
a fermentação alcoólica. A levedura Saccharomyces apresenta forma oval ou
cilíndrica e apresenta membrana celular bem definida, pouco espessa e rígida
composta principalmente de dois polissacarídeos manana e glucana.
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Figura 4- Raios luminosas na lente objetiva sem óleo e com óleo de imersão.
22
Figura 5 e Figura 6- Lâmina de Saccharomyces e lâmina de E.Coli, vistas no
microscópio, respectivamente.
23
feito em placas fazendo uso do método do esgotamento por estrias e estas devem
ser identificadas pelos procedimentos tradicionais.
As lâminas de controle de qualidade para uso diário devem ser preparadas
com muita atenção. Inicialmente deve-se pipetar solução salina estéril em um tubo
de ensaio limpo e estéril. A alça bacteriológica deve ser previamente e
posteriormente flambada tomando-se o cuidado de aguardar que esta esfrie antes
do contato com os microorganismos. Pipeta-se então uma gota da suspensão
microbiana sobre cada uma das lâminas, que devem secar naturalmente e ser
estocadas em um porta lâminas a temperatura ambiente sendo devidamente
identificadas.
Além desse teste de coloração Gram existem outros testes que poderiam ser
utilizados, como o método da coloração simples, de ZiehlNielsen, coloração
negativa, imuno citoquímica, coloração supra vital, diferenciação por lugol e reativo
de Schiff. A coloração simples envolve a aplicação de uma única solução corante,
sendo que esta ou tem afinidade com a célula bacteriana e faz se possível observar
os microrganismos corados contra um fundo transparente ou então cora o meio
envolvente tornando os microrganismos transparentes (coloração negativa). Entre
os corantes mais utilizados estão o azul de metileno, cristal violeta e a
Carbolfucsina.
O Método de Ziehl-Neelsen, foi desenvolvido em 1882 e é baseado na
peculiaridade de que apenas alguns gêneros bacterianos resistem ao
descoramento com uma solução de álcool-ácido e permanecem corados de
vermelho mesmo após o tratamento utilizando fucsina fenicada aquecida. As
bactérias que não possuem essa propriedade geralmente apresentam a coloração
do corante de fundo, em geral azul de metileno ou ácido pícrico saturado. O
diferencial das bactérias que ficam avermelhadas está no fato destas possuírem
uma parede celular contendo lipídeos fortemente ligados, os quais provocam a
hidrofobicidade e dificultam a passagem de corantes aquosos, além da ação dos
mordentes e dos diferenciadores. Esse método é bastante utilizado para validar o
diagnóstico de doenças como a tuberculose pulmonar. Já a coloração negativa é
um procedimento em que o material de fundo é corado com um corante ácido que
deixa as células incolores. Geralmente utiliza-se o corante negro nigrosina e
emprega-se esse método para células nas quais a coloração direta é difícil.
24
O método da imunocitoquímica baseia-se numa reação antígeno-anticorpo
e envolve um sistema de alta sensibilidade de detecção na qual ocorre a formação
de um produto colorido. Basicamente os antígenos são localizados em células de
um esfregaço ou de uma amostra de tecido partindo do princípio da ligação
específica destes com os anticorpos.
A coloração supravital depende do resultado da combinação das
propriedades bioquímicas e da ativação fisiológica dos microrganismos em estudo.
O corante utilizado pode ser o azul brilhante de cresil e esse método é útil no
diagnóstico de anemias.
Por fim, a coloração ácido periódico Schiff (PAS) é utilizada para distinguir
diferentes tipos de doença de estocagem de glicogênio e funciona com base na
reação seletiva de oxidação entre o ácido periódico e os resíduos de glicose,
produzindo aldeídos que reagem com o reagente Schiff e produzem uma coloração
púrpura-magenta.
25
4 CONCLUSÃO
26
5 REFERÊNCIAS
27
content/uploads/sites/5/2014/08/IDENTIFICA%C3%87%C3%83O-DE-
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